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#K PODER É DO POVO
thedeacanedous · 1 year
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angelanatel · 1 day
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ELGIN, Suzette Haden. Língua nativa. São Paulo: Aleph, 2023. “Suzette Haden Elgin nos ensinou o poder das linguistas.” — Donna Haraway “Experimento feminista pioneiro e prova do poder da linguagem e da ação coletiva das mulheres” — Literary Hub “Texto exemplar da ficção especulativa, o livro explora rigorosamente uma hipótese tanto científica quanto ideológica em suas implicações sociais, morais e emocionais.” — Ursula K. Le Guin Em 1991, o direito feminino ao voto e à participação política são sumariamente revogados. Em 2205, são consideradas úteis apenas as mulheres que podem servir aos homens em cargos específicos e a eles subordinados. Contudo, a economia mundial depende de um número reduzido de mulheres linguistas, que atuam como tradutoras em negociações entre povos alienígenas e corporações familiares da Terra. Quando perdem sua utilidade, elas são enviadas para as Casas Estéreis, onde apenas aguardam a morte. Mas um pequeno grupo de mulheres vem desenvolvendo clandestinamente uma linguagem própria para resistir à opressão masculina. É nesse cenário que a linguista Nazareth Chornyak chega à Casa Estéril de sua Família. Dona de talentos únicos, ela pode ser peça-chave de um movimento audacioso: desafiar o poder dos homens e dar início à revolução. Clássico absoluto tanto da ficção científica quanto da literatura feminista, este livro é um manifesto da importância da liberdade.
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writersclubhq · 2 months
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posso dar uma sugestão? deixa um dia de ask pro povo mandar mas com resposta livre. acho mt difícil essa coisa de semana sim e semana não, que não é de 15 em 15. de 15 em 15 é a cada duas semanas k
oi, anon! não sei se entendi, mas, o que você sugeriu é que o dia de ask também seja um dia para as pessoas responderem turnos? se for isso, não se preocupe, o "fim de semana de ask" nada mais será do que um período formal onde vão rolar ask games que não vão interferir com os outros jogos dos players. ou seja, todo mundo vai poder continuar respondendo thread e postando starter aberto enquanto também respondem, enviem e transformam em thread as asks. e quanto à ser uma semana sim e uma semana não, na verdade, são 15 dias mesmo, viu? olha: se o game começa no dia 22, 15 dias depois, ou, na semana seguinte à que não teve, no dia 5, teremos novamente.
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marianeaparecidareis · 8 months
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MARIA SS. FALA DO AVISO COM ANOS DE ANTECEDÊNCIA!
[https://youtu.be/womjQcBGROM](https://youtu.be/womjQcBGROM?fbclid=IwAR0O6UsclxsbV9UmFCjhba34yZxXrXs_cpQTAw8-uQZrbLupf5mqlhBtScA)
“Serei vista e notada no mundo inteiro como jamais aconteceu antes. O Poder a mim concedido equipara ao PODER do ALTÍSSIMO, que pelo FILHO, quer ver manifestada toda a Sua Glória!!
A Primeira Vinda foi unicamente focada na pessoa de JESUS. Agora a Humanidade verá aquela que O trouxe e que possui Majestade Celestial digna de ser Mãe de Deus. Será assombroso!! O inaudito!! A Revelação do Grande Mistério da Encarnação Divina; o Ápice de Amor de um Deus todo Poderoso... Esta é a Síntese de todo MISTÉRIO DIVINO que será revelado aos puros e simples. Não possuem esse conhecimento nem essa simplicidade que haverás de ensinar filha, como uma verdadeira mestra pois que é a minha SIMPLICIDADE sendo exaltada.
Nem tudo poderá ser dito em palavras. São simplesmente emoções pelas quais deveis passar, para que a realidade dos fatos esteja impregnada em vossos corações a ponto de enfrentardes Opositores que querem vos liquidar. A possibilidade de uma convergência de ideais seria motivo de grande Júbilo Celestial e a coroação de esforços gigantescos numa mesma Meta: Fazer-me amada como a Mãe de todos os Povos!” Tua Mãe
Maria Saníssima a [Marjorie Dawe](https://www.facebook.com/marjoriedawe1?__cft__[0]=AZXQ84-aga-zsGflP4OH-Rgi4PJlz7wI3WeZ2ObJf__gbZVzsyYuk-TTAoS0bJEuc69_MEDIxgjY3lSkNXZ7sD8BMyq9AGB1OBz332WPhbWEtfgCii5E0ElqwFfusPaE4uyyLGmkhGR2AxeycDz7D9XwvGUO6ROpZNDSQQAswGl0zg&__tn__=-]K-R)
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ksimsplay · 11 months
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Desafio vida na floresta⛺️🍃🌳🍂
Inspirada pelo desafio do náufrago, eis que surge o desafio de viver natureza, melhorar suas habilidades, pra enfim viver o sonho de morar na floresta de Granite Falls, vivendo do que a natureza dá, bem longe das coisas da cidade.
Esse desafio foi criado e feito em Fevereiro de 2022.
Conheça Niara & Cauê, dois estranhos com apenas um sonho!
Clicando aqui :) 🍀
 A história é claro, que você pode criar. Use seu lado mais criativo, roteirista e vai em frente.
🚫Regras
•Destrua todas as construções de Sulani e sim, tem que escolher alguma ilha de Sulani, indico a mesma que fiz o desafio, a ilha da caldeira, a ilha do vulcão.
•O lote precisa estar fora da rede, é só colocar como um lote de desafio.
•Começar o desafio com 200 simoleons, se precisar de mais vamos ver. Já que também estou fazendo agora e acabei de criá-lo, vai que seja necessário mais (; Uma ideia, tudo que a pessoa da carpintaria for fazendo, venda no inventário, para gerar mais dinheiro através do próprio trabalho.
•O itens básicos do lote não são descontados do valor inicial, primeiro compra as coisas do lote e deixa o dinheiro da família somente com 200 simoleons.
•Criar duas pessoas jovens-adultas
•Pode usar gabinete de cozinha, feito de madeira para servir de apoio a tigela de kava, que serve para fazer....suco de laranja kkkk , mentira, Kava mesmo. Já que eles precisam beber alguma coisa e nem tem nada pra isso (Inicialmente)
•Devem se alimentar de frutas e peixes, através da fogueira. Mas seu sim pode ter levado marshmallows também, já que pra eles, isso é irresistível.
•Seu sims podem levar livros e alguns remédios naturais, já que um deles é apaixonado por herbalismo. E algumas ervas e dois tipos de frutas, recomendo que uma das frutas, seja morango, para poder nascer na estação que eles devem começar.
• Comece na estação da primavera
•Podem levar ou ganhar fones de ouvidos, mas faça o menos uso possível, igual ao celular, já que eles precisam ser recarregados e lá não tem energia.
•Os traços são livres e as aspirações também, mas colocar algo que envolva natureza seria bom. Se quiser completar a aspiração, sinta-se livre!
•As habilidades necessárias, precisam começar zeradas.
•Tempo de vida: Sem envelhecimento. Quando eles conseguirem chegar a Granite Falls, aí sim podem colocar em tempo de vida normal. “ Será que a ilha remota, é mágica?”
•Proibido qualquer contato com outro sim.
⛵️Para sair da ilha, eles precisarão de ter nível 8 nas seguintes habilidades;
•Pesca
•Jardinagem
•Carpintaria
Pode ser dividido entre os dois, quem faz o que, porque assim eles se completam e não demora tanto.
Lembrando que um deles, vai construir um barco, através da habilidade de carpintaria então, bota esse povo pra trabalhar.
📌Seu lote deve conter:
• Barraca
• Fogueira
• Iluminação básica de velas
• A iluminação com fogo, que veio da expansão "ilhas tropicais" (Se tiver)
• Tapete de Yoga
• Mesa de carpintaria
• Uma tenda para cobrir a fogueira
• Duas moitas (PROIBIDO USAR OS BANHEIROS DE SULANI)
• A tigela de Kava
• O Gabinete de madeira
• No nível 5 na habilidade de Carpintaria e Jardinagem, podem ter uma pia que funciona fora da rede.
🌄 Quando eles chegarem na floresta;
FINALMENTE, contato com outros humanos! Podem fazer amizades, entrar em contato com a família e os celulares serão carregados.
O sim que escolher gostar de Herbalismo, precisa chegar ao nível máximo.
E assim, o desafio já pode ter seu fim.
Se você tiver um canal e for fazer, só dê os créditos por favor 😊 Pode me mencionar, que eu ainda visito seu canal pra poder ver como será o seu desafio. Espero que tenham gostado, um beijo simmers da K! 💜
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vasilzelenak · 1 year
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Jiddu Krishnamurti No Curso da Existência 1 h · Quando alguém afirma ser cristão ou hindu, americano ou inglês, fala com certo orgulho e poder, o que inevitavelmente cria barreiras entre as pessoas. E quando diz ser cristão, será que não tem consciência de todas as suas implicações? Será que as pessoas não têm consciência da insignificância do rótulo e da grandeza da realidade? De que quanto mais se preocupam com mesquinharias, menos realidade há? Amor, compaixão, boa vontade não precisam de um rótulo, eles é que trarão a paz ao mundo. Nem o mero ajuste econômico, nem a dominação de um ou dois povos, nem o progresso tecnológico podem trazer a paz. Ao contrário: sem uma mudança de atitude, essas coisas só provocarão catástrofes maiores e mais destrutivas. Para trazer a paz ao mundo você deve começar por si mesmo, porque você é o mundo. O mundo é o que você é. Se você é ganancioso, competitivo, só quer privilégios e lucros, apegado a este ou aquele rótulo, ciumento e apaixonado, terá um mundo com ódio e guerras, um mundo de caos e tirania crescentes, de crueldade e medo. Você criou o problema do mundo e é a única pessoa que pode resolvê-lo. Não deixe isso para os especialistas, os políticos, os dirigentes, porque o mundo é aquilo que você é. — Jiddu Krishnamurti Keď sa človek tvrdí, že je kresťan alebo hinduista, Američan alebo Angličan, hovorí s istou hrdosťou a mocou, čo nevyhnutne vytvára bariéry medzi ľuďmi A keď tvrdíte, že ste kresťan, neuvedomujete si všetky jeho dôsledky? Neuvedomujú si ľudia bezvýznamnosť označenia a veľkosť reality? Že čím viac sa trápite nad malichernosťou, tým menej existuje realita? Láska, súcit, dobrá vôľa nepotrebujú nálepku, to oni prinesú svetu mier. Ani obyčajná ekonomická úprava, ani nadvláda jedného či dvoch národov, ani technologický pokrok nemôžu priniesť mier. Práve naopak: bez zmeny postoja tieto veci spôsobia len väčšie a ničivejšie katastrofy. Ak chcete priniesť svetu mier, musíte začať od seba, pretože vy ste svet. Svet je to, čo si ty. Ak ste chamtiví, konkurencieschopní, chcete len privilégium a zisk, pripútaní k tomu či onoho nálepke, žiarliví a vášniví, budete mať svet nenávisti a vojen, svet rastúceho chaosu a ty Vy ste vytvorili problém sveta a ste jediný, kto ho dokáže napraviť. Nenechávajte to na odborníkov, politikov, manažérov, pretože svet je taký, aký ste vy.
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leituranlouisecruz · 2 years
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RESUMO - Disseminação: o tempo, a narrativa e as margens da nação moderna
Por Louise Ribeiro da Cruz
Texto apresentado no canal UNIVERSO MÁGICO DOS LIVROS - disponível no Youtube.
Noções de cultura e alteridade em países pós-coloniais envolvem histórias escritas (e inscritas) a partir de agir e olhar forâneos, uma vez que advém de um pensar estrangeiro por meio de uma língua não nativa.
Sobre tais noções, mesmo que os ensaios do professor e crítico literário Homi K. Bhabha possam sofrer críticas[1] de historiadores e antropólogos (entre outros estudiosos) devido a um hermetismo linguístico e certa dose de lugar-comum nos textos; seus trabalhos são importantes, pois permitem discutir e problematizar noções de: hegemonia cultural e política, multiculturalismo, negociação cultural, questões identitárias, hibridismo e o conceito tradicional de nação.
No ensaio intitulado DissemiNação: O Tempo, a Narrativa e as Margens da Nação Moderna (BHABHA, 2005, p. 198-238), o estudioso expõe e critica o conceito nação como uma narrativa erigida sobre permanente embate entre discursos pedagógicos, comunidade nacional e discursos performáticos; os quais, de alguma forma, se contrapõem à pedagogia nacional.
No ensaio, Bhabha também expõe que nação é uma metáfora liminarmente definida na luta narrativa por meio da qual coesão e unidade da comunidade são representadas na imagem de “muitos como um” (p. 203). Penso que essa metáfora pode, eventualmente, ser metonimicamente interrompida por discursos performáticos que apontam para conflitos, diferenças e lutas que rasuram a identidade nacional, o “muitos como um”.
Outro conceito, o de disseminação, segundo Bhabha, seria a dispersão dos povos e estaria ligado a um localismo temporal (não histórico), uma ‘transposição’ de pessoas em outro espaço, uma forma de vida ligada à ‘filiação’ social e cultural; fenômeno bem conhecido no hodierno mundo globalizado que vivenciamos. Esse processo que ocorre no mesmo espaço-nação, é aquilo que, na minha leitura, muitos conhecem como fronteiras nacionais.
Para Bhabha, tal processo de ‘filiação’ social e cultural ocorre por conta de ‘manobras ideológicas’ de quem está no poder para criar ‘comunidades imaginadas’ na tentativa de homogeneizar o que é plural e ‘converter o Povo em Um’. Acredito que, assim, cria-se um processo de desestruturação do ser ao qual se juntam a disseminação da identidade e o senso de pertencimento a alguma comunidade local – o que acaba proporcionando a ilusória percepção de ‘agregação’ a uma comunidade global ‘imaginada’.
No supracitado ensaio, vejo Bhabha pensar a nação a partir de suas descontinuidades; tratando, assim, de recusar a narrativa unitária de nação, enquanto ordenadora do caótico e construtora de um sentido-fim a partir de discurso pretensamente moralizante. Segundo Bhabha[2], o nacionalismo do século XIX revelou sua arbitrariedade ao construir discursos unissonantes, como se a nação tivesse fonte única. E, nesses discursos, a leitura que faço é os conflitos serem postos de lado – alguns renegados e outros, até mesmo, condenados –, em detrimento de uma concepção unidimensional de cultura, essa percebida como conjunto de legados imemoriais. Para endossar essa posição de minha leitura, cito o próprio Bhabha: “É de fato somente no tempo disjuntivo da modernidade [...] que questões da nação como narração vêm a ser colocadas.” (2005, p. 202). Assim entendo o discurso do nacionalismo articular um tipo de narrativa que privilegia a coesão nacional – a exortação do “muitos como um” (2005, p. 203). Em outras palavras, posso dizer que no ensaio ora em comento Bhabha desconstrói a visão míope, deturpada e redutora tradicionalmente atribuída à nação e procura pensá-la a partir de suas margens. Margens nas quais as vivências de minorias, os conflitos sociais e os arcaísmos vão ao encontro do moderno. Trata-se assim, nas palavras do próprio Bhabha, do questionamento da “visão homogênea e horizontal associada com a comunidade imaginada da nação” (2005).
Para além dessa linearidade pedagógica, o estudioso indo-britânico discute o caráter performativo da apropriação singular do nacionalismo. Sobre isso, pesquisa por mim realizada encontrou artigo publicado na revista Fenix da Universidade Federal do Rio de Janeiro intitulado Narrativa e Fronteira Cultural, cujo autor, Felipe Charbel Teixeira (2005), alude só haver nação porque há apropriação. E continua esse articulista: toda apropriação é uma quebra de sentido; logo, uma quebra da coerência narrativa. Ao considerar a escrita da nação com base na ideia de cisão[3], Bhabha apresenta a própria recusa de narrá-la. E aprofunda Teixeira: se a nação pode ser escrita a partir de cada ato performativo – o qual atualiza o geral como singularidade, sem que esta se inclua a um sentido unitário anterior à experiência –, enquanto objeto de narrativa, ela atém-se à pedagogia da sabedoria moralizante. Assim, a nação narrada possui a coerência de um télos[4] evidente, naturalizado; esse entendido como ponto ou estado de caráter atrativo ou concludente para o qual se move uma realidade. Télos que, para utilizar expressão de Walter Benjamin, “vem de longe” – sentido que carrega a própria sabedoria moral, que justifica a comunidade como um fim em si.
De minha parte, reconheço nação como um espaço marcado por diferenças conflituosas que permitem rearticular os signos presentes nas narrativas nacionais, rompendo com as representações de fronteiras totalizadoras. Nesse sentido, julgo que Bhabha busca evidenciar a ‘tradução cultural’ como chave, a pedra de toque que enseja os processos de circulação global como possibilidade de questionamento das narrativas homogeneizadoras. E, nessa busca, o autor indo-britânico faz a linguagem escorregar, uma vez que vai deslocando seus (dela) sentidos. É o que podemos perceber desde quando Bhabha intitula e grafa ‘DissemiNação’ com as letras ‘D’ e ‘N’ maiúsculas. Dito de outra forma: ele faz um jogo com as palavras, que dão à expressão um sentido inigualável. Dessa forma, Homi K. Bhabha vai além do filósofo francês Jacques Derrida para defender a nação ser resultado de uma dupla ejaculação criativa (di/ semêm/ ação) e pontuar a ideia de que a nação possui dois sentidos (di/ sema/ nação): pedagogia ou performance.
Assim sendo, Bhabha mostra que a ideia de nação é feita de retalhos... fragmentos fortuitos... E o suposto conceito de nação – a ‘colcha desses retalhos’, desses fragmentos fortuitos – é algo totalmente vazio. Destarte, o conceito de nação é algo construído pelo imaginário popular e autenticado pela intelectualidade – se é que assim se pode chamar – que lhe explica e justifica.
Nada obstante, o discurso da ação que move a nação é repleto de preconceitos e estereotipagens que tentam definir ou, pelos menos, estabelecer condições de contorno para um conceito que, na verdade, não existe.
Considero que a pretensa unidade constituída pelo todo dos fragmentos da ‘colcha de retalhos’ é algo inalcançável e, por isso, não há como discursos decretarem a complexidade de povos de quaisquer sociedades. Afirmo isso, pois a escrita jamais poderá representar a miríade de ocorrências que perpassa a vivência humana e estabelecem condições de contorno totalizadoras para discutir e problematizar os ‘conceitos’ de nação e cultura.
Finalizando, como diz o escritor israelense Amós Oz: “grande parte das coisas escapa para morrer em silêncio”[5]. No ensaio ora em resumo Homi K. Bhabha contribui para ratificar tal assertiva.
REFERÊNCIAS
BHABHA, Homi K. DissemiNação – O Tempo, a Narrativa e as Margens da Nação Moderna. In: _________. O Local da Cultura. Belo Horizonte: UFMG, 2005. 398p.
TEIXEIRA, Felipe C. Narrativa e Fronteira Cultural. In: Fênix [Revista de História e Estudos Culturais]. Universidade Federal do Rio de Janeiro, abr.-jun,/2005, v. 2, Ano II, n. 2. Disponível em: <http://www.revistafenix.pro.br/PDF3/Artigo%20Felipe%20Charbel%20Teixeira.pdf>. Acesso em: 19 out. 2016. 14p.
[1] Com o processo de descolonização, estudos históricos e antropológicos ganharam novas visões, direções e impulsos quando intelectuais oriundos das ex-colônias conquistam destaque no cenário internacional; face às experiências que vivenciaram. Isso permitiu a eclosão de pontos de vista não concebidos em ambiente acadêmico; esse alicerçado no relato etnográfico como síntese textual (BHABHA, 2005, p. 212). Assim, descredita-se a ideia de que a cultura de determinado grupamento étnico seja traçada por categorias bem definidas que dão lógica a um discurso simbólico e coletivo. Decorrente disso, entra em cena o entendimento de que culturas devem ser analisadas em processo dinâmico, conjunto de jogos sociais em contextos delineados por condições de contorno específicas de cada grupamento social.
[2] Por oportuno, cabe registrar: nesse pensamento Bhabha segue uma série de teóricos, como Eric Hobsbawm, Edward Said, Benedict Anderson e Ernest Gellner.
[3] “Na produção da nação [...] recorrente, do performático.” (BHABHA, 2005, p. 207)
[4] Fonte: Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, 2009.
[5] Apud Teixeira, 2005, p. 14.
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eudorameira · 3 years
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[4] GOBLIN, 2016
ou o drama em que conheci o meu oppa!
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Goblin é o K-drama que me foi muito mais que recomendado. É quase uma intimação ao entrar na dramaland assistir à esse, que é um dos dramas mais amado e comentado pelos fãs.
Ele foi e é um sucesso até hoje!
Então, não somente por isso, mas também por motivos de ainda não o ter superado, essa é a minha resenha mais difícil até o momento.
Mas bora lá!
Kim Shin é um general militar que após sucessivas batalhas vitoriosas em nome do rei Wang Yeo, acaba traído pelo mesmo por inveja e medo de que ele se tornasse maior que o próprio. 
Morto, o povo clama pelo seu retorno e Deus lhe devolve a vida. E não só isso, o torna imortal como punição pelas inúmeras vidas que ele tirou em campo. 
Kim Shin se torna o Goblin e ganha poderes, incluindo o poder da vida e o dever de proteger pessoas, ele se torna um guardião de almas. 
Longos anos depois, através de uma interferência na morte de dois humanos, Goblin sela seu futuro e a história se inicia.
Uma das almas salvas por ele, seria Ji Eun Tak, que na época estava no ventre da mãe, ainda não nascida. Ela se torna o que chamam de A noiva de Goblin. A única com poder de acabar com a sua imortalidade.
Após a morte inesperada de sua mãe, que depois a gente vem a saber que a morte torna a buscar aqueles que dela conseguiram escapar, Ji Eun Tak vai morar com a tia, que a maltrata. Ou seja, ela não tem uma vida muito fácil! Além disso, ainda tem o dom de ver e conversar com espíritos. O que faz com que seja a garota estranha da escola, não tendo muitos amigos a sua volta.
E é no dia de seu aniversário de 19 anos que tudo muda!
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Após uma súplica desesperada e um soprar de velas, surge o Globin a sua frente!
Ele sem saber bem o porque e como foi parar ali, não é muito receptivo e imediatamente Ji Eun Tak o vê como sendo a resposta de suas súplicas.
Goblin é muito mais que um dilema sobre ser ou não imortal. Ele leva muito a sério o “Aqui se faz, aqui se paga!”.
A lenda diz que somente a noiva de Goblin pode dar um fim a sua imortalidade. Como? Retirando a espada que ele carrega no peito!
E para saber se Ji Eun Tak é realmente a pessoa destinada a ser sua noiva, ele precisa ter certeza que ela consegue ver a espada.
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Antes disso, ele acaba sendo bastante rude e nada amistoso, mas a carência jovial de Ji Eun não a deixa desistir de seguir em frente e assumir o seu papel de noiva. O que ela não sabe, é que ser noiva do Goblin é muito mais do que somente um casamento e filhos.
Deixando um pouco a problemática central do drama de lado, eu preciso falar dele, o oppa que roubou meu coração, o Ceifador! E a importância dele para a história. 
O ceifador é o que conhecemos como o senhor a morte. É ele o responsável por conduzir a alma para o seu destino final. E se torna um ceifador aquele que fez um grande mal na vida anterior. Sendo que como Ceifador, você não tem nenhuma lembrança de sua vida passada.
O trabalho de um ceifador segundo o drama é extremamente burocrático, o que trouxe um alívio cômico para o personagem e a temática.
Não só isso, como a relação entre ele e o Goblin, que acabam por “armadilha do destino”, dividindo o mesmo teto.
Meu bromance surge e confesso que meu casal preferido desse drama é Ceifador e Goblin! A vida e a morte, o gelo e o fogo!
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A interação desses dois personagens nos proporcionou cenas icônicas e hilárias. Era meu momento favorito da série!
Pela primeira vez em um drama eu voltei algumas cenas, algumas vezes, pra rir de novo!
O Ceifador é um personagem sofrido com um passado doloroso que mesmo que ele não se lembre, ele pode sentir. Então, em diversos momentos desse drama tudo o que você vai querer fazer é enxugar as suas lágrimas e o colocar no colo.
Momentos emocionantes também de seu personagens são o ritos de passagem que acontecem na sua casa de chá, lugar onde as almas são levadas para o julgamento final, se é que podemos chamar assim.
O casal secundário que o envolve junto com a dona do restaurante onde Ji Eun trabalha, Sunny, é tão triste quanto cativante! Então, lencinhos!
Essa personagem aliás tem um papel muito importante para o desfecho da história de Goblin e o Ceifador!
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O drama te envolve facilmente, te emociona, te faz rir e tem uma OTS marcante!
Além do melhor beijo de todos os dramas que eu vi até agora! 
Porque quem tá na dramaland ou chegou agora assim como eu, sabe que os beijos normalmente demoram para acontecer, não acontecem constantemente e são tão rápidos que se piscar a gente perde!
Mas não o Goblin, o Globin beijou beijão e deixou a gente de queixo caído!
As atuações foram bem linear e de grande destaque, deixando a gente muito confortável com o elenco. A impressão que eu senti foi que eles estavam tão entrosados fora das câmeras que isso transpareceu em seus personagens.
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Agora antes de finalizar a resenha, eu preciso tocar no ponto polêmico muito comentado pelo que andei vendo por aí.
A diferença de idade entre os personagens protagonistas e o incomodo que isso causou em algumas, no caso muitas pessoas.
Eu, antes de mais nada, confesso que demorei para “aceitar” o casal. Mas acredito que esse incomodo era intencional, pois o meu sentimento no inicio do drama era o mesmo sentimento que o Goblin teve ao conhecê-la. Tanto que ele a via como uma criança, e a chamava assim! 
Todo o processo de aceitação e o sentimento foram se modificando gradativamente. E o mesmo foi acontecendo comigo e acredito que com a maioria dos telespectadores.
Além do que, ele sempre a respeitou e incentivou seu crescimento sem a limitar e a privar de nada. Mesmo quando ela estava em constante perigo, ela era livre. Isso é muito importante ressaltar! O amor de Goblin é um amor triste, mas saudável.
Ele demorou muito para assumir pra si mesmo esse sentimento e esperou que ela completasse a maior idade para que algo pudesse acontecer entre os dois.
Aliás...
SENTA QUE LÁ VEM SPOILER!
A maior prova dessa hesitação está na primeira tentativa fracassada de Ji Eun Tak em retirar a espada. 
Naquele momento ela podia ver, mas não tocar na espada e Goblin se sentiu tão frustrado quanto aliviado.
Acontece que ela só poderia retirar a espada quando ambos cultivassem um sentimento forte o bastante um pelo outro para que isso se tornasse não uma libertação, mas sim um castigo.
Ele teria que amar a noiva para que só então ela pudesse retirar a espada dando fim à sua imortalidade.
E mesmo que ele optasse pelo amor, ele descobre que um precisa morrer para que o outro possa viver, pois ela era uma alma que não deveria ter nascido. A alma omitida do Ceifador. Ela naturalmente desafiava as regras da morte cada dia que permanecia viva!
Tenso, não?
FIM DOS SPOILERS!
Ainda sobre a polêmica, a apresentação infantil da personagem no inicio da história nos deu um olhar muito objetivo dela quando a passagem de tempo acontece. 
E isso fez toda a diferença para história tomar forma nos episódios finais.
Algo que me incomodou um pouco foi ele não contar a verdade para ela sobre a consequência de se retirar a espada de seus peito, fazendo com que ela achasse, pasmem! Que ao retirar a espada ele ficaria mais bonito. Tipo o sapo que viraria príncipe!
N/A: Se sapo tá assim, imagina se virasse príncipe!
Outro ponto que mostra o quanto inicialmente a personagem era ingênua e como ela a enxergava.
Dito tudo isso, acho que não deixei tanta coisa de fora! Mas vale registrar que sim, eu problematizei o desfecho de Globin e Ji Eun Tak.
E vou dizer o porquê!
MAIS SPOILER?
O meu sentimento foi que a história deixou uma lacuna gigante em aberto e vou explicar o motivo.
O Goblin permaneceu imortal após a sua volta, certo? Algo que achei que não aconteceria.
Ela estava vivendo sua primeira vida e isso foi destacado! O roteiro no informa que possuímos quatro chances de viver. A espada não estava mais lá, ou seja, zero chances de pôr um fim a imortalidade do Goblin, mesmo que ele assim desejasse.
Em algum momento, mesmo que bem distante eles não poderão estar juntos!
O destino lhes deu um prazo de validade, extenso, mas um prazo de validade! E o Goblin permanecerá amaldiçoado por toda a eternidade, algo que até o ceifador conseguiu a redenção e ele não!
Ela vagará sozinho pela terra como todos os 939 anos anteriores ao encontro dela, ainda a espera dela! 
Até o dia em que a despedida será um adeus!
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Eu achei o destino do Goblin muito dolorido!
ENFIM, FIM!
O drama não é tão famoso a toa! 
Pode parecer arrastado em alguns momentos e com uma sequência repetitiva de flashbacks, mas os pontos positivos são muito superiores a tudo isso!
Eu assisti o drama pelo Viki, que ainda conta com alguns especiais bem divertidos de assistir com cenas de bastidores e comentários de Lee Dong-Wook e Yoo In-na.
Eu agora já posso me considerar uma dorameira?
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jjloopzig · 3 years
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Planeta Goodles
Quadrante/Setor/Sistema: O1G (Constelação do Cruzeiro do Sul)
Sistema                         : Goodles (35 Cru)
Nome nativo:                 : Paradesha
Tipo                              : Terrestre
Temperatura                  : Moderada
Atmosfera                     : Tipo I
Hidrosfera                     : Moderada
Gravidade                     : 1,0g
Terreno                         : Urbano
Duração do dia               : 23 horas
Duração do Ano             : 358 dias
Espécies Inteligentes      : Goodlesianos
População                      : 247 bilhões
Governo                        : Teocracia
Principal cidade             : Heden
Nível Tecnológico          : 17
Exportações                   : -
Importações                   : -
Satélites Naturais           : Vahala
A estrela            Goodles é uma estrela gigante amarela-esbranquiçada, com um raio de 37x maior que do Sol. Sua atmosfera externa emite 1033x mais luminosidade que o Sol, a uma temperatura efetiva de 7150K. O sistema planetário de Goodles compõe-se de 16 planetas. Sendo os quatro primeiros rochosos e quentes, sem qualquer vestígio de atmosfera. O quinto, sexto e sétimo planeta estão dentro da zona de habitabilidade, mas apenas o quinto e o sexto possuem formas de vida selvagem. O sétimo planeta está geologicamente em atividade constante, com formas de vida simples. O oitavo, nono, decimo, decimo primeiro e decimo segundo planetas são gigantes gasosos com várias luas, algumas habitáveis. O decimo terceiro, quarto, quinto e sexto são planetas rochosos congelados.
           Paradesha é o sexto planeta do sistema.
O Planeta            Paradesha possui 818.033 quilômetros é o maior planeta habitado conhecido da galáxia. O planeta possui também um sistema de anéis dourados compostos por grandes fragmentos de ouro. O planeta é geologicamente inativo, com um ecossistema complexo e muito variado. Possui apenas um grande continente que ocupa mais de 75% do planeta. O planeta possui uma grande cadeia de montanhas, desertos, florestas e rios que cortam o continente em diferentes locais. Considerado um paraíso, o planeta tem paisagens deslumbrantes e locais de tranquilidade e paz. Com seu clima ameno e completamente controlado o planeta não passa por instabilidades ou problemas com desastres naturais.            Diferente de todos os planetas conhecidos, Paradesha não possui variações climáticas, sendo uniforme a temperatura e o clima em todos os locais do planeta. Não existe mudanças de estações drásticas. Os invernos são amenos e os verões de um calor aconchegante. Cientificamente é impossível se classificar o planeta, mas cientistas de todas as linhas acreditam que o planeta é protegido por algum tipo de mágica.
Satélites Naturais            Possui apenas um satélite natural:            Vahala é uma lua de tamanho grande, com 69.878 quilômetros. Assim como o planeta a lua é totalmente habitada e com um conjunto grande de diferentes ecossistemas. Parte integrante de Goodles, a lua tem cidades e segue todas as leis do governo do planeta, sendo uma colônia extensão do planeta. A lua abriga também as docas espaciais do planeta e uma grande quantidade de estrangeiros que são recebidos pelo governo do planeta.
BIODIVERSIDADE 
A Flora            A diversidade da flora do planeta é impressionante, podemos encontrar as mais variadas plantas e parece que todas as plantas mais belas da galáxia estão presentes no planeta. Espécies apenas encontrados em um planeta, magicamente crescem no planeta. A diversidade é tão grande que jamais um cientista conseguiu catalogar todas as plantas do planeta. As arvores da vida, como são conhecidas no planeta, são imensas arvores com mais de 200 metros e copa de esplendorosa beleza. Sua seiva de cor dourada é um unguento natural, capaz de curar as piores feridas em questão de algumas horas. Quase todas as plantas são benéficas para diferentes doenças em toda a galáxia. Apenas uma arvore é venenosa em todo o planeta. A arvore do conhecimento está localizada no centro magnético do planeta em um vale proibido para os habitantes. Ali essa arvore de cores vivas e frutos de aparência suculenta vive sozinha em um grande campo verde. Seu fruto é considerado pelos habitantes o mais venenoso da galáxia. 
A Fauna            Os animais do planeta vivem pacificamente entre eles e não precisam se alimentar um dos outros. De forma estranhamente equilibrada os animais têm alimento em abundancia e nenhum deles parece caçar o outro. Todas as leis de cadeia alimentar não se aplicam a este planeta. Você pode encontrar os mais diferentes animais no planeta e nenhum deles vai te atacar ou mesmo tentar te devorar. Pelo menos é o que dizem os habitantes do planeta. Estes são alguns animais do planeta:         Dotuja é o animal mais inteligente em todos do planeta. Vivem em comunidades e são muito ariscas com pessoas que não se mostram puras de coração. Uma dotuja é símbolo de amizade e ganhar uma é um laço de amizade eterno entre as duas pessoas a dotuja que vai ser a vigia e guarda desse amor puro que é a amizade entre duas pessoas. Uma dotuja é capaz de reatar esses laços se algum coisa ruim acontecer, levando o espirito dos amigos a se encontram em sua vida após a morte, assim diz a lenda.
DEMOGRAFIA 
Cidades mais populosas Heden a maior cidade e de espetacular beleza é ali que se situa o Palácio de Cristal a morada do Pai Javé, o primeiro Goodlesiano e senhor de tudo que é vivo. A cidade tem mais 500 milhões de habitantes e é uma cidade cosmopolita com habitantes de toda a galáxia morando ali. A cidade considerada uma joia da galáxia. Atualmente a cidade ocupa mais de 800 mil quilômetros quadrados. Com uma qualidade de vida invejável é o centro comercial do núcleo galáctico e por muitos anos foi sede da UPC e de várias outras organizações de cooperação.
Idiomas Um dos mais difíceis idiomas da galáxia, o angelicus é um uma serie de sons agudos que mais de 70% das raças são capazes de reproduzir com perfeição. Os goodlesianos tendem a se divertir com as tentativas de aprender sua língua materna por outras pessoas fora do planeta.
Religião A religião dos goodlesianos se confunde com sua vida e seu governo. Não se tem um nome, mas todo a população vive em função das regras escritas pelo deus Javé, primeiro goodlesianos e senhor absoluto da vida em toda a galáxia. Suas leis são rígidas e os goodlesianos que não a seguem tem a tendência, como eles mesmo dizem, de decair, tornando-se impuros e marcados pela maldade que tomou seu coração. Javé o deus único do planeta foi o responsável pela criação da vida na galáxia, os goodlesianos são seus primeiros filhos, então o planeta foi o primeiro a surgir em meio ao caos. A vida se fez perfeita, assim como os goodlesianos e Javé tornou-se seu pai e governante. Desde então não se viu mais Javé que vive no Palácio de Cristal, aberto apenas para o Regente, aquele que governa em nome de Javé.
São 10 as leis de Javé:
·         1.º - Adorar a Deus e amá-lo sobre todas as coisas.
·         2.º - Não usar o Santo Nome de Deus em vão.
·         3.º - Santificar os Domingos e festas de guarda.
·         4.º - Honrar pai e mãe (e os outros legítimos superiores).
·         5.º - Não matar (nem causar outro dano, no corpo ou na alma, a si mesmo ou ao próximo)
·         6.º - Guardar castidade nas palavras e nas obras.
·         7.º - Não furtar (nem injustamente reter ou danificar os bens do próximo).
·         8.º - Não levantar falsos testemunhos (nem de qualquer outro modo faltar à verdade ou difamar o próximo)
·         9.º - Guardar castidade nos pensamentos e desejos.
·         10.º- Não cobiçar as coisas alheias.
Pela lei de Javé os mandamentos são para uns seguidos apenas entres o povo goodlesianos e aqueles que abraçaram as leis de Javé. Os impuros devem ser trazidos a luz ou expurgados do mundo. Os Goodlesianos se consideram guardiões do universo e por isso mesmo acreditam que tem a missão de levar a justiça e a paz a todos os cantos, o que as vezes leva a conflitos com outras raças que acreditam que os goodlesianos impõem sua própria justiça esquecendo o livre arbítrio de cada uma das raças da galáxia. Uma nova visão sobre as leis tem sido levantada por “novos” goodlesianos que entraram em conflito com os puristas o que resultou na primeira guerra santa de Goodles e na expulsão e finalmente na criação da raça dos Vazzionianos.
 Composição étnica Os Goodlesianos são uma raça peculiar, não possuem meios que possam identificar que estão vivos. Seus tecidos são normais, como de qualquer outra criatura viva, mas não tem nenhuma função a não ser a de composição da forma física em torno de um esqueleto. Não existe nenhum tipo de característica para uma criatura viva. Seu coração não bate, não respiram, não excretam e não precisam comer ou beber. Quando questionados, eles dizem que são a consciência que toma forma física e quando chega sua hora, ela só retoma seu lugar no espaço energético que é o poder de Javé. Depois voltando em dado período a um novo corpo físico. Se seu corpo físico de um goodlesiano e destruído de alguma maneira, ele demora um ano para retomar sua forma novamente em seu planeta natal. Seu aspecto é humanoide, com grandes asas com penas que estão ligadas as suas costas. Sua ligação e tão poderosa com a energia elementar (a qual eles chamam de Javé), que são capazes canalizá-la em magia. E uma civilização avançada tecnologicamente, mas levam uma vida de contemplação e de ajuda a outros seres vivos da galáxia. Seu corpo físico se desfaz em uma grande quantidade de areia dourada, quando sua cabeça e separada por completo do corpo. Dizem os goodlesianos que neste momento é impossível de se voltar e que a energia é dissipada e volta as mãos do grande Javé. Seguem um rígido código de honra, ligada a sua religião e tem seus irmãos Vazzionianos, que um dia foram parte dos goodlesianos, como seus inimigos mortais, tal é a sua ligação que o seu momento final sempre vai ser em uma luta contra um vazzionianos.
GOVERNO E POLÍTICA 
Sistema governamental            O governo de Goodles é uma teocracia. Existe apenas um governante que é Javé, apesar de não ser visto a milhares de anos ele ainda é o governante absoluto do planeta. Suas leis são inquestionáveis e eles a tudo observa pois é onisciente. No momento quem cuida da politica governamental de Goodles é o Regente, um cargo de confiança, considerado o braço direito de Javé. Apenas o Regente tem acesso ao Palácio de Cristal, residencial oficial do governante.            Os goodlesianos sabem que Javé ainda está lá porque como não existe reprodução entre os goodlesianos e novos goodlesianos surgem todo ano, sabem que Javé está criando filhos para levar a justiça para a galáxia e impedir que os vazzionianos se propaguem.            Os vazzionianos surgiram durante a Primeira Guerra Santa, liderada por Lúcifer que questionou os mandamentos e junto com seus aliados tentou usurpar o comando do planeta. Gabriel, o Regente e primeiro General de Javé lutou contra Lúcifer e seus aliados expulsando-os do planeta.            A Segunda Guerra Santa, foi instigada por Lúcifer, já como um vazzionianos e mais uma vez foi vencido e o planeta Vazzios foram destruídos pelos aliados malditos dos Vazzionianos, os Mizarianos.
Eleições e partidos            Não existem eleições no planeta. Todos os cargos do governo, sejam eles planetários, regionais ou municipais, passam pelas mãos do Regente que sabiamente faz as escolhas em nome de Javé.             Não existem partidos, mas linhas ideológicas mais tradicionalistas, moderadas ou modernas cada um com seu representante, mas todos devotados as leis de Javé. 
Forças Armadas            Não existe divisões de armas entre os goodlesianos, pois todos são guerreiros de Javé, porém, existe uma hierarquia dentro das forças de Javé. São assim distribuídos:
1.      Serafins 2.      Querubins 3.      Tronos 4.      Dominações 5.      Virtudes 6.      Potestades 7.      Principados 8.      Arcanjos 9.      Anjos 
Os nove coros dos anjos têm outra divisão, classificada pela sua proximidade com Javé, são dadas em Tríades: 1ª Tríade Serafins:  São os anjos mais próximos de Javé e emanam a essência divina em mais alto grau. Assistem ante o Trono de Javé e é seu privilégio estar unido a Deus de maneira mais íntima eles são os serviçais do Palacio de Cristal e jamais são vistos.
Querubins: São descritos como os anjos Guardiões do Trono de Javé. A maioria dos altos oficiais de Goodles são Querubins. 
Tronos: São identificados como os 24 anciãos que guardam as 24 casas de Goodles. As 24 casas são os primeiros goodlesianos criados por Javé. Formam o Conselho do Regente. O Regente vem sempre de uma dessas casas, assim como Comando Supremo. 
2ª Tríade Dominações:  Ou Domínios têm a função de regular as atividades dos anjos inferiores, distribuem aos outros anjos as funções e seus mistérios, e presidem os destinos dos planetas. Cada um tem o trabalho de monitorar planetas e regiões. 
Virtudes:  São os responsáveis pela manutenção do curso dos astros para que a ordem do universo seja preservada. Eles são particularmente importantes porque têm a capacidade de transmitir grande quantidade de energia divina. Imersas na força de Javé, as Virtudes derramam bênçãos do alto, frequentemente na forma de milagres, livrando todos do mal. 
Potestades: Ou Potências são também chamadas de “condutores da ordem sagrada”. Executam as grandes ações que tocam no governo universal. São os sacerdotes de Javé e devem levar sua palavra para a galáxia como libertadores e pregadores. 
3ª Tríade Principados: São os anjos encarregados de receber as ordens das Dominações e Potestades e transmiti-las aos reinos inferiores, planetas que estão em estágio inferior de evolução. Protegem também a fauna e a flora. Como seu nome indica, estão revestidos de uma autoridade especial: são os que presidem os reinos, as províncias, e as dioceses.
Arcanjos: Seu caráter de mensageiros, ou intermediários, é assinalada pelo seu papel de elo entre os Principados e os Anjos, interpretando e iluminando as ordens superiores para seus subordinados, além de inspirar misticamente as mentes e corações humanos para execução de atos de acordo com a vontade divina. Podem ser considerados também os Generais dos Exércitos celestes, tendo cada um dos Três (Miguel, Rafael e Gabriel) Anjos sob suas ordens. Os três também representam casas importantes.
 SUBDIVISOES E COLÔNIAS 
Departamentos e países            A divisão mais próxima a países no planeta são as 24 casas Goodles. Cada casa é responsável por uma região do planeta e o Ancião da casa é seu patriarca, sendo o primeiro a ser criado por Javé.
 Colônias            Aos olhos dos goodlesianos, todos os planetas da galáxia são colônias de Goodles. A diversidade de criaturas espalhadas na galáxia é símbolo da diversidade da mente de Javé que fez todas as criaturas vivas. A forma física é passageira e apenas a energia sobrevive e dela que Javé deu a vida a galáxia. Nesse pensamento, todos os planetas são parte de Goodles e é assim que eles procedem. 
ECONOMIA 
Setor Primário            O planeta não possui fabricas ou qualquer tipo de manufatura. Todo o planeta e magicamente sustentável pela vontade de Javé. Tudo o que eles precisam o planeta e a vontade de Javé lhes proporciona. O planeta não exporta e nem importa nenhum tipo de bem. 
Tecnologia            Tecnologicamente o planeta e muito avançado e possui três docas espaciais onde são construídas as naves estelares. As naves Goodlesianas foram a inspiração para a engenharia de naves da UPC, os desenhos são similares. Uma homenagem ao planeta fundador da União. Como não precisam de nenhum tipo de manufatura, tudo é construído com material do próprio planeta. O processo é um mistério, um dos mistérios sobre Javé.            Apesar de bastante avançados tecnologicamente, os goodlesianos não precisam dela, pois sua vida de contemplação e paz não necessita de nenhum tipo de bem material. A única coisa que realmente é construído no planeta são as espadas ancestrais feitas de metal celestial, um metal existente apenas em Goodles. Cada goodlesiano tem sua própria espada que deve ser usada na defesa de Javé e dos inocentes.            As naves, tem tecnologia de ponta, apesar de até um tempo atras não conhecer a tecnologia de hiperdrive que foi adquirida pela UPC. Ainda assim os goodlesianos afirmam que suas naves são capazes de qualquer coisa, só não poderiam ser usadas para manter o equilíbrio entre os povos da galáxia.
Turismo            Todos os povos são aceitos em Goodles de bom grado. O planeta é um paraíso sem igual e os efeitos inebriantes de felicidade e paz que são alcançados no planeta não existe em qualquer outro. Todos aqueles que entram em sua atmosfera são imediatamente afetados pela paz de Javé. O planeta tem lugares de extrema beleza aonde você for, por isso é muito procurado por aqueles que acreditam em uma força superior regendo o universo e principalmente pelos convertidos a Javé. 
INFRAESTRUTURA 
Energia            Aparentemente toda a energia do planeta é gerada pelos cristais de dilítio, considerados um dos mais puros da galáxia, presentes no planeta. Outros, principalmente os habitantes do planeta dizem que a própria vontade de Javé faz com que o planeta tenha energia infinita, mas teóricos acreditam que o planeta é composto por uma estrutura cristalina de dilítio e que essa energia é a responsável pela matriz energética do planeta, o que é uma blasfêmia para os goodlesianos. 
Saúde            Os goodlesianos não precisa de médicos, seus ferimentos cicatrizam rapidamente e eles não ficam doentes ou são afetados por venenos e fogo. Existem hospitais no planeta para tratamento de outras raças e são curados com suas magicas especiais no planeta, as mesmas que usam fora dele.
Transporte e comunicação            Assim como a saúde, transporte e comunicação também são desnecessárias no planeta para os habitantes, os equipamentos que existem são exclusivamente para o uso de visitantes.            A rede de comunicação passou a existir recentemente e é toda centrada na UPC, sendo o canal de comunicação exclusivamente da UPC.
Educação            A educação no planeta existe para que os anjos possam aprender sobre a galáxia, UPC e outros planetas. Todos eles nascem já adultos pelo poder de Javé e não precisam de educação formal. Todo o conhecimento de Goodles vem com eles, desde a criação. Apenas precisam aprender sobre o mundano, fora do planeta. 
CULTURA 
Música            Os goodlesianos são exímios cantores, mas o fazem apenas para a adoração de Javé. Não existe cultura de música mundana no planeta. 
Artesanato            O único artesanato conhecido no planeta é o da confecção das espadas de aço celestial, que são um trabalho único feito pelos ferreiros de Javé. 
Literatura            Como o conhecimento já existe na alma de cada goodlesianos eles não possuem livros ou qualquer outro tipo de literatura. Os livros existentes no planeta são sobre outras civilizações e conhecimentos mundanos necessários a educação dos goodlesianos que vão atuar fora do planeta.
Artes A arte de pintura e escultura estão presentes no planeta e são consideradas formas de meditação, desde que seja arte pura e sem malicia. As artes cênicas são as mais apreciadas pelos goodlesianos e são muito bons nessas apresentações.   
Esportes            Não existe nenhum esporte entre os goodlesianos e eles não entendem bem o conceito de competitividade.
Feriados            Todos os sábados (sétimo dia) é feriado no planeta e nenhum trabalho deve ser feito.
PERSONALIDADES GOODLESIANAS
Almirante Muriell Angellus é um dos mais proeminentes goodlesianos no momento. Foi candidato a presidência da UPC por duas vezes. Foi líder rebelde da Aliança representando os Goodlesianos na luta contra o Império Galáctico de Lanos Larita. Era oficial da Zeta25 nave que foi importante na diplomacia que formou a UPC.
Capitão Salatiel Karberus é um herói de guerra, com feitos de grande importância na grande Batalha de Goodles quando as tropas de Goodles juntos com aliados da UPC expulsou os Vazzonianos do planeta. O Capitão Salatiel é hoje o Capitão da principal nave de combate da União, a UPC Antares-B. Uma lenda entres os cadetes ele é o responsável pela criação das principais táticas de combate nave x nave da UPC.
Sub-Tentente Andariel era membro da UPC Horizonte que caiu no planeta Kantaryo quando foi atacada pelo Cruzador Imperial do criminoso de guerra Lanos Larita. Andariel foi o primeiro Goodlesiano a morrer em mais de dois mil anos por meios não naturais (a raça só encontra a morte em batalha contra um Vazzoniano). Sabe-se que de alguma forma ele foi decapitado, mas existem muitas teorias sobre sua real morte. Um grupo de Kantaryanos (um planeta desconhecido até então) que pediu asilo a UPC afirma que ele foi decapitado pelo pupilo Sith de Lanos Larita, chamado Oliver, mas a maioria não acredita em uma história, tida como fantasia de uma raça de místicos.
Dina Angellicus – Terceira Presidente da UPC
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cherryxjk · 4 years
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• Sinopse:
Em um universo onde existem seres sobrenaturais e tudo parece beirar o caos, Park Jimin se encantou justo por aquele que parecia ser o mais caótico.
Talvez tenha sido as tatuagens enfeitando seu corpo, ou o cigarro mentolado que ele segurava entre os dedos, talvez o desejo de revolução ou a alma atormentada pelos demônios do passado.
Park Jimin só sabia que Jeon Jungkook era o caos mais certo que apareceu em sua vida.
ou
Em um universo distópico onde existem seres sobrenaturais, em um mundo a beira do colapso no ano de 3020, Jeon Jungkook é filho do tirano prefeito da cidade de Seul
Park Jimin é uma fada de uma rara espécie que faz de tudo para proteger seu povo e luta pela sobrevivência em um mundo em que é constantemente caçado pela ganância tanto dos humanos, quanto de outros seres.
Tudo muda quando Jimin conhece Jungkook, ele perceberá que não precisa mais lutar sozinho, e que o amor é um sentimento muito mais forte e poderoso que o ódio.
▪︎▪︎▪︎
• Avisos:
Conteúdo +18, uso de drogas lícitas e ilícitas, linguagem imprópria, violência, poderá conter gatilhos, esteja atento!
Alguns personagens não irão se rotular com X sexualidade, eles vão gostar de quem gostarem e deu, assim como terão relacionamentos da maneira que se sentirem confortáveis, eles são livres ♡
Qualquer semelhança de algum personagem com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência, tanto quanto semelhanças de personagens com figuras públicas, coincidência (porém depende)
Várias questões serão abordadas, mas com foco na filosofia. Leiam essa fanfic com a mente e o coração abertos, respeitem diferentes pontos de vista e as diferentes opiniões ♡
• Gêneros:
Fanfic, Yaoi, romance, sobrenatural, fantasia, cyberpunk, filosofia (?)
Jikook!flex | badboy!jk | fairy!jm | +18
• Wattpad:
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• Playlist de Fairy Tail:
Spotify: https://open.spotify.com/playlist/2UCo61Oorz6wk6WzOhMCB8?si=2_-foO7jQYKw966hMp4Ciw
Espero que gostem, boa leitura! 💜🧚🏼‍♂️
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''Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro.''
-Carl Jung
J U N G K O O K
''Vivemos as consequências da ganância humana, aqui e agora, assim como sempre foi. Até onde o ser humano vai? Qual é o seu limite? A violência é algo natural deles?
Desafiando sua própria moral para ter o que quer, matando e odiando aqueles que discordam de seus pensamentos e ideias. Ou impondo seus preceitos e subjugando os outros, seja por quê o outro ama alguém que é considerado pela sociedade como errado, ou por ter um gênero diferente, seja por uma crença, uma diferença física ou mental, ou um pensamento que não se assemelha ao do outro, ou por qualquer outra razão que ousarem inventar
Vemos ao longo de toda a história, tiranos sendo colocados no poder e sendo seguidos por um rebanho fiel de pessoas que idolatram comportamentos intolerantes, desrespeitosos, violentos, e por que? Por alienação? Por falta de pensamento próprio? Falta de informação? Ou simplesmente por que o tirano retrata os pensamentos e desejos do rebanho?
O ser humano tem medo do que é diferente? Por quê?''
Eu pensava enquanto encarava o teto daquele quarto desconhecido, senti uma fisgada na cabeça e um desconforto no estômago, mas que logo diminuíram, eram meus tão conhecidos sintomas de ressaca.
Um corpo à minha direita se mexeu e eu notei que estava completamente nu bem como o homem ao meu lado, "Quem era ele afinal?'' Mal pude raciocinar direito quando senti um segundo corpo à minha esquerda, uma mulher, também nua. ''Onde foi que eu me meti dessa vez? Um ménage?'' Sexo à três para mim era novidade.
Me levantei cuidadosamente antes que aqueles dois desconhecidos acordassem e comecei a procurar minhas roupas pelo cômodo para então vestí-las logo, estava receoso de encontrar mais alguém por aí e descobrir que a noite passada tinha sido muito além que um ménage.
Eu lembrava que na noite anterior eu havia estado em uma boate com Namjoon e Yoongi, meus melhores amigos, e lembro de ter encontrado aquele homem e aquela mulher, mas eu não sei quem são eles, não lembro seus nomes, nada.
Peguei meu celular que estava sem bateria e saí porta afora, eu estava em um prédio pequeno afastado da área urbana, e eu não fazia ideia de que lugar que era aquele. O frio de Novembro estava se intensificando com a proximidade do inverno de Dezembro, me encolhi na minha jaqueta de couro preta que eu usava por cima de uma fina blusa, também preta, ou seja, eu não estava com as vestimentas apropriadas para o frio.
Andei pela calçada pegando uma carteira de cigarros mentolados do bolso da minha calça jeans enquanto brincava distraidamente com o piercing em minha língua, sentindo o pequeno objeto metálico em minha boca, levei um cigarro aos meus lábios, tentei acendê-lo com o isqueiro mas o vento impedia as chamas de fazer o trabalho.
Tapei com a mão o tabaco e consegui acender o cigarro em meus lábios, tragando-o profundamente, sentindo a fumaça arder em meus pulmões para em seguida assoprá-la para o ar, andei algumas longas quadras até começar a entrar no perímetro urbano para finalmente encontrar um táxi, apaguei o cigarro e joguei no lixo para então entrar no automóvel que me levou para o edifício onde eu morava com o meu pai.
Meu pai...
Ele era o prefeito de Seoul, e era mais um tirano se fazendo presente na história, a razão de boa parte do meu estresse, a causa do porquê eu evito ficar em casa, e também do porquê eu bebo até esquecer o meu nome e também o sobrenome que herdei dele, a bebida também me ajudava a esquecer que ele existia, maldito Jeon Hwan, eu odiava meu pai com todas as minhas forças, a forma como ele dizia que eu era sangue dele, ou como ele dizia que via ele mesmo em mim, essas falácias faziam eu me odiar terrivelmente. Me escorei na janela do carro e observei a cidade e as pessoas.
Ano de 3020, como chegamos até aqui? Hoje em dia apenas uma cidade de alguns países são habitáveis, e o número da população mundial foi cada vez mais reduzido drasticamente, cada país possui apenas uma cidade habitável com cerca de 3 milhões de habitantes, não existe mais presidente, apenas um prefeito para cada um desses lugares. Antes haviam 193 países no mundo, hoje em dia existem apenas 90, ou seja, 90 cidades, 90 prefeitos, 90 pessoas mais poderosas do mundo. E meu pai é uma delas.
Seoul, a única cidade habitável da Coréia, antes com mais de 9 milhões de habitantes, hoje em dia tem pouco menos de 3 milhões, acredito que este seja um bom exemplo para retratar como está o resto do mundo, ou seja, com a corda no pescoço.
Tanta tecnologia, tão pouca natureza, e o que até hoje é um mistério, seres sobrenaturais. De alguma forma Vampiros, Lobisomens, Feiticeiros e Fadas começaram a aparecer nos últimos 1.000 anos, no início os seres humanos tentaram eliminá-los como feito com tudo o que era diferente, mas com o andar do tempo eles passaram a coexistir com leis e acordos, com exceção das fadas... pobres fadas...
Elas são caçadas pelas espécies por causa da ganância. Humanos, vampiros, lobisomens e feiticeiros os caçam pois todos podem se beneficiar delas de alguma forma.
Para os humanos, o sangue daqueles seres é usado como ingrediente principal de uma nova droga chamada Falidium, cuja sua procedência é desconhecida por todos, essa substância tem o efeito parecido com o da cocaína e até mesmo LSD, outras pessoas descrevem efeitos incríveis e indescritíveis, mas a droga é altamente viciante, possui consequências terríveis, e claro, é totalmente ilegal.
O sangue de fada é o mais saboroso para os vampiros e suas carnes são as mais macias e apetitosas para os lobisomens. Já feiticeiros as matam para roubar sua magia que duram por um tempo limitado de algumas horas, eles usam essa magia para seus poderes ficarem mais fortes. Alguns outros das espécies capturam fadas para vendê-las no tráfico, ou até mesmo vender seus órgãos no mercado negro, ou simplesmente por matar.
Teorias da conspiração dizem que as espécies só conseguem viver em harmonia porque descontam toda a sua raiva e violência nas fadas, mas na minha opinião isso é só mais uma das inúmeras desculpas para tentar justificar tanta ganância, ódio e massacre.
Em Seoul existem grandes empresas, financiadas pelo meu ''querido'' pai, uma empresa de carne de fada, dirigida por um lobisomem, uma focada no sangue delas, dirigida por um vampiro, e uma empresa de armas contra esses seres, já que elas se curam com seus poderes e o meio de fazer elas não conseguirem é com aço, material que faz muito mal a elas, que ao mínimo toque pode queimar suas peles , tudo isso movimentando uma boa grana que vai pro bolso, mais uma vez, do meu ''querido'' pai, seus sócios e os empresários desses lugares.
Por causa de toda essa caça, as fadas são forçadas a viverem escondidas nas cidades, impossibilitadas de fugirem por que as 90 cidades habitáveis do mundo possuem mais um detalhe, cada uma delas é cercada por um muro de concreto de tremenda largura e mais alto que o maior edifício que uma cidade é permitida ter, e porquê? Por causa dos seres sobrenaturais desconhecidos que vivem lá fora, chamam eles de demônios, mas a verdade é que ninguém sabe realmente o que eles são, qualquer um que sair por estes muros, pode morrer estraçalhado por alguma daquelas bestas feras, alguns dizem que parecem lobos, o que é uma ofensa para os lobisomens, outros dizem ser algo muito assustador, algo tão tenebroso que não teria como descrever, a verdade é que ninguém que realmente viu verdadeiramente um demônio sobreviveu para contar a história.
Não tem como sair da cidade por terra, o único meio é voando, com aviões, helicópteros ou qualquer coisa do tipo, ou seja, as fadas não tem condições de saírem para além dos muros, entretanto se alguma conseguir fugir das cidades, vai precisar sobreviver aos demônios, mas talvez viver aqui dentro seja muito pior.
Nunca ouvi falar de alguma delas que tenha fugido, os muros são cercados por guardas, prontos para conter o que quer que tente sair ou entrar, mas como dito, nunca ouvi dizer de nenhuma fada que tentou sair e nem de nenhum demônio que tentou entrar, apenas vivo com a constante incerteza sobre a segurança desse mundo que se agarra aos últimos resquícios de vida.
O que salva as fadas é ninguém saber onde elas se escondem, acreditasse que elas usam magia para conseguirem se esconder, só sei que agradeço aos céus por elas estarem conseguindo se ocultar e se protegerem, que continue assim.
Eu, assim como a minoria da população da minha cidade, e possivelmente do mundo, é totalmente contra toda essa caça as fadas. Quando eu era mais novo eu tentei participar de um protesto, mas logo depois eu fui muito mal falado na mídia, e quando meu pai descobriu, me bateu até eu perder a consciência, me trancou no quarto por dias, quando eu discordava dele ele tentava me silenciar com agressão, então eu parei de participar de movimentos porque a mídia colocava todo o foco em mim, e os próprios manifestantes das causas não me viam com bons olhos, muitos me odeiam, e tudo por causa de quem é o meu pai.
De qualquer forma, o prefeito nunca conseguiu me calar ou me fazer mudar meus pensamentos, muito pelo contrário, e agora com meus 22 anos, ele não ergue a mão em minha direção, porque ele sabe muito bem que eu vou revidar.
[...]
Chego em frente ao edifício onde eu moro, o maior edifício de Seoul, pago o taxista e me dirijo a entrada já avistando o porteiro abrindo as portas de vidro.
-Bom dia senhor Jeon. - Ah como eu odiava ser chamado assim.
-Bom dia - Respondo de forma educada e me dirijo à um dos elevadores com o intuito de subir para a cobertura
Entro no luxuoso apartamento e me movo rapidamente para meu quarto sem nem ao menos saber se meu pai estava por lá, não me interessava em nada saber da presença dele.
Coloquei meu celular para carregar e fui tomar um banho, tirando todo aquele cheiro de álcool, cigarro e sexo que estava impregnado em mim, eu me sentia imundo. O estilo de vida que eu levava estava me matando, eu fazia questão de tentar sair na mídia como um playboy desgraçado, e meu pai reclamava toda vez sobre minha imagem diante dos eleitores dele, e é aí que eu fazia pior, mas na cabeça dele nada daquilo era pior do que eu me unir à ''anarquistas", como ele chama, para ele era melhor um filho entrando em coma alcoólico do que participar de um movimento que vai contra ele, ou melhor dizendo, que eu entre em coma alcoólico fora dos olhares da sociedade, e tenho certeza que ele apoia que eu transe com todo mundo, ou melhor dizendo, que eu transe com mulheres.
De qualquer forma, meu pai pagava para os jornais acobertarem toda a minha vida, e os jornais que não o fizerem são fechados, até que chegou o ponto de toda a mídia da cidade estar sob o controle de Jeon Hwan, era mais fácil para o meu pai fingir que eu não existo, e fica ainda mais fácil para ele quando a sociedade sabe muito pouco a meu respeito, o que ele precisasse esconder aos olhos dos outros, ele o faria. E por isso mesmo que eu insistia naquele estilo de vida, para meu pai sempre gastar uma alta grana me acobertando e claro, tornar mais difícil a vida dele. Mas até isso se tornou habitual ao ponto de parar de ter efeito.
Ele odiava que os jornais descobrissem quando eu estava com um homem, eu sou bisexual, mas meu pai gosta de fingir que não e eu gosto de irritá-lo, gosto de ir contra ele, meu pai é o pacote completo, homofóbico, racista, fascista, abusivo e o que mais você conseguir imaginar de horrível.
Foi por causa dele que minha mãe pegou seu jatinho e se mandou para o outro lado do mundo, ela mora na cidade habitável do Brasil, eu tinha 14 anos quando acordei em uma manhã e minha mãe tinha simplesmente evaporado, meu pai ainda entra em contato com ela por questões de negócios, eles mantém uma fachada de lindo casamento, resumindo, não me dou bem com meus pais, eu até entendo minha mãe não ter aguentado mais o meu pai, mas não entendo ela ter me deixado aqui com ele.
Não vejo muito em meu futuro, mas espero poder desaparecer para longe dos meus pais, como minha mãe fez.
Cansado de me lamentar no banho sobre coisas que eu já aceitei, ou penso que aceitei, desliguei o chuveiro e saí rumo ao meu quarto, parei a caminho do closet para ligar meu celular e ser bombardeado com uma enxurrada de mensagens do Namjoon e do Yoongi, mensagens como "Onde foi que você se meteu seu merda?" ou "Você deixou a gente aqui e foi transar não é?"
Respondi as mensagens para tranquilizá-los e como retorno recebi mais uma enxurrada de mensagens com palavrões e xingamentos, eu ri e bloqueei a tela do celular, me arrastando para o closet.
Meus melhores amigos, Namjoon e Yoongi, eles não são humanos como eu, Namjoon é um lobisomem e Yoongi é um vampiro, é inusitado que sejamos melhores amigos, eles fazem parte de espécies que sofrem preconceito por parte de alguns humanos e até mesmo entre eles, já que Namjoon e Yoongi possuem as mesmas opiniões que eu a respeito do nosso sistema. Os dois são a minha família e eles tornam esse mundo menos sombrio, me fazem ter fé nas coisas.
Também são incríveis parceiros para tudo, inclusive para festas, sendo seres sobrenaturais eles são muito resistentes a bebida alcoólica, mas eu não, por isso noite passada eu fui o único bêbado do trio.
Paro em frente ao espelho dentro do closet, eu gostava do que eu via, não tinha reclamações sobre minha aparência física, eu descontava bastante do meu estresse na academia e no saco de pancadas que ficava em uma sala especial no segundo andar do apartamento, e tudo isso resultou em um corpo bem definido, mas a parte de mim que eu mais gostava eram as várias tatuagens que eu tinha espalhadas pelo meu pescoço, abdômen, braços e mãos.
Me vesti com uma blusa de moletom e calça jeans preta, sequei meus cabelos, e fui pra cozinha onde a empregada já estava terminando de colocar o almoço na mesa, tomei um comprimido para a dor de cabeça que insistia em voltar e me sentei à mesa, logo meu pai ou melhor, o "incrível" prefeito da cidade de Seul, entrou na cozinha ajeitando a gravata cinza com seu habitual terno preto.
Ignorei a presença dele como sempre fiz e encarei a televisão que tinha na cozinha, um aparelho fino como se fosse apenas um vidro, e praticamente era, com as imagens quase palpáveis, eu passava os canais dela apenas com um acenar de mãos, parei ao ver Kim Seokjin falando no jornal, ele estava falando para uma plateia de jornalistas e outras pessoas em geral.
-Anarquista! É isso o que ele é! - Meu pai dizia irritado enquanto apontava para a televisão a frente.
-O quê?! Ele é um conceituado médico e cientista que está tentando acabar com a violência contra as fadas! E você vem chamá-lo de anarquista? - Eu respondi com raiva.
"Seokjin! O prefeito da cidade diz que as fadas são perigosas! O que você tem a dizer sobre isso?" Um repórter da platéia perguntou, "você já viu alguma fada fazendo mal à alguém? Conhece alguém que tenha visto?" Jin perguntava enquanto todos negavam, e então ele continuou "Isso é apenas uma das inúmeras tentativas do prefeito de justificar esses crimes cometidos contra as fadas! Porque sim, são crimes".
-Babaca! -Meu pai falou alto e bateu o punho na mesa fazendo a coitada da empregada dar um pulo, mas ela já estava acostumada com as idiotices dele. -Ele quer me difamar em rede nacional!
-Ele só falou a verdade! E isso não se trata apenas de você pai, se trata em parar de fazer mal a seres inocentes. -eu respondi com raiva enquanto me levantava e caminhava em direção ao meu quarto, eu saí daquele ambiente antes que eu me afundasse naquele mar tóxico que se formava onde quer que meu pai estivesse, e se tem algo que eu aprendi convivendo com ele, é que não adianta discutir com ele, uma mente fechada que não se abre para nenhuma outra opinião que não seja a dele.
Escutei meu pai dar uma risada debochada e dizer algo, mas eu já tinha fechado a porta, caminhei até a sacada do meu quarto enquanto eu acendia mais um cigarro entre os lábios, me escorei na bancada de vidro para fumar e observar a cidade, não existia mais simples casas como as que eu vi em fotos de 900 anos atrás, agora tudo era apenas prédios e mais prédios, propagandas luminosas e então mais propagandas, eu morava na cobertura do edifício mais alto de Seul, prédio esse em que vivia apenas a elite, pessoas do governo e presidentes de grandes empresas, e eu odiava cada canto e cada pessoa desse edifício, a maioria daqui apoia, financia e participa da violência contra as fadas, crimes como disse Kim Seokjin, ninguém sabe ao certo como toda essa caça começou, eu só sei que quando eu vim a esse mundo as coisas já eram assim.
Kim Seokjin é um médico e cientista que pesquisa, e estuda, as espécies, principalmente as fadas, seu laboratório e consultório ficam no campus da universidade em que eu curso Artes Visuais, ele também é o principal líder de campanhas para o fim da violência às fadas, ele é realmente uma inspiração.
Mandei uma mensagem para Namjoon e Yoongi, para nos encontrarmos na nossa cafeteria de sempre. Vesti um suéter de gola alta escuro, junto com um sobretudo preto, e mantive minha calça jeans de mesma cor que o resto, calcei uma Timberland e enrolei um cachecol vermelho em meu pescoço, e então saí do meu quarto indo em direção a porta de saída do meu apartamento.
-Senhor Jungkook! Vai sair sem almoçar?- Rosa perguntou, percebi que meu pai estava na sala falando ao celular.
-Vou! Obrigado Rosa.- Disse para a empregada e sai do meu apartamento, então chamando o elevador.
☆☆☆
As ruas de Seul estavam geladas por causa do vento frio e cortante que levantava meus cabelos, puxei o cachecol para cobrir até a altura do meu nariz enquanto eu caminhava em direção a cafeteria.
Eu não conseguiria almoçar em casa, não olhando para a cara do meu pai, como aquele homem pode ser o prefeito? Ele é quem mais apoia essas brutalidades. Como ele pode ser meu pai?
Quando dei por mim já estava entrando na cafeteria Mr. Coffee, lá dentro avistei Min Yoongi e Kim Namjoon na mesa do fundo ao lado da janela de vidro que dava para a rua, acenei para eles que retribuíram, tirei meu sobretudo e meu cachecol enquanto andava em direção a mesa, então me sentei de frente para os dois.
-Nunca mais desapareça da minha vista com dois desconhecidos Jeon Jungkook! -Namjoon me repreendia como se eu fosse uma criança irresponsável, e eu não poderia negar que minhas atitudes pareciam com as de uma.
-Pra' onde você foi afinal? -Yoongi perguntava escorando o rosto em uma das mãos
-Não tenho ideia, só sei que acordei pelado no meio de dois estranhos, em uma casa estranha, em um bairro estranho. -Falei como se não fosse nada
-Ah, esse moleque! Eu deveria te comer vivo. -Namjoon falava quase rosnando e me fazendo rir ladino.
-Era no distrito dos lobisomens? Ou no distrito dos vampiros?...Quem sabe no dos feiticeiros? - Yoongi perguntava nomeando a divisão da cidade que era algo considerado o mais seguro, já que por exemplo, dizem que vampiros e lobisomens não se dão bem, besteira na minha opinião, já que vejo um vampiro e um lobisomem sendo amigos bem na minha frente.
-Não faço ideia.- Respondi sem demonstrar muito interesse em saber
-Você não toma jeito, poderia ter morrido, nunca se sabe quem pode ser mal intencionado, ainda mais com o filho do prefeito. -Yoongi falou
-Ah, não diga isso de ''filho do prefeito'' em voz alta. - Eu respondi tapando os meus ouvidos.
-Deixa eu adivinhar...Nos chamou aqui por que não aguentou lidar com seu pai e está fugindo para os braços de seus amigos! Acertei? -falou Namjoon sorrindo de lado com os braços cruzados sobre a mesa.
-Acertou! Eu estaria perdido sem vocês.- Eu disse suspirando e olhando o tablet plugado na mesa, ao meu lado direito, que continha o menu da cafeteria.
-A gente sabe.- Yoongi disse dando de ombros.
Fizemos nossos pedidos para o almoço ali no tablet e ficamos conversando até uma garçonete trazer esses pedidos, Capuccino e ovos mexidos pra' mim, suco de laranja e bife de gado mal passado para Namjoon, e sangue 0- para Yoongi. Aquela cafeteria em que estávamos, nós costumamos frequentar muito ela, é a única cafeteria que conhecemos que não vende nem carne e nem sangue de fada, a única cafeteria que vende sangue de outros tipos por doadores voluntários, lugar perfeito para um vampiro como Yoongi se sentir mais confortável.
-Jungkook! Eu falei com Jin que você gostaria de conversar com ele, e ele me disse que adoraria te receber em seu escritório na universidade hoje a noite antes das aulas. -Namjoon falou de repente, eu pedi a ele para falar com Seokjin, já que Namjoon cursa medicina e o jovem médico era seu orientador nos projetos da faculdade. Mas eu havia pensado que ele tinha se esquecido.
-Obrigado Joonie! De verdade. -Eu agradeci, Namjoon abriu a boca para responder mas foi interrompido por Yoongi que disse:
-"Jin"?! Quanta intimidade com seu orientador de projeto.
-A-ah, o-o quê que você quer dizer com isso?
Depois disso os dois começaram a pegar no pé um do outro, eu apenas observava e dava risada, era sempre divertido estar com Namjoon e Yoongi, os dois faziam meus dias melhores e faziam com que eu esquecesse dos problemas.
Depois de sairmos da cafeteria nós passamos a tarde na casa de Yoongi, esse era um dos poucos dias em que podíamos passar a tarde com ele já que estava nublado e a luz do sol não passava pelas espessas nuvens de chuva que impediam o Yoongi de queimar até a morte.
No final da tarde passamos pela minha casa para pegar meus materiais, Sketchbooks, caixas de tinta aquarela, pincéis, e outros materiais para desenho que eu costumo deixar em casa, o resto dos materiais ficam na minha sala de aula. Depois disso entramos no carro de Namjoon e fomos rumo à nossa Universidade, eu estava ansioso pela conversa que eu teria com Kim Seokjin.
☆☆☆
J I M I N
Eu caminhava entre o aglomerado de fadas que conversavam alto, sem medo das outras espécies nos ouvirem, já que estávamos bem escondidos no subsolo da cidade de Seul, em uma mina abandonada, que agora era nosso lar, os candelabros improvisados com ferro velho e as velas feitas artesanalmente, eram espalhados pelas paredes de pedra, deixando o lugar com uma boa iluminação aconchegante, embora não existisse mais nenhuma fonte de luz além das velas, todos sabíamos que era noite.
Eu segurava um cesto com pães em uma mão e com a outra eu entregava um para cada fada que repartiam com suas famílias, enquanto isso minha amiga Rosé distribuía copos com água para todos.
A terra das minas não era fértil para as fadas da terra conseguirem plantar algo, mas na mina havia água, então as fadas da água fizeram um ótimo trabalho com magia criando fontes, ou seja, tínhamos água mas não comida, o alimento que conseguimos era das nossas saídas as noites atrás de comida.
As fadas eram divididas em elementos, as fadas da terra tinham poderes que as permitiam manipular o solo e fazer plantas crescerem, as da água podiam manipular rios, mares, chuva. Fadas do fogo tinham poderes das chamas, e as do ar podiam fazer grandes ventanias ou leves brisas. Nós tiramos os poderes da natureza, mas infelizmente vivemos em uma era em que tudo é artificial em sua maioria, por isso nossos poderes enfraqueceram mais e mais, atualmente fazemos como podemos com o que possuímos, mas é muito pouco.
Já eu, não me encaixo em nenhuma categoria, na verdade eu nasci com uma rara condição em que eu posso manifestar os poderes dos 4 elementos, e dizem as lendas que as fadas como eu podem apresentar poderes que vão muito além dos 4 elementos, se isso é verdade eu não sei, afinal eu nunca demonstrei nada de especial em relação aos meus poderes que se encontram tão enfraquecidos que eu mal consigo mover um pouco de água.
As únicas coisas que deixavam minha diferença em evidência eram meus cabelos claros e meus olhos, "azuis como o mar" como costumam me dizer, eu nunca vi o mar pessoalmente, só por fotos muito antigas, hoje em dia eu não sei se ele ainda existe, e se por ventura ele existir eu duvido que ele ainda seja azul como me disseram ser à 1.000 anos atrás.
Tudo o que eu sei é que minhas características físicas são comum entre as fadas que nasceram como eu, mas em 20 anos, eu nunca encontrei nenhuma outra como eu, ninguém sabe nossa origem, entretanto meu povo deposita muita confiança em meus poderes, eu sinto isso pesar em mim junto com a sensação de inválido, afinal, eu não conseguia fazer nada por eles, eu gostaria de poder mudar esse mundo.
Larguei o cesto vazio em uma mesa de madeira velha ali perto, aqueles que ficaram sem um pedaço de pão foram alimentados por suas famílias que repartiam seus pedaços, mas eu não tinha família, eu não conheci meus pais e fui criado por uma velha fada até meus 10 anos, que foi quando ela veio a falecer, sinto sua falta e sou muito grato à ela pois tudo o que sou e tudo o que sei hoje em dia foi graças a ela.
Me sentei na cadeira ao lado da mesa e observei as outras fadas, estavam felizes se alimentando, e fiquei feliz por elas, porque se eu estou sem alimento quer dizer que alguma fada ali irá se alimentar hoje, eu jamais seria egoísta ao ponto de deixar alguma delas passar fome, antes eu do que qualquer um do meu povo.
-Hey Jiminnie!- Rosé veio correndo na minha direção, seus cabelos longos voavam com seus movimentos, ela parou na minha frente e me olhou espantada.
-Hum? Não sobrou pra' você? Espera que eu vou achar um pedaço.- ela dizia se virando mas eu segurei seu braço antes que ela fosse pra' algum lugar.
-Não precisa, eu to bem. -Eu disse calmo
Naquele momento algumas fadas começaram a tocar música em seus instrumentos improvisados e feitos a mão, mas que produziam belíssimos sons, os outros começaram a dançar e a puxar outras fadas para a roda, em meio a miséria e ao medo tudo o que nos restou foram uns aos outros e a música, a arte sempre se fez presente nos piores momentos da história, ela nos fazia ter esperança e acendia uma luz na escuridão, a música, a dança, a arte eram o que nos salvava.
Rosé continuo dizendo por cima da música:
-Você se sacrifica muito pelos outros! -Exclamou chateada, mas antes que pudesse dizer que era preciso pelo meu povo, 3 garotinhas que aparentavam ter entre seus 8 anos apareceram.
-Dança com a gente MinMin!- Elas falavam animadas enquanto me puxavam pela mão para o meio das outras fadas que dançavam animadamente.
Eu e as 3 garotinhas demos as mãos e fizemos uma rodinha, eu tentava acompanhar seus passos curtos e desengonçados de um jeito fofo, eu ria com aquelas menininhas, é nesses momentos que eu tenho certeza de que todo o sacrifício vale a pena pelo meu povo.
-MinMin! Canta pra' nós MinMin, por favor!- Elas pulavam a minha volta e puxavam as minhas roupas, que como as das outras fadas, eram apenas trapos.
-Tudo bem, Tudo bem! Já podem parar!- Eu falava rindo, todos a minha volta me olhavam com expectativa, sempre aquele olhar que eram como facas em meu peito. Respirei fundo e me dirigi para perto das fadas que estavam tocando instrumentos e comecei a cantar uma música conhecida por todos ali, no mesmo momento os instrumentos começaram a ser tocados.
Fui cantando com o coração, música que tinha grande significado...
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yaohuhcosta · 4 years
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O SHUAM VERDADEIRO
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O VERDADEIRO שועם [NOME] (יהוה ויאוחוה) SHUAM YAOHUH (יהוה או יחוה) (יודיה - חייה - ווה -חייה) .YOD-HEY-VAW-HEY. ׁׁׁׁׁׂ(יהוה)
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O VERDADEIRO שועם [NOME] (יהוה ויאוחוה) SHUAM YAOHUH (יהוה או יחוה) (יודיה - חייה - ווה -חייה) .YOD-HEY-VAW-HEY. ׁׁׁׁׁׂ(יהוה ויאוחוה) YHWH , E YHVH... O VERDADEIRO 'שועם' NOME DO NOSSO CRIADOR 'אביאול' ABYIÚL FATHER ... YAO-HUH (ה) YÁW É LIDO COMO YAO (יאוחוה או יהוה), O 'ניחכוד' (O SOM DA VOGAL, EM HEBRAICO É CURTO "א.A ע.A" OU LONGO "AO" (AW), 'ו.בו.ו U .W, .U. SÃO OS MESMOS, E "ה" ESTÁ EM SILÊNCIO, É POR ISSO QUE (יחוה) É PRONUNCIADO COM O SOM "ה" NO FINAL. EM ישוראול (ISRAEL), MUITOS NOMES E PALAVRAS ESTÃO COM ('H, ה') NO NOME 'שועם, MAS ELES SÃO SILENCIOSOS, O QUE SIGNIFICA QUE ELES NÃO SÃO PRONUNCIADOS .. VERIFIQUE OS NOMES DE VÁRIOS PROFETAS NO DICIONÁRIO HEBRAICO ARCAICO DA CALDÉIA COMO ׁׁׁׁׁׂׂׂ'יארמייאוהוה 'OU YARMIYAOHUH OU JEREMIAS É' יאורום-יאוחוה 'YAOROM-YAOWHU (OU YAOHOO OU YAOSHUA-YAOHUH),' (יאושועה-יהוה) ISAÍAS É YÁOSHUA-YAOWHU OU (. יאושועה-יהוה ויאוחוה-יאושועה), [NEHEMIAH] ׂ É 'נאוחיים-יהוה NAOKHEM-YAOHUH' ניימיאוחיים-יהוה '(OU NAOKHEM-YAOHUH, IS NAY'YAOMIYAOKHAYM-YÁOHUH). LEMBRE-SE DE QUE IMPORTÂNCIA É O SOM DO NOME ... CHAMAMOS TRANSLITERAÇÃO ... NÃO TRADUZIDOS, OU TRADUÇÃO!!!. O SOM ׁׂ ("H, ה") NO FINAL, QUANDO PRONUNCIADO, HÁ UM LIGEIRO AR QUE SAI DA BOCA ... ESTA PRONÚNCIA FOI CONFIRMADA POR ALGUNS 'כיהובים' EM RABI EM 'ישוראול' YÁOSHORÚL (ISRAEL) QUANDO ELES LER. 'YHWH'. (יודיה - חייה - ווה -חייה). (YHVH OU YHWH OU (יהוה או יאוחוה). 'שועאולים' (SHUAOLEYM)...
http://www.oholyao.com.br/wa_files/escrituras%20sagradas%20a5%2012%20corrigida%20nova%20para%20escrituras%20pdf.pdf
*O VERDADEIRO םעוש [NOME] (הוחואיו הוהי) SHUAM YAOHUH* (הייח- הוו - הייח - הידוי) (הוחי וא הוהי) .YOD-HEYVAW-HEY. (הוחואיו הוהי) YHWH , E YHVH... O VERDADEIRO 'םעוש' NOME DO NOSSO CRIADOR 'לואיבא' ABYIÚL FATHER ... YAO-HUH (ה) YÁW É LIDO COMO YAO (הוהי וא הוחואי), O 'דוכחינ' (O SOM DA VOGAL, EM HEBRAICO É CURTO "א.A ע.A" OU LONGO "AO" (AW), 'ו.וב.ו U .W, .U. SÃO OS MESMOS, E "ה" ESTÁ EM SILÊNCIO, É POR ISSO QUE (הוחי) É PRONUNCIADO COM O SOM "ה" NO FINAL. EM לוארושי (ISRAEL), MUITOS NOMES E PALAVRAS ESTÃO COM ('H, ה') NO NOME 'םעוש, MAS ELES SÃO SILENCIOSOS, O QUE SIGNIFICA QUE ELES NÃO SÃO PRONUNCIADOS .. VERIFIQUE OS NOMES DE VÁRIOS PROFETAS NO DICIONÁRIO HEBRAICO ARCAICO DA CALDÉIA COMO 'הוהואיימראי 'OU YARMIYAOHUH OU JEREMIAS É' הוחואי-םורואי 'YAOROMYAOWHU (OU YAOHOO OU YAOSHUA-YAOHUH),' (הוהי-העושואי) ISAÍAS É YÁOSHUA-YAOWHU OU (. העושואי-הוחואיו הוהי-העושואי), [NEHEMIAH] É 'הוהי-םייחואנ NAOKHEM-YAOHUH' הוהי-םייחואימיינ '(OU NAOKHEMYAOHUH, IS NAY'YAOMIYAOKHAYM-YÁOHUH). LEMBRE-SE DE QUE IMPORTÂNCIA É O SOM DO NOME ... CHAMAMOS TRANSLITERAÇÃO ... NÃO TRADUZIDOS, OU TRADUÇÃO!!!. O SOM ("H, ה") NO FINAL, QUANDO PRONUNCIADO, HÁ UM LIGEIRO AR QUE SAI DA BOCA ... ESTA PRONÚNCIA FOI CONFIRMADA POR ALGUNS 'םיבוהיכ' EM RABI EM 'לוארושי' YÁOSHORÚL (ISRAEL)
QUANDO ELES LER. 'YHWH'. - הוו - הייח - הידוי) םיהלוא-הוהי הייח). (YHVH OU YHWH
DEVEMOS LEMBRA-SE QUE ESCRITA NÃO É A PRONÚNCIA SÓ A ESCRITA É DIFERENTE: (הוהי YÁOHUH, הוהי YÁHUH העושוהי YÁoHUSHUAH) ou Sem as letras (O- U) á Fala,
PRONÚNCIA é a Mesma colocando a Letra (O) ou não o acento na Letra (Á dá o mesmo Som) os brazileiros deveria considerar Isto veja Pronuncia com Áo IÁURRUCHÚA AGORA Mesma IÁRRUCHÚA O ACENTO na LETRA À TEM O SOM DE IÁU sem ( Ó ou U o Com) ASSIM OCORRE COM TODO OU OUTROS NOMES. DEVEMOS LEMBRA-SE QUE ESCRITA NÃO É A PRONÚNCIA Por Exemplo um Nome KATHIA. ou KALUDETE, CLAUDETE ou KLAUDE, ou KARLOS, CARLOS; COM 'K' de Kilo ou CLAUDE com "C" Cebola CENOURA ETC...LEMOS O MESMO SOM. TEM APROXIMADAMENTE 42 E DOIS PAÍSES QUE NÃO USA AS LETRAS ("O e U" ) NO NOME DO CRIADOR (הוהי YÁOHUH IÀURRU OU הוהי IÁRRU) E O NO NOME (העושוהי YÁOHUSHUA IÁURRUCHA IÁRRUCHUA). Escrito com YÁo ou Só YÀ LEMOS O mesmo SOM) IÁURRUCHÚA העושוהי YÁoHUSHÚAH העושוהי YÁHUSHÚAH IÁRRUCHUA) MAIS A PRONÚNCIA É A MESMA הוהי YÁOHUH, הוהי YÁHUH העושוהי YÁOHUSHUAH : = Vamos Acordar Gente; Acorda meu povo que se Chama Pelo meu Shúam [nome] םיהלוא-הוהי.YÁOHU-ÚLHYIM; םידהוהי ;Yáohuh-dym.
[O סנטש diabo, ריטש satir anjo caído] da o nome que quiser é esperto – cria doutrinas para desviar o foco do ensinamento, multiplica as mentiras para fortalecer a dúvida. Proliferamse as nas pessoas [igrejas]. Dizem que: para ser aprovado por םיהלוא-הוהי YÁOHU-ÚLHYIM deve ser próspero. Este ou aquele yámi [dia]. Para excluir העשוהי. A pessoa de העושוהי םייחישוהימ é a nossa esperança. – única forma para chegarmos a םיהלוא-הוהי.YÁOHUÚLHYIM Quando compreendido e aceito recebemos poder e sabedoria. Mas para os que são chamados, tanto םידוהי Yáohudim [judeus] como gregos, romanos, brasileiros, a todos aqueles que creem em no םעוש [nome] shúam lhes pregamos a A PRONÚNCIA IÁoRRUCHÚA העושוהי םייחישוהימ,YÁOHUSHÚA-HOL-MYHUSHIKHAYM poder de e a sabedoria, e ser de םיהלוא-הוהי, e sabedoria Um 'Ser' םיהלוא-הוהי (לוא-החור. YÁOHU-ÚLHYIM corínto 1:24.
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THE MAN IN THE HIGH CASTLE
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The man in the High Castle é uma série de televisão estadunidense de história alternativa que descreve um universo paralelo distópico em que as potências do Eixo vencem os Aliados na segunda guerra mundial. Foi criada por Frank Spotnitz e é produzida pela Amazon Studios, Scott Free Productions, Headline Pictures, Electric Shepherd Productions e Big Light Productions. A série é baseada no romance homônimo de 1962 de Philip K. Dick.
No universo paralelo, a Alemanha Nazista e o Império do Japão dividiram os Estados Unidos entre o Grande Reich Nazista no leste, com Nova York como capital regional, e os Estados Japoneses do pacífico a oeste, com San Francisco como capital. Esses territórios são separados por uma zona neutra que abrange as Montanhas Rochosas. A série começa em 1962 e segue personagens cujos destinos se entrelaçam quando entram em contato com noticiários e filmes caseiros que mostram a Alemanha e o Japão perdendo a guerra. O título da série refere-se à figura misteriosa que se acredita ter criado a filmagem.
O episódio piloto estreou em janeiro de 2015 e a Amazon encomendou uma temporada de dez episódios no mês seguinte, lançada em novembro. Uma segunda temporada de dez episódios estreou em dezembro de 2016 e uma terceira temporada foi lançada em 5 de outubro de 2018. A quarta e última temporada estreou em 15 de novembro de 2019.
O elenco principal é composto por:
Alexa Davalos, como Juliana Crain Rupert Evans, como Frank Frink Luke Kleintank, como Joe Blake Dj Qualls, como Ed McCarthy Cary Hiroyuki Tagawa, como Nobusuke Tagomi Rufus Sewell, como John Smith Joel de la Fuente, como Takeshi Kido Brennan Brown, como Robert Childan Bella Heathcote, como Nicole Dörmer Chelah Horsdal, como Helen Smith Michael Gaston, como Marl Sampson Jason O'Mara, como Wyatt Price
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Oei pessoal, como já mencionado no título vou falar sobre a série The Man in High Castle, que é baseada no romance de Philip K. Dick, a série foi a primeira produção da Amazon no estilo "série blockbuster".
A série é desenvolvida por Frank Sponitnitz, um dos produtores e roteiristas de Arquivo X e Millenium, mesmo com um orçamento baixo e limitado, que torna a computação gráfica para recriar uma Nova York e uma São Francisco sob o jugo dos nazistas e do império Japonês um tanto quanto levemente cartunesca, mas não há como não ficar no mínimo surpreso ao ver a Times Square tomada de suásticas e a Union Square cheia de ideogramas e bandeiras japonesas. O deseign de produção e os figurinos merecem destaque no convencimento do espectador sobre a naturalidade da situação, assim como a fotografia acinzentada já estabelece o tom dos protagonistas e antagonista fazendo que seja algo secundário, para que o espectador tenha tempo de absorver a sinistra transformação dessas grandes cidades e os horrores que conhecemos e que ficaram circunscritos à Europa sejam aplicados para todo o mundo.
A base da trama é o ponto de partida da série, situada no ano de 1962, entretanto, a tensão política é crescente e nem tudo é preto e branco no domínio nazista. Hitler, ainda vivo porém velho e doente, prega a permanência da aliança com o japão, mas determinadas células do Reich vêem o fim da parceria com os asiáticos como um benefício. O Japão, por outro lado, vê com maus olhos a situação de relativa submissão à Alemanha. Logo, uma série de conspirações passam a serem tecidas.
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Com um argumento poderoso para seu desenvolvimento, a série mostra logo em sua primeira temporada como é possível adaptar uma obra literária tão rica para o audiovisual utilizando o máximo de seus principais recursos, como já disse o alto da série é a fotografia, trilha sonora, figurino e a direção, mantendo um ritimo sempre crescente, a ambientação, a linguagem e as vestimentas são interamentes dos anos 60, claro tudo dentro da perspectiva alternativa. Há também a sensação contínua de suspense, muito bem conduzido, e principalmente de tensão, o medo afligido pelos nazistas e, ainda pior, a "normalização" do regime perante a sociedade civil é uma realidade assustadora e que choca diante de diversas situações para as quais os personagens são transportados.
Como a série pega certos elementos das histórias do livro de Philip K.Dick, o livro traz aspectos mais interessantes. No livro o cenário é ambientado nos anos 60, quase 15 anos após a vitória do Eixo na Segunda Guerra, nesse mundo, o presidente americano Rooselvelt foi assassinado em 1933 e substituído por seu vice, John Nance Garner e, posteriormente, por John W. Bricker. O problema é que nenhum desses teria sido capaz de sanar a Grande Depressão, fazendo os EUA passar a ter um política isolacionista, o que impediu que o país enviassem tropas para combaterem o Eixo na guerra que, no mundo do livro, se iniciou em 1941. Começando então pela URSS, todos os demais países foram caindo mediante o poderio combinado dos nazistas e dos japoneses, fazendo com que as duas potências dividissem o poder mundial.
Após Hitler ter sido incapacitado, devido a sífilis, o partido nazista vota por Martinn Bormann como o novo reich e continuam a espalhar seu reino de terror, povos eslavos foram praticamente devastados juntamente com os judeus. Povos africanos foram também eliminados e muitos foram utilizados como mão de obra escrava. Grandes campos de concentração continuaram a exitir e vários judeus para sobreviverem, por exemplo, se submeteram a procedimentos cirúrgicos para eliminarem as características físicas mais evidentes de sua raça, bem como mudaram seus nomes.
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Bom, algo que Philip mostra muito bem na história é a capacidade humana de se adaptar, por mais nociva que seja uma sociedade, até temos uma frente revolucionária, mas que está muito mais voltada ao embate da guerra fria que a eliminação do nazismo propriamente dito, a maioria da sociedade está até bem satisfeita com esse tipo de governo e segue sua vida normalmente. Segundo ponto para se ter em mente é o ponto religioso, livros como a Bíblia, tornam-se praticamente proibidos e muitos acabam por optar o uso do I Ching, uma espécie de oráculo chinês, para importantes tomadas de decisões. Este livro acaba sendo muito importante no desenvolvimento de toda a história.
Na série tem uma cena do segundo episódio, que há um personagem no restaurante que faz um unicórnio de origami, isto é uma menção silenciona a uma cena de Blade Runner- O Caçador de Andróides, de Ridley Scott, que também é baseado em um livro de Philip K.Dick.
Algo muito bem feito pelo produtor foi a caracterização dos nazistas, ao invés dele ter feito algo que sempre vemos em filmes e séries que contem nazistas, ele moldou personagens reais e embrenhados na sociedades americana modificada após 15 anos de intercâmbio e apropriações culturais entre o nazismo e ideias norte americanas
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Bom, o livro é muito interessantem, o grande problema é que a leitura acaba se tornando enfadonha, as vezes se tem impressão que o livro é mais um esboço de uma ideia, falta uma precisão em seu conteúdo e robustez na trama. Porém sua leitura é interessante e te faz refletir muito sobre o assunto, já a série apesar das coisas boas já mencionadas, falha principalmente nos atores principais deixando o destaque para os vilões onde seus atores têm uma presença muito maior, é uma série que cansa as vezes mas te prende em muitos momentos seu crescimento é bem desenvolvido te deixando curioso a todo momento.
"Não é fácil ser um bom homem. Na verdade, quanto mais velhos, mais difícil fica saber o que significa ser um bom homem. No entanto também fica cada vez mais importante pelo menos tentar ser um." Rudolph Wegener
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judydogblog · 4 years
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Jesus, o Mestre
Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu sou. João, 13:13
A vida tem nuance que só com observação muito detida para ver com clareza.
Muitos homens encarnaram para fazer muitos trabalhos dos Céus na Terra, com muitas chances de vitória.
Muitos filhos de Deus renasceram para serem mártires no mundo, muitos têm estofo para aguentar o mundo com as suas manias de perseguir. Por exemplo, Gandhi – Mohandas K. Gandhi – o Mahatma.  Viveu para fazer que os irmãos da Índia vivessem a glória fraternal. Morreu entre a Índia hindu e o Paquistão muçulmano. Mártir da fraternidade...
Padre Maximiliano Maria Kolbe foi preso num campo de concentração na Polônia, num búnquer, até ao fim da vida do corpo.  Ele queria trocar a sua vida pela dum civil que tinha mulher e filhos, por isso, condoído com a situação, falou ao chefe do pelotão... O chefe assentiu.
Foi o mártir de Auschwitz...
A cientista Madame Curie – Marie Sklodowska – nascida na Polônia e tendo mudado para a França, montou um pequeno laboratório para suas pesquisas.  Marie, muito afervoradamente, foi descobrindo o mundo do urânio – pechblenda – (óxido de urânio).
Madame Curie caiu doente. Longas hospitalizações...
O câncer...
Mártir da Ciência...
São mártires no mundo que muita gente não sabe aquilatar.
Esses mártires tiveram um pacto, firmado com o Mundo Espiritual Superior, para que suas vidas valiosas mexessem com os valores da Humanidade, desde que eles tinham débitos com as sociedades terrestres...
Jesus é o Grande Estandarte de Deus na Nave Terra.  Ele tem muito condoimento do rebanho e muita paciência com ele.  Jesus quer que todos aprendam a servir ao invés de ser orgulhosos... que aprendam a serem afáveis ao invés de fazerem intrigas contra o próximo.
Muitos homens encarnaram para fazer o trabalho de Deus, na Terra, com as Ciências, para ajudar a Humanidade a viver neste mundo.
Muitos cientistas colaboraram com o mundo e que as sociedades não conheceram.  Eles renasceram para fazer luz nas trevas da ignorância humana, como por exemplo:
O francês Foucault construiu o telescópio com espelho coberto de prata...
O sueco Nobel inventa a dinamite...
Broca localiza vários centros cerebrais...
Flourens mostra o papel do cerebelo no equilíbrio e na coordenação dos movimentos...
O alemão von Siemens estabelece a teoria dos condensadores...
Brown-Séquard estudou a fisiologia da medula espinhal...
Pasteur descobriu os micróbios...
O alemão Kekulé estabelece a quadrivalência do carbono...
Emil Kraepelin classificou as doenças mentais.  Estudou a psicose maníaco-depressiva e a demência precoce...
Richard von Krafft-Ebing estudou o sadismo, o masoquismo, o fetichismo e outras perversões sexuais...
Dmitri Mendeleiev, químico russo, foi autor da classificação periódica dos elementos químicos conforme seus pesos específicos...
Johann Mendel, botânico austríaco, realizou experiências sobre hereditariedade nos vegetais...
São bandeirantes das ciências que muita gente não conhece.
Esses bandeirantes tiveram um contrato firmado com a Espiritualidade Maior, da Terra, para pôr seus cérebros valorosos a serviço da Humanidade, desde que eles tinham dívidas com as sociedades terrestres...
Jesus é o Grande Governador da Nau Terra.  Ele tem muita comiseração do rebanho e muita doçura com ele. Por isso, quer que todos aprendam a servir ao invés de fazer guerras... que aprendam a amar ao invés de fazer sofrer ao próximo.
Jesus é o nosso Mestre no Mundo, à luz das questões espirituais.  Mestre não é bem aquele que detém conhecimento superlativo acerca de algum assunto da Terra.  Não é bem aquele que domina vastas tecnologias, liderando muitos grupos de indivíduos. Não é bem aquele que se exprime por meio de diversos idiomas, contatando e entendendo incontáveis povos humanos.
Nessa situação, não é bem aquele que detém largo poder de persuasão, capaz de induzir grupos enormes de pessoas a seguir suas ideias. Não é bem aquele que dirige importantes empresas, tendo suas ideias como roteiro para vários países do mundo.  Não é bem aquele que inventa máquinas e utensílios que facilitem a vida das sociedades.  Não é bem aquele que se mostra detentor de grande sagacidade, silenciando todo e qualquer opositor com sua argumentação, quase sempre sofista, dando a falsa ideia de triunfo.
Para alcançar essa notável condição de ser Mestre, tornam-se indispensáveis características mais especiais no campo das conquistas gerais.
Para ser Mestre, como Jesus, a alma deve compreender as outras almas.
Uma capacidade de sensibilizar-se com as outras irmãs, com a alegria ou com a dor alheias.
Para ser Mestre, é necessário haver conquistado a habilidade de auto-oferecimento, de autodoação, não se sentindo enfarado com as limitações e incapacidades dos irmãos do caminho.  
Para ser Mestre exige, ainda, a taxa de humildade, que não se subverta em pieguice, que não se transforme em tolice, mas que permita a expressão de simplicidade, lúcida e consciente.
Para ser Mestre é preciso saber dizer sim e dizer não, sempre que o momento exija definições do caráter.  É por isso que a condição de Mestre se faz tão exigente, que Jesus afirma-se Mestre, aliás, o Mestre, uma vez que, consoante a palavra do Mundo Superior, Ele detém em si a condição mais alta, a fim de ser o Modelo e Guia para todos nós.
A vida têm nuances para cada filho de Deus.
Muitos líderes políticos que foram mártires no orbe, tiveram êxito com as suas vidas, com os seus valores...  Não obstante, muitos, não... Muitos tornaram-se trápolas.  Fizeram da mentira o seu mantra, fizeram-se mãozudos e fizeram do crime um estado natural.
Muitos religiosos, que foram mártires no mundo, triunfaram com as suas vidas, com os seus valores...  Todavia, muitos, não...  Muitos descaíram pela vala da vaidade, pelo labirinto do orgulho e pelo esgoto do crime...
Muitos cientistas, que foram mártires na Terra, vitoriaram com suas vidas, com os seus valores... Porém, muitos, não...  Muitos fraquejaram com o álcool, com as drogas e com o crime...
Só Jesus, nosso Mestre, para dar o tento para a vida.
Todos precisam de Jesus, para que nossos dias sejam um cântico de louvor a Ele.
Só Jesus, com o coração divino, para nos livrar de nós mesmos.
Muito obrigado, Senhor Jesus!
Camilo Psicografia de Raul Teixeira, em 30.4.2020, em Niterói/RJ. Prefácio do livro Vida e Valores, v. 3, editado pela Federação Espírita do Paraná, em homenagem aos 40 anos da Sociedade Espírita Fraternidade, de Niterói/RJ. Em 3.8.2020
Fonte: http://www.raulteixeira.com.br/mensagens.php?not=353
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schoijunvho · 4 years
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                      BEM VINDO A... CORÉIA DO SUL!
Localização: Ásia.
Capital: Seul.
Área: 99.016 km².
Idioma: Coreano.
População: 48.332.820 habitantes.
Densidade demográfica: 488 hab/km².
Esperança de vida ao nascer: 78,2 anos.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,877.
Moeda: Won sul-coreano.
Produto Interno Bruto (PIB): 929,1 bilhões de dólares.
PIB per capita: 19.841 dólares.
@gg-pontos
Sua história tem como marco inicial a construção de um reino ancestral, o Gojoseon, em 2333 a.C., por Dangun, líder mítico dos coreanos. Este reinado é fruto de um laço inovador entre as tribos da região norte, já que tinham um inimigo em comum, os chineses, com quem estavam sempre se confrontando belicamente. No norte, quatro séculos depois, houve uma significativa união entre os povos, enquanto no sul vigoraram, ao longo do século III, os governos de Silla e Baekje – era o início da era denominada Três Reinos, a qual se prolongaria por quatro séculos.  Depois disso houve o enlaçamento destes Três Reinos por Silla, em 668 d.C. A partir de então a Coréia atravessa as dinastias Goryeo e Joseon como um Estado unificado, até o final do Império Coreano, em 1910. Nesta época a nação é integrada ao Japão. Depois da Segunda Guerra Mundial, o país se torna independente e fragmentado, e é fracionado em Coréia do Norte e Coréia do Sul.
A República Coreana atravessou uma era marcada pela ditadura militar, quando sua economia teve um importante desenvolvimento, convertendo-se em uma das mais importantes do Planeta, e finalmente o país se converteu em uma democracia integral, adotando a república baseada no poder do presidente. Seus habitantes detêm um alto poder aquisitivo e a vida econômica está focada especialmente nas exportações de produtos eletrônicos, automóveis, navios, e na robótica.
Os coreanos seguem principalmente o budismo tradicional, laço em comum com a China. Há, porém, um amplo panorama de religiões cristãs, particularmente de católicos e protestantes, estimuladas pela herança recebida de uma prática religiosa ancestral da Península, o confucionismo. Até mesmo a produção artística da Coréia do Sul tem sido marcada pela presença de elementos budistas; várias obras arquitetônicas são encontradas em templos e jazigos que exercitam o budismo. Destaca-se igualmente a cerâmica elaborada neste país, legada de geração para geração.
Atualmente a Coréia do Sul tem ganhado notoriedade no ocidente através da “onda Hallyu”. 한류, 韓流, Hallyu, ou, simplesmente, Onda Coreana. É assim que a mídia se refere à crescente invasão sul coreana no restante da Ásia, principalmente, e do mundo, mais recentemente. O termo Hallyu – que significa “onda” em coreano – foi cunhado ao fim dos anos ’90, por jornalistas chineses surpresos com o sucesso da cultura e do entretenimento coreano em seu país. Não é muito coerente falar “Onda Hallyu” – seria como se você disse “Onda-Onda”, o que é desnecessário, não é?Suas três principais bases são: a música pop (conhecida como k-pop – Korean pop); as novelas/minisséries televisivas (chamadas na Ásia de dramas – as coreanas são os k-dramas); e o cinema (a Hallyuwood ou – adivinha só? – os k-movies). 
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pedrosette · 5 years
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Para que serve a arte, afinal?
Ananda K. Coomaraswamy
Tradução de Pedro Sette-Câmara
Conferência originalmente transmitida pelo rádio, em duas partes
[Cap. IV de Christian and Oriental Philosophy of Art. Nova York: Dover, 1956. pp. 89–102]
São bem conhecidas as duas escolas contemporâneas de pensamento a respeito da arte. De um lado, uma pequenina “elite” distingue as “belas” artes da arte como produto de mãos habilidosas, valorizando-as muito como autorrevelação ou auto-expressão do artista; essa elite, de modo coerente, baseia no estilo seus ensinamentos de estética, e faz da chamada “apreciação artística” uma questão de maneirismos e não de investigação do conteúdo ou da verdadeira intenção da obra. Assim são nossos professores de Estética e de História da Arte, que se regozijam com a ininteligibilidade da arte ao mesmo tempo em que a explicam psicologicamente, substituindo o estudo do homem pelo estudo da arte do homem; são nossos líderes de cegos, alegremente seguidos pela maioria dos artistas modernos, que naturalmente ficam lisonjeados com a importância atribuída ao gênio pessoal.
De outro lado, temos a vasta multidão de homens comuns que não estão realmente interessados em personalidades artísticas, e para os quais a arte da maneira definida acima é antes uma peculiaridade da vida do que uma sua necessidade. De fato, eles não têm o que fazer com a arte.
Acima dessas duas, temos uma visão normal mas esquecida da arte, que afirma que arte é fazer bem o que quer que precise ser feito ou produzido, seja uma estátua, um automóvel, ou um jardim. No mundo ocidental, essa é especificamente a doutrina Católica da arte; dessa doutrina se segue uma conclusão natural, nas palavras de São Tomás de Aquino: “não pode haver bom uso sem arte”. É bastante óbvio que, se as coisas de que precisamos fazer uso – seja esse uso intelectual ou físico; ou, em condições normais, ambos simultaneamente – não forem produzidas da maneira devida, elas não podem ser apreciadas, querendo-se dizer com “apreciadas” algo mais do que simplesmente “gostadas”. A comida mal feita, por exemplo, não nos apetecerá; do mesmo modo, exposições sentimentais ou autobiográficas enfraquecem o espírito daqueles que as frequentam. O cliente saudável está tão interessado na personalidade do artista quanto na vida privada de seu alfaiate: tudo que ele exige de ambos é que dominem suas artes.
Esta sequência de conferências sobre arte é dirigida ao segundo tipo de homem definido acima, isto é, ao homem simples e prático que não tem utilidade para a arte assim como explicada pelos psicólogos e praticada pela maior parte dos artistas contemporâneos, especialmente os pintores. O homem comum não tem o que fazer com a arte, a menos que ele saiba de que ela trata, ou para que serve. E até aí ele está inteiramente certo; se a obra não é sobre nada, nem serve para nada, ela não tem nenhuma utilidade. Além disso, a menos que a obra trate de algo que valha a pena – que valha mais a pena, por exemplo, do que a preciosa personalidade do artista –, algo importante para o cliente e consumidor e também para o artista e produtor, ela não tem utilidade real, não passando de um artigo de luxo ou de um mero ornamento. Nessas condições, a arte pode ser considerada por um homem religioso uma reles vaidade; por um homem prático, um supérfluo caro; e, pelo ideólogo de classe, parte da grande fantasia burguesa. Existem portanto dois pontos de vista opostos, um deles dizendo que não pode haver bom uso sem arte, e, o outro, que a arte é um supérfluo. Observemos, porém, que essas afirmações contrárias se referem a coisas bem diferentes, que não são as mesmas só por terem sido chamadas de “arte”. Adotemos agora a visão historicamente normal e ortodoxamente religiosa de que, assim como a ética é “a maneira correta de agir”, a arte é “fazer bem o que quer que precise ser feito”, ou simplesmente “o modo correto de fazer as coisas”; e referindo-nos ainda àqueles para quem as artes da personalidade são supérfluas, perguntemo-nos se a arte é ou não uma necessidade.
Uma necessidade é algo de que não podemos prescindir, qualquer que seja o preço. Não podemos entrar em questões de preço aqui, exceto para dizer que a arte não precisa, ou não deveria precisar ser cara, exceto na medida em que materiais custosos sejam empregados. É nesse momento que surge a questão crucial da produção voltada para o uso versus a produção voltada para o lucro. É porque a ideia de produção voltada para o lucro está ligada à sociologia industrial correntemente aceita que as coisas em geral não são bem-feitas e portanto também não são belas. É do interesse do produtor produzir coisas de que gostemos, ou que possamos ser induzidos a gostar, independentemente de elas nos servirem ou não servirem; assim como os artistas modernos, o produtor está expressando a si mesmo, e servindo às nossas necessidades somente na medida em que isso é necessário para que ele consiga vender alguma coisa. Os fabricantes e demais artistas recorrem à propaganda; a arte é bastante propagandeada pelos “museus de arte moderna” e pelos marchands; e artista e produtor determinam o preço de suas peças de acordo com o interesse do público. Nestas condições, como disse tão bem o sr. Carey nesta mesma série de conferências, o produtor trabalha para poder continuar ganhando dinheiro; ele não ganha dinheiro para poder continuar produzindo, o que seria o certo. É somente quando o artesão faz as coisas por vocação, e não simplesmente porque faz parte do seu emprego, que o preço das coisas se aproxima do seu valor real; e, nessas circunstâncias, quando pagamos por uma obra de arte projetada para servir a uma necessidade real, o dinheiro que gastamos vale a pena; e, sendo o propósito necessário, temos de ser capazes de pagar pela arte, sob o risco de vivermos abaixo do nível humano normal; é assim que vive hoje a maior parte dos homens, mesmo os ricos, se considerarmos a qualidade e não a quantidade. Não é preciso dizer que o trabalhador também é vítima da produção voltada para o lucro; tanto é assim que seria uma piada dizer que as horas de trabalho deveriam ser, em princípio, mais agradáveis do que as horas de lazer; que no trabalho ele deve fazer aquilo de que gosta, e nas horas livres aquilo que é apropriado – sendo o trabalho condicionado pela arte, e a conduta pela ética.
A indústria sem arte é brutalidade. A arte é especificamente humana. Nenhum dos povos primitivos, do passado ou do presente, cuja cultura afetamos desprezar e nos propomos a corrigir, dispensou a arte; da Idade da Pedra em diante, tudo o que foi feito pelo homem, não interessando em que condições de dificuldade ou de pobreza, foi feito artisticamente para servir a um propósito simultaneamente utilitário e ideológico. Fomos nós, ao menos coletivamente falando, que dominamos recursos amplamente suficientes, os quais não deixamos de desperdiçar, que propusemos uma divisão da arte em um tipo não mais que utilitário, e outro supérfluo, omitindo completamente aquilo que um dia se considerou a mais elevada função da arte, a expressão e a comunicação de ideias. Antigamente a escultura era considerada “o livro do pobre”. A palavra “estética”, de “aisthesis”, “sensação”, proclama nossa recusa dos valores intelectuais da arte.
É preciso falar de dois outros assuntos no tempo disponível. Em primeiro lugar, se dissemos que o homem comum está certo ao querer saber de que trata uma obra, e em exigir inteligibilidade das obras de arte, por outro lado ele está errado ao cobrar-lhes “realismo” e completamente errado ao julgar obras de arte antiga a partir do ponto de vista pressuposto em expressões comuns como “isso foi antes de conhecerem anatomia” ou “isso foi antes de descobrirem a perspectiva”. A arte está interessada na natureza das coisas, e só acidentalmente, se é que chega a tanto, na sua aparência, pela qual a natureza é mais obscurecida do que revelada. O artista não pode se afeiçoar à natureza enquanto efeito, devendo antes dar conta da natureza enquanto causa de efeitos. A arte, em outras palavras, está muito mais relacionada à álgebra do que à aritmética, e da mesma maneira que certas qualificações são necessárias para a apreciação de uma fórmula matemática, também o espectador precisa ser educado para entender e apreciar as formas de arte comunicativa. É esse o caso principalmente do espectador dedicado a compreender e a apreciar obras de arte que estão escritas, por assim dizer, numa língua estrangeira ou esquecida, como é o caso da maioria dos objetos em exibição nos museus.
Este problema surge porque o trabalho do museu não é exibir obras contemporâneas. A ambição do artista moderno de estar representado no museu é vaidade, e mostra uma total incompreensão da função da arte; afinal, se uma obra foi feita para dar conta de uma necessidade específica, ela só pode funcionar no ambiente para o qual foi projetada, isso é, em algum contexto vital, como a casa de alguém, ou uma rua, ou uma igreja, e não em um lugar cuja função primária é conter qualquer tipo de arte.
A função de um museu de arte é preservar e dar acesso a obras antigas que sejam consideradas, por especialistas responsáveis por sua seleção, espécimes excelentes. Podem estas obras, que não foram feitas para atender suas necessidades particulares, ser de algum uso para o homem comum? Provavelmente não à primeira vista e sem instruções, não até que ele saiba de que tratavam e para que serviam. Poderíamos desejar, ainda que em vão, que o homem nas ruas tivesse acesso aos mercados em que os objetos no museu foram originalmente comprados e vendidos, no curso cotidiano da vida. Por outro lado, os objetos do museu foram feitos para atender necessidades humanas específicas, ainda que não precisamente nossas necessidades atuais; e é maximamente desejável que se perceba que houve necessidades humanas diferentes, e talvez mais significativas, do que as nossas. Os objetos do museu não podem de fato ser concebidos como figuras a ser imitadas, só porque não foram feitas para adequar-se a nossas necessidades particulares; mas, na medida em que sejam bons espécimes – o que se pressupõe pela seleção dos especialistas – , deles se pode deduzir, pela comparação com seu uso original, os princípios gerais da arte, de acordo com os quais as coisas podem ser bem-feitas para atender qualquer finalidade. E esse é, de modo geral, o valor maior dos nossos museus.
Alguns responderam à questão “para que serve a arte?” dizendo que a arte é um fim em si mesma; e é um tanto esquisito que aqueles que afirmam que a arte não tem utilidade humana ao mesmo tempo enfatizem tanto seu valor. Tentaremos analisar os erros aí contidos.
Falamos acima do ideólogo de classe que não tem utilidade para a arte, e está disposto a dispensá-la, considerando-a parte da grande fantasia burguesa. Se pudéssemos encontrar um pensador desses, ficaríamos verdadeiramente felizes por concordar que toda a doutrina da arte pela arte, e toda a preocupação de “colecionar”, bem como “o amor pela arte”, não passam de aberrações sentimentais e formas de escapar das preocupações sérias da vida. Concordaríamos prontamente que só cultivar as coisas mais elevadas da vida – a arte sendo uma delas – em horas de lazer a serem obtidas por uma substituição ainda maior de meios manuais de produção por meios mecânicos é tão vã quanto seria a prática da religião pela religião aos domingos; e que as pretensões do artista moderno são fundamentalmente imaginárias e egoístas.
Infelizmente, quando vamos aos fatos, percebemos que o reformador social não é realmente superior à atual ilusão cultural, estando apenas revoltado com uma situação econômica que o priva das coisas elevadas da vida, as quais os ricos podem comprar com mais facilidade. O trabalhador inveja, muito mais do que compreende, o colecionador e “amante da arte”. A noção de arte do escravo assalariado não é mais realista ou prática do que a de um milionário, assim como sua noção de virtude não é mais prática ou realista do que a de um pregador da bondade como fim em si mesma. Ele não percebe que, se precisamos de arte somente porque gostamos de arte, precisamos ser bons somente se gostarmos de ser bons; a arte e a estética seriam meros problemas de gosto, e nada se poderia objetar contra a alegação de que não temos o que fazer com a arte porque não gostamos dela, ou que não temos razão nenhuma para sermos bons caso prefiramos ser maus.
A questão da arte pela arte foi levantada outro dia por um editor de The Nation, que citou com aprovação um pronunciamento de Paul Valéry a respeito de como a característica mais essencial da arte é sua inutilidade, e continuou dizendo que “Ninguém se choca ao ouvir que ‘a virtude é sua própria recompensa’… o que é apenas outra maneira de dizer que a virtude, assim como a arte, é um fim em si mesma, um bem final.” O escritor ainda disse que “inutilidade e ausência de valor não são as mesmas coisas”; com o que, evidentemente, quis dizer “não são a mesma coisa”. Disse ainda que só há três motivações pelas quais um artista é impelido a trabalhar, isto é, “por dinheiro, por fama, ou pela ‘arte’”.
Não precisamos continuar a procurar um exemplo perfeito de ideólogo de classe estupidificado por aquilo que denominamos grande fantasia burguesa. Para começar, está muito longe da verdade que ninguém se choque com a afirmação de que “a Virtude é sua própria recompensa”. Fosse isso verdade, então a virtude não seria mais do que a atitude do moralista que vive de observar as faltas alheias. Dizer que “a Virtude é sua própria recompensa” vai diretamente contra todo ensinamento ortodoxo, em que se afirma de maneira constante e explícita que a virtude é um meio para um fim, e não um fim em si mesma; um meio para o fim último de felicidade humana, e não uma parte daquele fim. E, exatamente do mesmo modo, em todas as civilizações normais e humanas a doutrina a respeito da arte sempre afirmou que a arte é igualmente um meio, e não um fim.
Por exemplo, a doutrina aristotélica de que “o fim geral da arte é o bem do homem” foi firmemente aprovada pelos enciclopedistas cristãos medievais; e podemos dizer que todos os sistemas de pensamento filosóficos ou religiosos dos quais o ideólogo de classe gostaria de se emancipar concordam que tanto a ética quanto a arte são meios para a felicidade, e não fins. O ponto de vista burguês, que na verdade é o ponto de vista do reformador social, é sentimental e idealista, enquanto a doutrina religiosa que ele repudia é utilitarista e prática! De todo modo, o fato de que um homem sinta prazer, ou possa sentir prazer, em agir bem ou em produzir bem, não é suficiente para fazer desse prazer o propósito de seu trabalho, exceto no caso do moralista ou daquele que meramente expressa a si mesmo; igualmente, o prazer de comer não pode ser considerado a finalidade de comer, exceto no caso do glutão, que vive para comer.
Se uso e valor de fato não são sinônimos, é só porque o uso supõe a eficácia, e o valor pode ser atribuído a algo ineficiente. Agostinho, por exemplo, demonstra que a beleza não é simplesmente aquilo de que gostamos, porque algumas pessoas gostam de deformidades; ou, em outras palavras, valorizam aquilo que na verdade não vale nada. Uso e valor não são idênticos na lógica, mas, no caso de uma pessoa perfeitamente saudável, coincidem na experiência; e isso é admiravelmente ilustrado pela equivalência etimológica do alemão gebrauchen, “usar”, e do latim fruire, “fruir”.
Tampouco o dinheiro, a fama ou a “arte” podem ser considerados explicações para a arte. O dinheiro não pode, pois, à exceção do caso da produção voltada para o lucro e não para o uso, o artista por natureza, que tem em vista o bem da obra a ser realizada, não está trabalhando para ganhar dinheiro, mas ganhando dinheiro para poder continuar sendo ele mesmo, isso é, para poder continuar trabalhando como aquilo que é por natureza; igualmente, ele come para continuar vivendo, em vez de viver para continuar comendo. Quanto à fama, basta lembrarmos que a maior parte da melhor arte do mundo foi produzida anonimamente, e que se algum trabalhador tem apenas a fama em vista, “todo homem decente deveria se envergonhar de as pessoas boas saberem isto dele”. E quanto à arte, dizer que o artista trabalha para a arte é um abuso de linguagem. Arte é como um homem trabalha, supondo que ele conheça sua arte e a tenha como hábito; do mesmo modo, a prudência, ou a consciência, é o que faz um homem agir bem. A arte é tanto a finalidade do trabalho quanto a prudência é a finalidade da conduta.
É só porque, nas condições estabelecidas num sistema de produção voltado para o lucro e não para o uso, esquecemos o sentido da palavra “vocação” e pensamos somente em termos de “empregos”, que confusões assim são possíveis. O homem que tem um “emprego” está trabalhando por motivos alheios a si, e pode muito bem ser indiferente à qualidade do produto, pelo qual não é o responsável; tudo o que ele quer, nesse caso, é garantir para si uma parcela adequada dos lucros esperados. Mas alguém cuja vocação seja específica, isso é, alguém constitucionalmente adaptado e treinado para um ou outro tipo de atividade, ainda que tire seu sustento dessa atividade, está na verdade fazendo aquilo de que mais gosta; e, se é levado pelas circunstâncias a fazer outro tipo de trabalho, ainda que melhor pago, torna-se na verdade infeliz. A vocação, seja a do fazendeiro ou do arquiteto, é uma função; o exercício dessa função, no que diz respeito ao próprio homem, é o meio mais indispensável de desenvolvimento espiritual, e, no que diz respeito à sua relação com a sociedade, a medida de seu valor. É precisamente nesse sentido que, como diz Platão, “mais será feito, e melhor, e com mais facilidade, quando cada um fizer apenas uma coisa, de acordo com seu gênio”; e isso é “a justiça para cada homem de acordo com sua própria natureza”. A tragédia de uma sociedade industrialmente organizada para o lucro é que essa justiça lhe seja negada; e qualquer sociedade que assim seja literal e inevitavelmente faz o papel de Diabo perante o resto do mundo.
O erro básico do que chamamos a ilusão cultural é a presunção de que a arte é algo a ser realizado por um tipo especial de homem – particularmente, aquele tipo de homem a quem chamamos de gênio. Em direta oposição a isso está a perspectiva normal e humana de que a arte é simplesmente a maneira correta de fazer as coisas, sejam sinfonias ou aviões. A perspectiva normal pressupõe, em outras palavras, não que o artista seja um tipo especial de homem, mas que todo homem que não é um mero ocioso e parasita é necessariamente um tipo especial de artista, hábil e contente em fazer alguma coisa de acordo com sua constituição e treinamento.
Obras geniais são de pouco uso para a humanidade, que invariável e inevitavelmente não entende, distorce, e caricatura seus maneirismos, e ignora sua essência. Não é o gênio que interessa, mas o homem capaz de produzir uma obra-prima. E o que é uma obra-prima? Não, como se supõe habitualmente, um voo individual da imaginação, além do alcance comum do seu próprio tempo e mais voltado para a posteridade do que a nós mesmos; mas, por definição, uma obra realizada por um aprendiz ao final de seu aprendizado e com a qual ele prova seu direito de ser admitido como membro de uma guilda, ou, como diríamos hoje, um sindicato, como trabalhador mestre. A obra-prima é simplesmente a prova de competência esperada e exigida de todo artista que se gradua, a quem só se permite que monte uma oficina própria se tiver apresentado essa prova. Do homem cuja obra-prima foi aceita por um corpo de praticantes especializados se espera que continue produzindo obras de qualidade similar pelo resto de sua vida; ele é um homem responsável por tudo o que faz. Tudo faz parte do curso normal dos acontecimentos, e, longe de pensar nas obras-primas como meras obras antigas preservadas nos museus, o trabalhador adulto deve ficar envergonhado se alguma coisa que ele fizer estiver abaixo do padrão da obra-prima ou não for bom o suficiente para ser exibido em um museu.
O gênio vive num mundo que é só seu. O artesão-mestre vive num mundo habitado por outros homens; ele tem próximos. Uma nação não é “musical” por causa das grandes orquestras de suas capitais, sustentadas por um seleto círculo de “amantes da música”, ou porque essas orquestras tocam peças populares. A Inglaterra era “um ninho de pássaros cantores” quando Pepys podia insistir que uma jovem donzela assumisse um papel difícil no coro da família, pois do contrário correria o risco de não conseguir um marido. E, se as canções folclóricas de um país agora só se encontram nos livros, ou estão, como diz a canção, “guardadas na mala”, ou se igualmente consideramos a arte algo a ser visto em um museu, não é que algo tenha sido ganhado, mas sim que sabemos que algo foi perdido, e desejamos ao menos preservar sua memória.
Existem, então, possibilidades de “cultura” além daquelas concebidas por nossas universidades e pelos grandes filantropos, e outras possibilidades de realização além daquelas que podem ser exibidas nas salas de estar. Não negamos que o ideólogo de classe possa ter um ressentimento justo contra a exploração econômica; quanto a isso, será suficiente dizer, de uma vez por todas, que “o trabalhador vale o seu trabalho”. Porém, o que o ideólogo de classe deveria exigir como homem, e não apenas em seu óbvio papel de explorado, mas quase nunca ousa, é a responsabilidade humana por qualquer coisa que ele mesmo faça. O que o sindicato deveria exigir de seus membros são obras-primas. O que o ideólogo de classe que não é apenas um subalterno, mas também um homem, tem o direito de exigir, não é nem ter menos trabalho, nem ter uma porção maior das migalhas culturais que caem da mesa dos ricos, mas a oportunidade de sentir imenso prazer em fazer o que quer que faça como trabalho, exatamente como sente ao cuidar do próprio jardim, ou em sua vida familiar; o que ele deveria exigir, em outras palavras, é a oportunidade de ser um artista. Qualquer civilização que lhe negue isto é inaceitável.
Com ou sem máquinas, é certo que sempre haverá trabalho para fazer. Tentamos mostrar que, se o trabalho é uma necessidade, ele não é de jeito nenhum um mal necessário, e sim um bem necessário, no caso de o trabalhador ser um artista responsável. Até agora falamos desde o ponto de vista do trabalhador, e talvez nem seja preciso dizer que tudo depende tanto do cliente quanto do artista. O trabalhador se torna um patrono na hora em que compra algo para seu próprio uso. E para ele, enquanto consumidor, sugerimos que aquele homem que, quando precisa de um terno, não compra dois ternos prontos de material vagabundo, mas delega a tarefa de fazer um terno de material primoroso a um alfaiate, é muito melhor como mecenas das artes e filantropo do que o homem que meramente adquire uma obra-prima e a coloca no museu nacional. Também o metafísico e o filósofo têm um papel; uma das funções primárias do professor de Estética deveria ser destruir as superstições da “Arte” e do “Artista” como pessoa privilegiada, um tipo diferente dos homens comuns.
Aquilo de que o explorado deveria ressentir-se não é meramente a insegurança social, mas a posição de irresponsabilidade humana que lhe é imposta pela produção voltada para o lucro. É preciso que ele entenda que a questão da propriedade dos meios de produção tem um sentido primariamente espiritual, e só secundariamente um sentido de justiça ou injustiça econômica. O ideólogo de classe, na medida em que propõe que se viva só de pão, ou mesmo de brioche, não é melhor nem mais sábio do que o capitalista burguês que ele afeta desprezar; nem ficaria ele mais feliz no trabalho caso trocasse muitos chefes por poucos. Não faz muita diferença se ele pretende viver sem arte, ou obter sua dose dela, se também consente na deificação desumana da “Arte” pressuposta na expressão “Arte pela arte”. Não é mais propício ao fim último e presente do homem sacrificar-se no altar da “Arte” do que sacrificar-se nos altares da Ciência, do Estado, ou da Nação personificadas.
Em nome de todos os homens negamos que a arte seja um fim em si mesma. Pelo contrário, “a indústria sem arte é uma brutalidade”; e tornar-se um bruto é morrer para a condição humana. Trata-se, de qualquer jeito, de um questão de ser bucha de canhão ou não: faz pouca diferença morrer repentinamente nas trincheiras ou dia após dia nas fábricas.
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moonwitchs-world · 4 years
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Quimbanda ou Kimbanda, o que significa?
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Bom centelhas divinas hoje iremos falar de um assunto polêmico e que gera muitos preconceitos ao redor das pessoas leigas. Afinal o que é Quimbanda ou "Kimbanda?"  
A maioria das pessoas associam esta prática religiosa como culto ao satã ou algo do tipo, mas é um equívoco quando as pessoas passam esta informação sem ao mínimo ter se dado ao trabalho de dar um google simples para saber do que se trata, a Quimbanda ou "Kimbanda" é um conceito religioso de origem afro-brasileira, uma linha de trabalho diferente da Umbanda e Candomblé ainda controverso quanto a sua real definição na atualidade. Digamos que é classificada como uma religião autônoma. A diferença na escrita de nada diferencia uma coisa da outra, o que confunde algumas pessoas que acreditam haver diferenças é que a Quimbanda com "Q" somente foi adaptada por não existir a letra "K" no alfabeto português quando a religião foi implementada no Brasil.
Alguns identificam a k/Quimbanda como o lado esquerdo (polo negativo) da Umbanda, ou seja, que tem todo conhecimento do mundo astral, inclusive da magia negra, e que podem ajudar a fazer o bem. Suas entidades vibram nas matas, cemitérios e encruzilhadas, também conhecidos como "Povo da Rua" e abrangem os mensageiros ou "guardiões" Exus e Pombagiras. (Guardiões com muitas aspas).
A palavra "Quimbanda" (Kimbanda) vem da palavra africana em Bantu que significa "curador" ou "shaman", também se refere a "Aquele que se comunica com o além.
O termo "quimbanda" (da mesma forma que o termo "umbanda") tem origem na língua umbundu, e dentro do Candomblé de Angola designa, desde o período pré-colonial, um rito próprio, cujo sacerdote que o pratica é chamado de "Táta Kimbanda"
No Brasil, com a fundação da Umbanda, o termo quimbanda passou a ser usado para descrever trabalhos espirituais que, dentro da cosmologia da Umbanda, não obedeceriam seus preceitos fundamentais não sendo, no entanto, necessariamente malignos. Frequentemente é confundida com a Kiumbanda (ou Quiumbanda), que é a prática de trabalhar espiritualmente com kiumbas.
O autor Nicholaj de Mattos Frisvold em uma de suas obras que falam sobre o assunto disse que a Quimbanda é um movimento de entidades que eram contrárias a imposição das práticas cristãs, que mantinham suas práticas nativas e algumas até mesmo criavam figuras "demoníacas" associando-se propositalmente suas divindades aos adversários de outras religiões. A hipocrisia não pode fazer parte da compreensão de quem quer aprofundar no assunto, precisamos compreender que alguns povos antigos, não comungavam com as ideias do cristianismo por isso o fato da criação de um cenário "aterrorizante."  O que não pode ser confundido é que todo cristão era bom e todo k/quimbandeiro mal, além de precisarmos doutrinar nossa mente a entender que bem e mal é relativo, temos por obrigação como seres espirituais em evolução de entender que os K/quimbandistas de práticas mais luciferianas, e até mesmo “satanistas” não podem ser julgados por associar os seus exus a figuras combatidas pela igreja cristã, precisamos lembrar que os Cristãos fizeram o mesmo, pegando divindades de outros povos e demonizando. Isso já era comum na própria cultura hebraíca, onde um deus é retirado de sua condição divina para ser colocado como um ser maligno. Pesquisem sobre o Deus Baal.
A k/Quimbanda trabalha mais diretamente com os exus e pomba giras, também chamados de povos de rua, de uma forma que não é trabalhada na Umbanda pura. Estas entidades, de acordo com a cosmologia umbandista, manipulam forças negativas, o que NÃO significa que sejam malignos. Geralmente estão presentes em lugares onde possam haver kiumbas, obsessores, também conhecidos como espíritos atrasados. Os Exus e Pombagiras trabalham basicamente para o desenvolvimento espiritual das pessoas, com o intuito de evolução espiritual, além de proteção de seu médium. Como são as entidades mais próximas à faixa vibratória dos encarnados, apresentam muitas semelhanças com os humanos.
A entrega de oferendas é comum na Quimbanda, assim como na Umbanda, mas variam de acordo com cada entidade. Podem ser oferecidas bebidas alcoólicas, tais quais, cachaça (marafo), uísque ou conhaque, entre outras, além de velas e charutos.
Lourenço Braga, discípulo de Zélio de Moraes, escreveu em 1942 o livro Umbanda (magia branca) e Quimbanda (magia negra), onde ele lista sete linhas da Quimbanda:
Linha das Almas - Exu Omulu
Linha dos Caveiras - Exu Caveira
Linha de Nagô - Exu Gererê
Linha de Malei - Exu Rei
Linha de Mossuribu - Exu Kaminaloá
Linha dos Caboclos Quimbandeiros - Exu Pantera Preta
Linha Mista - Exu dos Rios/Exu das Campinas
Mas então, qual seria a diferença dos Exus que trabalham a Umbanda e na K/Quimanda?
Bom, o Exu como figura e entidade é um ser com uma moral própria e que transita entre o que consideramos ético e não-ético. Além disto, é uma espécie de entidade espiritual que não está muito preocupada em só ajudar os outros e nem com sua “evolução”, dentro da ótica cristã e também espírita que é a mais conhecida de nós.
São seres amorais, com grande carga de energia emocional ainda não depurada, que procuram agir conforme suas próprias convenções. Existem dentro das categorias de exus os que chamamos de espíritos de exu humanos (em algumas vertentes chamados de exunizados) e os exus naturais, que são entidades que sempre existiram na “natureza” e na “sobrenatureza” e que atuam como domínios e poderes per si.
Em outras palavras, são a própria personificação de uma força, como a raiva, a doença, a cólera e afins. Por emanarem e serem isso, quando muito próximos de alguém, o contaminam de forma espiritual para que a pessoa passe a vibrar em cólera, em doença e etc. Contudo não são malignos, estão apenas cumprindo seu papel na criação.
Ainda dentro dessa categorização, encontramos diferenças muito claras entre Exus de Umbanda e Exus de Quimbanda. Na Quimbanda ou Kimbanda, muitas vezes, tais espíritos são de certa forma ancestrais, antigos Tatás e sacerdotes de cultos de nação e tradicionais, que desencarnados tomam a função de ajudar no culto.
Vemos muito isso na Kimbanda e também outros cultos derivados do Congo-Angola como as reglas de Palo. Já na Umbanda, podemos encontrar disto também, mas outros espíritos ainda de outras culturas fazem parte da Umbanda, encontramos Yorubás, encontramos Cristãos e encontramos Indígenas, além dos Fon, Nago, Bantus e Malês.
O que podemos notar é que a predominância dos Exus de Umbanda é de natureza européia. Então, só por isso podemos definir que eles tem certos “preceitos” cristãos incutidos em si. Outros são nativos ou indígenas, como os caboclos Kimbandeiros (Arranca Toco, Cobra Coral, Pedra Preta, etc.) e outros ainda são Pretos-Velhos Kimbandeiros (Pai Cipriano, Pai Zulu, etc.). Só por isso já podemos afirmar que os Exus de Kimbanda ou Quimbanda e de Umbanda são diferentes.
Se formos pegar ainda pela questão da diferenciação das palavras:
Kimbanda com K é um culto de origem Bantu, com forte influência da ancestralidade sagrada. Originário de fato da Mbanda (ou Umbanda em Kimbundo) e praticado pelo Kimbanda (aportuguesado virou Kimbandeiro) que é o Tatá (pai). É um processo mágico de cura e que se assemelha a um xamanismo ou pajelança.
Quimbanda com Q seria a derivação desse culto, influenciado pela multi-cultura brasileira e que é aberto ao sincretismo. Aqui encontraríamos uma Quimbanda mais “tradicional” com as regras da ancestralidade, mas também encontraríamos as Quimbandas mais “pesadas” do ponto de vista popular, com a inclusão de demônios ou a associação de espíritos com demônios. Porém, a prática é quase similar no que se refere ao objeto: tratar uma pessoa naquilo que ela necessita, sem questionamentos morais sob ótica cristã.
Então, a Quimbanda é bem mais eclética do que a própria Umbanda em si, por não ter essas travas fixas. Claro que os tradicionalistas defendem a sua Quimbanda, associando todas as outras como práticas negativas e deturpadas. Mas não estariam eles fazendo exatamente a mesma coisa que os primeiros católicos/cristãos/hebreus com as diversas divindades que cultuavam? A história se repete, pois a moral cristã está fortemente incutida até mesmo nos NeoPagãos.
Então em resumo os Exus tem uma maior liberdade na prática da Kimbanda e da Quimbanda, quando estão desassociados da Umbanda. Dentro da Umbanda, os Exus devem seguir as regras daquele culto e são geralmente tutelados por entidades de Direita (éticas, sob certa visão cristã).
Justamente por isso que alguns exus não se manifestam na Umbanda, apenas na Quimbanda, como o Exu Assassinato, o Exu Iran, o Exu Belzebut, o Exu Facada, o Exu Gargalhada, o Exu Maioral, o Exu Matança, o Exu Mau Olhado, o Exu da Morte, o Exu Sete Buracos, o Exu Sete Diabos, o Exu Sete Demônios, etc.
A quimbanda que se encontra dentro da Umbanda é uma quimbanda diferente da Quimbanda (com letra maiúscula) que é uma tradição a parte, assim como a Macumba Carioca. Por isso devemos entender claramente a diferença entre elas.
Se estamos na Umbanda, os Exus lá irão se manifestar sobre as regras do local, conduzidos pelas entidades chefes do local e são convidados. Raramente um Exu de Quimbanda irá trabalhar na Umbanda, sendo mais comum Exus só de Umbanda, isso falando de forma incorporada.
Já um Exu de Umbanda, atrelado aos ideais da Umbanda, jamais irá trabalhar na Quimbanda. Porém isso não faz do Exu da Umbanda um anjo ou guardião, só as regras da casa é que são diferentes. Ainda são seres negativados, densos e que atuam em um processo dual.
De qualquer forma, eles tem trabalhos a fazer. Saravá Exu!
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