Tumgik
#os indomáveis
cxosifer · 4 months
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A morte devagar
“Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar”.
(Martha Medeiros)
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oespiritocelta · 2 months
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Asterix é uma série de quadrinhos sobre uma vila de indomáveis guerreiros gauleses que se aventuram pelo mundo e lutam contra a República Romana, com a ajuda de uma poção mágica, durante a era de Júlio César. Os quadrinhos foram adaptados para diversas mídias e alguns filmes são:
Asterix, o Gaulês (Astérix le Gaulois)
Asterix e Cleópatra (Astérix et Cléopâtre)
Asterix entre os Bretões (Astérix chez les Bretons)
Asterix e o Segredo da Poção Mágica (Astérix Le Secret de la Potion Magique)
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falangesdovento · 4 months
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Deixa o café na chávena
e o cigarro ser cinzas,
ignora as fases da lua
e as rebentações da maré…
Mas não faças esperar o amor!
Esquece as palavras na folha,
perde os primeiros comboios,
não contes as estrelas no céu,
nem vigies o florir das amendoeiras…
Mas não faças esperar o amor!
O amor tem asas invisíveis
e basta-lhe um vento de feição
para navegar em oceanos
a que nunca chegarás.
Não deixes o amor arrefecer
nem que se consuma sozinho,
não lhe permitas encher-se no vazio
nem rebentar num areal deserto…
Não faças esperar o amor!
Não o deixes ser escrita ignorada
nem viagem sem destino,
nem céu sem brilho,
nem ramada isolada…
Não faças esperar o amor!
Não queiras que te deixe à espera
em cafés repetidos,
em cigarros intermináveis,
em luas contínuas,
em marés indomáveis,
em palavras inócuas,
em comboios atrasados,
em estrelas incontáveis,
em primaveras por rebentar.
Não faças esperar o amor!
Não o deixes adormecer na demora!
Não arrisques deitar-te nele
quando for leito que já não te pertence.
Não faças esperar o amor!!!
Boa noite!
Lucas Lima
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benjamintodinho · 1 year
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Wellington’s country week
Seguindo o protocolo da sua primeira (e provavelmente, última) temporada, a família de Benjamin encaixou sua participação logo que possível. A casa de campo aberta para o público que aumentava a cada dia, confirmando o convite e a curiosidade de como os Wellingtons viviam. Por que sempre ficavam ali? Por que nunca participavam da vida na cidade? Benjamin se encarregou de manter os animais longe das áreas comuns, triando-os conforme resistência e temperamento. Os dóceis e carinhosos para as moças mais tímidas, os cheios de energia e orgulho para os bem-aventurados. Dois ou três mais indomáveis para que ficasse por cima. Ora, um criador de cavalos que não mostrasse um pouco de superioridade não era digno do próprio nome (e usaria os animais para propagar a linha invisível que não poderia prosseguir).
A mãe cuidava do resto. Das decorações, dos quartos e das flores. Enfeitando tanto quanto era possível, mas mantendo a simplicidade nos detalhes de bom gosto. Ambos tinham dinheiro sim, mas aquele não era o evento para serem colocados num pedestal. Benjamin caçava a comida, encomendava da cidade; Alexandra acertava o menu e apontava quem ficava por cima. Cada funcionário mais feliz do que atarefado, ansiosos por participar do evento (uma aventura, como diriam!). Uma última passada de vassoura na entrada, uma última borrifada de blush sobre as bochechas e eles se apresentavam à entrada, recebendo cada um pessoalmente e encaminhando para os locais indicados.
Pelo horário e o jantar, Benjamin deixou toda a interação mais pesada para o dia seguinte: o chá nas margens do lago natural. Toldos e namoradeiras espalhavam-se pela grama verdejante. Lençóis largos e cestas de piquenique esperando para serem usados, com suas jarras de bebida fresca e frutas da estação. Benjamin estava perto do pequeno cais, oferecendo a mão para donzelas que subiam na plataforma a fim de experimentar um passeio nos barcos bem equipados. E ele estava ali, puxando um assunto atrás do outro com Lance, quando percebeu que buscava mais uma certa pessoa no meio dos rostos animados do que prestava atenção nas palavras do grande amigo.
@lovlette
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b-oovies · 2 years
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FILMES PT.2
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1. todos os filmes estão em ordem alfabética.
2. aqui as outras partes do catálogo de filmes.
observação: se algum link não estiver funcionando, por favor, avise na ask, que iremos mudar o link.
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(500) Dias com Ela
A Criada
A Fantástica Fábrica de Chocolate
A Hora do Pesadelo
A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça
A Menina que Roubava Livros
A Pequena Sereia
Abracadabra
Amor à Flor da Pele
Amores Expressos
Antes do Pôr do Sol
Aristogatas
As Duas Faces de Um Crime
As Memórias de Marnie
Audition
Barbie (Sequência)
Batman
Cães de Aluguel
Camp Rock
Carros
Carros 2
Close
Como Treinar seu Dragão
Cowboy Bebop: O Filme
Detona Ralph
Dirty Dancing
Duplex
Edward, Mãos de Tesoura
Elvira: A Rainha das Trevas
Enola Holmes
Espíritos 2: Você Nunca Está Sozinho
Eternos
Extraordinário
Fallen Angels
Fragmentado
Gatinhas & Gatões
Ghost - Do Outro Lado da Vida
H2O - Meninas Sereias: O Filme
Harry Potter (Sequência)
High School Musical (Sequência)
Ichi the Killer
Interestelar
It - A Coisa
It - Capítulo Dois
Jojo Rabbit
Jogador Nº 1
Jovens Bruxas
Kill Bill - Volume 1
Malévola
Malévola: Dona do Mal
Mazer Runner (Trilogia)
Memórias de um Assassinato
Meninas Malvadas
Meu Amigo Totoro
Monster High (Sequência)
Monstros S.A.
Mulan
Mulher-Gato
Mulher-Maravilha 1984
Mulholland Drive
No Olho do Tornado
Nunca Fui Santa
O Espetacular Homem-Aranha
O Grinch
O Iluminado
O Lar das Crianças Peculiares
O Máskara
O Pintassilgo
O Retrato de Dorian Gray
O Segredo de Brokeback Mountain
O Segredo dos Animais
O Show de Truman
O Silêncio dos Inocentes
Os Fabelmans
Os Fantasmas Se Divertem
Os Incríveis 2
Piratas do Caribe (Sequência)
Projeto X
Pulp Fiction: Tempo de Violência
Quanto Mais Quente Melhor
Rua do Medo (Sequência)
Sociedade dos Poetas Mortos
Soul
StarStruck
Sussurros do Coração
Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet
Tempos Modernos
Terror no Pântano
The Love Witch
Titanic
Top Gun - Ases Indomáveis
Top Gun: Maverick
Um Sonho de Liberdade
Uma Cilada Para Roger Rabbit
Unpregnant
Viúva Negra
Viva - A Vida É uma Festa
X
Young Adult Matters
Zootopia: Essa Cidade É o Bicho
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delirantecrise · 2 years
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Você de fato tem uma conexão com borboletas, você as carrega o tempo inteiro, no peito, na manga, nas palavras, nesses sorrisos gigantes, tomara que elas encontrem um jardim onde de fato queiram estar, e não pense que eu não sei que seu peito é grande, é que suas borboletas estão tão agitadas e elas são tantas que transbordam. E esses seus olhos queimando, você deveria procurar pessoas que queimam na mesma intensidade, sempre vou odiar eternamente os detalhes que te fazem apagar um pouco. Mas mudando completamente de cores, elas sempre ficam fortes quando você dança, eu consigo sentir a música pelos seus ossos e isso é TÃO incrível, me fez querer fazer algo com que as pessoas se sintam assim. Sintam nos ossos o que eu estou querendo escrever. Mas uma pergunta, é assim que você se sente quando dança? Fazer as pessoas sentirem ao menos uma fração do que você sente? Pela música, movimento...
Minha querida e suas coroas, e suas cores, e suas indomáveis borboletas com síndrome de herói, aqueles heróis com finais dramáticos sabe? Aqueles finais que mudam sua vida, você certamente foi um que mudou a minha. Escrever sobre suas manias, eu certamente o faço, mas não me culpe, é inevitável que as palavras surjam.
Acho que te escrever é a minha forma de entender todos os finais que você sempre acaba sendo. Eu só espero estar em todos os recomeços.
Ah minha querida, eu sei que você sempre sentiu muito, eu também o faço. Eu não te entendo, eu te escrevo. É o meu tributo aos heróis com finais trágicos e marcantes.
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martisa · 11 months
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Antes Dela Chegar, ele se foi
A Partida de um Fernandes
Esse não é um post que eu imaginava fazer tão cedo, na verdade eu nunca imaginei fazer esse post, mas aqui estou eu. O meu bisavô faleceu. O filho e neto de Élida (ele colocou o nome da mãe na filha, que é a minha avó), o menino que pode ter visto Saralina, abençoado por ela, cuja linhagem foi abençoado por ela, cujo o sangue remonta da Argentina, cujos avós eram bravos caçadores de deminches, cujas histórias inspiraram a minha mãe e a mim, que moldou o caráter da minha mãe, que por sua vez moldou o meu, que me ensinou a gostar de nesquik, que amava os animais e passou para a minha mãe todo o amor pelos bichinhos, tratava como filhos, como todos os filhos adotivos que ele teve e a quem ensinou uma profissão, que foi o patriarca de uma família de pessoas bravas, valentes, fortes, indomáveis e de mulheres espertas e insubmissas, que foi caminhoneiro na década de 50, e cujo legado ficará nas flores de manjericão, nas folhas da erva mate, na música merceditas, nos animais, na sua caminhonete velha que só servia para ele passar o tempo consertando e desmontando. O homem a quem me voltei nos meus dias mais sombrios, a quem busquei respostas durante a fase mais difícil da minha vida, pois era na casa dele, com a minha prima, que eu me reconstruía do que havia me feito em pedaços, é com lágrimas que escrevo que uma parte de mim se foi, mas essa parte também vive e resiste. Eu morri em 2017, mas eu também renasci, e foi com a ajuda dele (ainda que ele tenha morrido sem saber) que eu renasci, que eu me forjei, que eu me levantei das cinzas pronta para enfrentar o que quer que viesse e absolutamente nada mais foi tão difícil que eu não pudesse aguentar. Ergueu-se em mim Papoula Fernandez. Papoula, a flor alucinógena com a qual ele me apelidou quando eu era pequena, e Fernandez, o sobrenome de sua mãe que fora brutalmente assassinada quando ele ainda era uma criança. Ergueu-se em mim uma guerreira, uma caçadora e domadora e depois, um ressurgimento da deusa que abençoou essa família, essa linhagem, ele, minha avó e a mim. Eu tive oportunidade de estar com ele nos últimos dias, meu aniversário de 25 anos foi ao teu lado, foi muito humilde, mas fiz questão de passar ao lado dele e ele contou histórias que nunca tinha contado, fomos felizes naquela hora, um dos meus últimos momentos a sós com ele, estávamos dando banho em suas cadelinhas, inconscientemente eu sabia que era um momento precioso, por isso eu atendi seu chamado. Eu nunca perguntei se ele foi para a Argentina e agora eu nunca saberei, mas a verdade é que eu voltarei lá por ele, agora é também por ele, por mim e por ele e por minha tataravó e por Príamo e Cláudia.
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 “O que não me mata, me fortalece”.
No início de 2017 eu tive uma desilusão, todos nós temos desilusões, mas essa em específico me matou, não literalmente, mas de forma sútil, espiritual, em muitos modos. De repente, eu me sentia sem chão, eu me sentia perdida e sem rumo, como se uma ponte tivesse cedido sobre a minha cabeça, é fato que o que realmente aconteceu naquele 19 de janeiro de 2017 não foi o único responsável por me fazer cair, eu já estava triste e desiludida, eu já estava colocando esperanças em algo na esperança de uma luz, como quem se agarra a uma tábua perdida no meio da tempestade em alto mar, então essa tábua se dissolveu e eu afundei, afundei e afundei e eu poderia ter nadado até a superfície como qualquer outra pessoa faria, mas eu não queria, eu não sou qualquer outra pessoa, eu nunca serei, e está tudo bem. Eu afundei e resolvi descer até as fossas abissais, eu fui subterrâneo enfrentar o demônio que dissolvera a minha tábua. Então eu descobri que tínhamos algo em comum, pelo menos eu tinha algo ligado a ele, foram pelo menos quatro anos lutando contra esse demônio, me apaixonando, o prendendo, o manipulando, ora ele me manipulava, aparecia nos meus sonhos, nas minhas histórias, nas minhas poesias e paródias e nas minhas buscas no facebook. Eu o comi, eu o assimilei, eu o devorei, eu o consumi, ele agora é parte de mim, ele me matou, mas eu renasci e a nova eu o tem em mãos, em peito e em mente. Durante todo esse tempo, eu precisava saber mais sobre quem eu era, quem eram os meus antepassados, como eles eram e o que me ligava a esse passado era o homem que enterrei hoje, ele não sabe, mas ele foi a isca que me tirou do fundo e me levou de volta a superfície, eu voltei das profundezas como uma vencedora. Eu perdi amigos nesse processos, os únicos amigos que eu tinha e quem eu mais prezava, que me julgaram e que jamais entenderiam o que eu passei, eles se foram, eles deram as costas, me excluíram e por algumas vezes eu senti sua falta, eu pensava se tinha feito a escolha certa, eu sentia que tinha feito a escolha certa no final da pandemia (isso é uma longa história sobre como eu e minha famílias fomos protegidos da praga), mas hoje eu me arrependi de já ter me arrependido. Absolutamente nada me convencerá de que eu não fiz a escolha certa, de que eu jamais seria quem eu sou hoje se eu não tivesse mergulhado mais fundo na tristeza e enfrentado o meu demônio. Eu não teria passado tanto tempo com o meu bisavô, ele era uma pessoa complicada, de personalidade forte e com opiniões um tanto canceláveis nos dias de hoje (um senhor com mais de 80 anos), mas eu soube ver além disso, eu soube passar por cima da humilhação em forma de brincadeira que é tão característica dos Souzas, eu soube ouvi-lo, eu soube apreciá-lo, eu soube honrá-lo. Ele não gostava de sair da casa dele, ele preferia ficar sempre naquela casinha, mas ele saiu de lá para me ver cantar, e eu cantei em espanhol e ele criticou meu espanhol, eu só cantei em espanhol por causa do demônio, o recital foi no mesmo dia em que eu tirei uma foto que me custou a participação em um server carrolliano que eu sempre sonhei em entrar, mas a foto (que hoje carrego em um medalhão ao lado do original) era uma prova visual da minha assimilação, da minha vitória sobre aquele que me afundou e me dissolveu, daquele que me destruiu, mas se eu não tivesse sido destruída, eu jamais teria me construído com peças mais fortes. Eu não me importo que eles não tenham entendido, eu não me importo que ninguém me entenda além de mim mesma, porque não devemos fazer escolhas baseadas na opinião de quem não nos conhece.
Eu resolvi postar todos os capítulos inéditos de Antes Dela Chegar, a história que eu só escrevi porque estava transmutando a minha dor em ouro através do dom que ele passou a todos da família: o de contar histórias
também deixo aqui o link da história em que o inseri brevemente ao lado de Morton Cohen, ainda em garoto, lutando contra Ares, ou melhor, Martín
As coisas serão difíceis agora, eu sou uma pessoa que se apega fácil a tudo, então eu não vou saber lidar com passar perto da casa dele e saber que ele não estará lá, que sua casa estará vazia e que eu nunca mais vou escutar nenhuma história, eu não lido bem com a eternidade.
youtube
Éida Fernandez cantava essa música
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marcia-stronger · 1 year
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"Mo Dao Zu Shi", série de livros de Mo Xiang Tong Xiu, será publicada no Brasil pela @editoranewpop
A série já foi uma inspiração para o drama da Netflix, "Os indomáveis", e um anime. A editora publicará os quatro volumes da série e um livro extra.
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entornou-o-caldo · 2 years
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Sobre o encanto dos pés no chão
Marquei um jantar com meus defeitos e minhas fraquezas ontem a noite. Convidei minha racionalidade a sentar-se na terceira cadeira a direita, ouvir, absorver e ser o mais pragmática possível. Não estendi o convite ao meu coração porque ele tem uma tendência crônica ao vitimismo e achei melhor não expor as perspectivas ao risco.
Foi uma conversa difícil, como sempre é qualquer conversa sobre olhar pra si.
Uma das coisas que me colocou os pés no chão foi perceber o quanto a ansiedade é egocêntrica.
Entendi que sentir-se sozinho é paralisante. A ignorância é perigosa. O autoconhecimento é construtor de pontes com todas as virtudes enquanto o autoengano é mortífero.
Tentei me apresentar para o equilíbrio mas ele é muito mais sagaz do que eu. E tão, tão distante. Do lugar onde eu estava, o percebi mais frio que quente. Soube que as boas decisões são furtivas, difíceis e praticamente indomáveis; o caminho designado por elas é exigente, soberbo e incisivo.
E concluí que a vida é muito mais sobre os outros que sobre si mesmo.
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seu-leitor · 2 years
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"Deixe o eu julgar o certo e o errado, deixe os outros decidirem elogiar ou culpar e deixe as perdas e ganhos permanecerem sem comentários."
-Mo Dao Zu Shi /Os indomáveis
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arquivos-submersos · 2 years
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Diário de Bordo #03 — Submerso das Ideias
Olá meus queridos leitores submersos, tudo bem por aí? Aqui tudo vai um caos, mas não tão caótico como as águas indomáveis do Maralto. Se você caiu de paraquedas aqui, eu finalmente fiz o post 1.2 - As Gerações Afogadas (AEEEEEEEE!). Sem dúvidas o material mais denso até agora e que vai impactar diretamente o projeto daqui para frente.
Definitivamente este post demorou muito mais do que eu havia antecipado. Foram inúmeras horas dedicadas as artes e outras incalculáveis horas de escrita (e reescrita) das bases narrativas do Mundo Submerso. Mas sabe, depois de todo esse processo árduo, eu estou bastante feliz com o resultado. Parece que finalmente aquele universo maluco que eu passei anos cozinhando na minha cabeça está tomando forma e isso é muito animador.
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#Bons Marujos vão para Terapia
Eu não quero entrar muito nos motivos de pôr que houve esta ausência minha aqui nos Arquivos durante esse tempo. Mas em suma, os últimos meses foram uma grande bagunça na minha vida. Novos projetos, grandes decepções, algumas vitórias, muita comida e uma cacetada de séries de comédia no meio disso tudo. E nesse turbilhão de acontecimentos e sentimentos embaralhados, fica difícil alcançar suas próprias metas criativas. Mas tudo bem, sabe? O mais importante é que eu ainda estou postando e não pretendo parar tão cedo.
Estes meses também me ensinaram outra lição: não caiam nesse papinho de que o artista precisa se manter "melancólico" para produzir. Artistas felizes são artistas produtivos e artistas produtivos são artistas realizados. Cuidar de você também faz parte da sua jornada de autoaprimoramento criativo. Ou seja, comam seus vegetais, saiam para passear e cuidem principalmente da suas saúdes mentais. Seus projetos vão agradecer.
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#Marés Criativas
Lembram que o Diário de Bordo passado era justo eu falando sobre minha dificuldade de bater martelos em ideias? Parece que eu não aprendi nada (kkkk), porque os últimos meses foram um show de ideias trocando a todo momento. Eu nem preciso dizer em como isso dificultou o processo criativo, especialmente nos nomes das gerações. Devo ter mandando a "versão final" para amigos pelo menos umas cinco vezes.
Outra coisa que deu uma trabalheira desgraçada foram as artes. Eu já tinha me lascado fazendo a primeira ilustração do blog para o post 1.1, mas dessa vez eu tive a brilhante ideia (contem ironia) de fazer cinco ilustrações. Eu fiquei feliz com o resultado? Muito! Mas enquanto passava minhas horas debruçado sobre o Photoshop, não conseguia parar de pensar em como eu poderia ter otimizado esse tempo melhor e produzido mais textos para o blog. É meus amigos, ser megalomaníaco tem suas desvantagens. Tenho que ficar mais atento nisso daqui para frente.
Por outro lado, durante esse período eu pude realizar muita pesquisa e isso me ajudou a definir coisas importantes para a história do universo. Uma destas descobertas foi justo a definição mais precisa de qual seria o nível do mar nas Terras Afogadas. Isso sempre foi algo que me levantou dúvidas, quanta água do mar eu precisaria para o mundo chegar nos patamares que eu sempre imaginei Atlas? Por muito tempo eu chutava 400 m (além do nosso nível do mar) e isso me parecia o suficiente. Porém, graças ao poder da tecnologia moderna, eu achei o site perfeito para tirar essa dúvida: www.floodmap.net
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O floodmap é uma ferramenta que usa os serviços do Google Maps para simular (com bastante precisão) o aumento do nível do mar, considerando toda topografia do planeta. Ou seja, JACKPOT PARA MIM! Vocês não tem ideia de como eu fiquei feliz quando achei esse site.
Após brincar por muito mais tempo do que deveria na plataforma, percebi que os 400 m+ mal fariam o impacto que eu precisaria na sociedade. Ainda restaria muita terra no planeta. Eu tinha que apelar. Então defini que o nível do mar seria de 4000 m+, porém ter subido gradualmente ao longo das gerações.
Eu não vou nem pensar na viabilidade disso, isso é tanta água, mas tanta água que eu não consigo nem mensurar na minha cabecinha de escritor, mas esse cenário joga o ecossistema do planeta exatamente do jeito que eu gostaria que ele estivesse. E sabe o melhor de tudo? Definir isso sanou uma dúvida minha desde o começo do projeto. Que felicidade.
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#Estes Prazeres Violentos...
Em meados de 2016 eu ouvi falar dessa série da HBO nova que deveria "substituir" Game Of Thrones. A trama era super interessante; um parque de diversões onde a grande atração são robôs que interagem com seus visitantes em um cenário de futurista//faroeste. Eu não preciso dizer que acertaram em cheio comigo. Hypei na mesma hora que vi os trailers. Foi aí então que eu comecei a assistir a primeira temporada de Westworld.
Eu me apaixonei imediatamente pela série. Personagens fortes e interessantes, debates filosóficos sobre consciência e moralidade, tramas complexas e muita ficção científica de qualidade. Tudo isso ainda em um maravilhoso contexto Western, o que eu particularmente adoro.
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Porém, em 2020, quando a terceira temporada saiu, a série passou batida por mim e meses depois do final da temporada, eu não tinha me instigado de ir atrás para assistir. O que é engraçado, porque eu sempre acreditei muito na qualidade da série, mas por algum motivo parei de me importar com ela.
Avançamos até 2022, com o lançamento da quarta temporada de Westworld. Eu tava lá mexendo no HBOmax, sabadão morgado, fazendo nada. Coloquei a terceira temporada pra rodar e galera... por que eu abandonei essa série?! Eu tinha esquecido como era tão boa. Quando eu menos percebi, já tinha terminado todas as temporadas e pedindo mais. Eu realmente não entendo como tem gente que não gosta de Westworld.
Mas enfim, isto não é um blog de cinema, é um blog de escrita. Então, eu gostaria de falar um pouco em como Westworld me fez ter uma visão completamente diferente sobre "Ciberocracia" e os impactos dela em uma sociedade ficcional. E o mais importante, como me fez refletir sobre os mesmos impactos na Sociedade Afogada.
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Ciberocracia (para quem não deu um Google no parágrafo acima) é a ideia do estado ser controlada ou auxiliado por uma máquina criada para tal tarefa. Como, por exemplo, uma inteligência artificial que auxiliaria um juiz tomar uma decisão. E sem querer dar spoilers sobre a trama de Westworld, mas a história da terceira temporada gira muito em torno deste debate. O que eu achei, no mínimo fascinante e no máximo DO C@R@LH@!
"O Sistema" como antes eu chamava, sempre esteve presente nos primeiros rascunhos de Atlas. Resumindo a ideia: o estado de Atlas recolheria constantemente dados dos Cidadães-do-Mar e usaria estas informações para controlar seus residentes. Funciona, mas um tanto vago na minha opinião.
Porem, quando eu bati o olho no Rehoboam de Westworld, minha cabeça explodiu. Eu nunca tinha me tocado o impacto real que isso teria na vida das pessoas. Do quanto essa discussão sobre livre arbítrio era interessante trazer para o contexto de Atlas. Então eu sentei e comecei a pensar em melhores formas de trabalhar esse recurso narrativo.
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Essas mudanças começaram com a mudança do nome "Sistema" para "REDE" (Rede Pública de Otimização Urbana e Social). Trocar esse nome não só me da mais originalidade, como ainda funciona como um trocadilho maravilhoso. Entendeu? Rede? Mar? Pesca?
Isso definitivamente não tem nada a ver com eles já usarem o termo sistema em Westworld -. Disse Hugo, rindo de nervoso.
Outra coisa aprofundada, foi a proposito de um programa desses existir na história. Em Atlas, pessoas são como recursos para o governo. Os residentes das cidades-boias são obrigados a trabalhar para sobreviver e a REDE garante que todos estejam alocados no melhor local para as necessidades do estado. Qualidade de trabalho; saúde; notas; histórico familiar; tendencias comportamentais; tudo isso é observado e armazenado secretamente pelo estado novo, onde é processado em gigantescos servidores submersos. Estes computadores avaliam as informações e enviam uma carta para o residente com um plano de serventia de 4 anos. E assim a maioria das pessoas do Maralto vivem. Reféns de um programa que garante suas sobrevivências, mas rouba suas liberdades.
A REDE é uma forma muito mais consistente de trazer esse recurso narrativo para minha história e sem dúvidas vai me dar liberdade de brincar muito dentro dessa discussão. Mal posso esperar para elaborar ainda mais isso ~risada maligna
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Então é isto marujos! Nos vemos no próximo diário de bordo. Não esqueça de seguir o Twitter dos Arquivos Submersos para não perder nada >> @ArquivosSub
Até mais :)
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ah-vida-segue-07 · 3 months
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"Morre lentamente quem evita a paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is, à um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos."
Martha Medeiros✍
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#frases
#frasesdiarias
#frasesepensamentos
#frasesmotivacionais
#textos
#textospoeticos
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rabiscart · 3 months
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Book: A Domadora de Letras Author: Madalena Ribeiro Illustration: Susy RabiscArt Publisher: Cordel d' Prata
Summary:
Esta é a história de Magui, uma menina que quer ser ginasta acrobata, mas que, ao iniciar o seu percurso escolar, vê toda a sua criatividade ser reduzida a um mundo de quatro paredes. Torna-se triste e irritadiça. Um dia, decide partilhar com o irmão um segredo que a tem atormentado. Os seus cadernos desorganizados, as suas dificuldades com as letras e com os números têm explicação: há uma feiticeira na escola! Há letras indomáveis com personalidades distintas e até números enfeitiçados que fazem o pino!É o irmão mais velho que nos narra esta história. É ele que nos revela, entre a magia e a realidade, o que realmente perturba a irmã: a dislexia. É também ele que traça o plano que a poderá ajudar. Serão estes irmãos capazes de cumprir o plano? Será Magui capaz de vencer a temível feiticeira e de domar o que lhe parecia indomável?
Main Characters:
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A few Book Illustrations:
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unak-sun-a-moon · 3 months
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Em um reino de metáforas e eufemismos, reinava a Rainha Mariana, uma figura de beleza e poder indomáveis. Seu consorte, o nobre Artur, era um homem de admirável devoção, cuja maior alegria residia em servir e venerar sua rainha.
A Rainha Mariana, como um sol que brilha intensamente, irradiava uma liberdade e confiança que encantavam a todos. Artur, como a lua, refletia a luz dela, contente em sua posição, sempre pronto para atender aos caprichos e desejos da sua amada soberana. Ele a adorava com fervor, celebrando sua liberdade de ser como uma borboleta que voa de flor em flor, enquanto ele permanecia como uma flor solitária, fiel e imóvel.
Neste conto, a Rainha Mariana frequentemente participava de grandiosos bailes, adornada com vestidos que eram a própria definição de elegância e sedução. Estes trajes realçavam sua figura de forma que todos os olhares eram inevitavelmente atraídos para ela, como mariposas à luz. Artur observava, seu coração cheio de uma doce agonia, um misto de orgulho e uma pontada de ciúmes que ele saboreava como um vinho exótico.
Em sua alcova, a rainha brincava com Artur como uma gata com seu novelo de lã favorito. Ela tecia uma tapeçaria de desejo e frustração, mantendo-o sempre no limiar, um marinheiro constantemente à vista da terra, mas nunca autorizado a atracar. Ela, por outro lado, navegava por mares de satisfação sem limites, com o direito exclusivo de explorar horizontes desconhecidos.
Assim, em um balé de poder e desejo, eles dançavam sua dança única, onde ela era a maestra e ele a mais dedicada das sinfonias.
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curso-online · 5 months
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MATRICENTRISMO - Um Método que transforma mulheres "comuns" em Amazonas Indomáveis
Método MATRICENTRISMO: Liberte-se e Cocrie a Sua Realidade O Método MATRICENTRISMO é um programa impactante e direto que oferece um passo-a-passo para aprender a criar e cocriar os aspectos fundamentais da vida, abrangendo carreira, família, relacionamentos, prosperidade, autoestima e saúde. Este método visa eliminar pesos e bloqueios, treinar a mente e equilibrar as emoções por meio de…
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srrsjournal · 5 months
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29, Novembro, 2023. Cézanne e os Indomáveis
Por Thiago Perdigão.
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