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#lua papel de parede
luade1996 · 2 years
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Wallpaper moon aesthetic 🌒
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30/10/22
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ravween · 6 months
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                           𝕯𝖆𝖗𝖐𝖓𝖊𝖘𝖘 𝖆𝖓𝖉 𝖑𝖔𝖓𝖊𝖑𝖎𝖓𝖊𝖘𝖘
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 ʿ ⋆                                      a noite parecia encantada, o céu estava estrelado, um manto de diamantes cintilantes espalhados na imensidão azul. a lua, plena e brilhante, assistia a tudo com seu olhar prateado. ao redor, vozes de alegria se erguiam, e o crepitar das chamas da fogueira enchia o ar de calor e energia; chamas estas que se erguiam tão alto que olhar diretamente era difícil. a noite da festa do equinócio de outono onde a tradição dos pedidos às lanternas tinha sido restaurada depois de tanto tempo sem ser realizada estava surpreendente. raven nunca teve a chance de participar de algo assim, sempre preso na torre nessas datas, olhando para o céu que se enchia com os pequenos balões flutuantes alimentados pela chama laranja. a pintura de rapunzel na parede lhe deixava com o pensamento de que apenas ela entenderia a solidão de observar a imensidão de luzes brilhantes que carregavam desejos e preces das pessoas de norvina. à medida que elas eram acesas, desejos eram sussurrados as chamas e elas eram lançadas ao céu, como mensageiras de esperança e desejos, sendo levadas direto para a estrela.
mas já era o fim da noite quando raven tentou deixar de lado os preconceitos e os receios para pegar uma das lanternas de papel. os olhos de íris âmbar ficaram presos por alguns instantes naquele item tão bobo e simples, não era possível que algo assim pudesse ajudar a realizar desejos, mas no meio do desespero, essa era sua última tentativa. no coração de raven havia uma dor profunda, uma tristeza que parecia crescer a cada dia mas que hoje tinha ganhando um espaço maior e mais profundo. se sentia como um farol solitário em uma ilha deserta, cercado pela escuridão da solidão. tinha experimentado a sensação avassaladora de ser deixado para trás muitas vezes ao longo de sua vida sempre vendo as pessoas entrarem e saírem de sua vida. amigos que prometeram amizade eterna, amores que juraram fidelidade, todos partindo, um por um. embora agora não fosse de fato uma repitação de algo assim com belladonna, raven sentia como se fosse. cada despedida deixava uma ferida mais profunda em seu peito, fazendo-o se questionar se gothel tinha razão com as palavras que dizia enquanto ele crescia.
às vezes, se perguntava se havia algo de errado consigo, algo que repelia as pessoas. sentia que carregava uma solidão densa, uma barreira que ninguém conseguia atravessar e, quando faziam, estavam cansados demais ao ponto de acabar desistindo no meio do caminho. queriam espaço de si, lhe afastavam. seu coração era uma prisão de emoções reprimidas, uma tristeza que nunca se dissipava, que apenas aumentava com o tempo. uma coleção de atritos e decepções. hoje ganhava mais uma.
a cada novo adeus, raven se afundava mais na convicção de que as pessoas eram passageiras. mas hoje, isso ia acabar. deixaria ali naquela lanterna toda agonia e tentaria se agarrar ao fio fino de esperança de que seu desejo se tornaria realidade. se aquela tradição era tão antiga, então devia haver um fundo de verdade nisso. raven se agachou para pegar um pedaço de madeira queimada e desenhar com a parte escura uma pequena estrela para marcar aquela como sua. fechando os olhos por alguns instantes, apenas desejou. que tudo isso passe, que isso saia de mim, que as coisas mudem. eu não quero sentir nada disso. chega.
as palavras foram sussurradas para a chama e então lançou-a no ar, vendo-a subir lentamente para se juntar as outras lanternas. ou ao menos achou que era isso que aconteceria. o ar que antes era ameno e confortável, transformava-se em algo frio, desconfortável de repente. algo incomum acontecia. a chama da grande fogueira mágica, que crepitava em tons de laranja, se apagou abruptamente, como se um sopro gélido do desconhecido a tivesse extinguido. o ar que antes estava preenchido com risos e música se tornou silencioso. as lanternas, que antes haviam subido em um espetáculo de luz e cor, agora flutuavam lentamente para baixo, caindo devagar sem o fogo para as alimentar.
raven perplexo e apreensivo, olhava para o vazio onde a fogueira outrora queimara. e isso piorou com a manifestação do poder do garoto esquisito das visões. a voz grossa e desconhecida, como uma névoa escura, inundava o local em pânico e trazia para si um aumento daqueles sentimentos ruins que antes tentou depositar na lanterna, quase como se trouxesse de volta para seu interior tudo aquilo ainda mais potente. seu desejo não iria se realizar e de quebra, ganhava mais um ponto para se preocupar. seria a hora de que em Tremerra? o fim? de quem era aquela voz? aquela energia que pairava no ar? podia sentir o gosto de ferro na boca, o gosto de lama pesada de tão forte a energia se espalhava pelo lugar. seus poderes não se descontrolavam por causa das luvas mágicas, mas era quase como se nem as usasse naquele momento, como se pudesse sugar a energia de tudo a sua volta.
foi a água em seus pés que lhe tirou daquela agonia interna, passou então a ouvir os gritos de desespero e pânico dos colegas ao seu redor. o garoto estava morto, derin parecia desolada e bree certamente era a autora de tanta água quehe trazia de volta à realidade. merda. a lanterna que antes tinha jogado ao céu agora estava ainda bem a sua frente a estrela desenhada no papel dava-lhe a certeza de que era a sua. sequer tinha chegado a subir tão alto. tudo o que tentava fazer era minado e destruído. o ovo virando pedra tinha sido um mau agouro ou apenas um sinal de que gothel tinha mesmo razão? ele trazia dor e desespero. ele era jabez. era assim que devia ser tratado. via isso agora.
personagens citados: @bolladonnas @justabreezz @devillvesteprada
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robertapimenta · 9 months
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O mundo que me cabe
Eu carrego o mundo onde não cabe nos meus sonhos. Carrego as doçuras, mas também as indecisões. Carrego alegrias que se misturam com as dores. E é disso que minha vida é feita, de tudo e mais um pouco e eu me esbaldo nestas coisas e fico tecendo uma colcha que me defina.
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Tenho uma alma criança e vou continuar assim. Gosto de abraços apertados, sentir a alegria por completo, inventar o mundo, reinventar amores, misturar os sonhos em realidade. Gosto de tudo ao meu modo e assim reinvento e costuro todos os meus pensamentos. O simples me fascina, o difícil me aborrece. Para mim o mundo é enorme e não entendo como as coisas envelhecem e o planeta gira e o amor daqui é igual em todo lugar.
Bom, entender eu até entendo, mas algumas coisas eu acho complicadas demais, por exemplo: como pode o mar ser tão grande, o mundo ser colorido e o sol aparecer justamente quando a lua vai embora? Quem inventou a saudade? Como se faz para tocar a alma? Tem coisas que para mim precisam ter explicações, mas também se não tiverem vou continuar tentando entender. Tenho um coração maior do que eu, maior que meus sonhos. Parece que ele mesmo nem cabe em mim. Nunca sei a altura de minha risada quando estou feliz nem o tamanho de meus sonhos. E por falar em sonhos, sonhos pra mim é aquilo que vou realizar quando eu rabiscar meus desejos no papel e eles saírem correndo direto para meu coração. E olha que tenho muitos sonhos que rabisco, leio, releio, prego na parede para eu olhar todos os dias e lembrar que ali estão os meus desejos mais secretos. (Ita Portugal--)
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linyarguilera · 1 year
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Óptica Geométrica
Introdução
         Ondas luminosas originam-se das oscilações eletromagnéticas, ou seja, formadas por um campo elétrico e um magnético, mas quando se comporta como partícula é um efeito fotoelétrico, ambos os fenômenos podem acontecer no mesmo instante. A luz se propaga no vácuo em velocidade máxima de aproximadamente 299.792.458 m/s (3X10*8) no vácuo, podendo sofrer alteração na velocidade dependendo do meio de propagação.
         Sendo os fenômenos de ondas luminosas objeto de estudo da óptica geométrica.
A natureza da luz
        Existem faixas do espectro da luz visível ao olho humano, e faixas não visíveis, bem como fenômenos observáveis e não observáveis pela óptica natural humana.
         Para a física, a luz ao olho nu humano é apenas a radiação eletromagnética contida na estreita faixa de freqüência visível, além dessa faixa há outras intensidades luminosas como rádio, micro-ondas, entre outra, não visualizada em escala ocular alcançável pelo ser humano.
Representação gráfica do espectro da luz:
  Tratando-se da natureza da luz faz-se possível a observação da representação de raio de luz; feixe de luz; meios de propagação da luz e suas fontes de luminosidade.
Raio de luz: o raio de luz é a representação geométrica da trajetória da luz, podendo ser retilínea ou curvilínea, estando especificadas em representações divergentes; convergentes e paralelas.
Representações gráficas:
Feixe de luz: é composto por vários raios de luz, todos com mesma orientação, podendo ser classificado como cônicos convergentes quando os raios de luz atingem um único ponto; cônicos divergentes quando os raios luminosos saem de um único ponto; e cilíndricos quando os raios de luz são paralelos entre si.
Representações gráficas:
         Meios de propagação da luz: a luz pode se propagar por vários meios, pois é uma onda eletromagnética.
As ondas luminosas podem atravessar por meios transparentes, possibilitando uma visualização completa dos objetos, como por exemplo, as lentes dos óculos de grau para correção da refração em míopes, portadores de astigmatismo, ou mesmo de um vidro de uma vitrine.
É possível que as ondas eletromagnéticas passem em parte por meios translúcidos, não permitindo visualização total do objeto, apenas algo um pouco “embaçado”, como por exemplo, vidros foscos ou papel manteiga.
Outro meio de propagação da luz é o opaco, esse por sua vez não permite a passagem de luz, portanto não é possível ver objeto através deles por meios normais da óptica natural humana, ou de qualquer outro animal, como exemplos de objetos opacos existem as portas de ferro, parede de concreto, roupas, etc.
Fontes de luz: são corpos visíveis que emitem ou refletem luz, a maioria da luz vista pelo ser humano é refletida, ou seja, corpos de fonte secundária ou iluminado como a Lua ou o livro.  Outro tipo de fonte é de luz primária ou fonte de luz própria, exemplos é o Sol em estado de plasma (quarto estado da matéria) e fusão nuclear, ou mesmo fogueias que emitem calor em forma de combustão de madeiras, entre outros. Ainda é possível classificar a fonte de luz quando se despreza suas dimensões em relação ao meio envolvente classifica-se em pontual ou puntiforme, citando como exemplo a chama de uma vela em combustão e emissão de calor. Quando se faz necessário a observação das dimensões da fonte de luz a mesma é classificada como extensa, como por exemplo, uma lâmpada fluorescente, ou mesmo o próprio sol.
Princípios da óptica geométrica
1º) Princípio da propagação retilínea:  em meios homogêneos a luz se propaga em linha reta.
2º) Princípio de reversibilidade:  a trajetória não depende do sentido de propagação.
3º) Princípio da independência dos raios de luz: cada raio de luz se propaga independentemente dos demais.
Eclipse
A partir do princípio da propagação retilínea a luz é possível observar os fenômenos de sombra e penumbra.
Representação gráfica da sombra e da penumbra:
Só as fontes pontuais de luz geram sombra. As fontes extensas, como o Sol, geram a sombra e penumbra, fenômeno que permite compreender as fases lunares bem como os eclipses.
Representação gráfica das fases da Lua:
Eclipse solar: ocorre quando a Terra entra na sombra da Lua, ou seja, quando a Lua se alinha entre a Terra e o Sol,sendo possível apenas na Lua em fase Nova.
Eclipse lunar: ocorre quando a Lua entra na sombra da Terra, ou seja, quando a Terra se alinha entre o Sol e a Lua e a Lua encobrindo total ou parcialmente a Lua. Esse tipo de eclipse só é possível quando a Lua está na fase cheia.
Observações:
            Os eclipses da Lua são vistos de todos os lugares Terra de onde se vê a Lua durante a ocorrência de eclipse; são totais quando ela passa inteiramente pela região de sombra e parciais quando a Lua passa parcialmente por essa região.
            O eclipse do Sol, no entanto, depende da região que a Terra atravessa na ocasião do eclipse. Ele será parcial quando a Terra passar apenas pela região de penumbra da Lua e total quando a Terra passar também pela região da sobra.
         Faz-se importante ressaltar que, a forma como esses eclipses são vistos dependerá da localização do espectador.
Câmara escura de orifício
         Para comprovar que é válido o princípio da propagação retilínea da luz existe a câmara escura de orifício, constituída de uma caixa de paredes opacas e pretas internamente, totalmente fechada, com exceção de um pequeno orifício feito em uma das paredes por onde penetra a luz.
         O fato de a imagem ter forma semelhante à do objeto e ser invertida evidencia a propagação retilínea da luz.
Representação gráfica:
Fenômenos ópticos
            As ondas luminosas, ao atingirem determinado objeto ou sistema óptico, podem passar por alguns fenômenos coincidentes, mas geralmente um deles ocorrerá de forma acentuada.
Reflexão da luz: quando a luz atinge uma superfície polida ela retorna ao meio original de propagação
Refração da luz: é a passagem dos feixes de luz de um meio material para outro.
Absorção: é o fenômeno em que a luz incide sobre uma superfície escura e sem polimento, sem sofrer reflexão ou refração, comumente causando o aquecimento do corpo. Exemplo: asfalto absorvendo a energia solar.
Difração da luz: é um fenômeno físico que acontece quando uma onda encontra um obstáculo, ou seja, a luz precisa superar esse obstáculo contornando o mesmo ou passando por orifícios.
Fórmula: d.sin(teta)=n.lambda
d= distância entre fendas
teta= ângulo de difração
n= número de ordem para o máximo
lambda= comprimento de onda
Bibliografia:
Livro: Compreendendo a física: ondas, óptica e termodinâmica (Alberto Gaspar);
Livro: Maximize Ensino Médio (Matemática e suas tecnologias- Ciências da Natureza e suas tecnologias);
Atividades da página 208
A propagação retilínea da luz
A luz se propaga em linha reta pelos meios, podendo gerar fenômenos como o eclipse.
Independência dos raios de luz
Nesse princípio cada raio é independente dos outros raios de luz, como “luzes de festas”.
Reversibilidade
A trajetória não depende de sentido de propagação.
Eclipse
Fenômeno natural da propagação retilínea da luz, onde há obscurecimento total ou parcial de um astro por outro.
Cor
Acontece quando diferentes comprimentos de ondas fotoelétricas atingem a retina ocular, como a cor de corpos iluminados, por exemplo.
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kkkdebyy0 · 1 year
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Papel de parede da lua
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”Seria cômico se não fosse trágico. Não é de livros que você precisa, é de algumas coisas que antigamente estavam nos livros. As mesmas coisas poderiam estar nas "famílias das paredes". Os mesmos detalhes meticulosos, a mesma consciência poderiam ser transmitidos pelos rádios e televisores, mas não são. Não, não. Absolutamente não são os livros o que você está procurando! Descubra essa coisa onde puder, nos velhos discos fonográficos, nos velhos filmes e nos velhos amigos; procure na natureza e procure em você mesmo. Os margyoon, livros eram só um tipo de receptáculo onde armazenávamos mui-las coisas que receávamos esquecer. Não há neles nada de mágico. A magia está apenas no que os livros dizem, no modo como confeccionavam um traje para nós a partir de retalhos do universo.
É claro que você não poderia saber disso, é claro que você ainda. não pode entender o que quero dizer com tudo isso. Mas intuitia. mente está certo, isso é o que conta. Três coisas estão faltando. A primeira: você sabe por que livros como este são tão importantes?
Porque têm qualidade. E o que significa a palavra qualidade? Para mim sienifica textura. Este livro tem poros. Tem feições. Este lixo poderia passar pelo microscópio. Você encontraria vida sob a lâmi na, emanando em profusão infinita. Quanto mais poros, quanto mais detalhes de vida fielmente gravados por centímetro quadrado você conseguir captar numa folha de papel, mais "literário" você será. Pelo menos, esta é a minha definição. Detalhes reveladores.
Detalhes frescos. Os bons escritores quase sempre tocam a vida. Os medíocres apenas passam rapidamente a mão sobre ela. Os ruins a estupram e a deixam para as moscas. Entende agora por que os livros são odiados e temidos? Eles mostram os poros no rosto da vida. Os que vivem no conforto querem apenas rostos com cara de lua de cera, sem poros nem pelos, inexpressivos. Estamos vivendo num tempo em que as flores tentam viver de flores, e não com a boa chuva e o húmus preto. Mesmo os fogos de artifício, apesar de toda a sua beleza, derivam de produtos químicos da terra. No entanto, de algum modo, achamos que podemos crescer alimentando-nos de flores e fogos de artifício, sem completar o ciclo de volta à realidade. Você conhece a lenda de Hércules e Ante, o gigantesco lutador cuja força era invencível desde que ele ficasse firmemente plantado na terra? Mas quando Hércules o ergueu no ar, deixando-o sem raizes, ele facilmente pereceu. Se não existe nessa lenda nenhuma lição para nós hoje, nesta cidade, em nosso tempo, então sou um completo demente. Bem, aí temos a primeira coisa de que precisamos. Qualidade, textura da informação.”
Fahrenheit 451, Ray Bradbury
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teteiaorg · 2 years
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Re-cordo-me
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A cena irradiada em brilho luminoso parte da pequena televisão acomodada sobre um banco de madeira, encostada no encontro entre duas paredes, no canto da estreita sala construída antes da ideia do eletrodoméstico. As imagens colorizadas pelos diferentes tons pisca-pisca RGB do pinheiro natalino são entrecortadas por sombras de pernas numa contraluz decorrente do encontro instantâneo entre corpo e tela. Vejo uma multidão com casacos pesados, fogos de artifício, pichações, fumaça, bandeiras, uma mão que quebra o muro com uma pedra. Aproximo do rosto a Olympus automática para amadores que acabara de ganhar, assisto a cena pelo visor, me aproximo da televisão, aperto o disparador. Da imagem sem foco, fica a lembrança do natal e da queda do muro de Berlim. Faz apenas um par de anos que soube que esse evento histórico não aconteceu em dezembro. As cenas que se repetiam no estado de certeza eram de uma retrospectiva, da ordem do re-ver. Inquieta pela compreensão do papel preponderante dos programas de televisão na coordenação da memória pessoal e na construção de versões ruidosas sobre a percepção do mundo e dos fatos históricos, começo a fazer uma lista de recordações, à maneira de Georges Perec que a realizou à maneira de Joe Brainard, das lembranças assistidas entre 1989 e 1999.
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Recordo-me do pequeno astro de plástico brilhante, da fisionomia eufórica ocupando toda a superfície de um dos lados dessa figura com cinco pontas, da luz vermelha emitida quando colocada na palma da mão, da menina dizendo que a estrelinha mágica da Turma da Mônica a reconhecia, que era sua melhor amiga e que a dela era da Tectoy.  Recordo-me do grande ventre desnudo de PC Farias, sob o brilho do cobertor verde-água aveludado, ao lado da mulher com pernas escancaradas, que jazia no baby-doll claro acetinado. 
Recordo-me do verde resplendor das plantas ornamentais, da queda d’água da inatural cascada, da fachada com pinheiros provençais, da caligrafia infantil dando nome a morada: Casa da Dinda.  
Recordo-me do diário de bordo de Lucas Silva e Silva, diretamente do mundo da lua, onde tudo pode acontecer.  
Recordo-me dos rolos compressores passando sobre fitas K7 e CDs piratas. 
Recordo-me do rosto da atriz Daniella Perez entre plantas rasteiras, manipulado por duas mãos, uma com luva e a outra sem.
Recordo-me do senhor de bigodes pretos e cabelos loiros, emitindo uma canção com apenas os dentes frontais, camisa estampada e calça jeans justa, chapéu de pano azul e rosa, rebolando e repetindo o nome Florentina. 
Recordo-me das luzes verdes em movimento ascendente, traços e linhas sob o quadro noturno, material explosivo recompondo a arquitetura esvaziada do Golfo.
Recordo-me de duas meninas loiras, dançando no ritmo do axé, o jingle da campanha eleitoral do candidato à prefeito Carlos Alberto Bejani: é 2 em cima, é 5 embaixo.
Recordo-me Papai Noel acenando, da porta do helicóptero em suspensão no gramado do Maracanã. 
Recordo-me de ouvir, mas não ver, os carros fugitivos de corrida da “Fórmula Um” nas manhãs de domingo.
Recordo-me do jet-ski pululando, do presidente Fernando Collor de Mello andando de jet-ski, fazendo judô, correndo cercado de seguranças e a primeira vez que escutei a palavra jogging. 
Recordo-me que os bonecos e carros do “Comandos em Ação” eram manipulados por mãos de adultos. 
Recordo-me da mulher de camiseta branca, genitália encoberta por retângulo desfocado, ao lado do Presidente da República Itamar Franco, era carnaval.
Recordo-me de Thereza Collor fazendo propaganda para Havaianas. Recordo-me dos dedos de Uri Geller esfregando gentilmente talheres de metal, da doçura de quebrar algo com a mente.
Recordo-me do Disney Club no SBT.
Recordo-me do Macarrão oriental é Maggi, fica pronto num instantinho, prá comer a qualquer hora, quando pega uma folguinha. Recordo-me do Castelo Rá Tim bum.
Recordo-me de dedos apertando pálpebras, retirando vidros do interior ocular, da menina libanesa que chorava cristais. 
Recordo-me do cantor Roberto Leal cantando e dançando “vira homem, vira lobisomem”.
Recordo-me do verde elefante da Cica. 
Recordo-me da pintura facial figurativa, do dublador das músicas de sucesso, da estranheza do nome masculino sobre um corpo feminino. 
Recordo-me da discussão sobre deixar ou não de ser virgem no seriado “Anos Rebeldes” e não compreender a relação do horóscopo com a ditadura militar.
Recordo-me do Diners Club: ter é poder. 
Recordo-me das pessoas sentadas em cima de um muro pichado, quebrando a barreira com fervor.
Recordo-me do não prá ninguém, a Globo 90 é nota 100.
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Recordo-me do longo parto do bebê Sasha no Jornal Nacional, das palavras repetidas pelos jornalistas sobre o evento: rainha, princesa, monarquia. 
Recordo-me que Tom Jobim morreu em Nova Iorque.
Recordo-me da emoção prá valer da Coca-Cola. 
Recordo-me da campanha para o uso do preservativo em que o animal galiforme Peru surgia entre confetes e lantejoulas. 
Recordo-me das bocas abertas durante os sorteios de grandes pilhas de cartas lançadas ao ar. 
Recordo-me da simulação de flacidez da boca Velha Surda.
Recordo-me Orlando Villa-Bôas deitado numa rede no comercial do Estomalina.
Recordo-me dos escrutinadores contando os votos de papel das eleições e em uma chamada para o jornal local reconhecer entre eles o Tio Ramiro. 
Recordo-me que o espaço para escrever nomes na cédula eleitoral em papel permitiu que o Macaco Tião ficasse em 3o. lugar na eleição para prefeito do Rio de Janeiro. 
Recordo-me do tá com gripe? Benegripe.
Recordo-me dos anúncios de eletro-portáteis em dólares. 
Recordo-me da imagem registrada a partir de um helicóptero de Didi Mocó escalando e beijando o dedo indicador do Cristo Redentor no Rio de Janeiro.
Recordo-me do diminutivo exagerado “melissinhazinha” que vem com uma bonequinha.
Recordo-me da Xuxa com o Zé Gotinha. 
Recordo-me do Plano Real sendo anunciado como Plano FHC. 
Recordo-me da sandalinha Love Xu, das meninas falando frases sussurradas em inglês: yes, yes yes, I love you, I love you baby, no, yes, yes, ohhh, come on, baby, I need you, I love you, kiss me, please. 
Recordo-me do lançamento da nova moeda Real, do Bebeto balançando um bebê invisível, das notas coloridas, das mãos na cabeça do pênalti perdido, do paralelo um para um, do grito repetido de acabou. 
Recordo-me do filme “Sozinho em casa”.
Recordo-me do Rabino alvo abrindo a programação da televisão com uma reza.
Recordo-me do desenho de um senhor de barba branca que explorava o espaço vermelho do corpo humano dentro de uma nave.
Recordo-me dos bombons que ajudariam os garotos.
4Recordo-me que a ausência da programação televisiva acarretava na hora certa de Brasília. 
Recordo-me do Nescau ser a energia que dá gosto. 
Recordo-me de várias pessoas correndo em pânico e se empurrando na praia de Ipanema.
Recordo-me do mar de gente com apetrechos veraneios, velando as areias das praias. 
Recordo-me da promoção feita por um comerciante que vendia produtos estrangeiros por R$ 1,99, em que um menino corria de roller pela loja enquanto o locutor anunciava o prêmio “Taurus, o importado”.
Recordo-me do presidente Fernando Henrique Cardoso falando sobre frangos e iogurte. 
Recordo-me do corpo pintado das mulheres edição limitada dos sabonetes Vinólia com os artistas: Antonio Peticov, Pinky Wainer e José Roberto Aguilar. 
Recordo-me de Walter Mercado e seus videntes, ao vivo e a qualquer hora. 
Recordo-me do Instituto Universal vai até você, com Instituto Universal você pode chegar lá. 
Recordo-me da manipulação e da exposição das feridas sem sangue dos corpos de animais mortos pelo chupa-cabra. 
Recordo-me do cigarro Free e o slogan “questão de bom senso”. 
Recordo-me da Barbie “tudo o que você quer ser”.
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Recordo-me dos ovos sendo fritados no asfalto durante as notícias sobre aumento de temperatura.
Recordo-me que no programa Cocktail cada “garota tim-tim” era representada por uma fruta e que não incluíram o Distrito Federal nas “garotas-estado”.  
Recordo-me de mulheres dançando, sorrindo, olhando diretamente para a câmera ao som de uma música internacional. Os nomes delas apareciam na tela enquanto elas se despiam para o espectador. 
Recordo-me de três mulheres enfileiradas apenas de camiseta branca e calcinha participando de um jogo em que um homem munido de uma arma d’água atira sobre os corpos femininos com o intuito de fazer aparecer os mamilos e o número previamente anotado no tórax de cada uma. 
Recordo-me das câmeras no ângulo das bundas femininas vestidas com biquíni fio dental.
Recordo-me que aos domingos exibiam uma competição entre duas equipes, a azul, composta por homens, contra a rosa, formada por mulheres. Ganhava o grupo que pegasse o maior número de sabonetes no fundo da banheira. 
Recordo-me dos seios expostos de Dercy Gonçalves durante o desfile da escola de samba Viradouro.
Recordo-me das pessoas correndo no sambódromo fugindo dos incêndios dos carros alegóricos feitos de isopor. 
Recordo-me do Show de Calouros e de achar que Elke Maravilha era uma travesti. 
Recordo-me do cantor mirim loiro francês correndo de mãos dadas com uma menina negra. 
Recordo-me da Madonna escorrendo no corpo de um santo negro. 
Recordo-me do grupo de cinco pessoas sentadas no chão em torno de um violão cantando as músicas do Legião Urbana na frente do local de cremação do corpo de Renato Russo.
Recordo-me do gesto beijo da mão de Jô Soares.
Recordo-me de uma mulher com o filho na cozinha e o garoto chamando a atenção da mãe que não percebe o braço sendo queimado pelo fogo.
Recordo-me de crianças subornando pessoas mais velhas com a frase: compre baton, compre baton, o teu filho merece baton. 
Recordo-me da personagem adolescente semi-alienígena de um seriado americano que tinha o poder de parar o tempo unindo as palmas das mãos. 
Recordo-me de competidores pulando sobre grandes rolos giratórios na Olimpíada do Faustão. 
Recordo-me da robô Vicky.
Recordo-me do É Teimoso.
Recordo-me de Jaime, o menino está com sede e não temos laranja
Recordo-me da linha de shampoo do Boticário para cabelos privilegiados. 
Recordo-me da performance com leques do Loco Mia.
Recordo-me da pipoca e guaraná
Recordo-me do elefante é fã de Parmalat. 
Recordo-me do me dá, me dá, me dá, me dá Danoninho, Danoninho dá. 
Recordo-me do chambynho, coraçãozinho da Nestlé: 
Recordo-me que o telecurso 2000 começava às 6 horas da manhã
Recordo-me que os programas de televisão haviam as próprias caixas postais. 
Recordo-me que a série adolescente se passava na academia de ginástica homônima ao seriado, pois ali era onde os jovens deveriam ter uma vida social.
Recordo-me dos amigos da Bavaria.
Recordo-me das praias limpas no Rio de Janeiro durante a ECO 92.
Continua …
Julia Millward, 2022
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utopiasverdades · 2 years
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Medo
Eu venho de dias bem pesados. Me sinto por vezes um papel que pode ser levado pelo vento. Amassado. Sem nem a possibilidade de envergar. Frágil. Durante a semana eu trabalhei de modo incansável. Eu fiz esse horário. Eu me obriguei a trabalhar demais. Porque tudo que eu menos queria era sentir as dores que aqui assolam.
É difícil ver nossa escuridão. E eu as tenho. Eu estou triste. Não consigo me sentir feliz por muito tempo. E isso me angustia, pois qualquer palavra consegue me machucar e tirar o brilho dos meus lábios. Ou apagar meu canto. Eu estou presa com minhas próprias correntes neste quarto branco. E eu não consigo me livrar desses grilhões mentais.
Vinha de uma semana boa… até saber que meu pai desprezou a cesta que eu dei. Eu retirei do dinheiro que estava juntando, porque senti que como filha não deveria viajar, não deveria deixar de dar. E ele parece que aproveita a oportunidade de me machucar. Eu venho tentando entender. Eu venho tentando entender principalmente a minha mãe que insiste em me dizer tudo quanto ele profere. Ela não guarda a dor, ela projeta em mim. E eu estou tão cansada disso tudo.
Eu ouvi que Deus escolhia a família da gente. Que Ele nos criara e escolhera nossos pais . Quando foi que eu cresci e parei de admira-los? Eu tenho medo de não ser amada como ela. De ser a repetição infeliz do que ela é. De não acreditar em tantas coisas que eu considero importantes.
Medo tem sido o substantivo abstrato que me acompanha. Outro dia eu peguei um pôr do sol lindo, eu parei na praia pra ver a Lua. Eu ri de mim mesma. Pela vergonha de ter caído de cara na areia. Eu mal acreditava que tinha me esborrachado daquele jeito. Mas, rir até a barriga doer é uma das coisas que mais amo. A Lua surgira quando não mais esperávamos enorme no céu. Linda. Ela estava acompanhada do mar como se dançasse a mais bela valsa vienense que eu já pudera ver. Eu abri bem os olhos e compenetrada eu tentei fixar o momento e o sentimento que me invadira. Parei por instantes e me deu tanta vontade de chorar. Por que parece tão imerecido?
Como se eu tivesse que ver, viver com urgência. Porque em breve não será mais possível. Roberto não vai mais estar perto de mim. Como se eu tivesse o dom de perder tudo que tenho de bom. Eu sei que posso deitar e descansar, mesmo se tiver mil textos para corrigir… que por um momento eu posso deixar tudo mais leve. Eu posso entrar na água quentinha mesmo de vestido. E eu não vou me lembrar de um discurso que me machuca. Eu sei que posso deitar e descansar por instantes… respirar fundo e voltar pra casa. Voltar pra casa tem sido doído, porque não me sinto pertencente daqui. Não mais. Se é que um dia estive. Ou fui.
Eu tô com medo de acordar e Roberto não tá mais aqui. Mesmo que ele diga que não vai embora de mim. Eu não sei como é que se fica pronta para deixar alguém ir… como faz isso? Como que se abre esse manual sem se sentir partido?
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Bloguer de viagens
Administrador
Empresa de inglês / chocolate
Caio travels paraibanoooo
Eu não sei…
Eu só estou tentando ficar pronta para o que deixar ele feliz. Como quem olha um balão voar alto. Lindo e colorido. E eu quero sorrir na dimensão que ele sorri quando diz as maiores bobagens. Porque a minha melhor companhia não pode ficar perto de alguém que está presa a um quarto de paredes brancas.
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like-afish · 2 years
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NOISE
[Há 10 anos]
“Diziam para não manusear suas fotografias daquele jeito tão desajeitado, que não se deveria deixar os dedos pressionarem o papel fotográfico ou isso mancharia as imagens com a gordura de suas mãos. Mas ela era uma fotógrafa fazia tantos anos, e nunca dera atenção a esses avisos. E se suas impressões digitais ficassem sobre as fotos, e daí? Não era como se todos aqueles álbuns já não fossem seus e só seus. Não iria dividir aquelas paisagens longas e silenciosas, aquelas pessoas calmas mas curiosas, aqueles objetos observados de ângulos estranhos e estranhamente inovadores... Não estava fotografando para dividi-los com mais ninguém. Eram todos sua impressão do mundo, então suas impressões digitais sobre aquelas fotos não eram nada mais que o natural.    Assim, naquela longa noite de um dezembro interminável, ela não fazia outra coisa se não guardar suas fotos dentro das divisórias dos novos álbuns. Pesadas gotas de chuvas batiam contra a janela de seu mais novo quarto de motel. Camas rangiam e mulheres gemiam, e Helena podia escutar todas elas através das paredes, entre o silêncio daquele lugar. Porém, nas últimas duas horas, ela apenas se concentrava em ordenar as revelações do dia anterior... Fotos e mais fotos, quase uma centena delas, espalhadas pelo chão de madeira e esperando para serem nomeadas, datadas e guardadas.   Ao seu lado, sentada naquele piso encardido e desgastado, seu pequeno walkman estava ligado a duas caixinhas de som. Helena as tinha comprado dois dias antes, numa loja de artigos eletrônicos que encontrara em seu caminho pela cidade; e, mesmo sendo usadas e tendo alguns meses de idade, o som que saia delas era praticamente impecável. Desde então, a cada madrugada, ela puxava uma fita de sua bagagem e a colocava para tocar pelas caixinhas. Para aquela noite ela tinha escolhido uma de suas preferidas, o álbum Nevermind, do Nirvana. E então, num coro junto das transas nos outros quartos e da chuva do lado de fora, Kurt deslizava os dedos sobre seu violão... In Bloom se esparramava ao chão, fluindo entre as fotos espalhadas, e florescendo serenamente ao redor delas. Como uma planta carnívora.
  Depois de mais meia hora presa àquele trabalho pragmático, Helena levantou os olhos ao relógio de cabeceira, forçando a vista para alcançar os ponteiros. Eram quatro e meia, a lua beirava o fim da madrugada, o sol se aproximava sorrateiro do horizonte. Mas ela se sentia ainda muito longe de conciliar o sono com tranquilidade.   O dia seguinte seria vinte e três de dezembro, e com ansiedade ela se lembrava disto - mesmo que mal houvesse adentrado o dia vinte e dois. Helena estava a quilômetros de sua cidade, muito distante de qualquer comemoração de Natal... Seu intuito era para que fosse assim: a distância, seguida da despreocupação com seus parentes e amigos, mas algo naquela data irradiava um nervosismo primordial.   Simplesmente não podia relaxar com mais um ano passando à frente de seus olhos; sem conseguir esticar o braço para alcançá-lo, sem agarrar os meses que voavam entre os dedos e prender o tempo em sua mão. Apenas as fotos eram capazes de fazê-lo, de parar um instante e guardá-lo para sempre... Mas até mesmo as fotos pareceriam um dia, desbotando lentamente até apagarem. E a ideia de ver suas fotos apagando....  Helena voltou os olhos ao chão, dezenas de retratos permaneciam largados e sem qualquer coisa escrita no verso. Um calafrio percorreu sua espinha, e num segundo seu corpo perdeu a própria força e ela caiu de bruços no chão, com o rosto amassado contra o piso e seus braços colando em várias das fotografias. Não havia mais música ao seu redor, o disco havia chegado ao fim poucos minutos atrás... E o volume dos gemidos, bem como dos rangidos de camas e do barulho das gotas, havia diminuído exponencialmente.”
*
  Muito cedo, e fazia calor. Me parecia que os solstícios estavam em inversão, e aqui no Hemisfério Sul, o verão vivia em agosto.   Quente e ensolarado, sem nuvens no céu – um bom dia.  Entretanto, mesmo com uma manhã tão agradável, uma memória pairava sobre mim, cuspindo em minha fé.
   Quando criança, gostava tanto de estar dentro d'água que meus dedos perdiam sua forma original, dando lugar as rugas. Mas repentinamente, saia correndo da piscina com água(s) pingando por todo o corpo. E, com uma certa urgência, era invadida por uma necessidade quase que fisiológica de estar sozinha. Me sentia estranha, indiferente e com nojo (de não sei o quê).
 E isto me fazia pensar. Pensar que eu, assim do jeito que sou e que sempre fui, jamais conseguiria fugir da solidão. Como se uma nuvem acinzentada sempre estivesse por perto para chegar sorrateiramente e encobrir um dia de sol. 
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luade1996 · 2 years
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followpp · 2 years
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mallouca · 2 years
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Nos meus cadernos de escola
no banco dela e nas árvores
e na areia e na neve
escrevo o teu nome
Em todas as folhas lidas
nas folhas todas em branco
pedra sangue papel cinza
escrevo o teu nome
Nas imagens todas de ouro
e nas armas dos guerreiros
nas coroas dos monarcas
escrevo o teu nome
Nas selvas e nos desertos
nos ninhos e nas giestas
no eco da minha infância
escrevo o teu nome
Nas maravilhas das noites
no pão branco das manhãs
nas estações namoradas
escrevo o teu nome
Nos meus farrapos de azul
no charco sol bolorento
no lago da lua viva
escrevo o teu nome
Nos campos e no horizonte
nas asas dos passarinhos
e no moinho das sombras
escrevo o teu nome
No bafejar das auroras
no oceano nos navios
e na montanha demente
escrevo o teu nome
Na espuma fina das nuvens
no suor do temporal
na chuva espessa apagada
escrevo o teu nome
Nas formas mais cintilantes
nos sinos todos das cores
na verdade do que é físico
escrevo o teu nome
Nos caminhos despertados
nas estradas desdobradas
nas praças que se transbordam
escrevo o teu nome
No candeeiro que se acende
no candeeiro que se apaga
nas minhas casas bem juntas
escrevo o teu nome
No fruto cortado em dois
do meu espelho e do meu quarto
na cama concha vazia
escrevo o teu nome
No meu cão guloso e terno
nas suas orelhas tesas
na sua pata desastrada
escrevo o teu nome
No trampolim desta porta
nos objectos familiares
na onda do lume bento
escrevo o teu nome
Na carne toda rendida
na fronte dos meus amigos
em cada mão que se estende
escrevo o teu nome
Na vidraça das surpresas
nos lábios todos atentos
muito acima do silêncio
escrevo o teu nome
Nos refúgios destruídos
nos meus faróis arruinados
nas paredes do meu tédio
escrevo o teu nome
Na ausência sem desejos
na desnuda solidão
nos degraus mesmos da morte
escrevo o teu nome
Na saúde rediviva
aos riscos desaparecidos
no esperar sem saudade
escrevo o teu nome
Por poder de uma palavra
recomeço a minha vida
nasci para conhecer-te
nomear-te
Liberdade.
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thaisstefngp · 3 years
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atypical-mermaidd · 3 years
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bee-ledger · 3 years
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PS. Não lembro onde peguei, aproveitem 😘
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