Not So Berry Legacy Challenge
Generation One: Mint
Sobrou só louça suja do Festiva de Inverno.
**Only dirty dishes from the Winter Festival were left.**
"Trazendo o Melhor (De Adorar Alguém Perto) Carola pode se inspirar para ser o melhor de si perto de um Sim que ela adora!"
Toda vez que eu quero desistir de tudo e voltar chorando para a casa da minha mãe eu olho para Charlote e me lembro que agora eu que preciso ser mãe, a melhor mãe.
**Every time I want to give up everything and go back crying to my mother's house, I look at Charlotte and remember that now I need to be a mother, the best mother.**
"Muito saboroso (de comer comida) Esse foi um prato bastante saboroso."
Eu odeio cozinhar, mas isso não ficou nada mal.
**I hate to cook, but that didn't look too bad.**
"Boa companhia (De Adorando Alguém Perto) Os Sims gostam de estar perto de alguém que eles adoram."
Eu estou me sentindo feliz aqui com ela.
**I'm feeling happy here with her.**
"Eu amo video games! (de Curtir videogames) Carola está na sua praia! E porque ela está fazendo algo que ela prefere aumentou seus ganhos de diversão!"
As vezes eu também preciso fazer algo para mim também, não é?
**Sometimes I also need to do something for myself too, don't I?**
E ela algo que ela goste também?
**And is she something she likes too?**
"Ansiedade iminente (do medo de sonhos não realizados) Esse sentimento de ansiedade paira sobre Carola quando ela descobre algo novo sobre si mesma. Um medo que não existia antes, crescendo por dentro, pronto para levar Carola à paralisia a qualquer momento."
"É quase como se alguém estivesse controlando sua vida. Carola finalmente realizará seus sonhos ou quem está controlando sua vida impedirá que seus desejos se tornem realidade?"
Mas as vezes ainda tenho medo de não conseguir realizar tudo que eu sonho, as vezes sinto que tem alguém me controlando...
**But sometimes I'm still afraid of not being able to fulfill everything I dream of, sometimes I feel like there's someone controlling me...**
...ou talvez seja só a minha consciência me dizendo o que eu tenho que fazer...e me fazendo ignorar o que eu quero fazer.
**...or maybe it's just my conscience telling me what I have to do...and making me ignore what I want to do.**
"Não brinque comigo! (De Brincando com Brinquedos) GAH! Muito tempo brincando com brinquedo de brinquedo me da vontade de fazer birra!"
Parece que Charlote enjoou de brincar, pegou o tablet que ganhou do avô, eu não acho que um pouco de tecnologia vá fazer mal para ela. Essas mães que proíbem tudo não sabem de nada.
**It seems that Charlotte got sick of playing, took the tablet she got from her grandfather, I don't think a little technology will hurt her. Those mothers who forbid everything don't know anything.**
Acho que era exatamente isso que eu estava precisando.
**I think that was exactly what I was needing.**
Um dia tranquilo e um pouco de café.
**A quiet day and some coffee.**
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Viajar para a Colômbia tem um sentimento de afeto e conforto para mim, pois foi a primeira viagem que fiz com toda a família. Queríamos um destino não tão usual, que fosse tão bonito quanto as outras opções e pudesse nos proporcionar uma experiência única; e por que não a Colômbia? Sou apaixonado pela América do Sul desde que me entendo por gente e sempre coloquei os países do continente como minha prioridade em possíveis viagens. Não foi minha primeira vez em Bogotá, mas com toda certeza foi a mais impactante. Ver minha filha encantada com tudo e dando seus primeiros passinhos na capital colombiana foi algo que ficou comigo até os dias de hoje. Alugamos uma casa no centro, perto de tudo que queríamos visitar por ali. Desde o Museu Nacional, até a Praça Bolivar, cada ponto turístico era extremamente encantador. Consegui me virar com meu espanhol enferrujado, conhecendo um pouco mais da cultura dos habitantes dali e sendo convidado para um dia de cachaça na venda do Tio Jesus; devo falar que aguentei três doses? Muito forte para um coitado que está acostumado com soju e destilados mais fracos. O que me salvou da ressaca iminente foi comer patacones com um molhinho de pimenta feito especialmente pela esposa do Tio; cá entre nós, foi uma das melhores coisas que comemos.
Não podíamos deixar de passear por Bogotá sem antes provas as arepas e empanadas, salgados muito tradicionais na culinária colombiana. A minha favorita foi a de queijo, já a minha esposa preferiu ficar na tradicional de frango, mas nenhum de nós dois abriu mão do vinagrete delicioso que acompanhava ou do suco de Lulada. Bem incomum e delicioso igual. Passamos os dez dias que se seguiram conhecendo e turistando por toda a capital, completamente obcecados por cada aspecto da cidade latina e desejando voltar novamente para ela.
Durante a nossa quarta noite em Bogotá, a proprietária da casa que alugamos nos convidou para assistir um Festival Tradicional de Porro, a dança típica da Colombia. O porro surgiu no final do século 19 no norte da Colômbia, como resultado da fusão de melodias tocadas por indígenas (que contribuíram com os instrumentos de sopro utilizados em sua execução) e ritmos trazidos por povos africanos (que contribuíram com instrumentos de percussão). Foi uma alegria ver Jihanie e Noah tão animadas ao ver as pessoas dançando junto de todas as cores presentes nas vestimentas e nas decorações que enfeitavam a rua.
Obrigado por lerem até aqui e me acompanharem na minha viagem em Bogotá! Até o próximo episódio. 💚
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SEQÜÊNCIA 5 - A ILHA DO PESCADOR
Quarta parada: llha de Cabo Coral
Parte I
Alertada sobre a passagem do vendaval, a marina manteve um contingente de plantão a postos para emergências. O Albatrozes comunicou do rádio o risco iminente de naufrágio; mas, não pediu nenhum socorro urgente. Por um triz. Quando chegamos, contactamos nossas estadias, que providenciaram prontamente transporte. Mas, dada a carestia deles àquelas horas, isso levou algum tempo. Moídos, nos rendemos ao sono. Antes, porém, um banho quente relaxante distensionou meus músculos, exortando-os a enfiarem-se debaixo dos lençóis.
Cedo a lancha deixou Cabo Coral para a Praia do Maré. Chegou por volta das oito horas. Levou cerca de vinte minutos ... às cinco, nos buscaria. Ali, um Festival do Arrasta-Pé estava pra acontecer: o triângulo, a zabumba e a sanfona fariam a festa.
Refeito dum longo cochilo, pus meus inseparáveis óculos de sol e fui comer na barraca do Toim Zé: uma das mais tradicionais por causa de seu bolinho de peixe e traíra no moquém. A fome ainda não acordara os imprevidentes, que deixavam para lotar na última hora os quiosques e o restaurante. Eu, como sempre, fugia da muvuca.
Até o show ainda iam umas três horas. O suficiente pra depois de perambular por ali, caminhar até a próxima praia sem pressa. Levei apenas minha toalha e mochila menor. Ia me banhar em águas menos agitadas, e sentar numa das palhoças pra tomar notas no meu bloco... e, também, registrar nas lentes coloridas da Eos o humano, o cotidiano, o pitoresco, os costumes locais e a paisagem.
Um barracão que mais parecia um caixote de finas ripas remendadas por pregos - cheias de farpas -, vendia camarão, dos grandes. Especialidade da pequena praia. Havia pescadores ali mesmo, no mar, logo adiante, ainda no campo de visão do horizonte, puxando redes de arrasto, em pequenos barcos. Alguns destes - coloridos -, adormecidos no chão da areia branca, compunham uma bucólica paisagem da pesca comercial. Solitários, àquela hora, pousavam à vontade para belas fotos. A quilha de uma velha carcaça tombada encasquilhava o negro lodo esverdeado contra as conchas esquecidas dos outrora rastejantes caracóis, num amálgama, em meio a outros seres simbióticos e parasitas, que se fundiam na grossa crosta, exalando uma maresia mal-cheirosa.
Comi do camarão, num espeto de bambu, e aceitei uma porção de lambaris. Perto, sentado no toco de um tronco de árvore, um velho pescador tecia sua rede de pesca, alheio a qualquer curioso olhar. Perguntei se o que ele fazia era uma tradição ali. Ele me disse que só ele as fabricava manualmente. Algumas mulheres sabiam remendá-las, só. A maioria das redes era comprada nova, de material diferente do tradicional, porque assim dava menos trabalho. Tinha o problema de arrebentarem mais fácil, e de serem mais caras, mas o povo achava que valia a pena. Também disse que pra fazer a tarrafa tinha que vir com a linha de nylon - a mais resistente -, primeiro por baixo e depois voltar com ela por cima pra dar o nó. Tinha que fazer isso pra rede não embolar. E tinha a abertura certa da malha pra capturar um tipo ou outro de peixe, dependendo do tamanho e do peso. Era importante apertar bem os nós pra garantir que a rede agüentasse. Pra entalhar, enfiados na corda, iam o chumbo e a bóia, um por dentro e o outro por fora. O primeiro, convinha medir metade do tamanho da malha. O segundo, o pescador escolhia: podia ser mais afastado, vindo depois de três malhas; ou, podia ser mais perto, vindo depois de duas malhas. No primeiro caso, a rede ficava mais leve, e flutuava; no segundo caso, ficava mais pesada, e afundava. Pra quem tava aprendendo a fazer tarrafa era melhor começar com malha pequena, com linha abaixo de 10, própria pra pegar peixe menor. Até pegar o jeito. Aí, depois trançava malha maior, pra pegar os maiores. A malha tinha que estar retinha do início ao fim, senão dava problema. O jeito de lançar a tarrafa na água também era um pequeno segredo. Exigia prática e técnica. Ela tinha que ser jogada de um jeito que ficasse completamente aberta ainda no ar, e tinha que ter precisão pra acertar em cheio o diâmetro onde se encontravam os peixes. Então, era puxar e pegar.
Essa era a Praia do Côco! O nome vinha do côco abundante ali. O manuseio desse recurso vegetal criava um incipiente artesanato local, fabricado à base de sua principal matéria-prima, a fibra de côco natural. Pequenos artesãos eram vistos aqui e ali vendendo capachos externos e internos. Seus tapetes de interior eram submetidos a processos químicos para criar padronagens e cores. Era uma tapeçaria versátil com vários tamanhos e formatos. Muito elaborada, com desenhos geométricos, florais, animais e figurativos, bem cobiçada por turistas. Fabricavam também cordas, redes de dormir, chapéus de praia, colares, pulseiras, anéis, brincos e carteiras. Por ser sustentável, a fibra de côco se diferenciava ao agregar valor. Era resistente ao apodrecimento, duradoura, de considerável impermeabilidade e de fácil secagem, além de valorizada por não atrair insetos.
Esse artesanato criativo era visto também na casca do côco: utensílios de cozinha, jardinagem, peças decorativas como luminárias, móveis e adornos, e até miniaturas de barcos saíam das mãos dos virtuosos artesãos.
O despache disso tudo era via mar até o posto nacional de distribuição na Bahia, que facilitava a logística. Um catálogo digital cumpria a função de comercialização no país, e até no exterior. Uma Associação orquestrava todo esse trabalho comunitário a partir de uma sede nos arredores da mata de coqueiros.
Adquiri um colar trançado com um pingente, que usei na mesma hora. Quem me vendeu, foi um homem maduro, forte, barbudo, de chapéu de côco, peito cabeludo, e descalço, apoiando o mostruário numa das pernas rijas e torneadas. Orgulhoso, e rindo, estava sentado num sapé invertido, enrolando um cigarro de palha feito com fumo de corda, de forte cheiro, o qual ia esmigalhando à ponta de um afiado canivete. O rolo, trazia-o numa bolseta amarrada junto à cintura. À minha presença, interrompeu um dedo de prosa que vinha tendo com um mequetrefe, pinguço das redondezas. Sem mais o que fazer se divertia das garatujas que aquele dizia. O que assuntei do artesanato escutei de Nestor, esse homem: artesão, por opção, tinha aprendido o ofício a certa altura, depois de largar uma vida confortável na megalópole paulistana. Surpreso, o fiz saber que eu era de lá. As distâncias aí se estreitaram. Mas, não fui muito longe. Um ponto negro surgiu em mim quando mencionei o que vim fazer nessa viagem: "queria escrever um livro". Disse-lhe. Mas, não sabia qual era a história. Estava em busca de estórias de pescadores em que me inspirar. Mais do que isso eu não sabia: não sabia o que no fundo me levava à Ilha do Pescador, longe de tudo e de todos só para me descobrir em alguma coisa que eu ainda não conhecia. Mas, sentia. Nos familiarizamos nessas conversas. Ele acabou me contando que em Sampa vinha trabalhando num banco privado com carteiras de investimento, chegando a corretor financeiro da bolsa de valores. Tinha na época como hobbie o vôo a vela em planador, nos finais de semana. A cabine, lá em cima, silenciava seu stress. E o azul do céu, coberto de nuvens, em dias quentes de relativo vento formava as condições ideais para amainar o seu espírito e realizar o vôo. Em sua mente, restava apenas seguir os urubus em busca de correntes ascendentes para ganhar mais altitude, ou então seguir o deslocamento das nuvens. Só assim podia relaxar. "Mas, ainda assim, era preciso pilotar", dizia ... "manter o controle e o raciocínio durante todo o vôo com o uso dos três instrumentos básicos de navegação - o velocímetro, o medidor de altitude e o de correntes ascendentes - em busca de um tempo maior de vôo, que podia chegar em torno de três horas. Se o plano de vôo fosse mal conduzido o avião acabava por perder rapidamente altitude, e acontecia até de pousar em apenas dez minutos". Com o tempo ele ganhou experiência. Quase se tornou piloto de avião, mas não era sua vocação. Voar sem motor pra ele era mais emocionante. “A sutileza da navegação, feita com toques delicados no manete, o silêncio, o objetivo único de manter-se o máximo de tempo no ar, a autonomia, o encanto do design e a dimensão do planador” ...
... Nestor sorria ... me contava, e sorria ...
Quanto às outras vivências anteriores, chegou a fazer várias viagens ao exterior enquanto investiu na formação de turismólogo, e virou agente de viagens, indo à Tunísia, Grécia, Marrocos, Tailândia, Nova Zelândia, Emirados Árabes, Turquia. Gostava de lugares exóticos, com roteiros peculiares, que exploravam a gastronomia e o esporte radical de aventuras e de ação. Sabia saltar de pára-quedas, e sempre que possível encarava um novo desafio. Assim, participou de um mini safári de jeep no deserto do Saara, fez uma excursão a uma aldeia de arquitetura antiga berbere com suas casas trogloditas, convivendo com seu modo de vida adaptado ao moderno sem deixar de lado a tradição, andou de bicicleta de quadriciclo na praia, se deslumbrou com uma terma árabe, fez um retiro numa montanha da Grécia, degustando azeite e vinhos, praticou rafting na Tailândja, e snowboard numa estação de esqui da Nova Zelândia, desfrutou de um safári de buggy com um luxuoso jantar de churrasco nas dunas vermelhas do deserto de Dubai, embarcou num canyoning entre cachoeiras e lagoas, praticando trekking na Turquia. Comeu o Pide, que é a “pizza turca”, o Dolma e o Casserole de pernil de cordeiro, seu favorito. Há anos vive retirado na ilha, onde encontrou o contraponto para seu espírito irrequieto em meio ao artesanato e o convívio com os pescadores.
De bobo esse homem não tinha nada. Pensei comigo. Ou era um mentiroso!
***
Desde que eu retornara pra Praia do Maré do passeio e um breve mergulho na Praia do Côco, fotografei cada traço de identidade que encontrei. Por fim, restava só aproveitar o rebuliço do forró arretado, ao sabor de uma cerva bem gelada. Já não era sem tempo. Agora livre das restrições alcóolicas nos translados, bebi o suficiente para anestesiar a inibição, e sentir certa euforia a ponto de me enturmar com a gente ao meu redor, ensaiando pequenos passos da dança. Ora o baião, ora o xote, ora o xaxado, faziam suas evoluções na dança dos casais. Mas, para os iniciantes o básico era um só: dois pra lá, dois pra cá.
Entre idas e vindas, o guarda-sol e a esteira que eu alugara na Tenda dos Milagres, ficaram à minha espera, no mesmo lugar, pra minha sorte e risco. Ao fim do dia, sentei-me por um tempo antes de partir e, em seguida, calcei os chinelos, pondo minha bermuda azul e a regata branca, indo até a tenda devolver os apetrechos. Depois das cinco e meia, à luz dos últimos clarões reluzentes, alcancei a soleira da porta da hospedaria, em Cabo Coral.
***
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