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#bauman
huzursuzlugun-blogu · 6 months
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Bauman'ın, Kaufmann'dan yaptığı alıntı.. “Herkes umutsuzca başkalarının gözlerinde onay, hayranlık ya da sevgi arıyor gayretle..” (Yaşam Sanatı)
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epifizz · 8 months
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"Barrington Moore Jr.'ın adaletsizlik üzerine yaptığı klasik çalışmasından bildiğimiz üzere; geçmişte, farklı kategorilerde bulunan insanlar sırf eşit olmayan koşullarda yaşıyorlar diye mahrumiyetten yakınmamışlardır (durum bu olsaydı insalık tarihindeki isyanların bu kadar kıt oluşu açıklanamazdı) Dışarıdaki bir gözlemciye ne kadar perişan, acınası ve itici gelse de, insanlar uzun süre hiç değişmeyen düşük yaşam standartlarına uysalca katlanır, direnmez, alışır, onları 'doğal' kabul eder. Mahrumlar ve mülksüzler; durumlarının korkunçluğuna, düzene, yalnızca daha çok taleple karşılaşıp, eskisinden daha az ödüllendirilmeye başlandığında isyan etmişlerdir. Kısacası, kötü koşullara değil de alıştıkları ve katlandıkları koşullardaki ani değişikliğe başkaldırmışlardır. İsyan etmeye hazır oldukları 'adaletsizlik', etraflarındaki kişilerle yapılan haksız bir kıyaslamaya göre değil, önceki koşullarına göre ölçülmüştür."
-Zygmunt Bauman
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adiosalasrosas · 1 month
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Enamorarse y desenamorarse.
La naturaleza del amor implica —tal como lo observó Lucano dos milenios atrás y lo repitió Francis Bacon muchos siglos más tarde— ser un rehén del destino.
En el Simposio de Platón, Diótima de Mantinea le señaló a Sócrates, con el asentimiento absoluto de este, que «el amor no se dirige a lo bello, como crees», «sino a concebir y nacer en lo bello». Amar es desear «concebir y procrear», y por eso el amante «busca y se esfuerza por encontrar la cosa bella en la cual pueda concebir». En otras palabras, el amor no encuentra su sentido en el ansia de cosas ya hechas, completas y terminadas, sino en el impulso a participar en la construcción de esas cosas.
El amor está muy cercano a la trascendencia; es tan sólo otro nombre del impulso creativo y, por lo tanto, está cargado de riesgos, ya que toda creación ignora siempre cuál será su producto final.
En todo amor hay por lo menos dos seres, y cada uno de ellos es la gran incógnita de la ecuación del otro. Eso es lo que hace que el amor parezca un capricho del destino, ese inquietante y misterioso futuro, imposible de prever, de prevenir o conjurar, de apresurar o detener. Amar significa abrirle la puerta a ese destino, a la más sublime de las condiciones humanas en la que el miedo se funde con el gozo en una aleación indisoluble, cuyos elementos ya no pueden separarse. Abrirse a ese destino significa, en última instancia, dar libertad al ser: esa libertad que está encarnada en el Otro, el compañero en el amor. Como lo expresa Erich Fromm: «En el amor individual no se encuentra satisfacción […] sin verdadera humildad, coraje, fe y disciplina»; y luego agrega inmediatamente, con tristeza, que en «una cultura en la que esas cualidades son raras, la conquista de la capacidad de amar será necesariamente un raro logro».
—Amor líquido, Zygmunt Bauman
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arinewman7 · 2 years
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Old Possum's Book of Practical Cats
T.S. Eliot
1939
Bauman
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existindo1800 · 2 years
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Bauman sempre além do seu tempo!
Vendo carência em corações rasos!
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bocadosdefilosofia · 1 year
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«En nuestro volátil mundo de cambio instantáneo y errático, las costumbres establecidas, los marcos cognitivos sólidos y las preferencias por lo valores estables, aquellos objetivos últimos de la educación ortodoxa, se convierten en desventajas. Por lo menos esta es la posición en que las sitúa el mercado del conocimiento, para el cual (como sucede con las demás mercancías en los demás mercados) toda lealtad, todo vínculo inquebrantable y todo compromiso a largo plazo son anatema y también un obstáculo que hay que apartar enérgicamente del camino».
Zygmunt Bauman: Los retos de la educación en la modernidad líquida, pág. 37. Gedisa Editorial. Barcelona, 2007
TGO
@bocadosdefilosofia
@dies-irae-1
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eat-potatoes-huehue · 2 years
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Resolvi usar meu tumblr como diário, no Twitter é alívio rápido, aqui vai ser paras crises que me consome por dias. Texto altamente autoral e sem tempo para explicações, caso sinta a necessidade de compartilhar por favor dê os devidos créditos, não compartilhe minha dor como sua 100%.
Será que realmente eu sou intensa ou os homens esqueceram o que é receber mínimo de afeto?
Não é mais necessário ter conhecimento sobre a pessoa, querer entender seus medos ou ter o prazer de ouvir ela falando de seus sonhos. Pra que isso? Não preciso apenas saber qual posição mais gosta, qual força do tapa que posso dar ou se preciso comprar camisinha?
Será que bauman tava certo e só escolheu feio o público que realmente tornou o amor líquido? Qual o sentido de me entregar para um homem que não consegue pensa em uma pergunta simples que possa gerar uma conversa casual mas pensa em 300 possibilidades de me comer num banheiro público.
Como disse a Mickey, procurar o amor é o que me mata, ainda mais na minha situação que sou facilmente classificada de louca. Aí de mim ter um momento de sanidade e colocar a minha saúde mental em primeiro lugar, usar o pouco de auto estima que tenho para bloquear o cara que aparentemente tá mais carente que um orfanato inteiro mas se recusa fielmente a dar o mínimo de afeto. Ou até mesmo aquele que some e volta como se pudesse e tivesse o direito de me machucar, mas acho que nesse caso eu mesma entreguei a chave.
Sempre ótima para passar o tempo, ótima para ouvir sua história de vida, ótima para fazer o que vc gosta e apenas o que vc gosta. Ótima para ser submissa, ótima para ser um depósito de esperma, ótima até mesmo pra fingi pros seus amigos que você superou alguém. Nunca ótima pra ser assumida, nunca ótima para o mínimo de esforço pra me conhecer, nunca ótima pra conhecer os meus detalhes, nunca ótima pra me deixar amar. E nesses pensamentos que volto ao arrependimento de ter desistido daquele ex, aquele que no pouquíssimo tempo que passamos eu o amei ardentemente. O suficiente pra imaginar uma vida interinha juntos, já que nunca pude te conhecer melhor apenas com o pouco de carinho que me deu mas que foi mais que muitos deram.
Aprendi que realmente homens não ligam para estrias, manchas ou pelos. Conseguem ir além ignorando cortes, uma mente perturbada e até um não. Será que viciei na porra do sexo? Acho que não. Minha sede por porno, amador na maioria das vezes, é apenas pelo toque, pelo carinho e cuidado que é notável em alguns vídeos. Pode ser coisa da cabeça mas eu vejo amor mesmo que o cara esteja fodendo a garota com todas suas forças.
Agora faz mais sentido esse medo de ser sozinha, medo da solidão, posso culpar o borderline sem nem desconfiar, mas prefiro culpar o mercúrio retrógrado que parece menos perturbador e preocupante. Fodase se eu tenho amigos ou até mesmo alguma família, não é a mesma coisa que ter "alguem", você sabe que não. Mas parando pra pensar metade do que minha mãe faz por mim, homem nenhum faria em seu maior pico de tesao.
Não quero mais me relacionar com pessoas assim, não quero mais esse peso muito menos a dor. É tão difícil pedir o mínimo, enquanto os tóxicos me falam que se eu esperar chega, que eu não preciso me preocupar,  sendo que seus relacionamentos estão fadados ao fracasso e completamente sufocante. Amor não é fácil, a primeira vista é falso e inexistente, requer conhecimento, carinho, paciência e tempo, mas ninguém quer mais ter esse trabalho é mais fácil machucar pessoas, que por vezes, são inocentes.
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gocciodigrog · 2 years
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La società come catena di montaggio
La società odierna, che affonda le sue radici nel razionalismo e nel profitto tanto sul piano lavorativo quanto su quello personale, comporta dei processi alla cui base si pone un alto grado di scrupolosità verso canoni socialmente determinati.
Tali canoni andrebbero necessariamente raggiunti con una certa rapidità, allo scopo di avvantaggiarsi rispetto ad una concorrenza avente simili obiettivi. In questo clima perfezionistico, in cui i risultati massimi devono essere conseguiti in tempi minimi e l'attenzione è del tutto posta sulla produttività, risulta facile perdere il senso di appartenenza a se stessi e alla propria individualità.
Sono molteplici, nel corso della storia, gli esempi analizzabili. Ogni limite può essere estinto e valicato, finanche a toccare i più angosciosi orrori del genocidio ebraico, condotto da funzionari e criminali di guerra che – con la scusa di obbedire alle autorità – si ponevano come strumenti di un sistema macchinoso e privo di etica, inibitore di una coscienza di sé che permettesse un'azione contraria. «I “Papi” del Reich avevano impartito degli ordini e io dovevo obbedire» dichiarava Adolf Eichmann nel 1961, durante il processo che segnò la sua condanna. Tutto, dai trasporti ai campi di concentramento, era studiato in modo da costituire un sistema ingegnoso e funzionale per spingersi al traguardo prestabilito, seguendo ciecamente le istruzioni impartite a discapito della propria scelta e consapevolezza individuale. Tristemente, la suddetta realtà non appartiene esclusivamente ai decenni scorsi – per quanto possa essere stata iperbolizzata negli anni della guerra. Si tratta effettivamente di un caso culmine, apice di una dimenticanza di sé che spiega come un soggetto medio possa giungere ad agire da mero strumento più che da individuo. Ad oggi ciò è osservabile, seppur in misure meno evidenti, nella quotidianità.
Ad una prima occhiata, l'avvento del fordismo – basato sulla produttività e sulle catene di montaggio – sottolinea degli innegabili fattori positivi. È anzitutto rilevante il ruolo dell'efficienza, conseguita mediante l'ottimizzazione dei tempi e di schemi funzionali ripetuti ciclicamente, imprescindibili per ottenere risultati proficui. L'impegno comune nel raggiungimento di un obiettivo, inoltre, determina una competizione con conseguente stimolo a conquistare il proprio bersaglio con anticipo sugli altri, tanto nelle aziende quanto nella vita privata. Si rende dunque necessario evitare che l'idea venga messa in atto da terzi, accrescendo la prosperità del proprio ente di appartenenza o del proprio status individuale. Una simile struttura era già identificabile con antecedenza rispetto alle intuizioni fordiane, a partire dalle rivoluzioni industriali. Insieme ad altri vari elementi fondamentali, la macchina a vapore aveva portato ad una serie di rapidi progressi industriali e tecnologici che, passando inizialmente per il positivismo, erano sfociati nella seconda rivoluzione industriale e, per vie traverse, nella società capitalistica ad oggi conosciuta. Nondimeno, più che in un miglioramento l'eccesso rischia di risultare in danni seri e marcati. Trasciniamo con noi il segno di una realtà in cui gli operai – costretti ad orari disumanizzanti e inflessibili – erano destinati ad una qualità di vita inferiore; ancor più di prima, il lavoro e il profitto appaiono come il fulcro e il movente della nostra epoca attuale, persino al di fuori della carriera. Tuttavia, a confutare la presunta vantaggiosità di una siffatta struttura affluiscono oramai svariati studi. Degni di menzione sono quelli dell'Università di Stanford, secondo cui le tempistiche estreme e il perfezionismo, a conti fatti, oltre una data soglia diminuiscono la produttività. Altrettanto significativa è una ricerca condotta dall'Università di Melbourne, che dimostra come l'eccedenza di lavoro comprometta il singolo, alterandone le abilità cognitive. Oltretutto, anche la competizione non è esente da incertezze: sfide tanto esasperate aprono infatti le porte al pericolo della disuguaglianza sociale, fortificando il divario tra gruppi distinti e alimentando le dinamiche relative ad in-group, ovvero la cerchia di cui si fa parte, e out-group, un complesso sociale esterno additato spesso come inferiore o non desiderabile.
Appare quindi dominante un tipo di azione razionale rispetto allo scopo o, per meglio dire, l'adoperarsi razionalmente per giungere ad un traguardo. A tal proposito, il sociologo americano George Ritzer conia il termine “McDonaldizzazione”, una forma radicale di azione razionale che penetra in ogni aspetto della nostra vita e, come possiamo ben vedere, nella nostra individualità. Come riportato dallo stesso Ritzer, le modalità del fast food influenzano «non solo l’alimentazione, ma anche l’istruzione, la sanità». Principi fondamentali della McDonaldizzazione sarebbero, oltre all'efficienza e alla razionalità, anche la prevedibilità e la quantificazione. Ai suddetti assiomi segue un distacco dalla propria personalità, repressa in favore di script familiari da seguire costantemente, concentrandosi unicamente sui numeri e su risultati prefissati e standardizzati a discapito della creatività. Si è obbligati, pertanto, a far confluire una porzione limitata di tempo con il perfezionismo. Tale convergenza può facilmente causare considerevoli livelli di stress e, conseguenzialmente, problemi di natura psicologica quali ansia, cronofobia, demotivazione e scarsa autoefficacia, fino ad arrivare a nientemeno che disturbi ossessivo-compulsivi o depressione. Il rischio è, quindi, quello di allontanarci dal nostro “io reale” in favore di un “io collettivo” e puramente sociale.
La stessa pressione era già stata percepita da letterati e artisti del passato: classica rappresentazione di un tale scenario è “Sera sul viale Karl Johan”, opera pittorica del celebre Edvard Munch raffigurante una folla indistinta, senz'anima, che si dirige in massa verso un obiettivo vano ed effimero, esattamente in linea con la struttura sociale corrente. Difatti, la spinta della McDonaldizzazione ci muove su un percorso fatto di scopi minori che si susseguono l'un l'altro, numerose tappe che, in realtà, non hanno un fine ultimo e non vogliono portarci da nessuna parte se non ad una razionalizzazione svincolata e senza riserve.
Tali svolgimenti sono ormai tanto globalizzati da risultare, con ogni probabilità, inarrestabili: ci viene imposto, quindi, di adattarci ad un sistema che potrebbe altrimenti schiacciarci. Il filosofo e sociologo polacco Zygmunt Bauman, nella sua opera “Modus Vivendi” affermava che «“progresso” sta ad indicare la minaccia di un cambiamento inesorabile e ineludibile che invece di promettere pace e sollievo non preannuncia altro che crisi e affanni continui, senza un attimo di tregua». Lasciando emergere le insicurezze e le paure della modernità, proseguiva ribadendo che «invece di grandi aspettative di sogni d'oro, il “progresso” evoca un'insonnia piena di incubi di “essere lasciati indietro”». Considerata l'incessantezza di questo fenomeno, proporre un'opposizione totale sarebbe illusorio e irrealistico in quanto rimarremmo vittime di fattori esterni di portata globale. Ciononostante, tenendo conto degli aspetti descritti, è possibile realizzare un piano di reazione, cura e mantenimento personale assiduo che salvaguardi la propria e l'altrui stabilità mentale. È di vitale importanza, quindi, imparare a distinguere il nostro io individuale da quello pubblico, ponendo attenzione nel coltivare entrambi in modo armonizzante per poter funzionare al meglio nella sfera privata e nel mondo esterno. Trovando – e in particolar modo mantenendo – il giusto bilanciamento tra il sé e la collettività, la pressione di una smisurata razionalizzazione sarà fronteggiabile, fornendoci notevoli benefici sia nell'ambito sociale che nell'ambito personale. Finalmente, con impegno costante, lo schiavismo mentale prodotto dalle “catene di montaggio” potrà lasciare spazio ad un più sano “adattamento” consapevole ed equilibrato.
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Fonti:
The productivity of working hours, Stanford University
Use it too much and lose it? The effect of working hours on cognitive ability - Melbourne University
Relazione - George Ritzer
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driftwork · 1 month
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Babel, bauman and mauro....
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androgynousboytoy · 6 months
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I just learned about Bauman and that silly little man is SO right, yes my inability to focus and to decide is n o t my fault, its caused by the excess of choices!!
Society is liquid and I am just a silly guy it ain’t my fault!
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rubonidas01 · 7 months
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reseta-r · 8 months
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Bell Hooks com "todas as formas de amor" tá dando pano pra Bauman se fazer mais presente do que nunca na sociedade com o fato explícito do amor líquido.
Mulheres monogâmicas e a não adaptação à não-monogamia.
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epifizz · 10 months
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Güvenliğin artırılması, daima özgürlüğün feda edilmesini gerektirir çünkü özgürlük ancak güvenlik pahasına genişletilebilir. Oysa özgürlüksüz güvenlik, köleliğe eşittir (ayrıca, içine özgürlük katılmamış bir güvenliğin son derece güvenliksiz bir güvenlik olduğu ortaya çıkar). Oysa güvenliğin olmadığı bir özgürlük de, terk edilmeye ve kaybolmaya eşittir (ve sonunda, içine güvenlik katılmamış bir özgürlüğün de son derece özgürlüksüz bir özgürlük olduğu ortaya çıkar). Bu koşullar düşünürlerin başını hep ağrıtmıştır ve ağrıtmaya devam edecektir. Özgürlük adına feda edilen güvenlik, diğerlerinin güvenliği olacağından birlikte yaşamak da çelişki dolu bir hale gelir; güvenlik adına feda edilen özgürlük de diğerlerinin özgürlüğü olur.
-Zygmunt Bauman
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chegouomeiodia · 9 months
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Vivendo a Modernidade Liquida
Esses dias vi um daqueles vídeos curtos do Instagram onde um psicólogo lista possíveis explicações para você querer voltar com seu ex.: um dos itens dessa lista me deixou pensativo e era sobre isso que gostaria de depositar aqui algumas palavras:
Ele explicava, mais ou menos, que um dos motivos de você querer voltar com seu ex era a falta que você tem da versão que você era com aquela pessoa.
E isso para mim feito um tanto de sentido. Obviamente não explica tudo, mas cobre uma grande parte da explicação, pelo menos em minha cabeça.
Antes de tudo, somos organismos que reagem a estímulos. Conscientes disso ou não, tudo o que somos é a soma de um infinito números de estímulos e da forma como reagimos a eles, o que por sua vez é determinado em grande parte por nossa herança genética e nossos primeiros anos de vida. E, obviamente, essas experiências vão se acumulando ao longo do tempo, cada vez mais complexas.
Chamo de estímulo qualquer coisa que venha a influenciar no estado do nosso corpo e mente. Seja um som, uma imagem, uma narrativa. Acho que deu para entender.
Pois bem...
Somos seres que reagem a estímulos e somos constituídos por eles e as reações a eles e reações a essas reações e assim por diante.
E cada época possui estímulos particulares. Formas específicas de ver o mundo, as coisas, as pessoas. Um conceito usado para explicar isso é o de ‘Zeitgeist’, traduzido por ‘Espírito da Época’. Isso é como se fosse um conjunto de ideias, padrões e pensamentos aceitos e difundidos em determinada época. Por exemplo, no séc XVII tivemos o desenvolvimento do chamado Mecanicismo com o aprimoramento das maquinas. Foi natural, então, que nessa época surgisse a visão de que o ser humano é também uma maquina. E essa ideia teve implicações que mudaram a história humana até hoje, como, por exemplo, a possibilidade de controle da experiência humana.
O Zeitgeist influência fortemente o modo como o ser humano age no mundo, como ele vê a si mesmo, aos outros e a vida.
É impossível para um pessoa escapar das ideias da sua época, principalmente porque somos também sociais, e precisamos, em certa medida, da aprovação de algum grupo, seja por questões mais práticas, como as profissionais, seja por questões profundamente íntimas como o medo do abandono.
Isso ocorre principalmente quando somos jovens, por isso, não é difícil saber qual a opinião de, por exemplo, um universitário médio sobre qualquer que seja a questão política, social ou mesmo pessoal que se questione. Basta para isso conhecer quais as ideias que circulam, quais as narrativas estão sendo ofertadas. Obviamente não somos meros receptáculos de ideias, por isso há grande variação no tom das coisas, mas, se você olhar com atenção, verá que são diversos tons da mesma cor, ainda que haja dissidentes da ordem atual, que vivem a margem da vida pública ao abraçarem ideias que não são, no momento, compatíveis com o Zeitgeist de agora.
Recapitulando: somos constituídos por diversos estímulos e cada época tem seus estímulos, como é muito difícil escapar desses estímulos, somos fruto da época em que vivemos.
E qual a lógica que permeia nossa existência nesses tempos atuais? Entre tantas, talvez a mais significativa, pelo menos para minha explicação de agora, é a lógica do consumo.
O Consumismo, definições formais de lado, é um modo de ver a vida como um todo através de dimensões de compra, venda, oferta, perdas e ganhos.
Nesse mundo de consumo, nós somos “convidados” a nos ver como consumidores de qualquer coisa, desde produtos e serviços, a base da vida moderna, até mesmo ideias, pensamentos e por fim, experiências e pessoas.
A ideia “Você não pode deixar de comprar o último Iphone lançado. Todo mundo já tem!” leva a outras ideias como “Como você ainda não sabe isso? Todo mundo já sabe” ou ainda “Como você ainda não viveu isso? Todo mundo da sua idade já o fez”.
É uma lógica, antes de tudo, egoísta, que introjeta nas pessoas a construção de si mesmo através do consumo de tudo e qualquer coisa. Nessa forma de se constituir enquanto pessoa, quanto maior o consumo, melhor se viveu a vida. Do ponto de vista de um consumidor, aquele que pode usufruir de bons eletrônicos, de carros caros, de casas, viagens chegou ao ápice da experiência humana. Paralelamente,  do ponto de vista de uma pessoa, quanto maior for o número de coisas que você conheceu, de pessoas com quem se relacionou, de experiências que você vivenciou, melhor você viveu sua vida. Quem “aproveitou a vida e tudo o que ela tinha para oferecer” chegou, de forma semelhante, ao ápice da experiência humana.
Nesses dois exemplos acima há uma ideia egoísta, individualista de liberdade através da realização de desejos. Não é a toa que muito pouco hoje se fale em, por exemplo, sacrifício, abdicação ou coisa do tipo. Coisas que remetam a uma negação do eu em prol de algo ou alguém de fora de você. Essas coisas são consideradas uma forma de diminuir a experiência humana e o consumismo é antes de tudo uma forma de se relacionar expansionista e de auto afirmação: você precisa querer o novo produto para o sistema não colapsar e, consequentemente, você vai querer uma nova experiência, uma outra sensação; é algo que surgirá de “modo natural”, exatamente pelo fato de que você se constituiu desse forma enquanto sujeito. 
Diante desse quadro geral é possível entender por exemplo, o porquê de tantas pessoas reclamarem da volatilidade dos relacionamentos atualmente. A ‘modernidade liquida’ de Bauman é o efeito desse modo de relação consigo mesmo e a vida: imagine uma criança em uma loja de doces e acesso ilimitado aos produtos. Não é difícil imaginar que ele correria sem rumo tentando comer tudo o que pudesse. De modo semelhante, o cidadão moderno é uma ‘criança’ ao qual é levada a acreditar que, pelo menos é possível, aproveitar de todos os ‘doces’ disponíveis na grande loja da vida. Em tal contexto, mesmo em relações funcionais, somos levados a pensar em algo ‘mais doce’. Nesse âmbito, a disseminação de histórias românticas é algo sintomática. Para saber mais sobre isso, converse 5 minutos com qualquer mulher de vinte e poucos anos que assiste novelas coreanas.
Além disso, seguindo a lógica de consumo, uma pessoa que é levada a pensar que deve trocar seu celular se ele demonstrar o menor defeito, em uma escala bem maior chega a pensar sobre seu casamento: “por que irei ficar nessa relação problemática se posso ter algo bem melhor?”. Em um mundo altamente conectado, onde os contatos e, consequentemente as opções de consumo são cada vez maiores, é esperado que o número de pessoas insatisfeitas com suas relações seja de um número sem fim. Para ver o efeito prático desse aspecto de nossa experiência moderna basta pesquisar sobre o número de divórcios ao longo do tempo.
Finalmente... por que falei sobre isso tudo? Porque fui motivado pela fala do Psicólogo, como expliquei acima.
E qual versão minha que sinto falta? A que eu achava que tinha com ela e que escapava de toda essa forma de existir atualmente. Uma das coisas que mais me dava orgulho era o fato de que nós conseguíamos não sermos meros receptáculos dessa ideia da vida enquanto consumo. De sermos influenciados pela ideologia do nosso tempo.
Enfim... inconscientemente criou-se em mim uma espécie de arrogância, por não achar que eu, assim como qualquer pessoa, poderia ser atingido pelas coisas ruins do mundo, como o fato de que você pode ser ‘descartado’ a qualquer momento, tal qual um produto que está desatualizado ou não é visto como tendo muita serventia no momento. Eu via inúmeros relacionamentos desmoronando ao meu redor, principalmente pela facilidade da internet, e achava que aquilo era algo apartado de mim.
Qual minha surpresa quando ela me diz, ainda que de modo indireto, que gostaria de terminar as coisas para poder ‘aproveitar a vida’, ‘viver experi��ncias’. Não consigo não pensar em que intensidade ela foi influenciada, ou, para não ser tão direto, apoiada pelo seu meio social, amigos, pessoas mais próximas. Assim como não pude deixar de pensar se isso foi algo que se tornou ou estava sempre ali e eu não vi. Talvez até qualquer pessoa que eu parasse na rua e explicasse a situação desse razão para ela, afinal, a vida está aí para ser vivida, e todos nos temos que procurar nossa felicidade, nos colocar em primeiro lugar, nosso prazer antes de tudo, não é mesmo?
Isso parece lógico!
Mas uma vez um sábio me alertou para o fato de que as coisas mais ‘lógicas’ são também as que mais precisam ser questionadas.
Como eu disse, é muito difícil escapar o espírito da sua época.
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porgenspengler · 4 months
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Made this as a joke to explain my thesis topic to my buddy
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anadelacalle · 1 year
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INDIVIDUALISMO versus COMUNIDAD
La constatación de que el humano es un ser en proceso, cambiante, fluctuante, regresivo y que, éste siendo mutable no es lineal, sino simultáneo con cuanto ha sido, es y proyecta ser, ha sido sostenido con variedad de argumentos por pensadores como Zubiri, Zambrano, Maillard y aún hoy por una diversidad que convergen en el intento de liberar lo humano de categorías fijas, que predeterminan y…
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