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#Árvore da Esperança
arte-no-caos · 17 days
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Frida Kahlo era uma mulher com deficiência
Frida Kahlo, embora frequentemente lembrada por ser uma mulher à frente de seu tempo e figura emblemática LGBTQA+, e por suas contribuições para o feminismo, sua consciência de classe e representatividade da cultura latina e indígena, tem um aspecto não menos importante que é pouco citado: Frida era uma mulher com deficiência. Frida carregou as marcas de uma saúde frágil desde a infância,…
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hefestotv · 3 months
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O toque de recolher soou e as harpias estavam a soltas.
Mas quem disse que isso iria parar um bando de jovens semideuses sedentos por festa? Tudo estava meticulosamente planejado para uma noite de comemorações, tinham ficado a semana planejando para que nada saísse fora do planejado e os filhos de Hermes, instruídos por Gilbert, divulgavam a informação com cuidado para não acabarem soltando pra algum menor de idade ou para algum X9, a última coisa que queriam era serem pegos por Quiron.
No dia mesmo Maxime, com a ajuda de todo seu chalé, e foram organizar o local, o deixando minimamente apresentável para uma festa. Os filhos de Hefesto penaram, mas conseguiram fazer uma iluminação rápida para o local com placas solares que permitia que a eletricidade percorresse os fios de cobre e iluminasse um pouco o local. Asterios, por outro lado, foi supervisionar o local a procura de falhas, basicamente a sua função era garantir que o local estava a prova de idiotas, o que deixou bem ocupado durante a tarde.
Os filhos de Apolo, com Violet como a vencedora, se responsabilizaram de criar a playlist e levar caixa de som, até mesmo alguns mais corajosos levaram seus instrumentos doidos para se apresentarem. E ai entrou o trabalho de Tianyanite e Pietra, que se juntaram e criaram uma barreira magica que, além de impedir a saída do som do raio da festa, mantinha a luz do local presa por entre as árvores. E como os planos não envolviam ficar sóbrios eles tinham que manter as crianças longe, Styx garantiu que alguns de seus irmãos ficariam de guarda para fazer a segurança da festa. Era tudo improvisado? Sim, mas as coisas seriam organizadas!
OPÇÕES DE ATIVIDADE:
MESA DE VINHO: Helena cuidou dessa parte, com seu poder muito útil para a situação, a semideusa mantém garrafões de água mineral a postos para serem transformados em vinho. O vinho está liberado em abundância essa noite!
BEER-PONG: logo ao lado da mesa de vinho, cada uma das garrafas dentro do cooler está cheia de um líquido desconhecido. Prepare com sua dupla, pegue os copos vermelhos e que a competição comece!
PISTA DE DANÇA IMPROVISADA: À beira da cachoeira um espaço foi separado para que os semideuses possam dançar e se divertir ao som das músicas que os filhos de Apolo estão proporcionando.
CACHOEIRA: A cachoeira que antes era refúgio para reflexão e esperança agora é palco das mais diversas brincadeiras subaquáticas. A água está mansa e foi posto uma barreira para que não tenha nenhum engraçadinho nadando para as áreas perigosas ou aproveitando a correnteza para ir de jacarezinho descendo o riacho.
MESA DE PETISCOS: Ian e Bishop se uniram para conseguir pegar o máximo de guloseimas que conseguiram e levaram para a clareira. Mas como só tinham os dois para alimentar geral deixavam o aviso: "se tiver algum salgadinho ou saco de doce pode trazer!"
SEMIDEUSES CITADOS (conselheiros dos chalés) : Maxime (@maximeloi); Violet (@singingxsun); Haelena (@suavinhotinto) ; Pietra (@pips-plants); Ian (@oespirito); Tianyanite (@tinykl); Asterios (@astcrixs); Carter Rain (@svmmcrrxin); Styx (@styxch); Bishop (@apavorantes)
LOCAL: Perto da cachoeira mágica.
CLIMA: Ameno, sem chuvas. Céu nublado com relâmpagos, mas temperatura de 24°C.
HORÁRIO IC: 23h30.
OOC
É isso galera!!! A festa que todos queriam saiu!! TODOS SEMIDEUSES MAIORES DE IDADE FORAM Convidados. Lembre-se: é uma festa clandestina, os semideuses produziram isso em conjunto e em segredo para Quíron não saber. Por isso está sendo postada aqui e não na central. INTERAÇÕES LIBERADAS A PARTIR DAS 16H do dia 30/01.
A festa irá durar o periodo de - 30/01 à 06/02- em OOC, porem para os personagens terá a duração de uma noite apenas. O máximo ela pode ser extendida será 02 dias, caso desejem, por causa do drop e do ask game que virá após isso.
vocês podem escolher entre: interações de qualquer tipo ou pov. se fizerem pov, marquem a gente que adoramos ler as coisas de vocês! a partir de agora aconselhamos que as interações fora desse cenário do evento sejam concluidas em flashback.
Tag para postar looks: #swf:looks
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girlneosworld · 1 month
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4. sincronia
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tw: tiro, ferimento, agressão, sangue, queimadura, cigarro, menção a drogas & overdose & convulsão. acho que é só.
vão me perdoar se eu postar um capítulo a cada trinta dias? sim? vão? amo vocês. perdão qualquer erro, boa leitura. ♡
— Ei, devagar — Jeno pragueja e você revira os olhos limpando a pinça ensanguentada na toalha molhada — Eu posso muito bem fazer isso sozinho.
O ignorando, concentra sua atenção em tirar a bala de borracha que está alojada no ombro esquerdo do Lee, faz uma careta enquanto mexe na pequena ferida aberta, sendo o mais cautelosa que consegue. Ouve os resmungos que o tenente profere a cada vez que a pinça move a bala, e devido a posição em que estão, sente a respiração pesada dele na sua testa suada sempre que ele sente dor.
— O que você está pensando em fazer? — de repente ele volta a falar, agora em um tom mais baixo que antes. Você levanta os olhos na direção dele brevemente.
— Fazer sobre o quê? — pergunta no mesmo volume e vê quando Jeno bufa, impaciente.
— Como assim "sobre o quê"? A gente precisa fazer alguma coisa com tudo isso que nos falaram — explica exasperado e se remexe no banco — Até um tiro eu levei.
Você suspira e finalmente consegue arrancar a bala do ombro masculino. A coloca sobre uma das folhas de jornal no chão e mergulha a toalha branca na tigela com soro ao seu lado, limpando o sangue em seguida. Ao mesmo tempo, nega com a cabeça.
— Não tava preparada pra ouvir tudo aquilo, muito menos sei o que fazer com essas informações — responde e dá de ombros — E, sinceramente, muda alguma coisa?
— Você disse que os avisaria caso tivesse notícias, deu esperança a eles — Jeno aponta, o rosto retorcido quando sente sua ferida latejar — Isso não vai infeccionar, não, né? Não quero perder meu braço.
Você faz que não, revirando os olhos diante do drama, e ele suspira aliviado. O Lee provavelmente já foi baleado com balas piores em lugares piores ainda para estar tão preocupado.
— Como eu poderia não dar esperanças a eles, Jeno? Vocês ouviu tudo que eu ouvi — diz, aflita, e termina de limpar a pele branquinha dele, pegando os esparadrapos e curativos que trouxeram do hospital.
O rapaz se remexe. Ouviu, sim, as mesmas coisas que você. E é por isso que se sente tão incomodado.
Depois que foi baleado e caiu no chão pelo susto e pela dor repentina, você parou estática no mesmo instante. Os olhos se arregalaram e a respiração travou na garganta, viu o atirador atrás da árvore, gritando para que se desarmassem e colocassem as mãos na cabeça. Não tinham como saber se estavam cercados ou se eram apenas vocês três. Esperava, do fundo do seu coração, que estivesse certa a segunda opção, pois assim estariam de igual para igual uma vez que Jeno estava ferido e provavelmente não conseguiria se defender de imediato.
Então, não obedecendo ao que foi gritado, aponta seu fuzil na direção da árvore. Sua precisão era incomparável, é ágil em atirar no tronco e logo outro disparo é feito contra vocês, esse que passa longe de te acertar. Franze o cenho diante do péssimo tiro e vê a pessoa tremendo ao constatar que não restavam mais balas em sua arma. A situação é cômica, de certa forma, percebe logo que provavelmente era para Jeno ter sido atingido na cabeça ou em outra região mais crítica, mas a falta de habilidade do atirador levou o tiro para o ombro do Lee.
Em passos precisos você vai até o garoto, esse que fica pálido no mesmo instante e tenta correr, mas é impedido quando acerta um chute na parte traseira dos joelhos dele e fica sobre suas costas quando ele cai. Aponta o fuzil para a cabeça deitada no chão e se aproxima do ouvido alheio.
— Vai me falar quem você é e vai me falar agora — esbraveja entre dentes e encosta o cano da arma na nuca dele — Não tenho motivos pra não te matar se decidir não colaborar.
Ele se embola com as palavras quando tenta te responder, se contorce e consegue senti-lo tremer sob você. Seu peito sobe e desce com velocidade, a adrenalina tomando conta de todo o seu corpo. Olha para Jeno de relance e o vê segurando o ombro enquanto tenta estancar o sangramento, se levantando e indo até onde estavam.
— Eu sou... Sou o... — o garoto engasga para dizer e você bufa, sai de cima dele rapidamente e o vira de barriga para cima, mirando na testa escondida pela touca que ele usa. Observa o rosto jovial dele, era provavelmente uns seis anos mais novo que vocês e parecia assustado para se dizer o mínimo — Porcos imundos.
Jeno, que estava de costas checando as balas esquecidas no chão, se assusta quando ouve o impacto do fuzil acertando o rosto do menino. Você o bate agressivamente com a arma, o nariz bonito imediatamente começa a sangrar e fica vermelho, ele geme de dor. Segura as bochechas dele entre seus dedos com força e se aproxima ainda mais.
— Seu merdinha, eu deveria estourar seus miolos por ter atirado nele e agora ainda mais por ser um pivete sem educação — sussurra com a voz arranhada — Última chance. Quem é você?
Move a mão para o gatilho novamente para que ele consigo te responder e ouve Jeno se aproximando atrás de vocês.
— Eu não vou te falar. Me mata se quiser, é só isso que vocês sabem fazer. Assassinos — e então, para reforçar o que diz, ele levanta minimamente o tronco e cospe no seu rosto.
A sua primeira reação é fechar os olhos com força, sente a saliva escorrendo pela sua bochecha ao mesmo tempo que sente a raiva controlando seus movimentos. Sua próxima ação é destravar sua arma e se preparar para cumprir com o que havia dito, mas ouve passos de alguém correndo e Jeno destravando a própria arma. Apoia o joelho no rosto do garoto embaixo de si e se vira para trás, vendo uma garota de cabelos longos e roupas de frio parada diante do Lee, olhando apavorada para a cena em que se depara.
— Ai, meu Deus — ela arregala os olhos e alterna o olhar entre vocês três — Por favor, não mata ele. Eu te imploro. Por favor.
— Ele atirou em mim primeiro, sem motivo algum — Jeno aponta para vocês dois no chão — Vai precisar ser mais convincente.
A garota assente com a cabeça diversas vezes e levanta as mãos em sinal de rendição, dando dois passos na direção do Lee. Ela engole em seco, nervosa.
— Não somos perigosos, eu juro — você ergue uma sobrancelha quando ouve aquilo — Acontece que estamos procurando uma coisa muito importante. Uma pessoa.
— E o que isso implica no seu amigo tentando matar um de nós...? — semicerra os olhos.
— É uma situação complicada. Vocês meio que podem estar envolvidos — ela tenta explicar com a voz trêmula, desvia o olhar de você para o garoto no chão — E você, seu imbecil, tá querendo se matar?
— Esses vermes estão com ela, Zizzy — ele murmura mesmo que não conseguisse enxergá-la do lugar onde estava — Você teria feito o mesmo.
— Não teria, não! — se defende imediatamente, olhando assustada para você e o outro tenente, vocês que por sua vez conversam silenciosamente tentando entender do que eles falavam — Se não fosse tão idiota nós podíamos ter pedido ajuda.
Ele ri sarcasticamente.
— Não vai rolar.
— Do que é que vocês estão falando? — Jeno os interrompe para perguntar — Ajudar com quê?
A garota suspira.
— Uma amiga nossa sumiu há um tempo atrás, bem no começo, quando as pragas ainda estavam chegando na cidade — ela começa a explicar — E nós queremos a ajuda de vocês porque a última vez que a vimos ela estava sendo levada por uma viatura.
— Ela não é minha amiga. É minha namorada — corrige o garoto e te olha em seguida — Vi pelo seu moletom e o boné dele que são policiais.
Você revira os olhos.
— E achou inteligente atirar em um policial? — perguntou de forma retórica — Olha só, menina, não acho que a gente consiga ajudar vocês. A polícia da cidade está unicamente voltada para o controle das pragas agora. Não há o que possamos fazer.
— Vocês tem que saber alguma coisa — começa a se aproximar mas logo é parada pela arma de Jeno apontada na direção dela — Por favor. Estamos desesperados.
— Quem é essa sua amiga, afinal? — o Lee pergunta.
— O nome dela é Eunha. Kwon Eunha.
Você e Jeno se olham imediatamente, as expressões de ambos se iluminando ao mesmo tempo. Não era possível.
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No final da rua havia uma farmácia de família, o comércio ficava no primeiro andar e no segundo estava a casa em que viviam. Mas estava abandonada desde o começo do apocalipse, e desde então Zoe e seu amigo têm vivido alí. Estava tudo surpreendentemente conservado na casa, eles tinham móveis inteiros e um sistema de segurança muito eficaz.
Depois de libertar o garoto, você e Jeno debateram brevemente sobre o que fariam com aquela situação. Entraram num rápido consenso e então seguiram a garota até lá para que conversassem melhor, não querendo arriscar que o som dos disparos tenha atraído alguma praga — mesmo que a sua estivesse com o silenciador. Logo está sentada no pequeno sofá ao lado do Lee e ouve atentamente ao que eles contam a vocês.
— Ela vinha tendo muitas convulsões, por causa da epilepsia. Provavelmente acontecia por causa das drogas — o garoto que se apresentou como Wonbin diz. Ele está sentadobno chão em frente a vocês com uma compressa de gelo no nariz quebrado e Zoe termina de passar uma pomada nos ferimentos no rosto dele.
— Drogas? — Jeno pergunta.
— Sim — continua — Eunha se viciou. No começo ela fazia pra tentar se enturmar, eu nunca gostei, mas não adiantava falar. Ela começou fumando maconha e tomando LSD, mas em pouco tempo já usava de tudo.
— Mas vocês sabem o que pode ter feito com que ela se viciasse? Não deve ter sido de repente — você corre os olhos por eles e ouve Zoe suspirar.
— A gente acha que ela passava por problemas em casa, mas Eunha nunca falava de casa e nem da família dela — a garota te diz — Vivia cheia de marcas, muito abatida. Não saía durante o dia, nem para a escola, era educada em casa. Só conseguíamos falar com ela a noite, quando ela fugia.
Assente, pedindo para que continuassem a contar.
— Quando a gente começou a namorar, eu de cara percebi que tinha alguma coisa errada. Ela nunca nem cogitou me apresentar pra família dela, parece que tinha medo. Em uma das festas que outro amigo nosso deu, ela teve a primeira convulsão na nossa frente, foi desesperador. Mas não nos deixaram entrar no hospital, só fomos ter notícia dela três semanas depois. Não pelo celular, Eunha não tinha mais celular. Logo ela fugiu de novo e nos contou que tinha recebido o laudo da epilepsia. Foi um baque, eu tentei impedir que ela continuasse usando as drogas mas já era tarde demais. Nada a fazia parar.
— A última vez que a gente se viu o apocalipse já tinha começado, mas não tinha chegado na cidade ainda, pelo menos não por aqui. Foi no SaxyClub, uma balada que íamos sempre. Ela estava com o rosto muito pálido, muito magra. Não usava os vestidos bonitos que ela tinha, estava usando um moletom pra cobrir as marcas que eu nunca descobri de onde vinham — Zoe diz com a voz embargada — Eunha teve outra convulsão depois de injetar heroína na veia, no banheiro da balada. Ou uma overdose. Nunca tive certeza.
Você arregala os olhos e olha para Jeno que fazia um curativo em si mesmo de qualquer jeito, ele tem um semblante aflito no rosto, não muito diferente de você. Te parte o coração ouvir tudo aquilo.
— Fui no banheiro ver o porquê da demora e meu mundo deve ter caído naquela hora. Ela estava jogada no chão, o corpo tremia muito, os olhos se reviravam com muita força. Saía uma espuma branca da boca dela e ela não me respondia, eu nunca mais consegui falar com a Eunha — a voz chorosa de Zoe diz. A garota brinca com os próprios dedos para se distrair, mas não consegue esconder a angústia enquanto fala — Essa é a última imagem que eu tenho da minha amiga. Minha melhor amiga. Chamei o socorro, quase não consegui responder quando me perguntaram o nome dela, eu estava desesperada, vendo ela caída no chão daquele jeito. Mas não foi a ambulância que chegou, foi uma viatura. Não lembro quantos foram, mas saíram muitos policiais de lá e a levaram pra fora. Eunha nunca mais apareceu, não sabemos o que aconteceu com ela. E isso é tudo culpa minha. Eu que saía com ela, que incentivava a fugir. Nunca vou me perdoar. Vou carregar pra sempre a imagem da minha melhor amiga se contorcendo em agonia no chão, a boca dela espumando, ela engasgada no próprio vômito, sufocando. Tudo que eu preciso saber é se está tudo bem, se ela acordou no dia seguinte, se minha Eunha está saudável. Caso o contrário eu vou conviver pra sempre com essa culpa. Pra sempre com essa saudade. E é só por isso que temos tanta raiva da polícia dessa cidade. Por isso Wonbin atirou, e agora eu peço desculpas. Só estamos desesperados por qualquer sinal que seja. Vocês entendem, não entendem?
Ela para de falar e seu choro se intensifica. Wonbin também tem as lágrimas molhando o próprio rosto e a sala fica em silêncio. Sua cabeça fica a mil, as mãos chegam até a tremer. Olha para a menina que chora copiosamente e suspira, trêmula, temendo que seja você quem dará a notícia a ela, provavelmente a mais difícil que já ouviu. Sente a própria garganta fechando e não tenta encontrar coragem para falar. Olha de relance para seu parceiro e respira fundo.
— Zoe... — sussurra. Ela levanta a cabeça e te olha, o rosto vermelho e molhado, o lábio inferior tremendo. Você suspira e pega na mão gelada dela, a acariciando — A Eunha morreu.
O restante da cena foi muito doloroso de presenciar, seus próprios olhos marejaram ao ver a tristeza e o choque passar pelos rostos dos dois adolescentes. E mesmo depois de algumas horas, sentada no banco traseiro do camburão enquanto, com muita insistência da sua parte, limpa o ombro baleado de Jeno, seu coração continua apertado dentro do peito. Não sabe o porquê de se sentir tão afetada, tenta se distrair mergulhando o esparadrapo no soro.
Jeno te observa. Consegue ver a aflição enfeitando o seu rosto cansado e abatido, até esquece que tinha decidido te ignorar horas antes. Também martela na própria cabeça tudo o que aconteceu, tentando procurar uma solução desnecessária para aquela situação. No fim, eram só informações que receberam, não tinha nada que pudessem fazer agora que tinham ciência da causa da morte de Eunha. Ela teve uma overdose e isso deveria ser tudo.
— Foi uma coincidência e tanto — ele diz do nada, depois de ficarem vários minutos em silêncio. Você se afasta um pouco para cortar a gaze e assente, suspirando.
— É. Quais as chances disso acontecer justo quando saímos do hospital com a certidão de óbito dela? — murmura — Não consigo nem imaginar como eles estão sofrendo, é uma notícia muito dolorosa de se digerir. Ainda mais no cenário atual.
— Como será que ela virou a principal opção de amostra da cura? — Jeno pergunta, não exatamente para você, mas te faz pensar igualmente sobre a questão que ele traz.
— Sinceramente? Não faço ideia — dá de ombros e finalmente termina de fazer o curativo — Prontinho. Amanhã você limpa e faz outro. Tem que cuidar pra não piorar. Sorte que era uma bala de borracha.
Jeno assente e continua te olhando enquanto você junta tudo que estava usando. Joga as coisas dentro de uma das mochilas e, quando sente o olhar dele sobre você, arquea uma sobrancelha.
— O que foi? Tem sangue no meu rosto? — passa as mãos sobre a testa e as bochechas, tentando se limpar. Ele nega — Para de me olhar assim.
— Assim como?
— Como se quisesse agradecer — faz uma careta e desvia o olhar.
— Não quero. Não te pedi pra fazer nada — o tenente resmunga. Ele checa a hora no seu relógio de pulso e bufa — Ainda temos tempo de ir até Sunvylle hoje. Tá cedo.
Você assente e vai para a parte da frente do carro, se sentando no banco do motorista. Mexe no porta-luvas enquanto Jeno dá a volta para se sentar ao seu lado e acha os celulares que ele pegou de algum carro quando entraram na rodovia, alguns dias antes. Pega um deles e pressiona o botão lateral na esperança de que ele ligasse. Estava em perfeito estado e tinha um fone de ouvido branco e embolado plugado a entrada. Quando vê a tela acender e o aparelho começar a ligar você dá um sorrisinho empolgado.
— Tinha me esquecido disso — Jeno diz quando se senta no banco do carona — Esse ainda funciona, o outro, não.
O celular finalmente liga e aparece a tela de bloqueio, o relógio marca que são oito e vinte e seis da manhã. Desliza o dedo sobre a tela e o desbloqueia.
— Sem senha? — murmura.
— Eu resetei, tá sem nada. Tinha deixado desligado pra economizar a bateria — você assente e olha para ele com o cenho franzido.
— Quando foi que você fez isso? Nunca te vi mexendo nos celulares — pergunta e olha quanto de carga ainda restava, pouco mais da metade. Abre o aplicativo da câmera e se depara com a câmera frontal. Olha o seu próprio reflexo e faz uma careta pelo seu estado. Tem algumas manchas no rosto e olheiras começando a aparecer, vira a cabeça para os lados e checa todos os seus ângulos. O cabelo está preso como tem estado nos últimos dias, e ao perceber esse detalhe, você apoia o celular no parabrisa e o solta, ajeitando com os dedos do jeito que consegue — Pega meu boné alí na mochila, por favor.
— Fiz enquanto estava dormindo, por isso você não viu — faz o que pediu e te entrega o objeto, observando você colocá-lo sobre a cabeça e piscar um olho para a câmera, tirando uma foto. Depois de analisar por alguns segundos, a coloca como papel de parede — Sabe que ele não é só seu, não sabe?
Você se vira para Jeno e estende o aparelho para ele, que te olha confuso.
— Vai. Tira uma você também — fala — Se a gente morrer vamos ter registros, pelo menos.
— Claro que vamos ter registros, nós servimos o nosso país por anos... — resmunga enquanto pega o celular da sua mão e posiciona o rosto na frente da lente — Já estive melhor.
— Todos nós — dá uma risadinha. O observa empurrar a franja para dentro do próprio boné e fazer várias expressões sem tirar foto de nenhuma delas. Ele distancia e aproxima o celular do rosto, muda o ângulo e a iluminação várias vezes até bufar impaciente — Que droga. Quanto tempo tem desde que eu tirei uma foto pela última vez?
— Não é tão complicado, Jeno — revira os olhos. Jeno bate uma única foto de cima para baixo, o rosto coberto pelo boné. Você bate a língua no céu da boca em reprovação e toma o celular dele — Aqui, vira pra mim.
Ele nega com cabeça, se cobrindo com as mãos. Você coloca a câmera no modo traseiro e aponta na direção dele.
— Para, Borboleta. Deixa isso pra lá — resmunga, te ouvindo rir. Logo ouve vários cliques seguidos, você se dedica tanto nas fotos que até se escora na porta do carro — Você é muito chata, nossa.
— Relaxa aí, tenente Lee. É só uma fotinha — usa os dedos em forma de pinça para dar zoom nos rosto dele. Estica uma das pernas e encosta o pé coberto pela bota no ombro bom dele — Olha pra mim.
— Vai dirigir — ele pragueja, tentando te ignorar. Sem sucesso, você o cutuca de novo, agora na região da costela — Me deixa quieto.
Ainda não satisfeita, atinge o mesmo local outra vez. Vê quando a sombra de um sorriso aparece no rosto de Jeno, que tenta ao máximo segurar a risada quando começa a sentir cócegas. Você continua na missão e usa o pé para fazê-lo sorrir para a sua foto, o que não demora muito para acontecer. Ele dá um sorriso soprado antes de agarrar sua panturrilha e te fazer parar. Felizmente, conseguiu tirar sua tão desejada fotografia. Tanto do momento em que ele sorri, quanto do momento em ele te olha e você, enfim, se dá por satisfeita.
— Pronto, tirei. Doeu? — pergunta ironicamente e mostra as capturas para ele que só faz revirar os olhos, não se importando tanto quanto você — Se te deixa feliz, eu sou a tela de bloqueio e você é a tela inicial.
— Tá, tá — desdenha — Agora, se não for pedir muito, dirige essa merda.
Você levanta as mãos em rendição e liga o camburão.
— Tudo bem, senhor rabugento.
Como está concentrada em fazer a baliza para sair daquela rua, não consegue ver, mas Jeno desvia o olhar para a sua janela e esconde o sorriso com as mãos.
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Na ponta dos pés, a loira atravessa a janela do próprio quarto e a fecha em seguida, suspirando aliviada que tenha conseguido entrar. Caminha até o interruptor e acende a luz, se assustando quando vê seu pai sentado na poltrona ao lado da cama.
— Ia dormir sem dar boa noite?
Eunha para no lugar, estática. O coração da menina bate desenfreado, sentindo que teria problemas. Grandes problemas.
— Papai, eu... — tenta se defender mas é interrompida.
— Achei que tinha sido claro o suficiente quando te disse que estava proibida de sair — o homem diz com a voz grave e baixa — E olhe só pra você.
— Eu não aguento ficar trancada dentro de casa, o dia inteiro, sozinha — ela se aproxima do pai e se ajoelha — Nem a mamãe fala comigo mais. Eu fico tão triste. É muito solitário aqui. Só quero um pouco de ar. Sinto como se eu fosse um animal, preso. Uma criminosa. Mas eu só queria viver um pouquinho a minha vida, papai.
Ele não dá ouvidos e, ao invés disso, funga duas vezes. Imediatamente Eunha fecha os olhos, derrotada. Os sente ardendo, odeia como se sente insignificante. Ignorada. Invalidada.
— Esse cheiro de cigarro, que coisa horrorosa — murmura ele, com decepção — Pega o cigarro. Agora.
— Eu não...
— Sei que você tem. Pega, anda — a garota pega, tremendo, o maço no bolso da calça e faz menção de entregar, mas ele nega — Acende. E tira a blusa.
Eunha engole em seco e pega o isqueiro também do bolso, separa um cigarro e aproxima a chama, vendo o tabaco queimar aos poucos. Olha para cima, então. Dessa vez o pai pega, o colocando entre os dedos. Primeiro ele dá uma tragada profunda enquanto assiste a garota, hesitante, passar o moletom pela cabeça. Logo ela está apenas com o top rosa cobrindo seus seios.
— O sutiã também.
Com as mãos trêmulas ela faz com lhe é dito, ficando agora nua da barriga para cima. Eunha abaixa a cabeça, se sente tão humilhada. Os olhos se embaçam e a respiração falha, a garota funga um par de vezes. Sabe o que vem pela frente.
— Pai, por favor — pede com a voz chorosa, suplica — Não faz isso comigo. De novo não.
— Vamos ver se agora você fica um pouco mais obediente.
O homem, então, aproxima o cigarro aceso da barriga dela e a queima com a chama, pressiona até que se apague. Eunha uiva com a sensação, sente sua pele carbonizando aos poucos. Morde o lábio inferior com força até que sinta o gosto de sangue, tentando se distrair da sensação do fogo a queimando de forma torturante, devagar.
— Acende de novo.
Dessa vez ele queima a clavícula, e depois seu ombro, então o espaço entre os seios e em seguida o pescoço. O cigarro se reacende várias vezes, substituindo as antigas marcas com as novas. A Kwon chora baixinho, com medo de acordar sua mãe, apoia as mãos no braço da poltrona e afunda as unha alí para descontar dor. Faz o mínimo de barulho possível e aceita seu castigo sem reclamar. Sabe que se pedisse para que ele parasse seria pior, muito pior. Por isso não diz uma palavra se quer quando sente o cigarro queimar a pele da sua bochecha e a ferida arder ainda mais quando é molhada pelas lágrimas da menina.
Quando acorda no dia seguinte, ainda só com as roupas debaixo e deitada no chão frio do quarto, sua janela e sua porta estão trancadas por um cadeado.
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mahfilhadedeusblog · 7 months
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21 de setembro- Dia da Árvore🌳
Toda mulher parece uma árvore.
Nas camadas mais profundas de sua alma ela abriga raízes vitais que puxam a energia das profundezas para cima, para nutrir suas folhas, flores e frutos.
Ninguém compreende de onde uma mulher retira tanta força, tanta esperança, tanta vida.
Mesmo quando são cortadas, tolhidas, retalhadas de suas raízes ainda nascem brotos que vão trazer tudo de volta à vida outra vez. Elas têm um pacto com essa fonte misteriosa que é a natureza.
Clarissa Pínkola Estés
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refeita · 8 months
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fui eu quem ficou
uma contagem regressiva até o momento em que nos conhecemos, como aquele livro da nossa adolescência que os dias diminuíam e não sabíamos ainda qual seria o ponto zero, você lembra? romântica, pensei que seria o romance. realista, você pensou ser tragédia. e foi. qualquer sol era mais forte antes do fim, qualquer chuva era mais bela antes do adeus. te devorei, marquei no calendário nossas fugas e pintei os dias com a sua cor. separando como antes e durante, até que você marcasse o depois. consigo imaginar você sentado na cama escolhendo bem cada palavra que ia me dizer, separando as que doeriam menos e as que doeriam mais. [como se fosse possível doer menos] a camisa azul era a mesma do dia que dançamos no meu antigo quarto, no endereço que tive antes de sermos tão grandes quanto o universo. sentados em minha cama, sua voz trêmula e a minha muda, disse bem devagar que não havia mais chance para nós. me deixou com as gavetas e cartas antigas, levou a camisa azul e o caderno de desenhos. meu peito explodia em mil perguntas, mas suas lágrimas me diziam que era o fim. era inverno e lá fora o vento balançava as folhas das árvores, mas o frio aqui dentro era eu. meu coração empedrado buscava em seus silêncios a esperança desse não ser nosso ponto zero. você sempre soube que éramos tragédia. nosso amor fincou bandeira em todo lugar desta cidade, desde a paróquia do bairro à praça com luzes de Natal. cada árvore sem folha deste julho glacial era prova dos nossos abraços solares, do seu coração azul real e do meu vermelho vivo. rememoro o último dia como uma prece, um mantra, um desejo de que não fosse verdade. meu peito chora quando o frio chega por saber que não chegamos ao final da estação, por saber que agosto não nos viu vibrar. o tempo não apaga meus dedos ansiosos batendo na mesa e a saudade em forma de apego aos nossos lugares favoritos. minha memória é nosso museu e durmo todas as noites na mesma cama, guardando as galerias que nos homenageiam. fui eu quem ficou sem virar a página. agora sou a curadora de nós, a guardiã do tempo. agora, julho é você.
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christiebae · 4 months
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this is an open starter.
001 — by. lovely. billie eilish ft khalid
Natal sempre trazia lembranças para Christopher que tentava fugir ao máximo, no começo, ficava sempre muito ranzinza e impaciente quando se tratava de passar aquele feriado no acampamento, piorava quando era para passar com a família. Talvez porque ele não tenha aceitado ainda, muito bem, a sua realidade enfim, viver em fuga e escondido porque uma deusa decidiu ter um filho por aí, não era algo que podia ser facilmente aceito assim. O seu humor não era dos melhores quando chegou na árvore das lembranças, apenas parado ali com os olhos acompanhando as memórias divididas ali, quando percebeu a presença de MUSE. "Vai deixar a sua aí? Ainda não fiz nada com a bola que me deram" Disse ao mostrar a bola vazia, ainda transparente.
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002 — by. rush. troye sivan ft pinkpantheress & hyunjin
Gemada alcóolica foi a única bebida que chamou a atenção de Christopher naquele lugar, estava tentando ao máximo não colocar os pés no bar de Dionísio, talvez porque não gostava das bebidas servidas por lá, ou só porque queria mesmo controlar o tanto de álcool que ia correr na sua veia, mas definitivamente não conseguiu evitar a pior bebida que tinha ali? Repentinamente começou a ser sincero demais, o pior era que não havia um filtro e acabava falando coisas bastantes inconvenientes, razão essa de estar agora com uma expressão em choque sobre o que tinha dito sobre MUSE e o rosto ardendo em chamas fez com que ele sentisse um arrependimento enorme de ter escolhido aquela bebida. “Eu sinto muito… eu não sei o que aconteceu?! Eu juro” Estava apenas esperando pela reação da pessoa atingida pela sua verdade descontrolada, na esperança de não ter sido, pelo menos, rude, o que poderia tornar a situação menos pior.
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ou comente um prompt dessas opções: um ou dois e o @ para jogar com o @juncyoon. (2/4)
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misshcrror · 2 months
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              𝐇𝐎𝐔𝐒𝐄 𝐎𝐅 𝐇𝐎𝐑𝐑𝐎𝐑: ──── YASEMIN's point of view ;
“the investigation is to find the crime, whereas the spying is to commit the crime.” part 001 - part 002 - part 003 - this is part 004. // @silencehq
A cachoeira. Petrus sempre evitava aquele lugar como se fosse uma praga, e Yasemin estava decidida a descobrir o motivo. Após o incidente próximo do local, o surto com o garotinho e com Atticus presenciando tudo de perto junto consigo, a turca considerou sortuda por ser justamente o filho de um deus cujo lidava com ventos para ajuda-la na tarefa que ela mesma impôs para si. O bônus era que o filho de Éolo adorava competir, então convence-lo não foi uma tarefa difícil.
Havia algo ali que Petrus não queria que os outros soubessem, algo que o tornava aquele ser estranho. E a turca não era de desistir fácil, principalmente quando se tratava de alguém bagunçando o acampamento mais conhecido como seu lar. Por isso, ela arquitetou um plano. Bem simplista porque não envolveria tantos passos. Talvez o maior problema era convencer Petrus a movimentar aquela bunda preguiçosa para fazer algo no acampamento. Ora essa, ele chegou fazendo algazarra e nem era capaz de pegar um prego caído no chão? Palhaçada. Felizmente a irritação de Yasemin foi o suficiente para chegar no chalé de Hades raivosa o suficiente para colocar abaixo o local se fosse necessário arrancar o preguiçoso dali. Felizmente funcionou, com um empurrãozinho de uma mentira dizendo ser a pedido de Quíron.
Yasemin sabia que precisava de uma provocação para sanar todas suas dúvidas a respeito do que observou de Petrus. Conhecer o medo de outras pessoas poderia lhe dar uma vantagem imensa, mesmo que seu poder não funcionasse nele. Só precisava da vantagem. Medo sempre faziam as pessoas se desarmarem ou mostrar quem elas realmente eram. Com o filho de Hades, nada seria melhor do que a própria cachoeira. No dia seguinte, durante a limpeza das árvores caídas pelo tremor de dias atrás, Yasemin deixou o tempo passar e realmente colocou o rapaz para trabalhar. Pensou que se talvez ele fosse surtar como antes, seria depois de ajudar! Felizmente, Atticus conseguiu manipular a situação para que Petrus estivesse no raso. Dos males, o menor. E também temia que se ele caísse fundo na cachoeira, provavelmente ninguém entraria para salvar o garoto já que o clube de haters estava cada dia com mais membros.
Já estava quase na hora de pararem quando notou Atticus fingindo sair do local e dando o sinal para si. Apenas na presença de Petrus, era difícil ignorar que estava sendo observada. Não pelo filho de Éolo, esperando sua vez. Era aquela presença gelada e estranha, uma sensação. Ainda assim, o filho de Hades estava visivelmente tenso por estar tão perto da água rasa. Quando Petrus se aproximou um pouquinho mais, Yasemin deu um sinal para Atticus. O filho de Éolo usou seus poderes para criar uma pequena ventania que fez Petrus perder o equilíbrio e cair na água. O semideus emergiu da água, com uma expressão de pavor no rosto, e começou a gritar e se debater. Yasemin correu para ajudá-lo a sair da água no mesmo instante, em falsa modéstia, enquanto Petrus continuava a tremer e respirar ofegante. Ele estava visivelmente abalado, e a ruiva tentou acalmá-lo. ❝ ― Ei, tá tudo bem. Calma, relaxa! ❞ ― Tentou manter uma voz suave. ❝ ― Foi só um susto, você deve ter tropeçado em um dos galhos. ❞ ― Plantou uma situação, na esperança de que ele realmente caísse naquele papo. Chegou olhar ao redor, apenas para se certificar de que Atticus saiu dali o mais rápido possível apenas para não se tornar um suspeito. Por outro lado, Petrus saiu caminhando e pisando firme, sem dizer uma palavra. Talvez abalado demais com a situação, ou irritado. Contudo ela agora tinha uma certeza e sabendo que tinha atingindo seu objetivo, Yasemin havia descoberto uma peça importante do quebra-cabeça.
Petrus tinha medo de água.
semideuses citados: @avoadc.
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dejuncullen · 1 year
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Para sempre - Jaehyun
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N/a: referência a Crepúsculo, Jaehyun vampirinho
Sentiu os lábios gélidos lhe tocarem o rosto, sutil e tão cuidadoso. Ele a encarava com ternura nos olhos, as Iris douradas pareciam brilhar como pequenos cristais de âmbar.
Em meio as árvores apenas se ouvia o barulho dos animais e da sua respiração. Ele estava imóvel, tal qual uma montanha que não se abala, a pele pálida brilhando em meio aos raios solares, as presas sendo contidas no interior da boca, concentrando-se para não atacá-la em um momento de descuido.
Porém, ela queria mais, precisava senti-lo próxima a si. Simplesmente havia decidido ignorar qualquer imposição que ele tinha lhe colocado, pouco se importava com a sua própria segurança, o que importava no momento era ele e todo aquele sentimento ardente que guardava dentro do coração.
Suas mãos subiram em direção aos ombros largos tocando a pele rígida coberta pelo moletom fino, deslizou as falanges e observou Jaehyun fechar os olhos, apreciando o toque que você o oferecia. Decidiu avançar mais e subiu os dedos pelo pescoço, passando pela nuca, e ali, puxando-o de leve até que ele entendesse que queria iniciar um beijo. Ao notar isso, o homem retrocedeu alguns passos.
— Não! — sem muito esforço ele a afastou do seu próprio corpo
— Por favor, você não irá me machucar — foi calma nas palavras e ele evitou o contato visual, continuando a caminhar para trás — Jaehyun, deixe-me ao menos tentar lhe tocar direito — suplicou e avançou alguns passos, fazendo-o a encarar com certo temor — Eu preciso de você.
— Eu não sou o que você pensa, essa é a pele de um assassino. Sabe bem disso, minha querida — caminhou até o lado oposto e se encostou em uma das árvores — Por mais que o meu maior desejo seja ficar ao seu lado a cada segundo, eu compreendo que a minha natureza demoníaca jamais deveria ousar tal aproximação com uma humana como você — os olhos dourados voltaram a lhe dar atenção e em questão de milésimos de segundos ele estava de volta, bem em sua frente — Eu não quero te perder, eu não quero te machucar.
— Você não irá — disse e sentiu a palma fria lhe tocar o rosto, acarinhando e a fazendo quase ronronar — Eu prometo que não avançarei mais o sinal, mas por favor, apenas me beije.
— Eu não sei se posso...
— Apenas tente.
O tempo pareceu congelar, dado que ele não moveu um músculo sequer. Ficaram se encarando por longos minutos, admirando a presença de cada um. Até que ele decidiu reagir, voltando a tocar seu rosto e a fazendo saltar com a diferença de temperatura. Ele se curvou de forma lenta, tentando buscar em seus olhos alguma pista de que não queria mais aquilo, mas não encontrou.
Portanto, aproximou-se até que os lábios se encontrassem e que o encontro entre a vida e a morte se transformassem em uma sensação de frisson. Fora apenas um selar, mas para ambos aquilo era como o início de uma primavera no relacionamento, um grande avanço, e acima de tudo, uma das formas mais puras em revelar que realmente se amavam.
Jaehyun encostou a testa na dela, cerrou os olhos com força e se concentrou para controlar o veneno e a sede. Ele estava vivendo um inferno e um paraíso, não sabia decifrar o sentimento daquela ocasião, somente sabia que estava feliz.
— Desculpe, eu... Eu não consigo e...
— Está tudo bem — ela o confortou, aproveitando para beijar o dorso da mão dele — Assim como você, eu esperarei o tempo necessário.
— Não deveria estar perdendo seu tempo com um imortal, na verdade, deveria estar aproveitando a vida humana.
— A minha vida é aqui, ao seu lado. Não consegue entender isso?
— Sim, consigo entender perfeitamente, pois é o que penso também. Porém, ainda tenho esperanças de que você irá me deixar e seguirá com a sua vida, bem longe de mim.
— Você me quer longe? — questionou arteira e ele pareceu nervoso, prendendo-a com cuidado em seus braços — Jaehyun, você quer realmente que eu vá embora?
— Não — a voz saiu melancólica e ela sentiu o coração acelerar — Não mesmo.
— Pois então saiba que eu também não pretendo ir embora — sorriu e roubou um selar rápido do rapaz que a olhou desacreditado — A partir de hoje — entrelaçou os dedos aos dele — seremos só eu e você, para sempre.
— Para sempre? — riu descrente
— Sim. Para sempre. — concluindo a fala ele aproveitou para selar o topo de sua cabeça, ainda com um sorriso no rosto.
— Então está bem, estamos presos e destinados pela eternidade.
— Adorei a ideia. — ela gargalhou e ele a acompanhou
— Só espero que não tenha problemas em namorar um cara mais velho.
— Não, jamais. E sabe de uma coisa? — aproximou-se para sussurrar no ouvido dele — Eu até prefiro os mais velhos, sabia?
— Ah é?! — uma sobrancelha se arqueou e ele sorriu — Certo, então a partir de hoje somos namorados. Acredito que seu pai precisará saber disso, não é?
— Sim, mas antes você precisará me transformar em vampira assim como você.
— Não sabia que o pedido de namoro teria direito a barganhas. E a resposta para a sua sugestão é: "não".
— Sem problemas, temos a eternidade até você aceitar a minha decisão — caminhou junto a ele até a sua picape e Jaehyun a colocou nas costas para que pudesse lhe levar mais rápido.
— Terá muito tempo para pensar. Até lá, saiba que eu lhe amo e que apenas isso importa.
— Eu também te amo — agarrou-se a ele, sentindo o vento forte bagunçar seus cabelos em meio aquele trajeto — e que assim seja por muitas e muitas eras.
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mattivray · 3 months
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                   💀 ✶ ― 𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐀𝐑𝐊𝐄𝐒𝐓 𝐇𝐎𝐔𝐑 : 𝐏𝐎𝐈𝐍𝐓 𝐎𝐅 𝐕𝐈𝐄𝐖 ( PARTE 002 ) .
         𝖙𝖗𝖎𝖌𝖌𝖊𝖗 𝖜𝖆𝖗𝖓𝖎𝖓𝖌. a leitura a seguir acompanha os acontecimentos da festa clandestina, tendo como base a narração elaborada através da parte um do pov, referente ao plot drop de número dois; neste caso, será mencionado sangue e morte. menciona-se também o personagem will solace ( npc ) e fica em aberto a participação de quem desejar nas lacunas interativas ao longo do pov.
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         time to wake up, songbird — we gotta go. era típico de matilda cochilar sempre que se sentia confortável demais em um espaço. ela simplesmente apagava, sem perceber; e aquilo era pouco comum levando em consideração que normalmente ela demorava muito para dormir. os pensamentos sempre a deixavam desperta na cama até altas horas da noite, até estar tarde o suficiente para ela se obrigar a convencer o corpo de que precisava descansar ou na manhã seguinte estaria um trapo.          bom, esse tipo de problema nunca acontecia quando ele estava por perto, com as mãos pacientes fazendo círculos no couro cabeludo da menina. os resmungos do que parecia uma canção, " i'm sexy and i know it ", em um tom de ninar. a grama fofa e o ar limpo da colina. era o lugar preferido deles, nas escapadas após o fim dos treinos do dia, quando queriam apenas relaxar. era como um solo sagrado, estabelecido desde que matilda chegou assustada ao acampamento e ele a encontrou se isolando de todos, deitada na grama, como se esperasse uma carona que nunca passava por ali. ele se preocupou em passar sempre desde a primeira vez que a achou ali. então dali em diante, era sempre eles, o céu, o verde infinito, o ar fresco, uma canção controversa de ninar ― e toda vez que mattie abria os olhos, ela via como uma infinidade de cordas trançadas caindo em sua direção; balançando com o vento, quase escondendo o sorriso deliciosamente convencido que convidava os outros a sorrirem junto.
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         ٫ ໋ 𓂃 𝖚𝖒𝖆 alma por outra alma, era o que ecoava no consciente da filha de apolo, na medida em que ela despertava para a realidade. ela havia se enganado com o silêncio e a escuridão, agarrando-se a esperança de que quando abrisse os olhos tudo teria desaparecido, mas, antes mesmo disso, ouvira vozes agitadas, ordens jogadas no ar e passadas pesadas para todos os lados. matilda ainda estava se reconectando com a vida real. ela via tudo, mas não construía uma linha de raciocínio; estava calada, olhando para todos os lados e, julgando pelo seu estado atordoado, a figura que lhe sustentava de pé resmungava insistentemente que ela deveria ir à enfermaria ― ela havia batido a cabeça e havia um corte no alto da testa.
         quis dizer que estava bem, mas, não estava. se sentia pesada e confusa. e como uma boneca de pano, era arrastada em passos apressados, segurada pela cintura e braço direito, atravessando o caminho revirado de galhos caídos, árvores tombadas e chão irregular. achou que aquela visão era preocupante, mas pior que ela estava o centro do acampamento. os olhos castanhos se arregalam para a visão de uma promissora ruína. pessoas demais transitavam as pressas, um turbilhão de conversas paralelas e o ar de pânico generalizado. matilda notou que nas idas e vindas dos campistas que lhe atravessavam o caminho, o número de semideuses mais novos feridos só crescia e a noção disso lhe deu um choque súbito de atenção. ela travou os pés, parando abruptamente a caminhada supervisionada. precisava assumir o controle. precisava ir para a enfermaria, mas não por si. pelos outros feridos. a cabeça dela doía, estava nauseada, mas, tudo aquilo caiu em seu desinteresse enquanto acompanhava mais vítimas seguindo o caminho para o socorro.
         “ vou ficar b― ” cedo demais? ela não teve a chance de finalizar o que pretendia, quando notou que havia um aglomeração maior de curandeiros carregando alguém, já muito adiantados no caminho para a enfermaria. ela teve um mal pressentimento. fosse pela urgência em que passaram, por jurar ter notado algo de muito esquisito no semblante do chefe da enfermaria, will solace, quando ele ordenou que os deixassem ir. e não durou muito mais que alguns minutos quando o grupo desapareceu para dentro da enfermaria até um grito irromper a área externa do acampamento.
         foi como se um raio caísse do céu para o alto da cabeça da filha de apolo. ela sentiu o corpo congelar, numa onda anestésica abrupta, então disparou correndo em direção a enfermaria. curiosos formavam barreiras no caminho, tentando descobrir qual era a nova fonte de tamanha agonia; ela os empurrava e penetrava qualquer pequeno espaço entre corpos, só para tropeçar de passo em passo até o santuário de cura e conseguir atravessar a porta.
lá dentro foi como se o mundo exterior tivesse ficado isolado, por trás de uma barreira de som. ela encontrou os rostos familiares dos meio irmãos, divididos entre a seriedade e um tormento incomum. num dos corredores, se ouvia um choro abafado. os leitos ocupados atraiam os curandeiros inquietos para os semideuses que precisavam de assistência, mas havia uma reunião maior de pessoas em um deles. will saiu daquela direção e encontrou matilda no caminho. os olhos azuis dele pareciam um pouco mais escuro; a tensão em sua mandíbula deixava o semblante dele longe da típica serenidade. era como se prendesse o grito que a pouco alguém havia libertado.
         não vá, ele sussurrou para ela quando lhe tomou os cotovelos com as mãos e encarou direto nos olhos. aquilo a assustou um pouco mais. mas também, alimentou o impulso de desviar do loiro corpulento e cruzar os passos que lhe afastavam daquilo que um grupo de campistas encaravam desacreditados. primeiro ela viu o corpo na cama. a cor carmesim já havia coberto qualquer ponto de tecido e pele visível, como uma camuflagem grotesca. o corpo era magro e visivelmente sem vida e, dado ao estrago no rosto, a primeira reação de matilda foi desviar o olhar assim que esbarrou os olhos nos rasgos sobre o que outrora foi uma face. ela quase não pôde dizer quem era. quase deu meia volta e saiu, agoniada em ver tamanha brutalidade, quando um arrepio lhe subiu a nuca e o coração apertou.
olhando de volta, ela notou que a cabeça tombada no travesseiro carregava um aglomerado de dreads castanhos, sujos de sangue, mas que não disfarçavam a familiaridade. eram como cordas; uma infinidade de cordas trançadas, espalhadas no travesseiro. e olhando bem agora, a pele por trás do sangue tinha aquele tom que lembrava caramelo quando exposta ao sol. e os dedos das mãos grandes eram finos e longos; e em um dos braços tinha o que por anos representava um filtro dos sonhos tatuado, mas agora, lhe faltavam os traços perfeitos.
         “ aid . . . ” a voz travou na garganta. pontos escuros começaram a tomar a visão de rosenthal. o golpe insensível da realidade lhe tirou o ar, então o equilíbrio. sentiu as pernas vacilarem, mas não foi ao chão, porque alguém a sustentou pela cintura. os olhos congelados na imagem do meio-irmão morto. aidan moore. um perfeito curandeiro. um ótimo artista. uma influência. um porto seguro. uma grande interrogação.
por que aquilo havia acontecido com ele? e ali, no acampamento. onde estavam os deuses agora que tudo estava desmoronando, literalmente? por que tanta desgraça estava acontecendo com eles? era um castigo?
         uma alma,
         por outra alma.
                  e que bela alma haviam recolhido.
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         tão querido como fora em vida, a despedida do filho de apolo foi carinhosamente arquitetada, ainda que todo o acampamento estivesse longe de ser o ambiente mais agradável para se ter um descanso final. matilda não havia conseguido falar nada, desde o momento que o encontrou na enfermaria. não achava que seria capaz de dizer adeus para um bom amigo, para um ótimo irmão. eles estavam de voltado a estágio inicial, onde a garotinha de pouca idade, tirada da normalidade de uma vida mortal encontra um pouco do que devia ser confortabilidade em alguém a quem podia chamar de irmão, ainda que tivesse sido criada como filha única.
no início ela não falava muito, no acampamento. depois de reclamada ao chalé sete, aidan fora uma das pessoas que tentaram penetrar aquela gaiola dourada na qual ela havia se trancado. ele disse as vezes é difícil falar ― talvez você devesse escrever.
         então ela escreveu para ele.
         e endereçou a carta para o fogo, logo após o fim da cerimônia dedicada ao repousar daquele sol.
nos campos dourados onde o sol repousa, ecoa a melodia, a tristeza que carrega, pois aidan moore agora repousa, nas asas divinas que o destino entrega. aidan, filho da luz, agora além dos céus, teus passos, como raios de sol, brilharão eternos, tu és a essência da música que aquece os corações, em cada acorde, tua presença é sentida. sentirei sua falta como uma roda em uma fogueira sente a falta de um violão e uma boa canção, para sempre escutarei sua voz, passarinho.                   com amor, songbird.
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hasbadana · 2 months
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É evidente que, ao caminharmos pela noite em meio a uma floresta, necessitamos de uma luz que nos impeça de tropeçar nas raízes de alguma árvore ou cair em algum buraco.
Nesta vida, andamos através de uma floresta de maldade escura e obscura.
Apesar disso, a Bíblia é a luz que nos mostra o caminho a seguir, evitando que tropecemos ao caminhar.
A Bíblia nos revela as raízes enredadas das falsas filosofias e valores.
Estudemos a Bíblia para que possamos ver nosso caminho com clareza suficiente e assim permanecermos no Caminho certo.
Ouvir e seguir a Palavra de Deus é o que nos faz andar no Caminho certo.
Repita o texto do verso de hoje orando assim:
"SENHOR, TUA palavra é lâmpada para meus pés e luz para meu caminho."
Márcio Melânia
Se você é abençoado por esta mensagem, não guarde para você somente, leia, medite, ore e passe adiante.
#devocional #deus #bíblia #meditação #bomdiacomdeus #oração #palavradedeus #adoração #jesus #vidaeterna #esperança
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magnetnorth · 6 months
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PRISCILLA QUINTANA – Por Glinda e sua varinha mágica! Olha só se não é SAMIRA VICENCIO NORTH caminhando pelos corredores da torre DAS NUVENS. Por ser filha de NICHOLAS SAINT NORTH (PAPAI NOEL), é previsto que ela deseje seguir caminhos parecidos com o dos pais. Ao menos, é o que se espera de alguém com VINTE E OITO ANOS, mas primeiro ela precisará concluir o módulo ESQUADRÃO VIL I, para depois se assemelhar como um conto de fadas.
Novo conto: BRYCE, A CAÇADORA.
Stats:
apelidos: Mira, Sam, Poly; aniversário: 25 de setembro (Libra); alinhamento: chaotic good. terra natal: nascida na Cidade do México (Shadowland), mas residente do Polo Norte (localizado na Winter Forest, em Neverland) desde os oito anos.
Headcannon:
Todos na residência dos Vicencio sabiam a história de cor. Após anos tentando e perdendo gestações, Lucretia ajoelhou aos pés da árvore na noite de natal e pediu por um milagre; nove meses depois, gritava na sala de parto e dava a luz a Samira. A criança era seu maior presente, e foi tratada como tal mesmo com todas as complicações que sucederam ao parto. Nem a asma, nem a tosse constante eram empecilhos para a hiperatividade da menina, que parecia ter uma imaginação acima da média. Podia afirmar com certeza que era visitada por passarinhos furta-cor quase todas as noites. Que tinha uma amiga fada. Que, nas tardes de neve, o vidro de seu quarto embaçava no formato de uma carinha sorridente. E tudo isso seria perfeitamente natural… Se ela não vivesse na tenebrosa, sombria, amarga Shadowland, onde a magia tinha data de validade e expirava azeda feito leite.
Mas, fazendo jus ao nome que recebiam, os guardiões olhavam por ela; lhe ajudavam a acreditar, porque isso também a dava mais vitalidade. Samira era um deles, afinal, fruto da mágica, e precisava da fé natalina para sobreviver naquele ambiente hostil. Entretanto, a crise no mundo encantado recaiu em seus ombros sem piedade. A maldição da vilania superava até mesmo o anterior ataque de Breu, e com tantas crianças desamparadas naquele primeiro natal infeliz, Samira adoeceu gravemente. Não havia mais esperança para sua existência em meio aos humanos. Se não atravessasse o portal antes do fim da noite, desapareceria como Scar! Carregada nos braços do Coelhão, sequer teve tempo para se despedir da família.
Era só uma criança quando conheceu St. Nicholas, uma garotinha franzina em frente a um homem grisalho do tamanho de um armário ─ ainda que bem mais magro do que esperava. Houve uma troca de olhares, um reconhecimento mútuo, e em pouco tempo ela já era membro dA Resistência! (mesmo que seu papel se restringisse a contar as luzinhas no globo terrestre; se perdendo e recomeçando de vez em quando). A Resistência perdeu membros importantíssimos ao longo dos anos, como a Fada do Dente, a quem Samira amava como uma tia, e uma série de renas e duendes. Mas quando viu que realmente não poderia derrotar os vilões, o polo norte se rendeu à tríplice.
Amargurado e enfraquecido, North não é nem a sombra do que um dia foi. Passa seus dias trancado na oficina como um eremita, tendo surtos de inventividade seguidos de períodos de auto piedade, a barba tão longa que cai como neve à altura da cintura e essa enfim da circunferência conhecida. Quanto a Samira, crescer no caos do boom tecnológico foi estranhamente conveniente, ainda mais quando seus poderes começaram a aflorar. A hiperatividade da infância custou a lhe abandonar e ela fez daquele mundo encantado seu parquinho, dançando conforme a música grave dos vilões até finalmente compreender tudo o que eles lhe tinham tirado ─ e tudo o que ainda tirariam.
A cada ano que passa, Samira nota os poderes enfraquecendo. Ciente de que o declínio do natal significa seu próprio declínio, não viu outra alternativa para seu futuro além de entrar em Tremerra e receber um novo conto. A perspectiva de se tornar um dragão é tanto encantadora quanto assustadora, mas não desistiu por completo do natal e sabe que North muito menos. Sua aliança com a vilania é tão tênue quanto um fio de seda, e se houvesse uma rebelião, certamente ambos se juntariam a ela. Enquanto isso, tentam fazer o que podem pela data nas duas horinhas diárias que lhes restam.
Poderes:
MAGNETOCINESE ── Há quem acredite ser culpa de Samira o fato de todas as bússolas apontarem para o norte, mas isso é apenas uma fantástica coincidência! Sua habilidade lhe confere a capacidade de mover, atrair, levitar e repelir livremente metais ou qualquer outro tipo de matéria que possa ser influenciada por campos magnéticos, coisa que, costumeiramente, ela usa para atirar adagas e projéteis balísticos numa precisão assustadora; desde que apenas um de cada vez. Suas mãos também são conhecidas por retorcer metal nas formas mais intrincadas, criando arte seja em peças de brinquedos, de esculturas ou de armas.
Daemons:
CHRISTOPHER, THE PINE ── Não fosse pelo calor e peso, facilmente teria confundido por uma semente de pinheiro o ovo que lhe fora entregue após assinar seu nome no livro. O daemon de Samira eclodiu na cor caramelo-cobre, mas com o passar do tempo suas escamas foram se tornando mais longas e esverdeadas na parte superior, em alusão a uma árvore que prospera em bom solo. Tem chifres que lembram bengalas doces pontudas e um olhar sereno e acalentador. É um daemon reservado e fica acuado na presença de estranhos, mas nem sempre foi assim. Acontece que Chris Pine ficou gravemente ferido após proteger Samira de um monstro, atitude que resultou na perda de boa parte de sua asa esquerda. Em gratidão, Mira passou tempo projetando uma prótese de liga metálica para o wyvern e, desde então, num trabalho em conjunto, ambos estão reaprendendo a voar.
referência visual somente para as cores do daemon, pois as asas são diferentes: (x)
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sosoawayrpg · 4 months
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𝐀 𝐂𝐨𝐧𝐬𝐩𝐢𝐫𝐚𝐜̧̧𝐚̃̃𝐨 𝐝𝐞 𝐈𝐧𝐯𝐞𝐫𝐧𝐨 𝐝𝐞 𝐑𝐞𝐢 𝐑𝐮𝐦𝐩𝐞𝐥𝐬𝐭𝐢𝐥𝐭𝐬𝐤𝐢𝐧 𝐞 𝐨 𝐆𝐫𝐢𝐧𝐜𝐡. - 𝐏𝐚𝐫𝐭𝐞 𝟑 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐋
Narrador:
Após inúmeras aventuras, os bravos habitantes de Tão Tão Distante conseguiram, contra todas as expectativas, obter os artefatos necessários para garantir suas vidas. No entanto, havia um item crucial que permanecia fora de alcance - a Estrela da Esperança, o coração da celebração natalina. A cidade pulsava com a agitação da busca frenética pela estrela perdida. Grich, o duende verde, liderou a missão com coragem e determinação. No entanto, apesar dos esforços heróicos, a Estrela da Esperança continuava fora de seu alcance, desafiando todas as estratégias e artimanhas do grupo.
Grich: "Maldição! Parece que o destino decidiu testar nossos limites desta vez. Sem a Estrela da Esperança, tudo pode ser perdido."
No ápice da missão, com a Estrela da Esperança ainda elusiva, Grich enfrentou uma derrota aparente. O Rei Rumpelstiltskin, conhecido por seus truques teatrais, encenou uma vitória triunfante, fingindo derrotar o duende verde em uma cena dramática que ecoou por toda a cidade.
Rei Rumpelstiltskin: "Ah, como eu previ, a vitória é minha! Tão Tão Distante é meu para comandar!"
No entanto, a realidade era outra. Grich, astuto como sempre, escapou das garras do Rei das Sombras, tornando-se um novo alvo nas listas da polícia e da marinha real.
Policia de Tão Tão Distante (FFAPD): "Atenção cidadãos de Tão Tão Distante! O duende verde Grich é agora um procurado. Qualquer informação que leve à sua captura será recompensada."
Apesar do fracasso aparente, a cidade não sucumbiu à tristeza. O espírito natalino perseverou, e os habitantes decidiram celebrar o Natal com ainda mais fervor e alegria.
Narrador:
O Grande Salão do Castelo Real foi decorado com brilhantes enfeites natalinos, e os presentes se acumulavam sob a árvore, esperando para serem abertos. As risadas ecoavam pelas ruas enquanto as famílias se reuniam, trocando presentes e compartilhando o espírito de generosidade. A Estrela da Esperança pode não ter sido encontrada, mas o verdadeiro significado do Natal brilhava nos corações de todos. Tão Tão Distante celebrou o feriado com alegria e gratidão, provando que a magia do Natal transcende qualquer obstáculo.
𝐇𝐎𝐑𝐀𝐒 𝐀𝐍𝐓𝐄𝐒 𝐃𝐎 𝐎𝐔𝐓𝐑𝐎 𝐋𝐀𝐃𝐎 𝐃𝐀 𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄:
𝐑𝐞𝐢 𝐑𝐮𝐦𝐩𝐞𝐥𝐬𝐭𝐢𝐥𝐭𝐬𝐤𝐢𝐧 𝐱 𝐍𝐨𝐫𝐭𝐡
Na pacífica véspera de Natal em Tão Tão Distante, enquanto os habitantes se preparavam para as festividades, uma sombra sinistra deslizava pelos corredores nevados da Oficina do Papai Noel. O Rei Rumpelstiltskin, envolto em sua capa escura, aproximou-se do bom velhinho com um sorriso malicioso.
"North, meu caro amigo", disse Rumpelstiltskin com um sorriso falso. " Estou ciente de um pequeno artefato que você guarda. Uma estrela, se não me engano. "
O rei lançou um olhar gélido e sibilante. " Uma troca simples, se me permite. A Estrela da Esperança em troca da seguranças dos seus queridos duendes e renas."
"Se recusar, posso garantir que este Natal será o último de Tão Tão Distante", sussurrou Rumpelstiltskin, revelando seu verdadeiro intento maligno.
A preparação para o natal tinha ficado quase impossível para o homem naquele ano, com todos os seus ajudantes desaparecidos, além de suas renas, North precisou fazer tudo sozinho e mantendo o seu orgulho intacto pelo simples fato de ter não dado o braço a torcer para pedir alguma ajuda que fosse. Estava mais tempo na sua oficina do que na sua loja, completamente esquecida as traças desde quando começou os últimos preparativos para o natal. O homem percebeu a aproximação do rei e não demorou para se armar com suas espadas enquanto ele surgia com a capa escura que parecia ser para passar alguma mensagem maligna que o bom velhinho tava pouco se importando. A menção ao seu token fez com que o homem apenas sorriso de canto, era meio óbvio que ele saberia sobre a existência dele, mas era um alívio saber que ele não fazia ideia de onde estava. “Não me lembro de nenhuma estrela” Falou com certo deboche, ignorando aquele olhar gélido que não lhe causava absolutamente nada. E por mais doloroso que fosse no seu interior, por mais absurdo que fosse e todos pensamentos de que era injusto ter que escolher, com aquela vozinha lhe dizendo para entregar a peça a ele, North sabia que nenhum de seus ajudantes permitiriam isso, que entregasse a única peça que poderia salvar o natal pela vida deles, que poderia ser substituída, como eles mesmos repetiam diversas vezes. “E eu posso garantir que eu não vou deixar que isso aconteça” E sabia que a batalha seria difícil, mas não deixaria que o natal deixasse acontecer em qualquer momento que fosse, North era o guardião daquele momento e a sua vida existia apenas para isso. “Então a resposta é simples e direta: Não. Espero que tenha lhe ajudado, agora pode se retirar… ou eu terei que fazer isso a força” Disse antes de bater uma espada contra a outra, fazendo pequenas faíscas saírem do impacto, sorrindo de canto.
O Rei Rumpelstiltskin, enfurecido pela recusa de North em entregar a Estrela da Esperança, lançou um olhar de fúria em direção ao bom velhinho. A resposta firme de North, apesar de seu deboche, não abalou a resolução do monarca malévolo.
A escuridão emanava dos olhos de Rumpelstiltskin quando, sem dizer uma palavra, ele ergueu a mão. Uma aura sombria envolveu seus dedos, e um vento cortante soprou na oficina do Papai Noel. Com um gesto cruel, o Rei lançou uma explosão de energia negra em direção à loja, destruindo-a com uma força avassaladora.
Os brinquedos encantados, decorações natalinas e a própria magia que enchia a loja foram reduzidos a destroços em meio às sombras que dançavam.
A destruição causada pelos poderes de Rumpelstiltskin ecoou como um lamento natalino distorcido. O Rei, satisfeito por ter infligido danos ao símbolo mais sagrado da temporada, desapareceu nas sombras, deixando North para trás em meio a loja destruída.
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ooc.
o plot drop de natal está oficialmente encerrado.
por causa do meu imprevisto rn, não teve condições de fazer a dinamica que eu queria.
o natal foi salvo esse ano, será que vai dar a boa sorte no próximo?
qualquer dúvidas, só chamar no chat ou mandar uma ask pra gente!
estamos agora na vibe de fim de ano no nosso mundo do rp.
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cartasparaviolet · 1 year
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Das borboletas em meu estômago da pessoa insegura que eu era, sentindo as entranhas corroídas por sentimentos que sufocavam-me à palavras que nunca externalizadas jaziam morada no túmulo que eu mesma construí. Aqui jaz as palavras não ditas. Os sentimentos nunca demonstrados. Os caminhos que não me pertenciam. O perdão nunca liberado. Repleto de rosas e enfeites, eu tentava trazer cor àquele espaço cinzento e sem vida.
Jurava ver pequenas luzes eventualmente e espantava-me a quantidade de vagalumes que por ali sobrevoavam. Sorria ao pensar que até a Mãe Natureza me cuidava de alguma forma trazendo luz a minha ínfima existência. Um show à parte que contrastava com o cenário deprimente daquele lugar íntimo que só conhecia a escuridão.
Orava em silêncio para que a alma pudesse ser encaminhada devidamente, pois eu mesma havia perdido o remo do modesto barco que me conduzia. Imergi diversas vezes e retornei a superfície graças a esperança que ainda, muito bem guardada, na caixa de Pandora do meu coração, jamais consegui abandonar. No fim, enquanto houver vida resistirá a esperança. Sentimento ambíguo que nos mata e fortalece. Agarrei-me como se a única chance fosse. E era.
Naquelas águas turvas eu boiei, entre galhos, pedras e musgos, permitindo que esse Vazio me conduzisse rio abaixo, enquanto aquele processo de reabilitação pessoal curava-me dos vícios e traumas, deixando velhos fragmentos para trás.
No percurso, seguia ouvindo o canto dos pássaros e o farfalhar das folhas nas imensas árvores que ao redor pareciam me transmitir sua força e compaixão. Nunca estamos realmente sós, o divino nunca dorme. O céu acima apresentava-se cada vez mais reluzente de um azul vibrante. Sentia os raios do sol tocando minha gélida pele a aquecer minha alma. Na chegada, vislumbrei as forças da natureza vibrando e aplaudindo o sucesso daquela viagem atemporal e recebendo-me em seus braços como colo de Mãe que acolhe e nutre.
A velha lápide já não era mais necessária.
Havia no lugar a magia, o mistério, a vida.
Na pureza do ser, milagres podem ser percebidos.
Enfim, a borboleta com suas novas asas podia caminhar seguramente por terra firme. Vivi dias que pareciam intermináveis em meu inferno particular e confrontei meus demônios internos. Nada mais justo poder alçar voos maiores para conhecer um pedacinho do céu. Simples assim, e ao mesmo tempo; drástico, dilacerante, profundo.
@cartasparaviolet
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espiritismo · 13 days
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ESPERA E AMA SEMPRE.
Espírito: MEIMEI.
Quanta aflição desaparecerá no nascedouro, se souberes sorrir em silêncio! Quanta amargura esquecida, se desculpares o fel!
Rogas a paz do Senhor, mas o Senhor igualmente espera por teu concurso na paz dos outros.
Reflete nas necessidades de teu irmão, antes de lhe apreciares o gesto impensado. Em muitas ocasiões, a agressividade com que te fere é apenas angústia e a palavra ríspida com que te retribui o carinho são tão somente a chaga do coração envenenado-lhe a boca.
Auxilia mil vezes, antes de reprovar uma só.
O charco emite corrente enfermiço por não haver encontrado mãos que o secassem e o deserto provoca sede e sofrimento por não ter recebido o orvalho da fonte.
Deixa que a piedade se transforme no teu coração em socorro mudo, para que a dor esmoreça.
Não estendas a fogueira do mal com o lenho seco da irritação e do ódio!
Espera e ama sempre!
Em silêncio, a árvore podada multiplica os próprios frutos e o céu assaltado pela sombra noturna descerra a glória dos astros!…
Lembra-te do Cristo, o Amigo silencioso.
Sem reivindicações e sem ruído, escreveu os poemas imortais do perdão e do amor, da esperança e da alegria no coração da Terra.
Busquemos NELE o nosso exemplo na luta diária e, tolerando e ajudando hoje, na estreita existência humana, recolheremos amanhã as bênçãos da luz silenciosa que nos descerrará os caminhos da Vida Eterna.
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cirlenesposts · 4 months
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Jó 14:7-9 
Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco morrer no pó. Ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta.
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elcdie · 7 months
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*⠀🎼⠀/⠀𝐩𝐥𝐞𝐚𝐬𝐞 𝐩𝐢𝐜𝐭𝐮𝐫𝐞 𝐦𝐞 𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐭𝐫𝐞𝐞𝐬,⠀𝑖 ℎ𝑖𝑡 𝑚𝑦 𝑝𝑒𝑎𝑘 𝑎𝑡 𝑠𝑒𝑣𝑒𝑛 𝑓𝑒𝑒𝑡 𝑖𝑛 𝑡ℎ𝑒 𝑠𝑤𝑖𝑛𝑔.
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ㅤㅤalto, quem vem lá? oh, só podia ser 𝒆𝐥𝐨𝐝𝐢𝐞 𝐭𝐨𝐮𝐬𝐬𝐚𝐢𝐧𝐭, a música de 23 anos que veio de courtenay. você quase se atrasou hoje, hein? eu sei que você é normalmente entusiasta e gentil, mas também sei bem que é atrapalhada e ingênua, então nem tente me enganar. ande, estão te esperando; entre pela porta de trás.
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“ㅤif we're not supposed to 𝑑𝑎𝑛𝑐𝑒, why all this 𝒎𝒖𝒔𝒊𝒄?ㅤ”
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤbiografia completaㅤ—ㅤ♡
ㅤㅤa pergunta "você não tem interesse em descobrir quem são seus pais?" é provavelmente a que elodie mais ouviu durante seu tempo no orfanato. em todos os anos, sua resposta negativa nunca mudou, e os olhares reticentes de quem pergunta também não. elodie não culpa ninguém que possa a julgar como peculiar; a grande maioria dos outros orfãos, especialmente os que iam envelhecendo sem encontrar um lar permanente, como ela, possuiam um grande alento e curiosidade pelo mistério de suas árvores genealógicas. não que ela tenha sido sempre assim, indiferente - quando criança, devocionava muito de seu entusiasmo fervescente e imaginação fértil com os imaginários de sua família: a que poderia ter sido, e a que ainda pode ser. mas para se proteger depois de voltar para o orfanato quatro vezes após ter sido adotada, precisou engolir todas as esperanças e seu insaciável desejo de conhecer o mundo, aquela força borbulhante contida da maneira mais atrapalhada possível que muitas vezes fazia elodie suspeitar ter sido o motivo de tantas rejeições. as famílias de courtenay, já tão arrasadas pela crise, desejavam crianças dóceis, obedientes. elodie era complicada, bagunceira, atrapalhada, barulhenta - simplesmente dava trabalho demais. tudo que precisava estava bem ali, de qualquer jeito: as crianças e cuidadores do orfanato, e a música. tão natural quanto respirar, aprendeu a tocar piano antes mesmo de formar sua primeira palavra, e quando chegou aos dezoito anos, elodie tocava onze instrumentos musicais eruditos com precisão.
ㅤㅤtalvez para constratar ironicamante com a obstinação de elodie ao rejeitar a busca por uma família e abafar sua própria desordem, o destino escondeu cuidadosamente por vinte e dois anos uma reviravolta que transformaria seus dias em tudo que nunca foram. uma aventura interminável e louca, parecidas com aquelas que apareciam ocasionalmente naqueles sonhos que não compartilhava com ninguém. através da guarda da corte real, elodie foi noticiada que uma das estilistas mais renomadas de versailles, lilou hollande, havia falecido, e que a garota foi identificada como sua filha após uma extensa investigação. a mulher havia cedido toda a sua fortuna como doação ao orfanato, e elodie também havia sido convidada a trabalhar como música no palácio, caso desejasse. certamente, elodie deveria se sentir colérica - a mulher nunca havia feito esforços para encontrá-la ou reivindicá-la, mesmo sabendo de sua existência por todo esse tempo. e agora, inesperadamente, a garota se encontrava no centro do mundo aristocrático, nas requintadas dependências do palácio de versailles, com nenhuma outra preocupação ou obrigação fora a de deleitar a corte com seus dotes musicais. no entanto, não estava enfurecida, nem ao menos triste; elodie se sentia a pessoa mais sortuda do mundo, como um animal selvagem em um parque de diversões. mesmo após um ano, e com o início da seleção se aproximando, era impossível prever algum momento em que algum dia se acostumaria com sua nova rotina, com sua nova casa. cada segundo era novo e absolutamente fascinante para elodie, que doía muito na vista de todos os outros habitantes reais natos. seus modos são enferrujados, a falta de graça em tudo que faz cria um ambiente constantemente propenso à desastres, mas elodie compensa todas suas falhas com a dedicação incondicional ao seu trabalho e carinho por todos ao seu redor.
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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤheadcannons e curiosidadesㅤ—ㅤ♡
suas apresentações no piano são as mais requeridas no castelo, mas elodie tocará o que mais for desejado com a maior felicidade (se for algo que ela não conheçe, não descansará até estiver tirando de letra). dentre seus instrumentos musicais favoritos estão: violino, harpa, clarineta, flauta, violaõcelo, xilofone e oboé;
agora que a sua porta da curiosidade foi devidamente aberta (ou melhor, escancarada), elodie se interessa muito em eventualmente descobrir mais sobre sua mãe: quem ela foi, quais foram os vestidos feitos por ela, o que os outros habitantes do palácio achavam dela, alguma nuance do motivo de ter sido deixada de fora de sua vida luxuosa;
é uma grande fangirl da princesa tony e não esconde muito bem. é uma admiração puramente platônica, e um pouco parasocial - a vida da realeza é como um de seus reality shows favoritos, só que ao vivo e imersivo.
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