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#a vida mentirosa dos adultos
therefugeofbooks · 11 months
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Last year I read The Neapolitan Novels, and I loved all four volumes. Now I’m starting The Lying Life of Adults with high expectations.
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brooklynsawmme · 1 year
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2. a vida mentirosa dos adultos - Elena Ferrante
“O que se passava, afinal, no mundo dos adultos, na cabeça de pessoas extremamente racionais, em seus corpos carregados de saber? O que os reduzia a animais dentre os menos confiáveis, piores do que os répteis?”
avaliação: ★★★★☆ ‎½
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docs-boy · 4 months
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Todos estão em balneário quer dizer, o país inteiro. Eu lembro o dia em que conheci aquele lugar pela primeira vez, parecia um sonho. Eu entendo o porque eles vão, é verão, férias, as pessoas querem estar perto de coisas e pessoas bonitas. Eu queria ter um carro, eu iria dirigir até o balneário só para estar lá, eu iria sozinho mesmo e tenho certeza que durante o caminho iria me sentir livre, mas eu não tenho um carro, uma habilitação, capacidade, vontade, só tenho lembranças bonitas daquele lugar bonito.
Eu bebo as palavras e elas me entorpecem.
Sinto falta das minhas crianças, de cuidar delas, de ensinar elas, de ser amado por elas. Sinto falta de dar aulas, é tudo o que eu quero fazer na vida, aprender, escrever e ensinar. Elas são tão inocentes… Quando estou com as crianças estou mais perto de mim, da criança que eu fui, da infância que eu tive, a escola para mim era a segunda casa. A escola para mim hoje continua sendo uma casa mas nela o adulto que está ali sou eu. Tenho responsabilidades, tenho compromissos, tenho um trabalho, tenho um motivo e mais do que isso, tenho uma missão. Estou sozinho mas quando estou lá tenho muitos filhos.
Quando eu era uma criança eu costumava amar esse clima de final de ano, era uma magia, uma felicidade genuina, não consigo explicar, eu não tinha mais nada além dessa sensação de bem estar. Hoje tudo isso me dá crises de ansiedade, eu fico passando mal, fico observando as pessoas e não acredito mais nelas, no que elas querem mostrar ou ser. É uma felicidade mentirosa, traíçoeira, eu não aguento, eu me recolho. Eu costumava amar também o verão, o calor, a praia, o cheiro de protetor solar para mim era o cheiro da felicidade. Hoje tudo isso me trás dor, mas durante a virada vou estar lá, mesmo que adulto, mesmo que sozinho, quero assistir os fogos explodir no ar.
Quando uma estrela morre e ela explodir em luz e se perpetua na eternidade, da luz viemos e para luz voltaremos.
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cestodepapel · 7 months
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Família, a 1ª Prisão do Ser Humano.
Alguns conhecidos, principalmente se forem familiares, não vão gostar desse texto. Fodam-se-eles, possuem Zero Moral pra julgar o que eu escrevo. O título desse texto passa longe de ser simplesmente minha opinião. É um fato constatado ao observar o mundo que me rodeia desde que nasci. Tudo o que eu vivi e aprendi ao longo dos anos deixaram a certeza de que a Família é a primeira violação do livre-arbítrio na vida de qualquer pessoa.
Ouvi muito a expressão de que "Os pais criam os filhos para o mundo". E isso é uma puta de uma mentira, dita por gente mentirosa e que não assume a real responsabilidade de colocar gente no mundo e os deixa à própria mercê. Essa lorota de criar os filhos para o mundo não passa de uma auto-justificativa para os vários abandonos que cometeu e que se recusam a admitir. Os filhos já são do mundo, mas cabe aos pais ajudá-los a terem condições de enfrentar o mundo (a maioria passa longe disso).
Não precisa ser pai ou mãe ausente para abandonar os filhos. Basta não estar lá quando os filhos precisarem. Mas não vim falar de abandonos (o que ocorre em todas as famílias em maior ou menor escala). Vim falar de prisões e de como a família é a primeira violação da autonomia das pessoas. Como eu não me dou ao direito de falar pela boca dos outros, vou citar minha própria família como argumento pra isso.
Logo quando eu era pequeno, meus pais se separaram. Minha mãe veio de uma família estruturada, porém meu pai era pobre e veio de uma família caótica e tão conflituosa quanto a da minha mãe (talvez até mais pesada nesse sentido). A família da minha mãe (avô, avó e tios) sempre tiveram preconceito contra o meu pai e o enxergavam vagabundo/preguiçoso/malandro/cabra safado. A ironia é que meu pai chegou a construir um 1º andar na casa dele com as próprias mãos, então esses adjetivos que atrelavam a ele mostra como a família da minha mãe enxergava as pessoas pobres.
Depois da separação, meu pai não foi realmente muito presente na criação minha e do meu irmão. Como eu era o mais velho, o peso dessa ausência caía mais em mim. Porque era eu quem sempre era comparado (de maneira negativa) ao meu pai. E desde a infância eu era tido como o capeta/treloso/endiabrado/desobediente da família. Por não ter o meu pai presente, boa parte da nossa educação ficava a cargo de outras pessoas além da minha mãe. E geral se sentia no direito de tentar ter autoridade sobre mim. Por não aceitar essas autoridades autoimpostas, pintavam minha imagem de rebelde/vilão/insolente/mal-educado/etc.
Minha família sempre estimulou o conflito e a competição, o que é normal em muitas famílias. Fora os absurdos dos anos 90, a violência em vários graus esteve presente na minha infância. As punições dos adultos quando a gente fazia algo que desagradava eram muitas vezes manifestações de violência: Beliscão, tapa, cinturão, chinelada e afins (quando não envolviam coisas como apanhar de cipó de alguma árvore) eram castigos considerados normais e aceitáveis na época (muita gente vai se identificar com isso).
Falando de conflito, coisas como: "Quem chegar por último é a mulher do Padre" (piada com pedofilia... enfim, anos 90) ou "Tu é um homem ou um Prato de Papa?" recheiam minhas memórias de infância. Falavam isso para qualquer criança que ficasse pra trás numa corrida ou que não estivesse disposto a fazer algo geralmente cansativo ou que exigisse alto grau de esforço. Por um lado tinha o estímulo ao desenvolvimento do indivíduo, mas por outro havia muita opressão e intimidação. O famoso Machismo do qual os homens também são vítimas que muito se fala hoje em dia, antigamente questionar isso era sinônimo de frescura/viadagem.
Derivado dessa expressão "Tu é um Homem ou um Prato de Papa?" foi cunhado na nossa família o termo/título/alcunha/classificação/adjetivo de Papinha. Então "Quem chegar por último é o papinha!" ou "Quem não fizer pelo menos 10 flexões é o Papinha!" entre outras virou uma gíria entre os moleques. Isso foi levado adiante ao ponto de que Todo Ano as Crianças faziam uma reunião retrospectiva para eleger entre si quem foi o Papinha do ano. Pra quem não digeriu ainda essa ideia, o Papinha era equivalente ao Otário/Donzelo/Estilão/Chorão/Molenga/Babaca/Trouxa/etc. E Todos os Anos as crianças da família se reuniam para escolher o Papinha do Ano. Era esse o nível da família, só pra deixar bem claro. Fora outras coisas que não serão citadas.
Desde que eu era criança sempre fui muito inteligente. Aprendi a ler quando fiz 4 anos e pulei a alfabetização direto para a 1ª série. Depois me fizeram repetir a 1ª série para eu ficar com a mesma idade dos meus colegas, o que me transformou no CDF da sala e iniciou uma fase que sofri Bullying até a 8ª série (mesmo mudando de escola). Eu cheguei a reclamar na diretoria algumas vezes e tanto a escola como a família ignorou/desprezou meus apelos e nada fez durante todo esse tempo (isso me tornou raivoso e vingativo, o que sou até hoje e não abro mão disso).
Na 8ª série, dei fim ao Bullying quando um colega depois de um jogo de futebol na casa de outro colega me deu um tapa na cara por achar que eu tava favorecendo o outro time (Zorrinha: 1 Goleiro defendendo a única barra contra 2 times). Mandei ele tomar no cu e recebi um tapa na cara: Percebi nesse momento que se eu deixasse passar esse tapa, eu sofreria ainda mais e todo mundo na escola iria achar que era de boa dar tapa na minha cara. Minha vista ficou vermelha, antes que o colega tirasse a mão do meu rosto, avancei nele, agarrei seu pescoço com a mão direita, ergui ele do chão no impulso e Estourei ele com toda a força fazendo-o cair de costas, perder o ar e ficar com a cara roxa. Depois ameacei ele de morte e fui para casa, era uma sexta-feira. Na segunda, ao chegar na escola, olhei para o bando e todos eles com a maior educação do mundo e uma pitada de medo me deram um respeitoso bom dia. Sim, infelizmente precisei praticar um ato de Extrema Violência e Ameaçar uma pessoa de Morte para dar fim ao Bullying (pra não virar um saco de pancadas).
Minha família (poucas pessoas) só vieram saber disso anos depois, quando eu já estava na faculdade. A verdade é que, embora muita gente quisesse ter autoridade sobre mim e me oprimir por ser da família e "querer o melhor pra mim", quando eu mais precisei (durante 6 anos) não fizeram nada para que eu tivesse uma vida escolar menos desagradável. Até hoje, a imagem do meu irmão é pintada como a de um anjinho barroco enquanto a minha é a de demônio (ainda que em termos de generosidade e de poder contar eu é quem dou a maior força à família hoje em dia).
Mesmo ele tendo melhores condições financeiras, se colocar na ponta do lápis, eu colaboro mais que ele. Se for calcular isso em proporção ao que a pessoa ganha mensalmente, eu sou um Santo da Generosidade enquanto ele é um Tio Patinhas da Avareza. Recentemente minha mãe se mudou da casa que era do meu avô por não suportar a convivência com a minha tia (que estava surtando por qualquer besteira). Minha tia, no meio do surto, difamou eu e minha mãe para o meu irmão. Como meu irmão é um imbecil privilegiado que a família não jogou o chorume em cima dele ao longo da vida, não entendeu direito (até porque minha tia não foi muito clara) julgou que eu era um escroto e sei lá o quê e sem me perguntar nada me bloqueou dos seus contatos e hoje em dia "não quer nem olhar na minha cara".
Hoje em dia tem gente da família me odiando por causa da difamação que minha tia (que sempre foi fofoqueira e envenena todo mundo) fez quando estava surtada de maneira confusa (se referindo a um surto da minha mãe). Enquanto tudo isso acontecia, ferrei meu orçamento ajudando na mudança da minha mãe e trocando uma privada que vazava água há mais de 2 anos na casa do meu avô enquanto aturava a minha tia surtando (mais leve, agora que mainha não mora mais conosco). E assim sigo minha vida tentando (sem conseguir) juntar dinheiro para comprar minha própria casa e não ter mais ninguém me enchendo o saco.
Quanto ao meu irmão, estou cagando. Ele sempre usufruiu dos privilégios que só existiam porque eu pagava o preço na família. Quem se deixou levar por uma difamação da surtada e cortou relações sem falar comigo (até pra ter um entendimento maior e tirar as próprias conclusões) foi ele. Quem lê esse blog sabe que eu não tenho medo de solidão, porque isso foi algo que me acompanhou a vida toda. Mesmo se ele me difamar para meus amigos, que também são amigos dele, aliás muitos amigos que ele tem chegaram nele através de mim... mesmo se ele queimar minhas relações com essas pessoas (caso esses amigos se deixem levar como ele se deixou), eu estou num ponto da minha vida em que isso não vai me abalar. Pois a solidão sempre esteve ao meu lado e ninguém tem a capacidade de aumentá-la com sua estupidez.
Então, minha gente, família é uma prisão que te abandona quando você precisa e te sufoca quando você tenta ser você mesmo. A família quer te controlar, mas numa situação que você precisa do apoio, te rejeita, te nega e te despreza. Muitas vezes quer te fazer sentir culpa por estar numa situação que às vezes nem foi você que provocou. Então lute suas batalhas e não contem com ninguém a princípio. Assim você saberá quem da sua família te enxerga de verdade e quem são realmente seus amigos. Se liberte de tudo isso e seja você mesmo. Faça as coisas do seu jeito, que assim você não se sentirá um idiota por se importar com os outros. Abrace seu egoísmo e faça algo por si próprio: Porque se a solidão já te acompanha, você não tem nada a perder quando for abandonado.
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boomgers · 1 year
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A veces se dicen ciertas mentiras para proteger a quienes amas… “La Vida Mentirosa De Los Adultos”
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La serie narra un retrato poderoso y único de la transición de Giovanna de la niñez a la adolescencia durante la década de 1990.
En busca de sí misma, la joven se debate entre dos facetas consanguíneas de Nápoles que se temen y se odian: el Nápoles de las alturas, con su máscara elegante, y el de los barrios bajos, excesivo e insignificante.
Así también Giovanna oscila entre lo alto y lo bajo, sorprendida de que esta ciudad de dos caras no ofrezca ninguna respuesta ni escape.
Estreno: 4 de enero de 2022 en Netflix.
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Basada en la última novela de Elena Ferrante, la serie cuenta con las actuaciones de Giordana Marengo, Valeria Golino, Alessandro Preziosi, Pina Turco, Rossella Gamba, Azzurra Mennella, Raffaella Rea, Biagio Forestieri, Susy Del Giudice, Giuseppe Brunetti, Maria Vera Ratti, Gianluca Spagnoli, Adriano Pantaleo y Giovanni Buselli.
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Publicado em 2002, I Giorni dell'Abbandono é um romance da aclamada escritora italiana Elena Ferrante que tem como argumento principal o fim de um relacionamento. No entanto, essa não é simplesmente uma história sobre um casal que não deu certo – é a história de uma mulher abruptamente abandonada pelo marido que vê toda a estrutura sobre a qual tinha construído sua vida ruir.
Olga é uma mulher de trinta e tantos anos, mãe de duas crianças, dona de casa e escritora de sucesso moderado. Se casara com Mario e passara a acompanhá-lo pelo mundo enquanto ele se dedicava a sua carreira de engenheiro. A um certo ponto, a família decidiu estabelecer-se na cidade de Turim, onde passaram a conviver com uma colega de Mario e sua filha adolescente. Olga, que narra o livro em primeira pessoa, nos conta que esse foi o momento em que o primeiro conflito sério no relacionamento surgiu, causado por uma atração entre Mario e a adolescente. Contudo, tudo logo se resolveu por meio de uma conversa entre o casal e uma decisão de cortar relações com mãe e filha.
Dessa forma, quando o marido anunciou anos depois que queria deixá-la, Olga foi pega de surpresa. Eram um casal feliz, sem grandes conflitos, com um relacionamento estável e sossegado. Aquele anúncio veio sem nenhum tipo de contenda prévia que o justificasse, e tão rápido quanto ele foi a partida de Mario, que retirou-se na mesma noite, sem oferecer explicações ou sequer um telefone de contato. Olga se viu de repente transformada em uma mulher abandonada com seus dois filhos pequenos.
Aquele choque tirou a mulher de seu eixo. Tudo o que havia de palpável na sua vida, os alicerces mais básicos da sua existência, começaram a perder seus contornos. A própria identidade de Olga enquanto ser humano (e enquanto mulher) parecia se dissolver. Ela passa, então, a vasculhar obsessivamente o seu passado, buscando encontrar um motivo para aquilo que lhe ocorrera, procurando algo que colocasse ordem no caos em que se vira presa da noite para o dia.
A confusão interna e psicológica somada à pressão externa e concreta de adaptar a sua realidade àquela mudança brusca fazem com que Olga comece a perder o controle de sua vida. Ela traça paralelos entre si e uma mulher da vizinhança de sua infância que, também abandonada pelo marido, enlouqueceu e suicidou-se; passa a questionar se, nesses 15 anos de relacionamento, estivera apenas interpretando um papel, sem ao menos dar-se conta disso, e não consegue mais saber quem é; passa a ter atitudes agressivas e pensamentos violentos e perturbadores; começa até mesmo a negligenciar os filhos.
Essa crise existencial chega ao seu estopim em um dia em que Olga se vê em uma situação claustrofóbica digna de um thriller psicológico. A narração de Elena Ferrante faz com que o leitor sinta todo o sufocamento e a ansiedade da protagonista, além de incitar uma forte curiosidade a respeito de seu destino e de como sairá daquela situação. Esse acaba por ser um ponto de virada na vida pós-abandono de Olga.
I Giorni dell'Abbandono é um bom livro, de escrita fluida e forte, típica de Elena Ferrante, além de trazer temáticas e elementos muito proeminentes em outras obras da autora. Contudo, devo dizer que, dentre todos os seus livros que li até o momento, este é o que menos gostei. Continua sendo bom, continua sendo Elena Ferrante, mas não achei tão impactante e bem desenvolvido quanto a tetralogia napolitana e A Vida Mentirosa dos Adultos. Tive alguns problemas com a escrita, que em alguns momentos me pareceu confusa, o que de início atribuí à minha falta de familiaridade com o italiano, uma língua que ainda estou aprendendo. No entanto, ao consultar a tradução para o português, também encontrei esse problema ali. Em geral, achei o texto não tão bem-acabado e maduro quanto os outros da autora, apesar de apresentar alguns momentos de particular força e beleza.
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lamplitpages · 1 year
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I Giorni dell'Abbandono (Dias de Abandono) de Elena Ferrante
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Publicado em 2002, I Giorni dell'Abbandono é um romance da aclamada escritora italiana Elena Ferrante que tem como argumento principal o fim de um relacionamento. No entanto, essa não é simplesmente uma história sobre um casal que não deu certo – é a história de uma mulher abruptamente abandonada pelo marido que vê toda a estrutura sobre a qual tinha construído sua vida ruir.
Olga é uma mulher de trinta e tantos anos, mãe de duas crianças, dona de casa e escritora de sucesso moderado. Se casara com Mario e passara a acompanhá-lo pelo mundo enquanto ele se dedicava a sua carreira de engenheiro. A um certo ponto, a família decidiu estabelecer-se na cidade de Turim, onde passaram a conviver com uma colega de Mario e sua filha adolescente. Olga, que narra o livro em primeira pessoa, nos conta que esse foi o momento em que o primeiro conflito sério no relacionamento surgiu, causado por uma atração entre Mario e a adolescente. Contudo, tudo logo se resolveu por meio de uma conversa entre o casal e uma decisão de cortar relações com mãe e filha.
Dessa forma, quando o marido anunciou anos depois que queria deixá-la, Olga foi pega de surpresa. Eram um casal feliz, sem grandes conflitos, com um relacionamento estável e sossegado. Aquele anúncio veio sem nenhum tipo de contenda prévia que o justificasse, e tão rápido quanto ele foi a partida de Mario, que retirou-se na mesma noite, sem oferecer explicações ou sequer um telefone de contato. Olga se viu de repente transformada em uma mulher abandonada com seus dois filhos pequenos.
Aquele choque tirou a mulher de seu eixo. Tudo o que havia de palpável na sua vida, os alicerces mais básicos da sua existência, começaram a perder seus contornos. A própria identidade de Olga enquanto ser humano (e enquanto mulher) parecia se dissolver. Ela passa, então, a vasculhar obsessivamente o seu passado, buscando encontrar um motivo para aquilo que lhe ocorrera, procurando algo que colocasse ordem no caos em que se vira presa da noite para o dia.
A confusão interna e psicológica somada à pressão externa e concreta de adaptar a sua realidade àquela mudança brusca fazem com que Olga comece a perder o controle de sua vida. Ela traça paralelos entre si e uma mulher da vizinhança de sua infância que, também abandonada pelo marido, enlouqueceu e suicidou-se; passa a questionar se, nesses 15 anos de relacionamento, estivera apenas interpretando um papel, sem ao menos dar-se conta disso, e não consegue mais saber quem é; passa a ter atitudes agressivas e pensamentos violentos e perturbadores; começa até mesmo a negligenciar os filhos.
Essa crise existencial chega ao seu estopim em um dia em que Olga se vê em uma situação claustrofóbica digna de um thriller psicológico. A narração de Elena Ferrante faz com que o leitor sinta todo o sufocamento e a ansiedade da protagonista, além de incitar uma forte curiosidade a respeito de seu destino e de como sairá daquela situação. Esse acaba por ser um ponto de virada na vida pós-abandono de Olga.
I Giorni dell'Abbandono é um bom livro, de escrita fluida e forte, típica de Elena Ferrante, além de trazer temáticas e elementos muito proeminentes em outras obras da autora. Contudo, devo dizer que, dentre todos os seus livros que li até o momento, este é o que menos gostei. Continua sendo bom, continua sendo Elena Ferrante, mas não achei tão impactante e bem desenvolvido quanto a tetralogia napolitana e A Vida Mentirosa dos Adultos. Tive alguns problemas com a escrita, que em alguns momentos me pareceu confusa, o que de início atribuí à minha falta de familiaridade com o italiano, uma língua que ainda estou aprendendo. No entanto, ao consultar a tradução para o português, também encontrei esse problema ali. Em geral, achei o texto não tão bem-acabado e maduro quanto os outros da autora, apesar de apresentar alguns momentos de particular força e beleza.
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girlblogging9 · 1 year
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Apodrecendo
Eu vou usar uma linguagem bem informal nesse texto porquê assim qualquer um que ler entende melhor,eu tenho estudado alguns casos e presenciado também e a quantidade de abusos e violências contra crianças tem crescido absurdamente no Brasil,a questão é que o judiciário ou melhor chiqueiro de porcos e mercenários estão cagando para isso inclusive pelo fato de que quando a denuncia é realizada em qualquer aspecto referente a abuso a vítima é titulada como "mentirosa e exagerada" e quando o réu possui alguma patente ou $ os mercenários do inferno (juízes) cagam para o crime executado.
Eu sempre digo a qualquer um, estuprador e pedófilo deveriam morrer mas antes serem torturados e quem os defende merece o mesmo fim, principalmente porquê dependendo da gravidade do abuso seja em criança ou adultos você pode desenvolver uma série de doenças inclusive esquizofrenia, principalmente em casos de abuso sexual há inúmeras sequelas que são irreversíveis não apenas na vítima mas no núcleo familiar,todas às áreas são afetadas,então se você defende essas escórias faça um favor a humanidade se jogue de uma ponte.
Na verdade o judiciário brasileiro é uma vergonha em diversos aspectos chega a dar nojo e repulsa em algumas situações, é uma sistema de opressão e abuso que favorece na maioria dos casos canalhas então fazer justiça com às próprias mãos é a única saída em alguns casos e não julgo ou condeno quem faz tal. Meu sonho é decepar a cabeça de cada pedófilo e estuprador, especialmente aqueles que amam assediar crianças e adolescentes e fazem o papel da Virgem Maria inocente na sociedade e usam alguma religião para ter uma imagem puritana e enganar otários,esses tem um lugar especial reservado no inferno.
Sempre digo que a religião é o esconderijo dos canalhas,até porquê muitas delas possuem doutrinas que favorecem o abuso e protegem o abusador em nome de um Deus imaginário criado por eles. Então,muitas deles crêem que o fato de esquentar o banco de um templo aos fins de semana e postar versículos bíblicos ou até mesmo evangelizar e usar o nome de um Deus garante a vida deles no paraíso após a morte e é sinônimo de caráter e bondade quando na verdade são lobos em pele de cordeiro, inclusive convivi e conheço muitos assim.
Eu demorei um bom tempo para recuperar parte da minha saúde depois dos abusos que sofri,não foram meses foram anos e ainda assim tenho sequelas irreversíveis que por enquanto não há o que fazer a não ser trabalhar aspectos para lidar com isso e não podemos descartar que nunca mais seremos o mesmos.
Aliás,se você foi vítima de algo assim não se preocupe você não tem o dever ou obrigação de perdoar monstros que fingem ser humanos e fazem o papel do Diabo na terra,isso não o torna uma pessoa ruim você tem todo o direito de sentir raiva e expor isso sinta-se livre de qualquer rudimento tóxico que diz que você precisa amar e respeitar idiotas,você não deve nada a filhas da puta e se achar necessário soque a cara deles, é libertador (experiência própria),mande a merda.
O que eu sei é que devemos proteger às crianças e esperar isso dos tribunais é em vão, porquê juízes estão interessados em uma única coisa ganhar seu alto salário ao final do mês e a maioria das leis foram criadas por ABUSADORES e favorecem esses excrementos.
Hoje em dia eu aprendi a brigar,lutar e a me proteger então se alguém ousar encostar um dedo em mim ou nos meus eu vou socá-lo até eles urinarem de dor e gritar por misericórdia,não dou a mínima que posso ser processada mas ser tapete de filha da puta nunca mais ou você se defende e da seu grito de guerra ou eles matam você. Eu sei que esse mundo está podre,se você puder evite procriar porquê a decadência grita em cada esquina.
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therefugeofbooks · 10 months
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i dressed up to read one chapter outside and drink a caramel latte
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nerdrabugento · 1 year
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O SÉRIES DO MÊS ESTÁ DE VOLTA! DESCUBRA AS NOVAS SÉRIES DO MÊS DE JANEIRO DE 2023! - NERD RABUGENTO by Nerd Rabugento ÉPICO! DESCUBRA AS NOVAS SÉRIES DO MÊS DE JANEIRO DE 2023! 🤑 Apoie o canal! Manda aquele PIX para [email protected] ENCONTRE AS NOVAS SÉRIES: 00:00 NOVAS SÉRIES DO MÊS DE JANEIRO/2023 00:42 BLACK SNOW 01:21 ROMANTIC GETAWAY 01:46 OLHAS INDISCRETO 02:07 CALEIDOSCÓPIO 02:37 HISTÓRIAS QUASE VERDADEIRAS 03:08 STONEHOUSE 03:37 WILL TTRENT 04:15 MISTÉRIO NO MAR 04:50 A VIDA MENTIROSA DOS ADULTOS 05:27 VELMA 06:08 COPENHAGEN COWBOY 06:46 ANNE RICE'S MAYFAIR WITCHES 07:13 ALERT: MISSING PERSONS UNIT 07:51 KOALA MAN 08:25 MAKANAI 09:11 ThE CHEMISTRY OF DEATH 09:49 THE LAST OF US 10:25 MATERNAL 10:53 NIGHT COURT 11:21 THE FAMILY PILE 11:46 THAT '90s SHOW 12:15 ACCUSED 12:41 EVERYONE ELSE BURNS 13:11 NA LUTA 13:31 NÃO GOSTO DE DIRIGIR 13:54 MILA NO MULTIVERSO 14:34 EXTRAORDINÁRIA 15:05 THE CATCH 15:27 WOLF PACK 16:00 POKER FACE 16:38 LOCKWOOD & CO. 17:03 A GAROTA NA FITA 17:23 FALANDO A REAL 17:57 THE WATCHFUL EYE 18:35 WONG & WINCHESTER #NOVASSERIES #SERIESDOMES #SERIES 👍🏻 CURTA. ✍🏻 COMENTE. 🔔 INSCREVA-SE. ❤️ Gostou desse vídeo? Inscreva-se em nosso canal e ative o sino de notificação para não perder nenhum vídeo novo! https://www.youtube.com/user/NerdRabugento?sub_confirmation=1 O NERD RABUGENTO NÃO DÁ DICA RUIM! Política de Comentários do Canal: I. Ao comentar você concorda e permite que o texto, nome de perfil e imagem de perfil, possam ser eventualmente usados para ilustrar e compor conteúdo em vídeo e postagem aqui deste canal, sem custo ou ônus para o criador; II. Comentários estão sujeitos à moderação do criador do canal e ao sistema automático do YouTube; Os comentários devem ser adequados ao assunto/tema do vídeos/canal. Comentários fora de contexto podem ser excluídos; III. Estas regras são retroativas e se aplicam a quaisquer vídeos que tenham comentários públicos. IV. Se o comentário for excluído (pelo perfil que comentou ou pelo administrador do canal), mas já tiver sido usado e exibido em algum vídeo do canal, o conteúdo em vídeo NÃO será excluído. Conteúdo criado, produzido, dirigido, apresentado e editado por Rodolfo Castrezana. via YouTube https://youtu.be/-_NyCTytWIQ
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portfoliolab1 · 1 year
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aula 11/01 - Contexto, famílias, comunidade e cultura
Essa aula se iniciou com todo mundo compartilhando algo que fez durante o período de recesso e, no meu caso, eu aproveitei esse tempo para descansar e ler A Vida Mentirosa dos Adultos, um livro da Elena Ferrante, uma das minhas autoras favoritas. Percebemos também que o sentimento de culpa por não ser "produtivo" durante o recesso foi algo quase que unânime entre os estudantes, nos fazendo refletir sobre a pressão que sentimos para usar cada momento livre para fazer coisas relacionadas a faculdade e/ou trabalho.
Também levei fotos com meu avô e minha mãe e, para o produto das minhas férias, fiz uma colagem que retratasse o sítio dos meus avós, um local onde passei grande parte da minha infância e que me traz muitas memórias boas do que significa família.
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memori4s-p0eticas · 1 year
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monotonia.
Toda manhã era a mesma coisa, era de prache. A rotina monótona do tocar do despertador me deixava descompensada logo pelas sete e eu me arrastava da cama despreparada pra qualquer pancada que viria ao longo do dia. Mas ontem não... Ontem foi diferente.
Na noite anterior eu tinha tomado um porre ou dois enquanto ouvia qualquer melancolia na rádio que está sintonizada há uns 2 meses. Tudo isso na lamentável expectativa de tentar apagar pelo menos um terço da minha memória. É claro que, como esperado, não funcionou. A única coisa que consegui da noite passada, foi uma ressaca forte e o som do alarme parecendo um carro de som dentro da minha cabeça.
Toda vez que eu sonho com você, é esse dilema torturante. Rola uma crise que dá vontade de me apagar na base da porrada... Pena que não dá. Confesso que eu ainda não sei lidar com isso, o que é uma droga. Fico com as lembranças reais da vida enroladas com as memórias mentirosas do meu sonho e passo mal... Simplesmente. Meu estômago embrulha como se eu fosse pôr algo pra fora e aí eu choro... Compulsivamente. Te juro, é a maior doideira.
O pior é que não posso nem me culpar por sentir isso, porque no fim das contas, a gente formava uma dupla pra lá de bonita, geral dizia isso. Claro que com os defeitos de qualquer casal jovem adulto, mas era bom. Bom até demais. Eu adorava ser acordada por você no meio dos filmes que eu enchi o seu saco pra assistirmos e também de ouvir as suas piadas ruins de fim de festa. Apesar de serem sem graça, eu ria de todas... Vai entender. Mas aí um dia, você foi embora, sem mais nem menos. Conheceu uma pessoa que parecia te completar melhor e ficamos só eu e o gato que sempre pareceu gostar mais de você do que de mim.
A parte boa, é que agora parece que ele começou a curtir genuinamente a minha companhia. Não sei se isso é fruto de saudades suas ou apenas ele aprendeu a conviver em dois, mas é bom ter ele por perto... Faz eu me sentir menos só, principalmente nesses dias difíceis.
Na sinceridade, eu não esperava que isso fosse durar por tanto tempo. Mas é inevitável, vez ou outra eu vejo algum filme de romance — que na maioria das vezes eu nem termino — ou ouço alguma música que você gostava e já fico pra baixo. Isso quando não vêm algum vizinho infeliz me perguntar de você depois de meses sem você aparecer. Pior do que isso, só quando ficam cochichando sobre isso no elevador do prédio como se eu não estivesse ouvindo nada do que eles dizem. É realmente patético.
E eu tento fingir que não me importo. Normalmente dou de ombros e digo que foi melhor assim e que está tudo certo. É óbvio que ninguém acredita nessa grandiosa besteira, nem mesmo o gato. No fim das contas, as pessoas sabem que eu estou sofrendo, por mais que eu lute pra esconder isso. E pra falar a verdade, me espanta o quanto eu me esforço pra levar essa mentira adiante. Tudo isso pra no fim da tarde eu voltar pro apartamento e perceber que nem mesmo eu acredito nas coisas que eu falo.
Contra a minha vontade, eu desliguei o despertador e rolei pra fora da cama. Meu corpo parecia pesar uns 20kg a mais de tão indisposta que eu estava. Nunca mais eu faço a loucura de forçar uma amnésia às onze horas do domingo... Tá me custando caro demais e nem sei se você realmente vale a dor de cabeça que eu tô.
Pensar em você nunca é uma escolha, mas toda vez que acontece, dói de um jeito que eu não consigo fazer parar. E toda vez parece a primeira e a primeira parece sempre a pior. Além de doer, isso me frustra. Quer dizer, você — unicamente você — decidiu partir sem sequer se perguntar como eu me sentia e agora eu é quem fico carregando o fardo de ter que explicar uma decisão que nem foi minha? Sério, mas que... porra. E o pior, eu ainda minto. Minto pra mim, pras pessoas, pro gato, como se isso fizesse alguma diferença.
Eu já me conformei que o dia de hoje não vai ser nada produtivo, então minhas expectativas estão baixíssimas. Mas pelo menos eu já saí da cama, o que é um bom começo tendo em vista as circunstâncias.
Tem uns dois retratos nossos pela casa que eu ainda não consegui encaixotar e umas peças de roupa que você nem se deu ao trabalho de levar com você. E eu, pra variar, ainda nem consegui dar ou jogar fora. Estão lá, no mesmo lugar que você esqueceu — ou simplesmente, deixou.
É estúpida a forma como você mexe comigo, mesmo depois de tudo o que aconteceu. E eu ainda tenho essa sensação maluca de que a gente poderia se reencontrar e começar de novo. Fico imaginando o som da porta sendo esmurrada, enquanto você grita que esqueceu as chaves em cima da mesa de novo. E só depois de entrar, diria seu bordão diário: "Oi amor. Você não faz ideia do trânsito que tá lá fora".
Mas vinte segundos de devaneio são o suficiente pra minha ficha cair e eu voltar pro mundo real. A porta continua fechada e o único som que ouço é no andar acima do meu.
É impressionante como me cansa o ato de lembrar de você, mas em contrapartida, eu busco você em qualquer canto da casa, do prédio, da cidade e da vida. Talvez a culpa seja realmente minha por alimentar uma falta que eu nunca mais vou conseguir suprir... Ao menos, não de você. Insisto em deixar permanecer as fotos, as roupas, as saudades, fazendo do meu lar, a maior prisão que existe.
Fico imaginando situações que só existem na minha cabeça, até perceber que de repente foi melhor assim. Mas meia hora depois, lá estou eu, enganando os vizinhos com a minha falsa paz e tranquilidade e dizendo pro gato que está tudo bem.
No fim, essa rotina repetitiva e monótona me cansa mais do que você. Nada disso têm sido fácil pra mim, de fato, mas é ainda pior quando ao pensar na hipótese de afrouxar os nossos laços, eu acabo [estreitando] os [nós]. Dói muito mais desatar, desfazer e deixar ir, mesmo que isso seja pra aliviar e sarar. Você não faz ideia do trânsito que tá aqui dentro do meu coração. Só é uma pena que você nunca vá saber disso, porque dessa vez, você não tem mais as chaves pra entrar.
Se você decidir voltar, pode me chamar e esmurrar a porta, se quiser. Ontem eu tomei uns porres e tô exausta demais pra abrir.
— um dia, a monotonia acaba e esse dia é hoje.
— Gabrielli Elias Martins.
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soycintia · 2 years
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~ iniciando esse perfil junto com um novo livro: A vida mentirosa dos adultos, de Elena Ferrante.
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manjericante · 3 years
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"O que se passava, afinal, no mundo dos adultos, na cabeça de pessoas extremamente racionais, em seus corpos carregados de saber? O que os reduzia a animais dentre os menos confiáveis, piores do que os répteis?"
- Ferrante, E (2019). A Vida Mentirosa dos Adultos.
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intangier · 3 years
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Será que é tão fácil — pensei — morrer justamente na vida das pessoas sem as quais não podemos viver?
— A vida mentirosa dos adultos, Elena Ferrante.
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