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#Nicolas Revire
panicinthestudio · 1 month
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Lecture: Dvāravatī Art and the Culture of Early Thailand – Between Tradition and Innovation, March 25, 2024
Daniel F. and Ada L. Rice Research Fellow Nicolas Revire discusses the material cultures of Thailand’s ancient Dvāravatī kingdom. Archeologists and historians are still uncovering Dvāravatī—an Indianized culture, kingdom, and art style that emerged in Southeast Asia. Though grounded in neighboring Indic artistic traditions, this 7th–8th century material culture also encompasses local innovations. In this talk, Revire maps what we know about Dvāravatī art and the history of early Thailand. The Art Institute of Chicago
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[Talk] The ancient town of Si Thep in Thailand: A crossroads of Indianization
Readers in the London may be interested in this talk by Dr Nicolas Revire at SOAS on the newly-minted Unesco World Heritage Site of Si Thep.
Readers in the London may be interested in this talk by Dr Nicolas Revire at SOAS on the newly-minted Unesco World Heritage Site of Si Thep. The ancient town of Si Thep, located in the western margin of the Khorat Plateau in northeast Thailand, stands as one of the largest and most enigmatic sites in mainland Southeast Asia, flourishing between the mid-to-late first millennium CE and around the…
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scmumu · 1 year
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@julicttc​
a família fitzgerald era conhecida por, visivelmente, prover filhos bem quistos pela alta sociedade. arthur, o primogênito, era bonito, divertido e inteligente; eram o que as fofocas diziam. por isso, era uma pena que um dos solteiros cobiçados não tivesse o mínimo interesse em casamento desde a juventude! a matriarca sofria em rejeitar potenciais boas esposas enquanto o filho não se propunha ao matrimônio, mesmo que participasse das temporadas sociais apenas para agradá-la. aos 27 anos, contudo, tornara-se difícil para arthur fugir do assunto... convencido das suas obrigações, por fim, aquele era o primeiro evento social em que arthur fitzgerald convidaria uma possível esposa a dançar.
após as duas primeiras... arthur já estava cansado do assunto. elogios que não pareciam sinceros ou exacerbados demais o incomodavam, e era claro o objetivo das meninas em dizê-lo aquelas palavras bonitas. mesmo que tentasse colocar em sua cabeça de que estava lá para aquilo, arthur começou a se arrepender, pouquinho a pouquinho. quando decidiu se esconder na biblioteca da mansão da família eaton, não esperava encontrar companhia; muito menos a de nicola. revirou os olhos e se curvou em cumprimento, apenas pela obrigação, enquanto sussurrou: "era só o que me faltava... senhorita dankworth." e rapidamente virou-se para fugir da situação, sendo impossibilitado apenas pela porta emperrada. o desespero cresceu rápido em seu pescoço visto que as consequências de serem encontrados juntos naquela situação definitivamente seriam desastrosas. nicola não era exatamente a pessoa favorita de arthur, por mais que admitisse que dentre todas as senhoritas da sociedade, ela parecia uma das mais favoráveis à um bom futuro e casamento; arthur só não estava disposto a ser seu marido, não quando nicola tão evidentemente o desprezava. "há uma trava especial? não é possível!" a sua voz tentava ser controlada mesmo com a pressa em fugir dali, mas por algum motivo nada funcionada. "dear god... miss dankworth, would you be so kind to help me find a fucking..." ele respirou fundo como se pudesse retirar o palavrão, arrependido de tê-lo dito na frente de uma dama. "help me find a way out. please?" o cenho franzido demonstrava o quanto estava preocupado, nem ao menos engajando em uma conversa decente com nicola.
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valloninfo · 7 months
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CP Fleurier - HC Prilly Black Panthers 1:5 (0:1)(0:0)(1:4) Samedi soir, le CP Fleurier a accueilli le HC Prilly Black Panthers au Centre de Sports de Glace de Fleurier pour son deuxième match de la saison régulière de la 1ère Ligue de hockey sur glace. Les 266 spectateurs présents étaient impatients de voir les hommes de Nicolas Motreff en action après leur performance exceptionnelle la semaine précédente contre le HC Neuchâtel Université. Cependant, cette soirée allait prendre une tournure différente. Relire l'article à ce sujet: HOCKEY : LE CP FLEURIER SIGNE UN RETOUR TRIOMPHAL EN 1ÈRE LIGUE Dès le début de la rencontre, le HC Prilly Black Panthers a montré sa détermination en ouvrant le score après seulement dix minutes de jeu. Les supporters locaux, voyant leur équipe menée 1 à 0, espéraient un revirement de situation lors du deuxième tiers-temps. Les Fleurissans ont tout donné, mais malheureusement, aucune des deux équipes n'a réussi à trouver le chemin des filets adverses pendant cette période. C'est dans le troisième tiers-temps que le match a vraiment pris une tournure décisive. Quelques minutes après le retour des vestiaires, les visiteurs du HC Prilly Black Panthers ont réussi à marquer deux buts consécutifs, portant leur avance à 3 à 0. À ce moment-là, l'espoir d'un retour des "jaunes et noirs" était sérieusement compromis. Cependant, les supporters du CP Fleurier n'ont pas baissé les bras, et leur équipe a montré de la détermination. C'est finalement Quentin Pécaut qui a sauvé l'honneur de son équipe en marquant un but pour le CP Fleurier. Malheureusement, ce but n'a pas été suffisant pour inverser la tendance du match. Le HC Prilly Black Panthers a continué à exercer une pression offensive, ajoutant deux autres buts à leur total avant la fin de la partie. Le score final a été douloureux pour les Fleurissans, qui se sont inclinés 1 à 5 face à des visiteurs déterminés. Malgré cette défaite, le CP Fleurier a montré sa combativité et sa volonté de se battre jusqu'au bout. Rien n'est joué dans une saison de hockey, et il reste encore de nombreuses rencontres passionnantes à venir pour le CP Fleurier.
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hcdahlem · 2 years
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Crédit illimité
Nicolas Rey se frotte à la grande entreprise et cela fait des étincelles! Son narrateur, chargé par son père de licencier un groupe d’employés, ne va pas endosser le costume du liquidateur. Un revirement qui nous vaut un petit bijou, humour compris.
  En deux mots De galère en galère, Diego est contraint d’aller demander de l’aide à un père honni. Le grand patron lui accordera les 50000 euros demandés à condition qu’il endosse le rôle de DRH et licencie quinze personnes. Une fois le contrat accepté, les choses ne vont pas se passer comme prévu. Ma note ★★★★ (j’ai adoré) Ma chronique L’exécuteur des basses œuvres se rebiffe Nicolas Rey se…
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baronbxb · 4 years
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𝟷𝟷:𝟺𝟼 𝚊.𝚖. 𝚊𝚏𝚝𝚎𝚛 𝚌𝚑𝚎𝚌𝚔-𝚒𝚗
Quem quer que tivesse tido aquela ideia ridícula, Baron estava batendo palmas, um coquetel de drogas, ou melhor dizendo, um milkshake com drogas parecia sem dúvidas a melhor maneira de aproveitar a cidade. Com absoluta certeza. Blade tratou de contactar a única amizade plausível para o acompanhar, @nicwlcs​. O cigarro aceso em seus lábios lhe mandava a lembrança que existia sim uma maneira de ter prazer com a vida, a nicotina percorrendo suas vias respiratórias e corrente sanguínea, chegando em sete segundos em seu cérebro, atingindo o núcleo accumbens e ativando seu sistema de recompensas. Seus 7 segundos de felicidade. Baron precisava de mais tempo, afinal, aquela ainda era sua última tragada e por isso estava com dois milkshakes comprados em uma lanchonete próxima do hotel - baunilha para Nic e Ovomaltine para si - Baron colocou um cigarro não aceso entre os lábios, com óculos de escuros e carregando os copos com ambas as mãos, tinha marcado de encontrar Nicolas no quarto do amigo. Ao ver a plaquinha - proibido fumar - Blade apenas revirou os olhos, ele não estava fumando. Ainda. Adentrou o lugar, após um chute na porta entreaberta, não entendeu o motivo dela estar entreaberta, mas facilitou sua vida. "Boa tarde, filho da puta." Ele cantarolou, não de maneira ofensiva, apenas um cumprimento amigável em um dia radiante, Baron estava animado, com seu meio sorriso, por conta do cigarro seguro nos lábios. E o quarto estava vazio, somente com seu amigo Nic. Colocou ambos os copos em cima da mesinha e pegou o isqueiro em seu bolso traseiro, acendendo-o e cruzando os braços junto ao corpo. "Vamos aos negócios!"
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claudehenrion · 4 years
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Races, religions, sexe, famille, cité… ( II ) Le spectre d'une guerre des religions ?
   L’obsession de dissoudre la France dans une Europe fédérale où elle ne serait plus qu’une province soumise (en Macronie, il faut dire, pour avoir l'air dans le coup, “un territoire”) est au cœur d'un cauchemar En Marche. La preuve ? Le socialiste Aurélien Taché, une des “voix de son maître”, confirme que “le transfert de la souveraineté nationale au niveau européen est au cœur de notre projet européen, ça c’est très clair”. Ce grand patriote ajoute même : “Je suis pour que la France abandonne son siège au Conseil de Sécurité de l’ONU”. Si ça ne vous suffit pas… il y a plus grave, hélas : cet abaissement voulu de ce qui fut “La France” débouche, sans échappatoire à ce jour, sur une islamisation rapide, et violente, n'en doutons pas, de notre pays..Tout est mis En Marche pour y arriver très vite…
  Quels rapports, me direz-vous, entre l'Europe, l'islam et la Loi de 1905 ? Eh ! bien, voilà :  la Cour Européenne des Droits de l’Homme (CEDH pour les siglo -pathes) a toujours été résolument hostile à toute introduction de la charia’a  dans le droit européen, “puisqu'elle est incompatible avec la démocratie et les droits de l’homme’’. Et soudain, on a assisté à un revirement complet de doctrine (’‘une conversion’' ?), à l’occasion de la plainte d’une anglaise qui avait abandonné l’islam et qui, à la mort de son mari, avait donc (?) été privée d’héritage par un tribunal islamique voulant punir cette horrible renégate. Eh ! bien, le tribunal civil anglais l’a déboutée : puisqu'elle s'était convertie, ce serait la charia'a qui s’appliquerait à elle, bien qu’elle soit citoyenne britannique et devenue athée, depuis… Ce cas, tout sauf anecdotique, préfigure ce qui nous attend du fait du tropisme islamophile des instances dites ’'européennes” et d’Emmanuel Macron. 
  En effet, dans la foulée, la CEDH a précisé, dans sa folie, qu’un État peut ’’créer un cadre juridique déterminé pour accorder à des communautés religieuses un statut spécial impliquant des privilèges particuliers’’ (sic !). Désormais, un État européen peut donc accorder à tout musulman d’être jugé selon les normes de la charia'a, cette monstruosité qui ne serait plus contraire à la Convention européenne des droits de l’homme ! Cette instance partisane a tout de même consenti un bémol : les intéressés doivent être d’accord, ce que les musulmans ont aussitôt interprété comme le droit de choisir sa juridiction en fonction du crime ou du délit. Par exemple, un musulman qui assassine sa fille parce qu’elle a fauté avec un garçon sans être mariée, ou qui poignarde un mécréant dont la tête lui déplaît, demandera à être jugé par le tribunal islamique du quartier… qui le félicitera pour avoir appliqué la charia'a. En revanche, s’il doit être jugé pour un vol à l'étalage, il demandera à être jugé par le tribunal “officiel” qui le condamnera à une peine légère, au lieu d’avoir la main tranchée, comme le veut la cruelle loi islamique.
  En France, ce “statut spécial avec privilèges particuliers” est contraire à la Loi de 1905, d'où l’urgence compulsive de Macron pour la modifier. Mais, “et en même temps”,  il est assez malin pour savoir qu’introduire la charia'a en parallèle au droit français serait mal venu dans le climat actuel, et une phraséologie alambiquée et mensongère veut nous faire croire que “le gouvernement envisage de modifier la loi de séparation des Églises et de l’État, afin de mieux organiser et encadrer le financement de l’islam en France” (sic !). Cette apparence de but louable n'est qu'une énorme contre-vérité de plus. La technique moscoutaire de viol des foules est parfaitement maîtrisée par ‘’La République En Marche’’ et ses élus de gauche !
  La loi de 1905, pose “la séparation des Églises et de l’État”, ce qui implique que l’État ne s’ingère pas dans l’organisation d’un culte. Et voilà que, sous des prétextes politiquement corrects (mieux structurer l’islam, avoir un islam apaisé, contrôler certaines dérives, bla bla bla…), l'exécutif veut “permettre un financement du culte islamique par l’État”. Le rêve de Macron et de la Gauche en général, c’est un islam qui ferait croire à son intégration dans la République et qui ne ferait donc plus peur. Ensuite, viendrait le temps de l’injection lente mais irrévocable de gouttes de charia'a progressive dans la République, qui finirait, tôt ou tard, par évoluer vers une “république islamique” (c'est quoi, ce truc impossible ? La Libye de Khaddafi ?). Seuls naïfs et rêveurs envisagent d'autres évolutions…
  Cela n’est évidemment pas dit clairement, mais se trouvait déjà en filigrane de le livre “Révolution” écrit par Macron en 2016, et dans ses tous discours de 2017 à 2019 au moins : ne sachant rien de rien sur le sujet, il croit que la progression de l’islam est inéluctable, et que la solution “progressiste” (donc intelligente, pour lui !) est de l’accepter, en adaptant la société française, de gré ou de force. “Et en même temps”, il ne faut pas faire peur aux Français, donc avancer masqué, d’où l’intitulé de son projet de réforme de la loi de 1905. Et dire que beaucoup sont dupes… 
  Pour mémoire, la modification qui avait été envisagée par Nicolas Sarkozy en 2004 ne contenait aucune atteinte aux fondements de nos lois, et prévoyait un renforcement du contrôle de l’État pour libérer l’islam en France des financements (donc de la tutelle) de pays étrangers. C’était à la fois intelligent et suffisant pour régler les problèmes que font semblant de dénoncer LREM et Macron. Mais c’est tout autre chose que souhaite Macron, qui ne semble pas se rendre compte qu'il prend, pour promouvoir cette idée absurde, le risque atroce d’une guerre civile et religieuse, peut-être d'un autre genre que les plus anciennes, mais si peu…
  Et vous ?  Etes-vous prêt à “mourir pour Dantzig”, comme le répétaient les pacifistes en 1939 ? Ils croyaient pouvoir éviter la guerre, quitte, peut-être, à perdre leur honneur. Ils ont bien perdu leur honneur, mais ils ont eu la guerre, bien évidemment : le pacifisme et le progressisme appartiennent à ces fausses religions sans espoir qui ne peuvent qu'entraîner la mort dans leur sillage... L'Histoire n'a pas conservé la moindre trace d'une issue… autre que la plus mauvaise, devant la lâcheté, l'aveuglement, le dogmatisme… Et si le pire n'est jamais obligatoire ni la seule conclusion possible, il reste une possibilité avec laquelle il est fou de “faire joujou”, et un risque qui ne vaut jamais d'être couru…
H-Cl.
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martinlelievre-blog · 5 years
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Les kurdes strasbourgeois en colère face à la situation au Rojava
Ce samedi 12 octobre, d’importants rassemblements ont eu lieu dans plusieurs grandes villes comme Paris ou Berlin pour dénoncer les récentes opérations militaires turques dans la vallée du Rojava au nord-est de la Syrie. A Strasbourg, la diaspora kurde s’est réunie place Kléber à 14h, accompagnée de non-kurdes solidaires, d’élus strasbourgeois et de quelques partis politiques. La foule de près de 1000 personnes exprimait sa colère et son désespoir face à ce qu’ils estiment être une trahison de leurs alliés occidentaux. On est allé à leur rencontre pour y voir un peu plus clair dans ce bourbier géopolitique.
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Après le retrait des troupes américaines annoncé la semaine dernière par Donald Trump, la Turquie continue son offensive militaire au nord de la Syrie, dans la vallée du Rojava, depuis le 9 octobre. L’armée du président turc Recep Tayyip Erdogan (du parti nationaliste et conservateur AKP) et ses alliés bombardent et attaquent des villes occupées par les forces kurdes, provoquant des dizaines de morts, civiles comme militaires, et le déplacement de plus de 130 000 personnes.
Les forces armées kurdes sont considérées comme terroristes pour l’état Turc
Les forces armées kurdes forment le YPG (milice kurde syrienne des Unités de protection du peuple), une partie importante du FDS (forces démocratiques syriennes), et sont les principaux alliés des occidentaux contre l’organisation État l’Islamique. Mais le président turc Erdogan considère le YPG comme une organisation terroriste. S’ils ne sont pas exempts de reproches, le YPG (et le parti, le PYD), ne sont en tout cas pas considérés comme organisations terroristes pour la communauté internationale.
Le président turc assimile le YPG aux rebelles du PKK (le parti travailliste kurde), considérés comme une grande menace par la Turquie depuis 40 ans. Le PKK est accusé d’avoir commis régulièrement des attentats sur le sol turc et est considéré comme une organisation terroriste par une partie de la communauté internationale. La lutte entre les kurdes et l’état turc dure donc depuis plusieurs dizaines d’années. Les kurdes réclament l’autonomie de leur peuple (présent en Irak, Iran, Syrie et Turquie) et un territoire étendu pour former un pays. Ils subissent une forte discrimination et répression de la part de l’état turc. Ces nouvelles attaques, rendues possible par le retrait des troupes américaines qui protégeaient jusqu’ici le territoire, relancent donc le conflit entre la Turquie et les Kurdes et provoquent la colère des Kurdes de Strasbourg et d’ailleurs.
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« Erdogan assassin ! » scande la foule
Le départ de la manifestation avait lieu vers 14h30 place Kléber ce samedi. Le cortège effectue une boucle en passant par le quai Saint Nicolas. Au niveau de la place Gutenberg, la tension monte en flèche, lorsque, selon les organisateurs, un petit groupe de personnes pro-Erdoğan aurait provoqué l’avant du cortège. Quelques coups sont échangés, les forces de l’ordre parviennent à séparer la foule au niveau des grandes arcades. « Ils veulent nous faire passer pour des terroristes ! On n’est pas là pour attiser la haine. Ne cédez pas à la provocation ! » scande une organisatrice au micro.
Le président de l’association franco-kurde de Sarreguemines, Mr. E.Coskun, est en colère: « C’est une trahison de nos alliés. On a combattu pendant plus de 8 ans ensemble pour en finir avec Daesh. On avait pratiquement terminé le travail, mais là on risque de les voir renaître. Les Turcs vont en profiter pour faire un génocide contre notre peuple. Ils bombardent déjà les villes kurdes avec leurs F16 ! Nous appelons la population strasbourgeoise a nous soutenir. La France est un grand pays, avec une grande force de dissuasion. Elle doit faire son travail. »
Une altercation entre kurdes et nationalistes turcs à Strasbourg
Vers la fin de la manifestation, Sevin, membre du mouvement de femmes kurdes en Europe s’indigne: « Ici à Strasbourg, en plein centre de l’Europe, on a des provocations des nationalistes turcs qui soutiennent les terroristes de Daesh contre nous. C’est intolérable. On a perdu 11 000 combattants dans ce conflit. […]Il ne fallait surtout pas que la coalition internationale s’en aille. Erdogan n’a pas attendu une minute et le sang coule déjà, sous les yeux de la communauté internationale » explique Sevin, les larmes aux yeux.
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Les enjeux internationaux sont majeurs et sur plusieurs plans. Le plus préoccupant d’entre eux est le risque de génocide du peuple kurde par l’armée turque. « La première demande d’urgence, le minimum, serait de décréter une zone aérienne interdite sur le Rojava » déclare Hélène Erin, membre du Centre Démocratique du Peuple Kurde. On ne s’attendait pas du tout à ce que, en un simple coup de fil avec Trump, Erdogan arrive au retrait des troupes américaines. C’est très brutal. Dans ce cortège, il y a des réfugiés politiques du Rojava, toute leur famille est à Kamechliyé, une ville bombardée en ce moment.[…] Il faut que le conseil de sécurité de l’ONU intervienne pour que ça cesse! La Turquie fait partie de l’ONU, de l’OTAN ! Elle commet en ce moment des crimes inhumains.  » La Turquie défend son attaque en invoquant « son combat contre le terrorisme kurde » et parle d’une opération nommée « Source de Paix ».
« Zone tampon » pour les réfugiés et risque d’évasion des prisonniers djihadistes
« La Turquie n’attaque pas pour rien. Elle cherche à récupérer les milliers de prisonniers djihadistes détenus par les kurdes qui les ont combattus aux côtés des occidentaux. Erdogan a aidé pendant des années les terroristes islamistes ! » estime Hélène Erin. Selon Le Monde, près de 2000 djihadistes étrangers seraient détenus dans les prisons kurdes, dont 400 à 500 ressortissants français pour lesquels la question du rapatriement se pose. L’objectif affiché par Ankara est surtout de créer une zone tampon au nord de la Syrie pour y placer une partie des 3,5 millions de réfugiés actuellement sur le territoire turc. Des réfugiés que le président turc Erdogan instrumentalise pour faire pression sur l’Europe en menaçant « d’ouvrir les vannes » de l’immigration.
Cette attaque turque est une nouvelle étape dans le conflit syrien, complexifiant encore un peu plus la situation. Depuis 2011, le bilan humain s’élève à 370 000 morts recensés. La condamnation internationale se fait quasi-unanime et les premières sanctions tombent sur Ankara. Les gouvernements allemand et français ont d’ores-et-déjà arrêté de livrer des armes à la Turquie et demandent l’arrêt immédiat de l’attaque turque. Les combats ne risquent pourtant pas de cesser malgré les mesures internationales annoncées : le président turc Erdogan a déclaré ce dimanche qu’il ne cessera pas ses opérations. La situation évolue d’heure en heure, diplomatiquement comme militairement. Ce lundi, nouveau revirement, on apprend que les forces militaires syriennes de Bachar Al Assad (d’anciens ennemis des Kurdes dans la guerre syrienne) rejoignent les Kurdes contre l’offensive turque.
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jbgravereaux · 5 years
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Seu Jorge (à gauche), Wagner Moura (au centre), et le réalisateur brésilien Bruno Gagliasso lors du Festival de Berlin, le 15 février 2019 pour le film « Marighella », du nom d’un militant brésilien du Parti communiste mort en 1969. JOHN MACDOUGALL / AFP                                                                                                                                                                                                                  Les artistes mobilisés contre Bolsonaro, par Nicolas Bourcier et Bruno Meyerfeld         Le Brésil était encore assommé par le scandale visant l’ex-juge anticorruption Sergio Moro quand Thiago Lacerda a fait son mea culpa. Le 12 juin, sur Instagram, le bonitao (« beau gosse »), vedette de telenovelas, annonce qu’il rejoint le mouvement Lula Livre, qui milite pour la libération de l’ancien président Luiz Inacio Lula da Silva. La figure du Parti des travailleurs (PT, gauche) a été emprisonnée en avril 2018, quelque mois avant le scrutin présidentiel, dans le cadre de l’opération judiciaire « Lava Jato » (« lavage express ») coordonnée par l’ex-juge Sergio Moro, aujourd’hui suspecté de partialité.                                                                                                                                                                                                                                                  « Parfois, nous manquons de compréhension, parfois, nous sommes ingénus, peut-être manquons-nous de culture politique pour comprendre ce qui se passe derrière notre dos… Je reconnais ici mes erreurs ! », explique alors la star sur le réseau social. Suivi par quelque 300 000 fans, Thiago Lacerda, hier soutien indéfectible de « Lava Jato » et critique véhément du PT de Lula, provoque, par son revirement, une tempête médiatique, suscitant tantôt les éloges, tantôt la déception de ses admirateurs.                                                                                                                                                                              Depuis son appartement de Rio de Janeiro, Paula Lavigne, elle, jubile. Cette productrice et attachée de presse, qui est aussi l’épouse du chanteur de bossa-nova Caetano Veloso, mesure le pouvoir de #342, le mouvement qu’elle a créé quelques années plus tôt pour mobiliser la scène artistique sur des sujets politiques. Thiago Lacerda, comme quelque 3 000 protagonistes de l’industrie du spectacle, y participe. « Le mouvement doit son nom au nombre de votes nécessaires pour faire approuver un texte à la Chambre des députés », explique Paula Lavigne.                                                                                                                                                                                                                                Actions de terrain                                                                                                                                                                                                                            Ecœurée par la tournure qu’a prise la vie politique brésilienne depuis l’impeachment (« destitution ») controversé de la présidente de gauche Dilma Rousseff, en 2016, elle a créé ce réseau pour contrer les projets les plus réactionnaires du gouvernement de Michel Temer, successeur de Dilma Rousseff, puis ceux du militaire d’extrême droite Jair Bolsonaro, au pouvoir depuis janvier. « Nous avons contribué à quelques succès », estime-t-elle.                                                                                                                                          Le #342 a ainsi, en 2017, poussé le top model Gisele Bündchen à agir pour empêcher un décret présidentiel autorisant l’exploration minière au sein d’une réserve naturelle protégée, alerté l’opinion sur la censure de l’exposition LGBT « Queermuseu » et contrecarré une initiative du Sénat affaiblissant le code forestier. Le mouvement, qui travaille en partenariat avec le site d’information indépendant Midia Ninja, défend la liberté d’expression, l’environnement, les arts… Les artistes s’engagent mais certains craignent pour leur sécurité : l’acteur Wagner Moura, héros de la série Narcos, a confié se sentir en danger dans son propre pays. « On s’endort le soir sans savoir quel cauchemar nous attend », soupire Paula Lavigne.                                                                                                                                                                                                          Cette mobilisation des célébrités s’ajoute à l’action sur le terrain. A Salvador de Bahia, Rio de Janeiro ou Sao Paulo, berceau de la scène avant-gardiste, l’activisme anti-Bolsonaro se manifeste à travers des occupations d’immeubles ou des expositions, des concerts et des réunions politiques organisées par des centres culturels alternatifs. Ainsi du centre culturel Aparelha Luzia, à Sao Paulo, dédié à la défense de la cause noire, ou encore de la Casa do Povo, lieu de lutte antifasciste fondé en 1946 par la communauté juive progressiste, alertent régulièrement la société civile sur les dérives du pouvoir.
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garnetrena · 5 years
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Mon avis sur Les Animaux Fantastiques 2 : Les Crimes de Grindelwald [SPOILERS]
(J'écris en français parce que flemme intense xD)
Mon opinion est mitigée... D'un côté, j'ai apprécié pas mal d'éléments ( @procrastinationchick est témoin que j'ai trépigné sur mon siège d'excitation potterienne à certains moments). D'un autre côté, beaucoup de détails m'ont franchement déplu - j'en ai même dit certains à l'oreille de ma voisine pendant la séance. Oui je suis chiante au cinéma. Bref, le film !
[Je suis sur mobile et ne sais pas faire un cut, donc attention : SPOILERS PARTOUT]
***
Points que j'ai aimé :
- D'une manière générale, le film est esthétiquement très réussi. Je me suis régalé les mirettes. Le monde sorcier prend vraiment une certaine densité visuelle, soutenue par la musique et par les costumes.
- L'évasion de Grindelwald au début est vraiment spectaculaire. Attention, les épileptiques, par contre : ça clignote pas mal. Mais c'est magistral et bien mené, on est tenu en haleine pendant toute cette séquence.
- Le Paris sorcier regorge d'idées créatives et jolies, comme la statue-portail ou la fontaine Wallace. C'était intéressant de délocaliser l'intrigue et de nous permettre de visiter cette partie du monde sorcier. Mais c'était également très agréable de revenir à Poudlard et j'ai adoré la géographie du film.
- Nicolas Flamel était bae et j'étais très hypée par le caméo de la pierre philosophale. C'était du fan service, certes (le perso ne sert pas vraiment l'intrigue), mais du fan service agréable.
- Newt Scamander est clairement sur le spectre autistique et c'était particulièrement appréciable (j'ai beaucoup aimé le scène de la métaphore des yeux de salamandre, notamment. Ou alors son expression "medium head"). Et je suis toujours aussi contente qu'il soit à Pouffsouffle.
- Les animaux étaient franchement chouettes, surtout les Niffleurs et le spectaculaire Zouwu. J'ai adoré l'idée que Newt connaisse bien leur comportement et puisse donc potentiellement se tirer de situations dangereuses, comme on le voit avec justement le Zouwu et tel que c'est esquissé avec les Matagots. Et le sanctuaire est sublime.
- Leta Lestrange is my queen. In this house we stan. J'ai été agréablement surprise par le choix d'en faire un personnage racisé et c'était intéressant de montrer une Serpentard plutôt positive. Et ses souvenirs à Poudlard étaient sympas. Je suis juste très déçue par un point évident que je mentionnerai en 2ème partie.
- Jude Law joue extrêmement bien. J'ai beaucoup aimé sa prestation crypto-gay, mais j'y reviendrai dans ma partie "points négatifs" car j'ai finalement trouvé ce traitement de l'orientation sexuelle du personnage très frustrant.
***
Points que j'ai détesté :
- Le scénario est vraiment beaucoup trop confus. Ça aurait sans doute fonctionné pour un livre ; pas pour un film. Trop de personnages, trop de sous-intrigues et même en connaissant à fond les livres, les films et le lore HP, y a des moments où j'étais baladée. D'autant plus que des lieux entiers (le cirque) ou même certains personnages (Nagini) ne servent à rien.
- Nagini... Toute cette polémique pour ça, quoi. Un token asiatique qui prononce à peine trois phrases et qui ne sert à rien dans le scénario, à part pour le petit Continuity Nod à la saga HP. Ah oui et c'est aussi un peu vaguement le love interest à sens unique de Credence ? Son "emotional support viper", pour reprendre un post Tumblr que j'aime beaucoup ? Bref, un gâchis inutile.
- Grindelwald est vraiment queer codé de manière dégueulasse. On reprend ce bon vieux concept du méchant gay. Il y a une scène lors de l''évasion où il s'approche d'un mec comme s'il allait l'embrasser et c'est malaisant. Il dit des trucs comme "Nous pourrons vivre sans nous cacher" ou "Nous pourrons aimer librement" et le sous-texte LGBT est clair. Coucou, trope homophobe !
- Ça m'aurait moins gênée si d'un autre côté Dumbledore était canoniquement gay, mais en fait... non. On a du bon gros queerbaiting des familles avec ce fameux "We were more than brothers" et de l'ambiguïté lors de la scène du Miroir du Riséd (là où justement, on aurait pu voir un baiser) mais c'est tout. JKR ne veut pas fâcher Mama Russia, même si elle en aurait probablement le pouvoir. Mais pas le courage.
- Dans le genre pas logique : le Miroir du Riséd ne fonctionne même pas comme ça... Il montre notre plus cher désir (d'où son nom), pas un souvenir ! Mais bon, pas de gays visibles, hein... Cela dit, la scène du pacte de sang reste très belle, et la Gay Energy de cette scène demeure plutôt forte.
- Minerva Mcgonnagall n'est même pas censée être née... JKR elle les a relus, ses livres, avant de foutre du fanservice gratuit ? Moi, en plus, en tant que fan, ça ne m'a PAS fait plaisir de voir ce genre d'incohérence ! Idem pour Dumbledore qui enseigne la Défense contre les Forces du Mal parce que ça arrange le scénario, au lieu des Métamorphoses.
- Tuer Leta Lestrange alors qu'elle avait autant de potentiel était particulièrement décevant. Pareil pour le revirement de Queenie (d'autant plus révoltant qu'elle est Jew-coded). D'une manière générale, j'ai trouvé que ce film ne savait pas trop quoi faire de ses personnages féminins et essayait beaucoup de les caser en love interests. Ça ne marche bien que pour Tina, car elle reste une Auror et a une valeur intrinsèque outre le Newtina.
- C'est quoi ce plot twist final qui ne respecte même pas la chronologie ??? WTF quoi. Ça m'a particulièrement mis hors de moi, et du coup je n'ai pas fini le film sur une note positive. Dommage.
***
Comme vous le constatez, j'ai relevé autant de points négatifs que de points positifs. Je suis partagée et même si j'ai globalement passé un bon moment, certains éléments ne sont pas passés. Le fanservice, notamment, m'a tantôt exaltée, tantôt agacée.
Si je devais donner une note, ce serait 13,5/20, parce que j'ai bien aimé l'atmosphère générale (surtout visuelle) et certains personnages (Newt ! Leta !) mais que l'intrigue trop confuse et les nombreuses incohérences m'ont empêchée de bien savourer le film.
Je pense que ce film est à l'image de J.K. Rowling. Je reste très attachée à son oeuvre par nostalgie, et elle a toujours le talent de créer des mondes enchanteurs. Mais son progressisme reste très années 90 et White Feminism : la diversité, c'est des Noirs et des hommes gays, et encore, pas trop visibles. Cependant, elle fait des efforts (on a une Asiatique et un personnage neuroatypique), donc je garde espoir !
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[Talk] The Ring Collection of Bencharong in Chicago
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djibril-tamboura · 3 years
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Affaire Sarkozy-Kadhafi : chronique d’un potentiel scandale d’État
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Depuis 2011, l’ancien président français est soupçonné d’avoir usé de fonds libyens pour financer sa campagne présidentielle de 2007. JA résume une affaire aux multiples rebondissements et qui dure depuis presque dix ans.
C’est le dernier épisode en date d’une saga qui dure depuis près de dix ans : le 16 octobre, l’ex-président français Nicolas Sarkozy est mis en examen pour association de malfaiteurs dans le cadre de l’enquête sur un éventuel financement libyen de sa campagne présidentielle de 2007. Retrouvez sur cette page les dernières actualités d’une affaire hors norme, et qui pourrait déboucher sur un véritable scandale d’État.
23 novembre-10 décembre 2020 : Date prévue du procès des « écoutes » dans lequel Nicolas Sarkozy doit comparaître avec son avocat, Thierry Herzog.
11 novembre 2020 : Dans un revirement spectaculaire, l’homme d’affaires franco-libanais Ziad Takkiedine revient sur ses accusations dans une interview accordée à BFM TV et Paris Match : « Je confirme que ceci n’est pas vrai. [Nicolas] Sarkozy n’a pas eu de financement libyen pour la campagne présidentielle. [Mouammar]Kadhafi ne pouvait le faire parce qu’il ne le faisait jamais. »
« Depuis sept ans et demi, l’instruction n’a pas découvert la moindre preuve d’un quelconque financement illicite. L’information judiciaire ouverte sur les seules déclarations mensongères de Ziad Takieddine se trouve aujourd’hui dans une impasse complète. Le principal accusateur reconnaît ses mensonges. Jamais il ne m’a remis d’argent, jamais il n’y a eu de financement illégal de ma campagne de 2007 », a réagi de son côté l’ancien président français.
16 octobre 2020 : Après quatre jours d’audition par le Parquet national financier (PNF), Nicolas Sarkozy est mis en examen pour association de malfaiteurs. Sur les réseaux sociaux, l’ex-chef de l’État français évoque une « longue liste d’injustices » et assure : « Mon innocence est à nouveau bafouée. »
24 septembre 2020 : Rejet par la cour d’appel de Paris de la majorité des recours déposés par Nicolas Sarkozy, ses ministres Claude Guéant, Éric Woerth, Brice Hortefeux, et l’intermédiaire Alexandre Djouhri. Ils contestaient la validité de l’enquête sur les soupçons de financement de sa campagne par la Libye. Seul le motif de violation du code électoral a été partiellement annulé. Cela relance l’essentiel des investigations lancées huit ans plus tôt. Les protagonistes se sont pourvus en cassation.
13 février 2020 : Ziad Takieddine est condamné à 8 000 euros d’amende et 6 000 euros de dommages et intérêts par le tribunal correctionnel de Paris pour diffamation à l’encontre de Claude Guéant. Il est estimé qu’il n’a pas apporté « une base factuelle suffisante » à ses propos relayés par Mediapart en novembre 2016, et selon lesquels il aurait remis à Claude Guéant des valises d’argent libyen ainsi qu’à Nicolas Sarkozy. Ce dernier a abandonné en juillet 2020 une procédure similaire à celle de Claude Guéant. Les journalistes de Mediapart sont relaxés au titre de la « bonne foi ».
31 janvier 2020 : 
– Mise en examen de Thierry Gaubert, ancien collaborateur de Nicolas Sarkozy, pour « association de malfaiteurs ». Il est soupçonné d’avoir touché des fonds du régime libyen de Kadhafi susceptibles d’avoir alimenté la campagne du candidat. Les investigations ont été élargies à des faits d’« association de malfaiteurs », ouvrant la voie à une aggravation des poursuites.
– Mise en examen et placement en détention provisoire de l’homme d’affaires franco-algérien Alexandre Djouhri pour neuf chefs d’accusation, dont « corruption active », « faux et usage de faux », « complicité et recel de détournement de fonds publics » et « blanchiment ». Considéré comme proche de Claude Guéant, il apparaît notamment dans l’enquête après la vente d’une villa sur la Côte d’Azur à un fonds libyen géré par Béchir Saleh, ex-dignitaire du régime Kadhafi.
1er août 2019 : Brice Hortefeux, ex-ministre de l’Intérieur et aux Collectivités territoriales, placé sous statut intermédiaire de témoin assisté dans l’enquête sur les accusations de financement libyen de la campagne de Nicolas Sarkozy, échappe à une mise en examen. Les soupçons le concernant reposent sur les accusations de Ziad Takieddine et d’Abdallah Senoussi (beau-frère de Mouammar Kadhafi et ex-chef des renseignements militaires libyens).
29 mai 2018 : Mise en examen d’Éric Woerth, ex-ministre du Budget et trésorier de campagne, pour « complicité de financement de campagne ». Il lui est reproché d’avoir versé 11 000 euros aux collaborateurs de Nicolas Sarkozy. Alors qu’il assurait que ces fonds provenaient de dons anonymes par courrier, un rapprochement est fait avec les soupçons de financement libyen.
29 mars 2018 : Nicolas Sarkozy est renvoyé en correctionnelle pour « corruption active et trafic d’influence ».
21 mars 2018 : Mise en examen de Nicolas Sarkozy pour « corruption passive », « financement illégal de campagne électorale » et « recel de fonds publics libyens ».
À LIRE Sarkozy mis en examen : retour sur un « Kadhafiasco »
20 mars 2018 : Placement en garde à vue et mise en examen de Nicolas Sarkozy pour « corruption passive », « recel de fonds libyens » et « financement illégal de campagne ».
6 novembre 2017 : Transmission des résultats préliminaires du rapport du procureur général de Libye aux juges d’instruction français. Après audition d’Abdallah Senoussi, Abdallah Mansour (ex-officier des renseignements intérieurs et neveu du Guide), et Baghdadi Al-Mahmoudi (ancien Premier ministre de Libye), il conclut à un soutien à Nicolas Sarkozy via des fonds transmis par l’entremise de son directeur de campagne Claude Guéant et de l’homme d’affaires Ziad Takieddine.
4 octobre 2017 : Les magistrats du Parquet national financier (PNF) demandent le renvoi en correctionnel de Nicolas Sarkozy et de Thierry Herzog. Ils ont conclu qu’il existait des charges suffisantes à leur encontre concernant les faits de « corruption » et d’ « influence » actifs pour lesquels ils ont été mis en examen.
5 septembre 2017 : L’Office anticorruption de la Police judiciaire dans son premier rapport sur l’affaire des financements libyens de Nicolas Sarkozy met en cause Éric Woerth, trésorier en 2007 et Claude Guéant, ex-directeur de campagne, et établit une circulation importante d’espèces en marge de la campagne de 2007.
9 juillet 2017 : Nicolas Sarkozy abandonne son action en diffamation contre Ziad Takieddine qui avait assuré à Mediapart en 2016 avoir remis des valises d’argent libyen à l’ex-président français. Son avocat, Thierry Herzog, considère que des éléments parus dans la presse démentent déjà les déclarations de l’homme d’affaires.
7 décembre 2016 : Mise en examen de Ziad Takieddine, homme d’affaires franco-libanais, pour complicité de trafic d’influence et de corruption d’agent public par une autorité publique étrangère, dans le cadre de l’enquête sur les soupçons de financement de la campagne de 2007.
15 novembre 2016 : L’homme d’affaires franco-libanais Ziad Takieddine affirme à Mediapart avoir remis trois valises préparées par le régime libyen contenant cinq millions d’euros à Nicolas Sarkozy, alors ministre de l’Intérieur, et à son directeur de cabinet Claude Guéant, entre fin 2006 et début 2007.
7 mars 2015 : Mise en examen de Claude Guéant, ex-ministre de l’Intérieur et secrétaire général de l’Élysée, pour « blanchiment de fraude fiscale en bande organisée » et « faux et usage de faux ». En cause : un virement de 500 000 euros effectué sur son compte en 2008. Il assure que la somme est issue de la vente de tableaux, mais elle est jugée surévaluée. Il est soupçonné d’avoir perçu cette somme d’Alexandre Djouhri en contrepartie de son intervention auprès d’EADS, afin que l’entreprise aéronautique paie une commission à l’intermédiaire dans le cadre d’une vente d’avions à la Libye.
À LIRE Libye : les derniers jours de Mouammar Kadhafi
1er juillet 2014 : Placement en garde à vue de Nicolas Sarkozy par l’office anti-corruption de la Police judiciaire et mise en examen pour « corruption active », « trafic d’influence actif » et « recel de violation du secret professionnel » dans l’affaire dite « des écoutes ».
26 février 2014 : Dans l’enquête sur un possible financement libyen de la campagne de 2007 (voir ci-dessous), l’enregistrement d’une conversation téléphonique entre Nicolas Sarkozy, placé sur écoute, et son avocat a abouti à une information judiciaire, le 26 février 2014, pour trafic d’influence et violation du secret de l’instruction. Ils sont soupçonnés d’avoir tenté d’obtenir du haut magistrat Gilbert Azibert des informations couvertes par le secret de la procédure judiciaire.
19 avril 2013 : Ouverture d’une information judiciaire contre X par le Parquet de Paris pour « corruption active et passive », « trafic d’influence », « faux et usage de faux », « abus de biens sociaux », « blanchiment, complicité et recel de ces délits ».
5 septembre 2012 : Lors de son procès en Libye, Abdallah Senoussi – beau-frère de Mouammar Kadhafi et ancien chef des renseignements militaires libyens – déclare que cinq millions d’euros ont été versés pour la campagne de Nicolas Sarkozy par le régime. Il assure avoir personnellement supervisé ce transfert via Brice Hortefeux et Ziad Takieddine.
3 mai 2012 : Via son avocat, Baghdadi al-Mahmoudi, ex-Premier ministre libyen détenu à Tunis, confirme à Mediapart l’existence d’une note rédigée sous son autorité et le déblocage de 50 millions d’euros. Cette déclaration fait suite à celle de Moustapha Abdeljalil, président du Conseil national de transition, qui met en doute l’authenticité d’un document de Mediapart attribué à l’ex-chef des services de renseignements extérieurs de la Libye Moussa Koussa, tendant à prouver un financement de la campagne de 2007 par Kadhafi. Celui-ci évoque également un faux.
28 avril 2012 : Mediapart publie une note officielle datée du 9 décembre 2006 et signée par Moussa Koussa, ex-chef des services secrets extérieurs libyens, dans laquelle la Libye s’engage à financer Nicolas Sarkozy à hauteur de 50 millions d’euros « en soutien » pour sa campagne. Ce dernier attaque le site d’information en justice pour « faux ». L’enquête du Parquet de Paris se solde par un non-lieu. Nicolas Sarkozy se pourvoit en cassation.
16 mars 2012 : Mediapart cite le démenti de Jean-Charles Brisard qui dénonce un montage et assure avoir été associé malgré lui aux révélations du journal. L’article souligne : « Après avoir communiqué des informations à la justice, puis à Mediapart, Jean-Charles Brisard, aujourd’hui sous pression, dément et dénonce un “montage”».
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15 mars 2012 : Les journalistes de Mediapart publient un article assurant que Jean-Charles Brisard leur a confirmé lors d’un entretien avoir enregistré la mention du nom de l’ancien ministre Brice Hortefeux dans sa note concernant l’affaire du financement libyen. Il y confirmerait également un montage financier via la société panaméenne liée à Brice Hortefeux, adossée à une banque suisse.
12 mars 2012 : Mediapart publie une note de synthèse attribuée à Jean-Charles Brisard, ex-membre de l’équipe de campagne d’Édouard Balladur, dirigeant d’une société de renseignement privé, qui a été versée au dossier le 8 octobre 2011. Y figurent les initiales de Nicolas Sarkozy (NS), Brice Hortefeux (BH), Ziad Takkiedine (ZT) et des entretiens avec Seïf al-Islam Kadhafi y sont évoqués. Elle stipule que les « modalités de financement de la campagne » de « NS» ont été « réglées lors de la visite Libye NS + BH » le 6 octobre 2005, avec un financement de 50 millions d’euros et indique un montage financier.
16 mars 2011 : Quelques jours avant l’intervention internationale contre la Libye décidée lors d’un sommet à Paris (à la suite de la décision de fermeture de l’espace aérien par l’ONU),Mouammar Kadhafi affirme au Figaroqu’il a « fourni des fonds » pour la campagne présidentielle de Nicolas Sarkozy. Seïf al-Islam Kadhafi, le fils du colonel, assure également sur la chaîne Euronews que le régime libyen a financé la campagne de l’ex-président français.
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ebooks-bnr · 4 years
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Berney Élisa (Issakoff Alexandre pseud.) - Passion pour Passion
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Berney Élisa (Issakoff Alexandre pseud.) - Passion pour Passion : Ce roman intrigant et totalement méconnu se passe en Russie au moment du soulèvement décembriste de 1825. Les Strélitzky sont une famille noble, riche et puissante, dont le chef incontesté, Féodore, règne en maître sur sa maison autour de laquelle gravitent les familles Yermollof et Rumine. Sacha Strélitzky très belle mais sans ressources car fille d'une serve, est méprisée par ses demi-frères et sœur. Autour de ces deux êtres si dissemblables, Pierre Kamensky, l’ami de Sacha, est proche des idées révolutionnaires. Son beau-frère Nicolas Rumine, devient un des acteurs du soulèvement. Et enfin, Olga Yermoloff, elle aussi amie de Sacha, parvient à se faire épouser de Féodore Strelitzky. Les intrigues autour des différents personnages se dénouent après la révolution ratée. Le servage et les fortes inégalités sociales d’avant la révolution bolchévique y sont décrits avec réalisme par un témoin de première main de la société de la Russie des Tzars. Mais cet ouvrage est aussi et surtout un roman d’amour, dont les nombreuses péripéties et revirements entraînent le lecteur, par une intrigue bien menée avec des personnages attachants et crédibles au fil de cette histoire à suspense, où ne manquent pas l’amour et la haine,  la violence et la tendresse… L’auteure, Élisa Berney qui écrit sous le pseudonyme d’Alexandre Issakoff, est une vaudoise ayant passé plusieurs années en Russie comme gouvernante à la fin du 19e siècle. De retour au pays, elle a rédigé cet ouvrage hors du commun qui n’a été publié qu’à compte d’auteur en 1949, l’année de son décès. Mais un exemplaire, donné au syndic d’Ollon dans les années 1950 et retrouvé récemment par le fils de celui-ci, a été signalé à la Bibliothèque numérique romande qui est heureuse de vous le faire découvrir. Téléchargements : ePUB - PDF - PDF (Petits Écrans) - Kindle-MOBI - HTML - DOC/ODT Read the full article
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alexandre--rousseau · 4 years
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Les 20 meilleurs films des 10 dernières années
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Top 20 (2010-2019)
Accoucher d’un palmarès des meilleurs films de la décennie n’est pas une tâche de tout repos. Introspections, discussions, lectures et relectures, cet exercice de condensation peut facilement nous faire perdre les méninges, et ce, même s’il en découle un franc plaisir. On dépoussière nos vieilles listes avec l’appréhension d’avoir fait un choix douteux à l’époque. On s’inspire des choix de nos consœurs et de nos confrères critiques, tout en s’assurant que c’est bien notre voix qui s’élève au-dessus de la mêlée et non celle des autres. Avec un soupçon de ridicule, on oppose dans notre tête des œuvres qu’on adore dans des combats de gladiateurs, dans l’espoir de trouver lesquels méritent une mention. Et surtout, on rejoue les films dans notre tête. Encore et encore.
Ces treize années à construire et modeler ces listes me permettent de constater le caractère évolutif de nos goûts et de nos sensibilités. Les cinq premiers de classe de 2010 à 2019 flottaient dans les hauteurs du classement de leur année respective, mais aucun ne trônait au sommet (2e, 2e, visionné des années plus tard, 2e, 3e). Certaines œuvres exigent qu’on les laisse longuement mijoter et à d’autres occasions, le charme se rompt en cours de route. Parfois, le spectateur peut être dans des dispositions mentales inadéquates ou littéralement mal équipé pour absorber la vision des auteurs.
Les goûts se peaufinent, bien que les films eux ne changent pas. Or, ils sont agents de changement. Ce qu’on a visionné hier nous aide à comprendre le langage de ce qu’on regardera demain.
Le moment est enfin venu de mettre cartes sur table. Voici à rebours les 20 meilleurs films des dix dernières années selon Le Monolithe.
******
20. A Separation – Asghar Faradi  (2011)
Chaque histoire a son revers de la médaille. Dans A Separation, le réalisateur iranien démontre à quel point il est difficile d’évaluer la moralité et les intentions d’autrui. Son approche nuancée empêche le spectateur de prendre parti et le force plutôt prendre conscience de ses propres mécanismes de défense.
19. Mad Max : Fury Road  - George Miller (2015)
Le visionnaire George Miller retourne sur les lieux de son crime. Comme une injection d’adrénaline, Mad Max procure un sentiment d’exaltation absolu, dans un univers post-apocalyptique surstimulant qui se dévoile en fable écologique et féministe.  
18. The Grand Budapest Hotel - Wes Anderson (2014)
Appuyé par une distribution toutes étoiles dont un Ralph Fiennes au sommet de son art, The Grand Budapest Hotel pourrait bien être le projet le plus ambitieux de la filmographie du cinéaste. D’un esthétisme irrésistible, la cocasse comédie de Wes Anderson jongle avec plusieurs balles à la fois, sans jamais en échapper une.
17. La Vie d'Adèle/Blue Is The Warmest Colour - Abdellatif Kechiche (2013)
La relation complexe entre Adèle et Emma capture le sentiment amoureux dans la plus pure de ses expressions. Intense, intime et par moment graphique, La Vie d’Adèle est doté d’un esprit provocateur et sans filtre qui écorche et enivre.
16. Interstellar - Christopher Nolan (2014)
La complexité de l'audacieux spectacle de trois heures qu'est Interstellar peut certes nous dépasser. Récit exécuté sans peur, sa grandeur et son lustre suscitent un réel émerveillement. Un film de science-fiction à la hauteur de son budget et de ses ambitions.
15. Frances Ha - Noah Baumbach (2012)
Bohème et sans fioriture, le plus léger des films de Noah Baumbach aspire à beaucoup plus que la comédie indépendante moyenne. Eulogie à la spontanéité, Frances Ha est un adorable portrait d’une jeune adulte dans la vingtaine en quête de sens dans laquelle beaucoup se reconnaîtront.
14. Her - Spike Jonze (2013)
Et si la technologie était à la fois source d’isolation et de réconfort? Her s'interroge sur la solitude cosmique qui habite de plus en plus d'êtres humains en cette ère digitale. Sincère et profond.
13. Call Me By Your Name - Luca Guadagnino (2017)
Lumineuse adaptation du roman de 2007 du même nom, Call Me By Your Name nous transporte vers la plus lascive des idylles. Le désir traverse l'écran dans cette œuvre qui deviendra sans doute emblématique de ce qu'est le premier amour.
12. Get Out - Jordan Peele (2017)
Résolument revendicateur, Get Out utilise les conventions de l'horreur pour s'attaquer à l'hypocrisie de l'Amérique du 21e siècle sur les questions raciales. Un récit incisif tout aussi intelligent que divertissant qui tient en haleine du début à la fin.
11. The Lobster - Yorgos Lanthimos (2015)
Le spectateur qui visionne The Lobster pour une première fois réalise très rapidement qu'il n'a pas seulement affaire à une étrange comédie noire, mais à une satire dystopique. Déjanté, inventif et décalé, le cinquième long métrage de Lanthimos est un amalgame absurde de commentaires sociaux bien déguisés qui ne nous amène jamais dans la direction attendue.
10. Certified Copy - Abbas Kiarostami (2010)
Questionnant la valeur de l'art, Certified Copy prend réellement son envol lorsque les fameuses sensibilités post-modernes de Kiarostami se montrent le bout du nez. Telle une copie qui finit par posséder autant de valeur que l'original, le métatexte du film devient aussi important que le texte lui-même.
9. Drive - Nicolas Winding Refn (2011)
Le plus irrésistible des pastiches, Drive nous plonge dans un univers kaléidoscopique qui ne peut exister qu'au cinéma. À mi-chemin entre le film d'exploitation et le cinéma d'auteur européen, le réalisateur danois assume pleinement son métissage des genres, nous donnant une expérience viscérale dans une atmosphère rétrocool.
8. Moonlight - Barry Jenkins (2016)
Présenté en trois tableaux, ce film de passage à la vie adulte est une expérience cathartique saisissante. Même si la réalité de la majorité des spectateurs risque de s’éloigner de celle des personnages, la sensibilité et le lyrisme de Moonlight le rendent universel, s’élevant dans une sphère hors du temps.
7. Inside Llewyn Davis - Joel et Ethan Coen (2013)
Ce biopic tantôt comique, tantôt mélancolique est beaucoup plus que la déconstruction d’un genre. Inside Llewyn Davis évoque la cruauté des métiers artistiques où les destins se jouent de coups de dés plutôt que d’acharnement.
6. Roma - Alfonso Cuarón (2018)
On peut facilement être obnubilé par la quantité de détails dans la composition des plans de Roma, un régal pour les yeux digne de Fellini et d’Ophuls. Mais derrière la somptueuse cinématographie en noir et blanc, Cuarón raconte sa genèse avec nostalgie dans un Mexique en pleins bouleversements sociaux-politiques.
5. The Master - Paul Thomas Anderson (2012)
P.T. Anderson ne craint pas de mettre au défi son auditoire. Pouvant compter sur deux des meilleurs acteurs de leur génération en Phillip Seymour Hoffman et Joaquin Phoenix, The Master est obsédé par l'opacité de la psyché humaine, et les manières d'en prendre contrôle.
4. The Tree of Life - Terrance Malick (2011)
D'une ambition inégalée dans cette décennie, The Tree of Life est tout en contradiction; petit et grandiose, terre à terre et spirituel, personnel et universel. Un poème méditatif sur l'existence.
3. Uncle Boonmee Who Can Recall His Past Lives - Apichatpong Weerasethakul (2010)
Pénétrer dans l'univers de Weerasethakul, c'est l'autoriser à nous dérouter, à nous ensorceler. Un de ces rares films qui donne l'impression de posséder des propriétés magiques. Insaisissable, mais inoubliable.
2. The Social Network - David Fincher (2010)
Plusieurs cinéphiles ont sourcillé en voyant le nom de David Fincher associé à un film sur... Facebook. Puis, après sa sortie, dans un revirement des plus inattendus, certains critiques le décrivaient comme le Citizen Kane de notre époque. Appuyé par la plume aiguisée d'Aaron Sorkin, The Social Network était la boule de cristal d’une génération en quête de connexions.
1. Burning - Lee Chang-dong (2018)
Méticuleusement assemblé et patient, Burning nourrit le mystère à travers les ambiguïtés du langage et de sa compréhension. Pris au cœur d'une charade, le spectateur est, à l’instar du protagoniste, à la recherche de la vérité, la quête identitaire et le mal-être de l’époque en toile de fond.
Alexandre Rousseau - 23 décembre 2019
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reseau-actu · 5 years
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Les autorités françaises restent totalement mobilisées au côté du régime saoudien dans sa guerre au Yémen, malgré des efforts permanents pour dissimuler les conditions concrètes d’un soutien qui se manifeste au-delà des seules ventes d’armes. Revue de détail de ce jeu trouble.
Pas de keffieh, pas de tunique traditionnelle mais des costumes bien coupés ; le groupe se fond sans difficulté dans la masse des personnels qui passent quotidiennement les contrôles d’entrée de l’École militaire. Un détail pourrait toutefois distinguer les sept officiers qui composent l’équipe des autres arrivants matinaux : avant de rejoindre leur salle de cours, ceux-ci ont quitté l’hôtel de luxe qui leur sert de pension pendant leur séjour en France.
Ils appartiennent à la Royal Saudi Air Force (RSAF), composante aérienne des forces armées du royaume saoudien qui ne lésine pas sur la dépense. En octobre et novembre 2018, ces stagiaires ont suivi une formation poussée d’analyste-image. Le cursus est adossé à des modules standard élaborés avec la Direction du renseignement militaire : analyses techniques (localisation), télédétection optique (imagerie infrarouge, mais aussi reconnaissance et interprétation de la situation de sites), exercices de synthèse et mises en condition opérationnelle.
Ce programme qui a fait l’objet d’une autorisation administrative en bonne et due forme est évidemment confidentiel puisqu’il s’agit ni plus ni moins que de développer les capacités de ciblage d’experts de la RSAF, engagée depuis 2015 au Yémen dans une sanglante guerre aérienne contre les territoires contrôlés par les rebelles houthis.
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Mohammed ben Salmane et Emmanuel Macron, le 10 avril 2018, à Paris. © Reuters
Mais de bons esprits expliqueront que ce perfectionnement peut aussi permettre de limiter les « bavures » à répétition, comme le 9 août dernier où la frappe d’un bus tua au moins vingt-neuf écoliers dans la province de Saada… La formation s’inscrit dans un plan pluriannuel de coopération que Florence Parly, la ministre des armées, a renforcé en signant, le 8 juillet, un nouvel accord technique sur les échanges bilatéraux d’informations classifiées. Ce qui inclut, outre la lutte antiterroriste, le travail sur l’imagerie spatiale fournie aux armées saoudiennes aussi bien par les satellites du Pentagone que par ceux de son ministère.
La dynamique a prospéré sous le quinquennat Hollande. L’existence d’une filière « d’assistance » aux combats terrestres composée d’anciens légionnaires, avec un feu vert tacite de l’Élysée, est même évoquée par des sources dignes de foi. Sans pouvoir être confirmée… La présidence Macron qui ignore, en la matière, toute rupture avec « l’ancien monde » a perpétué l’engagement sans faille des autorités nationales.
Et pour cause. Paris y voit un moyen de contourner la tutelle exercée sur les dirigeants saoudiens par la puissance américaine. Le président français devra cependant attendre le second semestre 2019 pour vérifier les effets de sa complaisance avec le prince héritier d’Arabie saoudite, Mohammed ben Salmane (MBS), puisque le voyage officiel qu’il devait effectuer à Riyad en fin d’année a finalement été repoussé.
Ce raisonnement vaut aujourd’hui pour le ravitaillement en vol des appareils de la RSAF. Début novembre, la coalition militaire menée par l’Arabie saoudite a demandé aux États-Unis de cesser leur assistance à ses avions, notamment dans les raids d’appui aux forces qui tentent de reprendre le port de Hodeïda aux rebelles qui le contrôlent depuis 2014. De ce fait, les pilotes de F-15, d’Eurofighter et de Tornado saoudiens devraient être approvisionnés à l’avenir par l’un des six A-330 MRTT d’Airbus livrés à Riyad depuis février 2013. En outre, cet ajustement place le groupe industriel européen en bonne position pour vendre deux appareils supplémentaires ainsi que des A-400M de transport. Ce qui aurait pesé dans les récentes tensions entre Donald Trump et Manuel Macron.
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Aucun responsable n’évoque les conséquences pratiques. Mais, au vu des compétences requises sur certains segments de la chaîne opérationnelle mise en œuvre en pareil cas, la participation d’experts européens doit être envisagée au titre du « service après-vente » des MRTT. Et ce que ceux-ci soient des spécialistes civils ou qu’ils soient issus des armées de l’air des pays membres du consortium Airbus, à commencer par la France.
Le soutien de Paris à la guerre sans fin voulue par MBS s’exerce donc pleinement sur ces segments stratégiques puisque, pour une armée moderne, la formation tactique, la fourniture de renseignements et l’assistance technique comptent tout autant que les ventes d’armes. Le régime du « secret défense » permet d’éviter tout questionnement à ce sujet.
À défaut, opposants et ONG investis dans le « Riyad bashing » ciblent les plus classiques livraisons d’armements soumises à des règlements internationaux. Leur objectif : tenter d’obtenir une suspension de la fourniture d’équipements qui peuvent être engagés au Yémen, même si aucun embargo ne vise Riyad. En tout cas, pour répondre au malaise provoqué par la tournure prise par le conflit, la rhétorique de la ministre Parly ne suffit plus – comme sur France Inter le 9 janvier dernier lorsqu’elle affirmait que la France avait livré des armes « qui n’étaient pas censées être utilisées » ! Depuis quelque temps, l’exécutif a ainsi fini par décider que certaines licences seraient examinées en fonction de l’évolution du conflit.
La Commission interministérielle pour l’étude des exportations de matériels de guerre (CIEEMG) a ainsi tout récemment repoussé un dossier de vente d’obus de 155 mm. Décision qui n’a fait l’objet d’aucune annonce. Il s’agissait, semble-t-il, de « recompléter » les stocks de munitions de batteries de canons tractés TRF1 et surtout d’automoteurs d’artillerie Caesar de Nexter. Cet engin acquis à plus de 130 exemplaires est en dotation depuis 2010 dans les unités de la Garde nationale, tout particulièrement celles qui sont positionnées à la frontière entre le royaume et le Yémen. Officiellement, ceux-ci ne font l’objet d’aucun emploi offensif contre les Houthis. En réalité, ces matériels d’une portée supérieure à 40 km ont été largement utilisés contre les forces rebelles positionnées sur le front nord, notamment autour des villes de Saada et de Dammaj. En outre, les personnels qui les utilisent s’appuient sur des relevés cartographiques et du renseignement de terrain. Ce qui implique de recourir à des mini-drones de reconnaissance, comme les Tracker (Airbus Defense) et les Spy’Ranger (Thales) également proposés à l’état-major saoudien. Un marché sur lequel les Italiens de Leonardo ont, eux, placé plusieurs dizaines de drones Selex ES.
Les obus de 155 mm – vendus entre 2 000 et 3 000 euros l’unité – sont produits par Nexter dans son usine de La Chapelle-Saint-Ursin près de Bourges. Par deux fois au moins au début des années 2017 puis 2018, alors que les conseillers des ministres des affaires étrangères et de la défense se divisaient sur l’opportunité de prises de commandes et de livraison, l’Élysée avait tranché favorablement. Ce n’était donc plus le cas cet automne.
La décision des autorités allemandes, annoncée en mai par le porte-parole du gouvernement, Steffen Seibert, de suspendre toute licence d’exportation de matériels de guerre vers l’Arabie saoudite explique pour partie le revirement. Alors que le « couple franco-allemand » est mobilisé pour développer des capacités communes de défense européenne, il était inopportun d’ouvrir un contentieux avec le gouvernement Merkel. Des pièces d’origine allemande sont en effet utilisées dans ces obus, que les élus du Bundestag peuvent désormais refuser de voir livrer à Riyad. Notamment, des composants de Junhans Mitrotec servant au système de correction de trajectoire « Spacido » utile dans les premières secondes d’un tir.
Cette contrainte nouvelle n’inquiète toutefois pas vraiment des industriels comme Nexter, désormais associé à l’allemand KMW dans la holding KNDS, ou Arquus (ex-Renault Trucks Defense), même si certains de leurs engins (les VBCI, et les PVP par exemple) intègrent des pièces d’origine allemande, notamment pour leurs boîtes de vitesses. D’ailleurs, en espérant que les blocages politico-administratifs ne seront que passagers, les prospections de leurs équipes commerciales n’ont pas été suspendues.
L’enjeu est d’importance alors que de nouvelles gammes de matériels inscrites dans la nouvelle loi de programmation militaire nationale peuvent être désormais proposées à l’export. En l’occurrence des blindés de reconnaissance et de combat Jaguar, des véhicules de combat légers Griffon, des nouveaux véhicules blindés multi-rôles (VBMR), ainsi que des véhicules blindés d’aide à l’engagement (VBAE). Leur vente à l’étranger permettra de rentabiliser les investissements consentis pour lancer leurs productions en série. En la matière, avec ses achats compulsifs, Riyad reste le client idéal : le budget de la défense saoudien devrait en effet passer de 32 à 48 milliards d’euros d’ici 2020 pour permettre au régime d’être à la hauteur de ses ambitions régionales.
« Nous avons acté de plusieurs sujets qui suscitent beaucoup de sensibilités »
Cette trajectoire explique qu’en 2016 et 2017, les livraisons à Riyad se sont respectivement élevées à 1 085 et 1 381 millions d’euros. Avec une enveloppe de 764 millions d’euros en 2016, le niveau des prises de commandes validées par la CIEEMG a lui aussi progressé par rapport à la moyenne des livraisons réalisées depuis 2011 (552,3 millions d’euros par an, mais à peine 10 % des dépenses du pays auprès des États-Unis…). La baisse relative observée en 2017 (626 millions d’euros de livraison) est, quant à elle, liée à la création d’une nouvelle structure centralisée de contrôle des achats, la Saudi Arabian Military Industry (SAMI), qui permet désormais à MBS – et à ses proches – de contrôler directement toutes les procédures d’achat militaires. Cela conduit aujourd’hui le PDG de Thales, Patrice Caine, à travailler en direct avec le prince héritier pour tenter de renouveler, en 2019, le parc de la défense sol-air de courte portée du royaume, avec notamment des radars de défense GM200 et GM400 ainsi que les systèmes de commandement de l’ensemble.
Principale source d’informations ouvertes dans ce domaine, le rapport 2018 au Parlement sur les exportations d’armement de la France ne dresse que des bilans généraux adossés à la nomenclature des 23 « military lists » consignées par l’Union européenne. Pour autant, une lecture attentive permet d’en extraire quelques données significatives et de les confronter à d’autres sources. Cela vaut, par exemple, pour les deux « licences spatiales » accordées en 2017, d’une valeur globale de 137 millions d’euros, qui permettent la fourniture d’imageries militaires, de logiciels d’interprétation et des formations évoquées plus haut. Sur le même registre, on lit que l’Arabie saoudite a été cette même année le plus gros pays client de la France en fusils de précision (520 au total). Difficile, là aussi, de ne pas faire la relation avec l’engagement de forces spéciales saoudiennes au Yémen.
Pour 2018, les chiffres semblent repartir à la hausse grâce notamment à deux contrats traités lors de la visite de trois jours de Mohammed ben Salmane à Paris en avril. L’un (évalué à 550 millions d’euros) assure la vente de trente-neuf patrouilleurs HSI 32 du chantier naval de Cherbourg CMN détenu par Iskandar Safa, selon La Tribune, quinze de ces navires devant être fabriqués à Dammam par le groupe saoudien Zamil, partenaire de CMN. L’autre contrat porte sur la vente de canons tractés LG1 Nexter de 105 mm. Conclu au terme d’une longue négociation entre officiels des deux pays, celui-là reste tenu secret. Et pour cause : ces engins sont conçus pour des unités à vocation de déploiement rapide, avec un emploi possible au Yémen donc. « En matière de défense, nous avons acté de plusieurs convergences et de plusieurs sujets qui suscitent parfois des commentaires ou beaucoup de sensibilité », s’était contenté de dire Emmanuel Macron, dans son style inimitable, lors de la conférence de presse conjointe organisée à l’Élysée, le 11 avril.
À défaut d’un « marché du siècle » à gérer, les livraisons en cours s’organisent principalement depuis deux ans autour du Saudi Fransi Military Contract (SFMC), dont la première tranche établie à hauteur de 600 millions d’euros a commencé à être réglée fin 2016 aux industriels par le ministère des finances du royaume. La mise en œuvre de cette tranche est supervisée par l’office français d’exportation (ODAS). En matière d’armement terrestre, des missiles sol-air très courte portée Mistral figuraient sur la shopping-list, ainsi qu’une centaine de véhicules Sherpa et de transports de troupes VAB Mk3 (produits par Arquus, par ailleurs fournisseur des véhicules Bastion Patsas aux forces spéciales du royaume). Une seconde tranche d’un montant égal doit en principe suivre, actuellement discutée entre la DGA et ses interlocuteurs saoudiens ; les négociateurs de cette liste complémentaire tablent notamment sur le transfert de vingt-cinq autres canons Caesar de nouvelle génération pour la Garde nationale, sur des hélicoptères Cougar, sur des drones SDTI Sperwer et sur de nouveaux patrouilleurs maritimes.
Ces matériels, financés par Riyad, devaient à l’origine équiper l’armée libanaise par l’entremise d’un contrat validé en 2015 et appelé DONAS. Cela, avant que Mohammed ben Salmane ne se ravise un an plus tard et décide finalement d’équiper ses propres forces en faisant adapter ces armements à leurs besoins spécifiques (climatisation renforcée, postes de communication, etc.). Rétrospectivement, après l’épisode de la prise en otage du premier ministre libanais Saad Hariri en novembre 2017, on comprend mieux ce revirement : c’était la première pression exercée par MBS sur le dirigeant libanais accusé de soutenir trop mollement sa politique régionale guerrière. Pour faciliter cette bascule, les dirigeants français sont allés loin. Selon nos sources, Paris aurait par exemple accepté en 2017 que l’Arabie saoudite réexporte certains des matériels commandés : ainsi, l’utilisateur final d’une partie du parc des transports de troupes VAB Mk3 serait en réalité l’armée égyptienne à laquelle les djihadistes infligent de grosses pertes au Sinaï.
Les conditions d’adaptation du contrat au client saoudien laissent aussi quelque doute. Selon des sources diplomatiques, les lourdes procédures administratives préalables aux réunions décisionnaires de la CIEEMG ont été « aménagées pour éviter les pertes de temps ». Cela, entre février 2016, date de l’annulation des fournitures au Liban et de la décision de MBS de les récupérer à son profit, et le mois de décembre 2016, date des premiers paiements des matériels. Avec l’accord de François Hollande, son ministre de la défense Jean-Yves Le Drian s’est de facto contenté d’apporter trois avenants techniques au contrat initial DONAS destiné Liban. Dans ce parcours administratif accéléré, le ministère de la défense a largement profité de l’effacement du nouveau venu au Quai d’Orsay, Jean-Marc Ayrault, qui avait succédé à Laurent Fabius le 11 février 2016. Avec son directeur de cabinet Laurent Pic, un spécialiste des affaires européennes, celui-ci aurait accepté sans renâcler les arrangements voulus par son collègue de la défense.
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louiseldiablo · 7 years
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Little White Lies
Parte três / Final
Três dias para a formatura.
Notei a ausência de Harry mesmo antes de abrir os olhos, o frio que emanava do espaço ao meu lado parecia infiltrar na pele. Eu queria imaginar que ele estava no banheiro e ia sair de lá com um sorriso, metade do rosto barbeado e espuma no rosto, ou talvez estivesse na cozinha ouvindo Kodaline e fazendo café da manhã. Mas ele nem tinha voltado, e mantendo minha promessa de ontem à noite levantei da cama decidida a tomar meu café, me arrumar e sair de lá direto para minha casa deixando um bilhete caso Harry lembre que tinha alguém esperando por ele. Esse é o problema, aposto que Susan também espera por ele, se não espera deveria. Sempre achei a mulher uma burra, você não casa com um homem como Harry e fica entediada. Eu nem deveria estar fazendo algum tipo de elogio a Harry, mas essa coisa de pensar nele já é algo que meu cérebro faz por instinto, como respirar ou recuar quando alguém bate palmas em frente aos seus olhos. 3.
Narrador
Dois dias para a formatura.
S/N não procurou por Harry na manhã seguinte. Harry não teve tempo e nem paciência para procurar por S/N. Ele tinha voltado à cabana por volta do meio-dia com algumas coisas frescas para eles fazerem o almoço, mas ela não estava lá. Ele não precisava de uma bola de cristal para saber a merda que tinha feito, ele só não podia deixar Susan sozinha no hospital. Ele ficava bravo quando esses obstáculos apareciam para ele, por isso tinha vontade de ligar para S/N e gritar que ela não precisava agir como uma criança, que ela precisava entender, e por isso ele não ligou. Eles passaram dia inteiro em seus próprios mundos. Harry tomou café com alguns amigos no clube. S/N comeu cereal colorido em frente à TV no AP de Alec. No almoço Harry jogou golfe com o reitor da universidade e ambos conversaram sobre os projetos humanos que estariam sendo promovidos em 2015. S/N e Alec chamaram Rebecca e fizeram tacos, eles conversaram sobre os dois vestidos e o terno que tinham que buscar na lavanderia. Quando o sol estava se pondo Harry estava no escritório de seu advogado fazendo algo que ele queria há tempos. S/N estava dirigindo de volta para casa depois de pegar a roupa para a formatura (a dela e de seus dois amigos). De noite ele tomava analgésico e ela chá de camomila. 2.
Um dia para a formatura.
“Podemos nos ver antes da cerimônia?” - S/N. “Estou cheio de coisas para fazer” - H. “Depois?” - H. “Nah, acho que vou à pós-festa com Alec e Reb” - S/N. “A meia-idade pode comparecer :)?” - H. “Acho que a meia-idade já está dormindo quando começa a festa” - S/N. “Música alta não te incomoda?” - S/N. “Se eu desligar meu aparelho de audição não incomoda não” - H. “E ele estava desligado quando perguntei de você ia voltar para a cabana?” - S/N. “Podemos nos ver e então eu explico tudo? Meus dedos de velho doem se eu digito por muito tempo” - H. “Posso achar muitas outras utilidades para os seus dedos que não sejam digitar ;)” - S/N. “Você me fez cuspir suco de laranja no meu terno em frente aos seus professores. Parece que fiz xixi.” - H. “Ugh, precisa de uma enfermeira para começar a te alimentar?” - S/N. “Talvez, ela pode ser ruiva que nem a Scarlett Johansson ?” - H. “Não, sem ruivas e enfermeiras. Se engasgue com sua própria saliva” - S/N. “Está irritada?” - H. “S/N?” - H. “Sabe que eu te amo né?” - H. “Se eu comprar uma fantasia de enfermeira você usa? :P” - H. “Talvez” - S/N. 1.
S/N
Formatura.
Ah, formaturas, nem são tão especiais como aparentam, afinal desde o momento em que começamos a estudar até terminarmos temos quatro dessas. Os professores discursaram, o reitor nos entregou os diplomas, Harry deu um pequeno discurso de reconhecimento e ganhou um certificado por ser um dos que mais investiam nos projetos da universidade. Minha antiga casa, nem dá para acreditar que eu passei quatro anos por aqui - apenas dois deles morando no dormitório -. Eu dancei energicamente com Alec enquanto meus olhos focavam os de Harry intensamente verdes e a maneira que ele levava a taça de champanhe à boca, Harry estava em um grupo de seis ou mais professores que pareciam rir de alguma coisa, ele estava encostado em uma das colunas de mármore com um terno preto meia-noite maravilhoso. Ele estava mesmo em um terno, sem chapéu ou botas, um colete preto e branco detalhado dava a ele aquele efeito Harry Styles de se vestir. - Você está encarando - Alec falou enquanto dançávamos - quem está atrás de mim? James da aula de Economia? - ele arregalou os olhos olhando para trás rapidamente e corando quando deu de cara com Harry sorrindo e erguendo a taça como se nos oferecesse um brinde. Alec ergueu o copo de uísque em uma saudação e piscou para Harry o que o fez rir balançando a cabeça. Peguei o copo da mão de Alec e coloquei na bandeja de um garçom que estava passando. - Chega de bebida para você ou vai acabar na cama do Sr. Styles - falei brincando e Alec revirou os olhos e me encarou. - Vai mesmo continuar mentindo para mim? Sério, até entendo que tenha tido que esconder isso durante a faculdade, mas agora ninguém pode mais culpá-los, principalmente você. Styles é um quarentão delicioso - Alec sussurrou enquanto me puxava para a mesa de bebidas e nos servia com ponche batizado. Suspirei e tomei metade do copo com um gole. - Ele tem trinta anos e não quarenta. Não vou nem perguntar como você soube - eu estendi minha mão e Alec encheu meu copo novamente. - Mas eu vou falar - Alec ficava alegre quando bebia, ele sempre tinha sido um gay do tipo mais reservado, mas quando bebia simplesmente faltava lamber a barriga de qualquer homem admirável que passasse por ele - Nicolas, Reb e eu sabemos desde o inicio desse ano, vocês dois não tomam muito cuidado. Eu ia protestar quando ele tampou minha boca e deitou a cabeça no meu ombro, tirei a mão dele de meu rosto e fiquei quieta esperando a história. - Então, Harry Styles simplesmente ganhou um escritório só dele aqui na uni e ele sempre está trancado. Reb e Nicolas me desafiaram a entrar lá e ver o que ele guardava lá dentro. - Sério? E você encontrou a masmorra onde ele mantém as escravas sexuais? - perguntei ácida, mas Alec só riu. - Nicolas apostou em masmorras, eu fiquei com Reb naquela aposta: fotos pervertidas dos alunos. Quando cheguei a frente à sala achei que estaria trancada, mas a maçaneta virou e a porta abriu, vocês dois estavam tão ocupados em apalpar um ao outro que nem me viram - ele deu de ombros. - Quem ganhou a aposta? - perguntei. Eu não tinha mais porque ficar nervosa, eu não era mais aluna. - Você - franzi a testa e ele deu um beijo babado na minha bochecha, limpei meu rosto rindo - lembra aquele vestido que Reb te deu? Foi um presente por pegar o quarentão - ele ergueu as sobrancelhas e eu formei um ‘o’ perfeito com a minha boca - não se preocupe, ninguém te culpa, todas as alunas ficam como torneiras pingando quando Sr. Styles fala com aquela voz rouca e - tampei a boca de Alec não querendo ouvir o resto. - O que tem torneiras? - Harry perguntou atrás de mim e eu dei um pequeno pulo no lugar. Alec abriu a boca chocado e depois sorriu malicioso. - As meninas... - Alec começou a berrar e eu apertei o braço dele. - Alec bebeu demais, vou deixar ele com alguém - expliquei para Harry que me olhava de cima a baixo antes de concordar. Deixei-o lá parado na frente da mesa de bebidas, perto de milhares de alunos bêbados, os homens já tinham tirado as gravatas, as mulheres sem salto alto e alguns alunos de Medicina estavam com jalecos fornecidos pela universidade enquanto faziam brindes com todo tipo de bebida. Deixei Alec com Nicolas em algum lugar perto da mesa de petiscos, depois de tanta bebida ele precisava de comida a muita água. Eu estava conversando com a prima de segundo grau de Rebecca quando Harry se aproximou pela segunda vez na noite. - Srta. Megan, posso falar com S/N em particular por alguns minutos? - Harry falou com a voz suave e fingindo um sorriso doce quando olhou para mim. Então ele tinha percebido que eu não queria papo? Megan nem perguntou nada, apenas concordou com a cabeça várias vezes enquanto me olhava com o canto de olho discretamente, assenti levemente, sem dúvida era melhor conversar logo com Harry antes que bebesse demais e fizesse besteira na frente de todos. - Posso te ajudar Sr. Styles? - perguntei toda doce assim que Megan se afastou de nós. Harry me encarou com o copo perto dos lábios e depois sorriu um pouco molhando os lábios. - Quero que você me chame de Sr. Styles enquanto está curvada na minha mesa - ele falou devagar e baixo o suficiente para que eu fosse a única a ouvir. Fingi não ouvir a abaixei a cabeça escondendo o sorriso com o cabelo, Harry estava divino e eu estava morrendo de vontade de jogá-lo em qualquer superfície plana ou não e montá-lo - Sim, você pode me ajudar. Pare de me provocar e venha conversar comigo - ele pediu pegando minha mão e me puxando um centímetro mais perto dele. - Eu iria se conversar fosse à única coisa em sua cabeça - eu disse com a voz o mais séria possível, mas acabei sorrindo quando os olhos de Harry brilharam e ele sorriu mostrando as covinhas. - Eu estou com saudades - ele murmurou por fim e me puxou para trás de um painel largo. Harry avançou nos meus lábios e os grudou com os lábios rosados e cheios dele. Ficamos assim por alguns segundos antes que eu me lembrasse de onde estávamos, afastei Harry de mim pelos ombros - você não me deu nenhum beijo nos últimos dias - ele murmurou manhoso enquanto me puxava para ele e me abraçava deixando as mãos grandes e finas acariciarem minhas costas. Olhei para o rosto de Harry, os olhos verdes, cílios grossos, lábios e o perfume masculino já misturado com o suor dele, não podia fingir que não o desejava, mesmo que eu fosse para outro continente, não podia fugir de Harry. Beijei o pedaço de pele embaixo da orelha dele e Harry gemeu fraco, sorri e o beijei mais perto do queixo dessa vez. - Eu vou estar no meu escritório, te dou sete minutos. E não me faça ter que vir buscar você - ele proferiu as palavras em um tom firme e depois me beijou brevemente me deixando querendo por mais.
Narrador
Coloquem daylight do Coldplay para tocar, e depois que acabar coloquem Shiver, do Coldplay também. E se essas acabarem e você ainda estiver lendo, ouça Raise me up da minha linda mulher Lana Del Rey a.k.a Lizzy Grant.
Passaram-se apenas quatro minutos até S/N estar andando pelos corredores da universidade, corredores esses que ela estava vendo pela última vez. Essa constituição realmente foi a casa dela por quatro anos seguidos, e se Harry não a estivesse esperando em algum lugar daquele labirinto de salas ela com certeza teria parado para admirar os vitrais coloridos, a madeira escura e os detalhes em dourado, cor de ouro líquido. A porta de carvalho pesado estava apenas encostada então bastou um pequeno empurrão das mãos da garota para que ela se abrisse o suficiente para ela enfiar a cabeça para dentro. Harry estava lá dentro alheio a musica tocando no pátio principal, ele passava livros e molduras da prateleira para caixas de papelão metodicamente. Trabalhos metódicos são os melhores, não sobra muito espaço para pensar quando você os realiza, é apenas instinto. S/N levou seu tempo para absorver a maneira divina em que a luz do sol infiltrava-se na sala deixando reflexos de pequenos arco-íris na pele descoberta de Harry. Ele tinha dispensado o colete e terno e agora estava apenas com a blusa social branca com os primeiros botões desabotoados - de onde S/N poderia ver as duas andorinhas tatuadas em seu peito - e as mangas arregaçadas. Harry viu a sombra de S/N se projetar no chão e olhou para ela no vestido azul escuro parada na soleira da porta, ela sorriu para ele enquanto entrava e trancava a porta com a chave que Harry sempre deixava pendurada na fechadura.
S/N
Harry manteve a expressão séria enquanto nos encaramos, ele sentado no chão com quatro caixas empilhadas ao seu lado e eu ali de pé sem saber direito o que fazer. Eu não queria me despedir, dar adeus para Harry parecia quase pior do que dizer para alguém que a doença dela não tinha cura, e eu sei que vou ter que lidar com ser a portadora de notícias nem sempre boas do mesmo jeito que vou ter que lidar com a ausência permanente de Harry. Quando avistei Harry no começo da tarde passou pela minha cabeça ignorá-lo totalmente, fingir como se não tivesse passado dois anos sendo a amante. Sim, as duas noites passadas tinham me ajudado a descobrir como chamar a relação que nós temos: traição. Susan é uma bruxa, mas mesmo assim estava sendo desrespeitada. Eu não deveria estar me sentindo culpada agora, talvez depois que eu fosse ela tivesse Harry de volta, não apenas no estado físico, talvez ele vá trás dela emocionalmente depois que eu for embora. Talvez ele arranje outra aluna, talvez ela seja da turma de Engenharia dessa vez, porque confesso que ficaria ofendida se ele chegasse perto de outra aluna de Medicina. Confesso que ficaria ofendida se Harry dissesse frases doces para outra mulher, confesso que queria que ele virasse monge e passasse o resto de seus dias em uma mesquita, confesso que queria que ele virasse um stalker e me seguisse onde quer que eu fosse. Harry ficou de pé e andou lentamente até onde eu estava, eu não tinha criado um discurso para dizer tchau, mas tinha mostrado minha carta de aceitação quando a mesma tinha chegado quatro meses atrás, e talvez seja por isso que aqueles foram os melhores quatro meses da minha vida, talvez fosse o nosso adeus, o adeus mais longo e doce que eu pude ter. Senti suas mãos afastarem meu cabelo de meus ombros e seus lábios lá segundos depois, o outro braço me segurava contra ele pela cintura, perto demais, não o suficiente para nos fundir em um ser, apenas não o suficiente. Eu nem sequer conseguia pensar em me mover, em sair de seus braços ou abrir a boca para dizer algo. Me mantive com os braços pressionados contra meus lados quando Harry ergueu suas mãos até meus ombros e as desceu por meus braços contornando meus ombros tensos, senti todos os nervos das mãos de Harry em contato com todos os nervos de meus braços, antebraços e ponta dos dedos, tudo com toques suaves que pareciam guardar faíscas de eletricidade em seus espaços. Quase imperceptivelmente estava virada de costas para Harry com seus lábios pressionados contra minha nuca, suas mãos desceram por minhas coxas e pernas, e depois subiram erguendo a barra de meu vestido. Harry respirava devagar e eu tentava combinar a minha respiração barulhenta com os suaves suspiros dele, me encostei contra o seu peito achando totalmente injusto o jeito que ele me fazia submeter-me a ele. - Pare de pensar, está me desconcentrando - ele reclamou perto do meu ouvido antes de beliscar suavemente meu lóbulo entre seus lábios. - Esse é o seu lema? “Pare de pensar” - virei de frente para Harry e ele andou de costas comigo em seus braços até estar sentado na borda de sua mesa - por isso você nunca poderá dar aulas. - Não poderia dar aula mesmo, não tenho um diploma - ele deu de ombros enquanto levou as mãos para minha cintura e depois para a barra do vestido. Harry olhou para mim por cima de seus cílios e eu queria tirar uma foto dele, mas meu celular estava na minha bolsa que tinha ficado com Alec - mas ser um bom namorado conta como especialização? - ele perguntou com aquele sorriso que me cortava como se minha pele fosse feita de manteiga. Namorado, aquela palavra saindo da boca dele e referindo-se a mim, coloquei ambas as mãos no cabelo cacheado de Harry e o beijei suavemente, ele se afastou para me encarar de perto. - Dá para parar de me olhar como se eu fosse evaporar? - ele perguntou e depois sem me dar tempo para responder voltou a me beijar com mais luxúria. Bem, pare de me segurar como se fosse para sempre. Sem a mínima delicadeza Harry aprofundava os carinhos, as mãos em meus cabelos e no segundo seguinte me puxando para mais perto pela cintura me fazendo gemer em sua boca ao sentir sua ereção pressionada contra meu estomago. Finalmente os lábios de Harry me deram uma pausa e ele sugou meu lábio inferior para dentro de sua boca para depois soltá-lo com uma sucção maravilhosa, fechei meus olhos sentindo o cheiro maravilhoso de masculinidade e madeira molhada, estava chovendo fracamente lá fora e nós podíamos ouvir o barulho de alguns ex-alunos gritando ao sentir a chuva arruinar suas roupas alugadas. Olhei de volta para Harry e nosso olhos ficaram daquele jeito estranhamente conectados por alguns milésimos de segundo. Me assustei a sentir o zíper de meu vestido ser aberto de uma vez só e Harry sorriu maroto escondendo o rosto em meu pescoço, ele deslizou as mangas curtas de meu vestido suavemente por meus braços me deixando sentir a suavidade do pano fino misturado com suas mãos também suaves, e então o vestido deslizou o resto do caminho de meu corpo até parar no chão em um amontoado de pano aos meus pés. Harry nos virou me colocando sentada em sua mesa e tirou uma mecha de meu cabelo que tinha escapado do penteado antes de me beijar novamente. De um jeito meio descoordenado comecei a abrir o resto dos botões de sua camisa até tirá-la de vez. Deslizei minhas mãos por seu tórax até chegar à barra da calça preta e me livrar dela também. Fitei a cueca preta e mordi um sorriso malicioso enquanto voltava a olhar para Harry que também me encarava. Harry delicadamente distribui beijos por meu pescoço, clavícula, seios e barriga me fazendo inclinar até que estava quase deitada na mesa com ambos os braços atrás de mim e as palmas das mãos pressionadas contra a mesa fria de carvalho. Seus lábios tocaram o interior de minha coxa com suavidade fazendo todos os pelos de meu corpo arrepiarem. Ele ficou lá por um tempo fazendo pequenos chupões e depois os aliviando com sua língua até finalmente distribuir beijos sobre minha calcinha vergonhosamente molhada. Ele não fez mais do que tirar minha última peça de roupa e depois subir seus pequenos beijos por meu corpo ignorando minha intimidade, eu sorria involuntariamente porque me deixar desejando por ele nunca foi difícil para Harry, voltei a minha posição inicial sentada sobre a borda da mesa e dedilhei a barra da cueca Calvin Klein, por alguns segundos eu estava sendo teletransportada de volta àquela tarde em que vi Harry Styles pela primeira vez e em como o comparei com um modelo da marca CK, mas depois Harry já estava impaciente inclinado sobre mim que acabei deitada sobre a mesa, ele tinha tirado a cueca e tomado minha mão na sua a colocando sobre seu membro, ele soltou um suspiro exagerado quando eu envolvi seu pênis e olhei com expectativa para seus olhos verdes. Harry me selou e posicionou-se em minha entrada. Gemi ao senti-lo colocar só um pouquinho, alguns segundos de tortura e finalmente ele investiu me fazendo gemer de prazer e levar minhas mãos para seus braços. Ele se curvou sobre mim intensificando os movimentos enquanto eu admirava de baixo cada detalhe do lindo rosto dele enquanto o sentia em mim, era mais do que satisfatório saber que a linda careta de prazer em seu rosto é por minha causa, passei meus braços em volta do pescoço de Harry e o puxei para mais perto de mim, ele olhou para mim antes de sorrir de lado e distribuir beijos úmidos misturados com pequenas mordidas em meu pescoço. Rapidamente cheguei ao ápice e Harry me beijou quase me roubando o fôlego enquanto descia do dele. Harry me empurrou mais para trás na mesa e subiu nela também se deitando ao meu lado e me abraçando de conchinha. Um riso suave escapou de meus lábios, eu adorava o quanto Harry amava tocar, não tinha nada melhor do que ele me abraçar com vontade depois de sexo alucinante, sexo apaixonado, qualquer tipo de sexo. - Senhor Abraços ataca novamente - eu disse e Harry ergueu a mão no ar como o punho de um super herói enquanto eu cantarolava o tema de Homem-Aranha. Eu queria ver que horas eram porque subitamente tudo estava muito silencioso, mas meu celular estava na bolsa com Alec. Maldito Alec. Afastei Harry suavemente com a mão e sentei-me à mesa de carvalho. Eu tinha que ir para casa arrumar minhas malas, daqui a cinco dias eu seria uma cidadã australiana. Senti os olhos de Harry me encarar enquanto me vestia, mas ele não dizia nada, apenas sorria e me encarava como se eu fosse uma criatura interessante. Quando estávamos totalmente vestidos eu sentei na poltrona e Harry terminou de abotoar a camisa antes de andar até mim e sentar no meu colo me fazendo sorrir fraco. - Acho que agora nós vamos conversar né - ele disse deitando a cabeça no meu peito e olhando para cima para que nossos olhos ficassem conectados. - Acho que a festa acabou - eu falei tentando fazer Harry captar o duplo sentido. Ele arqueou a sobrancelha e ergueu a mão esquerda na frente de meu rosto e a virou no ar, encarei os dedos longos e a marca da aliança em sua mão, Harry não usava aliança quando estava comigo, acho que ele pensa que me faz sentir-me melhor, mas não faz. E ele pode voltar a usá-la agora. - Cadê a aliança? - perguntei casualmente enquanto fazia carinho nos cachos de Harry. Eu devia dizer adeus e ir embora, pensei que isso fosse nos machucar, mas Harry parecia completamente bem, sorrindo, olhos brilhando e se mexendo sem parar. Ele era o retrato da animação. - Vendi - ele disse dando de ombros e eu abri a boca não acreditando no que estava ouvindo - acho que não seria mais necessária, tentei entregar de volta para Susan, mas ela não a queria, sabia que ela jogou a dela pelo ralo da pia? Ela disse que não vai assinar os papéis do divórcio também? Mas vou deixar meu advogado cuidar disso - ele olhou para mim sorrindo. Oi? Divórcio? Bom, isso é bom. Ótimo na verdade, gritei animada e abracei Harry pelo pescoço enquanto ele me agarrava pela cintura contra ele, beijei todo o rosto de Harry enquanto ele gargalhava e rolava comigo na poltrona me fazendo ficar sentada no colo dele com as pernas ao lado de suas coxas. E então eu me lembrei dos sintomas suspeitos de Susan e de minhas próprias suspeitas sobre esses sintomas. - Harry? - perguntei com o rosto afundado nos cachos bagunçados dele, o cabelo de Harry sempre teve um cheiro calmante, algo parecido com camomila, mas eu não sei direito o que. Ele respondeu ‘huh’ e eu olhei puxei sua cabeça para trás para nós nos encararmos - Naquela noite que Susan estava no hospital... Ela tá grávida? - eu sussurrei a última parte e Harry começou a tossir algo parecido com uma risada engasgada. Eu senti vontade de bater nele, muita mesma, eu aqui fazendo uma pergunta séria e esse idiota rindo. Revirei os olhos e tentei sair do colo de Harry, mas ele apenas apertou os braços em volta de mim e me prendeu contra o peito dele enquanto continuava dando risadas ocasionais. Harry ergueu meu rosto com a mão e me beijou devagar, depois que nos separamos Harry beijou minha bochecha e o topo de meus seios. - S/N, Susan e eu não fazíamos sexo há algum tempo quando eu te conheci - ele falou e eu ergui as sobrancelhas me sentindo um pouco chocada. Nossa, dois anos. - Ela não queria filhos quando nos casamos - ele admitiu - e eu soubesse não teria me casado, se você não quer ter filhos você tem que dizer antes... Tipo assim: eu ronco, não sei cozinhar, fico agressiva na TPM, não quero ter filhos... - concordei com a cabeça - você quer? - ele perguntou me selando repetidas vezes nem me deixando responder. - Eu quero. Você quer? - perguntei pegando o rosto de Harry em minhas mãos. - Eu quero, mas nós temos que começar a tentar agora porque eu estou envelhecendo sabe, e não que eu duvide do meu instrumento, mas dizem que ele para de ficar de pé com a idade... - Harry olhou para mim e eu sabia que estava com uma cara embasbacada - ah sim, esqueci de te contar, comprei uma casa praiana na Austrália, não é muito perto do seu emprego, mas não vou me incomodar de ter que te levar todo dia - eu bati fracamente no braço de Harry e funguei sentindo lágrimas nos meus olhos, ele sorriu e me fez olhar para ele - agora nós podemos ser um casal na frente de todos. Quer oficializar no Facebook? Eu ri e balancei a cabeça. - Acho que não ainda, vamos dar um tempo para tudo esfriar - ele concordou com a cabeça - então você está vindo para a Austrália comigo? - ele fez que sim - e você perguntou se eu queria companhia? - ele fez que não sorrindo - e simplesmente deduziu que eu iria morar com você? - Isso mesmo, e não estou aceitando não como resposta, Jonathan e Ezra precisam de uma família firme - ele falou sério, mas eu sabia que ele estava mordendo um sorriso enorme. - Gêmeos? - ele concorda com a cabeça e escorrega na poltrona ficando deitado - acho que eu gostaria de uma menina antes. Faith iria gostar de ter irmãozinhos. - Sim, Faith é uma boa menina, mandamos bem com ela - ele disse me beijando.
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