Tumgik
itscorso · 2 years
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Nunca fui de me importar com as pessoas dizendo que eu e você somos um só, que é estranho ver uma sem a outra. Na verdade eu sempre achei fofo, porque ficava nítido para as pessoas o quão nosso relacionamento era bom, o quanto éramos parceiras... Nunca fui de me importar... Até agora.
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itscorso · 2 years
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Sábado de manhã, me levanto e começo a preparar meu café para ir para a reunião do trabalho. Pego tudo o que preciso e vou, como se fosse mais um dia comum. Se não fosse você aparecer.
Chego na empresa com alguns minutos de atraso mas aperto o passo para não me atrasar para a reunião. Na sala, me sento no mesmo lugar de sempre, na ponta esquerda ao lado do meu chefe. Para a minha sorte eu não fui a última a chegar, ainda haviam cadeiras vazias.
Coloco minha apresentação sobre a mesa, bebo minha água e apenas espero para que chegue minha hora de falar.
A porta se abre e eu olho para ver quem é, e foi ali, naquele segundo, que meu mundo mudou.
Ela vinha com sua roupa despojada, seus cabelos negros envolvidos em um coque meia boca e sua pasta embaixo dos braços. Com sua voz suave, porém marcante, dizia bom dia para todos.
Eu nunca havia me sentido assim por ninguém, essa curiosidade e essa vontade de conhecer, de desvendar os mistérios.
Aqueles olhos negros como a noite, que com toda certeza guardava vários mistérios, havia me deixado intrigada.
Enquanto a reunião acontecia, nossos olhares ficavam se procurando e automaticamente um pequeno sorriso surgia no canto da boca. Meu coração acelerava e era um misto de desejo e medo, eu queria senti-la.
Toda vez que ela me olhava, era inevitável não sentir aquele calor tomando conta de mim, aquela vontade de dividir nosso suor sobre uma cama depois de uma noite totalmente clichê. Eu sei que é locura imaginar tantas coisas e sentir tudo isso sem nem saber seu nome mas no momento em que eu à vi, eu pude sentir o que o futuro reservava para nós.
Enquanto finalizava a reunião, fui colocando minha cabeça no lugar e fui tirando todas essas idéias de girico de lá. Parecia loucura.
Enquanto me despedia dos nossos, talvez, futuros investidores, ela apareceu no meio da pequena multidão chamando pelo meu nome. Gelei.
Ficamos por alguns minutos conversando sobre negócios, até que ela me deu seu número e me chamou para sair.
Eu estava literalmente em pânico. Meu deus, o que eu faço agora? Eu vou agir feito uma louca? E se ela percebeu que eu ficava olhando pra ela toda hora? E agora?
Respirei fundo, peguei seu número e disse que ligaria.
No final da noite, enquanto eu estava sentada na sala, vi o papel na estante com o número dela. Pensei que tavez não fosse má ideia sair para conversar.
Liguei para ela e marcamos de sair naquele dia mesmo, íamos nos encontrar em um pequeno restaurante ali perto de casa. Acho que não aconteceria nada demais em um restaurante com mais pessoas ao redor, talvez eu não surtasse por conta dos pensamentos de cedo.
Era 19:30
Estava sentada na mesa esperando ela chegar, havia pedido um vinho e uns queijos para degustar.
Ela chegou, pedimos macarrão e ficamos conversando e bebendo. A conversa fluía bem, conversávamos sobre tudo e até parecia que a gente já se conhecia a tempos.
Chegando no final da noite, ela disse que gostaria de me levar até em casa, já que eu havia ido a pé porque era praticamente do lado. Eu aceitei, já que seria a chance perfeita de ficar o máximo de tempo possível ao lado dela.
Quando estávamos na porta de casa e fui me despedir, passou pela minha cabeça em convidá-la para entrar e assim eu o fiz.
Ela aceitou sem nem ao menos hesitar. E confesso que isso me surpreendeu.
Sentamos na cozinha e enquanto eu abria a geladeira para oferecer um copo de água, um grande silêncio tomou conta do ambiente e eu sentia ela me olhando, me decorando com seus lindos olhos negros. Meu coração começou a bater mais rápido e minha respiração ficou mais ofegante. Respirei fundo e me virei, lhe ofereci a água e fui até o banheiro.
Lavei meu rosto, me recompus e voltei para a cozinha.
- Quer se sentar lá fora? Podemos acender a fogueira e ficar lá conversando. Vou abrir uma garrafa de vinho.
- Claro, não tenho hora para chegar em casa.
Nós nos sentamos próximas a fogueira, colocamos uma música para cobrir o silêncio do ambiente e ficamos conversando, até que ela, repentinamente, fica em silêncio me encarando. Juro que parecia que ela estava testando meus limites e vendo até onde eu resistiria.
Ela disse
- Eu posso me deitar no seu colo?
- Pode - Eu respondi
Minhas pernas tremiam e eu não sabia como reagir e então em um pequeno segundo de coragem eu a beijei. Ela não se esquivou.
Subimos para o meu quarto deixando peças de roupas por toda a casa, seu corpo fervia feito lava, sua respiração e seus batimentos eram tão fortes.
Nossos corpos se pediam, a gente se queria.
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itscorso · 2 years
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Eu te olhava de longe, como um predador, esperando você dar o primeiro vacilo para que eu partisse correndo para cima de você.
Paixões secretas
Seus cabelos negros e seu jeito bravo me chamavam atenção, a forma como você se protegia do mundo mostrando ser forte o tempo todo e sem dar aberturas para que ninguém visse sua fragilidade. Seu jeito elétrico e mandão, toda sua intromissão e como você sempre se impõe.
Sempre te olho de longe e tento achar brechas para me aproximar. Eu quero te dispir, quero ver sua alma da forma mais pura que eu puder, te mostrar as loucuras que o amor pode nos proporcionar. Eu quero te devorar.
Você é a minha presa e eu estou ansioso para a caçada começar.
Se mostre para mim, se entregue.
Eu te desejo todas as noites enquanto me toco, desejo sentir seu cheiro e sua pele. Fecho os meus olhos e imagino a gente quebrando todos os móveis da casa enquanto você pede para que eu não pare.
Não irei desistir de você, a caçada começou e eu irei te devorar, até não sobrar nada de nenhum de nós.
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itscorso · 2 years
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Se você pudesse voltar ao passado e mudar tudo, você mudaria?
Muitos usam do velho clichê de que não mudaria nada pois as experiências a fizeram ser quem é hoje mas se eu pudesse estar lá, naquele dia em que eu te perdi, eu faria tudo diferente.
Se eu voltasse ao passado sendo quem eu sou hoje, obviamente eu mudaria tudo. As chances de que eu me tornasse alguém muito melhor seriam maiores e você nunca teria partido.
Nós éramos novas, no auge da juventude e sem nenhuma experiência, era certo de que íamos nos machucar.
Nos achávamos donas do mundo e que nada nunca nos derrubaria mas a ânsia de viver acabou nos sufocando. Você partiu e levou junto metade de mim e apesar de hoje eu ser quem eu sou, eu voltaria no tempo só para poder te impedir de ir embora e continuar ao meu lado conquistando as galáxias.
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itscorso · 2 years
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Estava sentada em um banco, numa tarde fria de outono e o brilho dourado do sol já ia sumindo no final das montanhas. O canto dos pássaros ia ecoando cada vez mais baixo, a vida ia se repousando e a noite dizia olá.
Eu gostava de sentar naquele banco de frente para o lago e observar a vida ao redor sumindo, como se tudo fosse programado.
Sentar ali me lembrava você e todas as nossas tarde juntas. Me lembrava da sua calma, de como sua voz era suave e como você nunca se irritava com nada. Você sempre dizia que cada vida importava e que nenhuma folha caía se não fosse necessário ela cair. Todo o movimento era parte de um só.
Lembrar de você me traz paz.
A sua partida me dói todos os dias mas não posso dizer que não acredito mais no amor. Você me ensinou que o amor não é aquela coisa de filmes de romance clichês mas que o amor é fluído.
Somos feitos de momentos e o eterno talvez seja isso, talvez seja feito das memórias que criamos que sempre levaremos com a gente.
Éramos ótimas juntas, poderíamos ter conquistado o mundo.
Gostavamos de cozinhar ouvindo músicas aleatórias e de ver documentários de vida animal. Sempre fomos boas companheiras. A gente gostava de sair a noite para ver as estrelas e eu sempre dizia que um dia iria te levar pra lá.
Você era a melhor parte que existia em mim e sempre vai ser.
Um adeus é apenas um até logo
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itscorso · 2 years
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Eu me afundo no colchão, desejando nunca ter nascido.
Minha casa é uma tremenda confusão, do amor eles não sabem não
Se ofendem, gritam e se humilham
Do ódio eu entendo, do amor as vezes me arrependo
Cresci desejando vingança
Eu era apenas uma criança
Enquanto meus pais perdiam tempo brigando
Minha alma era corroída
Sem tempo, depois, outrora
Amavam a todos, menos a mim
Cresci por aí, aprendi na rua, na raça, no medo
Cresci sem amarras
Do amor desconheço, aliás tenho é medo
O amor prende, machuca, humilha
O ódio te purifica
O ódio arde no peito, te deixa sem medo
Te dá gás para continuar
Do amor não quero saber
Do meu sangue ninguém vai beber
Me fiz fria
Me fiz sozinha
Cresci destemida
Mas do amor não quero saber, esse me arrepia
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itscorso · 2 years
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Lembra quando diziam que éramos inquebraveis?
Pareciamos um filme de romance clichê de fim de tarde, onde a gente tomava sorvete e ia para o lugar mais alto da cidade ver o por do sol. Cantávamos músicas juntos e dançávamos sob a luz da lua. Sempre faziamos promessas enquanto a gente se fazia carinho deitados em um colchão no chão.
Eu admirava cada detalhe de você, amava cada pequena parte. Seus olhos, seu cabelo, seu sorriso, sua voz e reparava em todas as suas manias. Você era o meu paraíso.
A gente costumava ser a prioridade um do outro, você sempre era a primeira pessoa a qual eu queria contar sobre o meu dia ou sobre qualquer coisa nova que eu ficasse sabendo.
Nós riamos no banho enquanto a gente conversava sobre coisas sem sentido. Essa era nossa hora preferida.
Eu podia jurar que seríamos para sempre.
Hoje eu sigo pegando os cacos que você deixou e estou tentando me reconstruir.
Não sei quando foi que a gente se perdeu, nem ao menos quando foi que chegamos a esse ponto mas eu sigo em pedaços.
Você me amou como ninguém jamais o fez mas também me destruiu como nunca haviam destruído.
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itscorso · 2 years
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Eu amei todas as suas células, cada parte do que você era.
Eu amei suas mentiras e seus medos.
Eu amei tudo em você
Eu perdooei todos os seus erros
E quando eu falhei você foi embora
Me deixou em pedaços
Me disse que eu não era fácil
Mas também não foi fácil te amar
Não foi fácil me desfazer e remoldar no que você queria
Hoje eu sou mais você do que eu
E eu não sei pra onde ir
Talvez eu não queira ir
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itscorso · 2 years
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Eu fui me afundando
Cada dia um pouco mais
Aos poucos fui sumindo
Me consumindo
Quando vi, deixei de ser
E então percebi, que aos poucos eu só estava ali.
E um grande oco tomou conta de mim
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itscorso · 2 years
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itscorso · 2 years
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O que você faz quando se sente sozinho?
Bom, claramente existem questões tão à nossa frente que nunca iremos saber as respostas no tempo certo, a menos que a gente consiga prestar atenção em cada pequeno e sórdido detalhe. Você consegue ver?
Você já gostou tanto de uma pessoa que você era incapaz de imaginar sua vida sem ela?
Todos nós em algum momento já nos apaixonamos perdidamente por alguém e consequentemente quebramos a cara e o coração.
Essa é a minha história e seu nome era Eduarda, mas todos a chamavam de Duda. Ela era a menina mais bonita que eu já havia visto em toda a minha vida, cabelos claros, longos e ondulados, sorriso largo e uma boca carnuda, seus olhos castanhos escuros e suas sardas no nariz, tudo nela parecia perfeito.
Nós eramos adolescentes, não tínhamos noção nenhuma do que o amor podia nos causar. E quem poderia saber? Afinal, quem é que sabe o que o amor pode causar?
Vou começar de onde eu deveria ter começado, não exatamente onde começou porque algumas memórias se foram com o tempo, mas vou tentar ser rica nos detalhes...
O ano era 2010 e fazia pouco tempo que eu havia me mudado para cá, tinha alguns poucos amigos e vários conhecidos, e que embora fossem bastante eu tinha demorado muito para conseguir me encontrar nessa pequena cidade onde todo mundo se conhece.
Eu havia me mudado de escola recentemente e minha vida parecia estar uma bagunça, ter que recomeçar de novo, fazer novos amigos, ter que me adaptar e ter que aguentar a saudade dos meus amigos da outra cidade, ter que aguentar cada um deles me esquecendo aos poucos, foi difícil mas eu sobrevivi.
No intervalo eu à vi de longe e seu sorriso era radiante, seu cabelo brilhava com o reflexo do sol, seu olhos eram tão penetrantes que quase não me dei conta de que eu tinha ficado observando ela o intervalo todo.
Foram se passando alguns dias e eu me dei conta de que eu ficava procurando ela com os olhos em todos os lugares por onde eu ia na escola.
Teve um dia que meus amigos me chamaram para sair a noite, ir na praça. Lá era onde todos os jovens da época se juntavam para beber com seus amigos, encontrar alguém para ficar ou só apreciar a companhia de alguém legal e conversar por horas.
Nesse dia eu havia visto ela junto a um grupo de conhecidos meus, então não perdi tempo e fui la falar oi para eles e aproveitar para tentar me aproximar dela, e deu certo. Começamos a conversar, perguntei sobre o que ela gostava, sobre os lugares por onde já havia ido, conversamos sobre algumas bobeiras, rimos bastante e, por fim, voltei para os meus amigos ela me disse tchau e deu um sorriso de quem queria dizer “obrigada por ter aparecido”.
Foram se passando os dias e aos poucos nossos grupos foram se aproximando mais e era quase inevitável a gente não estar quase sempre no mesmo ambiente ou conversando.
Eu a admirava demais, por quem ela era e por sua história de vida e sabe, no começo não era com segundas intenções que eu queria me aproximar dela, mas quando eu a olhei pela primeira vez eu senti que ela não seria qualquer pessoa na minha vida, e eu estava certa.
Com essa aproximação dos nossos amigos acabamos nos aproximando muito, tenhamos começado a fazer praticamente tudo juntas, ficavamos juntas no intervalo da escola, a gente ia sempre uma na casa da outra, saiamos juntas a noite, conversávamos o dia todo por mensagem e confiávamos uma na outra.
Teve um dia que matamos aula eu ela e mais alguns amigos, fomos para a casa de um amigo mais velho, ficamos um tempo la, rimos bastante, conversávamos sobre como aquilo era loucura e eu via em seus olhos o quão aquilo a assustava e como ela estava adorando quebrar as regras. Não demorou muito para os pais de alguns começarem a ligar para seus celulares e começar a xingar, saímos de la e voltamos correndo para cidade. o celular dela havia tocado e era a mãe dela, ela começou a chorar com medo do que poderia acontecer quando ficasse de frente com sua mãe. E quando eu há vi chorar eu senti minhas pernas tremerem e o medo tomou conta de mim, comecei a pensar o porque a gente tinha feito aquilo e que a culpa era minha. Fiquei com medo da mãe dela não deixar a gente se ver nunca mais. Fomos todos embora com medo.
Nos próximos dias todos nós estávamos rindo da situação e de como era legal quebrar as regras de vez enquanto. Embora tudo tivesse acabado bem, eu tinha sentido tanto medo de nunca mais poder ver ela que eu nunca mais cogitei pensar em fazer aquilo de novo.
Finalmente o final de semana havia chegado, eu não via a hora de poder ver ela e sair com meus amigos a noite. Mandei mensagem para todos perguntando que horas e onde a gente iria se encontrar e como de costume fomos todos para a praça, ficamos la conversando por horas, até que eu dei a brilhante ideia para meus amigos de pular na piscina municipal (invadir seria mais apropriado) e todos acharam loucura e ficaram com medo dos guardas nos pegar. Não demorou muito para que eu deixasse eles falando sozinhos sobre pular ou não e começasse a subir as grandes, ela me olhou como quem queria dizer "você é louca" e então sorriu e foi logo atrás, subi primeiro e segurei sua mão para ajudar a subir no muro e quando olhei ja estavam todos esperando para pular o muro, mesmo que com medo. Acho que todos ali eram viciados na sensação de quando fazíamos algo proibido.
Nós pulamos o muro e fomos em direção a piscina com muita calma para ver se não tinha ninguém la dentro, mas é claro que a maioria estava rindo. Abrimos a grade da piscina e coloquei o pé na aguá para ver a temperatura, estava gelada mas ninguém se importou muito, logo todos começaram a tirar suas roupas e sapatos, jogando as roupas em qualquer canto e todo pularam na piscina. Ficamos la por horas, brincamos de pega pega, desafiamos para ver quem ficava mais tempo sem respirar em baixo d'agua, fizemos competição para ver quem chegava na outra borda mais rápido e teve um momento em que ela começou a chegar mais perto de mim, se segurou em meus ombros e abraçou minha cintura com as pernas, ela estava tão perto de mim, minha respiração acelerou e meu coração quase saiu pela boca. Então ela me disse para que eu andasse com ela na piscina, ficamos um tempo assim e conversando sobre coisas aleatórias. Ela olhou bem no fundo dos meus olhos, sorriu e então se soltou de mim dando um mergulho de costas e foi então que eu percebi que eu estava tão apaixonada por ela que eu faria qualquer coisa para sempre ver aquele sorriso.
Quando eu cai um pouco na real eu percebi que aquilo nunca daria certo entre a gente, nós nem tínhamos ficado, nunca tínhamos cogitado isso e ela sempre deixou claro que gostava de meninos. Coloquei os pés no chão e voltei para a minha realidade.
E então começou a ficar frio e decidimos que já era hora de irmos embora.
Eu cheguei em casa, tomei um banho, me deitei na cama e comecei a brigar comigo mesma dizendo que eu não gostava dela, eu não podia gostar dela e fiquei repetindo varias vezes isso para mim mesma, mas é claro que já era tarde demais, meu coração já era dela e só me restava saber como fazer isso funcionar, quero dizer, como ser amiga de uma pessoa que você ama e que ela não faz a menor ideia disso?
No dia seguinte fomos para a casa do Ronny, o mesmo amigo que fomos quando matamos aula, ele já era maior de idade e morava sozinho. Ele havia chamado eu e ela para irmos la na casa dele passar a tarde e é claro que ele já havia percebido algo, acho que eu não conseguia disfarçar muito bem o que eu sentia por ela.
Eu e ela nos deitamos juntas em um colchão no chão, o Ronny começou a colocar um pouco de fogo para que a gente se beijasse, ela ficou um pouco com medo porque ela nunca havia ficado com nenhuma menina, eu disse pra ela que tudo bem, subi em cima dela e olhei nos seus olhos e disse que se ela não quisesse eu parava, sua respiração ficou mais forte e ela começou a olhar fixamente para minha boca, foi então que eu a beijei e ela não quis parar.
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itscorso · 2 years
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Reencontro
Estava frio naquele dia, o sol já havia sido engolido quase todo pelas montanhas a oeste dali, algumas estrelas já começavam a brilhar no céu, o canto dos pássaros ia diminuindo e a brisa do vento ficava cada vez mais fria.
Eu havia resolvido sentar no ponto mais alto da cidade naquele dia para pensar um pouco, até por que, aconteceram tantas coisas em um prazo tão curto de tempo que eu ainda estava desorientada.
Estendi meu moletom sobre a grama e me deitei sobre ele, fixei meu olhar para o céu e em poucos segundos minha mente já havia sido consumida pelas lembranças. Comecei a me questionar sobre os acontecimentos e sobre a vida, me questionei sobre tantas coisas que eu já nem sabia mais quais as respostas queria ouvir e nem sabia se existiam respostas.
Quando me concentrei novamente no momento em que eu me encontrava, percebi que alguém se aproximava em um ritmo bem calmo e com passos suaves. Só podia ser uma pessoa.
Me sentei sobre a grama e olhei para trás, não podia ser ninguém além dela.
Escuto lá de longe:
- Hey.
Ela estava linda como sempre, já fazia um tempo que eu não à via. Quando ela se aproximou mais eu pude ver de perto que seus olhos brilhavam ao me ver, seu sorriso era de longe o mais bonito do mundo para mim. Eu quase não consegui conter tamanha felicidade em meu peito, meu coração se aqueceu e o sorriso brotou em meu rosto sem eu nem perceber.
- Oi. - Eu respondi. - Não esperava ver você, ainda mais por aqui... mas fico feliz que veio.
- Estão preocupados com você. Sua mãe disse que não deu notícias o dia todo, você deveria pelo menos ter mandado uma mensagem avisado que não iria voltar para a casa depois do serviço.
Eu me senti uma idiota por ter causado aquela situação, não queria ter preocupado ninguém.
- Eu não estou muito bem, nem peguei o celular hoje.
- Tudo bem, não foi para isso que vim aqui.
O silêncio tomou conta por alguns minutos e eu percebi que sua respiração tinha ficado mais ofegante, seu coração parecia que queria sair do peito e então ela desviou o olhar de mim e com a voz trêmula ela disse;
- Senti saudades.
Eu congelei naquele momento e tudo em minha volta girava em câmera lenta. Sem pensar duas vezes e com o coração quase saindo pela boca eu disse;
- Eu também senti a sua.
Eu pude perceber em seu olhar o quão feliz ela havia ficado por saber que eu a correspondia.
Tudo naquele momento estava confuso, afinal, já fazia tanto tempo desde que eu à vi pela última vez.
Ela sentou do meu lado, deitando sua cabeça sobre meu ombro e trançando os braços nos meus.
Tudo parecia fazer sentido naquele momento e por alguns minutos eu havia me esquecido do por que de estar ali.
Eu realmente não esperava vê-la tão cedo, não depois de tudo o que aconteceu entre a gente.
Algumas coisas não precisam de explicações para fazer sentido, apenas precisamos nos permitir sentir….
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itscorso · 2 years
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Quando acordei
Era domingo de manhã, abri os olhos e vi os primeiros raios do sol atravessando as pequenas frestas da janela, a poeira marcada na luz que entrava e o som dos pássaros que também estavam começando o seu dia.
Me sentei na beirada na cama, coloquei minhas pantufas e caminhei até o banheiro. Parei em frete a pia, apoei minhas mãos e ainda de cabeça baixa eu só conseguia desejar que eu não tivesse acordado.
Tomei meu banho, escovei meus dentes e me sentei na sala, se é que eu poderia chamar aquilo de sala. Era apenas um cômodo vazio, com um colchão no chão e várias pilhas de roupas espalhadas por lá.
Coloquei uma música no celular, me deitei no chão e lá fiquei por horas olhando o teto e questionando a minha miserável existência.
Decidi que aquele seria meu último dia de angústia.
Me levantei e fui em direção a sacada, peguei uma corda, amarrei nas grades da janela e enquanto caminhava em direção ao abismo, eu ia envolvendo a corda em meu pescoço. Não fiz questão de deixar nenhuma carta, nenhuma explicação, nenhum adeus...
Aqueles eram meus últimos passos, o início do meu fim. Aquele seria meu momento de glória. Toda a dor que eu sentia, iria desaparecer.
Me posicionei na ponta, fechei meus olhos e respirei fundo. Em um ato de coragem, me joguei.
Eu sentia o fluxo do sangue se perdendo, a pressão se acumulando e a adrenalina que corria dentro de mim se perdendo. De repente tudo ficou calmo e então o fim.
Ou seria o começo da paz que eu sempre procurei?
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