Tumgik
#escritório de arquitetura
rtrevisan · 4 months
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Canvas como gerador de modelos de negócios [GA]
Alex Osterwalder e Yves Pigneur desenvolveram um método ágil, conciso e visual para a construção de modelos de negócios, chamado canvas. Obviamente suas características indicam boa aplicabilidade, ou pelo menos facilidade metodológica de aplicação. O canvas está apoiado na construção (lado esquerdo) e entrega (lado direito) de valor ao cliente. Um dos maiores benefícios trazidos pelo canvas aos…
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arc-hus · 3 months
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AMB House, Guarujá, Brazil - Bernardes Arquitetura
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babydoslilo · 1 year
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Time to Jump
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Foi por não aguentar mais as pequenas provocações e madrugadas mal dormidas, e unicamente por isso, que em certa noite Louis se pegou vestindo trajes escuros e indo esperar os pirralhos escondido nas sombras laterais da casa. Ele tinha certeza que os malditos delinquentes viriam atazanar sua vida mais uma vez e como não teve sucesso com o apoio das autoridades policiais, teria que resolver o problema com as próprias mãos. 
Essa one contém: Ltops; Hbottom; Harry sub do tipo break me; Degradation kink leve; Desuso de camisinha; Grande diferença de idade; Spanking leve; Smut gay.   
°°°°°
– Puta que pariu! Não é possível que tão fazendo isso de novo. – resmunga ao ser acordado mais uma vez no meio da noite com barulhos de tênis raspando no chão e pulos pesados.
Louis Tomlinson, um escritor com várias obras publicadas e uma renda que poderia bancar sua aposentadoria aos 40 anos de idade, sempre foi muito reservado, rígido e metódico com as suas coisas. Ele costumava querer ter controle da situação para que nada saia fora do planejado, mas um grupinho de delinquentes no seu quintal não parecia ligar pra isso.
Na verdade, a vida dele pareceu sair dos trilhos desde que sua única filha resolveu entrar para um colégio interno bastante renomado pois, segundo ela, o histórico escolar iria ficar irrecusável para qualquer faculdade. Clara tinha 15 anos e Louis estava em uma espécie de casamento com a mãe dela há quase 18, ou seja, a maior parte da sua vida. Foi por isso que não percebeu a decadência do relacionamento, nem percebeu como estavam vivendo por comodidade até não ter mais a presença alegre e contagiante da filha. 
Louis passava a maior parte do dia no escritório trabalhando em projetos novos ou revisando os antigos já publicados, isso quando não estava na enorme biblioteca que era seu xodó. Ele quase não encontrava a esposa em casa, os almoços e jantares juntos já não existia e ele sequer lembrava da última vez que tinham feito sexo. Não lembrava, principalmente, da última vez que sentiu saudades disso. 
Reconhecer a falência do “casamento” foi a parte mais difícil porque nenhum dos dois entendia como deixaram chegar a esse ponto. Mas em uma alternativa para não piorar a convivência e prejudicar a saúde mental da filha, resolveram que separar era a melhor opção.
Assim, Louis saiu de casa e já que nunca foi muito sociável ou fez questão de viver entre grandes círculos de pessoas, aproveitou para dar uma finalidade à casa que recebeu de herança do avô. A propriedade de arquitetura rústica e antiquada ficava localizada em um bairro histórico meio afastado da cidade, lá se encontravam diversas mansões que foram tombadas pelo Estado e não podiam ser modificadas, então agora serviam de cenário fotográfico para diversos artistas, também podia-se notar alguns casarões em bom estado, mas abandonados, e alguns outros que foram reformados e deram lugar a condomínios modernos e espaçosos.
Em síntese, era um lugar sossegado e tranquilo que qualquer pessoa mal humorada e com leve inclinação anti social gostaria de morar. Pelo menos era pra ser assim. Porém, desde que se mudou há algumas semanas, o homem percebe a cada maldita noite um grupinho de talvez 5 ou mais pessoas tiradas a atletas com o costume de ficar pulando de muro em muro nas construções antigas e, infelizmente, a sua era uma das sorteadas.
Ele não queria ser o vizinho chato que liga pra polícia ou reclama por besteira, mas aqueles pirralhos já estavam enchendo o saco. Eles tinham que aprender uma lição. 
°°°°°
– Vamos Styles, o que você tá esperando porra? – A menina de cabelos pretos com mechas azuis apressou o amigo que não parava de encarar a janela da propriedade dos Tomlinson. Ela nem sabia que tinha gente morando aí, mas fantasmas não costumam deixar as luzes ligadas ou denunciar eles como vândalos para a polícia local. 
O garoto alto de olhos verdes e cachos escondidos pelo capuz do moletom finalmente despertou da visão que tinha no segundo andar e começou a correr junto aos outros, ainda com a silhueta do homem que tragava um cigarro na janela na cabeça. 
Veja bem, ele não era um adolescente cheio de hormônios e que não podia se controlar nem nada, mas foi impossível controlar a curiosidade que aquela sombra despertou. Ele queria mais do que nunca voltar a praticar parkour, sua atividade favorita, naquela casa novamente só para ter mais do vizinho novo. Mais uma visão, mais perto, mais claro.. até mais uma denúncia ele estava aceitando. 
Os dias que seguiram a descoberta de uma nova obsessão do mais novo foram relativamente bem aproveitados. Quando não estava ocupado trabalhando remotamente na empresa de design, Harry passava horas observando a propriedade que amava invadir e o novo dono dela, o qual descobriu ser um moreno com alguns fios grisalhos que entregavam a idade e que usava jeans folgados e camisas simples nos raros momentos em que descia do segundo andar e se dignava a tomar um pouco de sol. Esses eram os momentos favoritos do dia para o mais novo. 
A forma como os olhos verdes acompanhavam as mãos tatuadas levar o cigarro até a boca fininha enquanto o sol fazia os olhos azuis do outro espelhar a fumaça que saía da boca era quase sublime. O garoto de 23 anos se viu mais apegado àquela imagem e sensação nauseante a cada vez que os olhares se encontravam por um segundo e ele percebia ter sido pego observando.
Assim, toda noite que voltava da pequena reunião com os amigos nas propriedades vizinhas, ele não conseguia aplacar a adrenalina e excitação que sentia ao pensar no mais velho.. nas mãos dele.. em como seria puxar o cabelo liso até ter o pescoço barbado totalmente exposto para si.. por isso se foder no consolo durinho que tinha, imaginando ser o pau do Tomlinson, era uma tentativa válida.
– Oh.. porra – engolindo a saliva que acumulava em desejo, Harry sentava cada vez com mais força tentando, ao mesmo tempo, não soar tão alto na madrugada silenciosa. O silicone duro dentro dele não parecia ser grosso o suficiente e o ângulo não o ajudava a encontrar a própria próstata. – Isso! Hm.. – Assim que conseguiu achá-la, aumentou o ritmo, socando sempre no mesmo ponto.
O garoto temia estar fazendo muito barulho, no fundo ele estava ciente dos pais dormindo no quarto do fim do corredor, mas ao segurar de forma firme a própria extensão imaginando ser, na verdade, as mãos bronzeadas, cheias de veias e com as unhas marcadas pela nicotina, Harry não conseguiu se conter.
– Senhor Tomlinson! – gemeu ofegante se desmanchando no próprio abdômen. Ele deixaria para zombar de si mesmo por parecer um garotinho de 15 anos que se masturba pensando no professor mais velho daqui a uns minutinhos.
O problema foi que esses minutinhos chegaram com um gosto ácido na boca do estômago do menino que, apesar da vergonha, não sentia arrependimento por nada do que fazia em prol de ter um resquício da atenção do mais velho voltada para si. Harry continuava abusando da curta paciência de Louis toda noite com os saltos na escadaria logo abaixo do quarto em que sabia que o mais velho dormia, também abusava da sorte e liberava um sorrisinho debochado e pretensioso nas tardes em que observava recostado em uma parede de tijolos, não tão de longe, o outro simplesmente existir e ser cada vez mais gostoso refletindo o dourado da luz do sol. E se o olhar azul exalando raiva e descrença em sua direção servia como incentivo para se afundar com volúpia no dildo em suas noites solitárias, ninguém podia realmente lhe julgar.
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Foi por não aguentar mais as pequenas provocações e madrugadas mal dormidas, e unicamente por isso, que em certa noite Louis se pegou vestindo trajes escuros e indo esperar os pirralhos escondido nas sombras laterais da casa. Ele tinha certeza que os malditos delinquentes viriam atazanar sua vida mais uma vez e como não teve sucesso com o apoio das autoridades policiais, teria que resolver o problema com as próprias mãos. 
Acendeu um cigarro e tragou lentamente quando viu um grupinho se aproximar. Pelo barulho que ouvia todo santo dia, ficou surpreso ao ver que se tratavam de apenas quatro jovens que pareciam ser poucos anos mais velhos que a própria filha. Ele não iria pegar pesado, mas o espanto e medo que estampou os rostos jovens quando finalmente notaram a presença imponente esperando por eles, realmente fez algo cintilar no ego do Tomlinson.  
Harry, por sua vez, não tinha certeza do que o cérebro enevoado registrou por último: as vozes distantes dos amigos correndo para a direção oposta; o agarro em seu braço que tentou lhe fazer se mover para correr com eles, mas que acabou desistindo poucos segundos depois; ou o gelo que subiu da base da coluna até os fios cacheados quando sentiu ser o único alvo restante.
A forma como os olhos verdes se arregalaram sutilmente não passou despercebida pelo mais velho enquanto Louis o analisava. Tênis surrado, as roupas despojadas que não escondiam diversas tatuagens provavelmente sem nenhum significado profundo, as mãos grandes inquietas, o pescoço pálido pulsando em nervosismo e medo, a boquinha carnuda aberta tentando absorver mais oxigênio e quem sabe um pouco de coragem, os olhos enervantes e as sobrancelhas franzidas em determinação. Harry, ele ouviu a garota chamando-o por esse nome antes de sair correndo.. era um bom nome. Contradizendo tudo o que sentiu nos últimos dias, o pau do mais velho pulsou com a vista.
Se recompondo da breve e vergonhosa travada, Styles fingiu não estar intimidado com a pose arrogante do outro ou com beleza opressora que exalava maturidade enquanto o homem o analisava dos pés a cabeça e deixava o cigarro esquecido queimar entre os dedos. 
– Olha.. hm.. nós não sabíamos que tinha gente morando ai ok? Essa casa é nosso ponto para praticar já faz alguns anos, nós realmente não queríamos atrapalhar ninguém. – sabendo como a desculpa parecia pouco convincente, ele tentou sorrir um pouco para dispersar a tensão.
– Não sabiam.. claro. – a voz arranhou as estranhas do mais novo assim que ele ouviu. Seria muito rude imaginar seu nome saindo da boca fininha? Harry esperava que não. – Então não era você o desocupado que achou legal ficar bisbilhotando minha vida e minha casa durante a porra da semana inteira? Eu imaginei um merdinha me devorando com os olhos brilhantes dispostos a fazer o que precisar por um mísero segundo de atenção? – Harry engoliu em seco dividido entre estar muito furioso ou com muito tesão pelo tom de desdém que o outro falava.
– Não é.. olha, não é mesmo isso que você tá pensando cara. Como eu disse, era só nosso lugar de treino, nós não vamos mais fazer isso aqui. – ele esperava soar convincente o bastante. – Eu prometo tá? Não precisa ficar tão agressiv-
O mais novo sentiu mais do que viu o momento em que Tomlinson se jogou em sua direção empurrando-o contra a parede mais próxima. A mão direita segurando com firmeza a lateral do pescoço branquinho, a esquerda reforçando o aperto na camisa desbotada que usava, o hálito quente no pé do ouvido e a textura áspera dos tijolos desgastados em suas costas fizeram o membro de Harry endurecer tão rápido que ele se sentiu tonto. O sangue bombeando loucamente entre o pescoço sob mãos firmes e a virilha.
– Não seja por isso.. você gosta tanto de pular nos meus muros que tenho certeza que vai adorar pular no meu pau, não é? – Louis rosnou, sem sequer saber de onde tinha vindo isso, ou mesmo se a raiva que sentia era do menino por despertar nele os piores impulsos ou de si próprio por não ser capaz de resistir a eles.
°°°°°
A tarefa mais difícil era lembrar em que momento os dois foram parar no andar de cima, sem roupas e com Louis sentado na poltrona da escrivaninha de um dos quartos tendo um Harry impaciente no colo. O ar exalava tanta tensão e brutalidade que ambos não sabiam se iriam foder com força ou rolar pelo chão enquanto lutam.
O cômodo estava pouco iluminado, eles nem cogitaram perder tempo ligando as luzes, mas alguns feixes da luz amarelada do corredor entrava pela porta aberta iluminando o corpo pálido em seu colo. O menino era diferente do que Louis costumava se sentir atraído, ele era poucos centímetros mais alto, consideravelmente mais novo, tinha poucas curvas… mas as pernas longas e torneadas abertas em cada lado do quadril bronzeado eram especialmente belas.
A visão do pau longo, mas não muito grosso, entre elas não chegou a ser um banho de água fria no homem que só conhecia tão de perto o corpo feminino porque bastou Louis encontrar o olhar desejoso na face do outro que a missão da sua vida passou a ser fazer o garoto implorar pra ter seu pau bem fundo nele. 
– Se você quiser alguma coisa a partir de agora você vai ter que me pedir como um bom menino faria, entendeu? – a seriedade na voz e o aperto na cintura fininha de Harry só serviram para deixá-lo mais irritado. Ele imaginou e sonhou com o dia que finalmente teria o mais velho para si tantas vezes que não queria esperar ou pedir por mais nada.
Por isso forçou os quadris contra a pressão exercida pelas mãos que o apertavam e tentou esfregar com mais força o membro grande e grosso que estava tão duro embaixo dele. Talvez ficasse com marcas de dedos na pele alva mais tarde, mas agora sua preocupação seria fazer a pose arrogante do mais velho se desmanchar completamente.
As respirações estavam cada vez mais pesadas e a bagunça molhada que o pau de Louis estava fazendo não passou despercebido por nenhum deles. Tomlinson estava a tanto tempo sem se preocupar com sexo que era uma surpresa não ter gozado ainda apenas com esses míseros estímulos, mas a quantidade de pré-gozo que estava liberando, além de excitante pra caralho, iria ser de grande utilidade.
– Se quer me ver implorar então vai ter que fazer melhor que isso.. – sorriu provocante – .. senhor Tomlinson. – sussurrou a última parte e aproveitando o momento em que sentiu o mais velho afrouxar o aperto, Harry conseguiu fazer com que a cabecinha gorda do pau abaixo dele deslizasse com alguma resistência por sua entrada. Ele não se renderia tão fácil.
– Seu, porra.. seu filho da puta – Louis grunhiu ao sentir o aperto sufocante e quente que lhe deixou um tanto desnorteado. A falta de preparação poderia deixá-lo preocupado em outra situação, mas ser afrontado e desobedecido tão diretamente fez o sangue dele ferver.
Se respirar já estava sendo difícil antes, se tornou quase impossível quando o mais novo sentiu o ardor na coxa pálida que logo ficaria vermelha, bem como o aperto da mão forte no queixo. Os dedos de Louis cravaram nas bochechas do outro com tanta força que os lábios formaram um biquinho e a outra mão ainda formigava pelo tapa que desferiu. 
– Você é tão puta pelo meu pau que não consegue pedir pra ter o que quer? – percebendo que o maior não era do tipo submisso sem uma boa amostra de que ele tinha capacidade para o dominar, Louis levanta da cadeira ainda com o outro no colo e o joga de bruços na cama e monta em cima dele de forma que o peitoral sobreponha totalmente as costas que tremiam um pouco em ansiedade. Ele apoiou quase todo o peso na mão pressionando o rosto do cacheado no colchão. – Porra.. olha como você tá se engasgando por isso.
Os olhos verdes reviraram com a entrada brusca de toda a extensão grossinha do mais velho de uma só vez. Ele não estava molhado e nem aberto o suficiente, mas a ardência enquanto o corpo tenta se ajustar ao tamanho alheio seria com certeza bem pior caso ele não tivesse fodido todos os dias com um pau de borracha idealizando o que estava lhe fodendo agora. Harry se sentiu corar com as lembranças. 
– S-senhor Tomlinson, por.. por favor. – os gemidos saiam como sussurros, ele estava se perdendo em meio ao lençol macio abaixo de si enquanto todos os nervos do corpo decidiam entre concentrar a atenção no peso pressionando o rosto cada vez mais fundo no colchão ou nas estocadas brutas deixando sua bundinha marcada e sensível. 
– Isso.. agora você aprendeu como funciona – estalou dois tapas seguidos na pele avermelhada com a mão livre – o que você quer, hm? Pede pra mim.. 
– Mais.. eu quero você mais fundo e, oh, mais forte. – conseguiu dizer entre gemidos e arfadas.
– Você é uma vadia insaciável não é? – a frase que causaria constrangimento em muitos teve um efeito diferente no garoto e Louis o sentiu pulsar com força ao redor do seu pau e ficar mais mole na cama. – Tão sedento pelo meu pau.
Saindo de cima do maior e o virando de costas na cama, Louis parou para observar a bagunça que os dois estavam. Os cachos emaranhados no topo da cabeça pelo atrito com o lençol, a boca vermelha e inchada de tanto ser mordida estava molhada pela saliva que o menino não conseguiu conter, os olhos baixos quase fechados como se tivesse delirando de tanto prazer e a marca dos dedos do mais velho estampada na pele leitosa do rosto mais jovem. Nada disso se comparava à confusão que a cabeça de Louis se tornou com o desejo brutal de beijar aquele ser com tanta força que ele esqueceria o próprio nome.
Por isso mal registrou o momento em que atacou com fome os lábios do outro, a saliva era quente e espessa enquanto ele praticamente fodia a boquinha com a língua. A bagunça dos gemidos misturados e o ar compartilhado entre os beijos só tornou mais viva a necessidade que tinham um do outro naquele momento.
– Ah! Isso, hmm.. – Harry gemeu quando sentiu sua entradinha abrigar toda aquela extensão novamente, mas dessa vez o ângulo proporcionado pelas pernas em volta do quadril largo do mais velho fez a próstata ser estimulada em toda estocada. Eles provavelmente estavam sendo bem barulhentos e a cama antiga rangia com os movimentos rápidos e firmes. 
Quando sentiu as pernas falharem e o músculo da barriga se contrair, Louis ondulou o quadril acertando apenas o pontinho especial do maior, segurou o pescoço dele por trás com firmeza e amassou as bocas juntas. 
– Vamos, goza pra mim. – rosnou. 
As pernas em volta do quadril apertaram significativamente o outro e a entrada esmagou tanto o cacete ali dentro que Louis sentiu a respiração falhar, a excitação quase perdendo para a dor. Com um gemido exausto, Harry sentiu a barriga molhada e os braços e pernas relaxarem no colchão. Os olhos já estavam fechados e o líquido quente dentro dele era tão confortável, ele poderia dormir todas as noites assim.
Não parecia se importar com o peso em cima de si, então quando Louis ia saindo de dentro do menino quase adormecido, o ouviu murmurar:
– Não.. fica aqui, por favor. – o pedido estava mais para um sussurro cansado, o garoto sequer abriu os olhos para falar ou moveu qualquer parte do corpo senão a boca. 
– Mimadinho do caralho – resmungou com graça, mas mesmo assim virou o menino de lado e se encaixou atrás dele, colocando o pau sensível na entradinha judiada mais uma vez. Apesar de mau humorado e mandão, Louis não era de verdade um cretino, então o tom da sua voz e o sorrisinho que abriu revelaram apenas satisfação. 
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euamoescrever · 3 months
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Oi, pessoal! Quanto tempo que não apareço por aqui, que saudade do meu bloguinho! <3 Fico real surpresa como que sempre tem pessoas consumindo meu conteúdo, mesmo após anos de tê-los postado, como tudo ainda é relevante! Quero muito voltar a responder às perguntas de vocês, tem muita coisa aqui na minha caixa de mensagens.
Sobre o meu sumiço: apenas a vida acontecendo. Hoje lidero um escritório de arquitetura que consome boa parte do meu tempo, parei real de consumir conteúdos de escrita (tanto leitura quanto escrita), então realmente me desconectei com esse universo que criei aqui na internet.
Recentemente voltei a escrever como recomendação da minha psicóloga, a famosa "escrita terapêutica", que nada mais é que um diário pessoal da vida adulta. Confesso que chorei muito quando pensei em fazer isso, pois desbloqueou muitas lembranças e sonhos perdidos em minha mente, de quando achava que meu futuro era junto aos livros, como escritora renomada e publicada por alguma editora grande do país. Escrever fazia parte de mim, era o que me alimentava todos os dias e foi o que me sustentou em muitos momentos difíceis da minha jornada nesse planeta... Mas como falei ali em cima, a vida aconteceu.
Enfim, voltar a escrever, mesmo que de forma terapêutica, me deu um gás para voltar a exercer minha comunicação com palavras escritas (sou real viciada em áudios no WhatsApp, me julguem!), e mergulhar em reflexões e pensamentos mais poéticos. Eu tinha esquecido do quão gostoso é escrever e reler tudo que foi escrito!
Queria só passar para dizer um (longo) oi e que estou viva!
Feliz 2024, galerinha! <3
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arqbrasil · 9 months
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Macro com layout contemporâneo
Apartamento passa por reforma total e ganha atualidade com projeto do escritório Macro Arquitetos.
O casal de clientes buscava um apartamento com uma atmosfera atemporal, combinando elementos neutros e naturais, mas também desejavam toques de cores na decoração.
@macroarq, #CarlosDuarte, #JulianaNogueira, #Arquitetura, #Interiores, #Reforma, #Apartamento, Fotografia Renato Navarro, @renatonavarrofotografia.
Publicado no Arqbrasil - https://arqbrasil.com.br/27776/macro-com-layout-contemporaneo/
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antoniolfnc · 1 month
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Residência BIAN
Proposta de lavabo para uma casa de campo realizada para o escritório Zirpoli Arquitetura.
Recife, Brasil. Fevereiro de 2024.
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thcarchboy · 2 months
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* 〜 ei! você viu o HENRI DUPONT por aí? você sabe, aquele aluno da graduação de 36 ANOS e se parece muito com AARON TVEIT. eu acho que ele formou com especialização em ARQUITETURA e se parecia muito com ROSS LYNCH. toda vez que passava pelo dormitório dele, ouvia MY SONGS KNOW WHAT YOU DID IN THE DARK - FALL OUT BOY tocando pela porta. todos que o conhecem dizem que ele costuma ser CARISMÁTICO, mas também poderia ser DESCARADO.
time de hóquei + track & field + clube de xadrez + clube de arte e mídia.
⸻ 𝓯𝓾𝓵𝓵navigation: muse / povs / tasks / cnns
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𝓭𝓸𝓼𝓼𝓲𝓮𝓻 ; henri dupont
mais do que conhecidos no país de origem, a empreiteira dupont tinha os seus negócios espalhados por todo o mundo. responsáveis pela estruturação e construção dos empreendimentos mais caros e renomados entre a socialite mundial, não era atoa que os cofres bancários da família estavam lotados e cada vez mais impossíveis de serem contabilizados.
a sede da empresa, ainda na frança, fazia tudo ficar mais confortável para os herdeiros, que viviam a sua vida tranquila no país em que nasceram enquanto os escritórios e acionistas ao redor do mundo faziam tudo por eles.
elise e henri dupont eram a dupla de irmãos inseparáveis e que iriam herdar tudo o que o pai havia construído ao longo dos anos. envoltos em luxo, não sabiam viver fora da bolha e sequer eram recomendados a isso. a dupla sempre foi conectada durante a infância e henri não saberia mensurar como existiria sem elise ao seu lado, sem saber como era caminhar sem ter ela para observar os seus passos.
o garoto era muito educado, seguindo as etiquetas francesas, e conectado com o mundo, mas enganava-se quem achava que as suas ações eram feitas para impressionar os pais. tinha tanto orgulho e admiração pela irmã que não existiu um momento sequer na sua vida que não se espelhou ou não se moveu para que lise ficasse orgulhosa, do mesmo tanto que ele se sentia orgulhoso dela. fosse no círculo de amigos, fosse nas escolhas, fosse nas aventuras.
é claro que, como bons irmãos, tinham as suas brigas e desavenças ao longo do amadurecimento e não era de se admirar que, aproveitando a sua posição de caçula, tinha passe livre para fazer o que bem entendesse, acoplando a sua condição de ser homem. e antes que alguém pensasse o contrário, estava disposto a ajudar elise nessa.
todas as condições implícitas pelos pais para atrelar os dois, henri comprava com prazer. não iria sair com os amigos de elise, mas acompanhava ela até o ponto em que poderiam se separar e ter suas experiências individuais. e não foi diferente quando o tópico da universidade entrou em cena.
𝓫𝓪𝓬𝓴 𝓲𝓷 𝓽𝓲𝓶𝓮 ; 2014
o futuro não era muito certo para henri, viver como herdeiro o bastava e não pela preguiça, mas por saber que nada o que fizesse tiraria dele o trono dos dupont. muito pelo contrário, brilharia os olhos dos pais de qualquer forma.
ainda que achasse injusto a imposição de lise ser a grande responsável pela administração da empreiteira, sabia que viveria bons momentos com ela do outro lado do globo caso aceitasse um caminho parecido. e foi assim que henri embarcou numa nova aventura.
a escolha por arquitetura veio embasada no que poderia fazer dentro da empresa familiar sem precisar se esforçar. a verdade é que henri era apaixonado por esportes e música, podendo viver como um bon-vivant que não se incomodaria.
é por isso que, ao se mudar com a irmã para os estados unidos, entrou na maioria de esportes e clubes que lhe dariam o prazer que a vida francesa o disponibilizava e, como era de se esperar, juntou-se com os colegas para despejar o seu talento pelo campus como vocalista.
a banda tocava em vários eventos oficiais e não oficiais da UCLA, deixando o nome e o abdômen do francês estampado em todas as manchetes da universidade, como também em outros lugares.
𝓷𝓸𝔀𝓪𝓭𝓪𝔂𝓼 ; 2024
a vida adulta não foi muito distante do que havia selecionado. o emprego de arquitetura era claro na empreiteira dupont e, com muito esforço, cumpria as horas de trabalho sem reclamar.
o bom humor de henri era o responsável por deixar todo o time de arquitetos e designers de interiores mais relaxado, contribuindo por um setor menos ansioso e dramático na empresa.
alguns diziam que ele era um bom chefe, outros acionistas tinham certeza que ele amolecia demais os funcionários e não entregava tantos projetos como gostariam.
a verdade é que henri usava também das suas habilidades para finalizar o que não havia sido entregue, dando o mérito aos funcionários e deixando que fizessem o seu nome no ramo de arq&decor. enquanto isso, poucos eram os projetos endereçados diretamente a ele, mas que fazia a questão de cumprir quando o necessário.
o seu rosto não era muito visto nas mídias, apenas entre o time enxuto do escritório e em eventos privados. enquanto elise vivia na mídia, henri estava sempre nas sombras e evitando que o seu rosto fosse reconhecido e tudo isso tinha um motivo.
a boa condição familiar permitia que ele considerasse os seus hobbies com mais frequência e trouxe a música consigo para a vida adulta. com a mesma banda da universidade, utilizava dos finais de semana livres para se apresentar com a turma pelos pubs da cidade e restaurantes que não o reconheciam.
sem trajes caros e apenas sua paixão por cantar, fazia presença nos bares locais e se divertia na noite com o codinome de george. era bom ser uma pessoa sem sangue azul durante alguns dias da sua semana, isso o trazia de volta para a vida.
𝔀𝓱𝓪𝓽 𝓲𝓯 ; 2014 novamente?
ficção científica nunca foi um dos temas mais bem quistos pelo francês e nada o faria mudar de ideia. o interesse por ciência sempre foi mínimo e qualquer bobajada sobre o assunto era motivo suficiente para mudar o rumo da conversa ou abandoná-la de vez. entender esse processo custaria muita energia de quem quisesse convencê-lo, uma vez que apenas consideraria aceitar a temática com muitas provas e nenhum gap nas explicações. no mais, segue vivendo a sua vida sem acreditar em baboseiras.
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𝓹𝓮𝓻𝓼𝓸𝓷𝓪𝓵𝓲𝓽𝔂traits
henri e elise estão sempre fechados, para tudo. não existe um detalhe da sua vida que a irmã não saiba, assim como não existe algo que ele não sabe sobre ela. as pessoas podem até tentar, mas eles sempre vão compartilhar confidências;
como um bom francês, flerte faz parte do seu modus-operandi e assim ele vive com qualquer pessoa que passe pela sua frente. não é sobre o interesse, mas sim jeito de viver. tenha um relacionamento ou não, henri sempre está flertando;
na época da faculdade, por causa de seus flertes, era comum que fizessem apostas sobre seus possíveis relacionamentos que sequer apareciam e isso dava-se por sua característica peculiar de filho mais novo: fazia tudo por baixo dos panos. era um santo aos olhos nus dos estudantes da UCLA, mas bem traiçoeiro quando ninguém conseguia vê-lo;
canta muito bem e sente prazer em fazer isso, então não é impossível vê-lo cantarolando pelo escritório ou pelos corredores da universidade, independente da linha do tempo, a música sempre está com ele.
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desing-interior · 4 months
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Porcelanato Líquido
Porcelanato líquido é uma escolha que tem se destacado na arquitetura e no design de interiores, dando um toque especial aos espaço
Explorando o Universo do Porcelanato Líquido de Forma Descomplicada Hoje vamos conversar sobre porcelanato líquido. É uma escolha moderna que tem se destacado na arquitetura e no design de interiores, dando um toque especial aos espaços. Se você está pensando em renovar sua casa ou escritório, o porcelanato líquido pode ser a solução que você procura. Porcelanato líquido pode ser sua…
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arquivosmagnusbr · 1 year
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MAG050 — Alicerces
Caso #8141206: Depoimento de Sampson Kempthorne a respeito da arquitetura da casa de trabalho de George Gilbert Scott.
Ouvir em: Spotify | Youtube
Aviso de conteúdo: claustrofobia
Tradução: Lia
ARQUIVISTA
Depoimento de Sampson Kempthorne a respeito da arquitetura da casa de trabalho de George Gilbert Scott. Depoimento original prestado em 12 de junho de 1841. Gravação de áudio por Jonathan Sims, arquivista chefe do Instituto Magnus, Londres.
Início do depoimento.
ARQUIVISTA
Caro Jonah,
É meu maior desejo que esta mensagem o encontre com boa saúde, pois ouvi mais de um conhecido em comum comentar sobre seu atual estado de excesso de trabalho. Enquanto eu sinceramente espero que seja apenas fofoca banal, meu conhecimento de seu caráter me leva a suplicar que você se permita algum descanso ou, pelo menos, contrate mais funcionários de secretariado. Certos bairros pouco caridosos diriam que sua vida consiste em nada além de andar de um lado para o outro em uma casa em Edimburgo, cercado por pilhas de histórias fantasmagóricas e depoimentos de lunáticos. Pilhas, receio dizer, às quais estou prestes a fazer uma adição.
Eu sugeriria que você viesse visitar a mim e Marianne como uma distração, mas se você quisesse fazer isso, você precisaria viajar rapidamente. Veja bem, estamos prestes a partir para a Nova Zelândia para começar uma nova vida lá, longe de Londres e de suas casas de trabalho. E é essa partida iminente que teve um efeito tão libertador sobre a minha caneta. Pois vi coisas que sinto que merecem um lugar em seu manicômio de cartas.
Essas coisas consideram as obras de meu ex-assistente, George Gilbert Scott, cuja própria prática arquitetônica é agora muito respeitada. Fiquei com medo de que as acusações de calúnia pudessem me perseguir se minha história fosse contada, mas com um barco para o novo mundo me esperando e sua excelente reputação de discrição, sinto que pode finalmente ser hora de me livrar das cenas inquietantes que testemunhei.
George veio até mim em 1834, partindo de seu compromisso com o escritório de Henry Roberts, onde estava concluindo seu treinamento. Eu tenho o maior respeito pelo próprio Henry, pois ele treinou com Sir Robert Smirke, que havia recebido seu título de cavaleiro nem dois anos antes. Henry era muito efusivo sobre os talentos e perspectivas do jovem Sr. Scott, e se esforçou ao máximo para me informar que seu jovem protegido também recebeu certas tutelas arquitetônicas do próprio Sir Robert.
Ele disse isso com o mais estranho dos olhares, como se houvesse algum segredo divertido entre nós. Eu apenas acenei com a cabeça, como se dissesse que entendi o que ele quis dizer, e ele saiu em paz. Ele até me mostrou o trabalho de George na elaboração de seus planos para o edifício Fishmonger's Hall perto da London Bridge, que foi inaugurado com grande aclamação. Certamente parecia claro para mim que ele seria um bom assistente, pelo menos durante o tempo que eu fosse capaz de mantê-lo.
E assim começamos nossa breve colaboração, cujo tema era a casa de trabalho, um tópico — como tenho certeza de que você deve se lembrar — muito querido para mim. A situação dos pobres e destituídos tem sido uma desgraça nacional por muito tempo, e quando recebi a tarefa de projetar as casas de trabalho pelos Comissários da Lei da Pobreza, foi um empreendimento no qual embarquei com grande zelo.
Meus projetos originais tinham a intenção de ajudar na fácil segregação dos residentes por sexo, idade ou enfermidade, pensando em capacidade e utilidade acima de tudo. Eu sei que muitos olham para a casa de trabalho com desdém, a chamam de “Bastilha do Mendigo” e veem muito pouca distinção entre ela e uma prisão, mas essa é uma visão profundamente míope. A prisão mantém sua população para a segurança e desenvolvimento da sociedade em geral, enquanto a casa de trabalho existe para o desenvolvimento dos próprios residentes. Criticar as condições como duras é ignorar o imperativo moral básico do próprio trabalho, e acredito firmemente que descartar o punitivo como uma forma válida de desenvolvimento moral é consignar muitas pobres almas à perdição... mas estou divagando, Jonah. Estou tão acostumado a escrever defendendo os meus projetos que parece ser difícil escrever qualquer outra coisa.
Foi em sua ajuda com esses projetos que George começou a mostrar aquelas peculiaridades de caráter com as quais eu ficaria tão pouco à vontade. Seu processo de reformulação era... profundamente perturbador. Ele passava horas no escritório simplesmente olhando para os desenhos sem dizer nada, sem comer ou beber, ignorando qualquer pergunta ou interrupção. Então, em um único movimento, ele reunia todos os papéis e se retirava para seu escritório privado, trancando a porta atrás dele.
Então, do outro lado daquela firme porta de carvalho, eu ouvia os sons mais estranhos, murmúrios e gritos. Era sempre apenas a voz de George, eu nunca conseguia discernir as palavras. Muitas vezes parecia que ele estava em grande aflição, e em mais de uma ocasião eu estava a poucos minutos de chamar a polícia para ajudar a arrombar a porta quando ele aparecia, suando pelo esforço e segurando desenhos completamente refeitos. Tenho certeza de que vi sangue no colarinho dele uma vez.
Os desenhos em si eram um pouco melhores. Ele pegava a funcionalidade sólida de meus planos originais e os refazia em todos os tipos de simetrias estranhas que, embora arquitetonicamente intrigantes, geralmente sacrificavam muitas considerações práticas. Ele também, sem falta, desenhava tudo mais próximo. As passagens eram estreitadas e os dormitórios encolhiam até que um prédio projetado para abrigar 300 residentes fosse refeito para abrigar quase o dobro desse número.
Como mencionei antes, não tenho objeções às duras condições dentro da casa de trabalho para dissuadir os inúteis de residi-la, mas os planos limitados que George me apresentava beiravam o claustrofóbico, e geralmente eu não conseguia utilizá-los.
Cada vez que eu dizia isso a ele, seu rosto se contraía em uma raiva momentânea e seus lábios ficavam pálidos. Então eu observava enquanto ele pegava aquela raiva e a descartava, tornando-se novamente o jovem genial, embora um tanto sério, que eu havia conhecido. Era uma cena estranha.
Quando seu pai morreu em 1834, não foi nenhuma grande surpresa para mim que ele tenha decidido renunciar o trabalho. Ele me disse que considerava necessário se tornar o provedor de sua família, embora eu tenha minhas suspeitas de que ele também estava ansioso para não ter mais seus projetos rejeitados por mim. Desejei-lhe boa sorte, claro, mas para ser sincero, não posso dizer que não fiquei um pouco aliviado com sua partida.
Foi pouco depois disso que recebi um convite para uma pequena reunião social organizada por Henry Roberts. Foi lá que conheci Sir Robert Smirke. Ele era um homem alto com traços afiados, quase melancólicos, e olhos que pareciam te enxergar como um amontoado de proporções e quilos de matéria-prima. Ele era educado e sociável, mas achei difícil ter uma conversa longa com ele, pois ele parecia estar sempre mais à frente na conversa do que eu. Eu nunca conseguiria dizer com certeza se ele estava entediado ou não.
Quando percebi que George não estava presente e não havia sinal de que chegaria logo, resolvi levantar com Sir Robert a questão sobre o que exatamente seu treinamento envolvia. À menção do nome “George Gilbert Scott”, o rosto de Sir Robert ficou subitamente vermelho de raiva de uma maneira não muito diferente da de seu protegido.
Ele me perguntou qual era o meu interesse no Sr. Scott, e eu respondi que ele tinha, até recentemente, sido contratado como meu assistente. Com isso, Robert deu uma risadinha de satisfação e me disse que eu não sabia o quão sortudo eu tinha sido por ter escapado. Perguntei novamente o que exatamente seu treinamento envolvia, e Sir Robert me encarou por um minuto em silêncio antes de finalmente acenar com a cabeça.
"Estabilidade", ele disse. "Equilíbrio. A coisa mais difícil para um arquiteto alcançar. A simetria é fácil, mas não resulta, por si só, em equilíbrio. Agitar os sentimentos do homem, criar um pequeno lugar separado do resto do mundo mantendo esse equilíbrio é o verdadeiro objetivo do arquiteto."
Eu nunca tinha ouvido falar sobre a minha profissão com tanta convicção e paixão antes, e não vou mentir para você, Jonah: o olhar em seu rosto enquanto ele falava me assustou.
Sem ser solicitado, seu discurso continuou e ele começou a falar sobre George, sobre atalhos e simetria, e um patrono que o jovem tolo não compreendia.
Eu conseguia acompanhar muito pouco do que ele dizia, e parecia estar decididamente distante de qualquer coisa que eu considerasse arquitetura, mas seja lá o que Sir Robert tivesse ensinado a George, parecia que as lições haviam sido usadas de maneira menos nobre do que ele pretendia.
Foi nesse ponto que Henry notou a agitação de Sir Robert do outro lado da sala e aproximou-se para acompanhá-lo gentilmente até a sala de fumo. Ele me lançou um olhar de leve reprovação enquanto conduzia seu mentor para longe e eu fiquei ali, parado no meio da sala, totalmente confuso e um tanto abalado.
Resolvi evitar, sempre que possível, ter qualquer relação com George e continuei com meus próprios trabalhos. Ouvi dizer que ele havia se estabelecido com a construção de casas de trabalho baseadas em seus próprios projetos. Ele havia contratado um sócio chamado William Bonython Moffatt, filho de um construtor que não tinha moral para recomendá-lo de qualquer maneira. Eles procuraram vigorosamente vários donos de distritos e conseguiram adquirir várias comissões que antes eram minhas.
Não preciso dizer que fiquei bastante surpreso com essa total falta de etiqueta profissional. Mas eu não estava sem outros projetos, então me esforcei para ignorá-lo e deixá-lo fazer qualquer internação miserável que ele se propusesse a construir.
Foi em setembro de 36 que aconteceu, pouco depois de George e Moffat finalmente abrirem a primeira de suas casas de trabalho. Eu não percebi que isso tinha ocorrido até algum tempo depois, atolado como eu estava no meu próprio trabalho.
A escuridão havia caído e eu ainda estava ocupado, iluminado pelo brilho reconfortante de uma dúzia de velas. Não havia relógio na oficina — uma escolha deliberada para impedir que o correr da hora me perturbasse —, mas suspeito que já passava da meia-noite quando eu ouvi.
Passos. Passos pesados e surdos e o clique-claque de uma bengala robusta. Meus assistentes haviam trancado todas as portas quando saíram naquela noite e, no silêncio do meu escritório, não pude deixar de ouvir o som delas se abrindo novamente. Até o dia da minha morte, Jonah, vou afirmar que ninguém entrou no prédio antes que eu ouvisse os passos se aproximando.
À medida que seus passos pesados se aproximavam e o estalido daquela bengala batia mais alto com uma malícia silenciosa, ouvi outro som abaixo disso: o tilintar de chaves.
Nunca em toda a minha vida fui possuído por tanto medo como naquele momento. As paredes e o chão pareciam se fechar a minha volta, roubando o ar dos meus pulmões até eu jurar que podia sentir as lascas do teto cravando na pele macia do meu rosto. Eu não conseguia me mover quando o barulho da bota parou do lado de fora da porta e a bengala descansou com um estalo final.
Eu esperei. Eu esperei para ter os últimos vestígios de vida arrancados de mim pelo que quer que aquilo fosse. Não sei quanto tempo se passou. E então, como se de repente retirasse um casaco pesado, o peso caiu de minhas costas. A sala voltou às suas proporções naturais, ou seja... ela nunca mudou de verdade. Eu acho. É difícil descrever exatamente, Jonah, então perdoe meus devaneios.
Levantei-me e, em um momento de bravura imprudente que duvido algum dia entender, peguei uma vela e corri para a porta, escancarando-a. Eu vi uma figura se afastando através da porta de um dos escritórios dos funcionários. Era baixo e largo e eu pude ver a madeira do assoalho curvar-se sob suas enormes botas. Ele usava um chapéu preto alto e apenas as mechas mais finas de cabelo grisalho eram visíveis debaixo dele. Em sua mão áspera e avermelhada, segurava uma bengala preta muito gasta com uma ponta de ferro.
Então a porta se fechou atrás dele e ele sumiu. Eu fui para a sala atrás dele, mas ela estava vazia. Não havia sinal do homem, ou o que quer que fosse aquilo, que havia entrado antes de mim. A janela estava fechada e não havia lugar algum para alguém daquele tamanho se esconder. Ainda assim, eu o procurei. Eu não sabia mais o que fazer. Até mesmo as pegadas pesadas pareciam ter desaparecido.
O que eu consegui encontrar, no entanto, caído atrás de uma das escrivaninhas, foi um dos projetos de casa de trabalho de George Gilbert Scott. Não há, é claro, como ter certeza de qualquer conexão entre os dois eventos, mas isso pouco fez para acalmar a raiva escaldante em meu peito quando saí de casa na manhã seguinte. Peguei um táxi até o escritório de George, onde fui informado de que ele estava em seu local de trabalho com Moffat, e peguei outro táxi.
Quando encontrei o local parecia estar havendo alguma confusão — meu ex-assistente de pé ao lado de um muro de pedra alto discutindo com um operário que parecia bastante perturbado. Ele gesticulava descontroladamente para uma área da parede enquanto outro homem, que eu assumia ser Moffat, tentava acalmá-lo.
Quando me aproximei, comecei a entender o que o operário estava dizendo. Ele estava perguntando de alguém a quem ele se referia como “o governador”. Enquanto Moffat tentava muito pacientemente explicar que nenhum governador havia sido nomeado para a casa de trabalho ainda, o operário não parecia estar prestando muita atenção a isso. No entanto, ele continuava repetindo que o governador havia vindo procurar o Harry. Ele não disse quem era Harry, mas presumo que seja um conhecido dele.
Ele disse que sabia que era o governador por causa do tilintar de suas chaves. Ele disse que o governador tinha chamado o Harry de "inútil". Foi nesse momento que eu finalmente fiquei perto o suficiente para ver o muro para o qual ele apontava com tanta emoção. No começo, pensei que eram minhocas, pequenas e pálidas contra a alvenaria. Mas quando cheguei mais perto, eu pude ver claramente. Estendendo-se da pedra sólida imaculada da parede da casa de trabalho havia quatro dedos.
O operário repetiu: o governador tinha chamado o Harry de “inútil”.
Devolvi os documentos de George e fui embora.
Espero que você entenda agora, Jonah, por que tenho evitado a companhia de meus companheiros nos últimos anos. Eu sempre fiquei relutante em fazer qualquer registro da minha história, mas agora que finalmente tenho tudo preparado para a minha mudança para a Nova Zelândia, eu sentiria que estaria desprezando você se eu fosse embora sem compartilhar minha história. Faça com ela o que quiser — estou cansado dela.
Atenciosamente,
Sampson Kempthorne.
ARQUIVISTA
Fim do depoimento.
Obviamente, tentar rastrear desaparecimentos e mortes em casas de trabalho vitorianas é um exercício inútil, então não quero nem tentar.
Mais importante, quem é Robert Smirke? Li todos os livros que pude encontrar sobre o homem, que são, definitivamente, bem poucos, e nenhum deles mostra qualquer sinal desse outro lado dele, que aparentemente está no coração da arquitetura de edifícios estranhos por toda Londres.
E agora o quê? Estudantes? Aprendizes? Se Henry Roberts era um estudante de algum tipo de método de construção paranormal, ele não parece aparecer em nenhum de seus edifícios — exceto talvez pelo Fishmongers' Hall, que ele projetou junto com Sir George Gilbert Scott para a Worshipful Company of Fishmongers em 1834. É supostamente um foco de assombrações mais discretas, mas nada da magnitude do que ouvimos de outras pessoas.
O Scott é preocupante, no entanto. Enquanto Smirke parece ter construído um punhado de edifícios notáveis em torno de Londres, Sir George Gilbert Scott é responsável por monumentos como a Estação Saint Pancras, o Albert Memorial e a restauração da Abadia de Westminster. Se seus edifícios têm peculiaridades semelhantes, então... pra ser sincero, eu não sei o que isso significaria. Mas duvido que seja bom.
Dito isso, não houve relatos de qualquer tipo de perturbação paranormal ou sobrenatural em qualquer edifício ainda em pé projetado pelo Scott. Isso deveria me fazer sentir melhor, mas de alguma forma não faz.
Fim da gravação.
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Arquivista: Como é?
Tim: Você tá com algum problema?
Arquivista: Não entendi direito o que você quer dizer.
Tim: Bom, tinha uma policial perguntando por você. Sabe, aquela que veio investigar a Gertrude.
Arquivista: Basira. Onde ela... quando foi isso?
Tim: Hã, ontem. Você tava na fisioterapia.
Arquivista: Ela disse por quê?
Tim: Não. Foi meio estranho, na verdade. Já a vi por aqui algumas vezes antes, aliás. Eu, hã... Eu não confio nela.
Arquivista: Desculpa, o quê?
Tim: Bom, eu perguntei se ela tinha algo novo pra relatar sobre a Gertrude e ela só disse que não e aí resmungou e perguntou quando você voltaria, aí ela foi embora. Foi estranho. Ela é estranha.
Arquivista: Você não tem problema com a polícia não, né, Tim?
Tim: Bom, você sabe que eu sou o melhor ladrão de gatos de Bromley.
Arquivista: Tim.
Tim: Ok, sério, eu não entendo por que ela fica vindo aqui sem ser pela investigação.
Arquivista: Ela tá... Eu tô... Tô ajudando ela com algumas investigações. No off.
Tim: Ah. Ahh. Não precisa dizer mais nada.
Arquivista: Tim, o que você...
Tim: Não se preocupa, tá tudo bem. Bom trabalho, chefe!
Arquivista: Ah, não, Tim, não é isso que eu... não é bem assim...
Tim:  Eu vou ver se descubro mais alguma coisa sobre o Scott e te aviso se ela voltar.
Arquivista: Isso realmente não é o que...
Fim do complemento.
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nxkyvm · 1 year
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⠀ ⠀ ⠀ ⠀nakyum’s family .
JI JIN-HEE as kang daesung .
KIM SUNG-RYUNG as lee bongcha .
IM CHANGKYUN as kang sangho .
daesung e bongcha se conheceram na faculdade, ela sendo dois anos mais velha e cursando arquitetura. ele, contabilidade. o pai de bongcha foi totalmente contra o namoro dos dois, porque tinha planos que a filha casasse com alguém de grande poder aquisitivo, que fosse agregar ao legado da família. no entanto, bongcha fez sua escolha. casou-se com o rapaz que veio de família simples. foi por conta do trabalho e dinheiro dela que chegaram ao status de família de classe média. ela sempre viu o quanto isso afetava o marido, que se esforçava demais no escritório de contabilidade para alcançar um bom status ali dentro e poder se tornar o principal provedor da casa. por isso, bongcha deixa que daesung tome todas as decisões. pelo bem do próprio casamento - segundo suas próprias crenças -, ela deu a ele esse poder.
juntos, tiveram dois filhos. sangho e nakyum, que têm três de diferença entre si. qualquer um que tenha mantido um olho na família ao longo dos anos, nunca viu nada demais, nada de extraordinário sobre eles. simpáticos, educados e vizinhos tranquilos. era exatamente isso que eles queriam que os outros vissem. e era exatamente isso, também, que acabou adoecendo o espírito de nakyum dentro da própria casa.
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rtrevisan · 5 months
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Marketing na arquitetura [GA]
Um dos aspectos que mais causaram perplexidade em nossa pesquisa com arquitetos titulares de escritórios de São Paulo foi a recorrente afirmação, proferida com orgulho, de que “o meu escritório não faz marketing”, ou que “nunca precisei fazer marketing”. Causa perplexidade e tristeza ver que continuamos com este nível de ignorância institucionalizada por todo o setor: quando se pesquisa a…
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novoespacofan · 1 year
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Descubra o equilíbrio perfeito entre o estilo moderno e o conforto na praia com o mais recente projeto do escritório Novoespaco Arquitetos. Este condomínio de casas apresenta linhas retas elegantes que são perfeitamente integradas à paisagem natural. Com uma abordagem inovadora de design, a Novoespaco Arquitetos criou uma conexão perfeita entre o interior e o exterior, aproveitando ao máximo a iluminação natural e a ventilação. Cada casa foi projetada com o bem-estar em mente, oferecendo espaços abertos e luminosos que proporcionam conforto e relaxamento aos moradores. As áreas externas são ideais para momentos de lazer, oferecendo um ambiente acolhedor para desfrutar da vida na praia. Com um toque de elegância moderna e um design inteligente, este condomínio de casas representa a melhor escolha para aqueles que procuram viver em um ambiente confortável, prático e sofisticado. O Novoespaco Arquitetos mais uma vez superou as expectativas e criou um projeto excepcional que eleva o estilo de vida à beira-mar. Venha conhecer e se surpreender com cada detalhe deste empreendimento incrível! #novoespacoarquitetos . . . . #arquitetura #arquiteturabrasileira #arquiteturabr #arquiteturamoderna #designarquitetônico #projetoarquitetônico #arquiteturadeinteriores #arquiteturaurbana #arquiteturadesustentável #arquitetosbrasileiros #arquiteturabrasil #arquiteturapraia #contrateumarquiteto #procurandoarquiteto #projetosdearquitetura #arquiteturacustomizadaft #arquiteturapersonalizadag #construçãoderesidênciash #designarquitetônicopersonalizado #reformaarquitetônica #arquiteturacomestilo #arquiteturaparamorar (em Juquehy) https://www.instagram.com/p/CqVNavGurF_/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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analuizamktreal · 1 year
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Tecnobank: tecnologia para negócios
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lougue · 11 months
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Esse é um trabalho de identidade visual feito para um escritório de arquitetura local. O escritório está localizado em Brasília (Capital do Brasil). A ideia teve inspiração na bandeira do Distrito Federal, o mapa utilizado foi projetado foi pelo urbanista Lucio Costa em 1957. O objeto em questão é um compasso.
Eng: This is a visual identity job done for a local architecture office. The office is located in Brasília (Capital of Brazil). The idea was inspired by the flag of the Federal District, the map used was designed by urban planner Lucio Costa in 1957. The object is a compass.
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arqbrasil · 4 months
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Composição de arte e design pelo Inovando
Projeto do escritório Inovando Arquitetura destaca a coleção única de quadros do cliente, unindo arte, modernidade e design.
O mobiliário equilibra conforto e sofisticação, com minimalismo e tranquilidade no quarto principal e contemporaneidade e singularidade no banheiro. O design reflete a personalidade do morador, resultando em um espaço singular e envolvente. Apartamento localizado na Vila Madalena, em São Paulo.
@inovandoarquitetura, #IngridZarza, #FernandaBradaschia, #Arquitetura, #Interiores, #Décor, #Arte, Fotografia Mariana Orsi, @marianaorsifotografia.
Publicado no Arqbrasil - https://arqbrasil.com.br/29996/composicao-de-arte-e-design-pelo-inovando/
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betopandiani-mar · 1 year
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Rita Lee
Em novembro de 1987 inauguramos o Aeroanta, um galpão no largo da Batata, em Pinheiros, também na zona oeste da cidade. Uma casa de shows com pista de dança e restaurante que funcionava seis vezes por semana, com gente saindo pelo ladrão.
Nesse empreendimento juntaram-se a nós Sérgio Zerbini, um antigo amigo de ginásio que achou o ponto, e o Alfredo Pimenta, que fez o projeto de arquitetura com o Zé Renato e Alex Negrão. Mais de mil espetáculos, entre 1987 e 1993, deram oportunidade a muitas bandas se apresentarem.
Marisa Monte, Ed Motta, Cazuza, Barão Vermelho, Lobão, Biquini Cavadão, Daniela Mercury, Ratos do Porão, Léo Jaime, Inocentes, Ultraje a Rigor, Ira! Plebe Rude, RPM, Kid Vinil, Mulheres Negras, Luni, Titãs, Engenheiros do Hawaii, Cássia Eller, Cidade Negra, Manu Chao e Capital Inicial foram alguns dos nomes que fizeram história no Aero.
Muitos artistas consagrados também tocaram no Aeroanta. Em 1990, Rita Lee queria alugar o galpão por dois dias, na parte da tarde, para ensaiar, pois ela havia sido convidada para tocar no Festival de Montreux. Como ela não tocava em público fazia cerca de dez anos, pensamos em convidá-la. Seria uma injustiça a Rita tocar no Aero para ninguém. Fizemos uma oferta irrecusável: 100% da bilheteria para ela e o movimento do bar para nós. Ela aceitou. E isso caiu na boca da imprensa e fomos capa de todos os jornais.
Era a semana inteira de gente telefonando para pedir ingressos. Até aquela lindinha da escola que nunca olhou para minha cara e que eu não via há mais de vinte anos.
Colocamos à venda quinhentos ingressos e deixamos outros quinhentos para vender no dia. O largo da Batata estava tomado, a fila dava volta ao quarteirão, e quem já tinha ingresso chegou cedo, ou seja, às dez e meia já tinham entrado na casa mais de quinhentas pessoas.
Estávamos tensos e ansiosos. De repente, pluft, acaba a luz. Achei que fosse um problema do Aero, mas ao sair para a rua vejo Pinheiros às escuras. Meu Deus, isso nunca aconteceu e vai acabar a luz logo hoje, no dia da estreia da Rita Lee!
As pessoas perguntavam: “Vocês não têm gerador?” “O show vai ser cancelado?” O pior: parou o ar, os caixas, a máquina de chope... tudo, e lá dentro só as luzes de emergência davam aquele ar de fim de festa.
Fiquei olhando aquela imensa fila, atônito, pensando no que fazer. Fui despertado pela pergunta de uma moça: “Você não é um dos sócios da casa?” “Sim”, respondi. Ela continuou: “Sabe, eu trabalho na Eletropaulo e quem sabe se eu ligar pra lá não posso descobrir o que aconteceu”.
Não botei muita fé nela, mas aceitei a sugestão e a levei para o escritório. Ela
ligou e falou com alguém de plantão: “Olha, estou em uma casa de shows aqui em Pinheiros e acabou a luz aqui no bairro. Vocês já sabem o que aconteceu?”
Do outro lado da linha responderam que um caminhão bateu em um poste na avenida Eusébio Matoso, uma movimentada avenida que separa Pinheiros dos Jardins, derrubou um transformador e a previsão para o restabelecimento da energia era por volta das seis da manhã do dia seguinte. Quando ela me repetiu isso, gelei, mas ela continuou: “Por favor, transfere a ligação para quem está de plantão aí na chefia”.
Ouvi, sem acreditar: “Sabe, fulano, eu sou a fulana de tal, estou aqui no Aeroanta para ver um show da Rita Lee e acabou a luz por causa de um acidente na Eusébio Matoso, e quero te pedir um favor. Vamos fazer a energia chegar aqui por um outro caminho: apaga Alto de Pinheiros e acende Pinheiros para mim, por favor”.
Dez minutos depois pluft de novo: acendeu o bairro.
Esta é uma das inúmeras histórias que aconteceram na minha vida profissional na época que trabalhava na noite Paulistana.
Não preciso dizer que o show foi maravilhoso, e ainda tive a linda oportunidade de conhecê-la.
Beto Pandiani
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