Tumgik
#tma translation
theglowingeyeballz · 6 days
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Alright guys to all the German speaking tma fans out there (and anyone else who might be interested) there is a fan made German translation of tma on Spotify (mb on other platforms too, I haven’t checked) I don’t know much about the project, discovered it recently. They translated the first 10 episodes as of now (ep 10 the vampire hunter came out today) and the guy who plays Jon is really oddly satisfying to listen to.
It’s ‘Das Magnus-Archiv’ on Spotify (never thought I’d hear the statements in German and it feels weird but also kinda cool, fun speaking multiple languages)
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arquivosmagnusbr · 2 days
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MAG063 — Fim do Túnel
Caso #0143103: Depoimento de Erin Gallagher-Nelson, a respeito de uma viagem de exploração urbana sob a Igreja de São Paulo, em West Hackney.
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Aviso de conteúdo: nictofobia, claustrofobia
Tradução: Lia
ARQUIVISTA
Depoimento de Erin Gallagher-Nelson, a respeito de uma viagem de exploração urbana sob a Igreja de São Paulo, em West Hackney. Depoimento original prestado em 31 de março de 2014. Gravação de áudio por Jonathan Sims, arquivista chefe do Instituto Magnus, Londres.
Início do depoimento.
ARQUIVISTA (DEPOIMENTO)
Imagino que você saiba o que é uma exploração urbana. Aposto que você já viu muitos amadores idiotas por aqui que dizem terem esbarrado num fantasma em alguma fábrica velha, então vou te poupar de explicar como funciona. E se você não sabe o que é, bom, a Internet existe. Pesquisa lá.
Eu sou o mais próximo do que você pode chamar de profissional nesse negócio, que é basicamente invadir lugares por esporte. Eu trabalho como fotógrafa, e se eu fizer tudo direitinho, consigo ganhar mais dinheiro com uma estação de bombeamento abandonada do que fotografando uma Barbie humana mimada pra "Revista Odeie-se" ou qualquer coisa assim. Sempre fomos eu e Luke Nelson. Ele era irmão da minha esposa e fazia toda a iluminação dos nossos ensaios. Pelo menos até ele ser... comido pela escuridão na semana passada.
É por isso que eu tô aqui: porque eu não sonhei com aquilo. Aconteceu. Eu não ligo pro que a Steph diz — eu não preciso falar com um psiquiatra, eu preciso falar com vocês.
Nós estávamos embaixo da Igreja de São Paulo, em West Hackney. Um edifício horrível e quadrado que realmente faz você pensar sobre os padrões dos templos de Deus. Quer dizer, só tô dizendo que se fosse minha casa eu ficaria bem irritada. Ainda assim, acho que se ele não quisesse aquilo, deveria ter protegido seu antecessor das bombas nazistas, porque a Igreja de São Paulo costumava ser de São Tiago antes de ser bombardeada até só sobrarem os escombros.
Todo mundo sempre esquece o quanto de Londres existe embaixo de Londres. Quer dizer, aqui não é tão ruim quanto em alguns outros lugares, tipo Edimburgo, onde literalmente enterraram metade da cidade e construíram uma nova em cima — mas alguns lugares não são tão diferentes disso. Eu andava fazendo várias pesquisas sobre a São Paulo que costumava ser a São Tiago, porque aparentemente poderia ser exatamente um desses lugares.
Os projetos de esgoto e subsolo do bairro pareciam indicar que havia uma grande área subterrânea diretamente abaixo da São Paulo que parecia ser evitada por todas as obras públicas — mas os projetos da igreja moderna não mostravam nada abaixo do nível do solo.
Isso queria dizer que a antiga Igreja de São Tiago provavelmente tinha uma presença considerável no subsolo que não tinha sido completamente destruída pelas bombas, e que sua herdeira não ocupou aquele espaço.
Abóbadas vitorianas de meados do século XIX, intactas por 70 anos? Era exatamente o tipo de coisa que tá na moda agora em certas revistas de arte, e eu tinha certeza de que poderia vender algumas para o Getty e vários outros sites de banco de imagens. E ei, não era como se eu já não tivesse invadido uma igreja antes.
Felizmente, a São Paulo de West Hackney era uma igreja anglicana, o que significa que eles não a trancavam tão bem quanto alguns outros lugares. As igrejas católicas podem ser uma verdadeira dor de cabeça, pois elas realmente têm alguns objetos de valor dentro que precisam ser protegidos. Mas essa, assim como a maioria das igrejas cristãs, era simples e sem adornos por dentro. Então, embora tomassem muito cuidado com os escritórios, eles não eram tão cuidadosos em trancar o prédio principal da igreja, porque, sinceramente, não tinha nada pra roubar lá — a menos que você gostasse de hinários.
Eu e o Luke levamos menos de um minuto pra conseguir entrar. Foi na última terça-feira, dia 25. Acho que tecnicamente era quarta-feira, dia 26, já que já tinha passado da meia-noite quando começamos a agir. Assim que entramos, mantivemos nossas lanternas baixas, guardamos nosso equipamento e fomos procurar qualquer coisa que pudesse nos levar pra mais baixo.
A princípio parecia que estávamos enganados e não tinha como descer. Mas aí o Luke avistou o que parecia ser um painel removível no chão, logo à direita do que parecia ser um pódio. Era mais pesado do que parecia, mas depois de um pouco de esforço com o pé de cabra, ele saiu.
Parecia que não era removido há décadas — talvez desde que a igreja nova foi construída. Mas o que me surpreendeu foi o ar que saiu lá de dentro quando abrimos. Ele sibilou, como um suspiro que estava preso há muito tempo, e o ar que subiu daquele buraco era gelado e úmido. Não foi inesperado, mas o que me surpreendeu foi como o cheiro era fresco. Como uma noite de outono depois da chuva.
Não tinha nenhuma escada pra baixo, mas trouxemos bastante corda, então descemos. A escuridão parecia nos engolir. Eu podia jurar que às vezes eu conseguia sentir ela se pressionando fisicamente contra o meu corpo.
No final das contas, faltavam só alguns metros até o chão do túnel subterrâneo, e nossas lanternas mostraram exatamente o que eu já esperava: uma antiga alvenaria vitoriana.
A passagem que se estendia à nossa frente em ambas as direções era absolutamente perfeita, e eu não perdi tempo pra tirar algumas fotos enquanto o Luke preparava os equipamentos de iluminação. Lá embaixo, os flashes eram ofuscantes, mas eu tinha certeza de que estava tirando umas fotos ótimas. Mas quando dei uma olhadinha rápida nelas pela tela da minha câmera, eu comecei a ficar irritada. O Luke estava claramente parado na frente da luz quando comecei a tirar as fotos.
Em cada foto onde a parede oposta estava iluminada pelas luzes fortes era possível ver a forma nítida da sombra de uma pessoa.
Tive uma baita discussão com o Luke sobre isso. Ele insistiu que nunca cometeria um erro tão amador. Eu respondi que ele até podia discutir comigo, mas não com a câmera. No fim, ele saiu furioso pra explorar mais adiante.
Tirei mais uma foto antes de começar a ir atrás dele. A sombra ainda tava lá e parecia estar um pouco mais perto.
Eu não sei por que ignorei aquilo. A mente humana é incrivelmente hábil em ignorar coisas que não fazem sentido — coisas que ela não quer ver. Eu convenci a mim mesma de que aquilo era uma peculiaridade dos ângulos daquele lugar. Eu nem me permiti pensar que poderia ser um problema com a minha câmera extremamente cara, então eu definitivamente não considerei a possibilidade de aquilo ter uma explicação sobrenatural.
Segui o Luke mais adiante até que, depois de mais ou menos uns 20 minutos, chegamos às ruínas de algum tipo de câmara. O telhado tinha desabada, provavelmente por causa do bombardeio que destruiu a Igreja de São Tiago, e os escombros bloqueavam a maior parte dela. Parecia que já tinha sido uma sala redonda, e de cada lado da entrada eu podia ver portas bloqueadas com pedras caídas.
Não tínhamos como mover os detritos suficientemente pra acessá-las, mas era estranho: enquanto as luzes das lanternas passavam por elas, mesmo com a maioria delas completamente cobertas pela alvenaria desmoronada, elas ainda não pareciam tão escuras quanto o corredor de onde nós viemos.
Eu tirei algumas fotos. A composição do lugar era excelente e as portas bloqueadas tinham um tipo estranho de grandeza absoluta. Elas com certeza seriam lindas se tivessem conseguido sobreviver ao que parecia ter sido um ataque direto de uma bomba alemã. Verifiquei as fotos e não tinha nenhuma sombra, o que foi um alívio.
Nós voltamos para o outro lado. Quando chegamos às cordas penduradas no buraco acima de nós, o Luke começou a ficar preocupado. Bom, com preocupado eu quero dizer: ele queria sair dali. Ele queria que guardássemos as coisas, subíssemos de volta e fossemos embora, me dizendo que estava sentindo umas vibes estranhas naquele lugar e tentava me convencer de que já tínhamos visto o suficiente. Olhando para aquele quadrado convidativamente iluminado pelo brilho da lua nas janelas da igreja, fiquei meio tentada a concordar com ele.
O problema era que, devido aos contratempos com as primeiras fotos, eu tinha uma, talvez duas fotos com uma qualidade que eu poderia usar, e isso não era o suficiente. Eu disse a ele sem rodeios que não tinha o suficiente e se eu não fosse paga, ele não seria pago. Eu vi o conflito estampado em seu rosto: ele queria sair de lá, claro, mas aparentemente não tanto quanto queria pagar o aluguel.
Então... continuamos, mais pra dentro do túnel. Não sei o quão longe fomos. Eu parava a cada 10 metros ou mais pra me preparar e tentar tirar uma foto boa, mas as sombras estavam de volta e piores do que antes. Agora apareciam duas ou três sombras em algumas fotos. Não parecia ser tão claramente uma silhueta humana, então eu consegui dizer a mim mesma que devia ser uma peculiaridade de como o túnel refletia a luz — mas, pensando agora, isso não fazia o menor sentido.
Mesmo assim, eu continuava — na esperança de encontrar algum lugar onde conseguisse tirar algumas fotos daquele túnel austero e sombrio, com tijolos tão pretos que quase pareciam carvão. Nós avançávamos, montávamos os equipamentos, tirávamos as fotos, verificávamos e aí eu xingava minha câmera. Não sei quantas vezes fizemos isso. Luke ficava cada vez mais nervoso o caminho todo.
Parecia que não estávamos muito mais do que 10 minutos fazendo aquilo, mas quando olhei meu relógio, estávamos lá embaixo há quase duas horas. A gente tinha finalmente chegado no fim do caminho, e era só isso: um fim. Uma parede de tijolos vazia indicando a parada do túnel que parecia passar por baixo de uma boa parte de Hackney.
Nesse ponto, eu finalmente decidi deixar tudo de lado e voltar. Quando virei pro Luke pra dizer isso, minha lanterna apagou. Ela não fez alarde, só piscou por um segundo e depois apagou com um leve estalo.  Olhei pro Luke prestes a pedir pra ele me passar as pilhas reservas... até ver seu rosto. Acho que nunca vi ninguém tão assustado quanto ele naquele momento. Aí a lanterna dele também apagou e não sobrou nada além da escuridão.
Eu podia ouvir ele tateando por alguma coisa que eu presumi ser as luzes da câmera, e um segundo depois ouvi o clique... clique... clique dele tentando ligá-las. Nada aconteceu. Ele continuou apertando os botões, de novo e de novo, e eu conseguia sentir o desespero dele, mas ainda estávamos presos na escuridão total.
Eventualmente, ele parou, e nós só ficamos lá. Eu queria dizer alguma coisa tranquilizadora, estender a mão e avisar que eu ainda tava lá, mas eu tava com medo de quebrar o silêncio. Eu ouvia só a respiração dele, pesada e assustada. Eu percebi a minha própria respiração: rápida e entregando o pânico que tentava fingir que não tava sentindo.
E aí eu ouvi: a terceira respiração. Era baixa no começo — longa e lenta e muito deliberada. Quanto mais eu ouvia, mais alta ela parecia ficar, como se quem quer que estivesse lá com a gente fizesse questão de que pudéssemos ouvi-la. E aí uma quarta respiração se juntou a ela, profunda e gutural. E uma quinta, uma sexta, e depois mais. Estávamos cercados por todos os lados pelos sons das respirações, ficando mais altas, mais próximas.
Luke soltou um pequeno gemido e, ao mesmo tempo, todas pararam. No lugar delas veio um barulho de raspagem, algo de metal que parecia estar sendo arrastado pelos tijolos bem atrás de nós, mas chegando mais perto, e rápido. Então, vieram passos pesados e fortes — passos vindo em nossa direção, rítmicos e sem pressa.
Quase pensei que poderiam ser as batidas do meu coração latejando nos meus ouvidos — mas o eco me garantiu que vinha do fundo do túnel. Aí o raspar começou de novo, agora vindo da outra direção, e eu caí no chão, apertando minha câmera contra o peito como uma espécie de talismã protetor.
Aí, o silêncio, mais uma vez.
O barulho que quebrou o silêncio dessa vez é o que ainda ressoa em meus ouvidos. Foi muito mais horrível do que os outros por conta do quão familiar era — embora eu nunca tivesse o ouvido daquele jeito antes. Era a voz do Luke, e ele gritava de agonia — um grito estridente e angustiante de dor e medo que varreu todos os meus pensamentos em um segundo e os substituiu por puro pânico. Eu queria correr, mas minhas pernas estavam paralisadas.
Em algum lugar da minha mente eu lembrei do flash da minha câmera e meus dedos instintivamente apertaram o botão.
Quando apertei o botão a gritaria parou com um estalo molhado, e no pior segundo da minha vida, uma explosão de luz atravessou a escuridão.
Eu vi o Luke pairando no ar. Não tinha ninguém ao redor dele, mas na parede, em contornos escuros e nítidos, vi duas sombras longas e finas paradas ao seu lado. Uma delas segurava, com braços esguios, a sombra dele pelos ombros, enquanto a outra segurava a sombra de sua cabeça decepada.
Na minha frente, a verdadeira cabeça pairava ali, suspensa como se estivesse pendurada por algum fio invisível, o sangue escorrendo pelo corpo abaixo dela. Os olhos dele me olhavam como se estivessem implorando para que o flash da minha câmera frágil o salvasse. Eu gritei.
A próxima coisa que eu me lembro foi da luz dolorosamente brilhante de uma dúzia de lanternas no meu rosto. Era o reitor da Igreja de São Paulo e um pequeno grupo do que presumi serem paroquianos. Ele não disse uma palavra enquanto gentilmente me levava de volta pra entrada. Olhei em volta para ver se o corpo do Luke tava lá, mas no fundo eu sabia que a escuridão tinha engolido ele. Ele se foi.
O reitor foi muito compreensivo, apesar de eu não estar falando nada com nada. Ele me tranquilizou com palavras suaves, me trouxe pro azul pálido do amanhecer e chamou uma ambulância pra me examinar. Eu não sei o nome dele, e foi só depois de chegar ao hospital que percebi que ele tinha levado minha câmera.
Desde então, estou sob observação do hospital. Ninguém ouve minha história e o Luke foi oficialmente dado como desaparecido. A Steph tem me apoiado muito, mas consigo ver a dor nos olhos dela. Ela sabe que eu fui a última pessoa a ver o irmão dela e isso tá consumindo ela. Eu realmente não sei o que fazer agora... além de deixar as luzes acesas.
ARQUIVISTA
Fim do depoimento.
Não deveria ser surpresa pra mim, nessa altura do campeonato, que a pedra fundamental da Igreja original de São Tiago, em West Hackney, foi colocada em 17 de novembro de 1821 por Sir Robert Smirke. Mesmo assim, eu esperava encontrar pelo menos uma esquisitice arquitetônica escondida sob as ruas de Londres que não carregasse a marca dele ou de seus alunos.
Esse encontro em particular não parece ter muito em comum com outras manifestações em prédios semelhantes. Nós vemos uma espécie de padrão dele e da laia dele: sepultamentos com teias de aranha, dificuldade de navegação e agora uma escuridão violenta e assassina. Meu primeiro pensamento foi a Igreja do Povo da Hóstia Divina, já que eles parecem ter uma afinidade com a escuridão, mas não consigo encontrar nenhuma conexão de qualquer tipo entre eles e a Igreja de West Hackney.
Não que algum dos funcionários de lá tenha sido muito útil. Cada um deles afirma não se lembrar de ter encontrado a senhorita Gallagher-Nelson, apesar dos registros de internação hospitalar mostrarem claramente que ela foi resgatada de lá na manhã de 26 de março de 2014. O Tim tem certeza de que pelo menos alguns deles estão mentindo, mas não tem muito que possamos fazer pra conseguir qualquer informação que eles não queiram nos dar voluntariamente.
Não conseguimos falar com a Srta. Gallagher-Nelson. Todas as tentativas de entrar em contato foram impedidas por sua esposa, Stephanie Gallagher-Nelson, que deixou bem claro que não somos bem-vindos e não devemos tentar mais nenhum contato.
Luke Nelson continua desaparecido.
Fim da gravação.
[CLICK]
[CLICK]
ARQUIVISTA
Complemento.
Estou tentando acessar o laptop da Gertrude, mas até agora não tive sorte. Nenhuma das senhas óbvias que eu tentei deram certo e eu não sei quem consegue me ajudar e ser discreto. Pode ser que tenham mais pistas nas outras fitas, mas até agora não tive nenhuma notícia da Basira. Eu tô tão perto de encontrar alguma coisa, talvez eu devesse só ir até lá—
MELANIE
Com licença, você tem um minuto?
Arquivista: Srta. King, uh, como você entrou aqui...?
Melanie: A garota nova me deixou entrar. Você tá bem?
Arquivista: Hum? Como?
Melanie: Você tá horrível.
Arquivista: Tem sido meses difíceis. Olha, posso te ajudar? Porque se você só tá aqui atrás de outra discussão—
Melanie: Não! Eu, hum... eu realmente preciso da sua ajuda.
Arquivista: Hum. Interessante.
Melanie: Tá, será que você pode não ser um babaca sobre isso? Eu só preciso de acesso à sua biblioteca.
Arquivista: Então fale com a Diana, ela que administra o lugar.
Melanie: Sim, eu não tenho exatamente as credenciais acadêmicas que vocês exigem, então aparentemente eu preciso de alguém para atestar em meu nome e você é basicamente a coisa mais próxima que eu tenho de um amigo aqui.
Arquivista: Nós conversamos uma vez e acabamos gritando um com o outro.
Melanie: Sim. E isso é mais do que eu tenho com qualquer outra pessoa daqui. Além disso, a Georgie me falou algumas coisas boas sobre você. Isso foi uma surpresa. Você nem me disse que conhecia ela.
Arquivista: Eu... isso foi muito tempo atrás. Antes de ela começar a fazer o "What the Ghost". É uma surpresa pra mim também, pra ser sincero. Nós não terminamos exatamente nos melhores termos... Pra quê exatamente você precisa de nós, afinal? Seus amigos de espetáculo não podem te ajudar?
Melanie: Não, eu, hum... a maioria deles não fala mais comigo.
Arquivista: O que aconteceu? Correu a notícia de que você prestou um depoimento pra gente? Como era mesmo? “Idiotas ingênuos?”
Melanie: Não exatamente. Olha, no meu negócio, sua reputação é tudo o que você tem. A indústria é praticamente composta por céticos que fingem acreditar, que fingem ser céticos—
Arquivista: Acho que a palavra que você tá procurando é "charlatões".
Melanie: Dá pra você parar? Por favor? Eu tô tentando... olha, os Caça Fantasmas de UK se separaram. Quer dizer, não formalmente, mas bom, você sabe, o Pete sempre foi um idiota pra começar e os outros simplesmente se afastaram...
Arquivista: Sinto muito por isso. Eu percebi que vocês não estavam postando mais nada.
Melanie: Eu tentei arrumar uma equipe nova, mas foi difícil. Eu comecei a fazer expedições sozinha, mas eu realmente não tenho habilidade pra gravação. Eu vi umas coisas estranhas. Aí eu... aí eu fui presa.
Arquivista: Continue.
Melanie: Sim, eu... eu invadi o cemitério de trens perto de Rotherham. Fui pega pelos seguranças, e eu... eu não tava muito bem. Quando eu tava sendo expulsa, um cara passeando com o cachorro de noite gravou um vídeo meu gritando com eles sobre  fantasmas. Quando aquilo foi parar na internet...
Arquivista: Sua super importante reputação profissional foi junto.
Melanie: Sim. Olha, eu tenho pistas que realmente preciso seguir, mas, no que diz respeito aos meus colegas, hoje em dia o fantasma sou eu.
Arquivista: Bom, se serve de consolo, eu sinto muito. Eu sei o que é não ter o respeito dos seus colegas. Vou falar com a Diana, vejo se consigo te deixar entrar na biblioteca.
Melanie: Obrigada. De verdade. Enfim, como eu saio desse lugar?
Arquivista: Ah. A Sasha pode te mostrar a saída.
Melanie: A Sasha?
Arquivista: Sim. Ela deve estar em algum lugar por aqui.
Melanie: Ah. Certo... Bom, me avisa sobre a biblioteca, ok?
Arquivista: Pode deixar.
...Que mulher esquisita.
Fim do complemento.
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tma-latino · 2 years
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MAG200 – Caso ########-40 – “Palabras finales”
Fin de los testimonios.
[Disclaimer/ Aviso]
[MAG199] | x |
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tma-traduzioni · 2 years
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MAG161 - #########-1 - Abitazione
[Episodio precedente]
[INT. ISTITUTO MAGNUS, ARCHIVI, 2015]
[CLICK.]
[Fruscio di vestiti.]
MARTIN
Attenti!
TIM
Sh-hh!
[Una porta si apre.]
TIM, SASHA, MARTIN
SORPRESA!
[Qualcuno soffia in una trombetta.]
ARCHIVISTA
(Sovrapponendosi) Gesù!
TIM
Buon compleanno, capo.
SASHA
Buon- Oh, (ridendo un po’) stai bene?
ARCHIVISTA
No, io!- Cristo, un attimo.
MARTIN
Scusa, scusa; Tim voleva farti una sorpresa, e --
TIM
Spione.
[In sottofondo a questa conversazione si è sentito il fruscio di alcuni fogli.]
ARCHIVISTA
No, no, va bene, grazie. È solo uno - shock.
TIM
(duh) Beh, l’idea è quella.
[Qualcuno gira un foglio. Probabilmente l’Archivista.]
ARCHIVISTA
Infatti. Anche se, uh, onestamente, anche solo una bottiglia di vino sarebbe bastata.
[Prende una sedia mentre parla.]
TIM
Pfft, già, come diversivo.
ARCHIVISTA
Sì, beh, grazie. Questo è molto - (sfoglia velocemente) elaborato da parte vostra.
SASHA
In oltre, è stato piuttosto divertente, farti venire un colpo.
ARCHIVISTA
Mm, ne sono sicuro. Ho notato che non avete fatto un agguato a Martin quando ha compiuto gli anni.
TIM
(Si può sentire il suo sorriso) No, è già troppo teso a cose normali.
[Martin fa un suono particolarmente offeso.]
TIM
Eravamo preoccupati che potesse danneggiarsi!
MARTIN
(Tono più alto) Hey!
[Rumori di vestiti, come se stesse incrociando le braccia.]
MARTIN
(hmph) Beh -- Mi fa più piacere che siamo andati a prendere un gelato, comunque.
ARCHIVISTA
Siete andati a prendere un gelato?
SASHA
Sì, c’eri anche tu!
MARTIN
Tu hai preso - rum e uvetta, e ci hai insegnato tutto sugli emulsionanti.
ARCHIVISTA
Oh. Giusto, già, (poco convinto) mi - mi ricordo.
TIM
(Sorridendo) Bugiardo.
ARCHIVISTA
Beh, grazie in ogni caso. Questo è tutto - molto commovente.
TIM
Volevamo solamente fare qualcosa per alleggerire la tensione, sai?
ARCHIVISTA
Sì, io - (inspira) sono consapevole che si è trattato di un - indizio burrascoso.
[Lui espira.]
SASHA
(Davvero?) Non è quello il punto; abbiamo solo pensato che ti poteva servire la possibilità di distrarti.
ARCHIVISTA
(Espira) Io…suppongo che non può far male.
[Qualcuno bussa con leggerezza alla porta.]
JONAH MAGNUS (COME ELIAS)
Toc toc.
TIM
Doppio capo!
SASHA
Elias?
MAGNUS
Non sono arrivato troppo tardi per la torta, vero?
ARCHIVISTA
C’è una torta?
TIM
Come facevi a sa- Martin! Era un segreto!
MARTIN
(Tono alto) Io non ho detto niente!
MAGNUS
Non ha dovuto. Non mi sfugge niente, e mi piace tenere gli occhi aperti per questo genere di cose.
TIM
Beh - è - bello vederti.
ARCHIVISTA
Sì - S,sì! Entri?
MAGNUS
Dunque, quanti anni compie il festeggiato?
ARCHIVISTA
Uh - trentotto.
[C’è un suono che può essere interpretato o come Sasha che fa tch o gli da un colpetto.]
SASHA
Bugiardo.
[Ridono tutti.]
ARCHIVISTA
(Petulante) Tu come faresti a saperlo.
TIM
Che, qualcuno ha bisogno di cambiare di nuovo la sua password?
ARCHIVISTA
Io - cosa?
[Tim ride.]
ARCHIVISTA
Sasha, sei entrata nel mio computer -
SASHA
(Sovrapponendosi, decisamente sì) Decisamente no; non ho idea di che cosa sta parlando.
TIM
‘Certo che no!
[Entrambi continuano a ridere in sottofondo.]
ARCHIVISTA
(Principalmente motto voce) Questo è davvero inappropriato.
[Sospira, ignorato.]
MARTIN
Oh, andiamo, ragazzi!
MAGNUS
In ogni caso. Qualcuno ha detto torta.
TIM
Uh, già. L’hai detto tu.
MAGNUS
(Inspira con finta sorpresa) Sì, sono stato io, non è vero.
[Tim sospira.]
TIM
Va bene, va bene. Beh, direi che adesso la sorpresa è stata svelata, in ogni caso, guarda - datemi solo un secondo.
[Qualcuno sospira. Di nuovo, probabilmente l’Archivista.]
[Si sentono rumori tipo di piatti mentre Tim prende la torta.]
TIM
(Cantando) Tanti auguri -
[Tutti si uniscono.]
TUTTI
- a te.
ARCHIVISTA
(Cielo, questo sta succedendo davvero) Oh, okay.
MARTIN
Mhm!
TUTTI
Tanti auguri a te.
ARCHIVISTA
Già!
TUTTI
Tanti auguri -
ARCHIVISTA
(Per favore basta) Sì!
[Sospira. Nessuno lo ascolta.]
TUTTI
caro -
TIM, SASHA, MARTIN
- Jo-on.
MAGNUS
(In contemporanea) - Archivista.
TUTTI
Tanti auguri a te.
ARCHIVISTA
Io -
TIM
(Sovrapponendosi, ridendo) Yay!
ARCHIVISTA
Giusto, sì - grazie. Spero che non abbiate intenzione di accendere quelle candeline.
TIM
(chi, io?) Oh, per l’amor del cielo.
[Scuote una scatola di fiammiferi.]
TIM
Un innesco di combustione? Negli Archivi?
[Sasha ride.]
TIM
Uh-oh.
ARCHIVISTA
Tim.
TIM
(Sovrapponendosi) Mmm.
Oh. Oops! (Accende un fiammifero) Scusa. Mi è scivolata la mano.
[La fiamma si accende scoppiettando.]
TIM
E di nuovo -
[Un leggero scoppiettio quando accende una candelini.]
TIM
E di nuovo -
[Lo stesso scoppiettio.]
TIM
E un altro paio di volte - ecco, oggi sono così imbranato; quello è così tanto fuoco.
[Le candeline continuano a scoppiettare in sottofondo.]
ARCHIVISTA
Non mi sento per niente a mio agio -
SASHA
Allora soffia, dai.
ARCHIVISTA
Oh. (Breve pausa) Già, okay -
MAGNUS
E esprimi un desiderio.
ARCHIVISTA
Se desidero che ve ne andiate tutti, credi funzionerà?
TIM
Oggi è così scontroso, non è vero, Martin?
MARTIN
Uh - oh! Beh, um -
TIM
(Interrompendolo) Credi che sia la sua crescente consapevolezza della mortalità?
[Martin farfuglia.]
MARTIN
Uh - Io, io non credo -
ARCHIVISTA
Va bene.
[Spenge le candeline. Tutti esultano, qualcuno applaude.]
TIM
Allora, che desiderio hai espresso?
ARCHIVISTA
Non posso dirlo.
MAGNUS
Ha desiderato un po’ di pace e tranquillità.
ARCHIVISTA
(Inspira) Era così evidente?
[Piccolo sospiro.]
MAGNUS
Oh, non mi preoccuperei, Jon. È un Archivio. La tranquillità è all’ordine del giorno.
TIM
Beh, dopo la festa, per lo meno. Vino, gente?
ARCHIVISTA
Tim, sono le undici di mattina.
[La bottiglia viene stappata con un pop.]
TIM
Pfft, sì, alla tua festa di compleanno.
[Inizia a servire.]
ARCHIVISTA
Credo davvero che non sia appropriato -
MAGNUS
(Sovrapponendosi) Vi do il permesso. Infatti! Mi unirò a voi.
ARCHIVISTA
(Sorpreso) Oh! O-kay, um, v-va, va bene allora?
[In sottofondo durante questa conversazione è continuato il suono di vino servito.]
SASHA
Martin?
MARTIN
Oh! Uh, (risata un po’ tesa) voglio dire - in non - a cose normali - bevo vino, sai -  il tannino è una causa comprovata di mal di testa, e quindi -
SASHA
Martin.
[Altro versare.]
MARTIN
B-, uh - (farfuglia ancora) - già, certo, forse, solo uh, un goccio. Heh.
ARCHIVISTA
(Più affermazione che domanda) Sai che c’è molto tannino anche nel tè?
MARTIN
Cosa?
ARCHIVISTA
Aspetta, state registrando?
[Fruscio di vestiti.]
TIM
Oh! Sì! Io - ho pensato che sarebbe potuto essere carino, sai, qualcosa da riguardare quando saremo tutti vecchi e ci saremo venuti a noia.
SASHA
Probabilmente avresti dovuto dircelo, Tim.
TIM
(Ridendo) Cosa, hai paura che ci faranno causa per la canzone Tanti Auguri?
MARTIN
(Tono leggermente più acuto) Oh, oh, beh adesso sì!
[Tim sospira.]
SASHA
È solo una questione di privacy.
ARCHIVISTA
(Sottovoce, hmph) Oh, ipocrita.
TIM
(Sovrapponendosi) Va bene, va bene, okay, guarda. Lo sto spegnendo. Qualche ultima parola per i noi del futuro?
ARCHIVISTA
Sì. (Rivolto al registratore) Licenza Tim.
[Tim ride.]
[INT. SCOZIA, NELLA CASA DI DAISY TONNER, AL GIORNO D’OGGI]
[Udiamo in sottofondo lo strano ululato che contraddistingue il nostro terribile nuovo mondo.]
[L’ARCHIVISTA sospira, tremante.]
[Qualcosa scricchiola.]
[Respira di nuovo.]
[Altri scricchiolii.]
[C’è un leggero toc-toc-toc alla porta.]
[Passi.]
MARTIN
(Delicatamente) Hey.
ARCHIVISTA
Ciao.
[La sua voce è secca, stanca - il contrasto notevole rispetto alla versione più giovane che abbiamo appena sentito nella cassetta.]
[Altri passi mentre Martin si avvicina.]
MARTIN
Hai, uh, ascoltato le cassette di nuovo?
[Fruscii quando si siede.]
MARTIN
A quante volte siamo, adesso?
ARCHIVISTA
Erano indirizzate a me, Martin. (Inspira) Deve esserci un qualche motivo --
MARTIN
(Sospira) Sta gongolando, Jon. Elias ha vinto, e c’erano delle cassette che aveva da parte, e voleva gongolare. Quindi le ha mandate. Non, non vedo cosa-
ARCHIVISTA
(Sovrapponendosi) Lui non è. Elias.
MARTIN
Jonah, allora. Non so; non mi riesce pensare a lui come - (pausa, inspira) Non mi piace pensare a lui e basta.
[Silenzio.]
[Martin sospira.]
MARTIN
Dovresti dormire un po’.
ARCHIVISTA
(Sospira) Io - (sospira) Non ci riesco. Non, non ci riesco. Io, io non credo di riuscirci più. Dormire. (Una risata tremante) Quanto tempo è passato?
MARTIN
Non lo so. Non è che ci siano giorni da contare, non più, (sospira) tutti gli orologi si sono fermati, e…
[S’interrompe, un po’ tremante.]
ARCHIVISTA
Beh, non ci sono ancora riuscito. Mi - stanco, ma non è la stessa sensazione.
[Il rifugio scricchiola.]
ARCHIVISTA
Probabilmente è la cosa migliore. Il sonno non sembra… gradevole.
MARTIN
...No, è. (Inspira con un tremito) Non. Lo è.
ARCHIVISTA
Non sono riuscito a svegliarti.
MARTIN
Mi dispiace.
ARCHIVISTA
Non è -
[Tira su col naso, e poi si sente un rumor che è un po’ affannato, quasi soffocato. Non è chiaro se si tratta di una risata senza gioia, o se è sull’orlo delle lacrime. Potrebbero anche essere entrambe.]
ARCHIVISTA
Non sei tu quello che ha fatto finire il mondo.
[In sottofondo un ululare. La casa scricchiola. Martin trattiene un sospiro.]
MARTIN
(Con forzato ottimismo) Beh, comunque non mi ricordo cosa ho sognato.
ARCHIVISTA
Io sì.
MARTIN
Cosa?
ARCHIVISTA
(Inspira) Vedo la maggior parte della sofferenza nei dintorni. Quando c’è silenzio, semplicemente - È come se… posso… vederla. Come se stessi osservando tutto quanto.
MARTIN
Non hai aperto le tende.
ARCHIVISTA
No, non serve che le apra.
Quella cosa può vederci qua dentro, e… io posso vedere fuori a mia volta.
MARTIN
O-kay, la cosa è alquanto - inquietante.
[Un sospiro.]
[Altri scricchiolii.]
MARTIN
Mi sembra che siamo abbastanza al sicuro qua dentro, per lo meno.
ARCHIVISTA
Suppongo di sì.
MARTIN
(Provando) Una sorta di rifugio?
ARCHIVISTA
O una prigione.
MARTIN
…Sì. Comunque meglio che là fuori.
[Altri scricchiolii. Adesso all’esterno c’è una componente musicale. Sembra… piena di ferro. RIcorda come una parte della sigla di The Magnus Archives, anche se non è del tutto riconoscibile.]
MARTIN
Sembra terribile.
[L’Archivista ride di nuovo in quel modo strano e senza gioia.]
ARCHIVISTA
Lo è.
[Breve pausa.]
MARTIN
Ma noi siamo ancora al sicuro?
ARCHIVISTA
S-Sì. Non - non vuole farmi del male.
MARTIN
E a me?
ARCHIVISTA
Non glielo permetterò.
[Ancora scricchiolii.]
MARTIN
Um. (uh) Grazie.
[Un’altra pausa. Altri scricchiolii.]
[Un respiro.]
[Fruscio degli abiti.]
MARTIN
Jon, non è colpa tua.
ARCHIVISTA
(Tono tagliente) Martin, non di nuovo ti prego.
MARTIN
Scusami.
ARCHIVISTA
Sto solo - Sto piangendo un mondo che io ho ucciso -
MARTIN
(Sovrapponendosi, con fare tranquillizzante) Lo so-
ARCHIVISTA
(Con crescente fervore) e noi tutti siamo intrappolati nel suo cadavere in decomposizione! -
MARTIN
Jon, basta.
[L’Archivista tira fuori una cassetta.]
ARCHIVISTA
Hai sentito quella di Gertrude?
MARTIN
Cosa?
ARCHIVISTA
La cassetta di Gertrude; ce ne sono diverse, ma questa è la mia preferita.
[In sottofondo alla loro conversazione, prepara la cassetta.]
MARTIN
(Sospia) Non -
ARCHIVISTA
Ascolta. E basta.
[Inserisce la cassetta.]
[INT. ISTITUTO MAGNUS, ARCHIVI, UFFICIO DI GERTRUDE, 20 MARZO, 2015]
[CLICK]
GERTRUDE
Bene. Se stai ascoltando, allora è probabile che - (S’interrompe, sospira) No. Non giriamoci intorno. Se stai ascoltando, vuol dire che sono morta. E tu sei stata scelta per sostituirmi come Capo Archivista.
Se tutto è andato per il verso giusto, questo vuol dire te, Sasha, ma se qualcun altro sta ascoltando, e Elias ha scelto qualcun altro per qualche motivo, allora queste parole sono in ogni caso destinate a te.
Prima che continui: è di vitale importanza che sia assolutamente chiaro che questa non è una presa in giro. Non è nemmeno uno scherzo, o un gioco. I tuoi colleghi non mi hanno convinta a fare questa registrazione per provare a…. confonderti.
È una cosa del tutto seria. Ed è estremamente importante che tu ne sia a conoscenza.
Se è a te che sto parlando, Sasha, allora spero che la tua esperienza nel Magazzino Reperti darà un certo livello di… credibilità alle mie parole. Ma qualcun altro si dovrà fidare.
Posso solo assicurarti che sono completamente seria. (Sospira) Allora. La prima cosa che devi fare è accettare di essere in grave pericolo, e lo sarai per il resto della tua vita. Da ora in poi ci saranno cose che proveranno attivamente ad ucciderti, a causa del tuo nuovo ruolo di Archivista, e Elias per te ha dei piani che sono ben poco migliori.
In oltre ti sarà impossibile rinunciare alla posizione o lasciare l’Istituto, scoprendo che sei soprannaturalmente costretta a rimanere.
Infatti, mi rendo conto che provare a farlo è probabilmente il modo più rapido e facile per assicurarti che quello che ti sto dicendo è vero, quindi ti consiglio di farlo alla prima opportunità disponibile.
Cose di cui devi essere a conoscenza:
Esistono nel nostro mondo entità soprannaturali di incredibile potere che rispecchiano e si nutrono delle paure di tutte le creature viventi, ma di solito degli umani. Molti le considerano dei, e anche se credo che il paragone sia troppo approssimativo, credo che per il nostro scopo questa sia la semplificazione più utile.
Loro non governano il nostro mondo, ma hanno un potere considerevole, che generalmente manifestano nella forma di esseri mostruosi che seminano ulteriore paura - o, incarnazioni, quegli umani che hanno di loro volontà, anche se non sempre consapevolmente, scelto di assumere il potere di quelle entità.
Tu, sfortunatamente, hai scelto senza saperlo di diventare una di quelle incarnazioni. Perché l’Istituto serve un essere conosciuto di solito come: L’Occhio, Ti Conosce, La Contemplazione, Il Perenne Osservatore. È la paura dell’essere osservati, e giudicati, e che i tuoi segreti vengano conosciuti. L'Istituto gli serve per raccogliere le paure delle altre entità, tirando fuori la sofferenza di coloro che vengono a rilasciare dichiarazioni e - per reclamare il loro terrore.
Ma c’è un altro aspetto del ruolo di Archivista. Questi… esseri, questi… dei della paura - i loro seguaci credono che hanno… dei rituali. Grandi progetti che, se hanno successo, consentirebbero loro di entrare nel nostro mondo, riplasmandolo in - modi inimmaginabili. Rimodellandolo in una dimensione dove il terrore è naturale quanto la gravità.
Tu adesso sei uno di quei rituali.
Non sono a conoscenza dei dettagli, ma sii sospettosa di qualsiasi cosa Elias ti chiederà di fare.
Oh, già. Parlando di Elias: non fidarti di quel che dice. Originariamente era conosciuto come Jonah Magnus, il fondatore dell'Istituto, e io l’ho conosciuto anche come James Wright, il precedente direttore di questo Istituto.
Ha certe… abilità di chiaroveggenza, che gli consentono di vedere tramite ogni occhio, reale o raffigurato, quindi fai attenzione. Fingiti ignorante il più a lungo possibile mentre espandi le tue ricerche.
Io sono riuscita a mantenere gli Archivi in uno stato caos per decenni, in quanto credo che il suo piano trarrebbe beneficio dalla loro organizzazione. Ma questo lo rimetto al tuo giudizio. Di sicuro, più a lungo ignora quanto sai, meglio è.
Soprattutto: sii pronta. Ci sono molte cose là fuori fedeli ad altri poteri che sanno della tua importanza per l’Occhio, e che ti. Vorranno. Morta.
Stai per entrare in un mondo nuovo, un posto in cui ho vissuto la maggior parte della mia vita. Un posto… (sospira) Un posto che spesso ti chiederà un caro prezzo. Pagalo senza esitazione, perché in un modo o nell’altro, il mondo adesso è sulle tue spalle. (sospira)
Avrei voluto avere più tempo per spiegarti tutto. Ma il tempo stringe, e spero che le mie azioni stanotte faranno sì che questa cassetta non dovrà mai vedere la luce del giorno.
Ma se stai ascoltando, allora - buona fortuna. Fai quel che devi.
[Un sospiro pesante.]
[La porta si apre.]
JURGEN LEITNER
Hai fatto?
GERTRUDE
Jurgen! Ti avevo detto di rimanere nelle gallerie.
[Leitner entra e si tira fuori una sedia.]
LEITNER
Il tuo messaggio diceva anche che era urgente.
GERTRUDE
(Tono più duro) Se Elias adesso sta guardando -
LEITNER
Allora registrare tutto quello è stato comunque inutile. In ogni caso, non ho paura di lui.
GERTRUDE
Che spaccone. (heh/hm) Sul serio?
LEITNER
Mmmmm - Non è spacconaggine -
GERTRUDE
Stiamo sprecando tempo. Hai ancora il libro di Ruskin?
LEITNER
Ce l’ho, anche se l’idea di usarlo non mi entusiasma. Rende respirare piuttosto faticoso, come se il petto fosse -
GERTRUDE
(Sovrapponendosi) Hai presente la condotta del gas, un po’ più in giù nella galleria?
LEITNER
Sì.
GERTRUDE
Devi spostarla.
LEITNER
(hem-e-haw) Iiiii, ummmm. È. Cioè non è solo terra; ci sono le tubature, e ogni genere di -
GERTRUDE
Trova un modo. Mi serve che sia proprio sotto l’Istituto, o per lo meno più vicina.
LEITNER
È più probabile che la rompa, e inondi tutto di gas.
GERTRUDE
(heh) Hm, anche quello sarebbe accettabile.
LEITNER
Mmm. Farò quel che posso. (Sospira) Quando ti serve?
GERTRUDE
Se la mia stima è corretta, il rituale della Chiesa dovrebbe collassare a momenti, quindi - immediatamente.
LEITNER
E se ti sbagli?
GERTRUDE
Allora un po’ di gas sarà l’ultimo dei nostri pensieri.
LEITNER
...Già. Cosa hai intenzione di fare?
GERTRUDE
La carta brucia bene.
[Alza un contenitore con del liquido che sciaborda.]
GERTRUDE
La benzina brucia meglio.
[Sciaborda di nuovo. Leitner ride.]
[Il contenitore sciaborda di nuovo quando Gertrude lo mette giù.]
LEITNER
Mi dimentico sempre della tua vena piromane.
GERTRUDE
Mm. Ricordami di raccontarti di Agnes una volta o l’altra.
LEITNER
Già. (Breve pausa) Era tua intenzione lasciare il nastro registrare?
GERTRUDE
Oh, buon cielo. Quarant’anni che uso questi affari, e giuro, non impa-
[CLICK]
[INT. SCOZIA, NELLA CASA DI DAISY TONNER, AL GIORNO D’OGG]
[Di nuovo nel mondo ululante.]
ARCHIVISTA
Riesci a immaginare? Se l’avessimo avuta?
MARTIN
Ma non l’avevamo, no.
ARCHIVISTA
No -
MARTIN
Allora non ha senso arrovellarsi troppo. (Un respiro pesante) Jon, io - Non fa bene.
ARCHIVISTA
Bene? Sono l’Avatar di un terrore guardone, la cui sete di sapere senza pormi domande ha condannato il mondo intero a un’eternità di tormento; bene n-non è - non è
MARTIN
Okay, okay. Ho capito.
ARCHIVISTA
Tra l’altro. Il d- (tremante) Il dolore… fa bene. S,Se non altro, spinge via le altre sensazioni che quella - cosa vuole che provi.
MARTIN
È solo - Mi fa male vederti piangerti addosso così.
ARCHIVISTA
(Di scatto) Beh, alcuni di noi non sono riusciti ad alienarsi dal mondo prima che finisse.
[La casa scricchiola.]
MARTIN
Non è giusto.
ARCHIVISTA
Non, non lo è; Mi - mi dispiace, è solo che - (un lungo respiro tremante) Fa male.
MARTIN
Lo so.
ARCHIVISTA
Mi serve tempo.
MARTIN
Lo so. Ma non possiamo rimanere in questa casa per sempre.
ARCHIVISTA
Perché no? C’è -C’è silenzio, qui, e ci sei tu.
[Adesso sta a Martin fare un suono senza gioia - a metà tra una risata e un sospiro esasperato.]
MARTIN
E il cibo?
ARCHIVISTA
Cosa sul cibo? Qual’è stata l’ultima volta che hai pensato a mangiare, o sentito fame?
MARTIN
(A voce bassa) Cosa? (Un po’ più alto, una rivelazione) Uh - non lo so.
ARCHIVISTA
No. A qualsiasi cosa ci sta sostenendo al momento non serve che noi mangiamo.
MARTIN
Non - Non può essere possibile.
ARCHIVISTA
È un nuovo mondo, Martin; le leggi della natura sono quelle che vogliono che siano. E sospetto che non gli importi molto di mantenere l’umanità nutrita e dissetata.
MARTIN
(Inspira) Beh, anche se fosse così, non possiamo rimanere qui per sempre.
ARCHIVISTA
Cosa ci sarà mai là fuori che che vuoi vedere?
MARTIN
Un modo per fermare tutto questo, un modo per riaggiustare il mondo!
ARCHIVISTA
(Con un tono più gentile) Pensi esista davvero?
MARTIN
Beh, se esiste, non si si trova qui, no?
ARCHIVISTA
È che - (un respiro tremante)  È così… rumoroso, là fuori? L’agonia, il, il terrore, posso vederlo molto più chiaramente.
MARTIN
Mi dispiace.
ARCHIVISTA
No, è - (sospira) Ti amo, è solo - (inspira) Ho bisogno di più tempo.
[Silenzio]
MARTIN
Va bene.
[Movimento. Scricchiolii. Un sospiro.]
MARTIN
Va bene; sono bravo ad aspettare.
ARCHIVISTA
(Quasi sussurrando) Grazie. (Più normale) Vorrei solo non avere l'impressione che anche qualsiasi cosa sia là fuori stia aspettando.
MARTIN
… Già.
[Una breve pausa, poi -]
[Fruscio di vestiti.]
MARTIN
Hey - Hey, quand’è che hai iniziato a registrare?
[La casa scricchiola.]
ARCHIVISTA
(Confuso) Io - non l’ho fatto. Ne ho portato solo uno, e lo uso per ascoltare le cassette.
MARTIN
Oh. (Sospira) Non è un bel segno.
ARCHIVISTA
No. No, non lo è.
[CLICK]
[Traduzione di: Victoria]
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wolfythewitch · 1 month
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in another life, I would have really liked just doing laundry and taxes with you
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fiendishartist2 · 7 months
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rusty quill presents: the meow-gnus archives!!
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shellody · 3 months
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Tmagp spoilers and angst <3
I think that, if somehow, there's at least a bit of Jon and Martin in that godforsaken computer, then there's a string of binary somewhere deep within the files of our predecessor to the Windows 95 that reads:
01000001 01110010 01100101 00100000 01111001 01101111 01110101 00100000 01110011 01110101 01110010 01100101 00100000 01100001 01100010 01101111 01110101 01110100 00100000 01110100 01101000 01101001 01110011 00111111
01001110 01101111 00101110 00100000 01000010 01110101 01110100 00100000 01001001 00100000 01101100 01101111 01110110 01100101 00100000 01111001 01101111 01110101 00101110
01001001 00100000 01101100 01101111 01110110 01100101 00100000 01111001 01101111 01110101 00100000 01110100 01101111 01101111 00101110
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whyrobot · 8 months
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“I hate all the women in this podcast! This shows that the podcast is progressive and says nothing in particular about me as a person”
Notice how I never said the podcast is progressive for having a diverse, well-rounded, and fleshed out cast, nor that I hated all the women in the podcast. I love all of the main cast of characters, that love is just expressed differently based on how their individual journeys go.
What I DID draw attention to was how good Rusty Quill was at writing complex women who had their own motivations and reasoning that the audience would not agree with or relate to. I, personally, don’t understand Daisy’s draw to cruelty and stepping on people deemed “below” her. But I CAN understand that she was actively trying to change her whole outlook on life, and that it took guts to do. I don’t understand Georgie’s loyalties and how they appear to shift with no reason. But I can understand that she has complex feelings towards her ex and wants to keep her life and new girlfriend safe. I don’t understand why Basira gets so caught up on Jon’s morals when hers took a backseat when it came to Daisy abusing people, nor do I understand why she was so quick to jump on Jon for any perceived fault or wrongdoing. But I do understand that her one last connection to her old life was her partner, and that Daisy meant so much to her. I understand that Basira was only alive this long because she was a cautious, rational person, and that she trusted her instincts to guide her, and she saved most of the casts’ lives at least once.
I didn’t even touch on Melanie’s character as I think she gets it pretty rough from most of the fanbase, even though she was being possessed by the slaughter, had her career crash down around her, was signed on as basically a prisoner, and was thrown into this crazy world of Fears and Avatars with zero warning. She then was told of a way out, and she was the only one to have the willpower and stomach to blind herself to be free.
Sasha is a much beloved character who has way too little “screen time” and I wish the narrative had been able to keep her around. She was very smart, capable, and she was a steady force driving the Archives to do their jobs.
Gertrude was the peak Mentor character trope, badass and self-sufficient to a fault. She was allowed to grow old and still be a wonderfully violent character. She wanted results, at any cost.
This is already too long, but if you think that being frustrated at characters’ choices or arguing their logic means that I hate them, then I don’t think this is going to change your mind. But it was nice to reflect on the main women of The Magnus Archives and how they interact with the main story.
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eldritch-ace · 3 months
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Something so good (horrid) about humanity and emotion being reduced/diluted/cut off because of being trapped in an electronic vessel
Like yes! Try to fit yourself into circuit boards, wires, and algorithms!!!
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murderandcoffee · 5 months
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i love when people draw elias like an evil little frenchman with his little mustache and shit like OUI J’AIME L’ŒIL ET LES BAGUETTES MÉCHANTES HON HON HON it’s literally so good
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gammija · 1 month
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Het Magnus Instituut was een organisatie gewijd aan academisch onderzoek naar het esoterische en het bovennatuurlijke, gevestigd in Manchester, Engeland. In 1999 is het volledig afgebrand. Er waren geen overlevenden. Nu, bijna 25 jaar later, zijn Alice en Sam, twee laaggeplaatste ambtenaren bij de ondergefinancierde Dienst voor Incidentenbeoordeling en Respons, verzeild geraakt in zijn geschiedenis. Een geschiedenis die hen in levensgevaar zal brengen.
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eliias-bouchard · 2 years
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[ID1: A screenshot of The Magnus Archives episode “Oh... Hello.”
ID2: A tweet by @/fucktyler reading “Un-Follow Me Now, This Is Gonna Be the Only Thing I Post About For The Next Week. Ive Wanted This For Months Fuck. What The Fuck.” /end ID]
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arquivosmagnusbr · 23 days
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MAG060 — Efeito do Observador
Caso #9721207: Depoimento de Rosa Meyer, a respeito de uma sensação persistente de estar sendo observada.
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Aviso de conteúdo: paranoia, escopofobia
Tradução: Lia
ARQUIVISTA
Depoimento de Rosa Meyer, a respeito de uma sensação persistente de estar sendo observada. Depoimento original prestado em 12 de julho de 1972. Gravação de áudio por Jonathan Sims, arquivista chefe do Instituto Magnus, Londres.
Início do depoimento.
ARQUIVISTA (DEPOIMENTO)
Aquilo ainda tá lá — ainda tá me observando. Não tem nenhum lugar pra onde eu possa ir, nenhum lugar que eu possa me esconder onde aquilo não vai continuar me olhando. Eu não sei por quê. Não faço ideia do que ele quer de mim, ou se ele já planejou alguma coisa além de só ficar me encarando de onde quer que ele esteja se escondendo. Não consigo comer, não consigo dormir — já faz meses e ele ainda tá lá.
Você não consegue ver ele, eu sei. Eu também não consigo ver, mas isso não importa, porque ele consegue me ver. E é isso que importa. Eu consigo sentir o olhar dele queimando a minha nuca. Será que ele me odeia? Será que ele só quer que eu continue vivendo com medo? Eu não sei por que isso tá acontecendo comigo.
No começo, eu pensei que era uma pessoa, algum stalker se escondendo. Eu tinha essa ideia de que se eu continuava sentindo que alguma coisa tava me observando, então devia ser uma pessoa fazendo isso. Devia ter alguém me seguindo. Não é como se eu nunca tivesse tido stalkers antes.
Comecei a examinar os rostos de todos por quem eu passava, tentando ver se eu os reconheceria, se tinha os visto antes em algum lugar. Será que eu reconheci o homem de sobretudo verde no ônibus hoje de manhã? Aquele cara na bicicleta deu meia volta na estrada e passou por mim de novo? Não. Não eram eles. Não era. Ninguém estava me seguindo, mas alguma coisa estava me observando. Ainda está.
O estranho é que é uma sensação com a qual eu deveria estar acostumada. Tenho sido assistida por pessoas há anos. Eu apresento o quadro "Look East" pra BBC News quase todos os dias — bom, eu costumava apresentar. E do outro lado da câmera havia dezenas de milhares de pessoas, mas eu nunca senti isso vindo delas. Às vezes, enquanto mantinha os olhos fixos naquela câmera, falando sobre os últimos assaltos que tinham acontecido, eu tentava sentir — tentava imaginar todas as pessoas me vendo, me assistindo. Mesmo assim, mesmo quando eu tentava, nunca passava de uma lente vazia e sem vida. Talvez seja bom que eu nunca tenha sentido isso antes.
Perdi meu emprego em duas semanas. Essa sensação tomou conta de mim, eu não conseguia me concentrar, não conseguia olhar pra câmera, não conseguia ler as palavras vazias e sem vida na página. Acabei tendo meio que um colapso ao vivo. Ainda bem que você morar em Londres, senão, poderia ter visto.
Eu sei quando isso começou. Olhando agora, tudo parece tão claro, como se um botão tivesse sido apertado bruscamente e, de repente, minha vida foi destruída. Foi três meses atrás, em abril. Eu estava fazendo o inventário de alguns bens do meu irmão, e cabia em grande parte a mim cuidar disso depois da morte dele. Meus pais estavam sofrendo muito e não estavam com cabeça para viajar até a pequena casa dele em Southampton pra tentar organizar os poucos pertences dele.
Acho que eu não tava com a cabeça muito boa, pra começo de conversa. Ninguém deveria ter um derrame e morrer tão jovem. Quer dizer, ele só tinha 38 anos e não era exatamente super saudável, mas pareceu ser tão... do nada. Sempre fui bastante religiosa e acreditava que as coisas aconteciam por uma razão, que as bênçãos finalmente chegariam aos honestos e a desgraça aos ímpios, mas agora não sei.
Talvez dê pra dizer que a minha curiosidade foi o que trouxe isso até mim? Mas não abri a caixa porque tava curiosa, eu abri porque eu precisava pra fazer o inventário completo dos pertences do meu irmão morto. Eu sinceramente não acho que isso seja uma transgressão. Ela nem sequer tava marcada como especial — não era lá um baú de carvalho ou um caixote de latão com três fechaduras —, era só mais uma caixa de papelão marrom como qualquer outra.
Eu nem acho que alguma coisa nela me pareceu especial. Pensando agora, sinto que ela era marcante por si só, que chamava a minha atenção e eu ficava olhando pra ela por mais tempo do que pras outras caixas empilhadas ao redor da casa. O lugar tava tão silencioso... era um testemunho solitário do isolamento do Christopher. Ele nunca se casou, e parecia não ter nada naquela casa sombria que mostrasse que ele tinha amigos com quem conversar.
De muitas maneiras, aquilo me lembrava da minha própria vida. Tenho vários amigos em Norwich, mas nenhuma família além do Christopher e meus pais, embora eu tenha os meus motivos. Ainda assim, mexer nas coisas do meu falecido irmão me levou a algumas reflexões que me deixam desconfortável, e eu tava bebendo mais do que bebia normalmente.
Foi no meu segundo dia lá embaixo que eu abri a caixa. Eu estava vasculhando todas as caixas de documentos antigos dele, e tinha muitas. O Christopher tinha trabalhado pro departamento de história da Universidade de Southampton. Não sei no que ele se especializou — nós nunca conversávamos sobre o trabalho dele — mas, com base no que eu encontrei de seus estudos, ele escreveu alguns livros sobre mitos e fetiches antigos, sobre aqueles objetos que várias culturas acreditavam ter poder sobrenatural ou religioso imbuído neles.
Seu primeiro livro foi sobre a santa cruz do cristianismo e como ela funciona como um fetiche na nossa cultura. Isso me ofendeu um pouco — fiquei preocupada que ele estivesse banalizando uma fé que, até onde eu sabia, ele compartilhava comigo. Ainda assim, tentei ler um capítulo sobre a utilização da cruz em mitos de vampiros, mas era muito rebuscado e, sinceramente, um pouco chato. A maioria das caixas eram parecidas, cheias de anotações, recortes e pesquisas que não significavam absolutamente nada pra mim. Deixei essas de lado pra verificar com Angus Cartwright, um dos colegas de Christopher que eu contatei pra dar uma olhada nos documentos dele que eu não conseguia entender.
Algumas das caixas, no entanto, continham o que eu só consegui presumir serem pesquisas práticas: objetos de fetiche e totens de todo o mundo, pequenas figuras de animais esculpidas em ossos, cordões de contas de vidro amarradas em padrões intrincados com nós, estatuetas grotescas quase humanas feitas de madeira e couro velho. Alguns deles eram mais do que um pouco perturbadores, mas só um conseguiu me mandar pra paranoia que eu tô agora.
Como eu disse, foi uma das últimas caixas que eu abri no segundo dia. Já tava tarde, e eu já tinha esvaziado a maior parte de uma garrafa de vinho. Quanto mais eu penso nisso, mais eu acho que abrir aquela caixa não foi diferente de nenhuma das outras. Não senti nada estranho, nenhum cheiro... nada. Era apenas uma caixa quase vazia, se não fosse por uma única nota datilografada e um espelho de mão velho.
Eles estavam lá dentro, totalmente inofensivos. Se era uma armadilha, não tinha como saber.
Peguei o bilhete primeiro. A digitação era perfeita — conseguiram deixá-la completamente centralizada, apesar de o pedaço de papel parecer ter sido arrancado de um pedaço maior. Estava escrito, com todas as letras maiúsculas:
"ATRÁS DE VOCÊ."
Acho que não preciso nem dizer o quão perturbador aquilo foi. Eu me virei e olhei pra trás quase antes de entender direito o que eu tinha lido. Havia uma janela atrás de mim com vista para a rua abaixo do escritório do meu irmão e para o céu escuro acima dela. Mas não tinha nada lá — ninguém andando pela rua, nenhum carro passando, nada que parecesse fora do lugar de alguma forma.
Olhei de volta pro bilhete, dei de ombros e estendi a mão pra pegar o espelho. Era um pouco mais pesado do que eu esperava e, sob uma espessa camada de poeira, a moldura parecia dourada, ou pelo menos folheada a ouro. O vidro em si estava um pouco sujo, mas ainda parecia estar intacto. Não faço ideia de quantos anos tinha ou em que época pode ter sido feito. Embora eu tenha revistado a caixa cuidadosamente, não consegui encontrar nada que pudesse explicar onde Christopher conseguiu aquilo.
Olhei no espelho. Eu estava uma bagunça. Cabelos sujos, olhos vermelhos de tanto chorar, lábios manchados de roxo pelo vinho. Eu não havia tido tempo nenhum pra me cuidar ou sequer olhar pra mim mesma desde que tinha chegado à casa do Christopher, e aquele espelho de mão antigo realmente me mostrou isso.
Suspirei, balancei a cabeça e me preparei pra abrir a próxima caixa quando o ângulo do espelho mudou ligeiramente na minha mão e eu gritei. Agora ele refletia a janela atrás de mim e eu vi um rosto olhando pra dentro. Estava escuro lá fora e ele estava quase inteiramente escondido nas sombras, então não consegui ver muito bem os detalhes, mas ele era enorme... parecia ocupar a maior parte da janela atrás de mim. A única coisa que eu conseguia ver com muita clareza eram os olhos — olhos brilhantes, ofuscantes e esbugalhados, com pupilas tão escuras que fizeram eu me sentir enjoada, absorvendo tudo, observando com uma intensidade gananciosa. Eu podia sentir o olhar dele queimando a minha nuca — sentir os olhos que nem piscavam.
Meus músculos travaram em terror, e o espelho caiu da minha mão, girando só uma vez antes de cair no chão e se quebrar em mil pedacinhos.
Sete anos de azar, né? Talvez seja isso. Talvez eu tenha que sentir esse pânico horrível dos olhos que eu sei que estão me seguindo por sete anos antes de eles finalmente irem embora. Eu espero que não. Mas talvez até isso seja pensar positivo. Talvez agora essa seja a minha vida pra sempre, e isso nunca, nunca vai parar.
Tentei pensar se eu seria capaz de continuar, se fosse esse o caso. Acho que tentaria, pelo menos até meus pais falecerem. Eu não suporto a ideia de eles perderem os dois filhos.
Obviamente, foi aí que meus problemas de verdade começaram. Eu poderia descrever o rosto como uma alucinação rápida e horrível, mas a sensação de estar sob constante escrutínio e observação não é algo que eu consigo explicar muito bem. Considerei a possibilidade de só estar enlouquecendo. Ser observado não é um sintoma incomum de psicose ou esquizofrenia e tenho estado atenta a outros sintomas, mas em todos os outros aspectos, eu me sinto bem. Claro que eu tô tendo dificuldade pra me concentrar, mas é só porque eu não consigo dormir porque eles estão me observando. Aqueles olhos invisíveis que se escondem por toda parte e não me deixam descansar.
Eu não tô louca. Tenho certeza que não tô. Ainda tenho o que sobrou do espelho. Agora é só uma moldura de ouro amassada. Tentei colocar um vidro novo nela, mas os únicos olhos que ela mostra são os meus.
Mas eu conversei com o Angus. Ele parecia um pouco nervoso com os questionamentos que eu tava fazendo — ou talvez era só a intensidade com a qual eu fazia as perguntas — mas ele me respondeu. Ele não reconheceu o espelho, mas alguns anos atrás, Christopher estava pensando em escrever um livro sobre os totens do que ele chamava de "cultos externos" — pequenos grupos organizados de adoradores cujas crenças não eram simplesmente desvios do paganismo ou de outras grandes religiões, mas pareciam se concentrar em seres sagrados ou conceitos completamente à parte do que seria considerado uma prática religiosa normal. Alguns pareciam ter mais em comum com o xamanismo antigo do que com uma adoração hierarquicamente organizada, e todos eram altamente secretos.
O Christopher aparentemente tinha coletado vários artefatos que eram considerados sagrados por algumas dessas seitas, embora eu não tivesse encontrado nenhum detalhe sobre isso nos documentos dele. Angus não tinha certeza, mas ele acreditava que o espelho poderia ser um desses objetos. Aparentemente, Christopher abandonou o projeto cerca de um ano antes de sua morte, optando, em vez disso, por seguir uma linha de pesquisa sobre esculturas cerimoniais inuítes.
E é aqui que finalmente chegamos ao motivo pelo qual estou aqui. Porque o Angus me disse que meu irmão não estava fazendo aquela pesquisa sozinho.
Aparentemente, ele havia feito várias viagens a Londres para consultar o seu Instituto. Não sei por que ou sobre o quê, e ninguém aqui parece ser capaz ou disposto a me ajudar a descobrir, mas ele esteve aqui. Eu não vou descansar até descobrir o porquê. Não que eu conseguisse descansar, de qualquer forma.
Aqueles olhos ainda assombram os meus sonhos e me seguem pelo mundo real, mesmo aqui. Especialmente aqui.
ARQUIVISTA
Fim do depoimento.
Meio estranho esse aqui. O final do século XX parece estar um pouco mais bem arquivado do que a maioria dos arquivos, por isso não vimos tantos depoimentos falsos surgindo desse período.
A maioria dos detalhes do depoimento da Srta. Meyer parece se comprovar — a Sasha recebeu uma confirmação da BBC de que ela realmente foi uma das âncoras do Look East Evening News entre 1970 e 72, até sofrer um colapso nervoso e danificar várias câmeras em seu estúdio em Norwich.
A verificação do Martin com a Universidade de Southampton também parece confirmar os detalhes da vida e morte de Christopher Meyer. Até tentei ler um ou dois dos livros dele, mas eles eram um pouco rebuscados demais até pra mim, e não pareciam ter nenhuma relevância em particular pro caso.
Não consegui localizar nenhuma evidência de que ele fez uso da biblioteca ou dos serviços de consulta do Instituto, mas mesmo hoje em dia esses registros não são mantidos tão minuciosamente quanto deveriam, então isso não significa necessariamente que ele não esteve aqui.
O mais interessante foi o que o Tim descobriu sobre as duas últimas décadas da vida da Srta. Meyer, antes de ela morrer na prisão em 1993. Depois do depoimento, ela aparentemente passou quase 12 anos trabalhando em empregos de baixo nível, até que sua mãe e seu pai faleceram de câncer e doenças cardíacas, respectivamente.
Não tem nada de interessante sobre esse período em nenhum registro oficial, mas em 24 de outubro de 1984 ela assassinou um motorista de van de entregas chamado Danilo Costich.
Ela descarregou a carga original da van, que era composta por papéis de arquivo e envelopes, antes de enchê-la com vários barris de gasolina. Ela foi detida ao sul da ponte Vauxhall depois de ultrapassar um sinal vermelho e colidir com outro carro. Por sorte a gasolina não pegou fogo e ela foi detida pela polícia enquanto tentava fugir do local.
Originalmente acusada de direção imprudente, não demorou muito pra ligarem ela ao assassinato do Sr. Costich, e ela recebeu uma sentença de 17 anos na Penitenciária Feminina de Holloway. Ela morreu de pneumonia nove anos depois.
Um crime bizarro e aparentemente sem motivo. O único detalhe que ainda me incomoda é que a empresa para a qual Danilo Costich trabalhava, a Paper Run Limited, é a mesma empresa que na época fornecia a maior parte dos artigos de papelaria para o Instituto Magnus. Tenho um mau pressentimento sobre pra onde exatamente ela tava levando aquela gasolina.
Fim da gravação.
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Arquivista: Vocês não se importam se eu gravar isso, né?
Elias: Bem, pra falar a verdade...
Tim: Essa é uma das coisas sobre as quais queríamos conversar.
Martin: Isso aqui é uma intervenção.
Arquivista: Como é?
Elias: Se você quiser que essa seja uma audiência disciplinar oficial, John, podemos providenciar.
Arquivista: Tá. Podem falar.
Sasha: Nós nos preocupamos com você, John, e você tem estado bastante instável desde o incidente com a Prentiss.
Martin: E nós gostaríamos muito...
Elias: De não ter que te demitir.
Martin: De ter certeza que você tá bem.
Arquivista: Olha, eu entendo que estive um pouco... distante recentemente.
Tim: Você tava vigiando a minha casa.
Sasha: Você me seguiu durante meu horário de almoço e revistou a minha mesa.
Martin: Você disse que eu menti sobre um assassinato!
Arquivista: Eu... Eu... Isso foi porque...
Sasha: Você acha que nós matamos a Gertrude?
Arquivista: Não! É que... Talvez. Talvez tenham matado, eu não sei.
Elias: John, isso é um absurdo. Isso vai muito além de um ambiente de trabalho tóxico. Admito que parte disso é minha culpa por ter deixado as coisas chegarem a esse ponto, eu deveria ter intervido mais cedo.
Tim: Você ainda não acredita na gente, né?
Arquivista: Não é que eu não acredite em vocês, é só que... quer dizer, vocês podem ter matado ela!
Tim: Sério, escuta o que você tá falando.
Martin: Você tá errado!
Arquivista: Nós já estamos muito além do que é certo e errado, Martin — tem monstros lá fora, e eu não sei quem ou onde eles estão ou se algum de vocês... Se vocês querem que eu confie em vocês, então me desculpem, mas eu preciso de provas.
Elias: Aqui.
Arquivista: E o que é isso?
Elias: Uma cópia de todas as filmagens das câmeras da semana em que Gertrude desapareceu. A polícia finalmente terminou de limpá-las e examiná-las e nos deu uma cópia.
Arquivista: Não tem câmera no Arquivo.
Elias: Mas tem em todos os outros lugares. Incluindo em todas as entradas do Arquivo. E todos os vídeos mostram um relato notavelmente detalhado de todos os nossos movimentos durante aquela semana. Até os seus.
Arquivista: E você acha que isso dá um álibi pra todo mundo?
Elias: A polícia com certeza acha, mas fique à vontade pra confirmar você mesmo.
Arquivista: Obrigado. Eu vou.
Sasha: E não vamos mais ficar com essa paranoia.
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ARQUIVISTA
Estive assistindo às filmagens das câmeras que o Elias me deu. Elas realmente parecem dar um álibi consistente pra todo mundo, e ninguém é visto entrando ou saindo dos arquivos além da Gertrude. Pelo menos não até o Elias descer lá e encontrar o sangue.
Os próprios movimentos da Gertrude são um tanto instáveis e ela parece entrar e sair dos Arquivos a qualquer hora do dia e da noite, em alguns momentos aparecendo bem bagunçada.
Isso pode ser examinado com mais atenção mais tarde, mas por enquanto eu… Não consigo decidir se essa inocentação dos meus colegas é mais um alívio ou uma frustração.
No mínimo, parece que eu venho sendo... Venho sendo bastante injusto com eles.
Só espero que eles não tenham perdido totalmente o respeito por mim.
Mas uma coisa que não me tranquiliza em nada é o novo significado que isso dá aos túneis embaixo do Arquivo, porque parece cada vez mais provável que quem ou o que quer que esteja vivendo lá embaixo seja a mesma coisa que matou a Gertrude.
Fim do complemento.
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tma-latino · 2 years
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MAG197 – Caso ########-37 – “Conectados”
Una discusión al borde de la realidad, grabada en locación.
[Disclaimer/ Aviso]
[MAG196] | x | [MAG198]
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tma-traduzioni · 2 years
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Mag 159 - #0182509-B - L’ultimo
[Episodio precedente]
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[RUMORE DI ONDE E INTERFERENZA; PASSI SU SABBIA BAGNATA]
ARCHIVISTA
Martin!
Martin!
[INTERFERENZA CHE AUMENTA DI VOLUME, COME UN AEREO IN ALTO NEL CIELO]
PETER
(soffuso, distorto) Non vuole vederti.
ARCHIVISTA
Dove sei?
PETER
(distorto) Non sono qui, Archivista. Nessuno lo è.
ECO DI PETER
Nessuno lo è.
PETER
Sei da solo.
ECO DI PETER
Sei da solo.
ARCHIVISTA
Bene. Allora forse “nessuno” può rispondere a qualche domanda.
[LA VOCE DI PETER CONTINUA A ECHEGGIARE; PRENDE UNA PAUSA DOPO OGNI FRASE, PER DARLE IL TEMPO DI RIPETERSI, PRIMA DI PASSARE ALLA SUCCESSIVA.]
PETER
Hai ancora tempo, Archivista. Torna indietro e vattene. Hai fatto la tua parte. Ora vai.
ARCHIVISTA
Che problema c’è, Lukas? Hai paura di parlare faccia a faccia?
PETER
(risatina) Ovviamente. O non hai prestato attenzione finora?
[L’ARCHIVISTA FA UN SUONO AGITATO. I PASSI CONTINUANO.]
ARCHIVISTA
Martin!
PETER
È veramente strano. Pensate entrambi di essere così concentrati l’uno sull’altro, ma quanto vi conoscete veramente? Quanto tempo avete passato insieme al di fuori del lavoro, o senza bisticciare o fuggire dal mostro assassino del momento?
Quindi. Cosa state cercando? L’immagine che avete creato l’uno dell’altro?
Le persone che pensate di amare non esistono. Non veramente. Ed è una posizione così solitaria in cui trovarsi.
ARCHIVISTA
(interrompendo l’eco di Peter) Silenzio!
Martin!
PETER
(compiaciuto) Non… vuole… vederti.
ARCHIVISTA
Allora lascia che sia lui stesso a dirmelo.
PETER
Vattene via.
ARCHIVISTA
Mandami via tu.
A meno che tu non ne sia in grado. La Solitudine e l’Occhio non sono così diversi tra loro, no? Non esattamente. Che c’è di bello nell’essere soli se non sai quanto solo sei veramente?
Il che significa… be’, penso che tu sia preoccupato. Sai che lo troverò prima o poi, e sai che posso trovare anche te.
[DIVERSI SECONDI DI SILENZIO.]
Mh. Come pensavo.
[PASSI.]
(sorpreso) Martin!
MARTIN
(a bassa voce, distorto) Jon?
ECO DI MARTIN
Jon?
[LA VOCE DI MARTIN È DISTORTA COME QUELLA DI PETER, ECHEGGIA DEBOLMENTE ALLO STESSO MODO. SEMBRA ESSERE STANCO.]
ARCHIVISTA
S-Sono qui. Sono venuto per te.
MARTIN
Perché?
ARCHIVISTA
….Pensavo ti fossi perso.
MARTIN
Sei reale?
ARCHIVISTA
Sì! Sì, l-l-lo sono. Avanti, dobbiamo andarcene da qui.
MARTIN
No. No, non credo.
ECO DI MARTIN
No. No, non credo.
ARCHIVISTA
(atterrito) Perché?
MARTIN
(echeggiando) Devo rimanere qui. È il posto giusto per me.
ARCHIVISTA
(sopra l’eco di Martin) Martin, non dire così.
MARTIN
Non c’è sofferenza qui. Solo silenzio. Persino la paura è delicata qui.
ARCHIVISTA
Così non va bene. Non è da te.
MARTIN
Invece lo è.
(risata ironica) Ero veramente innamorato di te,  sai?
ARCHIVISTA
Ha chiaramente fatto qualcosa. Peter ha fatto qualcosa per confonderti le idee-
Maledizione! Martin! Martin!
PETER
(echeggiando) Ho provato a dirtelo. È andato. Ha fatto la sua scelta. E non ha scelto te.
ARCHIVISTA
Lo ha fatto per me, però. Sono io la ragione per cui lui… è colpa mia tanto quanto è colpa tua.
PETER
Sì. Immagino di sì.
Dove sono i tuoi amici, Archivista?
ARCHIVISTA
Tim e Sasha sono morti.
PETER
Sì?
ARCHIVISTA
Daisy e Basira sono… probabilmente morte.
PETER
Per. Colpa. Tua.
ARCHIVISTA
Georgie e Melanie mi hanno abbandonato.
PETER
E?
ARCHIVISTA
Martin è andato.
PETER
Sei da solo, Archivista. L’unico sopravvissuto. Ti avevo avvertito. Volevo che te ne andassi, ma… forse sarebbe meglio se rimanessi per un po’. Dopo tutto - non puoi far del male a nessuno qui.
ARCHIVISTA
(apparentemente sconfitto) Già.
PETER (COME ECO DELL’ARCHIVISTA)
Già.
ARCHIVISTA
(fermamente) Oppure forse potresti rispondere a qualche domanda.
PETER
(echeggiando) …cosa?
[L’INTERFERENZA AUMENTA E DIVENTA PIÙ PROFONDA MENTRE L’ARCHIVISTA PARLA.]
ARCHIVISTA
Se fossi in te eviterei di provare a scappare. Riesco a vederti adesso. Posso trovarti ovunque tu vada.
PETER
(senza eco) Va bene! Era solo un’idea. Allora vattene.
ARCHIVISTA
Non prima di aver ricevuto qualche risposta.
PETER
Non succederà.
ARCHIVISTA
Raccontami la tua storia, Peter Lukas.
[MENTRE L’ARCHIVISTA PARLA,  L’INTERFERENZA SFRIGOLANTE DELLA COMPULSIONE AUMENTA DI VOLUME.]
PETER
No!
ARCHIVISTA
Racconta.
[PETER SI LASCIA SCAPPARE QUALCHE LUNGO LAMENTO DOLORANTE.]
PETER (DICHIARAZIONE)
(arrabbiato) Va bene!
Va bene.
Da dove vuoi che cominci? Dall’inizio? Una gioventù solitaria, il mio percorso graduale verso il diventare figlio unico?
Vedi, è questo il punto di un credo di famiglia. Bisogna puntare sui credenti.
Mia madre ebbe cinque figli nel corso della sua vita, prima che mio padre finalmente sparì. Era una Lukas nell’animo, nonostante non fosse nata in famiglia, mentre mio padre, sebbene si fosse sempre ritenuto pronto ad una “vita senza obblighi”, gradualmente si disperse nel nulla mentre lei accresceva lo spazio tra di loro.
La casa era enorme. Le nostre stanze venivano mantenute il più lontano possibile, e cambiate spesso, mentre un insieme di tate e tutor regolarmente alternati si prendeva cura di noi.
Sai che mia madre è ancora viva? Ma non riesco comunque a ricordare la sua faccia con chiarezza. E lo considero una benedizione. Non provo nemmeno rancore nei suoi confronti: è semplicemente qualcuno che esiste, lontano da me. Fu quella sorta di infanzia che non ci saremmo potuti permettere se non avessimo avuto i soldi, ma siamo una vecchia famiglia con, diciamo, una (eheh) notevole linea diretta di eredità. Il genere di famiglia che non avrebbe permesso a nessun assistente sociale di mettere piede nella sua proprietà.
Ma nonostante tutto, a parte qualche stranezza dovuta alla nostra fede, non so quanto la mia infanzia sia stata diversa da quella di altri rampolli dell’aristocrazia. (eheh) Da quello che so, tagliare ogni connessione con la propria umanità è pietra miliare di un’educazione dell’alta società… comunque mi sono stati risparmiati i traumi mirati del collegio, dato che mia madre era fermamente convinta che il pericolo di fare amicizia con qualcuno fosse troppo grande.
Immagino che definirmi “figlio unico” sia, tecnicamente, sbagliato. Due delle mie sorelle sono ancora vive, anche se hanno rinnegato la famiglia e si sono trasferite molto, molto lontano. Comunque… essere separati dalla propria famiglia è di suo un tipo di solitudine molto speciale, no? Quindi serviamo tutti il nostro dio in qualche modo.
Gli altri due - mio fratello, Aaron, e mia sorella, Judith - be’, loro non furono abbastanza accorti da diventare silenziosamente adulti e sparire. Semplicemente non avevano il temperamento giusto per fiorire in casa Lukas, provavano sempre a… iniziare giochi. Fare amicizia. (debole disgusto) Creare connessioni con le persone.
Per quanto ne so, sono stati mandati via a vivere con parenti molto lontani, per non fare più ritorno. Sono certo sia possibile che mia madre abbia risolto il problema in modo meno piacevole, ma dalle poche interazioni che abbiamo avuto, non mi è mai sembrata una donna crudele, e tendo a credere che, per dei bambini di quell’età, la paura e isolazione dell’essere allontanati dalla propria famiglia e mandati via di casa è forte quanto quella del dover affrontare un… destino più cruento.
Io, ovviamente, ero il figlio preferito, considerando quanto fossi silenzioso e riservato, e, in ogni momento, profondamente dedicato alla mia stessa solitudine. Non avevo tempo per libri o televisione, o per qualunque tipo di escapismo e le amicizie artificiali nate dalla narrativa. No, ero me stesso, e mi bastava. Passavo i giorni a esplorare i vasti terreni e foreste della nostra proprietà, alla ricerca di angoli nascosti dove pensavo che nessuno mi avrebbe trovato - anche se adesso mi chiedo quante generazioni di Lukas abbiano avuto questi stessi pensieri, in quegli stessi luoghi.
Non appena fui  abbastanza grande, cominciai a scappare di casa per giorni interi. Prendevo i soldi di cui avevo bisogno dalla borsa di mia madre, e facevo l’autostop verso qualunque città potessi raggiungere. A ripensarci, mi rendo conto di quanto fosse strano che la sua borsa fosse sempre così piena di contanti, e credo che potrebbe essere stata la cosa più vicina alla sua approvazione che io abbia mai ricevuto.
Quando arrivavo in qualunque destinazione avessi scelto arbitrariamente, di solito si era fatta notte. Camminavo per le strade buie, immerso nelle luci dei lampioni, guardando le finestre illuminate dei palazzi che mi circondavano, ognuna un piccolo, accogliente covo di calore e umanità, e godendomi la mia distanza da loro.
A volte, incrociavo qualche altro viaggiatore notturno per strada e li odiavo. Infrangevano la distanza, il mio bozzolo di quieta immobilità, e desideravo con tutto il cuore che semplicemente scomparissero.
E un giorno… uno di loro lo fece.
Lo ricordo ancora bene. Era alto e robusto, indossava un impermeabile verde che aveva chiaramente comprato durante la sua giovinezza. C'era una pioggerella sparsa quella notte, una di quelle piogge che non si vede, ma che lascia tutto scintillante e umido, e lui stava lottando con un ombrello. Provai a superarlo velocemente, ma i suoi occhi incontrarono i miei e lui ... (disgustato) sorrise. E chiesi se potevo aiutarlo.
Non riesco a descrivere la sensazione che mi attraversò. Posso solo dire che gli chiesi di sparire. E lui lo fece.
O forse ... fui io a sparire. Ripensandoci, è difficile stabilire con sicurezza chi dei due si allontanò dal mondo popolato, ma in ogni caso, il senso di incantevole sollievo, bordato da una strana paura crescente - era qualcosa che non avevo mai provato prima. Era inebriante.
Quando ritornai, fui accolto da mia madre e da un piccolo gruppo di parenti dalla faccia severa che non avevo mai visto prima, tranne che ai funerali. Mi portarono nel seminterrato e mi mostrarono la verità sulla nostra famiglia. All'inizio fu ... difficile da accettare. Non perché non volessi che fosse vero, ma perché sembrava incredibile che qualsiasi dio potesse essere così perfettamente in sintonia con il mio cuore.
Poco dopo lasciai di nuovo casa e presi il mare, e non vidi mai più mia madre - eccetto, ovviamente, per i funerali.
Alcuni dei miei ricordi più sereni furono sulla Tundra. Avevo riunito un piccolo gruppo di persone fidate che sapevo fossero leali e dedite… ai miei soldi. Non avevano scrupoli o morale per ciò che facevamo su quella barca e, su mia richiesta, si fecero assumere sotto falso nome, così non avrei mai dovuto sapere chi fossero. Quelle solitarie notti di sacrificio e attesa, passate ad ascoltare il terribile suono del fischio dei miei antenati vagare sulle acque scure e minacciose, sapendo che un'altra anima stava lasciando questo mondo...
Dio, come vorrei essere lì in questo momento. Chiuso nella mia cabina, ad osservare il vuoto silenzioso del mare aperto.
Ma è ormeggiata adesso, e io sono tornato a terra, su (arrabbiato) richiesta di Elias. Il mio equipaggio è là fuori, che aspetta una chiamata che adesso dubito sarò mai in grado di fargli.
Lo chiamerò “Elias” dato che questo è il nome con cui l’ho conosciuto per la maggior parte della nostra… collaborazione, anche se lo incontrai per la prima volta quando era ancora James Wright, Capo dell’Istituto Magnus. Mi sembrò un ometto noioso inizialmente, così desideroso di guardare le altre persone soffrire, di perdersi nel loro dolore e i loro drammi - esattamente quel genere di cose che io ho sempre voluto evitare.
Era Gertrude quella di cui avevo paura. Sembrava non avere alcun interesse nell’incontrarmi, cosa che io apprezzavo, ma c’era qualcosa nei suoi occhi quando mi guardava. Come se stesse facendo qualche calcolo e io fossi un valore indesiderato che stava decidendo se rimuovere o meno. Fu solo molto tempo dopo che capii esattamente quanto fosse vero. Comunque, sembra che non sia mai stato un problema abbastanza pressante da darmi la caccia in mare - o anche solo aspettare finché non tornassi a terra e aggredirmi. Immagino che nemmeno lei avrebbe potuto prevedere come sarebbe andata a finire.
A pensarci adesso, forse una delle ragioni per cui sono durato così a lungo è che, a conti fatti, sono stato prevedibile. Una cifra conosciuta. Avevo il mio piccolo appezzamento, mandavo i miei poveri marinai smarriti verso loro desolata fine, ma raramente ne uscivo fuori. Quando penso a tutti coloro che ho incontrato che hanno viaggiato in questo mondo segreto in cui ci siamo trovati - Gertrude, Simon, Mikael, persino Rayner - ce ne sono molti a cui la mia morte avrebbe potuto rendere la vita più facile, ma era raro che mi allontanassi dalle mie abitudini.
Forse è per questo che, quando mi imbattei in (lieve disapprovazione) Adelard Dekker, finimmo a parlare e mi raccontò la sua teoria sull’Estinzione – qualcosa che rimase con me anche dopo che lui morì perseguendola.
Il fatto è che la solitudine che desidero, che riempie il mio cuore di quel rassicurante disagio, si basa sulla distanza dalle altre persone. Ma un mondo senza persone, o quantomeno qualcosa che riconoscerei come persone… ? Non ha senso. Senza la finestra illuminata in lontananza, come faccio a vedermi separato da essa? No.
Un mondo del genere sarebbe terribilmente noioso e mi spaventa in un modo molto diverso. Una paura che sono felice di offrire, ovviamente, ma che preferirei non si realizzasse.
Il mio istinto era molto simile a quello degli altri: pensavo che se avessi potuto completare per primo il mio rituale, allora la potenziale nascita del terribile cambiamento sarebbe stata priva di significato. Lo iniziai poco prima che Simon mi convincesse a unirmi a lui nel suo piccolo esperimento spaziale. Fu interessante, ovviamente, ma un enorme spreco di denaro a conti fatti, tutto solo per spaventare un singolo astronauta. Ma pensavo avrebbe potuto distrarre dal mio vero obiettivo.
Avevo commissionato i servizi di architetti, designer e sociologi, tutti con una varietà di pretesti, e mi ero assicurato un appezzamento di terreno vicino ad Aldgate East. Avevo intenzione di costruire un palazzo tutto mio. Oh, è stata una meraviglia di design! Appartamenti apparentemente ampi, ma nessuno spazio abbastanza grande per un letto matrimoniale o un divano di dimensioni dignitose. Attrezzature da cucina che sembravano adeguate fino a quando non provavi a usare qualcosa che non fosse il microonde. Uno spazio ufficio in ogni appartamento, ma senza porta, in modo da non poter mai veramente sfuggire al proprio lavoro. Nessuno di loro aveva più di una camera singola, sebbene ognuna avesse un bagno principale e un bagno privato, un piccolo tocco di cui ero molto orgoglioso.
I quattro piani inferiori furono lasciati deliberatamente vuoti, quindi chiunque abitasse nel palazzo poteva vedere solo le persone sottostanti da una certa distanza: le luci della città da cui erano stati allontanati. Le finestre erano spesse e ogni parete era insonorizzata. I corridoi erano pieni di  finte porte, così anche se ogni piano era stato progettato per ridurre al minimo la probabilità che i residenti si incontrassero, avrebbe comunque dato l’impressione di essere affollato da porte che non si sarebbero aperte bussando. Resi gli ascensori molto piccoli.
Quindi, offrii le camere ad un prezzo assurdamente basso per la loro posizione nel centro di Londra, e poi esaminai i candidati senza pietà. Diedi priorità a coloro che si erano appena trasferiti in città: laureati che avevano bisogno di un alloggio economico e stavano per iniziare lavori intensi e ad alto stress che avrebbero dato loro poco tempo per socializzare. Anche i recentemente divorziati erano particolarmente adatti, specialmente quelli i cui amici si erano schierati con il loro partner. Li ammassai, spingendoli a ribollire in un cocktail di luci lontane, corridoi vuoti e tiepido takeout per uno.
Il piano era di aspettare fino a quando le persone all'interno non avessero raggiunto livelli critici di solitudine e disperazione, quindi, tutto in una volta, intrappolarle a distanza. Tagliare le loro linee telefoniche e internet e lasciali morire, da soli, nei loro sventurati monolocali mentre l’Abbandono emergeva dal loro terrore. Lo chiamai Silenzio, anche se ad essere onesti, lo feci principalmente perché pensavo che dovessero avere dei nomi. Non so se il titolo fosse terribilmente ispirato.
(rassegnato) Poi - ovviamente - Gertrude Robinson. Sai cosa fece? Quale devastante arma usò per mandare all’aria il mio piano? Il giornale. Fece una soffiata a qualcuno del Guardian.
Ricordo ancora di aver visto il titolo, nero su bianco: "L'edificio più solitario della Gran Bretagna". Il mio errore fu l’aver scelto solo gente bianca e di classe media, gente di cui importava davvero alle persone, facevano a gara per dichiararla "emblematica dei problemi del mondo moderno". (ugh) Gli articoli iniziarono a dilagare, le candidature iniziarono a diminuire e io ero dentro fino al collo in (esasperato) programmi di sensibilizzazione della comunità. Nessun modo per salvarlo. Anni della mia vita e una considerevole fortuna andati in fumo. E lei non ebbe nemmeno la decenza di uccidermi
Mi scoraggiò profondamente. Mi ci vollero anni per ritrovare me stesso. Tornai sulla Tundra, cercai di dimenticare, ma il problema era che avevo avuto un assaggio del gioco. E avevo ancora fame. Suppongo sia per questo che fui così entusiasta quando Elias si fece sentire. Eravamo rimasti in contatto, ovviamente: la mia famiglia ha contribuito a finanziare l'Istituto, e lui aveva sempre fatto un buon lavoro nell’informarmi su potenziali vittime. Vivere qualcosa di orribile può farti sentire davvero isolato, soprattutto se sai che nessun altro ti crederà.
E ovviamente… sapeva che avrei trovato difficile resistere ad una scommessa.
Se fossi riuscito a convincere uno dei suoi impiegati a diventare volontariamente un fedele della Solitudine, sarebbe stato tutto mio. Mi lasciò pure scegliere la vittima. Era così sicuro che l’Istituto, il Panopticon e un volontario che lo usasse sarebbero stati una vincita troppo grande per me da poter resistere. E… aveva ragione. Semplicemente le cose non sono andate esattamente come speravo.
Sai, questa è una delle prime scommesse che ho perso contro di lui . Ma immagino sia così che funzionano i truffatori, no? Perdono e perdono finché non sei disposto a giocarti tutto, e poi – ti intrappolano.
Quindi suppongo sia per questo che ho reagito così avventatamente, provando a strappare la vittoria dalle sue mani. Tenerti qui. Ma sembra che io abbia sottovalutato il mio opponente ancora una volta.
ARCHIVISTA
Cosa c’era in palio per lui? Cosa avrebbe ottenuto con la tua sconfitta?
PETER
(disinteressato) Oh, c’eri tu in palio.
ARCHIVISTA
N-non capisco.
PETER
E non sarò io a spiegartelo.
Ne ho abbastanza.
ARCHIVISTA
Dimmelo.
[LA COMPULSIONE RICOMINCIA.]
PETER
(sofferente) Non… dirò… un’altra… parola.
ARCHIVISTA
Dimmelo, o sarò io a tirarlo fuori da te.
PETER
No…
[L’INTERFERENZA CRESCE D’INTENSITÀ.]
ARCHIVIST
Rispondi alla mia domanda!
PETER
(echeggiando ancora) No! Lasciami… da… SOLO!
ARCHIVISTA
RISPONDI!
[LO STRIDIO AUMENTA DI VOLUME MENTRE L’ARCHIVISTA FA A PEZZI PETER LUKAS. LUKAS LANCIA UN ULTIMO GRIDO DI RIBELLIONE CHE SI DISSOLVE NELLA REGOLARE INTERFERENZA.]
ARCHIVISTA
(sussurro) Sciocco ostinato.
[PASSA QUALCHE SECONDO, RUMORE DI PASSI.]
Martin. Se n’è andato, Martin. Se n’è - se n’è andato.
MARTIN
(echeggiando) Il suo unico desiderio era di morire da solo.
ARCHIVISTA
Che peccato. Ora - ascoltami, Martin. Ascolta.
MARTIN
(vuoto, echeggiando) Ciao, Jon.
ARCHIVISTA
Ascolta, lo so che pensi di voler stare qui, lo so che pensi che sia più sicuro, e be’ - be’, forse lo è. Ma abbiamo bisogno di te. (disperato) Ho bisogno di te.
MARTIN
No, non hai bisogno di me. Non seriamente. Siamo tutti soli, ma sopravviviamo comunque.
ARCHIVISTA
(interrompendo l’eco di Martin) Non voglio solamente sopravvivere!
MARTIN
Mi dispiace.
ARCHIVISTA
Martin. Martin, guardami. Guardami e dimmi cosa vedi.
MARTIN
Vedo...
[LA VOCE DI MARTIN TREMA.]
Vedo te, Jon.
[SI LASCIA SCAPPARE UNA RISATINA INCREDULA, POI UN’ALTRA. L’ECO S’INTERROMPE.]
Vedo te.
ARCHIVISTA
(sollevato) Martin.
[IL RESPIRO DI MARTIN AUMENTA DI VELOCITÀ. SINGHIOZZA, LA VOCE ROTTA DAL PIANTO.]
MARTIN
Ero… ero da solo. Ero completamente solo.
ARCHIVISTA
Non più. Avanti. Torniamo a casa.
MARTIN
Come?
ARCHIVISTA
Non preoccuparti. Conosco la via.
[COMINCIANO A CAMMINARE, E IL NASTRO SI CONCLUDE.]
[CLICK]
[Traduzione di: Sim]
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