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#o princípe dragão
dragonprincebr · 8 months
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ENTREVISTA EXCLUSIVA COM DEVON GIEHL
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E finalmente veio aí! A equipe O Príncipe Dragão Brasil realizou uma entrevista com Devon Giehl, produtora e escritora-chefe da série! Perguntamos sobre o episódio 8, escrito por ela e Iain Hendry, bem como perguntas dos fãs!
Leia mais abaixo!
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Finnegrin foi um vilão fascinante e interessante! Como ele foi concebido, e há alguma chance dele ter sobrevivido?
Devon Giehl: Começou porque queríamos levar os personagens a uma espécie de cidade pirata após terem perdido a ajuda de Zubeia. Eles precisavam de um barco para descer a costa. Começamos desenvolvendo a ideia de Scumport primeiro, e então decidimos que o vilão que encontrariam nessa cidade pirata e sem lei seria Finnegrin. De início ele iria aparecer por um episódio, mas nos divertimos tanto criando histórias sobre a cidade pirata que criamos o arco de 3 partes que nos possibilitasse a contar uma história maior da confusão que nossos protagonistas se metem com os piratas. Então, pensamos "e se ele os perseguissem?", "e se ele for parte do roteiro pelos próximos 2 episódios?" em que ele os persegue e eventualmente os captura. Queríamos que ele fosse realmente mal, mas também carismático e charmoso, inspirado no personagem Al Swearengen da série Deadwood. Sobre ele ter sobrevivido, acho que é possível, gosto de pensar que ele tinha algum meio mágico ou esperto de escapar de seu destino. Eu gostaria de vê-lo de novo porque me diverti bastante o escrevendo. Ele é um mago poderoso do Oceano e um elfo das Marés, então quem sabe. Eu sei que tem piadas de por quê ele se preocuparia de se afogar, mas acredito que até elfos das Marés podem se afogar, se ele for muito fundo, ele pode ser esmagado pelo oceano.
Um tema principal do episódio foi a falta do controle de coisas que são maiores e mais profundas - como as marés do Oceano, as partes mais sombrias de nós, que não conseguimos ou não deveríamos controlar. O que isso irá significar para Callum, que valoriza sua liberdade e suas escolhas, ao ser possuído por Aaravos e agora atingiu esse entendimento sobre o arcano do Oceano?
DG: O personagem do Callum explora temas de liberdade e, para mim, se conecta com os temas de amadurecimento na forma que, há um momento no qual você é jovem, especialmente um jovem adolescente, você adquire um senso de identidade e descobre seu potencial, sua individualidade, o poder ilimitado que você possivelmente pode ter no mundo.
Você se descobre de uma forma poderosa e animadora, e sente que consegue fazer qualquer coisa. Então, rapidamente, quando você fica mais velho, você percebe que não é tão fácil. Há muitas coisas no mundo maiores e assustadoras, e você se sente impotente em como irá confronta-las, supera-las, e até mesmo se você pode. Você começa a fazer decisões por medo, por desespero, e compromete partes de si mesmo, e desgasta a pessoa que pensava que o mundo era infinito.
Acredito para o Callum, quando ele desbloqueou o arcano do Céu, ele ficou empolgado e animado, ele estava livre e pronto para explorar o mundo. Mas agora, ele está mais velho, mais sábio - por bem ou por mal - e esse é um cenário em que ele foi encurralado e o único jeito de sair dessa situação foi fazer algo que ele não queria. Para mim é duro pois muda o que ele originalmente acreditava ao se conectar somente com o Céu. E o torna mais complexo, abala seu entendimento sobre seu potencial e ele não possui mais certeza se ele é quem ele pensava que seria e acredito que todos nós passamos por isso em algum ponto de nossas vidas, e é muito difícil.
Com a maturidade vem a noção sombria dos perigos do mundo e seu lugar muito pequeno nele. Enquanto o Céu diz "olha, o mundo todo é seu, está aberto, é lindo e selvagem e você pode ser e fazer qualquer coisa", o arcano do Oceano diz "calma, não é tão fácil e infinitas possibilidades significam que algumas dessas possibilidades podem ser ruins".
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Outro tema do arcano do Oceano é aceitar que há partes sombrias de nós, e parece similar com o arcano da Lua, que reconhece que há lados das outras pessoas que são escondidos. Então, o Callum irá tentar explorar o arcano da Lua?
DG: Há uma conexão entre as fontes primárias do Oceano e da Lua, porque eles são como o puxa e empurra das ondas, são relacionados e influenciam um ao outro. Sobre o Callum e o arcano da Lua, em uma perspectiva narrativa talvez ele pode explorar. Para mim é difícil me comprometer a isso pois a Lua é o território especial da Rayla. É complicado pois se o Callum começa a ser capaz de fazer magia da Lua, acaba por diminuir o que a Rayla é e do que ela é capaz. Não é impossível, mas acho que toma algo dela de uma forma que não queremos que a narrativa faça atualmente, por isso demos para o Callum sua própria identidade com o arcano do Oceano e Céu até o momento. Toda essa coisa da Lua é onde a Rayla brilha e ela não terá outros arcanos como uma elfa da Lua, e queremos ter certeza que ela ainda é legal e poderosa com o que demos a ela e não só pegar isso e dar para outra pessoa.
E como o arcano do Oceano e Lua reflete o relacionamento entre Callum e Rayla, considerando que vimos os temas de confiança entre eles - mesmo que a Rayla tenha temporariamente escondido o que ela estava fazendo no escritório dele - e eventualmente ajudar a reparar o relacionamento deles?
DG: Ah, isso é interessante. Acho que ambos guardam muitas coisas para si, principalmente o que eles sentem vergonha ou medo, e acho que é muito natural para as pessoas, jovens ou não. Rayla escondeu o que ela estava fazendo, e não era para machuca-lo ou engana-lo, e sim porque ela não sabia como lidar com as moedas, não tinha respostas, então ela sentia algo como "talvez se eu aprender um pouco mais, posso fazer alguma coisa, mas não tenho certeza", e então, após sua visão com seus pais, ela decide: "Não consigo solucionar isso agora, e apesar de querer muito, preciso ir ajudar o Callum". Então acho que foi muito pessoal para ela, mesmo quando você está em relacionamentos amorosos. Eles não estão namorando atualmente, mas eles se importam profundamente um com o outro, e ainda há coisas que você tenta lidar sozinho e não compartilhar mesmo com seu parceiro.
Acho que o Callum é um pouco do mesmo jeito porque tem essa confiança não totalmente reparada entre eles, e percebe-se quando ele não conta imediatamente o que ele fez para se soltar das algemas de Finnegrin. Acredito que quando você desbloqueia um Arcano, não significa que você será uma pessoa perfeita e agir conforme o que você acessou, é como se fosse descobertas mentais, mas mesmo quando você tem essas descobertas na vida real, você ainda pode fazer besteira e ser destrutivo. A confiança entre eles ainda não é perfeita, mas eles se importam um com o outro o suficiente para tentar não machuca-los. Quando Callum diz no final da quarta temporada "Estou tão feliz que você voltou!", tudo o que se seguiu, para mim, foi sobre ele viver sob essa realização, ele não guarda mais rancor dela, ele entende e se importa com quem ela é. Ainda não é como antes, mas ele percebe que vale mais a pena tê-la de volta em sua vida do que continuar com raiva, ressentido e mantê-la distante. Isso não significa que eles serão totalmente honestos e compartilhar tudo imediatamente, então ainda veremos ambos lutando com seus fardos individuais.
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O que Ezran e Soren sentiram ao ver que Callum foi torturado, e Rayla quase ter sido morta?
DG: Os episódios possuem 22 minutos. Eu adoraria fazer uma cena em que todos possuem uma reação imediata. Se eu pudesse escrever essa cena, acho que várias pessoas, como Soren e Rayla, praticamente todos, se esforçando para checar se Callum estava bem, se o Soren estava bem, mas acho que o Callum naquele momento... não queria a reação imediata de todos, ele provavelmente falaria que estava bem e falar para checarem os outros, e por isso vemos Rayla com Stella, e todos saindo, retirando as algemas e coisas assim, e depois vemos Rayla ir até o Callum. Não acho que todos ignoraram ele ou não o valorizavam. Teve um momento que todos checaram um no outro, mas suas emoções ainda estavam confusas. Ele se afasta e senta sozinho, e então vemos Rayla se aproximar, como na série. Todos estavam muito assustados.
Nessa temporada, vimos que Soren trouxe o fato que, apesar de Ezran já ser rei, ele ainda era uma criança. Esse conflito será mencionado novamente, talvez por outras pessoas em seu Conselho, ou outros Reinos Humanos?
DG: Não direi como será, mas acredito que Ezran luta como uma jovem criança versus um rei. Ele fala como uma pessoa de 25 anos, ele é muito, muito maduro e tenta muito "crescer", mas acho que há partes dele que sofrem em silêncio por causa disso e veremos isso em cena. O fato que ele é uma criança e há partes dele que ainda não estão completamente prontas para tudo isso que vão definitivamente impactar no futuro.
O luto de Ezran na sua história curta foi uma perspectiva interessante em seu personagem, veremos mais sobre isso nas novas temporadas?
DG: Sim... isso é muito? Essa história curta é mais como um teaser das próximas três temporadas, não só a quinta. Então é algo que será latente durante a quinta temporada, a sexta e adiante. Veremos um pouco mais sobre isso. Ele é muito sábio e "perfeito", mas há uma parte dele que é muito vulnerável à dor, assim como todo mundo. É fácil dizer "paz, amor e harmonia", mas realmente agir nisso, e não guardar ressentimentos, é muito humano. Nem ele é imune a isso. Todos possuem coisas com as quais estão chateados.
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PERGUNTAS DOS FÃS
O primeiro humano a fazer magia sombria será mais explorado eventualmente?
DG: Até onde eu sei, está bastante em aberto e seria sujeito à uma história própria, mas em algum momento, seria muito legal
Há uma conexão entre as mentes de Aaravos e Callum, ao ponto de lhe dar pesadelos? Ou há algo que você possa falar sobre essa conexão deles?
DG: Eu gosto da ideia que ele possui pesadelos, se alguém quiser escrever fanfiction, vá em frente! Não quero falar muito sobre a conexão deles, mas a partir do momento que Aaravos possui o controle e o tocou de alguma forma, essa conexão ainda existe e não desaparece facilmente. Ela foi formada. Para sempre. É tudo o que posso dizer!
Veremos mais sobre o Bosque Prateado, ou seus moradores irão aparecer?
DG: Já é spoiler demais, mas veremos mais coisas sobre elfos da Lua, e revisitar sua cultura de uma maneira significativa
Você pode nos falar algo sobre os sentimentos da Claudia em relação à Rayla, ou se eles serão explorados na próxima temporada? Até agora, elas não tiveram muitas interações positivas, e agora Rayla foi a principal responsável pela Claudia não ter libertado Aaravos, e cortou sua perna (mesmo que não tenha sido sua intenção).
DG: Acredito que Claudia culpa os 3 com a mesma medida de raiva, eu não acho que ela foca na Rayla especificamente. Ela vê Rayla como alguém que envenenou pessoas que costumavam ser seus amigos Contra ela. Claudia não teve o tempo de considera-la como uma pessoa, Rayla é "A Elfa", e tem dificuldades em superar isso, e seu último encontro só reforçou isso. É uma interação muito negativa e elas não gostaram. Não acho que ela irá culpar Rayla especificamente, são aqueles três - seus antigos amigos e a elfa. Não é um foco específico na Rayla.
Veremos mais interações entre Soren e Corvus?
DG: Sim. Sem falar muito sobre, há um episódio escrito pela nossa escritora sênior - Paige VanTassel - sobre Soren e Corvus e um enredo que eles tem. É extremamente engraçado porque Paige é a escritora mais engraçada na sala [dos escritores], e espero que as pessoas gostem, pois eles são muito engraçados. A dinâmica entre Soren e seu humor meio pateta e Corvus com suas reações incrédulas é encantador, e Paige fez uma história inteira sobre isso. Veremos em uma temporada futura, e eu amo!
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Na quarta temporada, Rayla diz "não podemos salvar todo mundo", em resposta à sua decisão de não ajudar o Dragão. É um prelúdio de algo que possa acontecer nas próximas temporadas? Ou significa uma mudança nela, em contraste à sua decisão de salvar Phyrrah na segunda temporada?
DG: Acredito que quando Rayla disse isso, ela estava passando por um momento difícil. Quando você diz coisas que vão contra sua natureza - porque eu realmente acredito que ela não tinha a intenção, ela disse a coisa mais cruel e dura que ela pensou pois nada estava indo bem pra ela. Ele estava passando por dificuldades com Callum, para se conectar com os outros, Soren a estava irritando um pouco, e ela disse algo completamente ao contrário dela, que é difícil de tomar de volta. E na próxima manhã, ela percebe o que fez e surta, e é mais um erro vindo da sua incapacidade de processar seus próprios sentimentos. Ela rotineiramente prova que não é algo que ela realmente acredita, mas naquele momento ela estava se sentindo muito pra baixo e chateada, e não levou a tomar ações bem planejadas.
Callum poderia adaptar Manus Pluma Volantus do jeito que ele adaptou as runas do Oceano para permitir que seus amigos respirassem embaixo d'água?
DG: É uma pergunta muito boa! Talvez? Nunca pensamos sobre isso. Talvez não funcione da mesma forma. Mas é possível!
Sobre Terry: seu papel continuará sendo como um suporte emocional para Claudia, ou ele irá questionar mais as coisas que ela faz, como ele já fez nessa temporada?
DG: Acredito que ele vê uma versão da Claudia que é heroica, mesmo que seus métodos sejam magia sombria, e é uma escolha que ela faz para salvar seu pai, e ele genuinamente acredita que é uma boa causa. Ele não é como Rayla, criada para ser uma assassina, ele é um elfo normal, só um cara, e ele não está exatamente consciente do mundo e da ameaça de Aaravos e contra o quê todos estão lutando. Ele entende que Claudia quer salvar seu pai, mas ele tem um conhecimento bem limitado do que isso significa.
Na perspectiva da Claudia, Aaravos é um amigo, ele sentou em seus ombros por 2 anos e a ajudou a salvar seu pai. Então Terry possui informações diferentes do resto dos protagonistas, e as vezes as pessoas parecem não considerar isso - ele não sabe tudo que os nossos protagonistas aprenderam, e vimos que ele chama sua atenção quando Claudia toca no limite da crueldade, quando ela fica com muita raiva, quando ela ataca e engana Rayla e não dá a ela as moedas, quando ela ataca o dragão e o quer machucar ao invés de imobiliza-lo e isso irá continuar. Ele genuinamente a ama, ele a acha divertida, charmosa, leal à sua família de uma forma muito bonita (mesmo que para nós, a audiência, possa parecer distorcido). Ele viu sua melhor versão e a viu fazer coisas incríveis para conseguir o que quer, mas ela está deslizando um pouco, e é alarmante para ele, então veremos mais disso.
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pedroofthronesblog · 10 months
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Rosas de inverno: Paralelos entre Sansa e Lyanna
Texto disponível no meu blog:
Acho que quando as pessoas conhecem Lyanna Stark (ou as informações que nos permitem obter algum nível de como ela era em vida), a primeira coisa que vêm em mente lara todos é o quanto a sua sobrinha, Arya Stark, é um espelho dela. O que não é nada surpreendente, visto que até mesmo o irmão de Lyanna, Ned Stark, fala sobre como a sua filha se assemelha a ela:
"[...]Ah, Arya. Tem um ardor dentro de si, criança. Meu pai costumava chamá-lo “o sangue do lobo”. Lyanna tinha um pouco, e meu irmão Brandon, mais que um pouco. E isso levou ambos a uma morte precoce – Arya ouviu tristeza na voz dele; não era frequente que falasse do pai ou do irmão e da irmã que tinham morrido antes de ela nascer. – Lyanna poderia ter usado uma espada, se o senhor meu pai o tivesse permitido. Você por vezes faz com que me lembre dela. Até se parece com ela.
– Lyanna era linda – disse Arya, surpresa. Todos afirmavam aquilo. E não era algo que alguma vez se dissesse de Arya. 
– Era mesmo – concordou Eddard Stark –, linda e voluntariosa, e morta antes do tempo."
Tal qual sua sobrinha, Lyanna tinha o espírito de uma guerreira, ela era adepta a lutar com espadas, cavalgar como uma amazona e era contra a ideia de casar com um homem que era infiel e aceitar as normas sociais impostas a ela; além do "Sangue do Lobo" que Ned menciona que ambas tinham.
Então, Arya é um total paralelo com a sua tia? Ou será que teria outra pessoa semelhante a Lyanna?
Uma personagem semelhante a Lyanna, mas que raramente é vista sendo comparada a ela, é a sua outra sobrinha: Sansa Stark.
Não é surpreendente que muitos não pensem nessas duas como semelhantes; Sansa é uma personagem mais pacífica e feliz com os papéis de gênero escolhidos para ela em Westeros. Então, quais seriam as semelhanças entre as duas, se suas personalidades não são tão semelhantes?
Bem, é isso que veremos no decorrer do post:
Simbolismo das rosas:
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Arte por Marcos Feittosa
Acho que um detalhe pequeno, mas que vale a pena a menção aqui, é que as duas Stark estão constantemente sendo ligadas a rosas.
Lyanna ainda mais do que sua sobrinha, visto que constantemente Ned se lembra do amor de sua irmã por flores: 
– Trago-lhe flores sempre que posso – disse. – Lyanna era… amiga das flores.
(Eddard I, AGOT)
Especificamente, Lyanna era mais ligada a figura de rosas do inverno; rosas azuis perfumadas que cresciam apenas no frio do inverno.
Essa conexão com a rosa de inverno é muito marcante, pois está ligada em um dos momentos mais lembrados por Ned e por vários personagens na saga de ASOIAF, colocando em dúvida as motivações de certas ações que causaram um dos eventos que levou a Rebelião de Robert, quando o Princípe Rhaegar Targaryen a coroou como Rainha do amor e da Beleza:
"Ned lembrava-se do momento em que todos os risos tinham morrido, quando o Príncipe Rhaegar Targaryen fez o cavalo passar por sua esposa, a princesa dorniana Elia Martell, e depositou a coroa da rainha da beleza no colo de Lyanna. Ainda conseguia vê-la: uma coroa de rosas de inverno, azuis como a geada. 
Ned Stark estendeu a mão para agarrar a coroa de flores, mas sob as pétalas azul-claras estavam escondidos espinhos. Sentiu-os penetrar-lhe a pele, aguçados e cruéis, viu o lento fio de sangue correr por seus dedos e acordou, tremendo, na escuridão."
(Ned XV, AGOT)
"E quando o triunfante príncipe de Pedra do Dragão nomeou Lyanna Stark, filha do Senhor de Winterfell, a rainha do amor e da beleza, colocando uma coroa de rosas azuis em seu colo com a ponta de sua lança, os senhores bajuladores reunidos ao redor do rei declararam que essa era mais uma prova de sua perfídia. Por que o príncipe cometeria tal insulto à sua própria esposa, a Princesa Elia Martell de Dorne (que estava presente), a menos que isso fosse ajudá-lo a conquistar o Trono de Ferro? A coroação da garota Stark, que, segundo todos os relatos, era uma jovem coisinha bárbara e com jeito de menino, com nada da beleza delicada da Princesa Elia, só podia significar a conquista da aliança de Winterfell com a causa do Príncipe Rhaegar, sugeriu Symond Staunton ao rei."
-O Mundo de Gelo e Fogo.
O que aconteceu (ou, melhor dizendo, o que pode ter acontecido) entre Lyanna e o princípe Rhaegar será explorado ao longo do texto; antes disso, vamos para a sobrinha mais velha dela: Sansa.
"Bastava que pudesse andar pelo pátio, apanhar flores no jardim de Myrcella e visitar o septo para rezar pelo pai. Às vezes, rezava também no bosque sagrado, visto que os Stark eram fiéis aos antigos deuses."
Rosas aparecem bastante nos capítulos de Sansa, pode até não aparecer de forma tão memorável quanto foi no caso de sua tia, mas são um símbolo visto em diversos momentos em sua jornada, sempre aparecendo em momentos em que a personagem quer segurança e felicidade.
Provavelmente o momento mais memorável de Sansa com uma rosa, assim como foi com sua tia, foi em um torneio, quando Sor Loras lhe entregou uma rosa vermelha:
"Quando o cavalo branco [de Sor Loras] parou na sua frente, pensou que seu coração arrebentaria. 
Às outras donzelas dera rosas brancas, mas a que escolheu para ela era vermelha. 
– Querida senhora – disse –, nenhuma vitória possui sequer metade de sua beleza – Sansa recebeu a rosa timidamente, estupidificada pelo galanteio. Os cabelos do jovem eram uma massa de grandes cachos castanhos, seus olhos eram como ouro líquido. Inalou a doce fragrância da rosa e ficou agarrada a ela até muito depois de Sor Loras ter se afastado."
Assim como foi com a sua tia décadas atrás, Sansa recebeu uma "prova de amor" de um cavaleiro galante ao qual fazia seu coração bater forte. Sor Loras, o cavaleiro das rosas, era o perfeito cavaleiro para o qual a jovem Stark estava preparada para amar.
Infelizmente, Sansa logo veria que não era importante para Sor Loras como achava que era:
"— Eu me lembro — disse Sansa. — Cavalga maravilhosamente, sor. 
— A senhora é amável por dizer tal coisa. Quando foi que me viu montar? 
— No torneio da Mão, não se recorda? Montou um corcel branco, e sua armadura era feita de uma centena de diferentes espécies de flores. O senhor me deu uma rosa. Uma rosa vermelha . Nesse dia atirou rosas brancas às outras mulheres. — Falar daquilo fazia-a corar. — Disse que nenhuma vitória possuía nem sequer metade da minha beleza. 
Sor Loras lhe dirigiu um sorriso modesto. — Disse apenas uma verdade simples, que qualquer homem com olhos pode ver. Ele não se lembra , compreendeu Sansa, sobressaltada. Está só sendo gentil comigo, não se lembra de mim, da rosa ou de qualquer outra coisa . Tivera tanta certeza de que o acontecimento tinha significado algo, de que tinha significado tudo. Uma rosa vermelha, e não branca."
Sansa não sofreu o mesmo tipo de desilusão quanto Lyanna sofreu com Rhaegar (seja ela qual for), mas percebeu que seu amado cavaleiro das flores não se importava realmente com ela; Sor Loras era um jovem galante, ele tratou Sansa com uma boa cortesia, mas nunca significou nada para ele.
Outro momento importante onde rosas se mostraram importantes para Sansa, foi quando iniciou uma amizade com as moças da casa Tyrell, cujo símbolo da casa é uma rosa dourada, onde desfrutou de boa companhia e até a proposta de um ótimo casamento com Willas.
Como ocorreu no passado, Sansa acabaria por ser desiludida ao ser descartada por Margaery e suas primas após o casamento com Tyrion; mais uma vez, as lindas e perfumadas rosas acabaram por se mostrar espinhosas e a machucaram.
Ao longo da saga, Sansa já mencionou Rosas brancas, vermelhas e até douradas, mas nunca uma Rosa azul de inverno. Atualmente, ela está disfarçada de Alayne Stone nas montanhas do Vale, um lugar sem represeiro e sem flores, sendo descrito como "infértil". Acredito que após sua estadia nas montanhas, ela irá diretamente para o Norte, onde encontrará Winterfell, o bosque sagrado com represeiros... E, finalmente, rosas azuis ganhando vida nos ventos de inverno.
Sangue de Loba, coração de uma lady
Um dos principais argumentos usado de que Lyanna é mais parecida com Arya do que com Sansa é seu "Sangue de Lobo"; sendo ela uma moça de pavio curto e que preferia lutar com espadas do que costurar. Mas a verdade é que ambas tem certas similaridades com a sua falecida tia. 
Acredito que um parágrafo que resume bem o quanto Lyanna era como uma personificação das duas, é este momento:
"O príncipe-dragão cantou uma canção tão triste que fez a donzela-lobo soluçar, mas quando o seu irmão lobinho caçoou dela por chorar, ela derramou vinho na cabeça dele."
-Bran II, ASOS
Essa simples descrição mostra a paixão de Lyanna por música e seu lado emotivo, assim como Sansa; e mostra seu lado reativo e "fora das regras de etiqueta" ao jogar vinho em seu irmão após ele zombar dela.
Na realidade, o torneio de Harrenhal é algo que também gira em torno da Sansa: o torneio onde ganhou a rosa de Sor Loras e viu Sor Gregor matar um homem; o torneio em que ela salvou Dontos e conseguiu um aliado; e o atual torneio preparado parcialmente por ela no Vale, onde ela encontrou Harrold Hardyng... E onde provavelmente irá vê-lo ser morto no decorrer da futura trama; além de uma possível captura (ou a tentativa de uma) pelas mãos de Sor Sadrich, o Rato Louco. É possível que a real identidade de Sansa revelada até o fim deste torneio.
Um torneio mudou a vida de Lyanna, e provavelmente vai ser um marco na vida de Sansa também.
(Embora seja interessante dizer que nenhum dos torneios em que Sansa esteve terminaram de fato; Loras deu a vitória a Sandor e Joff decidiu não matar Dontos e terminar o torneio ali.)
Um coisa interessante de ser pontuada, é que a trama de Sansa seria parecida com a de Lyanna nos esboços originais de Martin no que dizia respeito ao seu rompimento com a família. Neles, Sansa realmente chegaria a ter um filho com Joffrey, ao invés de apenas ser prometida, e acabaria por ter um filho com ele. Seria isto que a uniria a família rival ao invés de sua própria matilha original.
Isto lembra um pouco o que ocorreu com Lyanna: a jovem Stark acabaria por ficar presa na torre (o mesmo que aconteceu com Sansa após a morte de seu pai), onde teria o filho da família que agora matava a sua. Não sabemos se na história Sansa acabaria por morrer no parto; se fosse o caso, elas teriam mais uma trágica semelhança para compartilhar.
Mas a ruptura de Sansa com os Stark foi algo mais inocente de sua parte e não tão trágico quanto se ela tivesse um filho com Joffrey.
E é aqui que vamos para o último paralelo da lista:
Prometidas infelizes
Tanto Lyanna quanto Sansa acabaram sendo prometidas para casar com um Baratheon; Lyanna estava prometida a Robert, embora Joffrey não fosse um Baratheon verdadeiro, como logo se descobriria, Sansa estava prometida para se casar com ele.
Ao contrário do que se poderia esperar, ambos os pretendentes se provaram um completo desastre: Robert estava apaixonado pela jovem loba, mas ele era um mulherengo infiel e Lyanna sabia que nunca teria paz com ele, já que ela não queria um casamento repleto de casos extraconjugais; Joffrey se mostraria até pior do que seu suposto pai, tendo traços de psicopatia e se deliciava com a tortura de animais e pessoas inocentes e indefesas --Para desespero de Sansa, ela seria sua vítima favorita.
Uma diferença entre as duas jovens lobas é que enquanto Lyanna se mostrava infeliz com a proposta, Sansa estava sendo iludida pela sua ideia de "princípe encantado" e acabou ficar cega quanto as atrocidades de Joff.
Porém, não nos enganemos, Lyanna ainda tinha outra igualdade com Sansa nesse aspecto: a paixão pela visão idealizada de um princípe.
Rhaegar parecia a fuga certa para Lyanna; ele não era apenas bonito, ele era uma pessoa amável e que tinha demonstrado interesse nela, não sendo um bebado mulherengo como Robert. E, se alguma parte das teorias do fandom estiverem certas, Rhaegar pareceu não se importar com o lado "guerreiro" de Lyanna quando ela se infiltrou no torneio e derrotou alguns cavaleiros. Ela provavelmente nutriu suas fantasias sobre Rhaegar desde que os conheceu aos 13 anos e nunca o esqueceu. 
Lyanna e Sansa estavam hipnotizadas pelo próprio idealismo e inocência delas por seus respectivos príncipes, e iriam fazer o mesmo movimento para garantir que seus sonhos se tornassem realidade.
Sansa, como o próprio Martin já disse, não é absolutamente culpada pela morte do pai (a culpa recaí no próprio Ned por dar as cartas para a Cersei e confiar em Petyr após ele deixar claro que não queria Stannis no trono), mas ela acabou por revelar os planos dele para que mandar ela e sua irmã de volta a Winterfell. Ela fez isso por amor ao Joffrey, pois seu pai os queria separar, e acabou confiando que a Rainha Cersei resolveria o problema político (qualquer que fosse) com seu pai.
Lyanna, por outro lado, ao ir pela primeira vez contra o seu pai e dar razão as fantasias do coração, teria cometido um erro ainda pior: guiada pela ideia de Rhaegar como sendo sua salvação para um casamento infeliz, ela o encontrou em Harrenhal e fugiu com ele para Dorne.
O motivos de Lyanna ter feito isso ainda são um tanto obscuros; não sabemos como se deu a conversa dela com Rhaegar e nem o que houve entre eles após eles chegarem em Dorne. Podemos supor que (com uma certa lógica, mas talvez principalmente uma certa manipulação por parte de Rhaegar, mas isso é particularmente discutível) Lyanna acreditava que se se casasse com o filho de Aerys II, a cerimônia poderia ser legítima, dado o histórico de bigamia Targaryen --absurdo, dado que o mesmo histórico trouxe mais perturbação para a casa do que o próprio incesto.
O que houve depois permanece em discussão, mas Lyanna ficou na torre da Alegria, grávida, e com a guarda real fazendo vigia para ela. E foi lá onde ela morreu (muito provavelmente dando a luz a Jon Snow, mas isto não nos diz respeito aqui).
Tudo isso ainda está para ser provado, mas é provável que a irmã de Ned tenha se arrependido tarde demais do que fez, visto o caos que isso casou, e tentou sair dali... Mas, por mais que não fosse Joffrey , Rhaegar mostrou que não era um sonho de princípe encantado e deixou Lyanna presa na torre para parir seu filho (em sua cabeça, a criança seria a terceira cabeça do Dragão).
Assim como Sansa não gostava de Robert e imaginava que ele a mandaria embora assim que conseguisse falar com ele, Lyanna deve ter pensado que não seria uma boa ideia arriscar com o rei louco, Aerys II, com o qual ela não tinha intimidade nenhuma e seria muito arriscado.
As duas jovens tem um papel a desempenhar na duas crises que atingiram a casa Stark, mas elas ainda não tem tanta culpa no cartório quanto os outros personagens: Sansa tinha apenas 11 anos quando tudo aconteceu; ela não tinha culpa das falhas do pai e das tramóias de Cersei e Petyr; Lyanna tinha 13 ao conhecer Rhaegar e 15 ao fugir com ele; seu princípe-dragão usou de seu desespero para não casar com quem não amava para ter ela como meio de cumprir uma profecia, além de que ela jamais poderia pensar na insensatez de Brandon e, principalmente, na do rei.
Acho que, enquanto muitos no fandom se recusam a ver a inocência de Sansa em seus atos e perdoa-lá pelos erros do passado, muitos não vêem o quanto a história de Lyanna não é realmente uma questão de "uma história de amor que deu errado", mas sim o quanto ela também acabou sendo usada pelas pessoas em que ela confiou. E, diferente de sua sobrinha, Lyanna não sobreviveu as consequências...
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mah1995vkusno · 1 year
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Eu cresci ouvindo sobre histórias de princesas que tiveram o seu final felizes para sempre. Mas na minha história a fada madrinha não apareceu, o princípe não chegou a tempo, o dragão não foi domado e o final feliz não foi tão fácil assim. Na minha história eu pulei a janela, saí da torre, domei o dragão e fui eu mesma atrás do meu final feliz. E em certo momento eu já nem queria mais ser a Cinderela, a Branca De Neve ou a Bela. Queria ser destemida como a Feyre, forte como a Poppy, afrontosa como a América, independente como a Mor e guerreira como as "princesas" das minhas histórias. O meu final feliz sou eu quem faço.
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liriana24 · 6 years
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shippo demais
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tothamonfaruk · 5 years
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 𝙋𝙧𝙞𝙣𝙘𝙚 𝙏𝙤𝙩𝙝𝙖𝙢𝙤𝙣 𝙘𝙤𝙪𝙡𝙙𝙣'𝙩 𝙢𝙖𝙣𝙖𝙜𝙚 𝙩𝙤 𝙖𝙫𝙤𝙞𝙙 𝙩𝙝𝙚 𝙢𝙤𝙨𝙩 𝙖𝙬𝙠𝙬𝙖𝙧𝙙 𝙡𝙞𝙫𝙚 𝙮𝙤𝙪𝙩𝙪𝙗𝙚 𝙞𝙣𝙩𝙚𝙧𝙫𝙞𝙚𝙬 𝙚𝙫𝙚𝙧: "𝙁𝙧𝙞𝙚𝙣𝙙𝙨𝙝𝙞𝙥 𝙘𝙤𝙢𝙚𝙨 𝙛𝙞𝙧𝙨𝙩!"
Aprendera com o grande Faruk a sempre ser comedido diante dos olhos do público, pois uma palavra errada poderia causar uma catástrofe e, obviamente, era impossível voltar atrás. Por tais razões, Toth preferia se manter longe da mídia o máximo possível, exceto pelas redes sociais que ele usava raramente e com muito cuidado.
Entretanto, após o ataque em Shangri-la e a notícia de que o príncipe estivera presente na tragédia ativamente ajudando as vítimas ter se espalhado, convites e pedidos para entrevistas bombardeavam seus agentes todos as horas desde que ele retornou ao Egito naquela curta semana de férias. Tanto que os responsáveis por sua imagem haviam chegado a conclusão de que cedo ou tarde o egípcio teria que falar sobre o ocorrido. E melhor seria se fosse cedo.
Assim sendo, uma entrevista rápida foi planejada com um canal do youtube extremamente famoso no país. O responsável pelo mesmo era um amigo próximo do próprio Tothamon, justamente para deixá-lo mais à vontade aos olhos do público e também para ser um bate papo mais casual.
A entrevista foi ao ar no dia 1º de Abril. E parte dela está aqui fielmente traduzida e transcrita.
𝐈𝐧𝐭𝐞𝐫𝐯𝐢𝐞𝐰 𝐰𝐢𝐭𝐡 𝐓𝐡𝐞 𝐂𝐫𝐨𝐰𝐧 𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐞 𝐨𝐟 𝐄𝐠𝐲𝐩𝐭, 𝐓𝐨𝐭𝐡𝐚𝐦𝐨𝐧 𝐅𝐚𝐫𝐮𝐤.
Toth estava sentado em uma cadeira alta no meio do que seria o porão/estúdio de gravação do amigo. Por sorte era Mohammed quem ocupava o outro assento na frente e quem o estaria entrevistando. Eram amigos desde pequenos quando compartilhavam as aulas no palácio do Cairo. E apesar dos seus pais também serem amigos, o Faraó não via o youtuber com bons olhos atualmente, pois o achava muito espalhafatoso no seu canal. Mas oras, essa era a melhor parte de estar na companhia do outro.  Os dois trocaram algumas caretas para ficarem mais à vontade antes de ser anunciado que as câmeras estavam ligadas e que a gravação havia se iniciado. “Depois de muita insistência e HQs perdidas... É um enorme prazer ter a sua ilustre presença aqui hoje, Vossa Alteza!” o entrevistador deu início, sempre sincero e arrancando um riso curto do príncipe. Era estranho ouvir uma pessoa com quem tinha tamanha ligação o chamando de Vossa Alteza. “O prazer é todo meu, especialmente por poder revê-lo, Mohammed. E prometo que vou fazer bom uso das edições limitas que você me presenteou.” deu um sorriso divertido, juntando as palmas das mãos e cruzando os dedos. Automaticamente se preparando para o turbilhão de perguntas que se iniciaria. “É bom mesmo! Não imagina a luta que tive para conseguir aquelas belezinhas. Mas, isso não importa agora. Vamos ao que interessa.” Toth assistiu com ansiedade as fichas de perguntas na mão do amigo enquanto ele as embaralhava.
“Primeiro o mais importante. Qual a sua banda preferida?”
“Queen.” respondeu sem nem precisar pensar.
“Eu já sabia, mas ok. Continuando...  O mundo inteiro se comoveu com a catástrofe de Shangri-la e suas vítimas. Só que para o público as coisas ainda estão meio confusas, justamente pelo o que ocorreu ter sido tão i-na-cre-di-tá-vel. Você pode nos dizer o que estava fazendo quando viu ou presenciou o que teria sido “o anúncio” do terrível episódio? Mas, se estava fazendo algo constrangedor, por favor... Nos conte também.”
“Não estava fazendo nada de mais, garanto! Eu me recordo de estar no evento da Pitonisa, bebendo champanhe com uma recém conhecida e conversando.” umedeceu os lábios com o olhar distante, tentando se lembrar o mais precisamente do que vivenciou. “Então teve um barulho enorme, que eu achei fazer parte da comemoração. Mas depois percebemos que a cidade estava em chamas e que tinha criaturas gigantes sobrevoando ela.”
“Parece assustador! Mas, mesmo diante desse quadro terrível, você chegou a sair do Hotel em que o evento estava acontecendo, certo? Nós temos até algumas fotos das câmeras de segurança ao redor da cidade, que mostram você no meio de todo aquela destruição.”
“Eu não poderia ficar de braços cruzados diante de tamanha necessidade e muito menos ir me esconder como os meus guardas insistiram tanto para que eu fizesse. Seria ir contra a minha própria natureza.” era impossível imaginar que poderia ter tido uma atitude diferente, mesmo que o Faraó discordasse. “Lembro que, graças a Seth, consegui orientar algumas pessoas a irem para o subsolo, onde era mais seguro. Então, depois de verificar que minhas irmãs estavam bem - ao menos uma delas porque Neftis tem o talento de sumir nas horas erradas -, fui correndo para a cidade na intenção de ajudar os moradores.”
“Muito corajosa a sua atitude, Alteza. E o que exatamente você viu quando chegou no centro de Shangri-la? “
“Só vi fogo, destruição e morte. O ar estava repleto de fumaça negra e a carbonização humana não é nada agradável de inspirar.” reviveu a memória como se tivesse voltado no tempo, incapaz de impedir um tremor que lhe tomou a espinha. “Haviam muitas pessoas feridas e sofrendo pelas perdas que tiveram. Todos com medo dos dragões que apareceram do nada e os atacavam sem a intenção de parar. Um tremendo caos!”  era inevitável também não recordar da tristeza que sentiu ao ver tais cenas. “ Mas, é preciso dizer, que também vi muita bondade naquela noite. Pessoas ajudando seus vizinhos ou até mesmo desconhecidos. E todo mundo se unindo para enfrentar aquele mal em comum, sem ligar para as diferenças. Inclusive, pensando nisso agora, chega a ser muito comovente. Ainda podemos ter esperança na humanidade, meu amigo.”
“Pelo menos uma coisa boa é que essas situações conseguem liberar o melhor das pessoas.  E... ainda sobre a sua presença na batalha, nós gostaríamos do seu comentário a respeito de duas pessoas com as quais você foi visto por lá. Primeiro, o Princípe Australiano, Aaron Rutherford ( @srvivcr ). Você e ele foram vistos saindo de uma casa em chamas e lutando com um dragão enquanto tinham uma criança no colo. Para quem ouve isso parece até cena de cinema. Como isso aconteceu? É por isso que você cortou o cabelo?” 
Soltou um riso curto com o último questionamento, jogando os cabelos negros e agora mais curtos para trás instintivamente. “Foi sim! Nunca é uma boa ideia enfrentar o fogo quando você tem o cabelo muito comprido. Ficou bem chamuscado, então tive que cortar. Pelo menos minha mãe ficou feliz, ela sempre quis que eu fizesse isso.” revelou com um dar de ombros antes de seguir para a próxima fala. “ Aaron é muito corajoso! Ele se mostrou prestativo a me ajudar a derrubar uma porta, depois que percebi haverem uma mulher e uma criança trancados lá. Assim que nós conseguimos entrar, o dragão derrubou o teto e nos atacou. Acredito que, naquele momento, nossa maior preocupação era manter o bebê a salvo e o levar para um lugar seguro. Aaron é um ótimo parceiro, muito centrado e lúcido nesses momentos de crise!”
“E a segunda pessoa que preciso comentar é a princesa do Canadá, Madelynn Beaumont. ( @mcdelynn ). Vocês pareceram muito próximos e...”
“Você “precisa” comentar? Fala sério, Mohammed!” interrompeu o outro com um tom divertido, porém deixando claro que o assunto não lhe dava conforto. Fizera o máximo para não comentar a respeito da princesa desde o início, mas agora se via emboscado. Talvez ter mencionado ela antes para o amigo não tivesse sido uma boa ideia.
“Sim, sim. Eu preciso graças aos seus fãs que lotam nossas redes sociais implorando para que eu pergunte sobre isso. Então culpe a eles, Toth, e não a mim... Digo, “Alteza”! “
“Ok, eles podem sempre perguntarem o que quiserem. Estou aqui pra isso.”   suspirou em sinal de desistência, logo dando de ombros e só torcendo para o questionamento não ser nada muito constrangedor.
“Muito bem então. Bom, você foi visto com a princesa canadense por muito dos moradores que se refugiaram no túnel de entrada da cidade. Eles falaram que você demonstrou enorme preocupação com a princesa, inclusive que a carregou nos braços depois que o nariz dela sangrou... E por isso só espero que se eu bater a minha cara naquela porta agora e meu nariz sangrar, você também me carregue nesses seus braços fortes e reais. Seria um sonho virando realidade, Alteza. Mas, por favor, nos conte o que aquelas pessoas não conseguiram ver entre vocês. ”
Sua expressão se congelou momentaneamente no que seria uma mistura de surpresa, vergonha e de quem achou graça da pergunta. “Você nunca muda, não é?”  semicerrou os olhos para o amigo, acusatório. “ A princesa estava dando tudo de si para ajudar aos feridos e, claramente, todo mundo tem um limite. Ela acabou passando mal pelo cansaço e quase desmaiou bem na minha frente. Eu fiz apenas o que qualquer outro teria feito: fui ajudar. Exceto por isso, não tem nada para contar. ”
“Uhum, sei. Ajudar. É disso que vocês jovens chamam agora?”
“Ah, dá um tempo! Eu conheci a princesa canadense naquele dia no evento. Não posso respirar perto de alguém e você já cria conspirações.”  o tom era sério, apesar de suas sobrancelhas levantadas e o olhar cômico que lançava para o entrevistador. Não tinha como ficar nervoso com o amigo por algo do tipo.
“Conheceu ela naquele dia? Ora, você disse que estava bebendo champanhe com uma recém conhecida antes do acidente... Eram a mesma pessoa? Se sim, imagino que isso pode significar alguma coisa.” 
“O começo de uma grande amizade, sem dúvidas.”
"Hum, já percebi que o assunto te deixa um pouco desconfortável, então vamos pular para o próximo... Já sabe o que vai fazer quando voltar para Agartha? Além de me ligar todos os dias, é claro. Digo, você tem intenção de se voluntariar para algo? Por exemplo, ajudar a construir novas casas, já que você tem uma habilidade maravilhosa com areia e poderia produzir rapidamente muito cimento.”
“ Com certeza Seth não poderia ter me presenteado com uma habilidade melhor do que produzir cimento.” comentou com ironia e entrando na brincadeira. “Mas sim, tenho intenção de ajudar no que for possível.  O próprio Faraó irá encaminhar um grupo de ajuda humanitária para Shangri-la e eu também vou me certificar de que tudo o que o Egito enviou e enviará para auxílio na reconstrução da cidade chegue nas mãos certas.”
(veja o resto da entrevista no canal oficial do youtube.)
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adancewdragons · 3 years
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as sete casas
Muito mudou para cada uma das sete casas de Westeros após o fim da batalha dos rebeldes, e cada uma delas teve suas perdas e suas glórias naqueles campos. Muito já se foi falado sobre a situação dos Targaryen, sendo necessário também entender como estavam as outras seis grandes famílias do reino:
Casa Stark: os Stark foram uma das casas a conquistar o perdão real após as revoltas, onde haviam sido um dos lideres. Tal induto foi agraciado principalmente pela influência da Rainha Lyanna, que clamou pela piedade do Rei para com seus irmãos. Atualmente, é governada pelo Lorde Eddard, casado com a senhora Catelyn. Ambos tiveram cinco filhos - Robb, Sansa, Arya, Bran e Rickon. 
Contudo, o Norte não escapou livremente da irá da coroa após terem se erguido contra o trono - sanções tributárias foram impostas em todo território, empobrecendo lordes menores em uma terra que não era conhecida pela sua riqueza. O Rei também exigiu que duas crianças do Lorde Eddard fossem mandados a corte assim que completassem a maioridade: uma deveria servir como dama de companhia a uma das princesas e o outro, como escudeiro do princípe herdeiro. Todos sabiam que isso significaria reféns e outros filhos, de grandes casas nortenhas, também foi exigidos. Contudo, mesmo que tais “castigos” tenham sido impostos, a corte do Rei ainda achava que os Stark havia sido, na verdade, favorecidos: não perderam terras, nem homens, para a fúria do Rei e é dito que sempre que um deles ia a Porto Real, recebiam glóriosas boas-vindas a pedido de Lyanna.
Porém, se eram bem-vindos na Capital, o contrário não podia se dizer do Rei em Winterfell: mesmo que Rhaegar protagonizasse, de anos em anos, algumas turnês reais por Westeros, o Norte nunca foi seu ponto de parada, considerado por muitos como um insulto ou comentado que era um pedido do Lorde susserano, que nunca havia superado a morte de seus familiares e a partida da irmã para o Sul, a fria região era visitada somente por sua segunda rainha e diziam que os dragões não eram bem-vindos à terra dos Stark. Uma meia verdade, contudo, visto que o princípe Jon foi recebido ao Norte com 10 anos para treinar a arte das espadas com seu tio, uma desculpa para servir de espião ao Rei e evitar novos atos rebeldes.
O fato é que Jon Targaryen se apegou ao Norte mais do que um dia apegou ao Sul. Herdado o que chamavam de “sangue do lobo”, o garoto passou a ser amado e querido pelas terras nortenhas, e rumores de indepedência da região foram ignorados pelo menino, mesmo que muitos o vissem como seu verdadeiro e único princípe, ignorando as pretensões do herdeiro real - a desconfiança entre Winterfell e Porto Real somente crescia e, nas terras próximas da muralha, casas menores já comentavam: era tempo dos reis do Norte voltarem e quem melhor para assumir a coroa do que a criança da que chamavam de Rainha nortenha?
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Casa Lannister: dizem que um Lannister sempre paga suas dívidas, ainda que algumas vezes, tardiamente. E foi isso que Lorde Tywin fez ao marchar para Porto Real e salvar a cidade do rei-louco. Ou pelo menos, era o que seus apoiadores inflamavam, vendo suas conquistas como a alegria do reino, alegando que ele protegeu a primeira Rainha e seus filhos. Sabemos que a história não foi exatamente assim, mas ninguém jamais desmentiu tais ideais.
Por isso, não foi uma surpresa quando o Rei convidou o senhor do Rochedo para participar de seu pequeno conselho, como mestre das moedas. Mas quem conhecesse bem o homem, saberia que aquilo não era exatamente o que ele esperava: cobiçava o cargo de mão do rei, qualquer outra posição para si era inferior, ainda que houvesse aceitado e partido para Capital.
Nos primeiros anos de governo, Tywin ainda esperava que, de alguma maneira, seu filho fosse ser liberado dos votos dos Mantos Brancos, mas isso jamais chegou a ocorrer e Jaime mostrou pouca vontade de seguir os desejos do pai, cada vez mais próximo da Rainha e de seus filhos, logo o Lorde teve que se conformar não só com esse fato, mas também com a realidade de que não importava o quanto tentasse influenciar para colocar sua filha como Terceira Rainha, seu monarca não parecia interessado. 
Dizem que os gêmeos do Rochedo brigaram fervorosamente escondidos da corte uma noite, e que Cersei acusou seu irmão de estar apaixonado por Elia Martell, ao que ele respondeu que era insanidade, ainda que não houvesse negado propriamente dito. Foi um pouco depois dessa briga, que a filha do Lorde foi enviada de volta ao lar e os preparativos para seu casamento com um de seus primos distantes, em uma tentiva de seu pai de manter o Rochedo Casterly longe de seu filho caçula, o anão Tyrion, visando entregar futuramente ao filho que Cersei deveria ter.
Enquanto ela voltava a viver em Rochedo, seus irmãos permaneciam em Porto Real com Tywin. O caçula, para horror de seu pai, não demorou a se aproximar de parte da família real, seus conselhos vez ou outra ouvidos por Rhaegar, mas ainda mais apreciados pelo filho e irmã do Rei, Aegon e Daenerys, que se divertiam com a língua afiada do anão. Porém, em toda corte, era sabido que os Lannister jamais se contentaram com a posição atual e que olhavam com ambição para o futuro do reino.
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Casa Tyrell: considerados os apoiadores mais célebres a conquistar a vitória de Rhaegar nas batalhas que ocorreram pelo reino, os Tyrell foram amplamente bem recebidos na corte, onde desfrutavam uma posição mais alta do que nos tempos de Aerys: o lorde Mace Tyrell foi escolhido para ser o mestre das leis de Westeros e fazia parte do pequeno círculo a quem o Rei confiava para conselhos, mesmo que a maior parte dos que oferecesse viessem de sua mãe.
Olenna Tyrell era, sem dúvidas, uma figura única em todo o castelo. Celebrando sua antiga amizade com a rainha-viúva, ela foi chamada e bem recebida na corte, onde através de Rhaella, ela estreitou os laços com a primeira Rainha, Elia Martell, tornando-se a principal conselheira da mesma, ajudando a curar as desavenças que haviam entre as famílias de ambas. 
Para aproximar ainda mais as casas Martell e Tyrell, Olenna promoveu visitas da princesa Rhaenys a Campina, onde ela seria sempre muito bem recebida por seu neto, Willas, criando uma sólida amizade entre eles. É dito que a princesa raramente era dada a rompantes de corar ou sorrir de maneira sonhadora, mas sempre o fazia com o herdeiro de Jardim Acima, tendo até mesmo ajudado a elaborar uma cela especial a ele, para leva-lo a voar consigo em seu dragão sempre que o visitava.
Mas não foram só essas amizades que a rainha dos espinhos e a Rainha de Porto Real ajudaram a criar: o neto de Olenna, Garlan, havia morrido durante um atentado dos rebeldes a um dos castelos da Campina que o mesmo, ainda criança, visitava, e ela tornou-se ainda mais próxima e protetora dos três caçulas que lhe restava - Loras e os gêmeos Margaery e Henry. Os garotos foram recebidos como escudeiros reais, tendo Sor Loras servido o próprio Rei, enquanto Henry foi designado ao princípe herdeiro. Já a jovem lady foi uma das primeiras damas de companhia da filha caçula de Rhaegar.
Não demorou até a amizade de Henry e Aegon surgir, mas ainda mais forte foi a que nasceu entre a princesa Visenya e os gêmeos Tyrell, sendo que os três sempre eram vistos juntos em seus tempos livres e Henry logo foi declarado o melhor amigo da jovem. Quando Aegon estava com eles, os quatro eram um grupo formidável, capazes de encantar toda a corte.
Quem não os conhecesse o bastante, imaginária que o Rei usaria essa aproximidade para formentar os primeiros casamentos reais, mas qualquer um que passasse tempo o suficiente com eles veria que, ainda que estimasse a amizade de Margaery, Aegon somente tinha olhos para Visenya e era intensamente retribuido. Os Tyrell assim garantiam seu lugar ao lado não apenas do atual Rei, mas do futuro, tornando-se os confidentes das paixões de vossas graças e conselheiros importantes dos mesmos.
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Casa Martell: uma das casas mais importantes do reino, os Martell se consolidaram ainda mais como parte de Westeros após o casamento de Elia e Rhaegar, contudo, é dito por todo o sul que ainda que a casa de sol sorria e aceite a presença do Rei dragão, é para a Rainha que vai sua lealdade e devoção.
Um rumor correto, os Martell jamais foram capazes de perdoar o Rei por ter tomado uma segunda esposa e seus atos que ajudaram a contribuir para a Rebelião, sendo que após a cerimônia de coroação, Oberyn não controlou sua própria língua ao afirmar que nunca mais ele ou seu irmão pisariam em Porto Real enquanto Rhaegar fosse Rei, mas que a Rainha e seus filhos eram bem-vindos a Lançassolar.
Eles cumpriram sua promessa, Doran e Oberyn jamais retornaram e os dorneses que iam até a corte, era para conferências com Elia, nunca com Rhaegar. E ainda que fosse Rei, a última vez que foi bem-vindo a casa de sua esposa, foi no nascimento de sua filha caçula. Quando a gravidez de Elia se adiantou, mostrando-se cada vez mais de risco, ela pediu ao marido que lhe permitisse voltar para casa, desejando passar pela experiência ao lado dos irmãos. Ele acatou, contra vontade, seus desejos, e assim a Rainha partiu para Dorne.
A garotinha havia nascido gritando em Lançassolar e assim que a notícia que tinha mais uma filha chegou ao Rei, ele se apressou em partir para encontrar a Rainha. Sua Visenya, constatou, surpreso, acreditando que a terceira cabeça do dragão seria Jon, ele viu que sua profecia mostrava-se ainda mais correta - finalmente, tinha suas três crianças, seus três conquistadores. A recém-nascida princesa não voltou a corte com o pai, visto que a Rainha precisou de meses para se recuperar do parto, mas assim que chegou em Porto Real, foi tão bem recebida quanto em Dorne.
Ela e seus irmãos logo se tornaram a esperança e brilho dos olhos de seus tios e de todo o povo dornese. Diziam que flamulas brilhavam com o Dragão pintado sobre um sol, simbolo pessoal de Aegon, por toda Dorne. E que todo o povo aplaudia e sorria quando uma das crianças ia até o reino - Rhaenys com mais frequência que seus irmãos, mas todos sempre foram queridos por seus parentes e amados pelo seu povo.
Assim, enquanto um herdeiro era celebrado no Norte, outro foi no Sul. E qualquer um que observasse isso, saberia que era um sinal.
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Casa Baratheon: nenhuma outra casa foi considerada mais traídora de seu reino que os Baratheon, que um dia haviam sido grandes amigos e companheiros dos Grandes Reis Targaryen. 
Após a morte de Robert no Tridente, Stannis Baratheon se negou a dobrar o joelho, fazendo com que as forças reais marchassem e aumentassem o cerco em Ponta Tempestade. Dizem que foi a fome que matou o homem, mas quem presenciou notou que havia cortes em sua garganta, provavelmente feitos por antigos apoiadores que temiam o destino que sofreriam.
Então, todos os vassalos ajoelharam para o Rei. Afirmando que o caçula, Renly, em nada tinha culpa dos atos impensados dos irmãos, Rhaegar o tornou futuro senhor de Ponta Tempestade e entregou a proteção dos Redwyne, até que atingisse a maioridade. Como regente, foi escolhido Lorde Dondarrion, prometido a irmã mais nova de Arthur e Ashara Dayne, a senhora Allyria.
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Casa Tully: Lorde Hoster foi o primeiro dos rebeldes a se ajoelhar para o Rei Rhaegar, ainda que seu irmão, Brynden nega-se a segui-lo. O susserano recebeu o perdão real, mas seu irmão foi mandado para a Muralha, ainda que no caminho houvesse escapado e ninguém soubesse seu paradeiro atual. 
Correrrio então foi entregue novamente ao seu senhor, mas assim como o Norte, recebeu diversas punições. Impostos seriam aumentados pelo prazo de dez anos como um dos castigos do Rei e o filho mais velho de Lorde Hoster, Edmure, foi enviado a Jardim Acima para ser criado por aliados da família real.
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Outras casas que participaram da rebelião:
Casa Arryn: Lorde Jon Arryn foi um dos poucos lordes rebeldes que não se ajoelharam para o Rei e, ao ser condenado a Muralha, clamou por um julgamento por combate. Ele foi assassinado por Gerold Hightower, campeão da coroa.
Com sua morte, sua esposa foi enviada de volta a Correrrio, onde passou a viver com o pai, a quem tinha suas diversas discordâncias, especialmente porque Lorde Hoster planejava casá-la novamente, dessa vez com um Frey, estabelecendo uma aliança com tal família. O controle do Vale então passou para Harrold Hardyng, um bebê recém-nascido na época, tendo assumido seu pai, sor Geor Hardyng como regente.
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Casa Dayne: a casa Dayne foi uma das grandes apoiadoras do Rei em Dorne. Lady Ashara, uma das crianças de Starfall, é a principal dama de companhia da Rainha Elia. Dizem que em Harrenhal, ela se apaixonou por Brandon Stark e que ele seria o pai de sua filha, Alyria, uma bela jovem que, mesmo sendo bastardada, foi recebida na corte por ordens da Rainha e se tornou uma das protegidas da princesa Rhaenys.
Ashara Dayne nunca chegou a se casar, apesar da vontade de seus irmãos, dedicando-se a servir a sua amiga, Elia, assim como suas filhas, e a criança de sua própria criança. Dizem que seu coração nunca se recuperou da morte de Brandon.
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leticiadelrio1987 · 4 years
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O princípe encantado virou dragão, Cuspiu fogo, Queimou nossos sonhos, Desapareceu. Letícia Del Rio Instagram: leticia.delrio1987 Minhas poesias todas: https://www.pensador.com/colecao/delrioleticia/ *Todos os direitos reservados* https://www.instagram.com/p/B7Fm-arAEdf/?igshid=qtrcdubbrp7o
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suricatolaura · 5 years
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Você era o meu príncipe no começo, por isso coloquei seu nome assim no wpp,não sei se com o tempo vc se esqueceu,mas no amor vc tem que conquistar a pessoa todos os dias, e você começou a me machucar todos os dias, desde quando julgou meu corpo,até quando traiu minha confiança, me fez insegura e tirou meu amor próprio, o tempo passou, e eu estava apaixonada por um personagem,alguém que eu enxergava um princípe , se tornou o dragão que prendia a princesa na torre , e quando tudo acabou entre nós, eu percebi que a princesa não precisa do herói para ser salva, ela só precisava reconhecer quanto é forte, linda, feliz , e o que era sua dor acabou se tornando seu escudo para se proteger de príncipes dragões como vc.
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ccaotic-a · 7 years
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Conto de fadas
Eu estava certa de que minha vida não seria como um conto de fadas iguais aos livros que eu lia, por isso sempre fui muito apegada a leitura. Minha imaginação e minha vontade de fugir me permitia criar um mundo só meu por meio das palavras que eu engolia. Sabia que não encontraria um princípe, nem faria um sapo se transformar em um. Não o veria chegando em um cavalo branco, muito menos escalando um muro pra me resgatar. O muro eu mesma escalei, o dragão eu mesma matei. E o cavalo? Cavalguei nele pra fugir das paredes que me cercavam. Fui em busca da minha própria felicidade, e nunca estive tão certa de que ela não dependia de príncipe nenhum. Não esperava encontrar o amor, nem logo me apaixonar, até que durante minha aventura te conheci. Eu já era bastante feliz e segura de mim, tanto que não precisava mais dos livros pra fugir da realidade que eu tanto desprezava. Comecei a encarar tudo de frente, bater com o punho no peito e não me deixar abalar diante nada. Me tornei a mulher que eu tanto tinha orgulho, e sonhava. E você, meu homem, meu companheiro, e meu confidente. Sem dúvidas, eu não precisava de um príncipe, nem mesmo de um conto de fadas cheio de encantamentos. Só precisava de mim, e do amor que eu tanto almejava.
— ccaotic
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yaasrosa-blog · 7 years
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Princípes? Isso existe? E, a propósito, eu lá quero depender de homem para ter minha salvação? Aqui não tem nenhuma princesa indefesa, não. Pode deixar que o dragão derroto eu e me solto das correntes sozinha. Se quiser me fazer companhia nessa fuga, tudo bem, pode vir. Mas sem essa ilusão de que vai ser meu herói salvador. A única pessoa que pode me salvar, bem, sou eu mesma.
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dragonprincebr · 1 year
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Q&A - QUARTA TEMPORADA
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PERGUNTAS PARA A EQUIPE
Q&A COMPLETO
Q: Quem é o designer de personagens líder da série?
EM: Caleb Thomas — que traz tanta consideração, criatividade e vida para todo projeto em que ele toca! Caleb é um desses artistas que é capaz de colocar uma personalidade única para cada personagem, até quando estão numa pose neutra e típica usada no início dos processos de design)
De um jeito, Caleb é um contador de histórias tanto como qualquer um na nossa equipe de roteiristas. Quanto mais você olha para os designs dele, mais você reconhece quão intencional cada uma das suas decisões foram e o que elas estão tentando nos contar. De vez em quando, nos fazem parar e considerar as coisas do ponto de vista de um personagem, como: “Por que a Rayla escolheria essa paleta de cores para suas novas roupas? Em que jornada ela estava e como ela adaptou o que ela vestia para enfrentar os desafios que ela encontrava?” Outras vezes, ele é capaz de incorporar elementos para nós (como audiência) procurarmos paralelos narrativos. Eu adoro buscar formatos, texturas e cores similares entre nossos personagens e seus ambientes nos designs do Caleb — muitas vezes eles são sutis e outras até inesperados! Ele realmente se coloca no mundo de Xadia e adapta qualquer personagem ao seu par de sapatos distinto.
Caleb também criou as artes da nossa série “Reflections”, e eu sempre ficava surpresa como as expressões e a linguagem corporal de cada personagem aprimorava as palavras de cada história. Ele é um mestre no que faz.
Q: Vocês passam por burnout criativo? Se sim, como lidam com isso?
DG: Todos nós passamos por burnout criativo. O verão de 2022 (inverno para o Brasil) foi absolutamente o mais cheio que já estive em minha vida em termos de quantidade de coisas que tínhamos em produção ao mesmo tempo, e tive muita dificuldade! Todo mundo é diferente, mas quase todo mundo que eu conheço já encontrou uma parede de burnout criativo em algum momento.
O que me ajudou no último verão — e o que continua me ajudando — é ter certeza de que tenho outras saídas criativas além de The Dragon Prince para continuar em frente. É difícil para mim pessoalmente focar em apenas uma forma criativa por vez, e quando me encontro com essa parede ou fico presa num problema criativo ele pode parar insuperável se eu não tiver nada para me distrair. Então, enquanto eu tento colocar o máximo de esforço e energia mental possível em TDP, eu também trabalho em outras coisas paralelamente: fanfics bobas, desenhos, cozinhar… Basicamente qualquer coisa que eu possa engajar criativamente, mas que não é meu principal projeto de foco. Coisas com “expectativas” baixas, eu acho. Coisas que são só para mim. Isso me ajuda a me sentir menos atrofiada ou presa em um problema ou parede que eu esteja vivendo no meu trabalho principal.
Dito isso, já escutei outras pessoas dizendo que só precisam tirar um tempo de fazer qualquer coisa criativa para superar o burnout! Não há vergonha alguma em deixar os seus músculos criativos descansarem!
Q: Tem algum momento em que vocês como escritores ficaram muito orgulhosos?
DG: Talvez seja uma resposta indulgente, mas estou muito orgulhosa da voz do Rex Igneous e do diálogo em geral. Nós pensamos muito na criação do personagem, e eu acho que ele é uma reviravolta divertida na ideia de “dragão que guarda tesouros”. Ele é inteligente e eloquente, mas exausto e odioso e ele continua sendo meu dragão favorito.
Q: Qual foi o maior desafio na produção durante a pandemia?
KL: Para mim, pessoalmente, os maiores desafios de trabalhar em casa durante a pandemia como ambas artista de storyboard e diretora de unidade foram 1) não poder ir em sessões ao vivo de edição com nossos editores e 2) como alguém que não mora na costa oeste da América do Norte (onde a maioria da equipe da série reside), só estar num fuso horário completamente diferente de todos. Comunicação era algo que poderia ter sido um revés, mas eu fui abençoada com colegas colaborativos que também são fãs da série!
Q: Os criadores leem a recepção das novas temporadas depois de um lançamento, em várias plataformas (Facebook, Discord, etc), ou existe uma equipe que monitora isso? É mesmo possível conseguir resistir a tentação de não ler todas as reações?
DG: Meio que vai de cada membro individual da equipe decidir o quanto que eles querem ver das reações dos fãs e engajar com eles, porque algumas vezes alguns de vocês podem ser um pouco maldosos e ainda somos seres humanos tentando nosso melhor. :’)
Mas, é importante para nós como uma equipe criativa que continuemos escutando e entendendo e aprendendo, e que tenhamos um senso do que está funcionando e o que não está. Então, nós também trabalhamos bem próximos a nossa equipe de divulgação, que acompanham bem de perto as conversas de vocês e filtram coisas críticas e construtivas para nós do melhor jeito que eles podem e sempre que podem.
É difícil resistir a tentação de apenas ler tudo que todo mundo fala sobre O Príncipe Dragão, mas com o passar do tempo eu pessoalmente me tornei um pouquinho melhor em escolher que tipo de conteúdo quero ver (o que é realmente útil vs apenas cruel). Pode ser bastante encorajador e gratificante ver as pessoas reagirem ao seu trabalho, mas também exaustivo!
Q: Qual é o jogo favorito de todo mundo da equipe? Ah, e também, alguma dica sobre escrever histórias e diálogos entre personagens? Estou escrevendo uma HQ e eu gostaria de saber os segredos!
DG: Meu melhor conselho ao escrever diálogos é sempre falar em voz alta o que você escreveu. Você vai conseguir saber quando as coisas estão soando naturais e quando soam meio esquisitas.
Meu outro conselho favorito vem de um professor da faculdade que eu tive, que é prestar atenção em como as pessoas ao seu redor falam e interagem umas com as outras. Todos têm jeitos diferentes de se comunicar. Algumas pessoas falam com frases longas e precisas, mas elas são mais lentas para falar algo porque tiram um tempo para pensar antes de dizer algo. Outras são um pouco mais energizadas, um pouquinho apressadas, e irão abrir a boca antes mesmo de sua mente os acompanhar. Pense na diferença entre Ezran e Callum. Ezran é muito mais atencioso e “adulto” no jeito que fala, enquanto Callum sempre está falando a milhões de quilômetros por hora, mesmo que isso signifique que às vezes ele tropece no que está falando. Pensar desse jeito também te leva a bons momentos de contraste, como quando Ezran se destaca quando fica confuso ou é pego de surpresa, ou quando Callum fica sério.
Faça perguntas a si mesmo, tipo: Como eu descreveria o jeito que eu falo? Meu melhor amigo? Meus pais…? Você vai começar a perceber pequenos detalhes que você não pensou antes sobre. Por exemplo, o sotaque escocês do meu marido se torna mais perceptível quando ele está irritado com algo (é verdade, e é hilário). Minha avó tem cerca de dez mil histórias engraçadas prontas para contar a qualquer momento em qualquer conversa, e elas sempre são bem contadas — ela nunca tropeça nas palavras contando elas. E o meu pai é bem reservado e profissional com a maioria das pessoas, mas vai inventar músicas sobre baseball para seus amigos próximos e família.
Ah, meus jogos favoritos provavelmente são World of Warcraft e Bloodborne.
Q Quais personagens (antigos ou introduzidos agora) têm sido seus favoritos em trabalhar neles até agora?
KL: Eu amei muito as cenas que tive com o Soren. Ele é o personagem que é um combo de tudo, que inspira um monte de comédia, cenas de ação legais, e ele está muito em contato com seus sentimentos. Como artista e fã, tem sido incrível expandir o arco de personagem do Soren e ver onde vai dar! (E não posso deixar de lado o sábio Isca. Ele é o melhor.)
PV: Eu escrevi um episódio para uma temporada futura sobre o Soren e o Corvus indo numa aventura e me diverti muito com esses dois! Eu adoro a junção estranha de um personagem bobo com um que relutantemente tenta manter o palhaço na linha. E eu amo que, por trás das piadas e do revirar de olhos, tem uma amizade verdadeira e respeito entre eles.
Q: Que presente vocês dariam (ou cozinhariam) para Rex Igneous afim de evitar morte certa?
JC: O que você dá para um dragão que tem tudo? Um iPad, acho. Ninguém precisa de um iPad, mas eles são bem divertidos. Ou um traje bonito. Conhecemos Rex descansando em uma banheira quente então acho que ele é um dragão que compreende luxo.
MS: Não chegarem nem PERTO de um lugar chamado “O Caminho do Desespero”, mas te darei uma sobremesa para te acompanhar. Isso deve funcionar. Espero.
PV: Eu daria uma lâmpada solar. Ele com certeza não recebe Vitamina D o suficiente embaixo daquela montanha.
ER: Um purificador de ar. Não tem janelas lá embaixo, então o ar deve ser muito mofado.
Q: Quais são as fontes primárias favoritas dos membros da equipe?
MS: Tenho permissão para dizer Magia Sombria? Sim, é moralmente questionável, mas a estética é incontestável. Eu pararia depois da minha primeira mecha branca! Provavelmente.
PV: Quero dizer, a das Estrelas é bem definitiva. Eu quero abrir portais estranhos e esconder coisas como a Stella.
JC: Eu gosto bastante da do Oceano. Nós ainda não vimos muito dela na série principal, mas do jeito como nossos oceanos são profundos, estranhos e diversos, tem um monte de profundidade escondida na fonte primária do Oceano. Magia surpreendente, elfos do Oceano encantadores e únicos, e outras coisas secretas que ainda não posso falar sobre!
ER: A das Estrelas. Mais por causa dos unicórnios.
Q: Se você fosse algum elfo em Xadia, qual você seria?
JC: Elfo da Terra! Conhecemos alguns agora, e algo que temos em comum é o senso de humor e calma ao se tratar da vida. Mesmo quando as coisas saem do controle, eles se mantém com o pé no... chão. Mas acho que sou mais o N’than que o Terry, quando se trata de nervosismo.
PV: Eu cresci nadando e amo ficar na água, então provavelmente um elfo do Oceano. Aliás, você vai conhecer um elfo do Oceano na quinta temporada que eu, as vezes, me identifico muito.
ER: Elfo da Lua. Ficar invisível pode ser útil. Mas sou péssima em sotaques, então eu ficaria excluído de algum jeito.
MS: Elfo da Terra. Suspeito de estranhos e protejo meu território ferozmente.
Q: Qual foi a cena favorita de vocês na 4ª temporada e por quê?
MS: Eu amo a cena dos “dois bolos”. Ótimo conselho, e mais bolo para todo mundo!
JC: O final do 4x04 (Através do espelho)! Aaravos fazendo coisas típicas de Aaravos, sendo sarcástico, soprando beijos. É um jeito incrível de dar aos nossos heróis um vislumbre do que eles estão contra.
PV: Eu gostei do Soren dando conselhos para a Rayla para “dar um jeito no estranho” e que “o coração faz o que faz, e não faz o que não faz”.
ER: Eu pessoalmente amo a cena entre o Soren e a Claudia em que depois de anos eles tem sua primeira conversa significativa. Em certo ponto, Soren segura gentilmente uma borboleta enquanto eles discutem. Esse momento mostra o quão diferentes eles se tornaram, porque a Claudia não teria sido tão gentil com essa borboleta. Soren coloca de um jeito apropriado, e hilário: “Claudia, eu não acho que nós temos os mesmos sentimentos nos ossos.”
KL: Todo o momento do Callum sendo possuído pelo Aaravos foi muito legal! Esse é um elemento de O Príncipe Dragão que tinha sido só insinuado antes, mas que não tínhamos visto acontecer ainda, e foi assombroso!
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dragonprincebr · 1 year
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Q&A - QUARTA TEMPORADA
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PERGUNTAS SOBRE O PROCESSO CRIATIVO
Q&A COMPLETO
Q: Como vocês construíram o lore do mundo? Pergunto isso porque jogo muitos RPG tabletop e gostaria de saber se vocês têm dicas em construção de mundo, visto que tanto Avatar quanto O Príncipe Dragão possuem um lore excelente.
DG: Tenho uma resposta complicada para isso, e muitos escritores e criadores terão respostas diferentes, visto que não há uma “maneira correta” de criar um cenário.
Algumas pessoas gostam de uma abordagem focada na construção de mundo: Irão primeiro pensar em termos muito amplos sobre o cenário e considerar questões do panorama geral, como o funcionamento das sociedades, as mecânicas do sistema de magia, a flora e fauna, etc...
Para O Príncipe Dragão, não iniciamos com muita construção de mundo, e o enquadramento da história ampla naquele momento era bem simples: 3 aliados improváveis de lados opostos de um mundo dividido descobrem um segredo que pode parar uma guerra entre seus povos. Ou seja, focamos nos personagens primeiro – quem eles são, sua personalidade, seus relacionamentos entre si e a jornada que tomariam até Xadia.
Os personagens e suas jornadas ditaram que detalhes da construção de mundo deveríamos focar primeiro: Se Callum e Ezran são de um reino humano chamado Katolis, como é esse reino? Se Rayla é uma elfa, o que isso significa? Há vários tipos de elfo? Qual é o tipo dela? O que significa que ela é uma assassina? O ovo de dragão irá chocar um dragão muito poderoso – que tipo, e o que isso significa para os pais do dragão/sua linhagem?
Nós preenchemos o que precisava ser preenchido, mas deixamos uma boa parte de Xadia em aberto. Na verdade, nenhum dos outros reinos humanos possuíam nomes até a segunda temporada, quando a direção da história (especificamente, a interação de Viren com a Pentarquia) demandava que déssemos mais atenção a eles. Isso nos ajudou a não nos colocar em muitos becos sem saída ao colocar muitas “regras” ao universo.
Mas novamente, isso é só como nós escolhemos abordar a história como o time criativo até agora. Outros criadores/escritores/etc. preferem os limites e restrições de mais regras de construção de mundo como parte de seu processo criativo!
Nossa abordagem mudou um pouco quando fizemos Tales of Xadia também. Tabletop RPGs geralmente demandam uma construção de mundo mais adiantada que uma série animada. Tivemos discussões mais aprofundadas sobre o cenário até aquele ponto e conseguimos esclarecer o panorama geral do mundo de Xadia. No entanto, quando trabalhamos na série em si, as necessidades da história e dos personagens ditam o que vai para a tela.
Q: Para a equipe de escrita: como vocês monitoram a história geral, lore e construção de mundo? Qual sua memória favorita da sala dos escritores na quarta temporada?
DG: Monitorar a história geral é muito mais desafiador do que você pensa. Nós opinamos todo tipo de coisa ao longo do desenvolvimento que nem sempre persistem até o roteiro final, e até os mais veteranos de nós se encontram perguntando espera, qual versão que a gente mais tinha gostado mesmo?
Então, como somos um pouco avoados, compartilhamos muitas das responsabilidades de anotar o que finalizamos, discutimos e colocamos como a “visão” para cada ponto da história. Na prática, significa que temos VÁRIAS anotações. Toda reunião, toda ideia, toda discussão é anotada por alguém no time, seja o assistente do escritor ou o escritor responsável por um episódio em específico, e fazemos nosso melhor para nos organizar com essa pilha de anotações
Mas monitorar a história não para por aí!
Uma coisa que tento enfatizar para escritores (e pessoas no geral tentando entender o processo de produção) é o quanto comunicação e clareza é necessário para fazer uma série animada: centenas de pessoas trabalham em O Príncipe Dragão, e cada um de nós está constantemente se empenhando em alinhar uma visão para cada episódio, roteiro, cena e filmada da série. Muitas vezes nosso trabalho como escritores e produtores é reiterar o que está escrito no roteiro várias vezes, descrever a intenção detrás de tudo e colaborar com o time mais abrangente (artistas de board, animadores, etc) para trazer à vida a visão que temos de forma que seja impactante e viável dentro dos limites da produção. É um trabalho árduo que acontece na arte de escrita e storytelling – comunicação e colaboração são as chaves do sucesso de O Princípe Dragão.
PV: Para responder sua segunda pergunta: Uma das minhas primeiras memórias da sala dos escritores não foi da quarta temporada, mas da quinta. Quando eu e Eugene Ramos entramos como escritores da equipe, estavam fazendo o que chamamos de “destrinchar a história”, compreender os pontos principais, para um episódio na quinta temporada que é... uma jornada super emocional para os personagens. E foi uma história muito difícil de destrinchar! Eu lembro de fazer pausas onde todos iriam para longas caminhadas para clarear nossas ideais. Devon falou várias vezes para mim e Eugene que isso não era normal, que era um episódio excepcionalmente difícil. Mas agora que o episódio está quase terminado, devo dizer, que o nosso bate cabeças (metafórico e literal) contra a parede valeu muito a pena. É um episódio muito legal. Há piratas nele. Se preparem para a quinta temporada, pessoal.
Q: Produzir os episódios em pequenos blocos influencia a abordagem do time ao escrever a série quando se trata da história abrangente da saga?
DG: Acredito que há um equívoco aqui. Não desenvolvemos a série em pequenos blocos. Ao contrário, estamos trabalhando no arco “O Mistério de Aaravos” (ou seja, temporadas 4-7) ao mesmo tempo!
O que significa que, na prática, enquanto estávamos terminando os toques finais dos episódios da quarta temporada, a quinta já estava se aproximando da animação final e entrando na fase chamada LRC (luz/sombra/composição), onde os episódios começam a parecem reais, mesmo havendo ainda muito trabalho a ser feito. E enquanto tudo isso estava acontecendo, estávamos escrevendo roteiros mais avançados na saga. Essa foi a abordagem que usamos quando desenvolvemos as temporadas 1-3, e falamos mais desse processo aqui.
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Isso significa que nosso time teve o privilégio de considerar as histórias de todas as quatro temporadas de uma vez ao invés de se preocupar que não teríamos outra temporada e compartimentalizar. Não tivemos que vir com “um final” prematuramente, e pudemos pensar na narrativa abrangente de cada temporada individual como se fosse “uma grande história”. Isso não significa que iremos saber ou resolver cada detalhe antecipadamente, claro – ainda temos prazos, orçamentos e limitações – mas nos deu muita liberdade para o ritmo e tom da série escalar e ser construído ao longo das temporadas 4-7. Esperamos que o resultado desse privilégio se torne aparente conforme o arco “Mistério de Aaravos” continua.
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dragonprincebr · 9 months
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SÉRIE REFLECTIONS
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Explore mais sobre os personagens de O Princípe Dragão em histórias extras que vislumbram detalhes intímos que se passam entre e durante temporadas! Agora traduzidas.
Link para o original
VOLUME 1
Em breve!
VOLUME 2
Perseguindo Sombras - Capítulo 1: Fantasmas Familiares (Rayla)
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dragonprincebr · 1 year
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Q&A - QUARTA TEMPORADA
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PERGUNTAS SOBRE DESENVOLVIMENTO DE PERSONAGEM
Q&A COMPLETO
Q: Sobre os designs dos personagens, há rascunhos ou ideias que mudaram durante a criação da série?
HH: Eu lembro distintamente que o Corvus era descrito como um tipo de cara áspero, velho, meio “Geralt de Rivia em Witcher 3”, mas então Dorothy Yang o desenhou muito bonito e mais jovem, então foi reescrito como jovem, bonito “Geralt de Rivia em Witcher 1”.
CT: Todo personagem é um processo colaborativo divertido em que mudanças sempre são feitas! Basicamente todos eles possuem diversas iterações e eu me divirto vendo os primeiros conceitos de um personagem vs. sua versão final!
Q: Minha pergunta é sobre nosso vilão favorito, tão elegante e malicioso 😊. Como vocês criaram o Aaravos? Qual foi sua ideia inicial para fazê-lo tão manipulador (e bonito)? E sobre seu design?
AE: A ideia inicial não era necessariamente que Aaravos era manipulador. Na verdade, desde o princípio, queríamos estabelecer sua própria declaração de que ele nunca mente. No entanto, queríamos e ainda queremos que ele seja misterioso na questão se ele é, fundamentalmente, benevolente ou nefasto.
Para seu design, traçamos do arquétipo bíblico de Lucifer – que dá conhecimento aos humanos mas ao fazer os corrompe e os traz ao pecado. Mas também traçamos do arquétipo mítico de Prometeus – que dá à humanidade o fogo, para evoluí-los, mas é punido pelos deuses pelo o que fez. De certa maneira, são a mesma história, mas a primeira é um corruptor e a segunda é um doador em sacrifício de si, que desafia os deuses arrogantes. Em parte é questão de perspectiva, e outra é questão de intenção.
Enfim, Aaravos é complicado e confuso em várias maneiras, e nossos designers brilhantes o fizeram super sexy para complicar!
Q: Foi difícil envelhecer os personagens em 2 anos? Especialmente Callum e Ezran?
CT: Embora tenha sido um pouco complicado colocar Callum e Ezran em um bom lugar para seguir em frente, eu pessoalmente me alegro em explorar personagens em diversas idades. O desafio acaba sendo uma boa oportunidade de adentrar na narrativa e/ou possibilidades estéticas. E, mesmo que nem toda ideia é usada, ainda é divertido imaginar e colaborar com todo mundo!
Q: Qual a sua ideia ao fazer o design dos novos visuais? Eles refletem algo em particular do que o personagem possa ter passado durante o salto de 2 anos do tempo, em relação ao crescimento deles?
CT: O objetivo era envelhecer todos os personagens de uma maneira que os amadureça mas manter suas características que os fazem reconhecíveis. De todos, acredito que a Rayla teve mais espaço para se desvencilhar de sua antiga aparência visto que ela estava em sua própria missão pessoal.
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Q: Qual foi o processo para criar novos personagens nessa temporada? Como vocês sabem quando introduzir um novo personagem vs. trazer um personagem antigo de volta?
DG: Para criar novos personagens para a quarta temporada em específico, o tema da temporada é Terra, então queríamos explorar essa fonte primária e personagens conectados a essa parte de Xadia. Sabíamos bem cedo que contaríamos uma história em que os personagens embarcam numa jornada para Umber Tor para encontrar o Arquidragão da Terra, Rex Igneous. Daí, tivemos que preencher os detalhes, sempre pensando nos meios temáticos de sintonizar o ritmo da história maior. Foi assim que escolhemos uma história em que os heróis encontram um elfo da Terra para ajuda-los a navegar por Umber Tor, que nos levou a introduzir N’than e os antagônicos Caçadores de Dragões.
Q: A representação trans através do Terry foi uma das minhas coisas favoritas nessa temporada. Foi muito similar à minha própria experiência, então estive me perguntando como é fazer um personagem tão identificável dessa forma? Possuíam pessoas trans na equipe que ajudaram a fazer com que essa história fosse contada com tanto zelo?
DG: Estamos muito felizes que ele ressoa com você! Nenhum dos escritores de O Príncipe Dragão se identificam como trans, então queríamos ter certeza de que a forma que abordaríamos a caracterização do Terry seria com muito cuidado e contribuição de fora de equipe o quanto possível. Tivemos sorte que a Netflix nos apoiou imensamente nisso: Eles nos conectaram com a GLAAD (Aliança Gay e Lésbica Contra Difamação, uma organização estadunidense que visa monitorar como a mídia retrata pessoas LGBTQIA+), que leram nossos roteiros, fizeram comentários de volta e nos ajudaram a desenvolver a cena que Terry se abre com Viren sobre sua identidade. O dublador do Terry, o incrível Benjamin Callins, também ajudou bastante no processo, e opinou sobre o design do Terry. A pessoa que fez o design do Terry também se identifica como não-binário! 
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dragonprincebr · 1 year
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Q&A - QUARTA TEMPORADA
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PERGUNTAS SOBRE AS INSPIRAÇÕES
Q&A COMPLETO
Q: Qual foi a inspiração para O Príncipe Dragão?
JR: Houveram e há diversas inspirações, como jogar Dungeons & Dragons na infância, ler todos os livros de fantasia, TV, filmes, o que você puder imaginar. Mas o principal propulsor para O Príncipe Dragão foi quando começamos a falar sobre tipos de magia.
E se tivesse uma magia muito difícil? Uma que requeresse anos de trabalho duro, dedicação e talento para usar e masterizar. E uma que fosse muito mais fácil? Um atalho, mas um grande obstáculo. E se somente um tipo de pessoa ou pessoas nascessem naturalmente conectadas à magia e outras não? Como esse mundo seria?
Esse foi o início da série.
Q: (1) Por que vocês acharam que valeria a pena contar uma história sobre um grupo de crianças salvando o mundo? Como acharam que a audiência iria se conectar? (2) Quais foram as partes mais desafiadoras ao criar a série? (3) O que vocês esperam que a audiência absorva da série?
JR: Quando você está lidando com uma história que tem, como essencial, um mundo cheio de violência geracional, ódio e mal entendidos, alguns dos personagens mais interessantes são aqueles na posição de mudar o estado das coisas. E apesar de adultos serem geralmente os que possuem o poder e quem nos inspiramos para mudar, eles nem sempre são os mais capazes. As vezes, recai sobre a próxima geração – especificamente, crianças e adolescentes – quebrar o ciclo. Para ter sucesso e salvar o mundo onde seus pais e avós não puderam.
No caso de O Príncipe Dragão, sentimos que é uma história que vale a pena ser contada porque é real e identificável. E esperamos que aqueles que assistem – crianças e adultos – possam ver algo de suas próprias vidas ou de si mesmos que eles possam responder. Algo que eles possam refletir sobre ou potencialmente tentar mudar ou abordar sob um novo ângulo.
É por isso que intencionalmente fizemos essa série para uma audiência mais ampla possível. Amaríamos que iniciasse conversas significativas entre crianças, adultos, e entre ambos. Porque, apesar de Xadia ser cheia de magia e dragões e elfos, há muitas conexões e conflitos humanos que permeiam toda a história – e esperamos que esses momentos abram portas para os fãs (para encontrar e conversar um com os outros) que talvez não poderiam ter de outra forma.
Q: Qual o período, países e culturas (se houver) que inspiraram o contexto, vestimentas e design da série? E como isso mudou com os novos designs da quarta temporada?
DG: Antes que nossos artistas fizessem algo real, bonito e espetacular, conversamos um pouco sobre a série ter um visual “moderno”. Significa que queríamos todos os adornos do contexto do gênero de fantasia clássica, mas com um visual elegante e estilosa para as silhuetas, vestimentas, armaduras e armas dos personagens. Acho que você pode encontrar resultados desse objetivo em coisas como a jaqueta do Callum, que possui um estilo moderno em suas formas e costura! E também coisas como a mochila do Ezran ser coberta em pins, a armadura da Rayla (e a metalurgia dos elfos da Lua em geral) ter um visual elegante/leve/ajustável ao invés de uma “armadura pesada” de gêneros de fantasia mais tradicionais, e um sentimento no geral de “engenhoca” nas armas dos elfos da Lua, etc. Não mudou muito na quarta temporada, só evoluiu com os próprios personagens
Nossa líder de franquia, Emily, falou um pouco sobre o tópico aqui.
Q: Sempre admirei a escrita dos personagens de O Príncipe Dragão por terem arcos interessantes e personagens simpáticos. O que inspirou a caracterização na série?
PV: Estamos muito felizes que você gostou dos personagens e seus arcos! Eu era fã da série antes de me juntar como escritora na quarta temporada, e esse também era um dos meus aspectos favoritos. Agora que trabalho em O Príncipe Dragão, posso definitivamente lhe dizer que a complexidade dos arcos é muito intencional. Todos os personagens possuem falhas em diferentes maneiras e lições que não serão aprendidas facilmente. Mas, quando finalmente vermos os personagens demonstrarem seu crescimento, vai ser muito bom e merecido!
Olhe a Rayla, por exemplo. No final da terceira temporada, ela viu os benefícios de trabalho em equipe e apoiar-se nos outros. Ela descobriu que seus pais não abandonaram seu posto como Guardas do Dragão, e que ela não precisa compensar ou se punir pela suposta traição deles. Mas, só porque Rayla teve essas experiências não significa que absorveu completamente essas lições. Afinal, ela passou sua vida inteira como filha de assassinos – ela viveu sob seu código de sacrifício próprio, de fazer o que for necessário para terminar a missão. E ela tinha tanto medo de falhar (lembre-se que todos pensaram que os pais da Rayla falharam na missão deles, e que ela também falhou na sua). Então, quando ela temeu que Viren ainda poderia estar vivo, seus instintos e treinamento tomaram a frente. Ela colocou esse fardo sobre seus próprios ombros, e saiu por ela mesma para encontra-lo. Não era a coisa mais lógica a fazer baseado nas recentes revelações, mas era uma coisa muito da Rayla.
Mas quem sabe, talvez em futuras temporadas ela verdadeiramente irá aprender a se apoiar nos outros e parar de se punir o tempo inteiro. Assista para descobrir!
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dragonprincebr · 1 year
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Q&A - QUARTA TEMPORADA
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PERGUNTAS DIVERSAS
Q&A COMPLETO
Q: As culturas dos elfos são inspiradas nas culturas humanas do mundo real? O mesmo para os Reinos Humanos?
EM: Culturas élficas e humanas por todo o continente de Xadia vem de várias inspirações.
Os Reinos Humanos provavelmente tem a influência mais direta do mundo real, mas mesmo assim não é intencional ser um paralelo direto. Para Evenere, por exemplo, procuramos culturas ao redor do mundo que tivessem conexões próximas a pântanos, mangues e rios, como o Cajun Bayou, a Floresta Amazônica, as florestas de várzea na Malásia, etc. Nós sempre tentamos lançar uma rede ampla quando buscamos inspiração, então usamos esse conhecimento como um ponto de partida para discussão e criação.
Para os elfos, frequentemente olhamos para sua fonte primária e consideramos os traços e preferências que naturalmente influenciariam na cultura ao invés de pesquisar algo específico no mundo real (mas não quer dizer que não surge como uma fonte de inspiração, também). Por exemplo, trabalhando com os elfos do Céu, nós sabíamos que sua cultura era mais individualista e nômade, valorizando a liberdade acima de tudo. Como os elfos do Céu vivem, se vestem e se expressam é construído baseado nesse conhecimento.
Ao construir essas culturas ou expandi-las – como para Tales of Xadia – consideramos qualquer lore já estabelecido e usamos isso como proteção para pesquisas e brainstorming adicionais! Como exemplo, quando estávamos desenvolvendo Ponmalar (um personagem eveneriano jogável de Tales of Xadia), um dos artistas compartilhou um conceito de um arco gigante para sua arma.
Olhando para o design do arco e levando em conta o ambiente pantanoso de Evenere e uma comunidade mais insular, nossa equipe interna discutiu que isso provavelmente significaria que seu tipo de arqueria seria como a de um sniper – elu ficaria esperando por horas por um tiro preciso vs. disparar rápido contra qualquer alvo. Então, sugerimos aumentar a camuflagem de Ponmalar. Eu achei que seria legal se sua capa lembrasse a de Ashitaka de Princesa Mononoke, mas feita com as folhas e outras folhagens que se misturariam fácil ao pântano.
Q: Vamos ver os dois guardiões de pedra de novo? E há planos para mais lore dos golems em Xadia no geral?
AE: Sim.
Q: Vamos ver algum dia o que é uma surpresa de uva-da-lua?
AE: Oh, sim. Você vai ver até um novo personagem baseado numa surpresa de uva-da-lua.
Q: Já existiram híbridos de elfo/humano? É possível?
AE: Sim. A Devon provavelmente vai me lembrar que reconhecer isso vai criar vários tipos de especulação e estranhezas no fandom, mas é a verdade. Não tenho certeza de que eles se chamariam de "híbridos", mas sabemos o que você quer dizer.
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