Tumgik
poemasbytessarini · 2 months
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Acima das Nuvens
Uma vez, estava viajando pelos céus quando avistei uma floresta de nuvens.
Folhas felpudas e frutos brancos brotavam dos galhos nas copas feitas de chumaços em cada árvore única nessa imensidão do ar.
Quando olhei mais de perto, avistei habitantes que caminhavam por esses esfumaçados montes, colhendo o que lhes era provido diante do reflexo da luz do Sol.
Pareciam seres felizes, mas com um semblante que indicava que estavam acostumados a que a felicidade se esvaisse, assim como eles próprios, desaparecendo aos poucos e movendo-se para surgir em outro lugar.
Quando olhei mais de perto, avistei por entre os montes semelhantes a algodão, um singelo riacho onde os nadadores esfumaçados flutuavam e olhavam diretamente para cima, como se quisessem distrair-se de seus problemas.
Levou um tempo até conseguir me aproximar, mas quando finalmente os alcancei, pude perguntar o que eles tanto olhavam e desejavam.
Me disseram que sonhavam como seria viver mais acima.
- Gabriel Tessarini
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poemasbytessarini · 2 months
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Visita sombria
Logo no início da conversa com o grupo de amigos, um dos integrantes mais novos perguntou ao rapaz, por pura educação:
- Como você está?
E o rapaz, puxando folego bem do fundo de seu âmago e forçando um leve sorriso respondeu diante de todos:
- Estou bem. Está tudo dando certo.
No mesmo instante, seu amigo mais antigo o interrompeu dizendo:
- Como assim “bem”!? Por que não diz logo que você não está bem e que está sofrendo? Que passou o final de semana inteiro deitado, encolhido dentro de uma banheira sem comer, sem se mexer e quase catatônico durante esses dias?
- Pois não é mais o tipo de recordação que eu quero experimentar. Não tenho mais tanto tempo para isso. E nem vocês.
Com uma expressão de estranheza, os colegas reunidos buscavam entender do rapaz o ele desejava expressar com aquilo.
Teimando a continuar a fala por alguns instantes, o rapaz decidiu finalmente explicar a situação com o relato de sua origem:
- Acreditem ou não, há alguns dias eu recebi uma visita que jamais imaginei receber. A morte. Personificada, com braços, pernas, um rosto sem pele e uma boca que sussurrou em meus ouvidos as coisas mais impensáveis sobre o mundo e sobre o destino de minha própria vida. Por alguma razão que eu ainda não entendi, ela me contou o dia e a hora em que eu iria morrer, assim como quando seria a morte de cada um de vocês. Eu não queria acreditar, mas depois de passar dias abismado com os horrores que ela me disse, percebi que se meu tempo de vida aqui no mundo estivesse realmente acabando, eu gostaria de aproveitá-la com alegria e da melhor forma, em vez de paralisado dentro de uma banheira. Gostaria de passar esse tempo com vocês, meus amigos.
Como se o relato dado pelo amigo fosse minimamente plausível, os colegas se entreolharam, cada um com sua face abismada e parcialmente incrédula.
Tornando a falar, complementando o que sabia sobre o que a morte supostamente havia lhe dito, o rapaz proferiu:
- A propósito, Jonathan, mesmo que você resolva mudar de ideia e não dar para a Larissa a viagem de cruzeiro surpresa para comemorar o noivado de vocês como você imaginou hoje pela manha, a morte deixou bem claro que será no mesmo dia, daqui a duas semanas, que a hora de vocês irá chegar.
Gabriel Tessarini
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poemasbytessarini · 3 months
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Ilusão
Será mesmo que algo aqui é real? – Perguntava-se ele tentando tocar algo com a mão.
Esticando seu braço no vazio, buscava apalpar qualquer um dos objetos a sua frente, em vão.
Como uma miragem que o seguia onde quer que fosse, a realidade à sua volta parecia esfumaçar-se ao seu toque.
Pensou estar morto, e ser um fantasma perambulando de modo intangível poderia explicar tal efeito.
Também pensou estar dormindo, e um sonho que nunca acabava também justificaria a situação.
O que melhor explica o fato é que simplesmente estava louco.
Louco pela artificialidade do mundo que se implantava sobre sua vida. Louco pela ausência de qualquer conquista para seus objetivos.
Louco por nunca conseguir pegar o que sempre estava tentando alcançar.
- Gabriel Tessarini
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poemasbytessarini · 5 months
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País de dois
Um país de dois
Um rei e uma rainha
Com o peso do trono sobre algo tão importante
Isolados do restante do mundo por seus afazeres
Em um pedaço de terra que movia-se para aonde quer que fossem
Segurando suas coroas para não se deixarem renunciar
Não enquanto houvesse um bom reino para reinar
Um rei e uma rainha
Em seu país de dois
Cuidando do que era o mais importante
Um e o outro.
- Gabriel Tessarini
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poemasbytessarini · 5 months
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Toque quente
Dois corpos quentes, que no tímido sopro da noite se entrelaçavam a ponto de se perder
Cada um sabia quem era, e sabia mais ainda a quem queria a proximidade manter
Pele com pele, lábios com lábios estavam a se tocar
Ainda que longas horas passassem, não tinham condição de parar
A vibração de seus corações e suas partes eliminava qualquer cansaço ou dor
Sob as superfícies úmidas e desejosas, só tinham a transbordar seu calor.
- Gabriel Tessarini
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poemasbytessarini · 5 months
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Solo
Até poderia tamanha alegria envolver alguém como você
Alguém em que eu pudesse me perder
E com o cântico de sua voz, você me ajudasse a me encontrar
Alguém que faria o meu ritmo cardíaco aumentar
Quisera eu sonhar com a companhia de alguém como você
Embora acordado, mesmo sozinho, eu já sinta que estou a vencer.
- Gabriel Tessarini
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poemasbytessarini · 8 months
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A percepção de um aviso
Era um ser pacato. Tão antiga era a lembrança de seu último momento de euforia que estranhava a quem percebesse sua juventude.
Perdia-se na multidão dentre tanta monotonia que sincroniza em seu dia a dia.
Certa vez, teve um grande sonho, um desejo ardente, porém que não realizou. Enterrado dentro de si próprio, seria necessário um especialista com instrumentos para aferir que possuía, de fato, vida.
Embora duvidasse em diversas ocasiões, em outras tinha certeza quanto ao palpitar de seu coração. Em sua rotina, no momento que seria mais um dentre uma centena de gélidos dias de amanhecer, desavisado, começou a ver a imagem de si próprio, à sua frente, morto.
Gritaria de espanto se qualquer energia relevante circulante dentro de si. Passou horas aproximando-se milímetro a milímetro da figura morta para identificar quem realmente era. Não acreditava que o corpo e o rosto fossem exatamente iguais aos seus.
Chegou a tocar no cadáver, e como era esperado, ele nem sequer se moveu. Chegou a questioná-lo, e como era esperado, ele não respondeu.
Sua aparência era praticamente a mesma. A idade que tinha quando a morte o alcançou não parecia distante da idade que o homem possuía agora em vida.
Um dia e uma tarde transcorreram até que o homem conseguisse sair de casa. Ao chegar até a rua, buscando ar fresco após o temor inspirado em sua casa, não poderia acreditar, seu cadáver também apareceu lá.
Jogado ao chão, surgindo aonde quer que fosse, a cada esquina, a cada rua, a cada paisagem para qual olhasse. A figura lhe causava mistério estando sempre em sua companhia, mas permanecendo em silêncio, como os mortos deveriam fazer.
Ninguém mais via a figura. Por muito tempo, duvidou se era real. Até que em um certo momento, retornou a vagar em sua monotonia, e parou de se preocupar.
Acompanhando-o a cada dia, sua figura desfalecida surgia como alguém comum naquele mundo, corno parte dos colegas de sua vida. Durante as semanas de trabalho, no meio do supermercado, em meio à multidão do transporte público, seu eu morto estava sempre lá, em silêncio, estirado, tornando-se mais uma banalidade de sua rotina.
Passadas semanas com aquela imagem à sua frente, durante a noite, um raro momento de sonho lhe fez despertar perplexo, saltando cerca de 2 metros da beira da cama.
"E se significar alguma coisa terrível?" perguntou-se o homem, transpirando estarrecido com a dúvida vital que brotou em sua mente.
Havia embutido em sua rotina mecânica e incrédula algo que apavoraria a qualquer um que visse valor na vida. Passou a pensar se não seria tarde demais para compreender o significado de tal aparição.
Seria um aviso? Seria o futuro lhe dizendo que sua hora estava para chegar? Seria a precocidade da morte vindo o acometer?
Seu eu morto não lhe respondia. Não tinha vida o suficiente para fazê-lo, mas após todo esse tempo lá, ao homem aquela situação só exibia uma probabilidade. Não lhe restava muito mais tempo para viver.
O homem ponderou em sua mente pensamentos que nem acreditava mais possuir. Será que ainda tinha tempo para os sonhos que havia deixado murchar? Deveria enfim fazer o que não havia feito?
Para alguém que havia vivido tanto tempo morto, foi a figura de seu próprio cadáver que reascendeu um lampejo de desejo à vida.
O homem semimorto passou a lutar contra a morte de uma forma que poucos imaginariam. Passou a apreciar a vida como nunca havia feito antes.
Os sonhos que tinha, passou a realizar. As falas que nunca dizia, começou a proferir. À conclusão de cada dia, sua figura falecida passara a ficar mais distante. Conforme o homem vivia, a figura tornava-se menos nítida.
Não desaparecia por completo. Após meses de tentativa, percebeu que da morte não havia como se livrar. Contudo, com cada atitude desprendida que antes ficava a setes palmos dentre de seu coração, o homem concluiu que podia manter a figura sombria afastada, ainda que o seu objetivo principal agora não fosse mais se preocupar com morte, e sim, com a beleza da própria vida.
- Gabriel Tessarini
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poemasbytessarini · 8 months
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O Campo da Resiliência
Sobre um vasto campo verdejante, onde a grama contrastava apenas com o amarelo das flores que desabrochavam pelo terreno fértil a abaixo de um dia de sol com o céu tão azulado, o casal de jovens se entrelaçava de paixão.
Recostando os corpos sobre a grama debaixo de um frondoso carvalho, a dupla de amantes dividia os olhares entre a pessoa a quem desejavam e as poucas nuvens que circulavam pelos céus.
Em uma atenção plena a cada cintilar de emoção que surgia em seus corações, suas mentes e cada fibra de seus corpos, durante horas, o casal talvez tenha sentido e expressado as melhores percepções que a humanidade tenha descrito nos dicionários até essa época.
O rapaz fazia carícias leves com a superfície dos dedos sobre o queixo até a bochecha da bela moça enquanto ela, com a cabeça sobre seu peito, apoiava a mão no coração de seu enamorado em um ritmo de movimentos circulares tão lentos que o momento de felicidade união não demonstrava jamais se encerrar.
Poucas interrupções ocorriam em tão perfeito dia. De tempos em tempos, alguns pássaros sobrevoavam e cantavam na direção do casal. Em raras correntes de vento, algumas das milhares das folhas da árvore caiam e eram levadas pelo ar.
Fosse o ponto exato em que estavam no terreno do mundo ou o próprio desejo de Deus, aquele momento que viviam não tinha expectativa de chegar ao fim. Eternamente um dourado dia, o casal apaixonado poderia usufruir de todos os palpitares, todos os toques e todas as sutis sensações de felicidade que proporcionavam um ao outro.
O brilho de seus olhos cristalinos como os mais límpidos oceanos só tinha a se acentuar e o arrepio da superfície de suas peles só tinham permanecer em um estado duradouro de deleite da proximidade um com o outro em tão resplandecente situação.
Surpreendentemente, a noite começou a cair. A cor azul bebê do céu tomou um aspecto inebriante de azul petróleo. As nuvens que se dissipavam e tomavam variadas formas com o vento passaram a ter um aspecto espesso e acinzentado, e os pássaros que antes cantavam em uma harmonia intermitente deixaram o silêncio preencher com constância todo o ar.
Era o início do fim do milagre que estava permitindo aos apaixonados apreciar a si mesmos na alegria do dia sem nenhuma conturbação do mundo exterior.
Contudo, o casal de jovens continuou a sorrir um para o outro e para o céu que mudava diante de si. No vento frio da noite, se abraçaram e mantiveram aquecidos seus corpos. Durante o silêncio gélido, começaram a conversar, e não importasse qual fosse a situação que diante deles se deparasse, a paixão dos dois enamorados saberia se adaptar.
- Gabriel Tessarini
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poemasbytessarini · 8 months
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Chamado
Começaram a saltar sobre ele. Todos os mortos que ouviram seu chamado em agonia.
Cadáveres despedaçados e fantasmas etéreos agarrando-o e escalando do chão até sua mente.
Corpos que vinham de diferentes eras, criaturas que nasceram em diferentes locais da terra, todos sobrepujando uns aos outros para consumir aquele corpo.
Castigado naquele momento de pavor e esfacelamento, arrependia-se de ter feito tão chamado.
Com os céus distantes de onde estava, jamais seria salvo a tempo.
Com tantas garras fincando sua carne, não teria mais como ser resgatado.
Caindo ao chão de dores e perdas, já esquecia do porquê implorou pela morte.
- Gabriel Tessarini
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poemasbytessarini · 9 months
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Um aviso
Desavisado, começou a ver a imagem de si próprio, morto.
Acompanhando-o a cada dia, sua figura desfalecida surgia como alguém comum naquele mundo, como parte dos colegas de sua vida.
A figura lhe causava mistério, seguindo-o, mas permanecendo em silêncio, como os mortos deveriam fazer.
Sua aparência era praticamente a mesma. A idade que tinha quando a morte o alcançou não parecia distante da idade que o homem possuía agora em vida.
Seria seu eu do futuro que veio lhe avisar?
Será que estava a poucos dias de morrer? Deveria, enfim, fazer o que nunca havia feito?
Seu eu morto não lhe respondia, não tinha vida o suficiente para fazê-lo. Mas estar sempre lá exibia uma grande probabilidade. Não lhe restava muito mais tempo para viver.
- Gabriel Tessarini
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poemasbytessarini · 10 months
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A Estrada
Caminhando ao entardecer, viu o Sol tornar-se Lua
Uma estrada de estrelas se fez a sua frente, tornando mais difícil tomar a decisão de retornar
Não estava distante de nenhum lugar, mas jamais esteve perto de onde desejava
Enquanto as solas dos pés flutuavam no infinito, o corpo afundava na noite, pouco antes de mais um Sol raiar
A cada nova estação que se encerrava, refletia se deveria desistir da eterna busca e parar para apreciar
- Gabriel Tessarini
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poemasbytessarini · 11 months
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A Lua levou
Leve-me Lua, assim como leva o Sol do dia
Livre-nos das dores que afligem os acordados
Levite as más emoções até que elas flutuem para longe
Liberte os desejos que precisaremos para recomeçar
Lembro-me de te ver levando vários sonhos
Luxuoso é aquele que consegue ter levado apenas os pesadelos
Leve o que aconteceu e deixe surgir apenas o que ainda virá
Listarei o que ficou para trás, e se notar algo faltando, direi que a Lua levou
- Gabriel Tessarini
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poemasbytessarini · 1 year
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Recriar
Me recrie com asas Para começar uma nova vida voando
Driblando com vantagem os ventos frios dos locais que conheço E pairando por novas brisas de lugares que sempre desejei
Me faça menor para não ser visto por aqueles que fazem mal Ou me faça tão grande que ninguém arriscaria me enfrentar
Me faça com tanta beleza que aqueles que me ignoravam fiquem atraídos por mim Ou me faça menos vistoso para ser desejado apenas por meu valor interior
Me faça diferente para uma vida melhor eu viver Ou me faça igual, mas com a sabedoria de agora para eu saber exatamente o que fazer
- Gabriel Tessarini
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poemasbytessarini · 1 year
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Batidas
Batiam incessantemente à porta.
A cada início da névoa da madrugada, o estrondo brutal das batidas se repetia.
Sempre que levantava para atender quem quer que fosse que estivesse batendo, ao chegar na violentada porta, o vazio e o silêncio eram os únicos a se ver e ouvir do outro lado.
Após muitas noites, o batido soou como de costume, mas nessa fatídica ocasião, os nervos em sua pele lhe impediram de atender.
O batido ecoou novamente, mas nada de resolver o atender.
Até que o som se abafou e o eco ficou menor.
Percebeu que o batido não vinha de tão longe como acreditava. A porta era a da sua mente.
- Gabriel Tessarini
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poemasbytessarini · 1 year
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Pressão
Na calada da noite, quando o mais novo dos irmãos se pôs a dormir, a única outra pessoa ainda acordada em todo o mundo também começara a sonhar.
Por um instante inédito na história, não havia ninguém, em nenhuma parte ou fuso-horário do mundo que não estivesse transitando por um sonho.
Lembranças, pesadelos, reinos místicos e desconhecidos fizeram um peso maior do que o mundo estava acostumado a suportar. O mundo dos sonhos se tornou mais pesado que o mundo real.
Um entrelaçado de pesadelos, lembranças, imaginação pura e desprendida da física se sobrepôs uma sobre a outra para cada um que dormia ao redor de todo o globo.
O sonho de um mesclava-se e conflitava com o horror do outro.
Ninguém voltaria a acordar. Um estado eterno de metafísica e ausência das leis naturais perduraria para o bem e para o mal.
As crianças iriam permanecer a rir enquanto outras estariam sempre a se assustar. Os mais velhos, mal se imagina o que estariam a sonhar.
Até que o mais novo dos irmãos acordou.
- Gabriel Tessarini
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poemasbytessarini · 1 year
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Traços
Impactada por tamanho e inesperado sentimento, a criatura parecia indecisa quanto a ficar imóvel ou escalar as paredes.
Não era humana. Não havia nascido assim ou então, com o passar do tempo, deixou de ser.
Sua estrutura até lembrava alguém conhecido, mas era seu comportamento e suas feições voláteis e raras que confundiam a todos.
Muitas de suas expressões só eram observadas em pequenos animais quando estimulados por algum petisco ou sinal de afago. Nenhuma pessoa, naquela época, demonstrava algo considerado tão primitivo.
Havia vezes em que se dava por sorrir. Em outras, via os seus olhos a chorar. Comprimindo e esticando os traços do rosto como seus irmãos e irmãs faziam antes, a criatura mostrava emoções que a atual humanidade, fria e apática, há um longo tempo deixara de esboçar.
- Gabriel Tessarini
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poemasbytessarini · 2 years
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Fera
Flamejante era a ira da gigante criatura
Furiosa, mas perspicaz, só atacava quando o momento era o ideal
Fortemente, destruiu cidades e sociedades
Felizmente, muitos conseguiram sobreviver
Flancos de últimos soldados se uniram para construir um plano
Ferindo o monstro quando e onde acreditavam que causaria mais dor
Fracassaram ao descobrir que ele não deixava absolutamente nada o transpor.
- Gabriel Tessarini
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