Tumgik
#sempre terei saudade
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cartasparaviolet · 4 months
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Eu prefiro um amor simples com cheiro de café da manhã. Refrescante como brisa suave e intenso como o sol a pino. Revigorante como o sereno da noite que anuncia o descanso do corpo e da alma. E enquanto isso, eu repouso em seu peito. Seja meu porto seguro, meu cais. Posso navegar pelos sete mares, mas sempre retornarei para o seu porto-abraço. Nada me acalenta mais que saber que me espera com uma taça de vinho onde o líquido vermelho representa a paixão e a saudade entre nós. Cruzo os céus para poder ver em seus olhos o brilho que busquei nas estrelas enquanto estive distante. O meu coração é seu, apesar de minha alma querer desbravar esse mundo. Sinto que ainda é pouco o que essa realidade tem a me oferecer, pois o que desejo ainda é inominado. Todavia, torna-se um pouco mais real e palpável quando estou ao seu lado. Posso respirar aliviada sabendo que terei a paz que tanto busco, o amor que sempre idealizei, a vida que sonho antes de dormir. Duas almas distintas que completam-se em suas diferenças ainda que estejam transbordando de si.
@cartasparaviolet
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froghazz · 6 months
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Didn't you want a killer?
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Inspirada em Pânico. Especial de Halloween.
Avisos: knife play, cnc leve, personagens completamente de caráter questionável.
Mamãe estava com saudades. 🤍
📞
- Alô?
- Olá, qual seu nome?
- Foi você quem me ligou. - Harry exita. - Porque você está falando com a voz do pânico?
- Voz do pânico? Gosta da franquia?
- Gosto, mas quero saber quem é.
- Hm… Qual deles é o seu favorito?
- Eu vou desligar.
- Você não é idiota, já viu a saga toda, não foi? Sabe o que acontece quando você desliga.
- Cara, quem caralhos você é? É o Jackson? Eu juro por Deus.
- O cara do seu trabalho que passou a mão em você semana passada? - a voz robótica riu. - Não. Ele já está dentro da própria geladeira. Em pedaços.
- Louis? - Harry arrepiou da cabeça aos pés, olhando em volta, se arrependendo no mesmo instante de viver numa casa afastada rodeada pela floresta. Mas mais que isso, de suas paredes serem feitas de vidro.
- Eu disse que você não era idiota, querido. É melhor correr, porque você sabe o que vai acontecer quando eu desligar.
Harry ofegou, olhando cada mínima sombra nas janelas, desligando a televisão.
- Por que?
- Porque o que, querido?
- Porque resolveu fazer isso agora? - se levantou do sofá, olhando fixamente para a porta de entrada.
- Você sempre quis isso, não é? Sempre quis que eu fosse o vil��o que transforma sua vida num filme de terror. Estou errado?
- Terminamos faz duas semanas.
- Não foi isso que te perguntei, você queria que eu fosse o seu assassino, não queria?
- Sim, Louis, mas no sentido figurado, porra! - Harry colocou a mão no peito, sentindo seu coração acelerado e a palma suando frio contra o peito nu.
- Ah é? Perdoe minha confusão, acho que me precipitei em tudo que fiz por você.
- O que você fez, Louis?
- Essa conversa já está tão extensa, você não acha?
- Eu vou ligar pra polícia.
- Tsc, tsc, tsc… Então terei que ser mais rápido que você.
Harry ouviu o som da chamada encerrada, olhando pro telefone com a tela piscando. Seu coração batia forte nos ouvidos e as pernas tremiam bambas, lambendo os lábios e pensando se realmente discaria o número da polícia. O dedão foi lento. Nove. Um. Um.
Seu coração quase saiu pela boca com as batidas que ouviu no vidro, olhando diretamente para trás e encontrando.
A máscara que nunca o assustara manchada de sangue, a cabeça inclinada levemente para a direita. Como um louco, jurava que a imagem desfigurada com o queixo pontudo se alimentava de seu pavor. A roupa idêntica a dos filmes e na mão tatuada tão conhecida, uma faca brilhante e ensanguentada.
Engasgou, sentindo a boca seca.
Seu olhar foi para o telefone mais uma vez, percebendo então que sua mão também tremia. Poderia ligar para a polícia, era claro. Até Louis realmente entrar, pelo menos a ligação estaria feita e, se morresse, saberiam quem o matou.
Mordeu o lábio e olhou para a janela de novo, Louis desenhando um coração no vidro com o sangue da faca.
Ele sempre quis isso, o relacionamento todo.
Agora ele podia ter.
Podia ter dele, do homem que sempre o fez se afogar em orgasmos sublimes e um amor tão intenso que se tornara doentio.
Louis levou o telefone até a orelha e Harry assustou com o toque alto de seu telefone.
- É melhor correr, cachorrinho.
- Merda. - Harry o viu desaparecer atrás do concreto e reaparecer na próxima janela, indicando que dava a volta para chegar na porta de entrada. - Me acha tão idiota a ponto de não ter mudado a senha?
- Me acha tão idiota ao ponto de não ter descoberto a nova? - Louis riu. - Qual a primeira coisa que você quer que eu corte, amor? Todos direto na barriga, como em seus filmes favoritos? Ou prefere sofrer mais, huh?
Harry engoliu em seco, esperando. Ouviu o som do primeiro botão do alarme. O segundo. O terceiro. O quarto. A porta abriu. Xingou, derrubando o telefone no chão e correndo escada acima assim que viu a porta se abrindo lentamente, jurando que viu a máscara sorrindo para si.
Correu o mais rápido que pôde, subindo diretamente para seu quarto e tendo a falsa esperança que Louis não saberia a senha da porta deste. Se trancou e ativou o alarme, se escondendo embaixo da cama, de bruços.
Sentiu então seu pau duro dolorido contra o piso de madeira, o segurando entre os dedos e apertando.
- Merda de cabeça doente. - xingou a si mesmo, ouvindo os passos firmes e lentos de Louis na escada, contando cada um dos vinte e dois degraus com uma ânsia na garganta e um orgasmo pronto no pé da barriga.
Toc. Toc. Toc.
Louis bateu, rindo robótico. Harry engasgou, fazendo seu máximo para não fazer barulho.
O primeiro número do painel sendo apertado lhe causou um pavor congelante, como se estivesse prestes a morrer.
E talvez estivesse.
Cobriu a boca com a palma da mão, sentindo as bochechas molhadas de lágrimas e o pau latejando contra os dedos.
O segundo botão.
O terceiro.
O quarto.
E finalmente, a porta destrancada.
- Foi tão fácil, cachorrinho. - Louis disse e Harry prendeu a respiração, olhando firme para o coturno e as vestes pela fresta debaixo da cama.
Louis deu um passo pra dentro, indo até o guarda roupas e abrindo a porta com força, fazendo Harry pular de susto.
- De baixo da cama, querido? Esperava mais de você.
Harry se apavorou, arrastando seu corpo em direção a porta e sendo puxado com força pelos calcanhares, gritando alto. Louis o girou no chão, deitado de costas. No instante em que tentou se levantar sentiu a lâmina em seu pescoço, tão afiada que pinicou a pele num corte quase inexistente. Olhou atônito para a máscara acima de si, se aproximando até que encostasse em seu pescoço e ouvisse Louis puxando a respiração funda, sentindo seu cheiro com aquele toque doentio de saudade que só ele tinha.
- Você… me cortou. - Harry sussurrou.
- Que cheiro gostoso. Meu perfume favorito, o cheiro da sua pele, seu pavor. E sua completa excitação. - Louis inclinou o rosto até a máscara ficar de frente com Harry, poucos centímetros um do outro. - Você é tão doente, querido.
- Lou. - choramingou, olhando tão de perto que agora era possível ver os olhos azuis brilhantes por baixo do rosto destorcido, pálido e ensanguentado.
- Vê como é dependente de mim? Como é infeliz sem me ter, querido? - ele deslizou a faca pela pele suada, deixando a ponta afiada bem na ponta do queixo de Harry.
Harry tentou fechar as pernas involuntariamente, o pau doía tanto que mal percebeu que Louis estava mantendo suas pernas abertas com seu próprio corpo ao centro.
- Tentando fechar suas pernas pra mim, Harry? - Louis esbravejou, pinicando a pele dele com a faca, fazendo um corte ainda superficial, entretanto, completamente ardido. - Abra.
- Você não vai me matar, vai? - suas pernas se abriram, enrolando na cintura dele.
Louis olhou pra baixo, analisando as pernas longas enroladas em si, querendo rosnar de tesão em tê-las novamente abertas e necessitadas de si. Harry tentou apoia-las no chão novamente, sendo impedido pela mão possessiva que apertou-as forte o suficiente para que um grito prazeroso rasgasse sua garganta seca.
- Homem meu sempre fica com as pernas arreganhadas pra mim, Harry. Você sabe disso.
- Me desculpa. - pediu, se apavorando ao sentir a ponta da faca descendo pelo seu pescoço, peito, barriga, até chegar na cueca molhada de pré gozo.
- Você vai ser um cachorrinho muito bom pra mim, a noite inteira. Vai me obedecer sem questionar, engolir meu pau inteiro até chorar e gozar quantas vezes eu mandar. E então, quando terminar com você, decido de vou ou não te matar. Está tudo em suas mãos. Seu destino todo.
- Sim, Lou. - Harry apertou as mãos em punhos e engoliu em seco, completamente paralisado.
- Se lembra quando eu prometi que teria você de volta pra mim, querido? - ele soltou a sua coxa, segurando com firmeza o elástico da cueca usou a faca para cortar o tecido úmido, enrolando o pedaço de pano em sua mão.
- Sim. - engoliu um gemido alto, sentindo a pele arder pelo puxão bruto de sua cueca sendo arrancada.
- Alguma vez eu descumpri qualquer promessa que te fiz? - Louis analisava o rosto de Harry, apreciando as lágrimas que escorriam livres pelas bochechas rosadas devido ao acúmulo de sangue quente nelas. Harry negou com a cabeça. - Você vai querer ser meu até o final dessa noite.
Harry se manteve em silêncio, ouvindo seu coração batendo nas orelhas e a respiração pesada que saia do aparelho que distorcia a voz de Louis. Semanas atrás ele havia pedido ao namorado que se vestisse de ghostface e o atacasse, que o pegasse com força e o fizesse implorar por ele. Louis, em contrapartida, negou o pedido dizendo que não entendia porque ele precisava estar caracterizado pra poder satisfazer Harry.
Brigaram, Louis magoado achando que não era suficiente e Harry sabendo que não poderia viver pra sempre com alguém que não entendesse seus impulsos sexuais. Seus fetiches escondidos.
Agora Harry sentia o pé da barriga formigar enquanto Louis o tomava novamente para si, como um viciado precisando de cocaína, o cheirando e rosnando adicto.
- De joelhos. - Louis mandou. Harry continuou parado, tentando processar a informação que foi dada fora do seu subconsciente. Não houve tempo, ele apenas foi puxado pelos cabelos da nuca e jogado de joelhos, seu rosto sendo esfregado contra o pau completamente duro de Louis, por cima das vestes. - Quando eu mando, você obedece. Não entendeu as regras?
- Me desculpe, eu estava pensando. - ele esfregou o nariz pelo comprimento, inalando o cheiro de sabonete e pré gozo que fez seu pau pingar. Sentiu repentinamente um tapa forte no rosto, tendo que se apoiar com a palma da mão para não cair de abrupto.
- Você não pensa, Harry. Você me obedece. Você diz: sim, senhor. - Louis apertou seu pescoço com força, levantando seu corpo e jogando de costas na cama. Ele tossiu, engasgado.
- Sim, senhor. - ele ofegou, sentindo o pau molhando sua barriga.
- Uh, veja só. - Louis segurou seu pau e punhetou, assistindo o pré gozo sair da glande vermelha e inchada. - Molhando como uma cadela.
- Porra. - arqueou as costas e gemeu aliviado, abrindo os olhos ao sentir o cabo duro da faca batendo gelado contra seu lábio inferior.
Ele arregalou os olhos, assistindo o sangue escorreu da palma da mão de Louis até seu pulso, entendendo que a lâmina cortava sua pele.
- Está se machucando. - Disse com as sobrancelhas juntas, preocupado. Louis apenas inclinou sua cabeça, a face pálida e sem expressão mexia tanto com sua cabeça que parecia sorrir. Não sabia se estava vendo coisas ou projetando o sorriso que sabia que Louis tinha em seus lábios reais. Ouviu o grunhido impaciente dele e abriu a boca rapidamente, abocanhando o cabo com sabor metálico, não querendo descobrir se era do material ou do sangue que o cobria. Seus lábios deslizavam por todo cabo conforme Louis estocava-o em uma boca, atingindo sua garganta, girando-o e gemendo robótico. A outra mão permanecia punhetando seu pau devagar, chegando a ser torturado pela destreza e vagarosidade. Seu estômago ainda gelado em pavor de fundia com o tesão no baixo ventre, até se tornar uma coisa só, prazer e medo sendo indistinguíveis.
Louis deslizou a faca pelos lábios de Harry, a tirando úmida da cavidade quente. A colocou entre as pernas abertas dele, esfregando o cabo no buraco que pulsava, tirando um soluço assustado de Harry, que lhe pareceu como uma conquista. Com o pulso firme e fechado em punho, empurrou a faca para dentro de seu garoto até que seu sangue manchasse a bunda pecaminosa e os lábios se abrissem naquele gemido obsceno que tanto sentia falta.
Harry se inclinou e por isso, o agarrou pelo pescoço e empurrou contra a cama, o impedindo de fugir do que ele iria proporcionar, quer ele desejando aquilo ou não. Seu punho inclinou na primeira estocada e Harry gritou fraco com o pouco oxigênio que tinha. Inevitavelmente Louis esfregou o pau duro e dolorido contra a coxa que contraia os músculos em prazer, rosnando com a vontade de enfiar seu pau tão fundo em Harry que o fizesse sangrar.
- Louis. - soluçou, segurando o punho que estocava sem piedade. - Você. - seu olhos se focaram na máscara, tentando encontrar uma forma de conseguir olhar em seus olhos como mais cedo.
- Implore. - Com o cabo inteiro dentro de si e a mão fechada até que não restasse oxigênio, observava Harry tremendo e segurando seu pulso com as duas mãos, tentando afasta-lo inutilmente, o lábio arroxeando vagarosamente enquanto as unhas do garoto fincavam em sua pele para poder respirar, como se causar-lhe dor pudesse liberta-lo. Pobre garoto.
Suspirou, inclinando seu queixo e fixando seus olhos aos de Harry. Sorriu e rosnou, concentrando na gota solitária que escorria do olho esquerdo tão vermelho quanto as bochechas, a veia prestes a estourar na testa. Uma estocada com seu punho fora o suficiente, Harry se desmanchou em um orgasmo que fez seus olhos revirarem. Nesse exato momento, Louis libertou seu pescoço, ouvindo-o puxar o ar como quem acabara de se afogar e voltar à vida. A faca foi retirada com cuidado e transferida da palma esquerda a outra, Louis se inclinou o suficiente para se apoiar no mesmo cotovelo e deslizar a mão que pingava sangue da ferida recém feita pelo corpo de Harry.
Coxa, quadril, cintura e mamilo, todos manchados com seu próprio sangue fresco, gemendo rouco e faminto, adicto.
- Por favor. - Harry suspirou, fazendo Louis rir surpreso. Ele estava implorando, afinal.
Louis rosnou, puxando Harry pra baixo e se ajoelhando na cama. Puxou as vestes de seu corpo, ficando com o tronco nu e abrindo a calça jeans, abaixando o suficiente apenas para retirar seu pau dolorido do aperto e esfregá-lo entre as bandas molhadas de sangue. Harry o puxou pelo pescoço, familiarizado com a brutalidade que se seguiria, ansioso e necessitado.
Se surpreendeu com o tapa nada piedoso que sentiu na bochecha, ficando alguns segundos inteiros olhando para Louis com incredulidade. Gemeu. Rosnou. Se debateu e tentou chutá-lo. De novo, inutilmente.
Louis o girou na cama e o deitou de bruços, abrindo suas pernas com os próprios joelhos e puxando os cabelos de sua nuca pra trás, a faca suja do seu sangue em cima de sua jugular. Com as mãos trêmulas, apertou os lençóis com força sentindo o pau grosso deslizando pra dentro de si, tão apertado. Ao lado de sua cabeça, a máscara planava sem expressão, como algo morto, sem sentimentos, incapaz de sentir piedade de si, um garoto tão frágil e burro.
Que sorte ele tinha.
Esfregou seu pau no lençol, mais duro do que antes, a saliva produzindo cada vez mais rápido, como quem baba faminto. Engolia tão desconfortável como se engolisse uma bola de tênis e gemia tão alto como quem morre esfaqueado, como quem sabe seu destino.
- Agora eu entendo você. - Louis sussurrou baixo, porém, alto o suficiente para que as palavras rodassem em sua cabeça e o deixasse tonto. Na verdade, não sabia se seu cérebro girava pela voz, pelo que a sentença significava ou pela estocada bruta que lhe fora concedida.
Sabia, entretanto, que cada músculo de seu corpo contraia e seu rabo nunca esteve tão aberto e entregue, pronto para abdicar de qualquer coisa para ser fodido assim pelo resto de sua vida insignificante. Ali, não escrevia livros de horror, sequer tinha uma carreira brilhante em ascensão. Ele não era nada, apenas um homem vazio e doente que imploraria para que o ex o usasse de modo tão sujo que se tornasse ao fim, miserável. Fechou seus olhos com força e empinou a bunda, deixando que Louis o fodesse cada vez mais fundo e forte, que a faca pinicasse sua pele em cortes superficiais, que o gemido rouco dele sobressaísse os seus. Deixou que Louis tomasse tudo que quisesse. Se concentrou na sensação, no pau que fodida ardido, fundo, forte. Na mão que deixara seu cabelo para girar seu mamilo e apertá-lo com força. No cheiro do perfume que o fez dormir abraçado no travesseiro até que sumisse completamente.
Abriu os olhos com uma claridade repentina, Louis segurava o telefone aberto na câmera frontal e o filmava enquanto gemia, seu pescoço com pequenos filetes de sangue, a faca manchada que pinicava e pinicava, a cada nova estocada. A máscara ao lado de sua cabeça, a figura montada acima de si o tomando. Gemeu incontrolável, puxando a máscara de Louis, revelando seu rosto para a câmera. Os cabelos maiores do que no último encontro, bagunçados e suados, escorrendo na testa. Os olhos azuis brilhantes e sádicos, apaixonados pela forma doentia que pareciam. A barba rala que sempre foram como a faca em seu pescoço, que pinicava e pinicava. A boca aberta, um sorriso grande e satisfeito, doente e obcecado.
- Eu quero você. - Harry impôs. O celular foi largado na cama e em questão de segundos os dedos possessivos estavam apertando suas bochechas. Louis o beijou, esfregando a língua na sua, fazendo seu cérebro girar e os gemidos abafados se mesclarem até serem pertencentes um do outro.
Harry ofegou, gozando mais uma vez enquanto Louis mordia seus lábios e chupava, descendo pro pescoço ensanguentado e lambendo cada mísera gota.
- Totalmente meu, Harry. Você é totalmente meu. - rosnou, o girando na cama, abrindo espaço entre as pernas longas e trêmulas, entrando nele novamente e o fodendo.
Harry gemeu alto e cravou as unhas em seus braços, chorando pela sobrecarga de prazer e sensações forçadas.
- Pode chorar, querido. Chore por mim. - Louis riu, beijando-o novamente, sentindo as unhas cortarem suas costas suadas até que ardesse como fogo.
- Louis, porra! - xingou, sentindo-o rir em seus lábios.
- Lembre-se, Harry. Ninguém toca em você. De quem você é, Harry? Huh? - perguntou olhando em seus olhos, assistindo-o deslizar pra cima e pra baixo na cama com a força que era fodido.
- Seu! Eu sou seu! - gritou, sentindo o baixo ventre ferver novamente.
- Você quer ficar comigo, Harry? Pra sempre? - o olhar de Louis o fez tremer, um arrepio na espinha que revelava que sua resposta determinava o seu fim. Simples assim.
- Pra sempre, Lou. Pra sempre. - soluçou, sentindo Louis sair do meio de suas pernas, sentando em cima de seu peito, o pau brilhando em pré porra, grosso e grande como a porra de um monumento a centímetros de sua boca.
- Espero que seja como eu, querido. - ele enrolou os dedos em seus cabelos, puxando sua cabeça de encontro com a sua pelve. Harry abriu a boca e colocou pra dentro. - Não quebre suas promessas. - Louis sorriu ladino, um brilho novo no olhar.
O primeiro puxão fez o cacete encostar em sua garganta e Harry engasgou, nem mesmo podendo avisar já que seus braços estavam presos juntos ao seu corpo entre as pernas de Louis, esse, que apenas riu, se divertindo. Com a mão possessiva fazendo seu couro cabeludo arder, Louis começou a estocar contra a sua boca, usando a mão livre para segurar a máscara em frente ao seu rosto, fazendo Harry gozar vergonhosamente em seu estômago. Louis, por outro lado, manteve o pau inteiro dentro da garganta de Harry e gozou, a porra espessa deslizando por sua garganta, o fazendo gemer como uma cadela.
Soltando os cabelos, Harry deslizou os lábios por todo o comprimento com calma, jogando sua cabeça contra os lençóis e respirando fundo, olhando Louis com a máscara numa mão e a faca na outra, olhando para si como a porra de um maluco.
- Eu… - Harry limpou a garganta, fazendo Louis sorrir ladino. - Eu realmente quero ficar com você. - observou Louis se jogar na cama ao seu lado, puxando seu corpo mole e dolorido para se deitar sob o seu.
- Eu sei. - Louis sorriu, beijando seus lábios com carinho. - Senti saudades. - ele suspirou, se inclinando e cheirando seu pescoço, sentindo o seu cheiro novamente.
- Você não matou ninguém, não é? Foi tipo, só pela encenação. - engoliu em seco.
Nesse momento, o olhar de Louis em si revelou milhões de segredos. No fundo, sabia que independente da resposta que tivesse, permaneceria. Sua parte sádica e doente precisava de outra pessoa que a saciasse, sabia disso. Sabia que se Louis tivesse enlouquecido seria sua culpa. E sabia igualmente que, se Louis estivesse louco por si, seria capaz de pingar como uma garota virgem.
- Moramos em Woodsboro, Harry. Nessa cidade quando se coloca uma máscara de ghostface, você se torna o ghostface. E você vai ter que conviver comigo sabendo que você me tornou ele. – Louis esfregou o lábio em seu pescoço, alcançando o celular jogado na cama e encerrando vídeo.
Harry o olhou e soube que aquele vídeo era a prova de tudo que viveria dali pra frente. Como se contra seu instinto mais intrínseco de sempre fugir da sua realidade e seus medos, Louis quisesse puni-lo o fazendo se lembrar do que havia feito. Sentiu beijos em seu pescoço sendo distribuídos e sua barba, que pinicava e pinicava.
310 notes · View notes
refeita · 4 months
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acontece
Era noite no bar, sem álcool no sangue porque não faz meu tipo, você sabe. Observei suspensa no tempo enquanto nenhuma música fazia sentido, como se as letras fossem vazias por falar de algo que não tenho mais. O som de algo pesado se perdendo dentro de mim poderia ser ouvido por qualquer um que não se perdesse nos acordes tocados, mas ninguém ouviu. Só eu. Senti como um continente deslocando-se em milhares de anos, porém de uma vez, a percepção de que as músicas de amor não são mais minhas. Os planos de amor não são mais meus. Seus quadros ainda nas minhas paredes só dão mais tristeza para esse cenário de adeus, um adeus que nunca pensei em dar, enquanto tento munir minha certeza de ir embora. O problema é que você quem foi e eu fiquei com os quadros. Eu fiquei com a parede colorida que escolhemos. Eu fiquei com as marcas físicas de que a gente existiu aqui. Olho para lugares novos e sei que essa cidade está tomada, porque nós tivemos tempo suficiente de dar um beijo em cada esquina importante da redondeza. [não me esquece não me esquece] Tivemos tempo suficiente de conhecer e desconhecer lugares que agora terei de rever. Tivemos tempo, tempo demais, mas não todo o tempo. Não para sempre. Não somos os mesmos que se beijaram nessas esquinas, entretanto ainda não somos outros. Talvez você nem entenda mais meus jeitos igual antes e eu não ria mais das suas piadas. A saudade vem, não de nós, mas do que planejamos ser. Saudade do futuro que não vai existir mais uma vez. Ainda lembro de nós emaranhados, cheios de esperança pelo que poderia ser antes de termos a chance de ser qualquer coisa que não apenas nós. Todo meu DNA tem as marcas da sua passagem e do quanto eu sei seus trejeitos mais íntimos, meu armário está cheio de evidências da sua passagem e algumas roupas ainda tem o seu cheiro. Meu medo é você decidir levar tudo que é seu e levar uma parte grande de mim.
O que o amor vira quando chega o fim? É só que dói um pouco quando eu lembro assim mas, enfim, acontece.
120 notes · View notes
teoremas-do-tempo · 1 year
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Meu infinito mais belo esta presente em um numero finito de memorias que deveriam ter durado mais. Não tenho fotos, vídeos, áudios ou mensagens. O mundo externo apagou sua existência como um tsunami apaga a vida em uma cidade qualquer. Eu sei que algumas coisas acontecem sem um porque, mas meu inconsciente se nega acreditar nisso e eu tenho dificuldade de seguir em frente. 
Talvez, por que entre  bilhões de pessoas no mundo, você foi a primeira a ter a ousadia de me escolher como sua pessoa favorita e sem esforço se tornou a minha também. Era como se fosse pra ser.  Você era o meu melhor abrigo, a prova viva de que lar não precisava ser necessariamente uma estrutura.
Com você eu me sentia viva, cada segundo era importante, nos aproveitávamos como se fossemos morrer no dia seguinte e sonhávamos como  se fossemos durar pra sempre. Talvez essa segunda parte tenha sido um erro, um doce erro que eu cometeria um milhão de vezes se eu tivesse a chance.
Você deve ter lutado bravamente até o ultimo segundo, mas ainda sim quebrou sua promessa, se foi cedo demais quando prometemos virar velhinhas gagas radicais exploradoras do mundo. Tínhamos planos para pelo menos os próximos 80 anos. Foi depois de você que passei a odiar promessas e me tornei uma inimiga das certezas. Promessas são quebradas por mais que a gente se esforce, certezas desafiam a vida e no jogo dela é sempre ela quem vence. 
Eu sei que você não esta aqui, mas minha mente não sabe processar o mundo sem você, então ela cria ilusões e eu posso jurar que posso te sentir. Ou será que não é apenas uma ilusão, você consegue me sentir dai também? O além é muito grande, bonito ou é assustador cheio de almas que não sabem o porque de estarem ai? Nunca terei essas respostas, então converso com você mentalmente, mas escrever torna tudo diferente, meus pensamentos se perdem no espaço e tempo, enquanto minhas palavras escritas vão permanecer eternas enquanto o papel ou a internet durarem.
Você tem ideia do tanto que você me mudou? Ao seu lado eu sempre estava em minha melhor versão. Eu tinha muitos bloqueios, meu riso nunca foi fácil, mas bastava uma notificação sua para que eu me pegasse sorrindo sem um porque para a tela do computador, bastava eu escutar sua risada enquanto falava empolgada sobre algo para eu cair na gargalhada também. Você era tímida, mas não se importava em ser um pouco retardada para me fazer rir, dançava de um jeito fofo, cantava de forma desafinada, me enviava declarações apocalípticas de amor desenhadas no paint.
Você estar online era uma das partes favoritas do meu dia e você nunca disse, mas imagino que eu estar online era uma das suas partes favoritas também. Afinal, se eu estivesse online e por um acaso demorasse para te mandar mensagem, você simplesmente virava a rainha do drama,  criando teorias mirabolantes que eu estava te trocando por outra pessoa. E nossas despedidas? Eram sempre uma missão difícil, sempre tinha a frase “fica mais um pouquinho”, sempre era uma batalha para ser a ultima a dizer tchau, éramos simplesmente péssimas em deixar a outra partir, por isso o nosso tchau nunca era um tchau e sim um “te encontro no mundo dos sonhos”. Me dói tanto nunca mais viver isso se não em minhas memorias, qual o sentido a vida trás em transformar memorias felizes em nós na garganta? 
Você esta viva em partes de mim. Te tenho em alguns sonhos, em vários pensamentos, em várias lembranças, manias e também em desejos. As vezes acontece algo e bate uma vontade de te contar, mas você não existe mais. É nessas horas que me afundo em saudade, desejando saber como seria se você ainda estivesse aqui, imaginando se você gostaria daquele filme, se você seria amiga dos meus amigos, o som da sua risada e em quão teria sido incrível o dia que a gente se encontrasse.
Sua ausência me deixou a eterna sensação de vazio e isso é bem irônico, como pode o vazio doer tanto? Como pode um vazio ser tão cheio a sim? É como se ele fosse feito de camadas de dores. Algumas dores são felizes, outras são tranquilas, outras são exorbitantes de uma forma que só quem perdeu uma pessoa muito especial entenderia. 
Sua presença tornava as coisas melhores, nem mesmo nossa rara falta de assunto era entediante. Você era como um anjo em forma de humano, se a vida tivesse te permitido crescer mais, tenho certeza de que hoje seria uma pessoa incrível.  Do tipo que chora facilmente de felicidade, mas que consegue ser forte o bastante para sorrir nos momentos de tristeza. Afinal, pra viver é preciso ser um pouco do contra, não é? Eu sigo essa regra também, mas quando o assunto é você ela não funciona, te sentir é agridoce, é a felicidade em forma de dor, não consigo sorrir, pois é horrível não te ter, não consigo chorar pois tudo o que vivemos foi mágico e sou muito grata por você ter existido em minha vida. Todo tipo de amor é exclusivo, mas tem algo em meu laço de amizade com você que deixa ele brilhante mesmo depois do fim. 
E por não saber lidar com você, eu me isolo, me fecho em meu mundo e brinco de criar realidades onde você esta. As vezes em minha insônia, encaro o celular como se a qualquer momento fosse chegar uma notificação sua dizendo: "Oiê, voltei do além!". Imagino me esbarrar acidentalmente com você em alguma esquina, o que não faz sentido nenhum, pois você morava muito longe. Imagino você sendo amiga dos meus amigos e tendo leves crises de ciúmes por pensar que eu pudesse gostar mais de algum deles do que de você. Te imagino tanto que as vezes posso jurar sentir sua essência, como se estivesse invisível a meu lado tentando me dizer "calma, eu ainda estou aqui", mas sei que é apenas um mecanismo da minha mente, uma vontade poderosa o bastante para criar uma ilusão. Será que você também tem esse tipo de ilusão aí do além? Se fecharmos os nossos olhos e nos concentrarmos, será que podemos conectar os nosso sentimentos mesmo estando em dimensões diferentes? Se eu for para o além antes de você voltar para cá, vamos combinar de nascermos em um mesmo lugar? Iriamos fazer tudo o que prometemos antes, iriamos ver o nascer e o por do Sol na praia, eu leria os seus livros favoritos só pra você ter alguém pra reclamar da adaptação trágica do filme, inclusive, quando li os livros de Divergente eu queria muito que você tivesse lido também, tenho certeza de que iria adorar o livro e odiar o filme tanto quanto eu.  Seriamos aquele tipo de amizade que topa todos os tipos de loucuras, que te deixa leve a ponto de flutuar, mas que também consegue ser chão para os momentos em que o outro desabar, que entenda a cabeça um do outro, que seja capaz de atravessar uma cidade inteira quando outro não estiver bem, só para estar presente nos momentos de dificuldade. 
Mesmo que a gente nunca mais se encontre, eu continuarei desejando em meu consciente ou inconsciente que você seja feliz, viva bastante, experimente tudo que tinha vontade mas não teve oportunidade, desejo muitos amigos, daqueles capazes de mover montanhas, mares, céus e terras por você, além disso, desejo muitas memorias boas e dinheiro também para aumentar as chances de nos encontrarmos em meio a uma de suas viagens.
Obrigada por mesmo depois de tudo ainda me fazer sonhar, obrigada por ter existido, por ter se tornado o meu infinito, por me fazer querer acreditar que o fim nunca é o fim. 
- Teoremas do Tempo
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serdapoesia · 2 months
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Quando partires se partires terei saudades e quando ficares se ficares terei saudades
Terei sempre saudades e gosto assim Marianna e Chamilly, Adília Lopes
In: Caderno (2007)
32 notes · View notes
guoblin · 3 months
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boa noite, meus duendizinhos. vocês estão bem ?
tô preprando alguns posts para vocês pois voltei a estudar e comecei a trabalhar também, não terei muito tempo para estar ativa no blog, mas espero deixar tudo programado para não deixar vocês sem conteúdo.
há um segundo adm ( 🪶♡ ) no blog a partir de agora, elu me ajudará com algumas demandas.
já sinto saudades ♡ fiquem bem sempre 👋🏻
𝐞𝐧𝐠 𝐯𝐞𝐫.
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good night, my little goblins. are you okay ?
i'm preparing some posts for you because i went back to studying and started working too. i won't have much time to be active on the blog, but i hope to keep everything planned so as not to leave you without content.
there is a second admin ( 🪶♡ ) on the blog from now on and they will help me with some requests.
i miss you already ♡ stay well always 👋🏻
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comosefosseaultima · 2 years
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Já vi um texto que tinha a seguinte pergunta:
“Se ele estivesse em uma sala, diante de todas as pessoas que ele já teve algum sentimento. Ele te escolheria?”
Eu te escolheria.
Eu te escolheria porque você é a única pessoa que nunca perde a graça, o encanto, a paixão. Eu posso te amar muito, mas eu nunca deixei de ser apaixonado por você. Aquela paixão louca, sabe? Aquela necessidade de estar perto, se beijar, de abraçar, de expressar. Aquela vontade que te faz criar mil planos, e imaginar mil realidades com a pessoa sempre nela. Eu nunca deixei de te olhar como a primeira vez que eu te vi. Você continua sendo a menina mais linda que eu já vi, o sorriso mais lindo do mundo, uma beleza que eu teria sorte de ver todos os dias ao acordar, até o último dia da minha vida. Você continua me encantando com seu jeito de moleque, e eu continuo te achando tão linda como uma criança que conhece o primeiro amor: a mais linda, a mais encantadora, a única.
Eu te escolheria não só pela sua beleza, mas pela fragilidade que você me permite ver. Eu sempre tive a necessidade de cuidar de você, eu sempre me senti um idiota todas as vezes que nao fui capaz de fazer isso. Te ver com um sorriso no rosto depois de resolver alguma coisa que voce queria, me faz sentir um super herói, e eu nunca me senti assim. Eu me sinto importante, sinto que te protejo e me orgulho por cuidar de você.
Eu te escolheria pela forma que você cuida de mim. Pela forma que me faz sentir amada, pela forma que você me acolhe até mesmo quando eu nao mereço, quando você me abraça, enxuga minhas lágrimas e ameniza minha dor. Pela forma que voce é o meu melhor remédio, seja qual for a doença, física ou sentimental.
Te escolheria porque você é o meu refúgio, você me traz paz e eu nunca consegui me sentir assim com ninguém. O meu lar, é onde você está e eu nunca me senti tão a vontade pra ser eu mesma, frágil, com medo, ou qualquer coisa do tipo. Longe de amarras, de julgamentos. Só eu e você, como sempre foi.
Te escolheria porque meu corpo chama pelo seu o tempo inteiro, te escolheria porque ninguém nunca me deixou em chamas com um toque. Na verdade, ninguém nunca me incendiou assim, a não ser você. Minha boca tem sede da sua, tem sede do seu corpo. Meus olhos se enchem e eu deliro só de te ver, a nossa sintonia é única, e é a melhor coisa desse mundo.
Te escolheria porque você é a pessoa mais interessante que eu já conheci. Eu me encanto ao conversar com você, seja naquelas conversas bobas onde conversamos atoa, ou sobre aquelas mais profundas onde sentamos e falamos dos assuntos mais profundos, fumando um cigarro e sentado debaixo de algum céu.
Te escolheria porque eu sou melhor por você. Porque foi você quem realmente me ensinou a amar. Porque você é a única mulher que eu sonho em viver uma vida ao lado, com o ônus e o bônus que isso nos trás.
Eu te escolheria por mil motivos, desde as coisas mais superficiais até as mais intensas. Poderia ficar horas listando tudo que eu amo e amarei em você, até o último dia da minha vida.
Então, se algum dia a dúvida surgir, pode ter certeza que eu te escolheria amor. Porque você é a melhor mulher que eu conheci e eu nunca deixaria isso escapar, porque eu te amo tanto que meu coração dói, porque eu tenho ânsia de te proteger, porque eu tenho sede do seu corpo, porque eu tenho saudade a cada minuto, porque eu tenho você em todos os meus planos, porque você é maravilhosa em todos os sentidos, porque você me faz sentir em casa, porque eu posso ser frágil com voce.
Porque voce é única, amor. Nem se quisessem, ninguém nunca chegaria nem aos teus pés, e te juro que ninguém nunca teve nem 10% do amor que eu sinto por voce.
Você é a mulher da minha vida, e eu terei sorte de poder te escolher, sempre.
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journaldemarina · 1 month
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Terça-feira, 02 de abril de 2024
Meu deus, esse é o mês do meu aniversário! Fui burra e esqueci desse pequeno detalhe e perdi de usar desconto de aniversariante para a Festinha de Jovens Descolados da Cidade daqui duas semanas, paguei preço cheio. 31 anos. Trinta e um. Que loucura. Quando criei esse espaço eu tinha 22, logo faria 23. Como o tempo passa. Acho que mais uma vez não vou comemorar. Nunca fiz nada na verdade, diria que é tradição.
* * *
Acordei hoje na cama do AA. Pois é. Depois dele muito insistir, inclusive. Desde que terminou com a namorada vive me mandando mensagem, me chamando pra sair, querendo me ver. Disse mil vezes que estava com saudade. Hoje pela manhã disse, além de estar com saudade, que estava com medo de eu não querer ver mais ele. Meio que não quero mais mesmo, adivinhou, mas não sei como falar. Ignorar não está adiantando então provavelmente em algum momento terei de agir feito adulta. O que acontece, na verdade, é que não curto mais transar com ele. E transar com ele era meio que o único motivo para me furtar para aquelas bandas. Pelo menos dormi no ar-condicionado.
O que me deixou muito feliz hoje ao acordar na cama do AA foi pegar meu celular e ver notificação do cara além-mar dizendo que estava pensando em mim e sentindo a minha falta. Querido. Lindo. Fofo. Ah, se eu tivesse dinheiro… chegaria agora no aeroporto pedindo je veux un billet d'avion pour Marseille, s'il vous plait.
* * *
Tem o lance da guria doida que por uma semana me perseguiu até voltar com a ex. Achei que estava resolvido. Pois então. Duas sextas-feiras atrás eu estava completamente triste. Fui dar uma volta, saí com meu bendito ex só pra beber de graça, e em algum momento lembrei que estava rolando uma festinha com entrada gratuita que toca exatamente as músicas que curto. Fui lá, vi as pessoas de sempre, fiquei fofocando de boas. Num dado momento avistei a dita cuja se comendo com um cara num cantinho. Pensei "aleluia! estou livre", mas pensei cedo demais, porque quando ela notou que eu me encontrava no mesmo recinto simplesmente largou o cara e voou para mim. Me arrancou do grupo de amigas, me segurou pela cintura, me jogou na parede, me cercando. Tive que segurar ela pelos ombros e dizer que eu não queria ficar com ninguém. Ainda assim foi uma luta para me desvencilhar dela. Que sensação horrível, me senti assediada. Não demorei muito e fui pra casa. Pela manhã vi várias mensagens e ligações dela, respondi com silêncio. Quinta-feira passada ela me chamou para sair, aí aceitei. Cheguei lá e ela achava que era encontro mas fui desabafar para a versão sóbria dela meu desconforto e reiterar que não quero ficar. Acho que entendeu. Espero, pelo menos.
* * *
Hoje finalmente fiz a carteirinha da biblioteca pública! Fazia tempos que já queria ter feito. Agora sim pertenço a essa cidade. Acho representativo. Porém fui afobada e peguei emprestado logo um livro de 952 páginas. Sabe deus quando termino! Estou devendo aqui um resumo vagabundo das leituras que fiz até o momento esse ano.
* * *
Fun fact: eu achava estranho que o cara além-mar insere uns ")))" no final das frases. Eu sigo muitas contas russas por causa de costura e modelagem e olhando os comentários de postagens em um dado momento notei que eles usam muito isso e significa uma carinha feliz. Ele morou muitos anos em Moscou, Rússia. :)
Not-so-fun fact: ainda não achei um outro teto para morar, o que eu gostaria ainda não tenho certeza que vai dar certo. Sigo sem perspectivas de futuro, não sei o que faço da vida. Não tenho um tostão no bolso mas quero dar rolê na Europa. Meu cérebro está derretido, não tenho miolos, só vento e tesão.
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carmesinmagenta · 3 months
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Dark!Hope Mikaelson X F! Leitora parte 2
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Você assistiu em silêncio Hope andar para lá e para cá assim que a tribrida largou você na sala da antiga casa que a família Mikaelson vivia.
Hope parecia discutir algo internamente e estava te ignorando completamente.
Seu coração estava afundando com a situação atual, você estava com tanta saudade de sua esposa, e pelo visto não a teria realmente por mais tempo ainda.
Hope pareceu então se decidir enquanto se sentava em uma das cadeiras do local.
— Já que você está aqui, vai ter que ser útil de alguma forma. — A ruiva finalmente falou de forma desinteressada.
Em resposta você apenas fez um "hum" com a garganta e virou o rosto de lado, em rebeldia. Não importa se essa Hope não tem humanidade, você se recusa a acatar ordens alheias. Você admite para si mesma que sempre foi muito mimada, então ser sensível e rebelde era quase que uma resposta comum.
— O que você quer dizer com "hum"? — A tribrida perguntou fechando a expressão.
Você em resposta apenas se sentou no sofá.
— Faça o que bem entender, mas não me meta nos seus planos maléficos. Sou sua esposa, não sua capanga. — Você falou simples, dando de ombros.
A Mikaelson ficou sem reação inicial, mas logo em seguida bufou e cruzou os braços.
— O que você pretende fazer então? Não irá ir embora, você mora comigo e divide uma aliança. — A ruiva perguntou ranzinza.
Você fez uma expressão pensativa.
— Talvez eu pule de um prédio. — Você falou simples. O que você falou de forma repentina fez a tribrida se abalar levemente, mas a mesma foi rápida em se recuperar.
— Fora de questão.
— Você não me dá ordens. — Você repetiu seu ponto. De certa forma, você sentiu a sua vontade de incomodar essa pessoa que estava escondendo a verdadeira Hope crescer.
— Você é um lobo da minha alcateia, sou sua alfa, então sim, eu te dou ordens. — A ruiva te lembrou de um ponto.
— Quando um alfa marca um ômega, você sabe o que acontece! Agora compartilha de sua liderança comigo. — Você respondeu sorrindo sapeca. Era ótimo ter respostas na língua.
— Não lembrava que você era tão teimosa. — A tribrida murmurou de mau-humor.
— Não lembrava que você era tão... na verdade você sempre foi um pouco estressada. — Você parou sua provocação ao meio.
Hope respirou fundo te dando um olhar pensativo, a ruiva logo ficou de pé e negou com a cabeça.
— Tanto faz, faça o que quiser, contanto que não me atrapalhe.
— Se eu atrapalhar, o que acontece? — Você perguntou genuinamente curiosa.
— Terei que me livrar de você. — A Mikaelson respondeu simples.
— Mm, entendi. Qual são os seus planos de se livrar de mim? Me matando? — Você perguntou sentindo o bolo no seu estômago cada vez pior. Era difícil ver sua adorável esposa agindo tão indiferente sobre você.
— Posso estar desligada, mas não sou idiota. Sei que preciso que você esteja viva, então eu provavelmente só prenderia você em algum lugar. — A ruiva falou pensando já em possíveis lugares onde por você.
— Isso é... bem cruel, na verdade. — Você falou e então se encolheu desviando o olhar, uma expressão triste tomando conta de suas feições.
Hope ergueu uma sobrancelha para a repentina mudança de atitude. Ela lembrava bem que no relacionamento de vocês duas, você era a mais quieta e recolhida, por isso estava estranhando sua forma de agir de segundos atrás.
— Não se preocupe, não pretendo de fato machucar você. — A tribrida comentou achando meio patético sua atitude.
— Eu duvido que você conseguiria. — Você falou meio seca desta vez, fazendo a tribrida te olhar com curiosidade.
— Quem sabe, não é mesmo, querida?
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fapear · 18 days
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Essa distância me deixa com uma saudade que parece impossível de suportar. Cada dia que passa, sem você por perto, parece mais vazio do que o anterior. A falta que você faz só aumenta. Sinto falta das conversas que tínhamos o tempo todo. Tudo que fazíamos juntos mostrava como nos completávamos e éramos feitos um para o outro. Tudo que mais queria era te ter por perto. Não aguento mais essa saudade, não aguento ficar longe de você, não poder te sentir, te abraçar, te beijar. Tudo isso me corrói a alma. A pior dor é a do fim, de saber que não vai ter volta. Por mais que você chore e peça a Deus para ter a pessoa de volta, no fundo sabemos que ela não volta mais.
Planejamos tantas coisas enquanto estávamos juntos, alimentamos sonhos que pareciam prometer um futuro brilhante para nós. Mas nem tudo sai como planejado, e isso é doloroso demais. Todos aqueles projetos ficaram apenas como memórias de um tempo que não voltará. Sempre vou me lembrar dos detalhes, pois terei que realizar os sonhos que te coloquei neles, e através deles sentirei você perto. Foram tantos planos, mas te perder não era um deles.
Que dor, que tristeza. Queria poder voltar no tempo. Queria poder voltar nos dias que ainda tinha você ao meu lado.
Eu vou lamentar sua perca pro resto da minha vida.
- Carta aberta para o meu amor.
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Oração forte de Maria Padilha
Ô, minha querida Maria Padilha e São Cipriano, que ele (nome da pessoa amada), nesse momento, e em todos os momentos de sua vida, sinta-se hipnotizado pelo nosso amor…
Oh, minha amada pomba gira, que ele, (nome da pessoa amada), possa imaginar-nos juntos o tempo todo, desejar meu cheiro, meu sabor, meu sexo…
Que ele, (nome da pessoa amada), durma, acorde e respire pensando nas nossas intimidades, que sinta arrepios ao lembrar que eu, (seu nome), existo só para ele, (nome da pessoa amada).
Que lhe cause cegueira quando, se possível for, se imaginar com outra mulher (outro homem).
Sua imaginação não conseguirá realizar esta cena na sua mente, nunca. Que ele, (nome da pessoa amada), perca o tesão com qualquer outra mulher (outro homem), principalmente com a dele (aquela que ele procurar).
Que ele, (nome da pessoa amada), ao olhar outras mulheres (outros homens), nunca mais sinta tesão, tenha nojo delas.
Que sinta atração e desejo somente pelo meu corpo, meu cheiro, meu gosto, meus carinhos, meu rosto, a minha pele e a minha voz dará prazer a ele, (nome da pessoa amada).
Que tudo em mim, (seu nome), seja perfeito para satisfazer todas as fantasias eróticas, românticas e tudo nele.
Somente eu, (seu nome), tenho e sempre terei esse poder sobre ele, (nome da pessoa amada). Que ele, (nome da pessoa amada), fique sempre muito ansioso, desesperado, enlouquecido para me ver, escutar minha voz e, quando escutar, que ele, (nome da pessoa amada), sinta o coração sair pela boca de tão emocionado que ele vai estar.
Que toda vez que ele escutar a minha voz, que ele, (nome da pessoa amada), sinta o corpo queimar de tesão e calor.
Toda vez que ele, (nome da pessoa amada), me ver ou escutar a minha voz, ele, (nome da pessoa amada), vai sentir o corpo dele estremecer de alegria, paixão por mim, (seu nome).
Que o corpo dele todo fique louco ao me ver, (seu nome). Que ele, (nome da pessoa amada), fique sem saber o que fazer ao me ver.
É com fé que rezo esta oração de amarração de Maria Padilha e São Cipriano…
Ele, (nome da pessoa amada), vai ficar hipnotizado só por mim, (seu nome), desejando me beijar sem parar.
Que ele esteja neste momento desesperado por querer ficar comigo. Que (nome da pessoa amada) chore e desespere por mim, (seu nome), de saudades.
Que ao me ver, ele fique cheio de tesão e vai sentir o coração acelerar de emoção por estar comigo, (seu nome). A saudade é tão forte, que ele vai ficar comigo o mais rápido possível e vamos viver em paz e feliz.
E que nesta hora, (nome da pessoa amada) sinta uma tristeza por estar longe de mim e que tudo que (nome da pessoa amada) veja é que sou perfeita, fiel e justa com ele e que não permita que ninguém fale mal de mim.
Ele, (nome da pessoa amada), vai ficar muito louco de saudades, ciúmes, amor, paixão e somente por mim, (seu nome).
Toda vez que ele, (nome da pessoa amada), estiver comigo, (seu nome), vai me ver como uma deusa (um deus), a única (o único), uma mestra (um mestre) na arte do amor, do sexo, da conquista, da sedução, e tudo que ele adora…
Está feito minha pomba gira! Que ele, (nome da pessoa amada), sinta muito ciúmes de mim… e que demonstre esses ciúmes para que eu, (seu nome), veja o desespero dele apenas em pensar em perder e não estar mais comigo, (seu nome).
Ainda que ele, (nome da pessoa amada), sinta muito medo de me perder e tenha mais amor por mim …, ele, (nome da pessoa amada), irá sentir até o fim dos seus dias amor, ciúmes, loucura e paixão somente por mim, (seu nome).
Pelo meu sexo, pelos meus carinhos, meus beijos, pelo meu cheiro, que nesse momento ele, (nome da pessoa amada), sinta um grande aperto no peito de vontade de me ver, que a minha imagem a partir de hoje não saia mais do seu pensamento o tempo todo.
Quando ele pensar em me penetrar, que seu corpo fique em chamas, que (nome da pessoa amada) fique como um animal no cio sempre que me ver, só por mim, (seu nome).
Ele, (nome da pessoa amada), vai me adorar como se eu fosse uma deusa (um deus), o meu corpo vai enlouquecê-lo de desejos sempre.
Ele, (nome da pessoa amada), não vai conseguir dormir, ter paz, ter sossego, transar, muito menos ficar perto de outras mulheres (outros homens), qualquer outra ficante, sem que esteja vendo a minha imagem, meu cheiro, minha voz, meu gosto, nem respirar direito, se sentirá abafado, desesperado, enquanto não ficar comigo e me confessar que não aguenta mais ficar sem mim, (seu nome), que me adora muito e que está perdidamente apaixonado por mim, (seu nome).
São Cipriano, pomba gira, faça com que (nome da pessoa amada) queira ficar comigo para sempre.
Assim seja, assim será, minha amada pomba gira, sopre no ouvido dele, (nome da pessoa amada), paixão, tesão, desejo, amor, loucura, saudades somente por mim, (seu nome), pelo meu corpo, pelo meu sexo, pela minha companhia, até o fim dos seus dias.
Que ele necessite de mim, (seu nome), como se fosse o ar que ele, (nome da pessoa amada) respira.
Assim está feito. Ele, (nome da pessoa amada), vai parar tudo e ver que sua vida está parada sem mim, porque você, (nome da pessoa amada), não vai querer mais saber de nenhuma outra mulher (nenhum outro homem) além de mim, (seu nome), só vai querer a mim, (seu nome).
Ele, (nome da pessoa amada), vai me amar como um louco… acabe de uma vez com esses relacionamentos de dependência com relação a outras e a mulher dele (a outros e o homem dela).
Ó minha rainha pomba gira com urgência, e faça ele, (nome da pessoa amada), vir de rastros, desesperado por mim, (seu nome), louco de amor, de saudades, me confessando que me quer, que eu, (seu nome), sou a alegria da sua vida, o motivo do seu tesão e desejos verdadeiros.
Que ele, (nome da pessoa amada), não tenha paz, nem sossego em sua vida enquanto não ficar comigo, (seu nome). Eu, (seu nome), invoco seu poder, rainha pomba gira, para trazer com urgência, (nome da pessoa amada), manso como um cordeiro e louco de amor por mim.
Traga ele, (nome da pessoa amada), como meu homem (minha mulher). Em troca de trazê-lo para mim, rainha pomba gira, vou publicar essa oração….
Pomba gira e São Cipriano, façam ele, (nome da pessoa amada), ficar agoniado, louco, sofrendo e pensando em mim 24 horas, sem conseguir me esquecer um minuto do seu dia, até me procurar, e a partir de agora, ele, (nome da pessoa amada), não terá paz e sossego nessa hora bendita por estar longe de mim (seu nome).
Amém.
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Publicação N°3650
Desde que me levaste a voltar a este "escape" que me surgiu esta ideia, voltar a escrever qualquer coisa quando chegasse a este post. Propus-me a fazer este número de publicações, sem nenhum tipo de prazo, num sentido meio que simbólico. Passaram, aproximadamente, dez anos de, vamos chamar-lhe afastamento, tendo assim feito uma publicação por dia, como que um diário meu de todo este tempo. Não quis pensar muito no que ia escrever, apesar de ter muitíssimo tempo para o fazer. Ser espontâneo era o objetivo, e aqui estou eu. Tinha muitas, mesmo muitas saudades disto! De "falarmos" por publicações nos nossos blogs, como que uma indireta colocada numa rede social para nos atingirmos um ao outro, mas nunca num sentido de nos atacarmos e sim pelo contrário, alegrarmo-nos. Tem graça, porque desde sempre que usámos este método e parece que nunca parámos de o fazer, mesmo depois de tanto tempo! Não vou conseguir dizer tudo o que tenho para dizer, ficará para depois, acho que terei muitas oportunidades para isso. Quero só agradecer-te por todas as sensações que continuas a fazer-me sentir, sobre saudades, vontades, amores e loucuras, mimo e mel, paixão, desejo e uma boa dose de felicidade. Acho que é claro tudo isso, basta ver as minhas "indiretas" publicadas. És linda e maravilhosa! Um milhão de beijinhos e até ao dia que voltaremos a ter-nos nos braços um do outro. Ly*
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oursecretescape · 2 months
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Forgotten
gênero: angst palavras: 6.8k TW: Ansiedade, ataque de pânico, menções de depressão e morte. ''Se o meu destino é desaparecer assim, então está é a minha última carta'' — Let go a/n: Hello, for my non-Portuguese-speaking readers. This piece of writing is written entirely in Portuguese, but don't worry, I'm already translating it all into English. Hang tight and thank you for your patience ♡
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‘’Hey! Logo logo estaremos aí. Desculpa pelo atraso, o ensaio hoje demorou mais do que o previsto. Estamos saindo agora.’’
Recebido às 5 da tarde.
Olho para o relógio que marcava oito da noite. Suspiro sentindo meu coração bater lentamente no meu peito, cada palpitada se transformando em um pouco mais de angústia.
Levanto do sofá pegando o guarda-chuva que preguiçosamente balançava com o vento vindo da janela. Fecho os olhos e respiro fundo. Tento controlar o súbito medo e desespero que se formava em meu peito. Coração acelerando, mente preocupada. Sensação de morte e falta de ar. Tudo em um único sentimento: Ansiedade.
Me sento deslizando pela parede do corredor. Tento controlar a respiração ao mesmo tempo que tento controlar as batidas do meu coração. Penso que morrer no corredor de um prédio seria tão inútil e sem graça que me faz rir. Um riso angustiado e sem emoção, mas funcional.
Batimentos normalizando. Respiração ofegante, porém, controlada. Mente estabilizada.
Sinto meu rosto molhado. Enxugo as lágrimas com a mão trêmula. Quando foi que comecei a chorar? Me levanto do chão cambaleando um pouco. Respiro fundo mais uma vez e aperto o botão do elevador.
Papai sempre disse que pensar em coisas ridículas nos momentos difíceis ajudaria a me distrair. Estava certo como sempre esteve.
A brisa gélida e úmida das ruas de Seoul, aqueciam minha alma. Seus negros céus como a escuridão, coberta por densas nuvens, carregavam grossas gotas de chuvas que em um atrito, se encontravam com o guarda-chuva, criando lindas melodias. Era bom ouvir as gotas batendo no duro concreto, me traziam a memória que eu não chorava sozinha.
Trovejava quando cheguei ao destino. Riscos brilhantes no céu deixavam o monumento ainda mais sombrio. Achava sarcástico o modo como tudo combinava com meus sentimentos. Entrando pelas portas, já podia escutar os choros abafados. Tristeza e sofrimento emanando pelo ar me deixando melancólica.
Depois de mais alguns passos, posso ver a pessoa que mais amo no mundo me recebendo com belos sorrisos. Seus olhos brilhando como verdadeiros raios de sóis. Sento em sua frente, deslizando os dedos por onde seu nome descansava. Lee Joon-Ho.
- Papai. – disse sorrindo, sentindo o salgado gosto das lágrimas. – Sinto sua falta. – repouso as flores perto de seu retrato. – Tem sido dias tão solitários sem o senhor aqui. Você deixou bastante saudades, sabia? – suspiro. – Me perdoa por não trazer meus amigos, para que você os conhecesse. Sei que prometi que iria, mas eles estão ocupados. O senhor deve imaginar como é difícil. Quem sabe numa próxima? – rio sem emoção.
Ouço passos atrás de mim. Levanto animada. Coração palpitando, mas dessa vez em sinal de conforto. Eles não esqueceram. Sinto meu rosto esticar em um pequeno sorriso, que logo é desmanchado.
- Olá, menina. Boa noite. – o guarda me dá um sorriso simpatizante. – Sinto muito lhe atrapalhar, porém preciso pedir para que não demore muito na visita de hoje. A chuva causou pequenas infiltrações e teremos que fechar um pouco mais cedo.
- Ah sim. Tudo bem. – respondo em um sussurro.
- Sinto muitíssimo mesmo. Você tem 10 minutos. Vou lhe deixar a sós. – disse se curvando e saindo logo em seguida.
Me viro novamente, sentando no chão.
- É papai, hoje terei de ir embora um pouco mais cedo. – acaricio o porta retrato. – Mas não se preocupe, eu volto logo. – sinto as lágrimas descerem, como as gotas que caem do céu. - Eu te amo muitíssimo. – digo entre soluços. – Sinto sua falta.
Levanto em sinal de desespero. Corro porta a fora, sentindo as gotas caírem livremente pelo meu corpo, sem a proteção do guarda-chuva. Era como se lavasse todo sentimento ruim que fluía do meu ser.
Chegando em casa, tomo um banho quente e ponho roupas confortáveis. Os cômodos eram densa escuridão. Era somente a chuva e eu. E meu gato, que roçando em minha perna, se pôs a deitar em meu colo.
Senti meu peito inflar em conforto com a presença do pequeno ser e sorrio com o ato.
Com o telefone em mãos tento distrair minha mente agitada. Vejo o ícone do Twitter e sinto meu coração pulsar, como se eu não devesse fazer isso, mas faço do mesmo jeito. A tela azul brilhando em meio a escuridão da sala logo se torna em um branco, deixando minha visão embaçada. Ponho em modo escuro e sigo deslizando meus dedos na tela, atualizando o feed.
Dentre alguns segundos vejo algo que despedaça meu coração mais ainda. Entre os surtos de animação das armys, se encontram vídeos dos meninos, dos meus meninos, se divertindo em um restaurante com ela. Eles se esqueceram do dia da visitação por conta dela. Novamente o motivo por eu ter sido posto de lado é ela.
Batidas na porta faz com que eu esqueça o sentimento de ciúmes e raiva que ardia em meu corpo como se fosse fogo. Reluto para tirar o peludo do meu colo, já que o mesmo parecia tão confortável. Com um pouco de esforço me levanto e caminho até a porta. Ao abrir vejo o rosto de Adora em um sorriso reconfortante. Ao ver um rosto amigo, sinto minhas lágrimas caírem mais uma vez livremente pelo meu rosto. Imediatamente ela larga as sacolas que carregava e me envolve em um abraço carinhoso.
Não sei dizer por quanto tempo ficamos abraçadas. O que posso dizer nesse momento era que isso é tudo o que eu precisava. Sinto meu peito ficando mais leve, como se todo sentimento ruim tivesse sido levado pelas lágrimas e me sinto agradecida a Adora por isso.
Lentamente me distancio e posso ver seu sorriso voltar duas vezes maior.
- Melhor? – ela pergunta, me fazendo assentir.
Dou passagem e ela entra, colocando as sacolas de comida em cima da mesa de centro. Fecho a porta indo logo atrás dela.
- O que você trouxe? – pergunto curiosa, a fazendo rir.
- Eu sabia que comida iria te animar. – gargalha. – Eu trouxe muita besteira. Biscoitos doces e salgados, sorvete, porco agridoce, hambúrgueres e refrigerantes.
- Refrigerante? – indago. – Desde quando você gosta de bebidas gasosas? Sempre me disse que te dava gases – seguro um riso.
- O refrigerante é 'pra você. Pra mim, – ela põe a mão dentro da sacola, tirando duas garrafas verdes de soju. – Eu trouxe álcool. – diz pondo a língua pra fora enquanto sacudia as bebidas.
Sorrio com sua palhaçada, mas ao ver seu sorriso gengival, me lembra dele. Sinto a tristeza querer voltar ao recordar dos vídeos, mas lanço fora qualquer sentimento ruim ao agarrar o pote de sorvete.
- Eu não queria tocar no assunto, mas sinto muito por não estar lá. Você sabe como é a BigHit. Eu não pude deixar a produção até terminar o trabalho. – ela explica e eu sorrio.
- Tá tudo bem. Eu te entendo. – sussurro. – O importante é que você está aqui agora.
- Sobre os meninos... – ela começa a falar, mas logo é cortada por mim.
- Não, deixa. Não quero falar sobre isso.
- Mas você precisa, Cassie. Você sabe disso. – ela segura minha mão. – Guardar só vai te fazer piorar. Sabe que pode confiar em mim. Desabafa. Eu estou aqui.
Fecho os olhos assentindo. Procuro em mim alguma força para pôr pra fora tudo aquilo que sentia. Tudo que está me machucando. Mordo meu lábio inferior e abro os olhos. Vai ficar tudo bem.
- Já faz algum tempo que a minha amizade com os meninos vem esfriando. – começo e sinto ela apertar minha mão em sinal de conforto. – Você sabe que conheci, o Tae, antes de ele se tornar famoso e que foi ele que me apresentou ao restante dos meninos. Desde então começamos uma amizade muito forte. Não estávamos todo tempo grudados, ainda mais pelas turnês e meu trabalho, porém éramos próximos. Como se fôssemos uma verdadeira família. Não importava quanto tempo ficássemos sem nos ver, nada mudava. Até pouco tempo. – suspiro. – Park Ji-Hye apareceu cerca de 2 meses atrás, poucas semanas antes do meu pai morrer. Ela se candidatou a vaga de dançarina e passou pelo teste. – Adora assenti.
- Sim, eu vi o teste dela. – ela diz.
- Então, desde esse dia eu a vi ficar cada vez mais próxima dos meninos. Eles estavam sempre falando o quanto ela é legal e engraçada e poxa, eu fiquei feliz por eles. Uma amizade nova é sempre bom, ainda mais para eles que são famosos e sempre tem que ter cuidado com os aproveitadores. Mas nunca passou pela minha cabeça que ela ocuparia o lugar que eu tinha na vida deles. – sorrio de lado. – Eles passaram a me visitar bem menos. A me ligar bem menos. A me chamar para ir ao dormitório ou para sair bem menos. Até o dia em que eu literalmente me tornei um nada pra eles. – olho para Adora que tinha o rosto vermelho de raiva.
- Esses... – a cortei.
- Você não quer perder o emprego, né? – pergunto rindo. – E você também não pode os culpar. Ela se tornou a dançarina oficial deles. Isso significa que onde eles vão, ela está junto. – dou de ombros. – A todo momento ela está com eles e isso com toda certeza fez com que eles se tornassem próximos dela. Até mais que eu. – sinto meus olhos marejarem. – Eu não quero os perder, mas sinto como se já tivesse perdido.
- Hey – ela me sacode. – Calma, respira. Eu sei que eles vacilaram. E vacilaram feio, mas não significa que eles tenham te esquecido. – Adora diz tentando me confortar.
- Eles me esqueceram no dia em que meu pai morreu, Adora. Eu nunca vou me esquecer disso. Sinto que naquele dia, eu morri 2 vezes. Eu me lembro perfeitamente de ligar desesperada pra eles, chorando, sem saber o que fazer, sentindo meu mundo despedaçando. – dou uma pausa ao sentir todo o sentimento voltar. – E eles dizendo que já estavam vindo, mas nunca chegaram. – continuei após alguns segundos em silêncio. – Depois disso me mandaram uma mensagem explicando que Park Ji-Hye tinha se machucado em uma dança e que estavam com ela no hospital. – Adora assentiu.
- É, eu me lembro. Ela tinha apenas caído de bunda, porém, fez um escândalo como se tivesse quebrado a lombar. Todo mundo ficou desesperado na empresa, até mesmo Bang PD. Mas no final de tudo era só drama. – ela lamenta por mim.
- Depois disso nem ao menos uma visita eles me fizeram. – rio sem emoção. – Logo depois esqueceram meu aniversário. Tudo bem que por conta do papai eu não estava nem um pouco animada, mas nada custava receber algumas mensagens de apoio ou de felicitação deles. Eu fiquei tão chateada que mandei algumas mensagens... Ao visualizarem, pouco menos de trinta minutos eles estavam batendo na minha porta. Foi uma choradeira imensa, porém senti que parte de mim havia voltado a viver e que tudo iria ficar bem. – ri sarcasticamente. – Eu não poderia estar mais errada, poderia? – pergunto.
- Cassie...
- Tá tudo bem. Você não precisa falar nada. Depois de hoje eu finalmente caí na real. – pego uma colher. – Eles encontraram alguém melhor que eu. Alguém que pode estar com eles todo o tempo e os ajudar no momento de necessidade. Eu só fico triste que essa pessoa não sou eu. Não mais. – enfio a colher cheia de sorvete na boca, para evitar que o choro preso na garganta saísse.
Durante o restante da noite Adora não tocou mais no assunto e fiquei grata por isso.
Um filme aleatório passava na tv, porém minha mente estava bem longe dali. Olho para o lado e vejo Adora dormindo com a boca aberta. Um pedaço de biscoito descansando em sua bochecha enquanto sua mão repousava acima de sua cabeça. Rio silenciosamente, nos cobrindo e desligando a televisão em seguida.
Um som de sino distante toma minha atenção. Passeio com a mão por todo sofá até encontrar o telefone embaixo da almofada. Sinto meus olhos fecharem automaticamente pelo contato súbito com a claridade da tela, porém da mesma forma em que eles fecharam, eles arregalaram.
Depois da primeira notificação, milhares começaram a chegar. Sinto meu coração palpitar em meu peito e meu corpo ser inundado pelo nervosismo.
“Guinho: Cassie, por favor, me diz que você está aí.”
“Joonie: Por favor responde. Nos desculpe. Não foi nossa intenção não aparecermos...” A mensagem apareceu cortada, pois ainda não tinha desbloqueado o telefone.
“Hobierto: Acredita em nós, Cassie. Por favor, sabemos que está acordada. Responde a gente.”
“Jinnie: Cassandra, nunca faríamos nada para te magoar. Por favor deixa a gente explicar.”
“Mochi: Atende o telefone.”
Após essa mensagem, uma ligação grupal apareceu na tela. Encaro enquanto luto contra a vontade de atender. Suspiro fundo e jogo o telefone de volta no sofá, pois não importava o quanto eu gostaria de falar com eles, ainda estava magoada. Não queria atender e brigar. Falar coisas sem pensar e acabar em uma situação pior. O melhor a se fazer agora era descansar.
Me ajeito na cama improvisada que havíamos feito no chão e cubro a cabeça com o travesseiro para evitar ouvir as notificações chegando. Não vendo resultados, pego o telefone e logo seguro o botão de desligar, confirmando em seguida. Deito novamente e respiro fundo. Amanhã é um novo dia. Tudo vai ficar bem.
——————————————————
Não havia nem amanhecido quando escuto batidas atrás de batidas. Desnorteada levanto procurando da onde vinha o barulho até que meus pés me levaram de encontro a porta principal. Olho para o relógio pendurado na parede e fico irritada ao ver que marcavam seis e duas da manhã.
Abro a porta em um solavanco pronta para discutir com quem fosse que tinha me acordado tão cedo depois de ter ido dormir tão tarde, mas perco a voz ao ver as sete pessoas das quais eu mais amava me encarando desolados.
Sinto dois braços me abraçarem forte, seguido por mais dois até eu perder as contas. Sussurros desesperados por perdão ecoavam em meu tímpano me fazendo sentir amada. Até certo momento. Lembranças do que ocorreu na noite anterior me faz despertar do sono que eu ainda não sabia que me encontrava. Lentamente me distancio dos sete, podendo ver as lágrimas que escorriam nos rostos de uns e tristeza emanando nos rostos de outros.
- Cassie... – Jimin começa. – Eu sinto muito. Não foi nossa intenção te deixar sozinha em um momento tão difícil. Por favor, acredite em nós.
- Não viemos aqui para mentir para você, Cassandra... – diz Namjoon. – Realmente não foi nossa intenção. Eu sei que isso vai soar completamente errado, porém tínhamos feito uma promessa para Ji-Hye. Prometemos levá-la para comemorar seu aniversário já que ela está longe da família e provavelmente comemoraria sozinha. – tento esconder uma careta.
Eles não podiam perder a comemoração do aniversário dela, mas podiam perder o meu.
- Assim que terminássemos de comer, viríamos direto para cá. E realmente Cas, nós iríamos vir. Porém ligaram da empresa dizendo que tínhamos de ir lá resolver os últimos detalhes pro álbum. Foi nessa hora em que mandamos várias mensagens no grupo, porém você não visualizou nenhuma.
- Por isso estamos aqui. – Taehyung diz, interrompendo Namjoon. – Cassie, me escuta. Você é uma das pessoas mais importantes na minha vida. Me perdoa se ultimamente minhas ações não mostram isso, mas por favor, por favor Cas, não fica brava conosco. Não aguentaria saber que você está chateada por minha culpa. – ele sussurra.
- Vá hoje à noite nos dormitórios. Vamos conversar sobre isso com mais calma. – Hoseok sugere.
Fico alguns minutos em silêncio.
- Vamos, por favor. Vai ser bom pra todos nós. – Jungkook diz, o que me faz sorrir. Ele realmente cresceu.
Olho para cada um deles e respiro fundo. Sinto minha garganta arder com as palavras presas. Tenho muitas coisas para falar, porém sinto que por hora, não é o momento certo.
- Então? Você vai né? Diz que sim. – Taehyung pergunta.
- Tudo bem. – suspiro alto. – Eu vou.
Sinto braços rodeando novamente meu corpo e relaxo apreciando o contato. Dessa vez, o abraço durou poucos segundos. Os meninos se despediram dizendo que precisavam estar na empresa em poucas horas. - Hoje à noite às 7. Te esperamos em. – Yoongi disse e logo em seguida foram embora. Fecho a porta tentando conter meu entusiasmo e o sorriso óbvio em meu rosto. Ao virar, me assusto por ver somente a cabeça de Adora espiando por detrás do sofá. Ela tinha um sorriso radiante no rosto enquanto me olhava com a sobrancelha arqueada.
- Cala a boca. – digo a fazendo rir.
—————————————————— Olho para o relógio na parede. 20:07 da noite. Droga, estava atrasada. Já podia ouvir a voz de Adora surgindo bem lentamente em minha mente, dizendo que eu deveria ter a escutado e separado minha roupa mais cedo. Balançando a cabeça, foco em terminar de me arrumar. A última coisa que precisava nesse momento era lição de moral da minha própria mente. Escuto batidas e o barulho da companhia tocar repetidamente. - Merda. – digo enquanto saltito até a porta. Tento colocar a meia ao mesmo tempo que ando até a porta, mas meu plano infalível logo se torna falível quando tropeço na minha própria mão e caio de cara no chão. As batidas e o barulho da companhia se tornam maiores e logo sinto a irritabilidade surgir. - AH, JÁ VOU. – berro e me levanto. Volto a caminhar até a porta com um bico formado em minha boca e o cabelo totalmente desgrenhado cobrindo minha cara. Respiro fundo, arrumo meu cabelo, ponho um sorriso falso no rosto e finalmente abro a porta. Ao ver as 7 pessoas das quais eu mais amava no mundo me olhando com caras confusas, sinto meu sorriso se transformar em um verdadeiro e a irritabilidade de antes sumir como se nunca tivesse existido. - Tá tudo bem? Por que você não foi? – Escuto Taehyung perguntar enquanto me analisava de cima a baixo. - O que aconteceu? Houve algo sério? – Seokjin pergunta e eu nego. - Não gente, perdão. Eu tive uma briga comigo mesma ao tentar escolher uma roupa boa pra ir e acabei me atrasando, perdão. – explico e eles negam. - Não precisa se desculpar, jamais. Ficamos felizes que esteja bem, já alivia nossos corações. – Namjoon diz me fazendo sorrir. - Como você não chegava, pensamos em vir ver o que havia acontecido e de quebra já ficar de vez. – Hoseok diz. - Isso aê. – Jungkook fala animado. – E ainda trouxemos comida. – balança as sacolas. Gargalho sentindo alegria pela primeira vez em dois meses e dou espaço para eles entrarem. Em poucos minutos as comidas já estavam postas na mesa de centro e uma cama improvisada arrumada no chão da sala. Troco de roupa para uma mais confortável e me junto a eles. - Olha, antes de começarmos, queremos que você saiba o quão arrependido estamos. – Yoongi diz. - Sim... nos perdoe por não estar lá no dia da visitação. – Jimin complementa. – Se houver algo que você queira falar, algo que esteja te machucando, por favor, nos deixe saber. Vamos resolver tudo isso. Queremos que as coisas voltem como elas eram antigamente. - Estamos aqui por você, Cas. – Jin termina e eu sorrio fraco. Paro para pensar por um momento e novamente sinto que ainda não era a hora. Então somente suspiro e nego com a cabeça. - Tá tudo bem, meninos. De verdade. – abro um sorriso. – Vamos assistir logo esse filme, estou doida pra ver quem vai ser o primeiro a chorar de medo. – falo tentando desviar o assunto e sorrio de lado quando percebo que funcionou. - Certeza que vai ser o cagão do Hoseok. – Yoongi sussurra e recebe um soco no braço como resposta. - Você tá confundindo meu rosto com o do Seokjin por acaso? – Hoseok pergunta só para também receber um soco no braço como resposta. Sorrio com suas palhaçadas, os observando cheia de carinho. ––––––––––––––––––––––––––––––––
O tempo passou rápido e quando fui ver já era hora deles irem embora. Infelizmente não poderiam ficar para dormir já que no dia seguinte teriam de sair muito cedo por conta da agenda. Reluto para levantar, não queria acompanha-los até a porta por pura preguiça e ao sentir Taehyung me balançar com o pé, me fez ficar mais mole ainda. - Se você continuar eu juro que durmo. – falo o fazendo bufar. - - Vumbora', imitação de filhote preguiça barata. Leva a gente até a porta. – Jimin fala, mas desiste ao ver Jungkook se deitar ao meu lado. - Jungkook, eu tenho certeza que você gosta bastante do seu vídeo game, certo? –Seokjin pergunta e em um pulo, Jungkook levanta. - Não vai levar a gente mesmo, não? – Yoongi pergunta e eu permaneço em silencio. – Beleza então. Quando eu abro os olhos para ver o que eles iriam fazer, sinto um braço juntar e espremer minhas pernas enquanto uma mão começa a fazer cosquinhas nos meus pés enfurecidamente. - JESUS. – grito de surpresa. Ouço risadas enquanto eu lutava pela minha vida. O estranho sentimento que as cócegas traziam, me fazia ficar confusa se eu estava rindo porque achava engraçado, ou se era o pavor bagunçando meu sistema nervoso. Os risos aumentavam conforme eu me sacudia e gritava por socorro. - YOONGI SEU DESGRAÇADO. – falava sem perceber que na verdade, eu estava gritando. - Você não estava com sono? – Yoongi pergunta. – Então, estou tentando te ajudar. - ESPERA EU SAIR DAQUI SEU PEDAÇO DE AÇÚCAR MASCAVO, EU VOU ACABAR COM A TUA VIDA. - Vai levar a gente até a porta? – ele pergunta. - TÁ, TÁ BOM EU LEVO, SÓ PARA PELO O AMOR DE DEUS. – grito. Sinto meu corpo se acalmar e meu cérebro voltar a funcionar no momento em que as cócegas cessaram. Olho para o Yoongi que gargalhava enquanto cheirava sua mão. - Hm, você está com chulé. – ele diz e me levanto. - Vem aqui seu bostinha. – corro atrás dele que fugia zombando da minha cara. Depois de alguns segundos, já podia sentir que os 70% de água do meu corpo havia evaporado e o ar em meus pulmões se encontrava escasso. Quando foi que meu corpo ficou tão sedentário?
- Babaca. – xingo Yoongi que ri. – Te odeio. - Também te amo, coisinha linda. – o ouço dizer. Finalmente os acompanho até a porta. Depois de uma despedida preguiçosa os vejo prestes a partir, mas um click em minha mente me faz os parar. - Como vocês sabem eu me formei na faculdade, mas como foi na época em que meu pai morreu não tive nenhum ânimo pra comemorar. A Adora me recomendou fazer uma comemoração depois de amanhã à noite, já que é final de semana. Só pra não deixar passar em branco. Então... vocês estão convidados. - Vamos estar aqui, não se preocupe. – Namjoon diz e eu sorrio assentindo. Nos despedimos novamente e dessa vez, os vejo partir. Ao ver a porta do elevador se fechar volto para dentro de casa. O sorriso em meu rosto não me deixava por um segundo sequer e finalmente depois de tanto tempo, podia sentir que as coisas realmente ficariam bem. –––––––––––––––––––––––––––––––– Graças a Adora, todas as coisas ficaram organizadas a tempo. As comidas foram encomendadas já que nem eu e nem ela queríamos que alguém morresse por intoxicação alimentar. Foi suficiente a vez em que paramos no hospital no dia que cozinhamos uma para a outra. Não precisávamos repetir a dose. Olho a hora pelo telefone e vejo que marcavam 20:00. A qualquer momento eles chegariam, então me sentei ao lado de Adora no sofá para jogar conversa fora até lá. ☂ ☂ Algum tempo se passou e os meninos ainda não haviam chego. Olho novamente a hora e vejo que são 21:46. Tento não pensar no pior e escolho acreditar que logo logo, eles estariam aqui. ☂ ☂ Suspiro fundo ao ver que horas são. 23:14. Tento ignorar o olhar de pena que Adora me lançava e levanto do sofá. Reprimo mais uma vez o choro. Já estava cansada de chorar. E mais do que nunca percebi que eles não mereciam minhas lágrimas. - Cassandra... – Adora me chama e eu olho para ela. – Eu tenho certeza que existe uma explicação pra isso. Deve ter acontecido algo na empresa e eles não tiveram como avisar. – nego com a cabeça. Algo dentro de mim dizia que não era isso e eu decido confiar na minha intuição. - Adora tem como você me levar até o dormitório? – pergunto baixo. – Acho que não vou ter coragem caso eu vá sozinha. – sorrio fraco e ele assente.
- Claro, meu amor. Claro... ☂ ☂ A viajem de carro durou menos do que eu gostaria. Em todo momento minha mente se encontrava embargada por lembranças. A ansiedade fazendo com que as lembranças dolorosas doessem duas vezes mais. Rio desacreditada. Me perguntava que mal eu havia feito na vida para merecer isso. - Obrigada por me trazer, viu? – olho para Adora. – E obrigada por sempre estar ao meu lado nos momentos difíceis. Se eu me senti amparada e amada, tenha certeza que isso tudo se deve a você. Você é uma pessoa incrível, Adora, e eu espero que saiba disso. - Independentemente do que acontecer lá, lembre-se que você é suficiente. Não para eles, mas para você mesma. Não se rebaixe por eles, Cassie, nem deixe o amor que você sente por eles falar mais alto do que o seu amor próprio. Se você sobreviveu a dois meses infernais sem a presença deles, tenha certeza que você pode viver a sua vida e ser imensamente feliz no futuro sem eles. Eu te garanto isso. – sinto sua mão apertar a minha em sinal de conforto e sorrio. – Estarei te esperando aqui. – assinto. Saio do carro sentindo as palavras de Adora fazer efeito. Ando corajosamente em direção ao imenso prédio e ignoro todo sentimento de nostalgia que tentava me invadir. Não podia perder o foco agora. Chegando no andar dos quartos, sinto meu coração saltitar. Paro por um instante e tento por meus pensamentos e sentimentos em ordens. Não vendo resultado, me escoro na parede e tento de todas as formas evitar um ataque de pânico que estava por vir. Como se fosse uma ajuda dos céus, sinto meu celular vibrar. Com as mãos trêmulas pego e vejo uma mensagem de Adora.
“Não se esqueça, você é forte e capaz. E nem por um momento pense que está sozinha, pois eu estou aqui por você.”
Aperto meu celular fortemente. Adora tem razão. Eu sou forte e sou capaz. Eu posso fazer isso, pois independente do que aconteça, eu irei ficar bem.
Respiro fundo, juntando toda força e coragem do meu ser e bato na porta. Congelo quando percebo o que fiz, mas logo me recomponho. Eu vou ficar bem.
Alguns segundos passaram e ninguém respondeu, então, bati novamente. Porém assim como na primeira vez, não houve resposta. Depois da terceira tentativa decido entrar. Digitando a senha da porta adentrei no dormitório.
Ao perceber que não tinha ninguém no salão principal, as batidas do meu coração se acalmaram. Começo a andar pelo dormitório, relembrando cada bom momento que tive com meus meninos. Sinto a tristeza emanar no meu peito. Eu realmente não queria os perder. Enquanto andava pelo corredor, ouço vozes vindo da cozinha. Começo a caminhar com passos firmes, mas sinto minhas pernas vacilarem ao ouvir uma voz feminina em meio a tantas masculinas. Era ela.
- Jungkook oppa, você é tão besta. – ouço sua risada fina e sinto meu peito arder em ciúmes.
Deveria ser eu ali.
- A besta que você ama. – ouço a voz do meu menino a responder.
Podia sentir a felicidade em sua voz. Era como se eles não precisassem de mais ninguém no momento além dela. E isso me fez odiá-la, porém minha própria mente me repreendeu. Não é ela a merecedora do meu ódio. Ela é tão inocente quanto eu nessa história. Ela não fez nada para me magoar, então, por qual motivo eu a odiaria?
- Hinnie. – ouço a voz do Hoseok.
Hinnie...
- Experimente e me diz o que achou.
Houve um momento de pausa até que aplausos e barulhos de apreciação foram feitos.
- Tá incrível, oppa. – a escuto dizer. – Você realmente vem se superando a cada dia mais na cozinha.
Já não aguentando mais, penso em simplesmente dar as costas e ir embora, porém algo chama a minha atenção. E foi justamente ali, naquele momento, que me arrependi em ter ficado.
- Por que eu sinto como se estivéssemos esquecendo de algo? – escuto Taehyung dizer e sinto meu corpo tremer.
Mais uma vez houve uma pausa, até que alguém gritou.
- Merda, realmente. – disse Jimin. – Esquecemos de tirar as bebidas do congelador.
Sinto meu coração se quebrar, como se isso fosse possível. Solto um riso desacreditado e finalmente saio de onde estava escondida.
- E experimente mais isso a... – Hoseok para subitamente. – Cassie...
Escuto um barulho de algo caindo no chão. Logo, todos me encaravam com os olhos arregalados. Reprimo a vontade de rir. Percebo como todo meu corpo estava bagunçado a partir do momento que eu queria rir e não chorar.
- Ah não... – Jimin diz, como se lembrasse de algo. – A festa.
Dito isso, todos ficam ainda mais desesperados. Ao vê-los se aproximando entro em pânico.
- Não cheguem perto. – digo.
Eles rapidamente param. Vejo que ficam sem saber o que fazer. E não era só eles. Acabo ficando desnorteada com tanta pressão. Onde foi parar minha coragem quando mais precisava dela?
- Hum... o que está havendo? – a ouço perguntar e fecho meus olhos.
Ela não tem culpa. Ela não tem culpa...
- Ji-Hye, você poderia nos deixar a sós por uns instantes? – Namjoon pede.
- Sim, claro. Já era hora de eu ir embora mesmo. – ela se levanta. – Vejo vocês outra hora. – diz se curvando tanto pra eles, quanto pra mim.
Ao ver que ela realmente havia ido embora, um silêncio paira no ar. Tento segurar meu riso desacreditado, mas quando vejo olhares confusos, percebo que não consegui. Depois de alguns minutos sem ninguém falar nada, eu tomo a iniciativa.
- Sabe o que é mais decepcionante? É que eu realmente achei que dessa vez fosse ser diferente. – dou de ombros. – Acho que me enganei, não é mesmo?
- Cas...
- Se lembra de quando você me perguntou se eu tinha algo pra falar, Jinnie? Se algo estava me machucando? Pois bem, eu tenho e espero não ser interrompida.
Não havendo resposta, continuo.
- Eu sinto que morri. Já tem um tempo em que eu não estou vivendo e sim sobrevivendo. – começo. – O fato de vocês não terem ido na visitação não é a parte que mais me dói e sim a que vocês não estavam lá quando meu pai se foi. Eu lembro do quão desesperada eu estava e as únicas pessoas das quais pude me lembrar foram vocês. Mas vocês não foram. Droga vocês ao menos ligaram. – sussurro sentindo minhas lágrimas caírem livremente pelo meu rosto. – Quando eu me vi no hospital sozinha, percebendo que a pessoa que me adotou e escolheu a mim para amar havia morrido, essa foi a minha primeira morte. A pessoa que me amou, que olhou além de barreiras linguísticas ou de raça e que me ensinou tudo o que eu sei tinha partido subitamente, sem nem ao menos me dar uma chance de me despedir. Vocês sabem como eu me senti? Desolada.
Pauso por um momento. Sinto a melancolia tomar conta do meu ser ao relembrar de todo o sentimento que senti aquele dia e por um momento, me permito chorar tudo o que precisava. Soluçava tanto que achei que fosse engasgar. Sem me importar com olhares ou sentimentos de pena, eu apenas me permiti, pois sabia que tudo ficaria bem.
- Quando eu liguei para as únicas pessoas que achei que poderia contar e eles me disseram que estavam vindo, não me senti tão sozinha. – solto um riso sem humor. – Até perceber que essas pessoas nunca chegaram. As pessoas que sempre disseram que estariam lá por mim, não estavam no momento em que eu mais precisava. Essa foi então a minha segunda morte. – olho para o Jin. – Não diga isso para mais ninguém se não for de coração. Não machuque mais ninguém desse jeito. Olho para cada um. Seus olhares estavam distantes, como se estivessem revivendo cada momento. Em instantes vejo alguns abaixarem a cabeça e outros emanarem decepção em suas feições. - Sabe, não quero que pensem que eu tenho raiva da Park Ji-Hye. Muito pelo contrário. Eu fiquei muito feliz quando vocês me disseram ter conhecido alguém legal. Que realmente se importava com vocês e que verdadeiramente queria suas amizades. Eu sei o quão difícil é para vocês terem uma amizade verdadeira por conta da fama, então eu me senti realizada também. Lembro de ter contado pro papai animada e ele rindo da minha animação, feliz por vocês e por mim. Logo depois disso eu o perdi e aos poucos fui perdendo vocês também, como se eu já estivesse destinada a ficar só. – sorrio. – Me perdoem se eu estiver sendo egoísta, mas é assim que eu me sinto. Vocês até esqueceram do meu aniversário. Vocês esqueceram dos dias de visitações e pra finalizar, esqueceram minha festa de formatura. Vocês me substituíram como se eu nunca tivesse existido na vida de vocês e isso dói, dói muito.
Finalizo e só então percebo que todos choravam junto comigo. Alguns não tinham coragem de me encarar. Passamos alguns minutos sem que ninguém dissesse mais nada. Os únicos barulhos possíveis de se escutar eram os soluços pairando no ar. - No dia em que seu pai morreu – Namjoon começou. – Nós sentimos como se tivéssemos perdido alguém da família, pois, de fato ele era. Não digo por todos, mas pra mim a queda da Park Ji-Hye foi uma escapatória. Não queria enfrentar a realidade. Não saberia como reagir a perda de alguém tão especial e também não saberia como agir com você. – ele me encara. - No dia do seu aniversário, pensamos que você gostaria de estar sozinha. Seria o primeiro sem seu pai então não soubemos o que fazer, Cassie. Estávamos em pânico. – Jimin suspira. – Mas agora percebo como você se sentiu. – ele ri sem humor. – Meu Deus, nunca pensei que fosse um amigo tão horrível assim. Que decepção. – ele sussurra cobrindo o rosto com a mão. - Nos dias de visitação – olho para Hoseok. – Eu confesso que me agarrei a qualquer oportunidade para não ir, Cas. – ele chora. – Não porque eu não te amasse. Eu amo e amo muito, mas eu nunca soube como reagir a morte. Nas duas únicas vezes que entrei em um cemitério passava o restante da semana mal, com pensamentos depressivos. Também não podia deixar as Armys preocupadas. Não queria que o ''Sol'' delas perdessem o brilho. Me perdoa por não conseguir te contar isso antes. Não queria parecer egoísta. Seguro uma risada desacreditada. - Ouvindo tudo isso percebo o quão fúteis nossas desculpas parecem. – Yoongi ri fraco. – Mas elas são verdadeiras, Cassie... Eu entendo o que o Hoseok diz. Você sabe do meu histórico com a depressão, não sabe? – ele pergunta e eu assinto. – É a mesma coisa para mim. Se eu entro em um cemitério, meus pensamentos não param. Alguns vem em forma pior e eu sinto como se fosse enlouquecer. - Nós fomos egoístas, Cas. – Seokjin diz. – Eu fui. Não queria que as fãs nos vissem tristes, pois sabia no rebuliço que isso iria causar. Eu não tenho palavras pra expressar o quão especial você é para mim. – ele pausa. – Cassie você é minha irmã, minha família. Você não estava chorando sozinha, eu chorava junto com você. Mas não podia demonstrar isso. Eu ficaria pior se visse você chorar, assim como estou agora. Houve um momento de silêncio. Até a voz dele quebrar. - Me perdoa. – Taehyung diz. – Droga eu ao menos sei o que dizer, Cassie. Você é uma das pessoas mais preciosas que eu já conheci. Eu me lembro de como você permaneceu com a gente em todos os momentos de dificuldades. Também me lembro que você foi a que mais torceu por nós no início e sei da felicidade genuína que sentiu quando recebemos nosso primeiro prêmio. Você ficou do meu lado quando minha vó faleceu. Como eu não pude estar do seu lado, também? Meu Deus. – ele põe a mão na cabeça, em ato de desespero. – Você permaneceu do nosso lado no momento em que pensamos em dar disband. Foi você que nos ajudou a enxergar o porquê estamos aqui. Que nos ajudou a encontrar motivos pra não desistir. – ele me olha aflito. – Como eu pude ser tão egoísta?
- A gente pensou que independentemente de qualquer coisa, você sempre estaria conosco. Que nos entenderia, mesmo com nossas atitudes deploráveis. Sempre pensamos que te teríamos ao nosso lado, por isso te negligenciamos tanto. – Yoongi nega com a cabeça. Sinto que ele respondeu mais para o Taehyung do que pra mim. – Droga, pãozinho, nos desculpe. – abaixo a cabeça ao ouvir ele me chamar pelo apelido que eu tanto amava.
- O fato de termos começado uma nova amizade também nos influenciou. – Jungkook diz. – Ficamos tão animado por alguém, além de você, querer uma amizade sem interesse que sem menos perceber, colocamos de lado aquela que esteve conosco desde o início. – ouço Jungkook dizer abafado, já que suas duas mãos tampava seu rosto. - A gente não te merece, Cassandra. Te largamos no momento mais difícil da sua vida e mesmo assim, você nunca deixou de nos amar. – Yoongi puxa o próprio cabelo. Uma mania que ele sempre fazia quando estava nervoso. – Não podemos deixar você ir embora pensando que não nos importamos com você, por que Cassie, isso seria uma completa mentira. Com o estresse do comeback as coisas só pioraram. Era ensaio, era gravação, era agendas pra cumprir, era produções. Viagens. Turnês. Nossa mente estava uma bagunça e Park Ji-Hye tentava nos ajudar a partir daí. Sabemos que a culpa não é dela e muito menos sua. É nossa e somente nossa. Eu sei que isso vai parecer uma desculpa esfarrapada, mas não queria te deixar ir pensando que você não é preciosa pra gente. Você é Cas. E sempre será. Fecho meus olhos e tento controlar minha respiração. Se antes eu me sentia mal, agora me sinto dez vezes pior. Parecia que já não os conhecia mais. Antes, o sentimento de conforto que eles me faziam sentir, foi substituído pela angústia. Pela tristeza. Abro os olhos e pela última vez, encaro meus meninos. Percebo que Taehyung entendeu meu olhar.
- Cassie, por favor... Por favor não... – Taehyung começou, mas foi cortado por Seokjin.
- Você não ouse dizer o que eu acho que vai dizer.
- Mas eu não posso perdê-la, hyung. Eu não posso perdê-la. – Taehyung diz se agachando.
Penso em ir até ele, mas logo recuo meu corpo. Se eu fizer isso sei que meu coração vai enfraquecer e no momento a única pessoa na qual eu preciso pensar é em mim mesma.
- Me desculpa, hyung, mas eu vou ser egoísta. – Namjoon diz pra Seokjin e eu o olho confusa. – Eu não sei qual vai ser sua decisão, Cassie. Eu vou te apoiar, mesmo que você escolha partir sem nossa amizade. Mas eu te peço... Cassandra eu te imploro, tenta achar em você um pedacinho que não queira desistir de nós. Não precisa ser agora. Eu quero que você se cure e não me importo quanto tempo isso levará, a única coisa que peço é que você não esqueça e nem desista da gente. Volte para nós quando se sentir pronta. Eu não quero te perder Cas. Eu... - Eu realmente espero que você encontre uma maneira de nos perdoar, Cassie. Mas entenda que se você não achar, iremos entender. Você mais do que ninguém tem todo direito de nos odiar. – Yoongi diz interrompendo Namjoon. – Espero que você não esqueça da gente, pois pode ter certeza, não esqueceremos de você.
Observo a cada um. Sinto meu coração se despedaçar a cada lágrimas que escorriam em seus rostos. Sorrio fraco. Eu realmente sentirei falta deles.
Me curvo em sinal de respeito e ao voltar para posição normal, elevo minha mão ao meu coração.
- Obrigada. Por todos os momentos bons no qual vocês me presentearam. Vocês foram uma parte muito importante na minha vida, no qual vou levar pra sempre. Nunca me esquecerei de vocês. - sorrio de lado. - Como poderia esquecer as minhas primeiras amizades verdadeiras? Os meus primeiros amores? - sussurro. Retomo o ar e sorrio. Um sorriso verdadeiro. Um sorriso de gratidão. - Obrigada por tudo, meus meninos. Eu não desejo nada além de felicidade e sorte pra vida de cada um. Eu realmente espero que a cada dia, seus sonhos se tornem realidade e vocês venham ter orgulho do que são. Não deixem que ninguém diga o contrário. Não os culpo pelo o que aconteceu, acho que finalmente entendi que a vida tem dessas. Pessoas vem e infelizmente vão. - vejo Taehyung desesperado, tentando encontrar o que falar. Desvio o olhar. Preciso ser forte. - Espero que a cada dia a amizade de vocês e o companheirismo com a Park Ji-Hye cresça e que vocês tirem disso tudo que aconteceu, uma lição. De coração... desejo que vocês sejam imensamente felizes.
Em um gesto, envio milhares de beijos. Vejo Tae querer se aproximar, então, me viro e começo a caminhar em direção a saída e dessa vez, eu não choro. Sinto o peso da tristeza no meu peito, mas o peso da paz por ter posto tudo o que sentia para fora era maior. E pela primeira vez em dois meses eu acredito quando digo que tudo vai ficar bem.
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abajuramarelo · 2 months
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Demasiadamente
04/03/24
Ando com a energia lá embaixo, ao ponto da minha amiga perguntar se estou bem, pois estou, mas sinto minha energia lá embaixo. Do tipo essa não sou eu. Eu não sou assim. Mas simplesmente parece que toda a alegria que eu poderia sentir foi usada em 2023 e que 2024 será um ano de sofrimento. Odeio essa impressão que tenho. Como se todas as coisas ruins se convergem a este momento da vida que estou vivendo. Sinto sem energia para ter foco, e viver do jeito que quero, eu sinto que voltei a ser uma bola de neve descendo uma colina prestes a virar uma avalanche. Antes eu claramente amava escrever aqui, adorava contar cada aventura nova que eu vivia, mas agora… não tenho nem forças para formular textos completos com diversas questões. Agora que LP se foi, parece que minha vida não sai do luto. Cada dia parece mais cinza que o anterior, é como se eu tivesse cavando um poço, eu sei que essa analogia é péssima e batida. Estou quase me sentindo em 2019 ou em 2016, anos que eu considerei o ápice de uma possível depressão na minha vida. 2024 ainda não está igual 2016, mas se piorar mais um pouco, acho que vai estar igual. Eu diria que 2016 foi o pior ano para a minha saúde mental, somando uma conjuntura de situações que me levaram ao mais completo viver por viver, eu chorava todo dia, fazia tudo em completo automático, e chorava no carro voltando pra casa. Era o momento que eu mais me sentia viva, chorar no carro. Esse ano não estou chorando todo dia, estou apática, o que pode parecer pior, essa não sou eu.
O brilho de viver saiu dos meus olhos, e ela não voltará tão brevemente assim, acho que preciso voltar pra terapia, mais do que nunca, eu não estou dirigindo igual uma louca, mas fico gritando comigo mesma, o que é meio triste, como se gritar fosse tirar a dor do meu peito, mas a dor não sai, parece um grito de angústia, como se eu estivesse presa dentro de mim mesma, essa não sou eu, eu não sou assim. Eu sempre fui uma pessoa leve, divertida, tranquila com a vida. Agora pareço a TeFite de moana sem o coração dela, sabe, eu não sou assim. Essa não sou eu.
A dor não passa. Por um momento me afogo na dor. Me sinto mais perdida do que antes. Tenho menos vontade de acordar e sair da cama, parece até que a depressão está voltando. Não quero me sentir assim. Eu não sou assim.
Mas é um ciclo vicioso. Falo pra todo mundo que estou bem, mas ando me questionando se estou bem mesmo, porque ultimamente não acredito mais no que falo. Eu não quero preocupar ninguém. Nem vocês, leitores deste tumblr, eu obviamente nunca farei nada para aumentar a preocupação de vocês. Eu não sou depressiva, eu só devo estar demasiadamente com saudade do LP. Agora ele nem lê mais esse tumblr. E tá tudo bem.
Eu não vou entrar em depressão por causa dele, a minha vida só tá ruim por outras questões somadas ao término, é claro que o rompimento da nossa relação culminou no aumento da minha tristeza. Mas ela não é a principal causa, eu não quero que o LP ache que tenha razão, embora esse texto esteja muito dando razão a ele me comparar com a outra ex dele que teve depressão por causa do fim do relacionamento deles. Isso é muita presunção achar que eu sofreria igual. Estou sofrendo, estou. Mas bem longe do sofrimento da outra menina.
Agora vamos de acontecimento importante, fui pra SP tentar uma mudança na minha vida, mas já fracassei, nesse meio tempo, saí com YT, meu melhor amigo, que temos um pacto de casamento com 40 anos, acho que terei que cancelar esse pacto, engraçado que agora eu nem quero detalhar todo o rolê com ele, embora o rolê tenha sido ótimo, ele é uma pessoa que você namora pro resto da vida, tipo um amor para sempre. As ações dele sempre me deixou claro que é uma pessoa decente, do tipo não existem muitos, ainda mais homens. Nesse breve encontro que tive com YT, tomamos sorvete, comemos shabu shabu, andamos 4km (a av. Paulista inteira de madrugada), e no final ele tomou a iniciativa de me beijar. Nos beijamos.
Era um beijo. Realizei o sonho da Pequeno Lirio de 2017, que foi apaixonada por ele. Mas sempre que faço isso, a significância do passado ja não é o mesmo. O beijo foi como ter beijado o LS, meu outro super amigo que quando estou bêbada o beijo, tipo zero química, zero tesão por ele. Só um beijo de amigo sabe. Mas gosto muito do YT. De conversar com ele, de estar com ele, mas não sinto nada romanticamente. Talvez seja porque eu ainda amo tanto o LP. Mas não sei, não é só isso.
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maholiverr · 4 months
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Meu amor,
Ao escrever essa carta, meu coração dói de saudades. Saber que você ise foi é uma dor imensurável, pois não consigo me imaginar sem você por perto. Não importa quão longo ou curto foi nosso tempo juntos, pois eu sei que cada minuto foi intenso e verdadeiro. Você fez parte das minhas melhores lembranças, me acompanhou em momentos importantes e me ajudou a lidar com os momentos difíceis. Mas agora esse amor será um amor distante... e meu coração pesa ao pensar te deixar ir. Quando eu acordar de manhã, não mais terei sua mensagem de bom dia. Quando adormecer à noite, não poderei te abraçar e sentir seu cheiro. Vou continuar te amando, mesmo que de longe, e guardando no peito a lembrança do que tivemos de melhor. Eu te amo, sempre.
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