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#desenho urbano em crise
rtrevisan · 2 years
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A cidade do futuro improvável
A cidade do futuro improvável
Eu poderia, de certa forma, ter encerrado esta série sobre Desenho Urbano na semana passada, quando escrevi sobre o Novo Urbanismo. Diversos autores o teriam feito, calçados no fato de que os grandes direcionamentos da década de 1960 parecem perdurar e se fortalecer até hoje. A Neo Tokyo de Katsuhiro Otomo Por outro lado, se passaram 60 anos de lá para cá. Creio que seria negligente de minha…
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ambientalmercantil · 5 months
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vestibulandx · 4 years
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estudando para os vests e afins;
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Olá! Como estão? Espero que bem, se cuidando e tal...
Imagino que muitos, senão todos vocês, estão em casa sem fazer muito pois devemos ficar em isolamento para diminuir a transmissão do vírus. Pensando nisso, eu trouxe um post de cursos gratuitos que foram disponibilizados por renomadas faculdades como FGV e universidade de Harvard. Além disso, plataforma para estudar para o vestibular sem ser ter muito prejuízo com essas ‘férias antecipadas’. E por fim, mas não menos relevante, trago também cursos de instituições de ensino técnico, em diversas áreas para que este tempo em casa não seja jogado fora.
Os cursos vão desde Fotografia e Desenho Arquitetônico até Direito e Finanças Pessoais.
Boa sorte e bons estudos! E não se esqueçam de se cuidar, não só por si mesmos, mas pensando especialmente naqueles que possuem mais risco. 
Que juntos enfrentemos isso!~
Benefícios: não deixar a mente sem atividade e produtividade e desacostumada com estudos. Além disso, você pode melhorar os seus conhecimentos, estudar para o Enem e/ou até mesmo conseguir certificados em cursos que só poderia fazer caso pagasse! Então, pra que perder tempo?! 
ESPECIAL PARA VESTIBULANDOS:
Stoodi: plataforma incrível para que os alunos com aulas suspensas não deixem de ter um amparo para estudar ao vestibular.
“Se você teve as suas aulas suspensas na escola por causa do vírus, ou conhece alguém que está nessa situação, avisa que abrimos as portas do nosso site para receber alunos que gostariam de seguir estudando durante essa paralisação.
Para ter acesso às videoaulas de todas as matérias e ao banco de exercícios de forma gratuita, é só se cadastrar gratuitamente. Caso queira conhecer mais sobre a plataforma, é só acessar o site do Stoodi.” - do blog do Stoodi.
cadastro - https://www.stoodi.com.br/cadastro 
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Unieducar - mais de 100 cursos online
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A Análise do Direito Administrativo
Acessibilidade e Educação Inclusiva
Acessibilidade e Mobilidade Urbana
Administração Pública como Você Nunca Viu
Administrando Relacionamentos, Desenvolvendo a Liderança e Trabalhando a Motivação
Agentes Públicos e a Teoria Geral do Processo Administrativo Disciplinar
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Assédio Moral e Sexual no Trabalho
Assertividade Profissional no Ambiente de Trabalho
Atualização de Direito e Processo do Trabalho – A Reforma Trabalhista
Atualização Jurídica - Administrativo - Regime Disciplinar do Servidor
Atualização Jurídica - Administrativo – Estatuto das Estatais
Atualização Jurídica - Direito Administrativo - Administração Pública
Atualização Jurídica - Direito Administrativo - Processo Administrativo Disciplinar
Atualização Jurídica - Direito Administrativo – Agências Reguladoras e Executivas
Atualização Jurídica - Direito Administrativo – Dispensa e Inexigibilidade de Licitação
Atualização Jurídica - Direito de Energia
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Atualização Jurídica - Direito Previdenciário - Reforma da Previdência EC 103/19
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Atualização Jurídica - Servidores Públicos - Lei No. 8112/90
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Avaliações e Perícias em Imóveis Rurais
Avaliações e Perícias em Imóveis Urbanos – Terrenos e Edificações
Boas Práticas para Manipulação de Alimentos
Capacitação de Mediadores em Ambiente Virtual de Ead - E-Learning Moodle
Capacitação em Políticas de Segurança Pública
Certificação Digital e Segurança da Informação
Ciência Política - Fundamentos
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Coaching e Mentoring - Princípios e Ferramentas
Como Motivar as Pessoas no Ambiente de Trabalho
Compreensão Oral em Língua Inglesa
Contabilidade Aplicada ao Setor Público - CASP
Criando um Novo Negócio – Ideias, Oportunidades e Análise de Mercado
Crimes Contra o Meio Ambiente
Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física – DIRPF – IRPF
Desafios Ambientais no Brasil Atual
Descomplicando a Contabilidade Pública
Direção Defensiva e Regras de Ouro do Código de Trânsito
Direito Administrativo
Direito Administrativo aplicado à Gestão Pública: Noções, Princípios e Responsab
Direito Administrativo e Princípios da Administração Pública
Direito e Legislação Educacional
EAD - Didática e Design Instrucional
Ecossistemas Brasileiros e Gestão Ambiental
Educação Ambiental - Preservação e Recuperação de Áreas Degradadas
Educação Inclusiva e Educação Especial no Contexto Brasileiro
Educação no Trânsito – Passaporte para a Cidadania
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Empreendedorismo - Definições de Negócios
Empreendedorismo - Oportunidades e Riscos
Engenharia – Avaliação de Imóveis e Perícia
English as a Global Language
Espanhol - Básico I
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Ética e Etiqueta Profissional + Marketing Pessoal
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Fórmulas para Identificar Oportunidades de Criação de Novos Negócios
Fundamentos do Texto em Língua Inglesa I
Gestão de Conflitos – Administrando Crises Corporativas
Gestão de Estoques e Logística
Gestão de Processos e de Fluxos de Informações
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Gestão de Sistemas e Informações Gerenciais
Gestão do Conhecimento e Capital Intelectual
Gestão e Mapeamento de Competências
Gestão Educacional, Ead e E-learning – Novos Paradigmas Educacionais
Gestão Estratégica de Pessoas
Gestão Imobiliária - Avaliações e Perícias
Inglês Básico I
Inteligência Emocional e Intuitiva
JAVA 8 - Fundamentos Teóricos e Orientação a Objetos
Legislação de Trânsito e Normas Gerais de Circulação e Conduta
Letramento em Libras
Licitações e Contratos
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Língua Portuguesa e Prática de Produção Textual
Marketing de Eventos - Organização de Eventos e Feiras
Microsoft Office Excel 365: Uma abordagem Prática
Montando seu Próprio Negócio
Moodle para Professores
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O Empreendedorismo como Nova Possibilidade Gerencial para Administradores
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Prática em Amamentação e suas Técnicas
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Psicopatologia - Transtornos de Humor, Episódios Depressivos, Esquizofrenia, Neuroses, Psicoses e Perversões
Segurança da Informação
Sistemas de Inteligência de Marketing e Marketing Eletrônico
Sistemas e Demonstrações Contábeis na Contabilidade Aplicada ao Setor Público
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Técnicas de Produção Textual em Língua Inglesa
Violência Policial, Uso da Força e Segurança Pública
FGV: 55 cursos
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Introdução ao tema da liderança
BSC: Introdução à Criação e Execução da Estratégia
Calidad en Servicio
Como organizar o orçamento familiar
Como planejar a aposentadoria
Conceitos básicos de matemática financeira
Conceitos e Princípios Fundamentais do Direito Tributário
Contratos: Negociações Preliminares
Direitos Autorais e Sociedade
Era Vargas: do Estado Novo a 54
Ética Empresarial
Ética Empresarial – em Espanhol
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Introdução à Administração Estratégica
Introdução à Comunicação Institucional
Introdução a Precificação e Comportamento da Demanda
Introducción a la Administración Estratégica
Investigação Criminal e Instauração da Ação Penal
Motivação nas Organizações
Motivación en las Organizaciones
O Juiz e a Ética
Patentes e bases legais
Quiz: Jogo das Novas Regras Ortográficas – Reconhecendo Texto e Contexto
Recursos Humanos
Reforma no CPP
Relevância das Questões Ambientais
Sustentabilidade no dia a dia: orientações para o cidadão
Como Gastar Conscientemente
Apresentação do Sistema Tributário Nacional
Aspectos Mercadológicos na Gestão de Preços: Conceitos Fundamentais
Bases Conceituais dos Modelos de Gestão
Cálculo financeiro básico para administração financeira
Conceitos e fundamentos do marketing digital
Contexto e importância dos recursos humanos
Definições e objetivos da gestão de projetos
Fundamentos de Administração Financeira
Fundamentos de Finanças
Gestão de Vendas: Noções Básica de Criação de Estratégia
Gestão e Liderança: Conceitos Básicos da Função Gerencial
Introdução à Controladoria
Introdução à Gestão de Recursos Humanos
Introdução à Gestão Financeira Internacional
Introdução à Mentoria: Complexidade do Ambiente de Negócios
Introdução à negociação
Introdução ao Estudo de Mercado e Produtos
Introdução aos sistemas de informação em marketing
Marketing de Serviços: Economia, Características e Classificação
Participação e Concentração de Mercado: Aspectos Introdutórios
Produto e Mercado: Conceitos e Pilares do Marketing
Projeto Ensino Participativo – Teoria e Prática
Introdução à Gestão de Serviços com Foco no Envelhecimento
Como fazer investimentos 1
Como fazer investimentos 2
Fundamentos das Relações Internacionais
Formação Docente para Professores de Direito
Udemy: 40 cursos
A plataforma Udemy tornou gratuito 40 cursos diversos da área de programação e tecnologia. 
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Python 3 na Web com Django
Ionic 3 para iniciantes
HTML5 para quem não sabe nada de HTML5
Desenvolvedor Android Iniciante
Curso de C++ – Intermediário
Python para Iniciantes
C e C++ – Fundamentos Para Lógica de Programação
Unreal Engine 4 Essentials – Uma Introdução Detalhada
Criando Páginas Web com o GitHub Pages
Git e contribuições para projetos Open Source
Construa seu site em WordPress de forma simples e rápida
WordPress para Iniciantes
Curso React.js Ninja: Módulo React + Webpack
Aprenda rápido Unity3D
Introdução à Linguagem HTML
C++: Orientação a Objetos – Introdução
Algoritmos e Lógica de programação
Introdução à linguagem JavaScript
Minicurso Qlikview do Zero – Introdução ao Qlik!
Curso de Algoritmos e Lógica de Programação
Introdução à linguagem Python
Introdução à programação de computadores
Terminal Linux
Introdução ao Sistema Operacional Linux
Introdução a banco de dados com MySQL & PHPMyAdmin
Data Science: Visualização de Dados com Python
JavaScript e jQuery para Iniciantes
Introdução à linguagem JavaScript
Introdução à linguagem CSS e outros...
Senai - 12 cursos
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) disponibilizou mais de 10 cursos online de diversas áreas, como arquitetura, empreendedorismo, finanças e programação. Para acessar os cursos, basta acessar o site EAD SENAI e escolher seu curso.
clique aqui para acessar e encontrar os cursos disponíveis. 
Sebrae: sempre teve cursos disponíveis
clique aqui ou aqui para acessar / ler sobre os cursos disponíveis.
Alguns cursos oferecidos pelo Sebrae:
Gestão de pessoas;
Aprender a empreender;
Iniciando um pequeno grande negócio;
Como se tornar um Microempreendedor Individual;
Análise de negócio;
Planejamento Estratégico para Empreendedores;
Marketing digital para o empreendedor;
Sua empresa nas redes sociais;
Qualidade no atendimento;
Como definir preço de vendas mais...
Harvard: muitos cursos disponíveis.
São cursos das seguintes áreas: Artes e Design; Negócios e Gestão; Ciência da Computação; Ciência de Dados; Desenvolvimento Educacional e Organizacional; Ciência Ambiental; Governo, Leis e Política; História; Humanidades; Matemática e Análise de Dados; Medicina e Saúde Pública; Religião e Espiritualidade; Engenharia e Ciências Sociais.
clique aqui para acessar e encontrar os cursos disponíveis.
O único ‘problema’ é que são apenas 6 cursos em língua portuguesa, para aqueles que não sabem inglês. E os demais em língua inglesa.
Centro Paula Souza -  12 cursos
clique aqui para acessar; 
Arduíno
AutoCad
Canvas
Design e Photoshop
Design Thinking
Felicidade
Gestão de Conflitos
Gestão de Pessoas
Gestão do Tempo
Mediação em EaD
Mercado de Trabalho
Vendas
USP - 17 cursos
clique aqui para acessar e encontrar os cursos disponíveis.
A Universidade de São Paulo (USP) disponibilizou 17 cursos online através da plataforma Coursera. São cursos de marketing, ciência da computação, design, biologia e mais. 
UFF
clique aqui para acessar e encontrar os cursos disponíveis.
A Universidade Federal Fluminense (UFF), juntamente com o Núcleo de Estudos Empresariais e Sociais (NEES), disponibilizou gratuitamente cursos de diversos tópicos, como Excel, liderança, finanças, entre outros.
IFRS
clique aqui para acessar e encontrar os cursos disponíveis.
O Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) também disponibilizou diversos cursos online para seus alunos. Para conferir a lista completa de todos os cursos disponíveis, basta acessar o site da instituição através do portal de cursos do IFRS. 
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Estandartes Tardios
(Trabalhos desenvolvidos durante a Residência Artística Zona dentro do Zigur fest, no Castelo de Lamego, 2020)
Houve um tempo de castelos, feudos e estandartes. Este tempo passou e situa-se agora em nosso passado, ainda que os resquícios dele cheguem até nós. Podemos circular por estes espaços antigos e, talvez, encontrar nestas ruínas perspectivas que nos apontem na direção oposta, a do futuro.
Os Estandartes Tardios tem por objetivo principal explorar os espaços únicos fornecidos pelas estruturas notáveis do Castelo de Lamego, ocupando-as com desenhos para que possamos talvez ressignificar um pouco essas construções originalmente defensivas. Uma provocação para refletir se faz ainda sentido pensar naquela europa centralizada, entrincheirada em feudos, num momento em que o mundo parece retornar à passos largos para esse cenário. 
Ambas pinturas surgem assim como estandartes que, para não danificar as edificações, fazem também referência há um passado de bandeiras e brasões, flâmulas hasteadas para esse período reimaginado. Propõem assim o pensamento de uma heráldica contemporânea, livre dos símbolos da nobreza e rico em signos e simbologia dos grafismos urbanos contemporâneos num choque entre passado e futuro. O traço empregado no desenho tem o intuito de contrastar drasticamente com aquele rebuscamento e distinção particular dos estandartes e do código de heráldica, muitas vezes bordados finamente em fios de ouro. Indo no sentido oposto o desenho em negro quase que se apresenta enquanto uma rasura, ou profanação deste amarelo sedutor.
Num caráter estético, as linhas e o preenchimento em negro remontam e muito  à prática da xilogravura, assim como parece evidente uma relação com o traço tortuoso de artistas do pós guerra e expressionismo alemão como Egon Schiele,  Emil Nolde e Max Beckmann. Além disso, o traçado livre remonta o grafite urbano (Pixo) e seus códigos invisíveis, prática essa que teve sua origem nos muros de Roma, uma das antigas culturas que veio a ocupar essa região. O trabalho propõe um remix dessa herança, do empilhamento cronológico das gerações e culturas que habitaram a região, da ocupação, reconquista e novamente ocupação por parte de mouros, celtas e outros tantos povos como uma metáfora da árvore genealógica da cultura que aponta para um futuro em aberto. Fica aqui o desejo de recuperar um pouco desse passado e o atualizar para esse momento do capitalismo tardio que balança frente aos ventos de numerosas crises e mudanças em nível global.
-Guilherme Sommermeyer
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demoura · 5 years
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FESTIVAL DE ALMADA 2019 DIA 2 ; “PROVISIONAL FIGURES GREAT YARMOUTH “ DE MARCO MARTINS ***+ : Depois de Inglaterra do Porto, e do Maria Matos apareceu na vetusta Incrível Almadense, “Provisional Figures”. o espetáculo de Marco Martins com não atores a partir de Great Yarmouth, vila costeira do Norfolk inglês onde acabaram os sonhos de muitos emigrantes portugueses .o projecto do .Provisional Figures é a designação estatística dada aos emigrantes com uma situação provisória a trabalhar no Reino Unido.Ao fim de um processo de dois anos de investigação junto da comunidade portuguesa de Great Yarmouth, Provisional Figures propõe-nos uma reflexão sobre os problemas da identidade e da emigração num contexto urbano fortemente abalado pela crise económica e consequentes convulsões sociais.
Relativamente desconhecida em Portugal, esta emigração teve o seu auge nos anos da crise económica (2009-2014), tendo como destino as grandes fábricas de transformação alimentar (perús e galinhas) instaladas nesta zona do Norfolk inglês tradicionalmente fustigada pelo desemprego. Aproveitando a decadência desta vila costeira, outrora um destino balnear de eleição para os britânicos, as fábricas da região aproveitaram a capacidade de alojamento dos hotéis e campos de caravanas semiabandonados para aqui instalar os seus novos trabalhadores.
Trabalhando em Great Yarmouth com um grupo de nove habitantes de diversas nacionalidades, ao longo de vários meses, Marco Martins constrói um espetáculo baseado nos testemunhos individuais de quem vive de perto este período de incerteza e adaptação, explorando as contradições do comportamento humano e a natureza das relações entre os homens e os outros animais.. Se este não é o meu tipo de teatro preferido é indiscutível que a obra tem qualidade e a marca do talento de Martins . Um palco em passadeira, com o público sentado dos dois lados;como numa catwalk para um desfile de histórias de desgraça diretamente de Great Yarmouth. Visto daqui, o lugar onde a esperança vai morrer.
“Richard, ex-trabalhador da construção, um dos ingleses que Marco Martins escolheu para integrar o elenco deste espetáculo, repete o único conselho que o pai, talhante, lhe deu na vida inteira (“não sejas talhante” - e que ele percebeu da primeira vez em que, chegado o Natal, o trabalho com que ajudava no talho era depenar perus mortos) e dará voz ao manifesto para um novo começo: “No to virtuosity, no to transformations and magic and might believe. No to the heroic, no to the anti-heroic, no to the seduction of the spectator... Life is an artwork and the artwork is life. The more we know, the less we understand, the better it is.”A duração e talvez excessiva alguns quadros são repetitivos e os textos de Gonçalo M Tavares revelam em ocasiões algum pedantismo . Os intérpretes não profissionais( uma moda a Pipo del Bono e Castellucci ) foram excelentes .
Encenação Marco Martins
Intérpretes Ana Moreira (Portugal), Ivan Ammon (Eslovénia), Maria do Carmo Ferreira (Portugal), Pedro Cassimo (Moçambique), Peter Dewar (Inglaterra), Richard Raymond (Inglaterra), Robert Elliot (Inglaterra), Sérgio Cardoso de Pinho (Portugal), Victoria River (Inglaterra)
Conceito e Dramaturgia Marco Martins
Uma ideia original de Renzo Barsotti
Workshops de Movimento e Teatro Nuno Lopes, Sara Carinhas, Romeu Runa e Victor Hugo Pontes
Assistente de Encenação Rita Quelhas
Textos Gonçalo M. Tavares e Isabela Figueiredo
Cenografia Fernando Ribeiro
Desenho de Luz Nuno Meira
Sonoplastia Sérgio Milhano
Marco Martins nasceu em Lisboa em 1972, é um artista português contemporâneo, com uma obra que se estende pelos campos do cinema, artes plásticas e teatro. Formado na Escola Superior de Teatro e Cinema, tendo depois completado a sua formação nos Estados Unidos, os seus filmes têm sido apresentados nos principais Festivais Internacionais onde Alice ganhou a Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes, além de muitos outros prémios internacionais. A sua mais recente longa-metragem, São Jorge, esteve na competição no Festival de Veneza onde o actor Nuno Lopes ganhou o Leão de Ouro e foi apresentado e com estreia comercial em França, Alemanha. Foi, tal como Alice, nomeado para o Óscar de melhor filme estrangeiro, e ainda para o Prémio Goya, entre outros. No Teatro fundou em 2007 a sua companhia Arena Ensemble, com Beatriz Batarda, tendo desde aí apresentado espetáculos de forma regular nos principais palcos nacionais.
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inspirhays · 3 years
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ARQUITETURA
Metabolismo Japonês
>Uma tentativa de criar uma arquitetura capaz de suprir questões de infraestrutura urbana
>ESPAÇO+FUNCIONALIDADE
"O Movimento Metabolista surgido no Japão em meados da década de 1960 do século XX teve como um de seus grandes idealizadores o arquiteto Kenzo Tange que, a partir de um olhar atento à crise concernente à falta de territórios para a expansão das megalópoles japonesas, buscava através da arquitetura, das grandes infraestruturas, dos grandes recursos de engenharia e de um ideal de intervenção em megaescala, respostas projetuais possíveis. A alternativa imediata à qual se dedicavam os arquitetos metabolistas japoneses consistia na inevitável ocupação dos oceanos enquanto interface para a construção de uma "nova civilização". Muitos projetos foram desenvolvidos com este horizonte como emblemático Planejamento para a Nova Baía de Tokio. A pré-fabricação era considerada a solução paradigmática para problemas de grandes escalas, e a elaboração de sistemas de ampliação utilizando adições sucessivas de componentes celulares geriu todo um imaginário de concepção projetual para uma grande parte dos arquitetos. O conceito "metabolista" considerava que edifícios e espaços urbanos estariam sujeitos às mesmas lógicas do crescimento natural e biológico que agenciavam os organismos vivos.
Características da condição urbana daquele momento histórico pós-Segunda-Guerra incluíam a recuperação econômica e a rápida modernização e capitalização das grandes cidades e um processo de reação à ineficácia dos métodos de planejamento urbano tradicional diante da caoticidade dos sistemas urbanos. Novos esforços deram origem a novos métodos emergenciais que buscavam resolver problemas extremamente complexos utilizando métodos sistemáticos de desenho. Sob uma influência do pensamento emergente pós-moderno, encontramos traços de uma abertura participativa e de valorização individual manifesta no desejo de oferecer, através destes métodos sistemáticos, a possibilidade de que cada indivíduo pudesse criar sua própria habitação de acordo com o seu gosto e capacidade econômica. Princípios do metabolismo em organismos vivos, como os ciclos de vida e adaptação, eram recuperados e reinseridos numa nova perspectiva projetual fundada na modulação estrutural como mecanismo de potencialização do crescimento, expansão, retrações e transformação do organismo urbano.
Autores consideram ter havido, em função da proximidade entre Kenzo Tange e Le Corbusier, uma transferência de influências deste último e paralelamente da ideologia do Estilo Internacional para os arquitetos Metabolistas. Não resta dúvida de que projetos do arquiteto suíço no Japão como o Museu de Arte Moderna de Tokio se tornou uma grande referências para a arquitetura japonesa. No entanto, percebemos que os projetos metabolistas possuem um expressionismo formal mais acentuado, desdobrando em um tipo de arquitetura que exalta o protagonismo da estrutura enquanto linguagem construtiva. É possível considerar um relativo distanciamento das obras japonesas do metabolismo diante do modernismo europeu, principalmente levando em conta a interpenetração de conceitos da arquitetura moderna com elementos da cultura tradicional japonesa. As soluções geométricas japonesas eram mais declaradas e dotadas de uma proposta de ordenação estrutural muito mais rigorosa. Apesar da influência da cultura ocidental no oriente, seja na economia ou nos hábitos locais, os projetos japoneses avançaram no que se refere a uma visão mais dinâmica de sociedade, operada por mecanismos capazes de gerenciar o constante desenvolvimento, evolução e mutação dos sistemas sociais e urbanos. Havia propostas para cidades oceânicas, aéreas e suspensas, com unidades diferenciadas para a alocação de residências, espaços produtivos que incluiam a agricultura, indústrias, centros comerciais e de serviços.
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Alguns dos principais arquitetos deste movimento eram: Kiyonori Kikutake, Kisho Kurokawa, Masato Otaka, Fumihico Maki e Noburu Kawazoe. Não seria exagero considerar que o Metabolismo foi um dos momentos mais relevantes na evolução da arquitetura japonesa do século XX, notadamente em função da elaboração de projetos que articulavam problemas complexos através de uma apropriação tecnológica surpreendente.
Devemos pontuar que havia simultaneamente uma tecnolatria exagerada e uma crença exacerbada em um tipo de revolução tecnológica que suportaria a demanda pelo planejamento sistemático, oferecendo respostas práticas para questões energéticas, pelo crescimento continuo e ordenado. Arata Isozaki desenvolveu uma repertório teórico importante voltado para a quanto a concepção de mega-estruturas transformáveis, e deve ser considerado como uma das importantes referências para o entendimento do movimento Metabolista observado a partir de suas propostas projetuais.
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A Exposição Universal de Osaka em 1970 foi um evento crucial para dar mais visibilidade para o pensamento e as propostas Metabolistas. O Pavilhão Japonês concentrou seus esforços em apresentar à comunidade internacional possíveis soluções arquitetônicas para a resolução de problemas complexos de projeto tendo em vista a aplicação de processos sistemáticos de planejamento. O pavilhão japonês consistia em uma grande infraestrutura articulada elaborada como um experimento prático ou um protótipo de racionalização de componentes projetuais vinculados à eficiência funcional e logística. Era composto por grelhas treliçadas obtidas com juntas articuladas e tubos de aço pré-fabricados rapidamente encaixáveis. Foi uma das primeiras e mais significativas expressões do ímpeto da modernização japonesa. A Exposição Universal de Osaka pode ser considerada, assim como outras exposições do mesmo gênero, como um mostruário de tipologias formais alternativas geradas pelas novas tecnologias construtivas tais como: coberturas gigantes, balões infláveis, edifícios escalonados, pirâmides de cristal, etc.
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Outro importante projeto da arquitetura Metabolista japonesa que cabe destacar aqui em nossa breve passagem pelos princípios e ideais deste movimento, é o Plano de Crescimento da Baía de Tokio elaborado por Arata Isozaki em 1960. Foi uma das grandes propostas de intervenção urbana realizada pós-Segunda-Guerra, na qual alguns autores identificam uma relação direta com a Ville Radieuse de Corbusier (proposta em 1934), um dos últimos projetos de planejamento urbano utópico da era moderna. Naquela época, a área compreendida pelas cidades de Tokio e Yokohama já possuia uma impressionante população de 13,5 milhões de habitantes. Neste projeto, um grande eixo cívico suspenso sobre a água ordenava a distribuição das atividades. Nele seriam implantados núcleos residenciais verticais autônomos. Assim como a Ville Radieuse, o Plano Obus para a cidade de Argel, elaborado por Le Corbusier, é também identificado como um antecedente importante ao Plano da Baía de Tokio. Novos modelos de assentamento urbano foram propostos, desenhados de forma a se fundir em um organismo unitário de escala urbana enorme, revelando sim a megalomania da influência de Le Corbusier nesta fase da arquitetura japonesa.
Outros projetos que merecem destaque no movimento da arquitetura Metabolista, e que talvez possa ser do interesse de quem pretende aprofundar no tema, é a torre Takara Beautilion de Kisho Kurokawa. Nesta torre de apartamentos uma mesma unidade habitacional repete-se com um padrão curiosamente distribuído, assemelhado a um conjunto de células de um organismo vivo, reforçando o desejo de modularidade e organicidade projetual. Seguindo uma linguagem semelhante, outro projeto referencial é a Torre Nagakim, construída em Tokio entre 1971 e 1972. Nesta torre foi realizada a aplicação prática da lógica de agregação celular a partir de estruturas pré-fabricadas. Kisho Kurokawa, idealizador do projeto inspirou-se em princípios biológicos de conexão e permutação para refletir sobre as qualidades e possibilidades combinatórias de "células habitacionais"."
Fonte: https://www.territorios.org/teoria/H_C_metabolistas.html
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pluravictor · 3 years
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Ecologia política, desigualdades e decrescimento
DECRESCIMENTO É PRECISO Mudar o mundo para melhor, não há dúvida, é a finalidade de Serge Latouche. O argumento do decrescimento exposto no livro demonstra um conjunto de ideias e aspirações entre uma “utopia concreta” e um programa político, contudo, afirma Latouche, “não é um dogma rígido, mas um questionamento de lógica do crescimento pelo crescimento” (p.112). Questionar, neste caso, é colocar em causa todo um sistema vigente responsável por transformações nunca antes vistas na história da humanidade, e com profundos impactos negativos sobre a população e o planeta. Estamos, sem dúvida, num momento crítico da nossa existência como um todo, como já não se via desde a Crise dos Mísseis de 1962. Ao fim de 13 tensos dias que quase nos obliterou numa guerra nuclear, imperou o bom senso nas acções e nas mudanças. Porém, a realidade das alterações climáticas, cada vez mais entendida como emergência climática, não ficará resolvida no mesmo tempo, o lento reconhecer do grave problema global é uma procrastinação, má companheira daqueles que pretendem acabar com o estado a que chegámos, parafraseando Salgueiro Maia na madrugada de 25 de Abril. “Trata-se, na verdade, duma revolução” (p.91) portanto, não pelas armas, mas sempre pelas ideias e pela políticas de mobilização e alteração de um paradigma que se impõe como urgente. Entre o pessimismo da razão e o optimismo da vontade, como dizia Antonio Gramsci, o Pequeno Tratado do Decrescimento Sereno é um manifesto lúcido e audaz, incisivo e provocador.
Mas afinal o que significa “decrescimento”? A grafia das palavras é um desenho conceptual que revela a importância do seu significado e também do que afirma não ser. Latouche não é contra o crescimento em si, mas contra o modo como é (e tem sido no último par de séculos), para expôr como devemos actuar. Decrescimento não é “descrescimento”, palavra inexistente mas tão sem sentido quanto ‘crescimento negativo’ (isso é o quê, O Estranho Caso de Benjamin Button” em teoria económica? Estranho, certo?). Decrescimento não é uma palavra oposta a crescimento, é tão somente uma alternativa sustentável, de humanismo e equilíbrio com a Terra. A prática e comunicação económica e política estão inundadas de “crescimento”, que infiltra os nossos objectivos muitas vezes de forma perniciosa, que “o próprio homem tende a tornar-se o resíduo dum sistema que visa torná-lo inútil e a passar sem ele” (p.18). Latouche abre de rompante com uma breve definição de decrescimento: “um slogan político com implicações teóricas (…) que procura acabar com a linguagem estereotipada dos drogados do produtivismo.” (p.18). Acusação forte esta última, é um call to action face a uma estranha hierarquia de “agarrados” ao sistema e uma intrincada teia que prende a sociedade a este mecanismo, de forma consciente e inconsciente. A velocidade e o peso do mundo alastram-se a cada vez mais a sectores de actividade, camadas da população, e áreas da natureza. Latouche esbofeteia-nos com a ideia que o crescimento se tornou “o cancro da humanidade” (p.34). O ritmo de crescimento e desenvolvimento trouxeram-nos mudanças significativas em 200 anos desde a Revolução Industrial, o planeta avançou dezenas de vezes mais rápido na história em tantos domínios, contudo “o nosso supercrescimento económico choca com os limites da finitude da biosfera. A capacidade regeneradora da Terra não acompanha a procura: o homem transforma os seus recursos em lixo mais rapidamente do que a natureza pode transformar este lixo em novos recursos.” (p.38). Este é um dos grandes problemas, pois as transformações sociais e tecnológicas, o esforço da desmesura que o decrescimento combate, tem exaurido as capacidades e a sustentabilidade da nossa casa planetária. É um esbofetear semelhante que Greta Thunberg nos dá há dois anos, enquanto o mundo adulto continua a comportar-se alheio ou aquém dos perigos ecológicos. No conceito de decrescimento inclui-se claramente uma política ecológica fundamental para a reconstrução do mundo.
A proposta do decrescimento é, portanto, uma reacção à histórica hegemonia do hemisfério Norte, promotora de desigualdades globais, atropelando essencialmente o Sul, em que a política de “desenvolvimento, conceito etnocêntrico e etnocidiário, impôs-se pela sedução, associada à violência da colonização e do imperialismo” (p.22). A densidade populacional empurrada para enclaves urbanos ausentes de dignidade humana é um problema gravíssimo, cuja pressão social e económica afecta comunidades inteiras durante gerações. Onde se incluem fluxos migratórios por razões económicas e conflitos bélicos.
Chegados ao início do século XXI, as promessas de um admirável mundo novo assente nos produtos financeiros, alimentaram continuamente lógicas ainda mais alargadas de ready made e fast food, em que o “desperdício inconsciente de recursos raros disponíveis e a subutilização do fluxo abundante da energia solar.” (p.27) são obsessivos prazeres instantâneos manipulados por objectivos empresariais e  publicidade que nos faz “desejar o que não possuímos e desprezar aquilo de que dispomos já.” (p.29). Os smartphones são exemplo claro disso, com o auge entre 2009-2016, estando nós agora em 2021 como testemunhas de outras abundâncias desnecessárias (somando-se muitos desvios, diversas crises graves e calamidades sem igual) desde 2007, ano de lançamento do livro de Latouche. 
A BUSCA DA FELICIDADE Como contrariar este percurso egoísta, esta pesada pegada ecológica? “O decrescimento só é concebível numa ‘sociedade do decrescimento’, ou seja, no quadro dum sistema que se baseie noutra lógica” (p.19). Ora, uma ‘sociedade do decrescimento’ implica a alteração da própria sociedade, no seu funcionamento, nos ideais e valores (altruísmo, cooperação), ultrapassando a (o)pressão actual. Tarefa árdua e longa, mas um projecto que vale a pena discutir, pois a proposta do decrescimento desenha uma “sociedade em que se viverá melhor, trabalhando e consumindo menos.” (p.20). Trabalhar menos foi sempre um ideal, a industrialização, a informatização e a automação procuravam optimizar o nosso tempo a nosso favor. O que raramente aconteceu. Há países, entre os quais Portugal, que trabalham mais horas por dia e por semana que qualquer outro país mais rico, e mesmo assim permanece em patamares de desenvolvimento e qualidade de vida inferiores. É por aqui que Latouche nos tenta demonstrar a sua lógica se compreendermos bem a nossa realidade enquanto sociedade. A qualidade do trabalho pode, e deve, equivaler à qualidade de vida, e com esta última se produzirá uma sociedade mais próxima da felicidade. Em 1776, os Estados Unidos declaravam no seu documento de independência “Consideramos estas verdades como auto-evidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade.” A busca da felicidade, não é magnífico? Apenas agora esta modernidade do século XVIII parece ter sido assumido como objectivo a cumprir, em especial quando se criou em 2011 o índice de medição de felicidade dos países (o primeiro relatório sai no ano seguinte), para além do famigerado PIB. O decrescimento abre caminho a essa busca da felicidade numa “proposta necessária para reabrir o espaço da inventividade e da criatividade do imaginário, bloqueado pelo totalitarismo economista, desenvolvimentista e progressista.” (p.20). É como a canção dos Xutos "Dantes (o tempo corria lento, meu)” que, embora nostálgica, é essa busca de felicidade ao “saborear a lentidão, apreciar o nosso território” (p.58), dar espaço para podermos “abrandar e, portanto, resistir ao império da velocidade e às tendências actuais." (p.78). O World Happiness Report de 2020 tenta perceber o excepcionalismo nórdico “What Explains Why the Nordic Countries are Constantly Among the Happiest in the World” (p.129). Temos de inverter a mensagem do título da maravilhosa canção de Vinicius de Moraes “Tristeza não tem fim, felicidade sim”. A mudança da sociedade significa novos objectivos e atitudes, alterar a cultura de trabalho e lazer, ser inclusivo e assumir a protecção do planeta. A mudança para sermos felizes não está apenas nos livros de auto-ajuda. Há um programa político para isso.
ECOLOGIA É POLÍTICA Reutilizar e Reciclar são chavões velhos, mas sempre actuais, fazem parte do léxico europeu há bastante tempo. O desafio, e imperativo, para uma eficaz transformação e construção da sociedade do mundo inteiro, contempla segundo Latouche, outros seis “R”: reavaliar, reconceptualizar, restruturar, redistribuir, relocalizar, e reduzir. Ao todo estes “oito objectivos interdependentes são susceptíveis de desencadear um processo de decrescimento sereno, convivial e sustentável.” (p.50). 
Algumas coisas começam a ser feitas com impacto mais global. Nunca como agora tivemos tantos automóveis com motores eléctricos, e metas para restruturar e reconverter o aparelho produtivo e o mercado face à mudança de paradigma energético e ecológico que é cada vez mais apreendido na realidade de hoje. Mas, permanecem as questões de equidade e redistribuição que os países ricos do Norte têm de resolver, ao cooperar com o Global South. Para além de um pesado passado colonial, onde restituição é palavra de ordem, a contração da enorme ‘dívida ecológica’ para com o Sul urge ser reembolsada, não há duvida que reduzir “a nossa predação, seria um acto de justiça.” (p.55).
Novas maneiras de apreender a realidade para transformar as relações humanas e reduzir as desigualdades implica actuar já — no sítio mais próximo de cada um. “Se a utopia de decrescimento implica um pensamento global, a sua realização começa no terreno.” (p.64). Uma produção local que forneça as populações locais, diminuindo drasticamente o desperdício de recursos, tempo e pessoas. É claro como água (se não estiver poluída…), enveredar por práticas que reduzam o impacto na biosfera (p.56). É quase como um grass roots movement, não ficando à espera da acção de programas governamentais que são demasiado lentos e pouco ambiciosos. O exemplo aqui, vem de baixo, “a ideia do ‘decrescimento’ inspira comportamentos individuais e colectivos” (p.17), as transformações para a "existência dum projecto colectivo enraizado num território como lugar de vida em comum” (p.65) não é utopia vã (o programa político existe, p.97-100), é um justo e transversal objectivo. Assegurar a sustentabilidade do planeta e promover a felicidade abraça uma “política ecológica [que] não tem qualquer dificuldade em integrar a política social. Ela é mesmo a condição duma mudança que não se limita a uma mera reparação superficial do sistema.” (p.108).
Uma indústria e agricultura limpas (menos industrializadas no sentido negativo do termo), significa menos destruição da floresta e da fauna, a manutenção dos pulmões do mundo, sem esquecer a recalibração da pesca. A ecologia não é mais uma ciência, é um projecto político urgente. Embora Dolors Comas d'Argemir afirme que a ecologia política “no tiene un corpus homogéneo, por lo que podemos encontrar reflejados en ella distintos enfoques teóricos.” (d’Argemir, 1998:144), a participação antropológica revela-se tão importante quanto a militância e defesa da natureza, para a construção de ideias baseadas na observação e reconhecimento das problemáticas da humanidade e do planeta. É necessariamente um projecto social contra o neoliberalismo e uma globalização voraz, que muitos designam como eco-socialismo que “pone el acento en las causas sociales y políticas que conducen a la degradación ambiental en el contexto del sistema económico mundial.“ (d’Argemir, 1998:144).
O regresso à terra, ao mundo "universal" de Miguel Torga (p.67) é uma resposta dentro das propostas do decrescimento sereno, pois é de forma serena que queremos, e devemos, todos viver. Coexistir e proteger a nossa humanidade no único planeta em que habitamos.
BIBLIOGRAFIA
LATOUCHE, Serge. 2007. Pequeno Tratado do Decrescimento Sereno. Edições 70, Lisboa, 2011
D’ARGEMIR, Dolores Comas. 1998. Antropología Económica. Ariel: Barcelona (cap. 5, 6 e 8) 
ENUNCIADO Parta da leitura do livro de Serge Latouche e faça um comentário ao livro. Esclareça o que entende Latouche por decrescimento e que argumentos aduz para defender a pertinência de políticas de decrescimento como forma de reduzir desigualdades, assegurar a sustentabilidade do planeta e promover a felicidade. O livro de D’Argemir Comas (em especial os capítulos indicados, abordados nas aulas) pode ser usado para clarificar a noção de Ecologia Política.
— Ensaio Final para PODERES: ECONÓMICO E POLÍTICO 2º ano, 1º semestre  •  2020/2021 7 Janeiro 2020 — Avaliação: 18 Nota Final de Semestre: 18
Licenciatura de Antropologia  |  Iscte-IUL, Lisboa
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publicidadesp · 3 years
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Inundações são previsíveis e devem ser tratadas pelos prefeitos como riscos à vida da população
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Até que “as águas de março fechem o verão”, muitos lares, comércios, bens materiais e vidas serão perdidos como consequência das chuvas torrenciais que assolam a cidade. É impressionante ler, ano após ano, as mesmas manchetes que tratam dos estragos provocados pelas tempestades. Inundações, enchentes, deslizamentos, quedas de árvores e afundamentos de asfalto ocasionados por rompimentos de galerias de águas pluviais ainda são tratados como “desastres naturais”, em especial, quando os governos locais falham no gerenciamento dos riscos decorrentes dos efeitos relacionados aos extremos climáticos. Reitero que não são desastres ocasionados apenas por fenômenos naturais extremos: são decorrentes da falta de previsão de nossos gestores públicos dos riscos aos quais os cidadãos estão expostos nesta época do ano.
A imagem estampada na coluna desta semana é só mais uma das várias experiências vivenciadas por quem mora nas capitais brasileiras. O diâmetro do buraco é até singelo, mas a profundidade de cerca de 2 metros permite que uma pessoa distraída com seu celular possa ser engolida por ele. Provavelmente, a chuva torrencial sobrecarregou a rede de águas pluviais e o asfalto cedeu. Tentando solucionar a questão, o motorista do ponto de taxi em frente colocou um galho no local, apontando ao prefeito, involuntariamente, que a permeabilização da cidade se faz necessária e que esta é uma das várias ações de baixo custo que podem ser adotadas para melhorar a absorção das águas em diversos pontos da cidade: a substituição do asfalto por grama em alguns casos.
Causou-me estranheza, portanto, ler a plataforma de governo do prefeito reeleito Bruno Covas. Um dos destaques tratava da construção de novos piscinões, que, apesar de necessários, não resolvem as consequências anteriormente citadas. Estas obras são desenvolvidas para conter as águas das chuvas que irão ocupar ruas e avenidas da cidade, evitando inundações, enchentes e prejuízos materiais em alguns pontos. Trata-se de uma ação que está longe de ser a única solução para as enchentes. Não previnem o problema, sempre haverá a necessidade de construção de mais piscinões. Como evitar isso? Antecipar, gerenciar e reduzir os riscos de desastres são atribuições dos gestores locais, pois eles devem atuar criando sistemas de alerta e estabelecendo estruturas específicas para o gerenciamento de crises como essas. Essas ocorrências são previsíveis e encontram-se inclusive mapeadas: uma simples busca na plataforma GeoSampa localiza desde quedas de árvores até deslizamentos e inundações ocorridas na cidade.
Dois excelentes documentos produzidos por secretarias da prefeitura paulistana nos últimos anos podem ser utilizados para a melhoria da plataforma de governo, colocando a questão das inundações numa discussão contemporânea, mais ampla, envolvendo assuntos que compõem a agenda urbana internacional como a gestão de riscos advindos dos extremos climáticos. O primeiro deles é o Manual de Desenho Urbano e Obras Viárias, que, em um de seus capítulos, destaca a importância da constituição de uma rede de infraestrutura verde (permeabilidade e vegetação) e azul (águas urbanas), abarcando os sistemas naturais também abrigados pelo espaço viário, como arborização, parques lineares, sistemas de biorretenção e paisagismo. Vagas verdes e jardins de chuva em calçadas e áreas residuais de sistemas viários são alguns exemplos. O outro é o Plano Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres, cuja consulta pública foi recentemente concluída e define uma política de gestão para a provisão de áreas verdes e de proteção do patrimônio ambiental do município de São Paulo. Os dois documentos, elaborados por técnicos municipais após consulta pública, contribuem para o planejamento das consequências advindas dos extremos climáticos aos quais pessoas e bens estão expostos em função do aumento da temperatura no planeta. 
A revisão de atribuições, responsabilidades e a alocação de recursos para a implementação de diretrizes apresentadas nos dois documentos ampliará a capacidade de resiliência da cidade de São Paulo, restaurando suas estruturas e funções básicas, evitando com isso os riscos à população. É importante que gestores públicos locais incluam o conhecimento das vulnerabilidades existentes e os riscos associados à ocorrência de eventos extremos climáticas ao dia a dia da gestão pública, bem como ao planejamento das cidades, para o bem do cidadão.
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Eixo 3: Levantamento e Analise sobre Paisagem Sonoras Link Youtube
Aluno Acadêmico : Lucas da Silva Ramos
Característica de paisagem sonora A Paisagem sonora caracteriza pelo estudo do universo sonoro que nos rodeia. composta por diferentes som que compõe um determinado ambiente, seja sons de origem natural, humana, industrial ou tecnológica.envolvendo o âmbito da Ecologia Acústica O conceito teve origem e definiu-se através do grupo de trabalho dirigido por R. Murray Schafe com outros investigadores. Definimos e consideramos os timbres característicos, sons naturais como os provacados pelos ventos, mares, canto de pássaros, ruídos sonoros  dos carros e fábricas. Direcionar a atenção para o estudo da Paisagem Sonora é ressaltar a importância da constituição sonora dos lugares. para se obter um conhecimento sobre paisagem sonoro deve ter uma percepção visual e auditiva para captar os elementos que esta em nossa volta. Fonte: https://outroscriticos.com/composicao-e-paisagem-sonora/ Link do Youtube https://www.youtube.com/watch?v=1MeYDA8Eepk https://www.youtube.com/watch?v=_SfwIcvDYac Característica de paisagem sonora natural São os sons naturais do meio ambiente acústico em nossa volta como o vento que sopra trazendo uma sensação de tranquilidade para o ouvido quando escutamos o som que e emitido. das arvores com suas folhas caindo no chão ouvindo os galhos balançando de um lado para outros. os elementos que a natureza emite. animal, plantas, a terra etc. fonte http://expurgacao.art.br/paisagem-sonora-parte-i-definicao-e-consideracoes-iniciais/ Fonte Youtube https://www.youtube.com/watch?v=XHpUoa3kCA8 https://www.youtube.com/watch?v=wNn14SMW8zQ Paisagem sonora desenho; São imagens de fotografias de todo tipo de paisagem que fazem a nossa percepção visual desenvolver uma escrita musical. reproduzindo sons através da percepção auditiva pode ser qualquer tipo de imagem sendo do campo, urbano, indutrial, natural. a compreensão dos elementos. tanto do passado ou presente sendo um desenho de paisagem sonoro que seria aquilo que nos estimula a pensar e ter uma ideia. Fonte: http://www.academia.edu/8377558/Desenho_de_Paisagem_Sonora_e_a_experi%C3%AAncia_do_espa%C3%A7o fonte Youtube https://www.youtube.com/watch?v=hidbwvgwoho https://www.youtube.com/watch?v=XRAHEqvNKh4 Paisagem sonora urbana; Os sons que compõem a vida humana veiculam as práticas sociais que os conformam e na composição da vida urbana, não se trata mais de um concerto da natureza (Schafer) pois revela os encontros fortuitos na rua, os rituais cotidianos de compras de alimentos para a casa, os itinerários dos habitantes que percorrem as ruas da casa para o trabalho e vice-versa, as expressões religiosas de diversos tipos, a sociabilidade dos bares e das calçadas, a vida cotidiana no bairro, entre muitos outros, e são aspectos que podem ser etnografados para se pensar as feições que a crise assume no contexto das modernas sociedades complexas. A composição de vozes e trânsito, dos sons de passos e risadas, das sonoridades dos utensílios técnicos: celulares, caixas-registradoras, o barulho do ar-condicionado, televisão, rádio, etc. remetem à complexidade do ambiente urbano em termos de suas expressões sonoras. Fonte: http://expurgacao.art.br/paisagem-sonora-parte-i-definicao-e-consideracoes-iniciais/ Fonte Youtube https://www.youtube.com/watch?v=vCvQN0qtBJg https://www.youtube.com/watch?v=SGAoAz3XO-A Artistas de paisagem sonora. são vários artistas que atuam com composições de sonoridade de paisagem podemos citar um dos mais importante que seria ). R. Murray Shafer que deu inicio ao movimento eco-acustico no passado ensentivando outros compositores e em conjunto com outros investigadores, como Barry Truax e Hildegard Westerkamp entre outros. hoje em dia a vários Artista estudando as Paisagens sonoras e Ecologia Acústica. Fonte https://pt.wikipedia.org/wiki/Paisagem_sonora http://www.aberta.org.br/educarede/2013/05/21/paisagem-sonora/ Fonte Youtube https://www.youtube.com/watch?v=-YEAEBSiBYA https://www.youtube.com/watch?v=Hu4au_4Jlfo https://www.youtube.com/watch?v=dJtVmVmOd4c
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jbmagalhaesneto · 4 years
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BRASIL AINDA CONFUSO…
ANÁLISE PRELIMINAR DA PESQUISA XP IPESPE 1510
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As “bocas de jacarés” seguem com ângulos sem alterações de monta, percentualmente, mas sem definição de tendências.
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O parlamento continua com imagem ruim na opinião pública, seja pela performance individual comprometedora de alguns membros, seja pela comunicação institucional de baixa qualidade, enquanto o Executivo “toma as rédeas” da condução da agenda do país e disso se beneficia mais.
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A atuação dos governadores na crise da pandemia foi bastante atingida na credibilidade quando esteve associada à corrupção no desvio de recursos, mas os que saíram incólumes poderão ganhar cacife, assim como os prefeitos proativos, candidatos à reeleição, que têm chance de ganhar já no primeiro turno.
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As eleições devem corroborar daqui a um mês a hipótese de interferência do provável viés negativo que afeta todos os protagonistas, sobretudo com a certeza da redução dos auxílios ou de agravamento do desemprego e da expectativa de perda de renda em cotejo com a elevação da inflação de preços no andar de baixo da pirâmide.
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Quase tudo se mantém “igual como dantes no Quartel de Abrantes” nos últimos meses, dependente de incertezas e sob riscos de volatilidade e de instabilidade no dilema economia versus saúde, na inequação sanidade fiscal versus assistência social e no confronto entre o apelo à popularidade versus a credibilidade no mercado.
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Até dezembro, o cenário parece ser mais pessimista do que otimista, principalmente nos grandes centros urbanos, nas regiões metropolitanas e nas capitais, em parte “extraído” dos resultados das urnas, tanto para os ganhadores quanto para os perdedores, que devem turbinar o desenho do perfil, do potencial e da competitividade dos atores estaduais e nacionais da política.
A conferir
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Plantas e abelhas têm cidadania em subúrbio da Costa Rica
Enquanto alguns agentes públicos veem a conservação ambiental como empecilho para o desenvolvimento das cidades, outros mostram que o planejamento urbano pode sim beneficiar plantas, bichos e seres humanos. É o caso de Curridabat, um subúrbio da cidade de São José, capital da Costa Rica.
Desde 2015, a região segue um modelo de desenvolvimento sustentável que leva consideração que o que é bom para os polinizadores é bom para a população. A região se autointitulou “Cidade Doce” e trabalhou para merecer a alcunha.
Muito desse trabalho inovador de urbanismo deve-se ao ex-prefeito, Edgar Mora, que foi responsável por reconhecer todas as abelhas, morcegos, beija-flores e borboletas como cidadãos de Curridabat com papéis a desempenhar e direitos a serem respeitados. O título ainda foi estendido para árvores e plantas nativas.
“Os polinizadores são consultores do mundo natural, reprodutores supremos e não cobram por isso. O plano de converter todas as ruas em ‘biocorredores’ e todos os bairros em um ecossistema exigia um relacionamento”, contou Edgar Mora em entrevista ao The Guardian.
Ao colocar os polinizadores como o centro do desenho urbano, a gestão supera o “antagonismo entre cidade e natureza que caracterizou o desenvolvimento urbano tradicional. Historicamente, a América Latina importa modelos de desenvolvimento urbano que não correspondem à sua realidade ou necessidades”, diz um trecho do documento que apresenta o conceito da “Cidade Doce”.
Essa visão alterou os espaços urbanos de Curridabat. Deveriam ser reduzidos os congestionamentos, ampliadas as ciclovias seguras e promovidos a arquitetura ambientalmente consciente. Foram criados corredores ecológicos para oferecer passagens seguras aos polinizadores e todo o planejamento passou a considerar os serviços ecossistêmicos fornecidos pelos polinizadores e pelas áreas verdes.
Como política pública, Curridabat estabeleceu a importância das infraestruturas verdes para reduzir a fragmentação e vulnerabilidade de habitats, conectar espaços importantes para a preservação da biodiversidade e conservação de espécies migratórias. Também para contribuir no enfrentamento aos desafios da crise climática e, por fim, melhorar a qualidade da paisagem urbana para maior bem-estar de seus habitantes.
A região possui ainda um plano específico de adaptação às mudanças climáticas, que inclui o plantio de espécies nativas, o foco em hortas urbanas, incentivo ao transporte alternativo; o manejo de silvicultura e arboricultura; o levantamento de dados para monitoramento de grupos de flora e fauna, entre outras medidas.
Um ponto bastante importante a se frisar é a comunidade foi envolvida na elaboração do plano. Quem melhor para dizer o que funciona e o que não funciona do que os próprios moradores da cidade? Para tanto, foram realizadas uma série de oficinas de planejamento urbano para os residentes de Curridabat.
A gestão da cidade ainda criou um Guia de Plantas Doces. São sugestões de plantas nativos da Costa Rica, ou naturalizadas na região, para atrair polinizadores. O documento ainda indica os cuidados necessários de cada espécie e os serviços ecossistêmicos que elas prestam, incluindo quem são seus agentes polinizadores, os dispersores de suas sementes e quais benefícios eles trazem para as pessoas.
“Com um gesto humilde e simples, podemos dar aos polinizadores seu lugar de direito nesta cidade. Se você plantar, verá que um dia uma borboleta, uma abelha nativa ou um beija-flor se aproximarão”, diz o documento que pode ser acessado aqui.
Assim como o CicloVivo já trouxe aqui, mais árvores significam mais economia para a saúde física e mental e isso ocorre de diversas formas: pela redução do estresse, redução de internações pela poluição do ar pode impactar até mesmo a segurança pública dos bairros. A polinização das abelhas, por sua vez, é essencial para a produção de alimentos. Outro aspecto interessante, ainda pouco falado, é a importância das flores silvestres. Saiba mais sobre este tema aqui: Abelhas e flores silvestres voltam aos canteiros da Inglaterra.
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Plantas e abelhas têm cidadania em subúrbio da Costa Rica Publicado primeiro em http://ciclovivo.com.br/
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alvaromatias1000 · 4 years
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Prazo de Contas a Pagar X Prazo de Contas a Receber
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Marina Falcão (Valor, 09/04/2020) informa: cerca de 80% das empresas com alto nível de governança corporativa listadas na B3 têm caixa para manter suas operações por 20 dias sem entrada de receitas. Essas companhias precisam pagar seus fornecedores antes de receber de seus clientes finais, descompasso de caixa predominante no universo empresarial do país.
A conclusão é resultado de um de um levantamento produzido pelo professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo, Oscar Malvessi. Ele compilou informações financeiras de 144 empresas que compõem o Índice de Governança Corporativa (IGC) da bolsa brasileira, entre os anos de 2010 e 2018.
Os números dão uma dimensão das dificuldades que a maioria esmagadora das empresas no Brasil deve passar nessa crise por conta da epidemia de coronavírus. É um cenário muito difícil.
Empresas com descompasso de prazos precisam de recursos financeiros para bancar suas operações. Segundo o estudo do professor da FGV, essas empresas atuam nos setores diversos, como de alimentos, agronegócios, bens de capital, educação, papel e celulose, química e petroquímica, serviços financeiros, shoppings, siderurgia, metalurgia, têxtil e varejo. São empresas dependentes de antecipação de dinheiro no banco.
No Brasil, as companhias com a vantagem de ter um prazo para pagamento superior ao de recebimento — também chamadas de empresas com capital de giro negativo — são exceção, segundo Malvessi. No IGC, elas são apenas 21% da amostra. O estudo mostra que essas empresas estão distribuídas nos setores de supermercados, energia, sucroalcooleiro, telecomunicações, serviços, transportes, logística e aluguel de carros.
Companhias com capital de giro negativo em geral têm poder de barganha e de mercado suficiente para conseguir prazo nas negociações com fornecedores ou não precisar conceder crédito para os seus clientes finais. Quando essas empresas são incluídas no levantamento de Malvessi, o excesso financeiro disponível para enfrentar a crise dobra para 40 dias, na mediana.
Diante da extensão da crise econômica causada pela pandemia de covid-19, os dias de reserva de caixa parecem muito limitados. No entanto, de acordo com o estudo, a folga melhorou em relação à 2010 (ver quadro acima). Para Malvessi, isso ocorreu principalmente porque as empresas buscaram ampliar sua reserva de liquidez diante de um cenário macroeconômico mais adverso.
Em 2016, durante o auge da maior recessão econômica brasileira no século, a folga financeira, que era 16 dias em 2010, alcançou de 28 dias, considerando o levantamento que inclui apenas as empresas que pagam antes de receber. Segundo Malvessi, o aumento no nível de insegurança em relação à economia provoca esse efeito.
O ideal era trabalhar com o mínimo de caixa, mais pode ter ficado mais difícil tomar empréstimos e conseguir taxas boas. Quando viu uma janela de oportunidade para captar, a empresa trouxe para dentro de casa. De modo geral, as empresas brasileiras trabalham com caixa em proporção acima do caixa das americanas.
Ao mesmo tempo, o crescimento da folga financeira nos últimos anos pode ser atribuído a um avanço na gestão nas empresas com elevado nível de governança. Elas conseguiram aprimorar a conciliação de prazos de pagamento e recebimento. Segundo Malvessi, as empresas com melhoria na gestão de capital de giro tendem a ter crescimento no retorno sobre o capital investido.
Mais de 54% das micro e pequenas empresas do Estado de São Paulo não estão operando na quarentena. Segundo estudo realizado pelo Sebrae-SP, o fôlego de caixa para esses negócios enfrentarem o período dessa paralisação da economia é de apenas 12 dias, na média. E a folga é mais restrita ainda quanto menor for o faturamento da empresa.
O levantamento foi realizado com uma aplicação de questionário a 2.696 negócios no Estado, por e-mail, entre os dias 27, 28 e 29 de março. O resultado mostra:
empresas com faturamento anual até R$ 81 mil – os chamados microempreendedores individuais (MEI) – têm apenas oito dias de folga de caixa;
negócios com faturamento entre R$ 81 mil e R$ 360 mil por ano têm 14 dias e
negócios com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões têm 21 dias.
O cenário é bem crítico e desafiador, pois o horizonte é muito curto.
Os dias de caixa também variam conforme o setor. O excedente de caixa em empresas do ramo de construção dura apenas cinco dias, enquanto no segmento de agropecuária sustenta a operação por 16 dias, na média.
O estudo mostra que o gasto com fornecedores representa 26,2% da estrutura de custos das pequenas empresas, sendo o que mais pesa. Salários e empregados são 17,4% dos gastos.
Chama atenção o fato de a maior parte dos pagamentos (50,6%) das pequenas empresas ser feito em até 30 dias. Em cenário de interrupção de entrada de caixa, poucas têm capacidade de se adaptar. A estrutura financeira das pequenas não considera uma crise temporária desse porte.
Segundo o Sebrae-SP, as empresas já estão pretendendo demitir são 14,9%. Considera esse número ainda baixo, mostrando as empresas estarem buscando alternativas ou esperando alguma ajuda.
A maioria (39,8%) declarou estar esperando alguma ajuda do governo para pagar suas dívidas, enquanto 37% da amostra informou que pretende renegociar com seus fornecedores. O problema é que essas empresas não tem o mesmo poder de barganha das grandes.
Grandes empresas brasileiras captaram cerca de R$ 3 bilhões em debêntures e R$ 2,5 bilhões em notas promissórias na semana de 6 a 9 de abril de 2020. As operações estão saindo basicamente para reforço de caixa e são encarteiradas pelos bancos coordenadores.
O que se vê pelas condições das emissões é que, para as grandes empresas, as taxas subiram em 1 ou 2 pontos percentuais em relação a emissões recentes e os prazos definitivamente caíram. A maioria das operações tem prazo curto, de um ano. Quem conseguiu taxas abaixo de CDI mais 2% ao ano, avaliam analistas, são empresas que estão conseguindo manter negócios na crise, ou que já possuíam linhas de crédito prontas para serem acessadas com os bancos.
A maior operação liquidada recentemente foi do Magazine Luiza, coordenada pelo Bradesco BBI. A varejista captou R$ 800 milhões, pelo prazo de 11 meses, com taxa de CDI mais 1,5% ao ano.
O Bradesco BBI também liderou as emissões da MRV, no valor de R$ 100 milhões, e das controladas da construtora: MRL Engenharia (R$ 60 milhões) e Urba Desenvolvimento Urbano (R$ 40 milhões). As três operações têm prazo de 5 anos e taxa de CDI mais 1,5% ao ano.
A Comgás, no dia 1o de abril, emitiu R$ 200 milhões em notas a CDI mais 3% com o Santander, no dia 7, lançou R$ 500 milhões em notas via Bradesco, com o mesmo prazo de um ano, mas a CDI mais 3,4%.
Aprovada no dia 7 de abril de 2020 pelo Senado, a linha de crédito a micro e pequenas empresas com recursos do Tesouro Nacional não tem apoio do Ministério da Economia. A linha negociada com o Congresso seria focada apenas nas microempresas e teria um limite de crédito menor. A redação aprovada nesta semana pode liberar mais de R$ 400 bilhões em empréstimos, segundo cálculos do governo. A ampliação coloca em risco o programa, que era estimado em R$ 13,6 bilhões.
“Isso inviabiliza o projeto”, disse um membro da equipe econômica. O texto, que visa dar suporte às empresas durante a pandemia de coronavírus, ainda precisa ser apreciado pela Câmara.
Voltada a empresas com faturamento de até R$ 4,8 milhões, a linha em discussão no Congresso quer oferecer empréstimos de até metade da receita bruta anual da empresa. O Tesouro entrará com 80% dos recursos.
A ideia do governo era beneficiar apenas microempresas, com faturamento de R$ 81 mil a R$ 360 mil. A empresa teria liberado 30% da média do faturamento mensal vezes dois. O desenho inicial destinava ao programa R$ 13,6 bilhões, sendo R$ 10,9 bilhões do Tesouro. Esse, no entanto, foi o valor apresentado na terça como relativo ao projeto do Senado. Pela proposta do governo, uma empresa com receita de R$ 360 mil teria direito a R$ 18 mil em crédito. Pelo texto do Senado, seriam R$ 180 mil.
O Ministério da Economia diz: seriam atendidas só as microempresas, pois essas ficaram de fora do financiamento à folha de pagamento. Optou-se por utilizar um projeto já em andamento para dar celeridade à discussão. “Era um projeto emergencial e quiseram resolver um problema estrutural de crédito”, disse a fonte.
A equipe já discute opções. Está em estudo a negociação com a Câmara para alterar o texto ou o envio de uma medida provisória com o escopo inicial. Se aprovado como está, o texto poderá ser vetado.
Prazo de Contas a Pagar X Prazo de Contas a Receber publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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henriquevieirafilho · 5 years
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Projeto Re-Arte:Releituras Coletivas
Novo Artigo publicado em https://henriquevieirafilho.com.br/blog/projeto-re-arte-releituras-coletivas/
Projeto Re-Arte:Releituras Coletivas
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Vernissage – 10 NOV
Entrada Franca Projeto Re-Arte:Releituras Coletivas
Clique e “baixe”este release em DOC  Clique Aqui e acesse imagens, vídeos e textos para divulgação
MUITO MAIS QUE UMA EXPOSIÇÃO: Música ao vivo, degustação de vinho, dança circular, vivências de imaginação dirigida, performances teatrais, moda, artes visuais e muitas outras interações artísticas! Releituras de todos os tipos de Artes! 
Vernissage dia 10/11, das 15 às 20hs, na Sociedade Das Artes Alameda Santos, 211 – São Paulo – SP
RSVP: Whatsapp: +55 11 93800-1262
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O Artista Plástico e Psicanalista Henrique Vieira Filho é o elo de interação entre expoentes da nova geração da Arte, que apresentam suas releituras e crossover de expressões artísticas.
Artes Visuais:
Henrique Vieira Filho – Arte figurativa, gravurista
Juliane Mai – Artista Plástica e Curadora
Melissa Zimosky – Arte abstrata
Samanta Fachinelli – Designer e Ilustradora
Térsio Greguol – Imaginador Thiago Sguoti – Arte figurativa
Holismo:
Fabiana Vieira – Escritora e Terapeuta
Literatura:
Mirella Ferraz – Primeira Sereia profissional brasileira
Moda:
Maria Goretti Silva – Designer de Moda sustentável
Degustação:
Luis Mota – Vinho Mix – Sommelier 
Shanti Buffet Vegetariano
Música:
Mermages Folk Band – Sereia Luthien – Cantora
Teatro: 
Les Trupps Patoktak
  Teremos “Art Crossover” de estilos e formas de Artes distintas, cada qual sendo fonte de inspiração e objeto de releitura coletiva.
Artes visuais: Henrique Vieira Filho apresenta releitura dos abstratos de Melissa Zimonsky, que releu seus figurativos. Por sua vez, as ilustrações de Samanta Fachinelli são revisitadas no estilo de Henrique, que reinterpretou os quadros tridimensionais de Térsio Greguol e os instigantes Trans Seres de Thiago Sguoti.
Moda: a designer Maria Goretti Silva criou roupas e acessórios com as telas (literalmente!) do Henrique e este retratou a sustentabilidade e ecologia da moda em uma de suas pinturas inéditas. Música ao vivo: Mermages Folk Band, com a Sereia Luthien (Camila Postal Adomaitis) canta as telas de Sereia de Henrique Vieira Filho e de Thiago Sguoti e estes retratam a sua voz e performances!
Degustação: o Sommelier Luis Claudio Cabral Motta harmoniza vinhos com obras de Henrique Vieira Filho e este, por sua vez, explana sobre Baco, Alquimia e transformação interior pela embriaguês divina” e ainda teremos o ativismo do sabor com Shanti Vegetariano.
Holismo: Fabiana Vieira traduz em Terapia a Arte de Henrique e este retrata a busca pelo autoconhecimento em suas telas!
Literatura: Mirella Ferraz, a primeira Sereia profissional brasileira, escritora, roteirista, ativista ambiental, bailarina e coreógrafa de dança do ventre e a primeira sereia profissional brasileira “Sereias – O Segredo Das Águas”
Artes Cênicas:  O coletivo Les Trupps Patoktak interage com o público, com suas performances “Vikings Urbanos” e “O Corpo Que Ocupa”, dando vida às telas dos Artistas Plásticos!
  Entrada Franca – Vernissage dia 10/11, das 15 às 20hs, na Sociedade Das Artes Alameda Santos, 211 – São Paulo – SP
RSVP: Whatsapp: +55 11 93800-1262
  O Projeto Re-Arte nasceu da “provocação” da crítica-suprema, Aracy Amaral, que interpreta o momento como sendo “crise” na Arte Contemporânea:
“Artistas hoje são mais editores que criadores. Eles se apropriam de imagens de televisão, histórias em quadrinhos, de pequenos desenhos que saem nos meios de comunicação de massa, de celulares e editam formas.”
Sendo ou não “crise”, já está duradoura o suficiente para que seja admitida e estudada, bem como ter seu justo espaço junto às instituições oficiais voltadas às Artes.
O Projeto Re-Arte, organizado por Henrique Vieira Filho, propôs o desafio artístico de RELEITURA de obras selecionadas dos próprios Artistas participantes e homenagens a grandes nomes das Artes.
A entrada é franca, sendo a visitação mediante agendamento prévio: Whatsapp: +55 11 93800-1262
Para saber mais:
Biografia – Henrique Vieira Filho
Processo Criativo – Re-Arte: Releituras Coletivas
Re-Arte Abstrato vs Figurativo – Henrique Vieira Filho E Melissa Zimosky
Re-Arte:Músicas Transpostas Em Pinturas
Re-Arte – Releituras Coletivas – Vernissage – Dia 10/11 
Clique e “baixe”este release em DOC
Clique Aqui e acesse imagens, vídeos e textos para divulgação – – Re Arte 1a Edição – 2018
Agende sua exclusiva com os Artistas:
Henrique Vieira Filho Alameda Santos, 211 cj 1411 São Paulo – SP – CEP 01419-000 www.henriquevieirafilho.com.br [email protected] +55 11 93800-1262
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GRAFFITI: O IDEAL ALÉM DOS MUROS
Mesmo com preconceito e pouco reconhecimento, artistas urbanos continuam colorindo os muros da cidade com a intenção de causar reflexão e impactar o dia a dia das pessoas.
          Graffiti é a inscrição caligrafada ou o desenho pintado ou registrado sobre uma estrutura que normalmente não é pressuposta para esta finalidade. Surgido na década de 70 em Nova Iorque com a intenção de manifestar as angustias e insatisfações de uma geração, ganhou as ruas do mundo e até hoje espalham mensagens de cunho ativista e a retração da realidade.
          Tendo como objetivo causar um impacto no observador, o Graffiti costuma carregar uma mensagem revolucionária criticando a sociedade com sarcasmo e convidando à reflexão. Embora atualmente ainda sofra preconceitos e restrições, o Graffiti é considerado como forma de expressão incluída no contexto das artes visuais, mais especificamente, da street art ou arte urbana – justamente pelo artista aproveitar os espaços públicos para criar uma linguagem intencional que possa interferir na cidade.
         Atrelado ao movimento Hip Hop, o Graffiti surgiu em 1970 em um bairro de Nova Iorque sendo uma arte originária dos guetos em um período no qual academias e escolas de arte entravam em crise, o que influenciou as expressões artísticas fora dos espaços fechados e a rua tornou-se o cenário perfeito para essas manifestações.
         No Brasil, também na década de 70, época na qual o país era silenciado pela censura dos militares no poder, o Graffiti nasce na cidade de São Paulo semelhantemente ao movimento que nascia em Nova Iorque; com uma arte transgressora, linguagem da rua e da marginalidade, que invade e grita nas paredes das cidades os transtornos de uma geração e, até hoje, a prática ainda é muito relacionada à periferia e ao vandalismo.
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         Mesmo enfrentando preconceitos e não sendo uma arte tão prestigiada como deveria, a arte urbana é um forte artifício para escancarar problemas e padrões da sociedade que são frequentemente ignorados pelas pessoas e até mesmo silenciados pelos meios de comunicação de massa a fim de atenderem interesses políticos ou empresariais. A artista feminista Panmela Castro, por exemplo, trabalha construindo murais pelo mundo com a intenção de emponderar mulheres, denunciar e desconstruir padrões machistas e misóginos através do graffiti. O Grupo Opni, surgido em São Mateus, zona leste de São Paulo, inspirados na comunidade que cresceram e na cultura afro brasileira, trazem em suas obras cores vivas e traços únicos, além de um olhar periférico e “artivista” que passeia por temas variados construindo uma poética visual. O Grupo é criador de uma galeria a céu aberto na Vila Flávia, que atualmente reúne cerca de 200 intervenções artísticas e tem como ideia central grafitar todos os muros, becos, vielas e casas transformando o bairro em uma grande galeria de arte. O artista Toddy, integrante do grupo, esclareceu algumas dúvidas e falou sobre o trabalho e a intenção do grupo em entrevista.
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De que forma o grafite pode contribuir positivamente para a sociedade?
Toddy Opni - Só o fato de com o graffiti nos muros podermos levar arte para perto das pessoas e elas poderem ver enquanto andam pela cidade sem precisar ir a um museu ou galeria, é uma mudança positiva para a sociedade. É democratizar a arte na linguagem do graffiti e dar a oportunidade das pessoas conhecerem a beleza da arte como reflexão.
Numa visão mais voltada para a comunidade, temos alguns resultados perceptíveis ao longo dos anos com os projetos do OPNI; como a Favela Galeria (galeria a céu aberto na comunidade Vila Flávia, São Mateus) no qual os temas e ideias que retratamos têm forte influência da cultura afro-brasileira, assim o fato de, por exemplo, pintarmos mulheres usando black power e flor no cabelo, encorajou várias mulheres a se emponderarem e por isso passaram a usar os cabelos como são. Isso não é pouco!
Por ter pouco incentivo e muito preconceito envolto a esta arte, quais são as principais dificuldades de ser reconhecido nesse meio?
Toddy Opni - Realmente há pouco apoio, incentivo e muito preconceito e desrespeito com a arte e artistas urbanos, o que traz inúmeras dificuldades. Mas acredito que essa postura é um reflexo, não somente por se tratar de graffitti, mas sim de como a sociedade é. A obrigação do graffiti, nesse contexto, é estar na rua impressionando e causando impacto para os observadores independentemente de reconhecimento. O graffiti precisa estar nas ruas para contestar problemas do país e da sociedade.
Você poderia falar sobre o graffiti ainda ser visto por muitos como vandalismo e não como patrimônio cultural, mesmo existindo lugares como a Galeria a Céu Aberto e o Beco do Batman , que recebem visitantes de diversas culturas e nacionalidades diariamente?
​Toddy Opni - A partir do momento que o graffiti não é autorizado, por mais bonito que seja, é vandalismo. De fato o problema é que, mesmo quando autorizado, muitas pessoas insistem em classificar como vandalismo, principalmente quando se trata de um desenho ou ideia que traga a reflexão sobre algo que não concordam e, por isso, muitas pessoas ainda não vêm o graffiti como uma arte. Isso é um processo de evolução e aceitação que faz parte.
Vamos sempre ser questionados, mas continuaremos nas ruas. Encontramos nas comunidades um espaço para mostrar como o graffiti é capaz de desenvolver as comunidades de diferentes maneiras e poder com nossa arte gerar reflexão e é isso que nos motiva continuar mesmo em meio a julgamentos.
         O jovem Bruno Araújo Cassiavilani, 18, ou Bac, como assina nos muros, vive em São Bernardo do Campo, onde faz a maioria de seus trabalhos e começou a grafitar aos quatorze, para ele, mais tarde do que gostaria, mas fala que admira essa arte desde criança e somente aos quatorze teve coragem para se aventurar. Ele também fala de como é gratificante ser um artista mesmo com pouco incentivo no país.
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Qual sua principal motivação pra continuar fazendo graffiti mesmo sendo tão difícil aqui no Brasil?
​BAC - Ser artista e viver da arte é difícil, é para privilegiados, para poucos. E em um país como o Brasil, que mal lê, mal tem acesso a cultura e inconscientemente absorve uma enxurrada do que vem de outras culturas e forma seus gostos baseados nisso, é ainda mais complicado. Eu sempre curti desenho e é por amor, não por dinheiro. É realmente difícil, mas ver sua arte no muro e conseguir passar a mensagem que deseja, já compensam todas as dificuldades.
         Como já diria o músico Fela Kuti, ‘’A arte é algo político’’. Tem que tocar, chamar para reflexão, fazer pensar, questionar, ser transgressora. O graffiti segue esses princípios como quarto elemento da cultura Hip Hop, e por isso tem que ser enxergado como arte passando a sua visão sobre a realidade do mundo.
          Os muros das cidades de todo o mundo devem continuar sendo coloridos e os artistas cada vez mais podendo se manifestar sem restrições os reflexos da sociedade que estamos inseridos e, assim, poder conquistar seus devidos espaços nas ruas e na arte como interventores sociais contribuindo para o patrimônio cultural das periferias e dos grandes centros urbanos.
Reportagem por Natália Assis e Rafael Mucheroni para a disciplina de Jornalismo em Plataformas Digitais, do curso de Jornalismo da Universidade Anhembi Morumbi.
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caiosilvabrasil · 4 years
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Teste: Ford Territory aposta em equipamentos e espaço interno para bater de frente com o Compass
Quando o Ford Territory foi mostrado no Salão do Automóvel de 2018 e praticamente confirmado para o Brasil, o entendimento geral, vendo o carro de perto, era de que a montadora ia jogar no custo/benefício. Oferecer um carro grande e até bem bem equipado, mas por um preço muito menor que seu rivais. Afinal, o modelo vem da China, feito em parceria com a Jianling Motors. Já está com o projeto de certa forma amortizado.
Mas a Ford resolveu partir para o tudo ou nada. Apostou nas dimensões avantajadas do carro para encher ele de equipamentos de ponta. E refez todo o interior em comparação ao irmão chinês Yusheng S330. Deixando o aspecto bem mais sofisticado do que antes. O resultado disso é que o novo Ford Territory chega ao mercado muito completo e classudo, mas por R$ 11.910 a mais que o Jeep Compass. Custa a partir de R$ 165.900 na versão SEL.
Se isso vai dar certo, só o mercado pode dizer. Mas, segundo a Ford, os pilares para convencer os clientes estão no espaço e conforto, conectividade, tecnologia e custo de posse. Um dos trunfos logo de saída é um “mimo” para os 250 primeiros compradores da versão Titanium, de topo, que custa R$ 187.900. Eles terão um ano de seguro e as três primeiras revisões grátis, e carro entregue em casa e higienizado pelo Ford Clean.
Fora isso, há um pacote especial de revisão que custa R$ 1.382 no total das três primeiras. Segundo a Ford, esse valor é o segundo mais baixo do segmento. Perdendo apenas para o Volkswagen Tiguan. E há 90 dias para pagar a primeira parcela, que estarão pela metade do valor até fevereiro de 2022.
Há vida além dos custos para o Territory
Mesmo tendo isso como foco por parte da Ford, o Territory é mais que cifras. Seu desenho não é tão impactante, mas é um belo que feijão com arroz que, se não apaixona, também não desagrada nenhum comprador. Em tempos de mercado em crise, ser generalista é uma vantagem bem grande.
Outro trunfo do SUV, no caso ainda mais expressivo, é seu espaço interno. Com entre-eixos de 2,71 metros e comprimento de 4,58 metros, o novo SUV da Ford tem 8 cm a mais entre as rodas e 17 cm no todo além do Compass. Isso resulta em muito conforto para cinco pessoas, até atrás, onde três ocupantes viajam sem aperto algum nas pernas. Mesmo o túnel central não atrapalha muito a viagem de um quinto elemento no meio.
Na frente, motorista e passageiro não esbarram em nada. Mesmo com o console central bem grande e repleto de porta-objetos. Outro destaque é o desenho dos bancos. Um esporte fino que agrada aos olhos e que segura muito bem o corpo do motorista. E há ainda o porta-malas de 420 litros para completar o pacote família.
O acabamento segue dando mais pontos para o Territory. Feito na cidade chinesa de Xiaolan, ele em nada se parece com o imaginário popular acerca de um carro do gigante asiático. Há plástico preto brilhante e acabamento metalizado por toda parte. Que se junta com apliques de madeira escurecida que dão um toque sofisticado ao carro. Não é jovial, mas é certamente agradável.
Há muita coisa de série
A lista de equipamentos, como a própria Ford faz questão de frisar, pode ser o grande diferencial de vendas do Territory. A SEL já traz rodas de liga leve de 18 polegadas, teto solar panorâmico, pintura perolizada, controles de estabilidade e tração, e tela multimídia de 10 polegadas com o sistema Sync com espelhamento do Apple CarPlay sem cabo. Fora isso, por meio do FordPass Connect, no celular, é possível fazer travamento e destravamento remoto, partida remota com climatização e localizar ele no estacionamento de um shopping, por exemplo.
Já a configuração Titanium traz ainda carregamento de celular sem fio e câmera de estacionamento de 360º com visão panorâmica. E mais sistemas de aviso de mudança de faixa e de monitoramento de pressão dos pneus, luz ambiente com sete cores disponíveis, bancos dianteiros com resfriamento e aquecimento e faróis de LED.
Ainda bem que é turbinado
Depois de tantos aspectos positivos, chega-se ao ponto fraco do Territory. O prazer ao dirigir. O modelo já vem da China com um motor 1.5 turbinado da Jianling. Que na verdade é fornecido pela Mitsubishi. Ele rende 150 cv a 5.300 rpm e 22,9 mkfg de torque a 1.500 rpm. Administrados por um câmbio automático CVT que simula oito marchas.
No papel, a potência deste 1.5 é ótima a faria de qualquer compacto um aspirante a esportivo. Mas o peso de 1.632 kg do SUV, aliado ao “soninho” do CVT, deixa o modelo lento especialmente nas arrancadas e ultrapassagens. Lá pelos quase 3 mil giros ele pega embalo e vai firme, se tornando um bom modelo para viagens em estradas pouco congestionadas. Mas em uso urbano ele sofre. E seu tamanhão, que era um ponto positivo até então, vira um defeito para quem gostar de acelerar mais forte.
Já a suspensão tem ajuste interessante para rodar nas cidades esburacas do Brasil. Com McPherson na dianteira e multilink atrás, não é mole o suficiente para deixar o carro bobo em curvas e nem dura para quicar nos buracos. Traz conforto na medida certa, principalmente para quem anda atrás, que não fica sacolejando.
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Teste: Ford Territory aposta em equipamentos e espaço interno para bater de frente com o Compass apareceu primeiro em: https://jornaldocarro.estadao.com.br
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renatosampaio101 · 4 years
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Teste: Ford Territory aposta em equipamentos e espaço interno para bater de frente com o Compass
Quando o Ford Territory foi mostrado no Salão do Automóvel de 2018 e praticamente confirmado para o Brasil, o entendimento geral, vendo o carro de perto, era de que a montadora ia jogar no custo/benefício. Oferecer um carro grande e até bem bem equipado, mas por um preço muito menor que seu rivais. Afinal, o modelo vem da China, feito em parceria com a Jianling Motors. Já está com o projeto de certa forma amortizado.
Mas a Ford resolveu partir para o tudo ou nada. Apostou nas dimensões avantajadas do carro para encher ele de equipamentos de ponta. E refez todo o interior em comparação ao irmão chinês Yusheng S330. Deixando o aspecto bem mais sofisticado do que antes. O resultado disso é que o novo Ford Territory chega ao mercado muito completo e classudo, mas por R$ 11.910 a mais que o Jeep Compass. Custa a partir de R$ 165.900 na versão SEL.
Se isso vai dar certo, só o mercado pode dizer. Mas, segundo a Ford, os pilares para convencer os clientes estão no espaço e conforto, conectividade, tecnologia e custo de posse. Um dos trunfos logo de saída é um “mimo” para os 250 primeiros compradores da versão Titanium, de topo, que custa R$ 187.900. Eles terão um ano de seguro e as três primeiras revisões grátis, e carro entregue em casa e higienizado pelo Ford Clean.
Fora isso, há um pacote especial de revisão que custa R$ 1.382 no total das três primeiras. Segundo a Ford, esse valor é o segundo mais baixo do segmento. Perdendo apenas para o Volkswagen Tiguan. E há 90 dias para pagar a primeira parcela, que estarão pela metade do valor até fevereiro de 2022.
Há vida além dos custos para o Territory
Mesmo tendo isso como foco por parte da Ford, o Territory é mais que cifras. Seu desenho não é tão impactante, mas é um belo que feijão com arroz que, se não apaixona, também não desagrada nenhum comprador. Em tempos de mercado em crise, ser generalista é uma vantagem bem grande.
Outro trunfo do SUV, no caso ainda mais expressivo, é seu espaço interno. Com entre-eixos de 2,71 metros e comprimento de 4,58 metros, o novo SUV da Ford tem 8 cm a mais entre as rodas e 17 cm no todo além do Compass. Isso resulta em muito conforto para cinco pessoas, até atrás, onde três ocupantes viajam sem aperto algum nas pernas. Mesmo o túnel central não atrapalha muito a viagem de um quinto elemento no meio.
Na frente, motorista e passageiro não esbarram em nada. Mesmo com o console central bem grande e repleto de porta-objetos. Outro destaque é o desenho dos bancos. Um esporte fino que agrada aos olhos e que segura muito bem o corpo do motorista. E há ainda o porta-malas de 420 litros para completar o pacote família.
O acabamento segue dando mais pontos para o Territory. Feito na cidade chinesa de Xiaolan, ele em nada se parece com o imaginário popular acerca de um carro do gigante asiático. Há plástico preto brilhante e acabamento metalizado por toda parte. Que se junta com apliques de madeira escurecida que dão um toque sofisticado ao carro. Não é jovial, mas é certamente agradável.
Há muita coisa de série
A lista de equipamentos, como a própria Ford faz questão de frisar, pode ser o grande diferencial de vendas do Territory. A SEL já traz rodas de liga leve de 18 polegadas, teto solar panorâmico, pintura perolizada, controles de estabilidade e tração, e tela multimídia de 10 polegadas com o sistema Sync com espelhamento do Apple CarPlay sem cabo. Fora isso, por meio do FordPass Connect, no celular, é possível fazer travamento e destravamento remoto, partida remota com climatização e localizar ele no estacionamento de um shopping, por exemplo.
Já a configuração Titanium traz ainda carregamento de celular sem fio e câmera de estacionamento de 360º com visão panorâmica. E mais sistemas de aviso de mudança de faixa e de monitoramento de pressão dos pneus, luz ambiente com sete cores disponíveis, bancos dianteiros com resfriamento e aquecimento e faróis de LED.
Ainda bem que é turbinado
Depois de tantos aspectos positivos, chega-se ao ponto fraco do Territory. O prazer ao dirigir. O modelo já vem da China com um motor 1.5 turbinado da Jianling. Que na verdade é fornecido pela Mitsubishi. Ele rende 150 cv a 5.300 rpm e 22,9 mkfg de torque a 1.500 rpm. Administrados por um câmbio automático CVT que simula oito marchas.
No papel, a potência deste 1.5 é ótima a faria de qualquer compacto um aspirante a esportivo. Mas o peso de 1.632 kg do SUV, aliado ao “soninho” do CVT, deixa o modelo lento especialmente nas arrancadas e ultrapassagens. Lá pelos quase 3 mil giros ele pega embalo e vai firme, se tornando um bom modelo para viagens em estradas pouco congestionadas. Mas em uso urbano ele sofre. E seu tamanhão, que era um ponto positivo até então, vira um defeito para quem gostar de acelerar mais forte.
Já a suspensão tem ajuste interessante para rodar nas cidades esburacas do Brasil. Com McPherson na dianteira e multilink atrás, não é mole o suficiente para deixar o carro bobo em curvas e nem dura para quicar nos buracos. Traz conforto na medida certa, principalmente para quem anda atrás, que não fica sacolejando.
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