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outsidermagazine · 1 year
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From the archives : Jacquemus 2014
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outsidermagazine · 2 years
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Why IG is dead?
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It's not news to anyone that Instagram has completely changed the way we relate for years. With ourselves, with each other, with the world.
We no longer have the patience to read, to listen, to really interact.
We want in the now. The immediate answer. Immediate viewing, attention not immediately received by us...
It became a race for engagement or a space for entrepreneurs to sell their fish like a big fair. Everyone following a posting pattern, everyone doing everything cute as uncle Zuck sings.
Well, it's also not new that the proposal is for IG to swallow tik tok and become the biggest Mercado Livre ® in the entire universe.
Not gonna lie, I really miss the time when Mark hadn't bought the app yet and its purpose was different. For those who really appreciate a good photograph, or remember unforgettable moments. The appreciation for genuine beauty.
There was a little more color to it, of light.
A way long before of the posting pictures of beautiful dishes fashion. Long before they determine as a rule that what counts is performance.
It's all about the performance.
It doesn't matter if your life is a sea of ​​whining or boring and you wish you were on the beach right now but you're in the stuffy office of the gray megalopolis that doesn't even have a beach. Just a cool square where skaters hang out and clubbers celebrate their freedoms around various bars and buildings.
You can perform a very chic trip, wearing a badass good looking, serving face and stuff, even for 1 day. Maybe 1 minute was your photo's duration. Every day a different city, or a different place, with a material made in 1 day...
And this virus was explaining itself so much that not even companies escaped this pandemic.
Your hotel is not cool, your bar is not what you see in the photos, your company is not this sea ​​of ​​roses that many people want to work for.No you don't sell what you post, the name of this is trick, sorry.
The one who loses is you. It's all of us as humanity.
Appearances are deceiving and it has only multiplied in this modus operandi of the universe of Instagram algorithms, which also reverberates in other networks, because it dictated the entire course of our journey towards (de)evolution of the means of production and cultural production.
The thing is that with a net, if we can capture, we also become chase.
And so, little fish that we are, we were accustomed and we are all living with this virus that brings us to false approximations or the enslavement of the algorithms of an anxiety to be "present" and maintain the frequency of "presence".
A purpose that instead of bringing us closer make us even more distant of each other. And the worst distance, among all of them, is that of ourselves. Of our essence.
The truth is there for everyone to see. Just don't see those who don't want to see.
I never identified with it. It makes no sense for me to produce and create based on immediacy, in the search for illusions converted into numbers and metrics with little real change.
The disposable and superficial doesn't interest me now.
And I also don't think art itself deserves it. Poor art and beauty!
What are we doing with the tools we have?
What did we do with art?
I don't know. I also wanted to know.
The fact is, IG was not made for art. Never was.
I keep thinking, maybe Warhol would have found it cool and made something much more original with all this, but later, even he would get bored of it all and look for other tools. He would find all of this so boring.
His 15 minutes of fame prophecy was not for that purpose. We distorted EVERYTHING.
What did we do with art?
For better or worse, it's there. Like any and all creations. We use and are used. It's a matter of choice. We can choose. That's the good news.
But if I had to give you some friendly advice, it would be to not compromise your mental health anymore. Forget it, do what's best for you. It's what I give to myself.
But how do I keep myself close to you in the midst of all this?
How do I communicate but in a place that makes sense to me, that doesn't compromise my mental health, without hurting my values ​​and at the same time keeping me connected and open to exchanges and interactions?
Being accessible?
That was my biggest dilemma.
As an artist and as a human being in the first instance, exchanges are fundamental to me. In fact, I'm going to borrow a phrase from Polly that I heard these days and it resonates a lot with me and all that: "the human being is the universe experiencing".
For now I don't have the answers already structured, but I found a north.
We are building.
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outsidermagazine · 3 years
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Taller Huachinango (MEX)
https://www.instagram.com/taller_huachinango/
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outsidermagazine · 3 years
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NÓS - Ana Luzir (BR)
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More of her works:
https://analuzir.tumblr.com/
https://www.instagram.com/analuzir/
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outsidermagazine · 3 years
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Graphic Design with Bomtempo (BR)
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all I want is love
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I keep on falling
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Por um tris
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Connect the dots
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Vertical brush
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Fenda
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Irregular Squares
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Line dots
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Boy boss
To know more of her works :
https://nbontempo.tumblr.com/
https://www.instagram.com/bontempoab/
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outsidermagazine · 3 years
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Bilete premeado.
Quem perderá ganharia mas quem ganhou perdesse.
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outsidermagazine · 3 years
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// sitting, waiting, wishing //
instagram
source: bontempo
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outsidermagazine · 3 years
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Ana Luzir https://www.instagram.com/analuzir/
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outsidermagazine · 3 years
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Brazil is gone - Unknow artist
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outsidermagazine · 3 years
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Why was Lygia Pape so genius?
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Visual Poems. Tongue Stabbed - 1968
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Livro do tempo - 1961/63
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Amazonino #1 - 1889
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Sculpture. Black and Yellow - 1965
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Box of Ants - 1967
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Visual Poem. This is not a cloud - 1997
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Deus e o diabo na terra do sol - Poster - 1964
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Piraquês’s Visual identity - from the 60′s
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outsidermagazine · 3 years
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O que fizeram com a Billie Eilish você provavelmente nem se importa
Eu escrevo esse texto como uma mulher que celebra um luto quase que eterno. Impossível não ficar de luto quando matam uma artista mulher, ou quando ela mesma se atinge contra a sua própria vontade, que é algo que é quase impossível de não acontecer com frequência máxima.
Um oceano de profunda tristeza me atravessa quando eu vejo outras artistas mulheres serem tratadas como estão tratando a Billie Eilish, reduzidas a nada menos do que uma maquininha de fazer dinheiro para uma indústria de altíssimo porte encabeçada por engravatados bilionários que sequer entendem sobre o fazer artístico. Em outras palavras: não entendem absolutamente nada de arte mas acham que detém todo o conhecimento do mundo acerca do mercado porque, claro, como inventores da roda, apenas eles sabem como faze-la girar.
Toda vez que eu tomo conhecimento de casos como esse da Billie me alastra um pesar. Eu não deveria me impressionar e não me impressiono, exceto que é incrível como a gente continua repetindo padrões e alimentando grandes monstros até hoje.
É 2021, segunda metade do ano 1 de uma nova década e como está o seu senso crítico?
Será possível desperdiçar assim uma década inteira por falta de vergonha na cara e mero comodismo?
Errado. Não é falta de vergonha na cara, é a segunda opção mesmo.
Fica ainda mais difícil desenvolver senso crítico de consumo, especialmente de consumo cultural quando se tem tudo na mão em questão de minutos. E mais ainda quando não se sabe o que fazer com o recurso que há disponível.
Ter recurso financeiro e se endividar por não saber como administrar não é tão pior quanto ter internet e conhecimento ao alcance na ponta do dedo e cair no mau uso. A maioria de nós nesse momento.
Temos praticamente tudo, até mesmo um ensaio de ponto de carreira que levaria no mínimo uns 10 anos para ser construído, assim, num estalar dos dedos, a depender da velocidade da sua operadora de internet, e não temos nada.
Falta pão e até o circo tá ficando difícil de ser tragado.
Não faz muito tempo a pesquisadora do Programa de Pós Graduação da Escola de Comunicação da UFRJ, Ivana Bentes, escreveu sobre o fato de nós brasileiros estarmos com ódio de nós mesmos, e hoje isso me sopra tão forte quanto a vontade de escrever sobre o quão nojenta e bizarra está sendo a construção da carreira de uma das grandes revelações da música pop norte americana da década. Na verdade não. Isso nem é bizarro porque eles criaram a indústria em cima disso.
A bizarrice tá com a gente mesmo. Crescemos com a bizarrice, aprendemos a aceitar bizarrice, consumir a bizarrice e o ponto alto: reproduzimos a bizarrice visando recria-la. De tão acostumados com ela, nós acabamos aceitando, copiando e alimentando-a. Talvez a tropicália deu certo e talvez estamos nela ainda.
Do ponto de vista do primo rico, se tratando da indústria da música, basta ver uma cantora pop ganhando alcance internacional que
Pronto! Vamos pegar a menina e transformar em produto pra vender mais.
Está aí o conceito da máquina de fazer dinheiro. Aconteceu com as mais suscetíveis às mais seguras de si.
Não é novidade pra ninguém que para cada sonho que você tem aparece em média 1 homem para arruinar tudo e transformar eles em um pesadelo por te fazer pagar um altíssimo preço para vê-los ganharem vida, especialmente se você for mulher. A expressão vender a alma pro diabo surgiu com base nisso...
Tudo começa, quando você é uma cantora com um sonho de virar uma grande estrela da música e ser reconhecida internacionalmente. Na sequência, basta abrir os olhos depois de fazer o pedido que milagrosamente aparece um empresário, um agente, um amigo que vira pra você e fala:
vou assinar seu contrato; vou produzir seu álbum; vou te colocar em contato com tal agente, ele é ótimo.
Quando de repente, o pesadelo. Da água para o vinho ou do vou te contratar ao vou mudar completamente a sua imagem e estética.
E eu trago o exemplo da Billie porque foi o que mais me espantou recentemente já que eu jurava que ela ia conseguir se manter diferente. Achava que mesmo com a capacidade de reinvenção, natural de quase todo artista ela continuaria com a essência mais voltada para aquele visual dark girl que marcou o seu início. A garota deslocada bad-ass. Que sabe muito bem o que tá fazendo e tem controle total sobre seus passos. Aquela que você sabe que ela não é e nem faz questão de ser como as outras e tem isso muito forte dentro de si.
Visual é tudo, é parte essencial e fundamental de qualquer ser porque é uma ferramenta poderosa de comunicação e linguagem (abrindo o parêntese para enfatizar que visual não se limita apenas à roupa, tá bom? Tudo bem!). É a parte que compõe o todo e é claro que é essa a primeira coisa que esses grandes homens que acham que tem o poder sobre o mundo (porque geralmente eles tem mesmo), resolvem mudar em uma cantora pop que eles resolveram transformar em uma máquina de fazer mais dinheiro.
Fui ingênua. Talvez meu engano tenha sido nisso, talvez ela realmente quisesse ser o que eles já esperavam que ela se tornasse. O que também não deixa de ser preocupante porque diz algo: artistas mulheres jovens desse tipo de indústria ainda estão sendo tiradas de idiotas e sendo impossibilitadas de terem o controle total de suas próprias carreiras, defendendo suas próprias verdades, já que como sabemos, a imagem é o começo desse todo.
E que imagem que estamos idolatrando e querendo adotar como parte de nossa identidade?
Basta pegar uma foto do visual de quando ela surgiu, apenas ela e seu irmão, produzindo em seu quarto e comparar com as fotos de agora, em que há grandes empresários por trás e uma gama de patrocinadores na suas solas, determinando como deve ser sua estética agora. Aparentemente a fizeram um produto Tik Tok…
Claro que não se pode esperar muito ou nada menos do que isso, desse contexto da cultura de massa.
É bem comum isso acontecer com atrizes mas é mais evidente e ilustrativo no segmento de Música e especialmente do mercado pop.
Felizmente, nesse contexto, algumas conseguiram se salvar como a Gaga que manteve sua identidade firme até hoje.
Mas uma pena que pra isso ela teve de pagar um preço tão alto que lhe custou sua saúde financeira (álbuns boicotados, não lançamento de canções de sua autoria que ela gostaria de ter lançado, shows que ela gostaria de ter feito e foi impedida…) mental, além da física com a fibromialgia e outros agravantes. Ao ponto de ela precisar dedicar um álbum inteiro a isso, por conta dessa tal indústria, cuja finalidade é enriquecer e adoecer mesmo.
E aí entra um fato inquestionável que é o quanto ela simboliza a coragem em sua potência máxima, já que não é fácil falar sobre as próprias crises de ansiedade, depressão e síndrome do pânico, muito menos cantar abertamente sobre isso e transformar toda a dor e sofrimento em celebração, que foi justamente o que ela também fez nesse último álbum.
O que eu acho mais bizarro é o fato de que com tanta informação e possibilidade de desenvolver senso crítico e reflexivo para mudar padrões, não conseguimos dar conta de fazer uso dessas ferramentas da maneira mais útil para nós. Ao invés, continuamos consumindo esses produtos e batendo palma para esse tipo de dinâmica. Que se retroalimenta com base nos nossos biscoitos oferecidos em forma de streams e likes. Nos acostumamos a aceitar e consumir cada vez mais disso.
Cada palma que a gente bate o monstro cresce e aí, quem que vai parar esse monstro?
É bizarro demais ver que há uma quantidade absurda de gente que ainda alimenta cegamente esse tipo de indústria, consumindo sem nem questionar.
Idolatrando a cultura norte americana e tudo o que ela compreende, se esquecendo completamente de voltar os olhos para o que está sendo criado aqui mas que não está sendo diretamente influenciado por ela. Fora da curva.
Precisamos falar sobre isso também: os artistas, especialmente as cantoras pop daqui, recém ascensões do mainstream que simplesmente são cópias desses produtos norte americanos, e que assim como a Billie, viraram e acabam virando cachorrinhos dos grandes publiciotários. A colonização cultural é uma merda mesmo, né?
E a gente que nem marionete nela, fazendo a Alice, perdidona no rolê, fazendo de conta que não tá acontecendo.
É raro ver artistas desse mote que não se deixam influenciar por esses produtos da indústria norte americana, que trabalham referências de dentro ou até de fora, mas completamente fora desse contexto USA. É bizarro demais como ainda produzimos essas cópias.
Bizarro porque copiar ou “se inspirar” nesses artistas é o mesmo que visar copiar um modelo de trabalho doentio, pautado na exploração desses próprios artistas. E isso já vira algo grave para nós à medida em que se cria uma educação de consumo com base nisso. E é assim que nosso mercado vai sendo desenhado, seguindo esse padrão ao invés de sustentarmos a nossa própria narrativa.
Talvez, muito provavelmente e com certeza o motivo pelo qual elegemos o nosso então presidente genocida seja esse. Ainda estamos buscando olhar para a grama do vizinho, o nosso primo rico. Para alimentar esse complexo de inferioridade e preencher esse falso vazio que é uma de nossas heranças da colonização.
Ter um presidente assumidamente cópia do Trump diz muito sobre como estamos inclinados a performar a nossa identidade.
Nós ainda queremos ser como eles porque ainda temos um ódio da nossa própria gente. Uma parte que recusamos a aceitar e que é justamente a nossa mais linda parte.
É preciso uma gama intensa de ódio de nossa própria cultura para deixar que grande parte do nosso acervo de filmes que ocupava cerca de pouco mais de 6 mil metros quadrados no galpão da Cinemateca acabem sendo destruídos em um incêndio criminoso, por puro e descarado descaso.
E no meio disso tudo, aquele que seria tido como autoridade, o então ministro da cultura colocar culpa no seu partido adversário e no governo anterior, bem no estilo briga de escola, que aliás, é o que nossa política tem sido há muitos anos.
Uma enorme sala de Ensino Fundamental voltada para os meninos que ficaram de recuperação. Os mais imaturos e mais desprovidos de inteligência da turma que ficam brigando entre si, afogados em sua própria demência, na disputa de quem é o mais competente na imbecilidade.
14 milhões não foram repassados para pagar os funcionários que por sua vez foram demitidos no último ano.
14 MI. E todo esse dinheiro foi para onde?
Do mesmo modo que podemos nos perguntar por que que a gente continua dando palco para um palhaço mal quisto por grande parte da população global quando há uns 5 anos atrás tiramos um chefe de estado do poder por muito menos. Ah sim, não falei, né? Era A chefe de estado. Uma mulher na presidência…
Bom, e assim a gente vai seguindo, odiando a nós mesmos (já que é cada dia mais insustentável viver nesse país do jeito que ele anda), dando espaço para o que vem lá de fora, do velho tio Sam… E tudo vira bosta, Rita Lee!
O universo vem nos pedindo mudança, mas lá fora, aqui dentro ainda há uma maioria resistente a mudar sua própria mentalidade e isso só atrasa ainda mais o processo. Vai dar trabalho de sair desse retrocesso que nos enfiamos há décadas atrás, viu? E não sou eu quem está dizendo.
Tudo bem, mana, você pode desejar ser como a Beyoncé, não tem nada de errado nisso. Desde que você tenha consciência de que a própria está exausta e muito provavelmente não aguenta mais trabalhar para essa indústria sugadora de almas pra poder se manter sendo capaz de criar e ainda se manter saudável. Com esse peso de que é carregar o rótulo de super star nas suas costas e vender performance. Sem nos esquecermos do fato que ela tem a sua própria produtora e gerencia carreiras como a da maravilhosa dupla Chloe and Halle que inclusive, é uma cópia sua, das performances aos visuais, esse vídeo aqui talvez te faça enxergar de forma bem nítida, caso você ainda nutria suspeitas.
Tudo bem sentir saudades da Rihanna lançando um álbum novo e fazendo show desde que você tenha consciência do quão inconveniente e desprovido/a/e de empatia você está sendo toda vez que você vai lá nos comentários dela importuna-la com essa pauta. Eu já falei uma vez e continuo batendo nessa tecla até que o maior número possível de pessoas compreenda de uma vez por todas que artistas não são máquinas de produzir ou performar, são antes de mais nada e, acima de qualquer coisa, seres humanos como você também. E se você aplaude essa dinâmica podre que precisa ser modificada sem no mínimo questionar você, na verdade, ajuda mais os seus artistas preferidos a ficarem doentes, principalmente da cabeça por essa busca pela entrega de alta performance/conteúdo.
Eu fico feliz e aliviada que estamos saindo nas ruas para pressionar a justiça norte americana no caso #FreeBritney porque isso mostra que ainda temos sim condições de nos mobilizar por causas que já ultrapassaram a escala de inaceitável ao isso é desumanamente absurdo demais para aceitar. Mas podemos fazer mais e a prova disso é o fato de que até hoje essa questão continua rolando quase que em banho maria, com a maior prejudicada nessa história toda, a própria artista ainda presa, sem o direito de escolher e decidir sobre sua própria carreira. Completamente atada. Enquanto o seu pai enriquece às suas custas sem nem repassar metade da verba à própria dona do dinheiro, tendo obrigado a filha a fazer shows em meio a uma febre de quase 40°, só para citar algumas das barbaridades que envolvem esse caso.
Mas o bizarro é óbvio. Isso é verdade. Estamos acostumadas. Por isso não choca mais e é esse o suprassumo de nossa sociedade do espetáculo.
Nada pode chocar mais que esteja dentro do campo da bizarrice porque o bizarro virou o novo normal bem antes de existir esse termo estúpido.
É bom se manter no campo do conhecido.
Estranho seria uma cantora pop da faixa dos 20 e poucos ascender com referências sulafricanas, moçambicanas, cubanas, indianas (países riquíssimos nos aspectos culturais tanto quanto o nosso) ou até norte-nordestinas, do Carimbó ao Manguebeat.
Estranho seria ver uma cantora pop brasileira ainda jovem cuja sua referência principal seja Dona Onete ascender no mainstream e ganhar renome mundial.
Mas calma! Calma! É, eu sei, se tratando do mercado de música pop, todo mundo sabe muito bem que é sobre vendas, O que hita. Quantidade não qualidade. Então, por um lado, esperar o que eu espero é quase que tentar tirar leite de pedra…
Seria tão chocante assim ver uma cantora do porte da Luiza Sonza surgindo e bombando no mainstream nacional e internacional trazendo influências das mais diversas que não as norte americanas?
Seria tão chocante assim uma cantora pop brasileira de alcance internacional ter como sua principal referência a Gal Costa, Elba Ramalho, e a Bethânia? Melhor ainda, a Maísa? Cuja estética foi copiada descaradamente pela Lana Del Rey anos mais tarde e isso eu chamo de um turn point divertido de se ver.
Hum…
Bom, eu gosto de sonhar e não vejo por que não sonhar com mundos possíveis.
Tenho a esperança de ver nomes como Luiza e Os Alquimistas, MC Tha, Getúlio Abelha, Potyguara Bardo (e outres que não citei) ganharem potência de alcance e reconhecimento tal que permitam abrir caminhos para a construção dessa então super star brasileira made in nordeste por exemplo, dominar as paradas de todo o país, permitindo inclusive surgir entre a criançada a vontade de querer ser como elas: made in BR.
O fato é, para nos reverenciarmos é preciso olhar para o que está sendo feito aqui com mais apreço e com tanta ou mais atenção do que é exportado made in USA. E isso é o que pode chocar, dado o fato de sermos educados a alimentar essa cultura de auto desprezo que temos, também conhecido como a síndrome da inferioridade.
E não digo no pop mas de modo geral. Sem deixar de mencionar o quão evidente para a esfera musical, essa cultura de cópia do que é produzido lá se torna. Podemos comemorar e agradecer que temos uma geração de artistas independentes tão potentes quanto os que citei acima que estão levando o nome do Brasil para fora de uma forma tão esplêndida e original, como a Luedji Luna (o que ela fez no Tiny Desk foi de dar arrepio), apenas para citar mais um nome desse contexto musical.
Esse é sim um bom momento de deixarmos de ser reféns e passarmos a ditar as regras do jogo, tal como fez o Porto Rico que transformou o reggaeton em símbolo dessa resistência e autoafirmação. Um turn point de classe. Até mesmo nossos artistas (de novo a indústria pop!) se apropriaram da referência. Muito provavelmente se você está no mínimo por dentro dos últimos lançamentos que viraram hits de 2 anos atrás até o momento vai identificar as referências.
Quem dera olhássemos para nós mesmos com os mesmos olhos que os gringos olham para a Luedji… Eu pelo menos sinto falta de termos uma dinâmica mais equilibrada e justa com nossos colegas de continente, especialmente no aspecto Consumo Cultural.
E é quase impossível não relacionar isso com o fator educação. Algo que nos é ensinado e que aprendemos a levar conosco.
Mas afinal, como eu vou amar meu país por inteiro e me inspirar no que é produzido aqui se eu nem sequer sei distinguir o que é Norte do que é Nordeste?
Como que é possível, alguém que crê fielmente que o Maranhão fica na região Norte do país ser capaz de adotar nossas raízes como parte de sua identidade, seja por identificação, seja por consumo e apoio ao que é feito aqui? E mais ainda se tratando do nicho independente.
Há exceções mas é bem difícil de se ver. As atrocidades geográficas não chegam nem perto da xenofobia que até hoje se faz presente, e isso é fortalecido pela nossa querida indústria cultural de massa, especialmente as grandes emissoras de televisão que ainda insistem em dar espaço para os autores da velha guarda, os que congelaram no tempo em que se idealizava que na Bahia, 9 em cada 10 baianos utilizam a expressão “mainha” e “meu rei”.
O Brasil não conhece a si próprio quando há divisão de sotaques por sotaque carioca, sotaque mineiro, sotaque paulista, e sotaque nordestino. Como se todos os estados do Nordeste fossem uma coisa só.
De fato é. Um vasto caldeirão cultural em que é preciso dedicar um mínimo de 365 dias de viagem por todos os estados da região para conhecer as diferenças de cada um. Eu disse no mínimo.
Talvez precisamos tomar esse caso do Porto Rico como um grande case a ser estudado por nós mesmos para fazermos nosso dever de casa através da reflexão. A auto reflexão, já que esta é sim uma questão de auto percepção. O Brasil já comeu do próprio Brasil antes, não seria tão extraordinário assim retomarmos esse movimento em todas as esferas.
Só que fica mais difícil ainda nos alimentarmos de nossa história quando há seu apagamento.
Talvez, antes de se resolver essa questão presidencial, a qual estamos todas/os/es sedentas/os/e, seja necessário passarmos por uma grande mudança na mentalidade individual, já que cada um de nós temos nossa parcela de responsabilidade em quem elegemos para desgovernar nosso país, tanto quanto em relação às coisas que permitimos fazerem parte de nossas vidas no contexto coletivo.
Quem sabe um dia…
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outsidermagazine · 3 years
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outsidermagazine · 3 years
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Poema Jogo - Tobias Nunnes
Poema publicado na revista BUFO edição 01 (2020)
Published in BUFO magazine, issue 01
More about Tobias Nunnes:
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outsidermagazine · 3 years
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Efe Godoy (MG - BRA)
Know more:
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outsidermagazine · 3 years
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The 1st step - TITA (@404tita)
2020 archives
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outsidermagazine · 3 years
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outsidermagazine · 3 years
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@tobiasnunnes
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