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#A Espinha do Diabo
amor-barato · 2 years
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O que é um fantasma? Uma tragédia condenada a se repetir várias vezes? Talvez um momento de dor. Algo morto que parece ainda estar vivo. Uma emoção suspensa no tempo.
Guillermo del Toro, A Espinha do Diabo (The Devil's Backbone)
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markiefiles · 6 months
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— DIMNeSs
fem reader x na jaemin
avisos: monster!fic, jaemin encosto, jaemin!bigdick + ele tem dois paus, belly bulge, creampie, cockwarming leve, cum eating, eles coexistem entre eles, dirty!talk, pt-br, halloween!au
Boa leitura e feliz halloween! ~ Buh.
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O apartamento bem localizado do centro tem uma história, aranhas mortas pelo teto e chão poroso de madeira.
As canecas trincam toda noite e você não percebe.
Seus olhos são fundos, o pó debaixo do tapete parece te envenenar toda vez que se acumula, duas ou três vezes por semana, amarga todos os dias, mas a vista esplêndida da varanda te aliena. Os ombros pesam, carregados por uma poeira que impregna e te deixa sem ar, você mal consegue dormir pela noite, o corpo tensiona, os músculos estão doloridos e a mente é corrosiva, tóxica.
Os sonhos tornam-se pesadelos, você consegue contar nos dedos quantas horas dormiu e terminantemente foram poucas.
O modo como os colegas de faculdade te assistem e debocham neuróticamente dia após dia passa despercebido, você não sabe mais dizer quem te suga ou não. Aparenta tão carcomida pelo próprio cansaço que não repara a fumaça roxa que te cobre todos os dias, te deixando invisível. Têm algo sobre isso, sobre os copos trincados, as aranhas mortas nos cantos do teto e a sombra que anda dois passos sobre o seu, paralisando-a por aí e roubando parte de seus dias.
Os finais de semana são sempre odiosos, você tenta não focar nos problemas, mas o Encosto se apoia nos teus braços e consome a alma. Você dorme, se alimenta bem, mas parece nunca agradar quem te usa.
Então você o nomeia, distraída. Não procura alguém que possa a ajudar concretamente, a descrença lhe domina.
Passa a conviver com ele, de canto de olho ele te observa, estudar, tomar banho, comer, mas nada fala, apenas te olha, como se fosse Deus, uma onipresença que te deixa aflita e paranóica, mas ainda sim, a vista maravilhosa da cidade te aliena, hipnotiza.
Mas Jaemin não parece se importar, é egoísta. Ele absorve sua energia, derrama por cada fio seu um selo que rouba sua essência. A pele dele é fluorescente, levemente azul, carregando o tom da morte, o sorriso é aliciador, ele te assusta, a personificação do encosto deixa-te apavorada.
Você pensa que por ele ser bonito demais, pode continuar vivendo feito um parasita, apodrecendo as plantas de sua casa e deixando seu rosto mais doente.
Jaemin é repugnante, a doçura dele embrulha o seu estômago não só porque assombra, mas porque também te agrada. Você dorme, tenta pregar os olhos, mas ele invade seus pensamentos, cria cenários, acomoda-se à frente de sua cama, esbanja sorrisos zombeteiros, passa a noite assistindo seus pesadelos, é um showzinho, alimenta o ego dele.
Mas a sua inquietação parece o conquistar, Jaemin sente-se no mínimo desafiado, enquanto a ansiedade faz o seu coração palpitar.
Carregando o cinismo na voz, Jaemin deita-se sobre o seu peito, pega sua mão e a voz doce deturpa “Posso te dar carinho, quero viver dentro de ti, menina”, traiçoeiro como o diabo.
A sua impaciência excita Jaemin, há uma ereção a vista da sombra e você não desvia o olhar, deixa que os fios negros caindo sobre os olhos dele a consquistem, se vê seduzida.
— Jaemin… — geme, parece invocar, talvez por piedade, talvez de excitação.
Ele toca seu rosto, carinhoso, a mão tão gelada que te deixa hipotérmica, com os lábios e unhas arroxeados. Sente o arrepio sobre a espinha, os pelinhos de seu corpo levantam-se e quando nota sua camiseta do pijama foi tirada de seu corpo. Despeja os lábios sobre seus ombros, te mima como se não fosse te sugar, as temperaturas num contraste que desafia qualquer lógica e te deixa desesperada.
Os dedos magros de Jaemin lhe agraciam, ele toca seus mamilos, usa os dentes, aperta e você sente que vai desmaiar de tanta adrenalina que se instala no seu corpo, tão febril quanto antes, enérgico como jamais foi. Sem que perceba, a ereção se esfrega sobre o tecido fino de seu shortinho, você quer o tomar, mas Jaemin não permite que o faça, a força sobrenatural dele é alimentada por você.
—Você tá tão molhada, princesa…— zomba, te sente e empurra parte do monte de pau que se forma contra você. Jaemin gosta desses apelidinhos, gosta de como você se contorce toda vez que a língua gelada serpenteia seus seios te fazendo tremer, gosta de como você parece virgem.
Distraída não percebe sua própria nudez, não nota quando o rosto do Encosto para no meio de suas pernas, brincando com sua excitação, caçoando da mancha que molha sua calcinha, rodeando suas dobras. Ele é rápido, deixa a peça de lado, solta uma risadinha delicada, te examina, os olhos intimamente presos na sua bucetinha, no jeito que ela se comporta, contraindo-se a cada sopro que ele joga contra seu clitóris.
Você é uma bagunça e suas pernas estão paralisadas, precisa se mover, precisa tanto se aliviar, mas Jaemin não deixa, ele estala a língua contra boca sarcástico, vendo graça no seu tesão, você parecia tão estúpida querendo gozar.
De imediato, flutua sob o estofado de sua cama, exibe as grossuras que traz consigo, levemente ansioso pela sua reação. Ele tira os tecidos que lhe cobrem, os paus dele pulam contra seu corpo, a base de cima esfrega-se contra você, te mela, pré-porra perolada, brilhante. Jaemin te provoca, a ponta do outro pênis instiga seu traseiro, seus olhos arregalam, ele é absurdamente enorme, você não aguentaria.
Ele te segura pelos calcanhares, possui seu corpo com tanta facilidade que você não nota estar sobre as coxas mórbidas e frias dele. Aí se esfrega sobre ti, a cabeça melando suas dobras, sujando-as com o teu mel, você murmura “Entra logo, Jaemin...” manhosa, mimada e ele obedece, pela primeira vez parecem entrar num consenso.
Você sente ele dentro, não pulsa, mas parece que a qualquer momento vai explodir, a grossura te faz rolar os olhos, você tremelica, é tão liso, desliza pra dentro com tanta facilidade e você parece não querer que ele saia de dentro. Jaemin não se mexe te sente latejando ao redor do pênis dele, apertando tão deliciosamente que ele rosna, acha lindo como o suor te domina, como as luzes da noite pintam seu corpo, te deixa maravilhosa pra ele e só pra ele.
— Cacete, garota.
Jaemin chama sua atenção e você nota a protuberância que se forma na sua barriga. Ele te joga na cama, sobe em cima de ti, dominante, os olhos negros te hipnotizam, os dedos gelados entram dentro de sua boca e sua língua o adorna, cobre, esquenta e Jaemin transmite isso pro teu corpo, usa de sua temperatura contra você mesma.
— Você é a humana mais gostosa que eu já tive o prazer de atormentar. — Diz.
Jaemin investe o quadril, eleva seu tronco, encontrando uma brecha. Traiçoeiro te penetra duplamente, inteiro em ti, completamente sólido, molhado, te melando, deixando sua marca. Ele volta a olhar o monte que se forma na sua barriga, coloca a mão e empurra, suas lágrimas correm, não machuca, você só parece estar sendo estimulada de várias formas diferentes.
E não consegue lidar com nenhuma delas.
Você nem sabe dizer quantas vezes já gozou, o lençol da sua cama está molhado e os filetes de esperma não cabem no seu canalzinho, vazam pela sua perna compulsivamente, Jaemin tem muita porra, que brilha e te fascina. Ele se afasta e tudo o que consegue sentir é a gosma que sai pingando de suas pernas.
Ele pega com os dedos e você estira a língua, prova a porra, grunhe, parece gostar da textura do sabor.
Mais uma vez te puxa, coloca de quatro, estapeia sua bunda e espalha o esperma, instiga o pênis e sussurra “Ainda vou brincar por aqui, lindinha…”. Suas pernas cedem, os olhos parecem irregulares, cansaço sem igual, você quer dormir, a fadiga te assombra, mas você espera que Jaemin volte, roube sua energia, te cubra de cansaço, seja um Encosto.
E no dia seguinte, não sabe dizer se tudo foi um sonho ou não, as roupas estão no seu corpo e os olhos…
Não estão mais fundos.
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eunwolie · 2 months
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this is a closed starter ! plot drop.
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Eunwol estava acabada. Não adiantava resmungar consigo mesma sobre ter bebido demais, porque era passado. Mais uma vez fugiu de Rio como um diabo foge da cruz, mas era diferente daquela vez. Por quê? Bom, porque disse muito do que não devia.
Não conseguia focar nos próprios pensamentos, pois tudo ao seu redor girava de forma excessiva — Eunwol suspeitava que ela girava também, já que seu estômago estava uma bagunça.
Tudo aconteceu muito rápido, pelo menos no seu ponto de vista. A embriaguez deu espaço a surpresa ao ver o semideus desacordado e sem emoções bem ali, diante de seus olhos, e ao arrepio mais estranho percorrer por sua espinha segundos antes do grito vir da enfermaria. Não havia bebice que permanecesse intacta depois de tanto.
Porém, mente e corpo de Eunwol não estavam em equilíbrio. Quando tudo começou a tremer e as fendas no chão a abrir, Eunwol se desequilibrou. Tentou segurar em qualquer lugar, mas foi a mão de @amaralim que a impediu de cair. É, o universo era irônico.
Segurava na mão alheia com firmeza, pois sentia seu corpo ser puxado para a fenda mais próxima, era pura magia divina!, ela sentia. Em um momento de desespero — e de fraqueza, em seu ponto de vista por se tratar de Amara — a encarou, pedindo:
"Não me solta, Amara. Por favor, não me solta!"
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myshadowfff · 6 months
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Cap. 2 – Quando a noite cai.
A residência estava em silêncio, ele caminhou pela sala olhando ao redor, onde quer que os criados estivessem metidos, com certeza estavam se escondendo dele.
-Isso é ridículo. – começou no momento em que se sentou ao sofá carmim. – por que diabos estão todos escondidos como ratos?
-Por que você acha? – a voz fez com que ele virasse o pescoço para encarar quem se aproximava e ao fazê-lo deixou escapar um som de descaso.
-Há quanto tempo está aí na escuridão feito uma morta viva?
-Mais tempo do que eu realmente queria.
-Nada lhe impede de ir embora.
-É claro que impede, não seja idiota.
Ele riu alto, aquele tipo de risada que fazia com que todos ao seu redor fossem acometidos por um enorme arrepio na espinha.
-É claro, você ainda está apegada a algo que não vai acontecer, me esqueci desse detalhe, esqueci como você é esperançosa e burra Yongsun.
A garota respirou fundo, não ia medir forças e principalmente discutir com alguém como ele, Jackson era um caso perdido.
-E então? Tão cedo e já estão discutindo? – Yongsun desviou o olhar do cara sentado ao sofá para encarar quem se aproximava, ele caminhava a passos lentos, havia um pequeno sorriso em seu rosto enquanto ele se espreguiçava.
-Não discutiríamos se sua irmã não fosse tão boba. –Jackson dispara.
-Yong, por que estão discutindo?
-Por nada Seungcheol. – ela disparou com um sorriso nos lábios. – o Jackson que é um imbecil.
-Obrigado. – Jackson disparou em um tom de sarcasmo. – Seungcheol, você vem com a gente hoje?
-Por que iria?
-Não sei, não me custa perguntar, certo? Você nunca sai, fica enfiado naquele quarto o tempo inteiro, poderia pelo menos tentar se divertir um pouco, não?
-Estou cansado.
-Você vive cansado.
-Enfim, para onde estão indo?
-Para a taberna aos arredores de Kaeson.
-Certo, se divirtam, eu vou voltar a dormir.
-Seungcheol, você dormiu o dia inteiro. – Yongsun disparou.
-E qual o problema nisso? Ah e Jackson, se tiver alguma maneira de você fazer com que aquela sua nova hóspede pare de fazer tanto barulho, eu agradeceria bastante, ela já está começando a me dar nos nervos.
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-Darei um jeito nisso.
-Obrigado, boa noite para vocês.
Jackson não precisou esperar muito para que os amigos chegassem, quando todos já estavam reunidos, seguiram seu caminho, a noite estava apenas começando.
-Ei, pede para o dono da taberna trazer outra bebida. – Jackson falou apontando para o amigo que estava de pé próximo ao balcão.
-Você não acha que já beberam demais? – Areum se manifestou.
-Woozi, daria para calar a boca da sua namorada por um minuto apenas? – Jackson esbravejou. – odeio quando você traz a Areum, você sabe que ela sempre reclama de tudo.
-Você está bêbado Jackson, não sabe o que diz. – Areum o encarou, Jackson  ficou de pé e se aproximou dela.
-Estou bêbado? Você acha que estou bêbado? – ele estava tão próximo a ela que Areum se assustou com o modo que o amigo lhe tratava. – acho melhor ficar calada Areum ou não respondo por mim.
-Está me ameaçando? – ela o encarou.
-Não, estou apenas te avisando, é melhor ficar quieta!
Woozi puxou a namorada de lado afastando-a do amigo.
-Ele passou dos limites desta vez. – Areum falava entre soluços. – o Jackson me ameaçou.
-Não foi por falta de aviso meu. – Woozi falou encarando-a. – você sabe muito bem como ele é, se te trago para sair conosco é porque me pede, já lhe disse que preferia que ficasses em casa.
-Ele não pode tratar as pessoas dessa forma.
-É claro que ele pode, você sabe que lhe devemos obediência, é uma honra para todos nós podermos ser considerados seus amigos, então, por favor, Areum, peço que não estrague tudo.
-Minghao... – Jinri começou encarando o amigo. – eu poderia falar com você um segundo?
-Aconteceu alguma coisa?
-Não, quer dizer, se você puder me acompanhar...
-Claro, vamos.
-Não demorem muito, está quase na hora e precisarei de vocês. – Jackson gritou antes que eles saíssem.
-Não se preocupe, não demoraremos. – Jinri gritou em resposta.
-Não se preocupe com eles meu amor. – Jennie falou sentando no colo dele e lhe dando um beijo demorado. – poderíamos sair daqui também, o que acha?
-Prefiro ficar, tenho muito o que beber ainda antes de sair pelas ruas.
Os donos das tabernas em geral não gostavam quando aquele grupo barulhento se reunia lá, mas eles não tinham coragem de reclamar, eram todos muito violentos.
-Onde estão Jinri e Minghao, já temos que ir. – Jackson falou olhando ao redor.
-Estão entrando. – Jennie constatou ao ver os dois entrarem pela porta.
-Estão todos prontos? A verdadeira festa começa agora.
Ficaram todos de pé e seguiram estrada afora ainda fazendo uma grande algazarra, ninguém nunca soube aonde eles iam, e ninguém nunca teve coragem de perguntar.
-Não sei por que Jackson e aqueles seus amigos ficam todas as noites fora. – Yongsun começou quando entrou no quarto do irmão .
-Você e a Areum deveriam fazer uma dupla. – ele falou. – ela também só existe para reclamar.
-Isto não é engraçado Seungcheol, o Jackson não deveria...
-Vou pedir para que não comece Yongsun, não estou com vontade de escutar nada, o sol está quase nascendo.
-E Jackson e os seus ainda não chegaram.
-Isso não é problema meu, certo? Então se você puder ser uma boa irmã mais velha e pedir ao Lee Joon-gi que venha me ver, eu agradeceria muito, sim?
No instante em que Yongsun desapareceu porta afora, Seungcheol deitou-se em seu quarto para descansar, aquela havia sido mais uma noite movimentada para seus amigos e ele simplesmente não conseguia sentir nada a respeito das coisas que ouvia, no fim das contas, ele não tinha nada a ver com isso.
-Senhor Choi Seungcheol, posso entrar? – ele escutou aquela voz familiar chamá-lo do lado de fora da porta.
-Claro que sim Lee Joon-gi, pode entrar.
O serviçal entrou com o olhar baixo.
-Creio que está pensando em descansar um pouco agora, não está? Só vim para ter certeza de que estava tudo de seu agrado.
-Sim está, você sabe que nunca me decepcionas, me conhece melhor que meu próprio pai, enfim, eu gostaria de saber se você poderia me trazer meu chá antes que eu caia novamente no sono.
-Claro que sim meu senhor.
-E outra coisa...
-O que?
-Eu estava pensando em algo e gostaria que me acompanhasse...
-Em qualquer coisa que quiser meu senhor.
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byron-aysun · 2 months
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Hope hurt more than the cold. Some days seem to fit together like a stained glass window. A hundred little pieces of different color and mood that, when combined, create a complete picture.
Um calafrio percorreu a espinha de Aysun enquanto caminhava pelo St James Park. Aquele calafrio nunca era um bom sinal, a fazia encolher os ombros. Poderia pensar em avisar o pai. Dizer que quando aqueles sentimentos tomavam conta era porquê tinha a sensação de que algo aconteceria. Ao mesmo tempo, sabia que, se contasse ao pai ouviria a maior repreenda de sua vida. Seu pai já havia vocerificado diversas vezes o quanto desprezava quando Aysun falava sobre suas intuições. Por mais que, quando pequena, ele houvesse dito que era um presente de Deus, hoje tratava como se fosse um acordo com o diabo.
Então ela se calava. Ambas as mãos enluvadas ainda sentindo arrepios. Que percorriam por todo seu corpo. Queria olhar ao lado. Ver se a irmã também sentia, mas ao olhar a mais velha era aquele sorriso delicado e bonito se expondo a sociedade como as maiores jóias da região. Aysun sabia que estava mais para uma bijuteria barata. Mesmo o seu pai inflacionando o preço dessa bijuteria. Não era novidade para ela que ele havia aumentado seu dote. Mais uma temporada, e mais um zero acrescido a sua cabeça. Uma forma de fazê-la parecer mais interessante, e poder logo ir embora. Se ela se casasse não precisaria mais ter que lidar com...a intuição da filha. Ela queria estar mais perto de seu irmão, que soube que agora havia voltado para região e com um título a colo. Quem sabe ele não a ajudaria a se desvincular do pai e aceitar o futuro como solteirona.
O problema era a irmã mais velha, sabia que não poderia trazer aquele tipo de fama para sua casa. Suspirou. Seu amor pela família era imenso, e ela conseguia sentir o amor de sua irmã com ela. Os sentimentos dos outros eram mais confusos. De seu pai geralmente alteravam de acordo com dia, mas havia uma chama de sinceridade. Sua mãe já era diferente. Sempre inalterado aquela mesma sensação de rancor. Ela afastou aqueles pensamentos, pois já foram muitas noites em pratos por conta disso.
A mansão em que se instalaram era aconchegante, e ela desejava voltar ao tempo onde passava a maior parte do tempo decorando a casa, a igreja e ajudando todos da região com cestas básicas. Era um tempo de dar e receber. Um momento em que as sensações de todos eram tão boa que sua mente quase entrava em sossego. Onde ela conseguia passar dias sem a dor de cabeça e a exaustão. Sua amiga, Mihaela, romênia e tudo aquilo que seu pai mais abominava havia ensinado vários truques para ela se controlar, mas ainda assim em lugar como estavam hoje era mais difícil. Muitos sentimentos conflituosos, muitas pessoas ruins ou perturbadas.
Foi quando ela notou um casal caminhando pela parte mais baixa do caminho. Aquela que era tomada por salgueiros. Seu coração acelerou, o sentimento de que algo aconteceria de que ela deveria avisar. Com delicadeza puxou as vestes do pai. Seu olhar já aflito, e o mesmo deu um olhar como a madasse se calar. Aysun sabia quais batalhas lutar e aquela não era uma delas. Não levou muito tempo, ouviu o grito acompanhado do casal o acidente que ela poderia ter previsto e ela somente fechou os olhos e pediu que da próxima vez pudesse ser diferente.
Que essa temporada fosse diferente. Ela não conseguiria mais. Passar mais tempo guardando aquilo para ela, sabendo que havia mais, ainda mais depois de ouvir que naquela cidade existia...pessoas que acreditam no mistícismo. Que poderiam ajudar com suas dúvidas. O problema era sua família. Se ela sequer pensasse ou se ouvissem que ela se encontrava com tais pessoas seria o fim para sua família que ali a acompanhava. Seu pai, um antigo reverendo. Eram muitas relações conflitantes em tão pouco tempo.
Deixou um floco de neve que derreteu de uma árvore cair em seu rosto. A água gelada escorrendo poderia se misturar com uma lágrima que escapava seu rosto por pura angústia. Ela queria voltar ao natal amoroso e carinhoso. Queria voltar as tradições em um lugar distante dali, e não ter tantas dores de cabeça, mas sabia que não voltaria tão cedo. A temporada mal havia começado e ela tinha um papel a cumprir.
Só esperava que dessa vez ela não estragasse tudo.
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meugamer · 4 months
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Melhores filmes de terror por ano, desde 1998, segundo o Rotten
O Rotten Tomatoes atualizou sua lista de melhores filmes de terror por ano, desde 1998, com algumas surpresas na lista. A lista começa com Ringu, filme japonês que inspirou “O Chamado” americano, com a cena do poço, que se tornou icônica. Em 2001 tivemos A Espinha do Diabo, do diretor Guillermo del Toro, filme mexicano considerado uma fábula sombria. Em 2004, Todo Mundo Quase Morto foi eleito,…
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cbondurant · 7 months
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you should not fear in the open road for there is love on the other side (celric)
cmechathin:
Cedric se aproximou das duas e se abaixou em frente à Maddie, levando a mão até o braço cujas mãos agarravam o tecido da Mechathin. Sua voz estava menos confiante do que quando falava antes, mas o tom ainda era suave. O que ele dizia… então, nem mesmo o Bondurant tinha visto o que tanto aterrorizou a menina? Madeleine negou com a cabeça, afrouxando o aperto na blusa da mais velha.  ー Não… a moça daquela vez usava branco… não, na verdade, era colorido ー ela corrigiu, parecendo confusa por um momento ー Esse moço é… ー então olhou para frente mais uma vez e varreu o local com os olhos até que os fixou no tempo da Deusa, que ficava no centro do cemitério. Maddie os desviou rapidamente ー Ele tem uma cartola… preta ー repetiu a ação anterior novamente, focando no chão ー E fica me encarando. A pequena maga de água soltou a blusa de Celeste lentamente e levantou os olhos para Cedric, que ainda estava agachado à sua frente. Quando parecia que ia falar mais alguma coisa, arregalou os olhos mais uma vez, ainda que menos intensidade, e se escondeu parcialmente atrás de sua irmã. A Mechathin tentou mais uma vez enxergar o que ela estava vendo, obviamente sem sucesso. Dessa vez, Maddie entrelaçou os dedos nos da mais velha e para o lado direito, oposto ao que Celeste estava.  ー Então por que ele é tão assustador? ー perguntou para o vento. Não encarava Cedric nem falava com ele, aparentemente. A maga de fogo sentiu um calafrio passar por sua espinha, mas ficou quieta. ー Ahhh, entendi ー continuou, levando os olhos novamente ao templo e abrindo um sorriso. ー Obrigada. Tinha mudado da noite para o vinho, a criança. Carregava um sorriso leve no rosto e deixou de se esconder atrás de Celeste, essa que não sabia muito o que fazer. Se fosse perigoso, Cedric já teria interrompido a “conversa” com algum daqueles rituais que uma vez fizera, certo? De qualquer forma, ela definitivamente não estava confortável com o que estava acontecendo. ー Entendi ー Madeleine falou e então alargou seu sorriso ー Vou passar ー voltou a fitar edric ー A moça me pediu para dizer que é importante ser fiel aos sentimentos para não se arrepender depois ー fixou novamente no ponto vazio por um segundo e então encarou sua irmã mais velha ー E que quem sente sofre, mas quem não sente adoece. Celeste congelou. Que diabos ela estava falando agora? Procurou os olhos do Bondurant, mas não os encontrou. Parecia estar tão ou mais em choque que ela. Maddie soltou uma risadinha. ー Disse também que isso vale para os dois ー e continuou normalmente, como se não tivesse acabado de falar em enigma: ー Mas então, já podemos ir? Não gosto muito desse lugar... Ou você tem algo mais para me mostrar, tio? A maga de fogo não se mexeu nem mesmo quando o silêncio caiu sobre os três, mas sentiu suas bochechas queimarem. Sua irmã tinha virado garota de recados de espíritos agora? “Quem sente, sofre, mas quem não sente adoece”. O que isso significava? Racionalmente, não conseguia ver como poderia ser para ela, mas por algum motivo não conseguia deixar de evitar os olhos de Cedric.  Aliás, por que deveria levar a sério qualquer recado de um ser que nem podia ver? Quem disse que a mensagem era pertinente? Mas e se fosse? Se a frase também era direcionada à Cedric, quais eram os sentimentos a que ele não era fiel? Com esse pensamento, sentiu uma pequena pontada perto do peito que tirou o ar de seus pulmões por um instante.
Enquanto Maddie descrevia o homem que a assustara e supostamente havia se livrado do espírito raivoso que tentou atacá-los, Cedric buscou com o olhar a figura de quem ela falava, mas nenhum dos presentes carregava uma cartola. Certa ansiedade o atingiu e chegou a considerar a possibilidade da maga de água estar atuando, como parte de sua família havia sugerido sobre ele quando era criança. Porém, o terror que Madeleine havia sentido era palpável a quem a observasse. Teria que aceitar que, além dos espíritos terrenos que ele conseguia enxergar, ela conseguia ver além.
A Mechathin mais nova se sobressaltou mais uma vez, dessa vez com alguém que parecia estar posicionado bem ao lado de Cedric. Ele se manteve imóvel diante da energia que se apresentava, junto a um cheiro inconfundível de rosas. Costumava sentir esse tipo de coisa rotineiramente, mas nunca tinha encontrado, fora dos livros, alguém que visse guardiões espirituais com os próprios olhos. Já havia sonhado com seres de outros mundos e, em meditações, conseguido manter conversas breves e mentais com eles, mas nada como o que Maddie estava demonstrando.
Assistiu, passivo, a conversa pela metade que se desenvolvia entre ela e quem quer que estivesse junto a eles. A criança pareceu se acalmar com o que lhe foi dito, pois foi rápida em passar uma mensagem menos enigmática que a última para Cedric: “A moça me pediu para dizer que é importante ser fiel aos sentimentos para não se arrepender depois”. Ele arregalou os olhos levemente com as palavras, pois seu sentido era embaraçosamente claro. A pequena se virou para a irmã mais velha e adicionou: “...E que quem sente sofre, mas quem não sente adoece”.
Ligeiramente boquiaberto, o mago de ar encontrou os olhos de Celeste, mas conseguiu manter o contato visual por apenas poucos segundos, desviando os seus para o chão. Nos dias que se passavam sentia que, a cada encontro, se envolvia perigosamente mais com a Mechathin. Mantinha, entretanto, um pé atrás a cada interação e evitava agir da forma como realmente desejava ー exceto pela noite em que a presenteara, quando o vinho retirou parte de sua resistência em beijá-la infinitas vezes sem segundas intenções, acariciar cada canto de sua pele, conversar através da madrugada e adormecer com a morena em seus braços.
Engoliu em seco e voltou a ficar de pé, fazendo o possível para impedir que o turbilhão de pensamentos em sua mente fosse expressado em seu rosto. De professor, passara a quase aprendiz. A presença de rosas sumiu como se não estivesse ali antes.
ー Hã… Se você acha que já está bom por hoje, podemos ir. ー Falou, ainda distraído pela confusão que se instaurou em sua mente com as palavras de Maddie.
Fitou Celeste novamente. Ela estava enrubescida e evidentemente envergonhada. Se o recado valia para os dois, a maga estava passando por algo parecido com ele. Havia a possibilidade de que as aberturas recentes que ela estava dando a suas tentativas de aproximação não eram exclusivamente frutos de sua insistência. Cedric lembrou-se da forma como a Mechathin o tratou após as entrevistas dos dois, de como se esforçou para conhecê-lo um pouco melhor, apesar de todos os indicativos verbais anteriores de falta de interesse. Algo como esperança surgiu em seu peito, mas foi rápido em apagá-la. Seria idiota ouvir prontamente os conselhos de alguém cuja natureza nem conhecia. Pelo que sabia, podia ser até mesmo algum ser astucioso pregando peças.
ー Tenho um chalé aqui na região. Combinei com sua irmã de irmos para lá para que possamos conversar melhor. ー Contou a Maddie. ー Mas… ー Antes de saírem dali, precisava ter um pouco mais de certeza de com o que estavam lidando. ー Essa moça por acaso te disse quem era? Ou quem era o homem que você viu?
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jarkrisknov · 11 months
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4 Capítulo:Mais perguntas ainda
Revelou um lugar que parecia mais uma catacumba,iluminada por lâmpadas fortes por todas as paredes do lugar inteiro era um corredor espaçoso com portas trancadas nos lados e aparentemente vazio.Adriana e o delegado decidiram verificar a parte mais interna da catacumba enquanto eu tentava abrir as portas.Bem eu não tinha nada para abrir a fechadura então fiz um "truque" com ó cordão do meu relógio.
Primeiro tirei o cordão do meu relógio e depois estiquei-o até fazer uma linha reta de 20cm e na ponta direita do cordão puxei um lado virado para cima na vertical com um ângulo de 90° graus,para finalizar magnetizei o ferro para ficar rígido.Coloqiei a agora gázua dentro da fechadura do cadeado demorei 5 minutos para abrir a porta mas o que revelou foi surpreendente inesperado,uma sala cheia de brinquedos?...,ok,eu não esperava por isso mas até qie faz sentido pois muitos dos cultistas eram pré-adolescentes.
Triste realidade...,bom,a sala não tinha nada demais além disso,verifiquei mais 4 das 6 salas,segunda,uma sala de tortura com um odor fétido e podre com paredes de chão imundas de algo nojento e moscas voavam no ambiente,nesse ponto chamei a perícia para vir para a catacumba e examinar os corpos coisa que vieram rapidamente porém eles estavam irreconhecíveis.Terceira sala,cheias de armas de fogo de baixo e alto calibre,como conseguiram tudo isso?.Quarta sala,muitos computadores e HD'S destruídos por tiros e uma automática com 4 cartuchos vazios no chão e descarregada mas tinha um grande gerador a diesel no canto que era estranhamente silencioso a perícia também veio ver a sala por digitais.
Quinta sala,mas está estava aberta,suspeitei e empunhei minha arma porém foi um alarme falso.Percebi que era uma sala cheia de arquivos em papel estranhamente velho e pesado para um papel comum,os papéis tinham aquela mesma língua estranha,também tinha livros antigos de rituais sombrios e cultos esquecidos pelo tempo mas o que eu não percebi é a presença de uma caixa velha de música na mesa com outros livros,botei ela pra tocar mas por algum motivo ela nao tinha som,nada,porém um calafrio gelou minha espinha parecendo que vinha da caixa de música,parei com ela mas resolvi levar ela para verificar mais tarde.
Agora por que essa sala estava aberta?e por que eles simplesmente abandonaram o lugar com apenas portas trancadas sendo que eles tinham armas muito superiores que as nossas?isso está estranho...
Parece fácil demais até parece que eles querem que eles querem que descubram isso ou eles pensaram que nunca iríamos abrir a porta tão cedo mas por que da presa em destruir os arquivos e fugir?Tem algo errado....
Perspectiva do delegado e Adriana
(Delegado)"vamos vasculhar esse lugar logo pois ele dá medo,ainda mais depois daquela onda de desespero que agente sofreu",eu reclamei.(Adriana)"Se o só o altar já era bizarro por sí só imagine ver as bizarrices que esse lugar esconde no seu interior",eu falei
(Delegado)Decidi finalmente tocar na maldita maçaneta esperando uma porta trancada mas se mostrou uma porta destrancada que levava para uma curta escada de cimento sujo e velho mas bem iluminada.
(Delegado)"Por que diabos eles deixariam uma porta aberta?",eu questionei.(Adriana)Parece que eles realmente são incompetentes mas isso parece suspeito",eu duvidei.(Delegado)"Realmente mas vamos resolver isso logo",eu falei.(Adriana)"Tá",respondi.(Delegado)Ao entrar e descer a escada nos deparamos com um corredor onde tinha uma porta e era possível ouvir grunhidos de porcos junto ao seu mal cheiro que intoxicava o ar,saímos logo desse corredor e nos deparamos com um lugar até que bem grande(mais ou menos 23m quadrados) a sala tinha pinturas com fundos escuros e desenhos em branco que levavam para o final da sala onde tinha um degrau para cima e uma porta,antes de ir para a porta olhamos as pinturas.Elas pareciam retratar sobre vários acontecimentos importantes de diferentes religiões e quanto mais os desenhos iam para o fundo da sala mais eles ficavam caóticos e sem sentido até que no fundo mostrava uma figura estranha sendo venerada por monstros,demônios,algo como aliens e...... humanos.....
Abrimos a porta e denovo ela estava aberta e seguia para uma escada que subia para a superfície,subimos e saímos numa parte secreta fora da fábrica e bem longe de onde nós posicionamos mais na parte da floresta e no barro do chão várias pegadas de sapatos em direção à cidade.
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jarwoski · 1 year
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alinsonrissutt · 1 year
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Inferno 2023 : Hoje temos a mudança do bastão para a presidência, aonde um assessor do diabo saiu do país enquanto o outro assessor do diabo vai tomar posse. Infelizmente os nossos políticos são o reflexos cuspidos do povo. Uma dificuldade do Kralho de sobrar verbas para a espinha dorcal de um governo ( saúde, educação e segurança ), Lula aumenta de cara a quantidade de ministérios para 37, enquanto o de Bolsonaro era de 23. Aguardem o preço do combustíveis como vão ficar mais caros para a população poder comprar picanha e cerveja. De uma coisa o Brasil tem que ter orgulho; Dos 10 BANCOS que mais ganharam dinheiro no MUNDO, 4 deles eram bancos que atuam no Brasil ( Santander, BB, Itaú e Bradesco ), importante dizer que nenhum banco Alemão, Suíço, Italiano, Americano, Canadense, Inglês, Japonês, Chinês. Lula dos seus 13 anos de comando, foi o presidente na HISTÓRIA DO BRASIL que mais transferiu renda para os bancos PRIVADOS ! Daí vem a minha pergunta : Se esse VERME DO LULA sempre foi de esquerda, o que significa ser de direita de acordo com a revolução francesa ? Deixa o carnaval rolar no Brasil e faça seus bolos por fora que o povo ainda assim será feliz com com o bolo presidente ! FIQUEM A VONTADE PARA PESQUISAR ESSAS MINHAS AFIRMAÇÕES NO GOOGLE ! https://www.instagram.com/p/Cm4RPOCIRnL/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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filmes-online-facil · 2 years
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Assistir Filme A Espinha do Diabo Online fácil
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A Espinha do Diabo - Filmes Online Fácil
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Depois que Carlos, um garoto de 12 anos cujo pai morreu na Guerra Civil Espanhola, chega a um orfanato ameaçador de meninos, ele descobre que a escola é assombrada e tem muitos segredos obscuros que ele deve descobrir.
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draculasymphony · 1 year
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Aurora
TOC! TOC! TOC!
Que batidas são essas? Quem em sã consciência bate na porta de alguém às 04:30 da madrugada!? Ou seriam os ratos andando pelo telhado? Bem, teriam que ser ratos bem grandes e com sapatos.
O corredor está frio, já fora umbral, já fora iluminado pelo sol, agora, o frio irradia por suas deformações.
Desço pela escada sinuosa raspando meus dedos contra o corrimão de madeira gelado, fecho meus olhos enquanto desço, respiro o ar gelado da madrugada – TOC!! – outra batida interrompe minha calma.
Me aproximo da porta, encosto minha mão na maçaneta congelada, abro a porta, há apenas o frio e o vento, que estranho, fecho a porta, viro-me, e sinto um frio paralisante na espinha que percorre todo o meu corpo – TOC! TOC! TOC! – viro-me em disparada e abro a porta de supetão, não há ninguém novamente, porém, sou impelido por uma vontade fulminante de gritar e correr, de lutar e viver – fecho a porta – e subo as escadas em dois passos. O corredor está escuro e claro, sinto que estou dividido, com medo, feliz, alegre, com receio, sinto que estou sendo tragado para fora desse local divido entre mundos.
Passo pelo corredor pesado, chego em meu quarto, olho em meu relógio infernal, são 05:32, o sol está para nascer, mas parte da casa está escura, parte iluminada, corro para a sala.
TOC! TOC! TOC! Outra vez na porta. QUEM É? Grito eu. Sem respostas.
Uma rajada de vento uiva do lado de fora, ela diz meu nome sem me chamar, ela me chama sem falar. Abro a porta e saio em disparada ao bosque.
Olho para o céu e vejo a tormenta, olho além da tormenta e vejo um brilho, tudo está dividido.
Ajoelho-me em desespero. Olho para cima novamente e clamo por libertação. Sem respostas.
Sem forças para lutar, ouço novamente o vento me chamar, ele diz que minha hora está a chegar.
TOC! TOC! TOC! MAS QUE DIABOS? Estou fora de casa, QUEM É?
De supetão, o vento gira no céu em forma de tornado e penetra em meu peito inervando cada átomo de meu corpo. Desmaio com os olhos abertos. Vejo apenas o brilho agora.
Acordo aos chamados de uma pessoa.
Querido? Querido? Estás acordado?
Uma pessoa de cabelo cacheado chega com uma brisa leve que passeia em meus ouvidos e diz:
Aurora.
Libertação.
Paixão.
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carcrashff · 2 years
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Cap. 25
Não consigo dormir, algo em mim me diz que existe alguma coisa errada, não apenas no fato de Eric e Max estarem querendo controlar Minho de uma forma tão desesperada, mas em todo o resto.
Caminho até o abismo e sento com os pés pendurados acima do enorme fosso, lá embaixo o que vejo é apenas a escuridão, sei que a água se choca contra as pedras abaixo de mim, mas só consigo perceber isso pelo som que ela faz.
Respiro fundo e fecho os olhos. A razão, preciso encontrar a razão. Minho havia negado a liderança várias vezes o que indicava que talvez aquilo tivesse ferido o orgulho de Max. Não, não pode ser apena isso, Max não ameaçaria a vida de alguém por orgulho, nem que fosse a de alguém tão insignificante quanto eu.
Se não é orgulho o que seria? Minha cabeça dói, é sinto que sei a resposta, mas ela está em algum lugar inacessível do meu cérebro. Pensa Lizzy, não seja idiota, pensa.
O ataque aos artistas tem que ter algo a ver com isso. Os guerreiros não atacaram sozinhos, qual era a divisão que eu sabia ser cruel ao ponto de fazer algo assim? Aquilo era óbvio, os julgadores.
Eric fora até eles no dia das inspeções, ele voltara até os artistas apenas para se certificar de que o trabalho tinha sido feito, era isso, os guerreiros estavam trabalhando com os julgadores.
Mas por que? Por que os artistas? O que eles tinham de tão especial que mereça um bombardeio surpresa? Não sei, nunca os visitei, quer dizer, quando estavam inteiros e nunca conheci nenhum deles, Jisung é o primeiro. Jisung, não perguntei sua idade, mas com certeza ele é mais velho do que Tiele, do que eu ou até do que Minho. Será que ele sabe de algo? O que será que consigo caso o aperte contra a parede?
Perguntas demais e respostas de menos. Me pego voltando a pensar em Minho e na razão de Max estar tão desesperado para tê-lo a seu lado. Eric não parece gostar da situação, não gosta que Minho seja um líder como ele porque sempre o invejou. Minho é mais talentoso, mais corajoso, determinado e mais bonito.
Minha cabeça começa a latejar e eu a encosto na grade, eu não deveria estar pensando, quer dizer, não fui criada para algo assim. Abro os olhos e mais uma vez encaro a escuridão do abismo a minha frente. Há algo de diferente em mim, algo de diferente em meu cérebro, sempre soube disso, mas agora fica evidente, não me encaixava em nada porque simplesmente não posso ser apenas uma coisa.
Eu penso, consigo pensar, consigo ligar fatos, sou lógica, algo que não deveria ser a não ser que entrasse para os julgadores, sinto uma vertigem e volto a fechar os olhos. Os julgadores, será que eu estou na divisão errada? Será que é com eles que deveria estar? Um frio passa pela minha espinha só de imaginar aquilo. Não, não sou como eles, posso pensar como eles, mas nunca bombardearia uma divisão inteira pelo motivo que fosse, sou uma guerreira e como tal, vou lutar para descobrir a verdade.
Respiro fundo e me obrigo a voltar a pensar, é bom jogar todas as peças na mesa. Eric. Sei que é invejoso, sei que me odeia pelo simples fato de eu parecer ser fraca. Sei que odeia Minho por inveja, mas o que mais sei sobre ele? Não conheço seu passado, não sei se como eu ele passou a vida inteira na divisão de laboratórios sem saber quem eram seus pais ou se como Minho ele tinha algum conhecimento prévio desse detalhe. Não sei como se tornou um líder dos guerreiros, não sei absolutamente nada a não ser que não gosto nem um pouco dele.
Max. O que eu sei sobre o líder da minha divisão? Nada, nada além do que o que suponho, de que ele está trabalhando com os julgadores e que parece controlar a situação, mas se é este o caso, por que é tão importante para ele ter Minho por perto?
A voz de Minho invade minha cabeça: “- ele disse que é sua culpa o fato de eu estar começando a fazer perguntas.” Algo desperta em minha mente, Minho. Minho desconfia de algo e está investigando, como eu, ele pensa.
***
Quando volto ao alojamento Tiele e Jisung já estão se preparando para o café da manhã.
-Onde diabos você estava? – o tom de voz dela é preocupado.
-Desculpe, eu acordei mais cedo e resolvi dar uma volta pelo complexo antes do café. – minto.
Ela me encara por alguns segundos depois abre um sorriso.
-Só não faça isso de novo, ficamos preocupados.
Eu desvio os olhos dela para encarar Jisung, ele dobra seus lençóis enquanto faz um som estranho com a boca, aquele som, me lembra o ritmo de uma música.
-O que está fazendo? – pergunto sem conseguir me conter.
-Isso se chama assovio, aprendi vendo alguns arquivos antigos dos artistas, antigamente quando as pessoas não sabiam letras das músicas, elas simplesmente assoviavam suas melodias.
-Isso é mesmo muito bonito. – concluo e ele me lança um sorriso. – Jisung.
Ele me encara, ainda está sorrindo e sinto algo em seu sorriso, sinto que posso confiar nele, respiro fundo e deixo com que a pergunta escape entre meus lábios.
-O que exatamente você fazia na divisão dos artistas?
-Eu era instrutor, tipo o que o Know fazia por aqui antes de se tornar um dos líderes. – essa segunda parte ele fala com desdém.- ainda não sei porque ele fez algo assim.
-Ele tem razões. – falo. – e são realmente boas, mas acho que isso ele deve contar a vocês. O que quero saber é...
Ergo os olhos e olho ao redor, as câmeras, não posso me esquecer delas. Caminho até um ponto cego do quarto e faço um gesto para que Jisung e Tiele me acompanhem, nos esprememos os três contra uma parede e eu os encaro.
-Vocês sabem o que pode ter levado os guerreiros a atacar sua divisão?
Tiele bufa visivelmente irritada.
-O fato de eles serem um bando de selvagens?
Eu a encaro firme, nem todos da minha divisão são pessoas ruins.
-Não fale assim da minha divisão. – despejo.
-Desculpe.
-Jisung? – o encaro, mas ele parece perdido em pensamentos. – Jisung, está me ouvindo?
-Ah, oi, desculpe Lizzy estava distraído.
-Quer que eu repita a pergunta?
-Não, eu a ouvi. A verdade é que não sei. – seus olhos se desviam dos meus para encarar o chão abaixo de seus pés, eu o olho firme, analisando aquele gesto. – não faço a mínima ideia. – ele completa.
Eu continuo a encará-lo, ele não desvia o olhar do chão.
-Ok então, mas se algum de vocês lembrar de algo, qualquer coisa mesmo me avisem por favor.
Tiele apenas acena com a cabeça enquanto Jisung se recusa e me olhar nos olhos.
-Vejo vocês daqui a pouco. – falo. – vou terminar de me aprontar para o café.
Tiele deixa o alojamento com um sorriso, enquanto Jisung parece nervoso. Ele sabe de algo, está mentindo pra mim.
***
Sigo para o refeitório e paro na porta olhando ao redor, onde ele está? Onde Minho se meteu? Forço os olhos e não o vejo, portanto, ao invés de seguir até a mesa onde Tiele e Jisung se encontram, desvio meu caminho e saio da divisão, quero e preciso falar com Minho, só espero que ele esteja em casa. Bato três vezes na porta do apartamento antes de ouvir um som indistinto lá dentro.
Bato uma quarta vez.
-Quem é? – é a voz dele, mas parece diferente.
-Sou eu, Lizzy. Preciso falar com você.
Ele não responde e por um minuto temo que não vá me deixar entrar, mas então a porta se abre de frente a mim.
Caminho quarto adentro e o que vejo é uma enorme bagunça. Há roupas espalhadas pelo chão, assim como restos de bolo de chocolate da divisão, entre os pratos sujos, identifico duas garrafas, Minho andou bebendo, por isso não estava no refeitório, por isso sua voz soou estranha através da porta.
Ignoro aquele fato e tento me concentrar no que andara pensando, as coisas sobre a divisão, a mentira de Jisung.
-E então? – sua voz parece mais grave do que o normal quando ele me encara com os braços cruzados em frente ao peito. –o que aconteceu?
Seus cabelos estão desordenados e os olhos vermelhos.
-Eu é que pergunto. – droga, não era pra ficar calada? Por que sempre tenho que abrir a boca? – o que diabos aconteceu com você?
Ele dá de ombros em um gesto despreocupado, mas mantém os olhos fixos em mim.
-Tive uma noite difícil depois de levar um fora. – ele fala simplesmente e então eu percebo, Minho bebera por minha causa, ele fizera aquilo depois que eu não lhe respondi no quarto, eu sou a culpada daquele estado lastimável em que ele se encontrava. – mas, desconfio que você não está aqui para falar dos meus porres, certo? Vamos, por que veio?
Respiro fundo, sei que posso confiar em Minho, mas não consigo falar com ele no estado em que se encontra. A culpa ameaça me corroer e eu preciso respirar novamente para tentar me manter sã.
-tenho coisas para te contar. – começo. – mas, gostaria mesmo de falar com o Minho que conheço e não com esse .
Ele me encara firme, penso que irá discutir, mas ele simplesmente faz um gesto positivo com a cabeça seguindo na direção do banheiro. Desvio de tudo o que está jogado ao chão e respiro fundo ao alcançar sua cama. Me sento e fico ali, sentindo cada parte de mim se envergonhar pelo que fiz a Minho, sou uma imbecil, destruo tudo o que toco, sou perigosa.
Depois de mais ou menos uns dez minutos ele sai do banheiro, sinto o cheiro de seu perfume de longe e o absorvo, sabendo que nunca mais o sentirei tão perto, aquele pensamento me machuca e eu me obrigo a me concentrar em qualquer outra coisa que não seja ele. Minho caminha em minha direção secando os cabelos com uma toalha, eu prendo a respiração quando ele senta ao meu lado e me olha de perto.
-E então? O que quer me contar?
O encaro, seus olhos castanhos parecem opacos, Minho está diferente, sinto cansaço em cada gesto que ele faz, fingir estar do lado de Max e Eric está consumindo suas forças.
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-Estava pensando e cheguei a conclusão de que acho que sei a divisão que pode ter ordenado o ataque aos artistas.
-E qual seria?
-Os julgadores. – disparo esperando que Minho me pergunte a razão, mas ele não o faz. Ele fica em silêncio durante alguns segundos, depois me encara novamente.
-Faz sentido, Eric foi visita-los no dia da inspeção e depois voltou apenas para se certificar de que o trabalho estava feito.
Não consigo desviar os olhos dele e abro um sorriso, Minho pensa exatamente como eu.
-Mas Lizzy. – a forma agora com que fala meu nome parece menos carregada, quase tranquila e eu me sinto bem por isso. – qual seria a razão? Quer dizer, o que os artistas possuíam que poderia ter despertado o interesse dos julgadores a ponto de se aliarem aos guerreiros nessa destruição em massa?
-Não sei e é exatamente isso que preciso descobrir. Falei com Jisung hoje, sei que notou que ele não é um iniciando como Tiele, ela me disse que ele era monitor.
Minho assente com a cabeça.
-Ele era monitor dos artistas e pareceu bem nervoso quando perguntei se ele sabia de algo.
-Acha que ele está escondendo alguma coisa?
Volto a encará-lo, agora seus olhos brilham, um brilho de curiosidade, Minho também quer saber a verdade.
-Não sei, mas desconfio que sim, a forma com que ele ficou nervoso o entregou.
Ele faz um gesto positivo com a cabeça e encara o chão, eu o olho novamente. Por que? Por que o tenho tão perto e reluto em pedir desculpas? Por que sou tão idiota?
-O nervosismo entrega muita coisa. – ele dispara e eu não consigo me mover, Minho me olha e por um instante me perco em seus olhos. – por que suas mãos estão tremendo, Lizzy?
Eu as encaro, não havia percebido que estavam tremendo, desvio os olhos delas para voltar a encarar Minho, ele não está se divertindo com meu nervosismo, ele simplesmente espera uma resposta.
Uma resposta. E qual seria? Que quero ficar com ele? Que estou completamente apaixonada? Que me sinto perdida quando ele não está comigo? Sim, aquelas seriam as respostas certas a dar, mas eu consigo dá-las?
-Lizzy se você não...
Não consigo responder, mas consigo reagir, me aproximo sem nada dizer e o beijo. Ele sorri, sorri enquanto toca meus cabelos de leve com a ponta dos dedos, sorri enquanto segura firme a carne ao redor da minha cintura e me puxa para mais perto, ele simplesmente sorri.
-Minho eu...
-Shh. – ele fala, sua boca ainda está encostada contra a minha e eu sinto um arrepio. – não precisa dizer nada, eu também te amo.
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nobodydevaneios · 2 years
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Dúvidas? Parte II
A conversa chega ao fim inesperadamente, ela tinha que ir, eu também. Peço para ela esperar eu ir no banheiro, tinha bebido muita cerveja. Quando volto, outro acontecimento extraordinário, em um guardanapo, um bilhete de adeus me esperava, nunca tinha recebido bilhetes, guardo, por um momento me sinto especial. Pensei muito sobre aquele bilhete, amigos não deixam bilhete, eles simplesmente vão. O detalhe continuava lá, despercebido. Conversas, sorrisos e olhares continuavam, sentia uma alegria me consumindo, como um choque prazeroso que sai da espinha e preenche cada parte do corpo. Entre nós eu tinha certeza de uma coisa, havia um sentimento recíproco, o da incógnita, eu e ela compreendíamos as sensações mas não os sentimentos, tocamos nesse assunto, fiquei ansioso, não sabia o que esperar. A primeira música citada agora é explicitada na conversa, Ela insistiu, precisei me abrir, falar que só pensava nela ouvindo aquela letra, não precisou de mais, todas as supostas perguntas que ela tinha sobre mim foram resolvidas. Que catarse, confusa, emocionante, aliviante, agoniante. Lembra do detalhe? Ele é cruel e vem à tona: ela é noiva, disse que o amava imensamente. pois é, quanto mais perigoso mais prazeroso. Como diabos eu consegui ignorar isso? A realidade cai sobre meu semblante, agora eu conseguia ver mas não conseguia aceitar. Faço o que deveria ter feito muito antes, corto aquela conversa que me fazia tão bem, mas não por muito tempo. Sentimentos não podem ser resolvidos por mensagem, precisava esclarecer, como vou lidar com isso cara a cara? Crio coragem, acontece, outra catarse, talvez pior talvez melhor, até agora não consegui realmente sentir. Ela fala, deixa claro, eu pergunto novamente, continua claro. Não tem como isso ir pra frente mas a dúvida ainda permanece, tenho um problema: expectativas irreais. Estou entorpecido, agora de uma maneira diferente. Sempre me considerei um cara racional, nessa hora percebi que estava enganado. O assunto continua, ela está omitindo alguma coisa? Não sei como serão os próximos episódios dessa série, melhor, desse filme, filmes têm um fim claro e veloz, séries não. Será que estou no clímax dessa obra dramática? Hoje descobrirei.
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douglasena · 2 years
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Saint Ange 🇨🇵 House of Voices 🇺🇲 A Profecia dos Anjos 🇧🇷 O Orfanato 🇵🇹 Uma Edição Brasileira em DVD do filme A Profecia dos Anjos de 2004. A edição conta com 1 disco em DVD e áudios em ; 🗣️📀 Inglês: Dolby Digital 5.1 Português/🇧🇷: Dolby Digital 2.0 💬 Legendas em ; Inglês, português/🇧🇷 ℹ️ Esta edição não contém legendas em português de Portugal 🇵🇹. 📀 DVD Zona 4 ⬇️⬇️ Curiosidades ⬇️⬇️ ✅ Trata-se de um filme visualmente excepcional, desde a fotografia escura à direção, em sua atmosfera de mistério e solidão espalhada pelos diversos cômodos do casarão. È um filme realmente muito bonito, com sequências que lembram o similar A Espinha do Diabo, de Guillermo del Toro, e o sobrenatural O Orfanato. Inclusive, a última cena de A Profecia dos Anjos é linda, carregada de uma forte poesia que mistura alegria e tristeza na mesma proporção. ✅ Se por um lado, o filme é plasticamente perfeito, por outro, o roteiro deixa muito a desejar. Confuso e silencioso, repleto de buracos e inspirado em diversas produções do gênero, o texto de Pascal Laugier não explica muita coisa e deixa no ar uma dúzia de perguntas e interpretações diferentes. Para exemplicar, a página do filme no “IMDB” apresenta diversas teorias sobre as “crianças assustadoras“, mas todas sem muito fundamento. Até mesmo o roteirista Pascal Laugier disse numa entrevista que o filme começou a ser rodado antes que ele tivesse terminado de escrever o roteiro e que ele mesmo NÃO SABIA COMO IRIA TERMINAR (!!!). ✅ Produzido por Christophe Gans (Pacto dos Lobos, Terror em Silent Hill), A Profecia dos Anjos deve ser apenas apreciado como uma pintura bizarra realizada por um artista excêntrico: é uma bela imagem, mas difícil de entender. 🇺🇲🇨🇵📀🗣️🇵🇹ℹ️🇧🇷💬✅🎬🎞️🇪🇺📼🇪🇦📽️ #aprofeciadosanjos #saintange #france #españa #portugal #usa #houseofvoices #montijo #españa #europe #dvd #brasil #follow #2004 (at Montijo, Portugal) https://www.instagram.com/p/Cdf7K7NMA4J/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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doidadepetra · 2 years
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                 𝟏𝟒 𝐃𝐄 𝐒𝐄𝐓𝐄𝐌𝐁𝐑𝐎 𝐃𝐄 𝟐𝟎𝟐𝟏, 𝟏𝟏𝐇𝟏𝟓
delegacia de polícia de bolonha // @gloryandgorehq
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           ❝ meu nome é petra marcella del vecchio corsini ❞, recitou petra. gostava da sonoridade do seu nome completo... e não doía nada, pelo menos em uma situação como aquela, ressaltar seus sobrenomes importantes. 
         NO DIA ANTERIOR...
          petra tinha participado da reunião na qual eles decidiram se proteger e esconder o que sabiam. o que ela achava de tudo aquilo? como amiga de polo, achava irresponsável. desrespeitoso. completamente fora da casinha. onde achavam que podiam chegar escondendo informações da polícia se um deles tinha sumido? então é claro que se sentiu vencida quando a maior parte das pessoas convenceu as demais que o melhor caminho era omitir sobre o último contato do fortunato.
          mas ainda assim... ela era parte da adam societatis. não oficialmente, porém seria logo mais. no início, a sociedade era mais sobre estar em uma coisa meio excêntrica com seus amigos. festas e luxo sem motivo aparente. com o tempo, entretanto, ela passou a levar aquilo com seriedade. se importar com os rumos daquilo e com o que podia de fato acrescentar. era um sentimento novo, mas ela se importava com o que acontecia lá, mesmo que não fosse admitir em voz alta. e se importava com a maior parte das pessoas lá e não queria que fossem perseguidos. precisavam se proteger.
AGORA...
❝ tenho vinte anos e sou estudante de... artes visuais na università di bologna ❞, continuou. hesitou na parte do curso, mas não podia contar a mentira que conta à sua família paterna para a polícia, não é mesmo? ainda assim, ficou impressionada que com o quanto mais se conta uma mentira, mais ela fica tatuada na sua mente. ❝ a minha relação com polo... bom... ❞, hesitou novamente. pedaços de noites passadas no jardim, na varanda, até no quarto que dividia com vee, a fumaça, as risadas. sentiu-se culpada novamente. ❝ quer dizer, a gente morava junto né, doutora, é por isso que estou aqui. a gente era amigo. ele era uma das pessoas mais interessantes daquele lugar ❞, deu sua opinião sincera. polo sempre foi exatamente o que queria ser sem escrúpulos, sem ligar para as críticas. e ainda conseguia ser excepcional em todo o restante no meio do caminho.
❝ conversei com ele por último na noite antes do último dia de aula do semestre passado ❞, fingiu que estava se esforçando para lembrar direito. era essencial fazer aquele tipo de coisa, para que não parecesse ensaiada ou mentirosa. ainda bem que ela tinha experiência naquilo. ❝ a gente costumava... conversar. esse foi um desses dias. não sei, ele não parecia fora do normal, não mais do que sempre... porque sim, ele era meio peculiar ❞, disse sorrindo. foi só então que notou que em todo seu interrogatório petra usou as expressões no passado. ' a gente morava ', ' a gente era amigo ', ' ele era '... o que diabos ela pensava que tinha acontecido? um arrepio percorreu a sua espinha. ❝ e virtualmente... bom, acho que foi no mesmo dia. eu ou ele, não lembro, mandamos mensagem pra marcar a conversa. bem normal ❞, respondeu. essa era a maior mentira que precisava contar. a última mensagem de polo foi um pedido para que o encontrassem no fliperama. e petra foi. e ele não.
❝ eu sinto muito, mas... não. quer dizer, ele parecia meio avoado, mas esse era o comportamento normal dele. polo não vivia... quer dizer, polo não vive só no agora. ele tem visões de múltiplas coisas em múltiplos ângulos. sempre achei que ele viver no próprio mundo era o charme dele, o que torna ele marco polo fortunato ❞, petra deu sua opinião. ainda assim... ela lembrava de venus comentando que o ex não parecia normal e que em como ele não ter aparecido no dottor mcfly era estranho. não podia falar aquilo. não podia envolver vee e não podia falar sobre o fliperama.
❝ ele era bem presente na pensão. eu não acho... não acho que ele teria sumido assim sem avisar. as pessoas mais próximas dele não sabem onde ele tá, não acho isso normal ❞, foi a primeira coisa inteiramente verdadeira que disse. sentiu que a preocupação pela primeira vez a preocupação penetrou a sua faceta de cool girl que só queria que aquilo acabasse logo. a loira limpou a garganta e desviou o olhar para longe da delegada.
ao ouvir sobre a lista, pela terceira vez a corsini hesitou. aquilo sim era inesperado. com certeza era a listagem de todos os colegas da adam... como ele pode ter deixado algo assim dando sopa? a única resposta que ela conseguiu pensar era que... que ele não planejou isso. ❝ ahm... honestamente, não sei. lista de uma festa? lista de chamada da pensão? vai saber o que se passava na cabeça dele, doutora, mas acho que vocês estão dando muita importância pra algo que provavelmente não tem significado nenhum. minha opinião ❞, deu de ombros e tentou manter-se calma. a delegada apenas olhou-a intensamente.
❝ inimigos é uma palavra forte. todo mundo tem pessoas que não gostam de você, nem jesus agradou todo mundo, né não? claro que não é todo mundo que sabe apreciar o jeito meio peculiar dele, mas aí sumir com o garoto? não... não consigo pensar em ninguém que quisesse isso ❞, respondeu. a delegada apresentada como rossi não ficou tão cativada com sua piada como petra gostaria, mas não pareceu ter dado espaço para que ela fizesse mais perguntas além daquela.
precisou mascarar o alívio quando rossi a dispensou. achava que tinha ido bem. apenas assentiu. ❝ claro... se eu souber de alguma coisa, aviso vocês. eu também quero ele de volta ❞, comentou honestamente. e então foi embora, esperando de verdade que tivesse feito as escolhas certas. ou pelo menos o melhor que podia naquele momento.
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