Tumgik
#espero que tenha ficado bom o suficiente ???
1dpreferencesbr · 9 months
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Imagine com Harry Styles
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Hidden Love
n/a: Esse pedido foi simplesmente o meu surto da madrugada! Porque ele é inspirado em um dos meus doramas favoritos! Inclusive, fica aqui a minha indicação! Ele é perfeito, e uma delícia de assistir! Esse imagine ficou em um formato um pouquinho diferente, e eu espero que não tenha ficado confuso haha! Espero muito que gostem <3
Diálogos: Minhas roupas ficam muito melhor em você, Você está beijável pra cacete agora, Espera aí, você está com ciúmes?, Eu sinto muito que você descobriu dessa forma, Você é egoísta! Pronto, falei!
Lista de diálogos Mastelist
Contagem de palavras: 3,576
12 de Outubro de 2013, esse foi o dia em que o vi pela primeira vez. 
Sentado na sala de estar, jogando videogame com o meu irmão. Sorrindo tão grande que covinhas lindas se formavam em suas duas bochechas. 
Diferente de todos os outros caras da sua idade (incluindo o idiota do meu irmão), Harry tinha muita paciência comigo. Era difícil ser a nova aluna estrangeira da escola, principalmente sem conseguir dominar o inglês completamente. Às vezes me perdia nas palavras, o que fazia os outros alunos rirem de mim.
Eu estava deitada na minha cama, com o rosto enfiado no travesseiro para que ninguém ouvisse meu choro quando ele entrou no meu quarto pela primeira vez. 
— O que aconteceu, pequena? — A voz rouca soou em meu ouvido. Ergui lentamente o rosto, para vê-lo agachado ao lado da cama, me olhando com atenção. 
— Troquei algumas palavras na escola hoje. — Resmunguei. 
— Isso é normal, você ainda está aprendendo, não precisa ficar chateada por isso. — Disse passando a mão enorme pela minha cabeça. 
— Eu não quero voltar lá nunca mais. — Funguei, me sentindo ridícula por chorar na frente de um garoto. — Eles me chamam de burra e idiota. — Harry sorriu, levando o dedo indicador para afastar as lágrimas das minhas bochechas. 
— E se eu te ajudar com o inglês, hum? Vai se sentir melhor? 
— Você faria isso? 
— É claro que sim. — Respondeu, apertando a ponta do meu nariz. 
A partir desse dia, por três meses inteiros, Harry passava uma parte das tardes comigo, me ajudando com o vocabulário. Ele falava pausadamente as palavras que eu não conseguia entender e até mesmo procurava seus significados em português para que eu entendesse melhor o idioma. 
Em alguns dias, ele aparecia na saída da escola, me perguntando quem eram os colegas que me tratavam mal. Mas eu nunca contei. Não gostaria de entregar ninguém, já era estranha o suficiente, ter um cara que estava entrando na faculdade ameaçando outras crianças da minha idade faria da situação ainda pior.
Harry ficava tanto na minha casa que às vezes parecia não ter uma. De vez em quando o encontrava dormindo no sofá da sala, e o cobria com algum cobertor. 
Não sei exatamente quando foi que comecei a nutrir uma paixão secreta pelo melhor amigo do meu irmão, mesmo sabendo que ele me tratava apenas como sua irmã caçula. 
Era sempre muito bom tê-lo por perto. Ele era engraçado, atencioso e sempre educado. Muito diferente dos garotos da minha idade, que não me despertavam nenhum interesse. 
Com o tempo, as coisas na escola melhoraram. 
Depois da puberdade, os garotos passaram a me notar. O que foi estranho, porque eu não tinha olhos para os outros. 
Mas, depois de muita insistência das minhas amigas, aceitei ir ao cinema com Brad, um dos meus colegas da classe de biologia. 
Sequer assisti ao filme, pois, enquanto Brad comprava os ingressos e a pipoca, vi Harry sair de uma das salas com o braço enrolado no pescoço de uma garota. Foi como se o mundo todo desabasse ao meu redor. 
Ignorando completamente o garoto que gritava o meu nome, saí correndo pelo Shopping, mas, antes que chegasse às escadas rolantes, meu braço foi puxado com força. 
— S/N, o que aconteceu? — O garoto de olhos verdes e uma touca enfiada na cabeça perguntou, vestindo a sua melhor expressão de preocupação. 
— Nada. — Falei, tentando me soltar. — Só quero ir para casa. 
— Ele fez alguma coisa que você não gostou? Quer que eu resolva? — Perguntou encarando Brad, que segurava um balde enorme de pipocas em suas mãos. 
— Não. Eu só quero ir para casa. 
— Eu te levo. — Disse, fazendo menção de me acompanhar para descer as escadas.
— Não. Pode ficar aqui com a sua namorada. — Apontei com o queixo para a loira que nos encarava. 
— Ah… eu sinto muito que você descobriu dessa maneira. — Disse em um suspiro. — Eu queria levá-la para você conhecer… 
— Está tudo bem. — forcei um sorriso. — Mas eu preciso mesmo ir agora. — Com uma das mãos, tirei a que ainda me segurava. — Tchau, Harry. — Falei em português, como sempre fazíamos. 
Só me permiti chorar pela idiotice no momento em que cheguei em casa. 
É claro que Harry nunca olharia para mim, afinal, ele era cinco anos mais velho.  Ele já tinha vinte e um anos, e eu, dezesseis. E além disso, ele me viu crescer. Eu não passava de uma irmã mais nova. Mesmo odiando essa situação. 
Meus pais ficaram mais do que surpresos quando pedi para passar um tempo no Brasil. Usei a desculpa de que já faziam muitos anos que não víamos nossa família, e que eu sentia saudades. Foi difícil convencê-los a me deixar terminar o high school longe, mas, com a ajuda dos meus avós, eles permitiram. 
Fiquei mais um ano depois de terminar a escola, estudando para poder passar em alguma faculdade boa na Inglaterra. Realmente pensei que os três anos longe tivessem sido o suficiente para me fazer esquecê-lo. Até mesmo namorei outras pessoas na tentativa frustrada. 
Mas no momento em que o vi, parado do lado de fora do bar em que fui com meus novos colegas da faculdade, encostado em seu carro, com os braços cruzados, o meu coração deu o mesmo salto de quando era apenas uma adolescente. 
— Não cumprimenta mais os amigos, S/N? — Sua voz soou alta, quando tentei passar reto, fingindo que não havia o visto. 
— Harry, oi. — Soltei uma risada sem graça, voltando alguns passos. — Não tinha visto você aí. — Harry estalou a língua dentro da boca, negando com a cabeça. — O que está fazendo aqui? 
— Vim buscar você. — Disse desencostando do carro. 
— Me buscar?
— Seu irmão me ligou, preocupado que estivesse bebendo sem supervisão. 
— As vezes ele esquece que eu sou adulta. — Resmunguei, me sentindo um pouco envergonhada com o fato de que todos os meus colegas assistiam àquela cena. — Eu já vou indo. — Me despedi, fazendo a volta no carro para sentar no banco do passageiro. 
— Quando você voltou? — Ele perguntou, dando partida no carro. 
— Faz quase um mês. — Murmurei, passando uma das mãos pelo cabelo, mania que tinha sempre que estava nervosa. 
— E não pensou em me ligar? 
— Ligar para você? — Perguntei confusa. 
— Virou um papagaio enquanto estava no Brasil? 
— Papagaio? 
— Você repete tudo que eu falo. — Disse com humor, e um leve toque de ironia na voz. 
— Ah… — Senti meu rosto aquecer, percebendo que realmente estava fazendo isso. — Não… Só não entendi porque deveria ligar para você. 
— Bom, eu ainda sou seu amigo, não sou? — Aproveitou o sinal vermelho para me encarar. 
— Claro. 
— Então, me explique por quê saiu do país sem se despedir. 
— Ah, eu… — Engoli em seco, tentando formular uma desculpa. 
— Você é egoísta! Pronto, falei! — Disse em tom magoado, voltando a dirigir. 
— Egoísta, eu? Por quê? 
— Achou mesmo que eu não merecia saber que você iria sair do país? 
— Não achei que fosse se importar. — Resmunguei a verdade. 
— Eu senti a sua falta. — Bufou. 
— Sentiu? 
— Claro que sim, você é minha irmãzinha. Fiquei preocupado enquanto esteve todo esse tempo longe. 
Irmãzinha… Essa palavra ainda me assombra, mesmo depois de tantos anos. 
— Me desculpe, então. — Respirei fundo, tentando não demonstrar meu descontentamento. — Achei que poderia estar ocupado com a sua namorada e não quis atrapalhar. Aliás, como ela está? 
— Não faço a mínima ideia, não durou três meses. — Deu de ombros, com descaso. 
— Ah… 
— Por quê não respondeu às minhas mensagens? 
— Precisei trocar de número no Brasil, o daqui não funcionava. — Falei encarando a rua pela janela, torcendo para que chegássemos logo ao campus da faculdade, já que agora eu ficava nos dormitórios por ser mais prático. 
— Poderia ter dito para o seu irmão me dar o novo. 
— Isso seria estranho. 
— Por que?
— Só seria. — Dei de ombros. 
Os poucos minutos faltantes foram recheados por um silêncio constrangedor. Harry sabia que uma parte do que eu dizia era mentira, afinal ele tentou contato por anos por todas as minhas redes sociais, e eu fiz questão de ignorar, a fim de esquecê-lo. 
— Almoça comigo amanhã? — Perguntou ao estacionar em frente ao pavilhão de dormitórios. 
— Eu tenho aula. 
— O dia todo? 
— Preciso estudar.
— Por que eu sinto que você está fugindo de mim? — Perguntou, erguendo uma das sobrancelhas. Durante toda aquela conversa, evitei olhar diretamente para Harry. Ele estava muito diferente do que eu lembrava, conseguindo estar ainda mais bonito. Seus cabelos estavam mais compridos, as linhas de expressões um pouco marcadas e com as mangas curtas da camiseta pude notar as muitas tatuagens que se espalhavam pelos braços. 
— Não estou fugindo. — Tentei sorrir. — É meu primeiro ano, os calouros ficam muito ocupados, você sabe disso. 
— Então, no primeiro dia livre, quero sair com você. 
— Por quê? 
— Ora, preciso de um motivo para sair com a minha irmãzinha? 
— Não, claro que não. — Mordi o lábio inferior, tentando conter a vergonha que me preenchia. — Vou avisar quando puder, então. 
Saí do carro praticamente fugindo, correndo para o meu quarto, ainda vazio, já que os outros voltavam todos juntos. 
Joguei meu corpo sobre a cama e tomei um susto ao ver que um número desconhecido me mandava uma mensagem. 
“Agora você não tem como fugir de mim. x.H”
“Como conseguiu o meu número?”
“Seu irmão”
“Ah. Mas eu não estou fugindo”
“Sei. Durma bem, pequena. E não esqueça de me avisar quando estiver livre. Tenho certeza de que tem muitas histórias do Brasil para me contar” 
“Durma bem também”
Não adiantou de nada pegar todas as atividades extra-curriculares possíveis para evitá-lo. No primeiro final de semana que consegui estar livre, assim que entrei na casa da minha família, dei de cara com Harry, sentado na mesa da cozinha tomando café com o meu pai. 
— Você não ia me avisar? — Perguntou com um sorriso irônico, assim que me enxergou. 
— Ia fazer isso agora mesmo. — Menti. 
—Sei. — Resmungou. 
Desisti da missão impossível que era evitar Harry. Ele parecia praticamente me rastrear, pois estava sempre em todos os lugares que eu fosse. Tentei de todas as formas passar a vê-lo como ele me via, como um irmão. Mas era difícil demais toda vez que ele abria aquele sorriso com covinhas, ou aparecia na faculdade de surpresa apenas para me levar o meu café favorito. 
“Vai estar livre amanhã?” 
“Desculpa, vou sair com um amigo”
“Amigo ou namorado?”
“Amigo, por enquanto”
Me sentia uma alienígena enquanto assistia o filme de romance ao lado de Justin. Ele parecia conhecer cada um dos truques mais baratos para tentar conquistar uma garota: Fingir que vai bocejar e passar o braço pelos ombros, segurar a mão no balde de pipocas…
Deixei que ele me beijasse quando nos despedimos na saída do shopping, me sentindo ainda pior quando acabou. Ele era um cara legal, e eu sentia que estava brincando com seus sentimentos. 
— Achei que ele fosse te engolir. — Minha espinha gelou quando reconheci a voz atrás de mim. 
— O que está fazendo aqui? —  Perguntei assustada. 
— Estava passando e vi você. — Respondeu, parando ao meu lado, com as duas mãos enfiadas no bolso em uma pose despojada. — Você disse que ele não era seu namorado. 
— E ele não é. — Falei apertando a alça da bolsa entre meus dedos, encarando a chuva forte que batia contra as portas de vidro. — Eu vou indo. — Fiz menção de sair, mas um dos meus braços foi puxado. 
— Eu te levo. 
— Não precisa. — Tentei me soltar.
— Não vou deixar você sair sozinha nessa chuva. — Sua expressão e o tom de voz deixavam claros que ele falava sério, não me restava alternativa sem ser apenas aceitar. 
Corremos na chuva até o estacionamento, a água gelada fazendo cada partezinha da minha pele arrepiar. Harry ligou o ar quente do carro assim que entramos. As gotas pesadas batiam com força contra os vidros, deixando a visão do caminho prejudicada. 
— Você vai para a casa dos seus pais? 
— Sim. — Falei tentando arrumar com os dedos a bagunça molhada que meu cabelo havia virado. — Ou você pode me deixar no dormitório, é perigoso dirigir até lá com essa chuva. 
— Suas colegas estão lá? 
— Não, mas não me importo de ficar sozinha. 
— A minha casa é aqui perto, você pode ficar lá até a chuva passar e depois eu te levo para casa. — Sugeriu. 
— Não quero dar trabalho. 
— Você nunca dá trabalho. — Respondeu, revirando os olhos.
O apartamento de Harry era muito bonito. Muito masculino também. Ele sumiu em uma porta assim que entramos, e então voltou com uma muda de roupas e uma toalha. 
Era estranho vestir suas roupas. Elas tinham o seu cheiro, o que fazia meu coração acelerar ainda mais. A camiseta preta ficava enorme, chegando ao meio das minhas coxas, escondendo completamente o calção de pijama que ele me emprestou. 
— Obrigado. — Falei saindo do banheiro, ainda me sentindo um pouco envergonhada com toda aquela situação. Harry me estendeu uma xícara com um chá quente. Ele também havia se trocado, agora vestindo uma camiseta clara e uma calça de moletom. Já havia o visto daquela forma mais vezes do que poderia contar ao longo dos anos, mas isso não deixava de me abalar sequer uma vez. Ele ficaria de tirar o fôlego até mesmo se vestisse um saco de lixo. 
— Minhas roupas ficam muito melhor em você. — Respondeu, fazendo com que eu engasgasse com o chá. 
Tentei fingir que aquela frase simples não havia causado um turbilhão intenso de sentimentos em mim, e como se o universo tentasse me ajudar de alguma forma, meu celular tocou. Salva pelo gongo. 
— Justin, oi. — Falei ao atender, ouvindo Harry bufar assim que falei o nome do garoto. 
— S/A, só queria conferir se você chegou bem, está chovendo muito. 
— Cheguei sim. 
— Eu gostei muito da nossa noite. 
— Eu também. — Mordi o lábio inferior, esperando que ele não notasse a minha mentira. 
— Podemos repetir? 
— Claro… Eu aviso quando estiver livre. 
— Perfeito. Boa noite, linda. 
— Boa noite. — Falei antes de desligar. 
— Vai sair com esse cara de novo? — O tom cortante de Harry me fez dar um pulinho, por alguns segundos havia esquecido completamente que ele estava escutando a conversa. 
— Acho que sim. — Falei sentando no sofá. 
— Você gosta dele? — Perguntou, sentando ao meu lado, com os braços cruzados. 
— Não desgosto. — Franzi o nariz. — Ele é um cara legal. 
— E isso é motivo para sair com ele? — Perguntou, indignado. 
— Preciso de um motivo para sair com ele? 
— É claro que sim! 
— Espera aí, você está com ciúmes? — Provoquei, sabendo que era impossível. 
— Não, claro que não. — Ele riu, parecendo nervoso. — Eu só me preocupo com você, esse cara pode querer brincar com os seus sentimentos. 
— Eu sou bem grandinha, você não precisa se preocupar com isso. — Garanti. “Principalmente porque os meus sentimentos são todos para você” falei em pensamento. 
— Sempre vou me preocupar com você, pequena. — Disse arrastando o corpo pelo sofá, chegando um pouco mais perto. Seu tom de voz rouco fazendo meu coração bater tão forte dentro do peito que precisei respirar fundo algumas vezes. — Aliás, você ainda não me contou como foi no Brasil. 
Por algumas horas, conversamos como velhos amigos. Contei a ele sobre como foi estranho voltar a falar português em tempo integral no começo e que até mesmo esquecia o significado de algumas palavras, ele me contou sobre como sua vida permaneceu quase a mesma durante os anos que se passaram. A chuva lá fora era a trilha sonora do que estava sendo a minha melhor noite em muito tempo. 
Às vezes era como se o tempo não tivesse passado, e nós parecíamos os mesmos de sempre. Conversando, comendo besteira e rindo das coisas mais idiotas. 
— Já está tarde. — Ele disse olhando para o relógio preso no pulso. — Quer ficar essa noite? Eu posso dormir no sofá. — Ofereceu. 
— Não mesmo, você dorme na sua cama. 
— Não vou deixar você dormir no sofá. — Ralhou. 
— Você dormia no sofá na minha casa. — Provoquei. 
— Era diferente. — Falou apertando a minha bochecha. 
— Você já é um senhorzinho, vai ficar com dor nas costas se dormir no sofá. — Apertei o lábio inferior entre os dentes para evitar o sorriso com a provocação. 
— Ah é? — Falou erguendo as duas sobrancelhas em uma expressão de desafio, que eu aceitei acenando com a cabeça. 
Harry jogou o corpo sobre o meu, usando os dedos para fazer cócegas em minha barriga enquanto eu gritava em meio às risadas. 
— Peça desculpas! — Ele ria, ainda me torturando. 
— Des-culpa! — Gritei. 
— Diga que eu não sou velho! 
— Você não é… não é velho! — Falei entre gargalhadas. 
Harry parou com as cócegas, me deixando ofegante. Sentia meu rosto quente e meu peito subindo e descendo rápido. Mas cada resquício de divertimento se foi quando abri os olhos e o vi me encarando. Era uma posição constrangedora, as mãos de Harry estavam ao lado da minha cabeça no assento do sofá, e seus olhos verdes estavam mais acinzentados que o comum, me observando com atenção. 
— Isso é tão errado. — Ele sussurrou. 
— O quê? — Perguntei no mesmo tom, umedecendo meus lábios com a ponta da língua. 
— Você está beijável pra cacete agora. — Disse em um fio de voz, fazendo meu estômago inteiro se revirar. 
De repente, fazia calor demais naquele lugar, e meu coração batia mais forte do que nunca. Nenhum de nós ousava desviar os olhos do outro, completamente imersos naquele momento. Com os lábios rosados entreabertos, Harry puxava o ar com força, e encarava a minha boca, me deixando ainda mais nervosa. Mordi o lábio inferior, tentando me acalmar um pouco, o que pareceu um gatilho para ele, porque no mesmo segundo, senti sua boca se chocar contra a minha. 
Nenhum outro beijo foi como aquele. Nenhuma outra boca pareceu encaixar tão perfeitamente quanto aquela. 
Ergui as mãos, passando lentamente pelo peito malhado e embrenhando meus dedos entre os cachos que seus cabelos formavam, fazendo com que ele suspirasse contra mim. 
Harry empurrou a língua contra a minha, me arrebatando completamente, me tirando completamente fora de órbita. 
O mundo inteiro pareceu parar. 
Era como se nós fôssemos as únicas pessoas existentes. 
Harry beijava com vontade, com fome. Explorando cada parte da minha boca como se finalmente tomasse posse de algo que sempre foi seu. 
O contato foi quebrado, deixando que nós dois tentássemos voltar aos poucos para a realidade. Eu não conseguia conter o sorriso que se formava em minha boca, afinal, havia esperado tempo demais para aquilo, sem sequer saber se um dia aconteceria de verdade. 
— Me desculpa, eu… — Harry começou. — Eu não sei o que aconteceu, eu… 
 Foi como um soco no estômago. 
Ele havia se arrependido do melhor beijo que dei em toda a minha vida.
 Com as mãos, empurrei seu peito, jogando-o para o outro lado do sofá, e me levantei, fazendo o possível para manter as lágrimas dentro dos olhos. 
— S/N. — Chamou baixinho, me fazendo notar que ele estava perto demais. 
— Não me toca. — Falei ao sentir seus dedos roçarem em meu braço. 
— Me perdoa, eu não deveria ter beijado você. — Sussurrou, arrependido. 
— Não deveria mesmo. — Suspirei, tentando engolir meu choro. — Eu vou para casa. 
— Não, está tarde, é perigoso. 
— Eu não me importo. — Falei pegando minha bolsa que estava no cabideiro perto da porta. Podia ouvir os passos de Harry se aproximando cada vez mais rápido. 
— Não vou deixar você sair assim. — Falou colocando a mão sobre a minha quando segurei a maçaneta. 
— Me deixa sair. — Pedi. 
— S\N, por favor. 
— Eu estou falando sério, me deixa sair. — Implorei. 
— Eu sei que está chateada, me perdoa, por favor. 
— Você não sabe de nada! — Explodi, me virando para encarar sua expressão confusa. — Você é mesmo tão burro? — Praticamente cuspi as palavras, fazendo-o parecer ainda mais confuso. — Quer saber por que eu fui embora? Por que eu nunca respondi nenhuma das suas mensagens? Porque eu gostava de você, seu idiota! — Gritei, as lágrimas começando a deixar minha visão embaçada. — Porque eu era completamente apaixonada por você! E você me via como uma irmãzinha. — Proferi a palavra com nojo. 
— S\N, eu… — Ele disse baixo, parecendo completamente desconcertado.
— Me deixa ir embora. — Implorei mais uma vez. — Por favor. 
— Você não pode dizer essas coisas e ir embora. 
— Você pode fingir que nunca ouviu. — Suspirei. — Pode fingir que isso aqui é tudo um pesadelo. Que você nunca me beijou e nunca ouviu essa besteira toda. — Dei de ombros. 
— Besteira? Então você não gosta mais de mim? — Virei o rosto para o lado, encarando a parede. — Estou falando com você. — Seu tom se tornou um pouco mais firme, dando um passo para a frente, Harry colocou ambos os braços ao meu redor, tocando na porta e me encurralando. 
— Você não gosta mais de mim? 
— Não teria retribuído o beijo se não gostasse. — Murmurei. 
— Você beijou aquele cara mais cedo, gosta dele também? — Tombou a cabeça para o lado, seu tom levemente ácido com a lembrança. 
— Quer mesmo saber? — Encarei seu rosto. — Eu queria esquecer você. — Admiti.
Para a minha surpresa, um sorriso se abriu em seus lábios, e então, mais uma vez, ele me beijou. Harry rodeou os braços pela minha cintura, me puxando ainda mais para perto, grudando meu corpo contra o seu, em um abraço apertado enquanto sua boca devorava a minha em um beijo lento e intenso. 
— Eu não sei quando começou… mas eu também gosto de você, pequena. — Sussurrou, ainda com a boca contra a minha. — Eu não sei onde isso vai dar, não sei como vamos fazer funcionar… mas eu sou louco por você. 
— De verdade? — Sussurrei. 
Gostou do imagine e gostaria de dar um feedback? Ou então quer fazer um pedido? Me envie uma ask! Comentários são muito importantes e me fariam eternamente grata!
69 notes · View notes
tomassakiwithlove · 1 year
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27/01/2023 00:56 
Você está dormindo aqui do meu lado e eu não consigo dormir direito. Você me levou ontem pra jantar em um restaurante japonês muito bonitinho e me pediu em casamento.
Eu meio que já esperava isso tudo mas na hora eu fiquei tão feliz, nunca pensei que isso ia acontecer comigo em toda a minha vida. Foi lindo mas eu acho que acabei estragando um pouco a noite depois de chorar por uma coisa boba como a forma como você me respondeu no Twitter.
Além de estar de TPM, acho que o medo de você mudar de ideia me deixou apavorada e eu reagi bem mal. Eu sei que você me trata bem e que você quer meu bem sempre, eu só não sei ainda lidar com tudo isso direito. Eu sempre fui um pouco deixada de lado nos relacionamentos, nunca fui tratada como prioridade assim e isso me deixa nervosa porque apesar de eu saber que você me ama, eu fico com medo de você se arrepender disso tudo um dia.
Coloco muitas expectativas em você que as vezes nem eu consigo cumprir, na esperança de que se você fizer, talvez seja melhor do que eu e que eu não precise ir tão além por estar cansada. Eu sei que não é justo e por isso eu tenho ficado tão pra baixo nesses dias, parece que não consigo ser o suficiente que você merece.
Eu sei que as pessoas não melhoram de uma hora pra outra e que leva tempo até se livrar dessas coisas ruins, mas eu não sei o que fazer. Eu tento todos os dias pensar positivo e ter uma atitude diferente mas parece que quando as coisas vão longe, eu sinto um medo horrível de tudo ser muito real a ponto de não conseguir controlar nada.
Sinto muito por tentar controlar você e ligar tanto assim pra o que acontece ou deixa de acontecer em alguns momentos, acho que eu preciso aprender de verdade o que é amar uma pessoa incondicionalmente porque nunca me ensinaram e nunca presenciei isso. Só peço que você tenha um pouco de paciência comigo durante esse processo.
Eu amo você com todas as forças que eu tenho e as que eu também não tenho e que arranjo pra poder tentar fazer o máximo feliz que eu consigo. Olhar pra você e te abraçar já me faz pensar o quão bom é ser amado por uma pessoa tão especial e espero que dure pro resto da vida.  
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justalarryblog · 2 years
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Boa noite Beca 💖 como foi de segunda? Aqui foi tudo bem! Organizei algumas coisas, mas c disse acho que vai a semana p conseguir limpar tudo 🥲, mas o dia foi lindo e ensolarado, nem parecia inverno pq tá quentinho! Cada dia tenho mais vontade de morar fora desse país, se não me faltasse o $$$$ já tinha ido! Quero ver se consigo guardar o suficiente pra tirar meu passaporte italiano, q já é um começo! 🧝🏻
Bom dia, xuxu! 🥰 Minha segunda foi boa apesar de ter ficado sem internet o dia inteiro. Teve um acidente com o cabeamento e aí foram hoooooras pra consertar, acho que foi o universo me obrigando a não fazer nada kkkkkkkkkkkkkk daí fiz vários nadas como pedido, li um pouco e dormi horrores! Hskashsjshaha
Aqui tá fazendo calor essa semana também nem parece inverno! Mas pelo menos é um calor acessível, não daqueles de passar mal.
Eu muito quero morar fora do Brasil, juntar dinheiro pra mim no momento é impossível, mas assim que as coisas melhorarem, tirarei meu passaporte plenissima e irei embora.
Espero que tenha uma semana maravilhosa e uma terça tranquila! 😘💗
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nightstars5 · 3 years
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Enough For You
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Pedido: “olá! então, eu pensei em um imagine com o harry baseado na música enough for you, da olivia rodrigo, só que do ponto de vista do harry, sabe? onde ele é apaixonado pela personagem e faz de tudo para ela gostar dele, tenta ao máximo ser o suficiente mas no final ela começa a sair com outra pessoa, (em pedido extra, queria muito que essa outra pessoa fosse o hero kkkkk), e deixa o harry arrasado”
Oii, eu amei o seu pedido, foi bem intenso escrevê-lo porque eu sempre sofro junto kkkk Mas espero que goste e tenha ficado como pedido. P.S: As músicas da Olivia são perfeitas, a gente sente até sem ter motivo kkkkk
— Você sabe que isso é loucura, né? — Rui me alerta sentado na poltrona do outro lado do quarto.
— O quê? — pergunto franzindo o cenho, baixando um pouco o livro que leio.
— Isso! — aponta para mim — Esse é o segundo livro de autoajuda que te vejo ler, cara.
— E qual o problema?
— Sério, Harry? — suas feições relaxam em tédio — Você está fazendo isso pra impressionar a S/N, e nem adianta negar.
— Não estou tentando impressionar ninguém, eu vi na mesa dela, me interessei e pedi emprestado, nada demais. — dou de ombros, fazendo pouco caso do questionamento do meu amigo.
A verdade? Ele está certo.
Em momento algum apenas me interessei por livros de autoajuda, mas ela gosta de lê-los e quero parecer inteligente para ela, poder saber conversar sobre coisas complexas como ela gosta, saber sobre os átomos do espaço e todos os seus mistérios, quero parecer interessante para a mulher mais linda, engraçada e cativante que já conheci.
Não me importo se meu amigo me ache um idiota apaixonado por estar fazendo de tudo para que ela olhe para mim e se interesse, ela é o sonho de qualquer homem, mas quero profundamente que apenas eu seja aquele a ter seu coração.
É quase doentio a quantidade de tempo em que S/N passa por minha cabeça durante o dia, me sinto ansioso sempre que chego a empresa, porque sei que a qualquer momento vamos nos esbarrar por algum setor do andar. Me vejo eufórico sempre que ela me envia uma mensagem me chamando para almoçarmos juntos ou irmos dar uma volta no parque e conversar.
Gosto de ver seu sorriso largo com dentes perfeitamente alinhados, de ouvir sua voz doce e me hipnotizar com seus olhos. Gosto da sua risada e da forma em que tem confiança em mim para contar todos os seus problemas e suas conquistas.
Sempre tento me conter ao máximo para não a beijar outra vez, já faz meses e ainda assim se fechar meus olhos posso sentir o gosto e a sensação de seus lábios contra os meus, me fazendo ter milhões de sensações que nunca pensei ser capaz de sentir apenas com um beijo.
Entendo que S/N diga para não irmos de pressa e não me importo com isso, posso esperá-la quanto tempo precisar.
— Bom dia, querida! — deixo o copo de café a sua frente e me sento na cadeira vazia.
— Bom dia, Harry. — ela sorri e olha para o copo de café com seu nome.
— Com chocolate, creme e açúcar. — digo.
Esse era o seu preferido e é claro que eu sabia disso.
— Obrigada. — ela sorri fraco e volta a encarar os papéis espalhados a sua frente.
Mas há algo diferente nesse sorriso e nela em si.
S/N parece sem graça e não me encarou por muito tempo, não que eu tenha prestado muito atenção sempre que me olha, mas há algo por trás em como seus dedos batucam freneticamente na mesa e seus ombros parecem tensos.
— Trabalho acumulado? — pergunto abrindo meu notebook.
— Nossa, sim. — suspira — Tenho que avaliar esses documentos antes de encaminhar para Sun assinar e separar os que serão discutidos na reunião daqui a... — ela olha o relógio em seu pulso — 1 hora.
— São aqueles que te passei na semana passada? — a olho por cima da tela.
— Sim... — suas bochechas coram — Mas não que eu não já tenha os olhado, a maioria sim, apenas estou revisando algumas coisas importantes. — afirmo com a cabeça.
Durante a meia hora seguinte, ficamos trabalhando em silêncio, exceto pelo celular de S/N que vibrava com mensagens sobre a mesa. Minha curiosidade estava sendo atiçada, seu sorriso contido sempre que pegava o aparelho para ler me fazia questionar quem poderia ser.
— O que acha de sairmos para jantar hoje? — faço o convite assim que começamos a guardar nossas coisas.
Seus ombros ficam tensos e seus olhos me encaram um pouco arregalados, sem reação.
— Ah... Hoje não vai dar, Harry. Eu... Eu já marquei com uma amiga. — diz parecendo sem jeito em me dispensar.
Não consigo evitar a decepção, queria leva-la no restaurante novo que abrira a alguns dias atrás, mas acredito que não faltará oportunidade.
— Tudo bem. Nos falamos depois?
— Claro. — ela sorri e se aproxima ficando na ponta dos pés, deixando um beijo rápido em minha bochecha — Tenho que ir antes que me atrase. Até, Harry.
— Até, querida.
Inspiro fundo seu perfume que fica no ar me rodeando e tudo o que mais desejo é que um dia S/N e eu possamos passear juntos de mãos dadas, passar o dia em casa nos finais de semana maratonando a sua série favorita e à noite leva-la para sair.
Já se passa das nove da noite quando resolvo fazer algo diferente para comer, não quero pedir pizza e nem comida pronta, então me troco e ponho meu sobretudo antes de sair para ir ao mercado comprar os ingredientes que faltam na dispensa.
Na volta para casa, mudo um pouco o caminho para passar em frente ao restaurante que traria S/N.
Ele é sofisticado, bem iluminado e tem um toque rústico e aconchegante, há grandes janelões que dão visão para todo o ambiente de dentro, está consideravelmente cheio, garçons indo para lá e para cá, mas no segundo em que dou mais um passo para seguir meu caminho, eu a vejo.
S/N está lá dentro, mas não com uma amiga. O homem que a acompanha me parece familiar, puxo do fundo da minha mente de onde o conheço.
Ah, claro!
Hero, um amigo do tempo da faculdade. Não fazia ideia que ainda mantinham contato e ao que parece, já faz muito tempo.
S/N está linda, radiante e elegante. Na verdade, ela é assim todos os dias, mas agora, seus olhos parecem brilhar em direção a Hero, aquele brilho que desejo a tempos que fossem enviados a mim. Seu sorriso largo, a maneira relaxada em que conversa e em como deixa ele entrelaçar seus dedos por cima da mesa.
Ela parece feliz e meu coração acaba de perceber que nunca, nem por um segundo estive perto de conquistá-la.
Por um curto segundo seus olhos me encontram do lado de fora, sua expressão muda completamente, surpresa e assustada, quase como de uma criança que acabara de ser pega traquinando.
Arranho minha garganta e forço meus pés a seguirem o caminho de volta. Aperto a sacola de papel contra meu peito, não consigo explicar a tamanha decepção que me invade e se acumula em meu peito. Tenho vontade de chorar, de gritar, de me esmurrar por ter sido tão idiota, bobo e obcecado, sempre fazendo o possível para parecer interessante e ser o suficiente.
Tudo em vão, ela nunca me enxergou como mais do que um amigo.
Passo horas sentado no sofá da sala, meu coração está despedaçado, a vontade de preparar o jantar se esvaiu no momento em que a vi acompanhada de outro, e tudo o que eu sempre quis era ser o suficiente para ela.
A campainha toca uma, duas, três vezes. Não tenho vontade alguma de levantar para abrir poque sei que é ela. Li sua mensagem a meia hora atrás perguntando se poderíamos conversar. Não respondi nada.
— Harry, sei que está aí. Por favor, me deixe explicar. — sua voz é abafada do outro lado, mas posso perceber o tom de arrependimento.
Conto até dez antes de fazer o curto caminho até a porta e abri-la. Ela ainda está vestida como a vi no restaurante, mas agora um sobretudo branco cobre seus braços.
Seus olhos parecem aliviados quando dou espaço para passar. Fecho a porta novamente e me viro esperando pelo seu discurso de perdão.
— Harry, eu... Eu nem sei por onde começar.
— Que tal pelo momento em que me deixou acreditar que poderíamos termos mais do que uma amizade? — consigo dizer, mas meu tom é frio, sem emoção alguma além da de um coração partido.
— Nós nunca tivemos nada, apenas foi um beijo e amizade, você sabia. — seu sussurro é como um soco no estômago.
— E você sempre soube dos meus sentimentos por você, nunca te escondi isso.
— Harry...
— Não, S/N. Não! — passo a mão por meu cabelo, exasperado — Você não me deve explicações da sua vida, mas se tivesse o mínimo de consideração teria me chamado para conversar sobre estar saindo com outra pessoa ou então apenas não me deixasse ser um idiota iludido fazendo de tudo por você, na esperança de te conquistar um dia. — cuspo as palavras com toda mágoa que sinto agora.
— Eu sinto muito. Não queria magoar você, Harry. De forma alguma. — lamenta de cabeça baixa, brincando com seus dedos.
Tenho vontade de abraça-la, beijar sua cabeça e inalar seu cheiro doce e suave. Queria tanto que nada disso fosse verdade, que ela não tivesse me machucado.
— Você poderia ter me dito a verdade hoje cedo, quando te convidei para jantar. Poderia ter me desiludido logo ali. — suspiro pesado, sentindo meu peito apertado — Porque o que eu sempre quis foi ser o suficiente para você.
Ela me encara, seus olhos cheios de lágrimas, assim como os meus.
— Você não poderia ter se importado menos sobre alguém que te amava, S/N. — sinto elas escorrerem por meu rosto e permito, não me envergonho de deixa-la ver, S/N me conhece tão bem quanto a conheço, mas me questiono se realmente seja assim, porque ela saberia que eu preferiria mil vezes uma verdade que doesse do que uma mentira que me destruiria no final.
— Nunca quis quebrar seu coração.
— Eu diria que você quebrou muito mais do que isso. — sussurro de volta.
O silêncio nos envolve pelo que parecem ser longos segundos. Meu rosto está molhado pelas lágrimas incessantes que escaparam. S/N está triste, envergonhada de cabeça baixa a alguns passos de distância.
— Me desculpa de verdade, Harry. — diz levantando o rosto para me olhar — Eu iria falar com você, só precisava encontrar o momento certo. — uma risada fraca me escapa junto com meu balançar de cabeça.
Houveram tantos momentos, querida S/N.
— Não quero perder sua amizade, eu gosto de você, Harry. Você é meu melhor amigo. O que posso fazer para me perdoar? — engulo um nó que se forma em minha garganta.
Amigo, é apenas isso que sempre fui.
— Agora eu não quero sua simpatia. — digo seco — Eu só me quero de volta e pra isso eu preciso superar toda essa ilusão que criei.
Ela suspira e afirma fraco com a cabeça.
Abro a porta a convidando para sair, preciso ficar só, preciso sofrer sozinho tudo isso.
Ela caminha sem me encarar, mas para ao meu lado e fica na ponta dos pés, deixando um beijo em minha bochecha.
— Eu sinto muito. — sussurra ao se afastar e então ir embora.
Fecho a porta e encosto minha testa na mesma, choro como uma criança, imaginando o que fiz de errado.
Meu coração está em pedaços, apenas caquinhos espalhados por todo meu peito. Eu me deixo sofrer e sentir tudo isso por toda essa noite e talvez amanhã ou depois eu comece a juntá-los e remendá-lo.
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Me conte aqui o que você achou, seu feedback é muito importante para mim.
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1d-imagines-zayn · 3 years
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Amo seus imagines! Eu queria um com o Zayn, onde ele é tatuador, e a s/n vai fazer a primeira tatuagem dela e acaba rolando uma química entre os dois
Finalmente atingi a maioridade. O sonho de qualquer adolescente estava batendo a minha porta. Ao contrário do que muitos imaginam eu não queria entrar em baladas ou tirar minha habilitação, eu só queria fazer uma tatuagem, uma mera tatuagem que causou um tremendo alvoroço com meus pais quando disse sobre a ideia quando tinha apenas 15 anos. No fundo eu agradeço aos meus pais por isso, pois certamente hoje eu estarei arrependimento tendo em meu corpo um símbolo do infinito ou uma âncora bem próximo ao pescoço para o resto da minha vida.
Eu ainda não sabia ao certo qual desenho ia fazer mas sabia que queria no antebraço esquerdo.
 ...
 Procurei indicações com alguns amigos meus que eram tatuados e a maioria me indicou o mesmo lugar. Malik Tattos.
A faixada do local era cheia de luzes em led com escritos e alguns desenhos. Adentrei o lugar e me surpreendi. As luzes coloridas e o som ao fundo causavam uma pegada mais punk e ao mesmo tempo moderna.
— Oi — um homem atrás de um balcão me cumprimentou
— Oi — fui até ele sorrindo — Eu agendei uma tatuagem para hoje, meu nome é S/n
— Claro, pode se sentar ali S/n — apontou para a cadeira ao centro do lugar
Me sentei ali esperando por aquele homem, que acreditava ser o tatuador. Ele tinha um cigarro entre os dedos e eu o esperava enquanto ele tragava a fumaça.
Seu corpo era todo preenchido por tatuagens, desde seu pescoço até os braços, uma mais inusitada que a outra; números aleatórios, caveiras e um zap bem grande naquilo tudo. Não pude deixar de notar um piercing em seu nariz e orelhas.
— E então — colocou o cigarro sobre o cinzeiro e veio até mim — Já sabe o que quer fazer? — perguntou, sua voz tinha um tom suave e encantador
— Ainda não sei mas quero que seja aqui — respondi animada mostrando meu antebraço
Ele riu e me entregou um enorme caderno de capa preta.
— Você pode dar uma olhada se quiser, aqui tem várias inspirações — sugeriu folheando o caderno — É sua primeira?
— Sim — respondi observando as figuras do caderno — Eu gostei dessa — apontei para uma borboleta
— É linda, vai combinar com você — sorriu
Certo. Quando pedi indicações aos meus amigos não imaginei qual seria a indicação mas por um momento eu pensei em perguntar se o tatuador viria junto com a tatuagem. Aquele homem era lindo. Sua voz e seu jeito de sorrir estavam me alucinando.
Ele começou a esterilizar os produtos enquanto eu o observava da cadeira. Por um segundo me esqueci do nervosismo por fazer a primeira tatuagem.
— Tudo bem? — perguntou me encarando enquanto passava um pano molhado sobre o local que estava prestes a tatuar. Seus olhos eram dourados, não castanhos ou mel, eram dourados como ouro. — Está com medo?
— Um pouco — admiti — Vai doer? — perguntei
— A dor é bem relativa. Algumas pessoas sentem e outras não. Eu mesmo já não sinto mais nada — brincou
— A quanto tempo fez sua primeira? — perguntei curiosa olhando os traços coloridos pelo seu corpo
— Um bom tempo — respondeu — Tempo o suficiente para isso tudo — ergueu a camiseta branca que usava mostrando um corpo extremamente gostoso repleto de desenhos. O coração em sua cintura foi a que mais me chamou atenção.
— Meu Deus — fiquei boquiaberta
— É divertido — riu analisando seus próprios traços no espelho — Vamos lá? — perguntou ligando a caneta
O barulho do motor da caneta me causou arrepios, encolhi meu braço e olhei assustada.
— Calma linda — sorriu e me derreti ao ouvir aquelas palavras — Vou com calma
Respirei fundo e estendi novamente meu braço sobre o apoio. Ele puxou sua cadeira ao meu lado e passou a pressionar a caneta contra minha pele. Fechei os olhos sentindo os primeiros traços. Era como umas cócegas, como se estivesse beliscando meu braço com as pontas das unhas.
— Tudo bem? Alguma dor? — perguntou concentrado nos traços que fazia
— Tudo bem — suspirei
— Qual sua idade?
— Eu acabei de fazer dezoito — minha voz saia falha devido ao incomoda que eu sentia
— Ohh — sorriu me olhando — Meus parabéns
— Obrigada — sorri olhado a borboleta tomar forma sobre minha pele
— Está ficando lindo, tenho certeza que irá gostar. É bem delicada como você — piscou
Eu não sabia exatamente o que falar, só o quanto eu sentia atração por aquele homem. A segunda asa estava sendo feita e vez ou outra ele cantava junto com a música que tocava. Sua voz era linda.
— Quer uma água? Alguma coisa? Pego para você — ofereceu
— Não, obrigada — sorri
Seus olhos dourados vez ou outra se cruzavam com o meu e ele me encarava de forma sedutora, era como se ele tentasse me hipnotizar o que não estava sendo difícil.
— Só mais esse detalhe — afundou a caneta próximo a asa — E finalizamos
Ele passou um pano com espuma sobre o desenho e eu fiquei encantada. Havia ficado lindo da forma que eu imaginava, ele era muito talentoso.
— Ficou maravilhosa — eu olhava admirava para o desenho no meu braço — Seu trabalho é incrível, meu Deus
— Fico feliz que tenha gostado — riu guardando os acessórios — Você foi ótima para sua primeira.
— Quanto é? — me dirigi com ele até o balcão para fazer o acerto
— Fica como presente de aniversario — riu — E espero que volte mais vezes, foi um prazer conhecer você, linda — piscou e eu perdi o meu chão. Aquele homem era tudo.
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say-narry · 3 years
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mulheeer, eu tô AMANDO sua escrita, por isso eu queria pedir um com o niall, onde a s/n é amiga da noiva do liam, e um dia o liam e a maya vão almoçar com os amigos e entre eles está a s/n. o niall tá no restaurante e passa pra cumprimentar o casal, acha a s/n linda e depois pede o número dela pro liam, ai o resto é com vc kkkk
Oi amigues! Muito obrigada por acompanhar e espero que tenha ficado próximo do que você imaginou! Dê sua opinião como devo continuar...!
✨ PRIMEIRO PEDIDO COM O NIALL ✨
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Miam’s bff
Lembro-me de conhecer Liam e sua noiva Maya em uma premiação a qual nós estávamos participando. Ele foi responsável por entregar o prêmio de melhor artista solo no VMAs, a partir dali fozemos uma colab e Maya se tornou uma de minhas melhores amigas por termos idades próximas.
Íamos almoçar num novo restaurante em Los Angeles, eu tinha acabado de encerrar uma turnê e engataria num filme nos próximos dias, então aproveitei para encontrar meu casal de amigos.
“Como se sente, (S/A)? Depois de uma turnê mundial e gravação do filme para Netflix?” Liam perguntou depois de ajeitar a cadeira pra Maya, tão fofo!
“Ah me sinto empolgada, ver a Wembley Arena lotada por minha causa é uma sensação de arrepiar, você sabe!” Comentei mexendo o canudinho no meu suco de abacaxi.
O restaurante era de comidas vegetarianas, o local era simples, arejado e recém inaugurado.
“Mas me diga o que eu quero ouvir, amiga!” Maya deu um empurrãozinho no meu braço e sorrimos “E o Evans?”
Chris Evans e eu tínhamos um casinho, desde que soubemos que íamos atuar juntos, resolvemos estreitar laços, o que foi ótimo! Ele era educado e gentil, seus olhos azuis e sua barba era algo que fazia me derreter... mas ele ainda não tinha conseguido me conquistar totalmente, tinha algo faltando.
Desde o início da carreira, todos sabíam que meus relacionamentos eram extremamente secretos e quando vazava algo, sabíam que eu daria um jeito de me livrar. Era algo como auto proteção, pois eu nunca quis meu nome envolvido com alguém que não fosse meus colegas de profissão. A mídia era má e eu não queria dar créditos à eles.
“Nada de novo! Ele foi em um show meu em Boston, saímos pra jantar e só.” Desviei o olhar para Liam que gargalhou em seguida de Maya, eles me conheciam bem. “American ass foi bom?” Maya questionou e o sorriso de Liam sumiu, fechando a cara e cruzando os braços, foi a minha vez de rir “Foi demais, amiga, mas acho que falta algo!” suspirei vendo o tablet que continha o menu do restaurante “Amiga, a questão é que você é suficiente pra si mesma, não é que falta, você é completa.” Maya disse piscando seus longos cílios e eu abracei de lado.
Ela sabia de tudo do meu passado, Liam também sabia mas evitava ao máximo mencionar, o que era melhor ainda pra mim. Não era a toa que ambos eram meus melhores amigos.
🥗🥗🥗🥗
“Eu sou Niall Horan.” Me coloquei em frente a recepcionista e ela sorriu, já sabendo daquilo.
Eu e Lewis, estávamos na entrada do novo restaurante vegetariano de L.A. Era um ambiente aberto com muito verde, as pessoas não pareciam ligar para quem nós éramos e me deixou menos apreensivo.
“Bem vindo, Sr. Horan e Sr. Capaldi, por aqui, por gentileza!” A hostness nos encaminhou para dentro do restaurante até uma mesa próximo das janelas, mostrando um jardim com dezenas de flores coloridas.
Logo pedimos uma cerveja e começamos a conversar. Lewis sempre olhava para uma mesa atrás de nós e aquilo estava me incomodando.
“O que perdeu, Lew?” Comentei já estressado, o cara de bochechas gordinhas me olhou tímido e indicou com a cabeça, me apoiei na mesa e na cadeira curvando meu corpo.
Oh... era (S/N)
Eu já tinha a visto inúmeras vezes nas premiações, ensaios fotográficos em revistas e em entrevistas. Ela com certeza era a mulher mais atraente, talentosa e inteligente do show business atualmente. Sempre seu nome estava acompanhado dos termos como gentileza, simpatia e humildade, tudo que eu estava procurando numa mulher depois de Amélia.
Tínhamos ficado um bom tempo juntos, as escondidas pois ela não queria se tornar uma figura pública e eu ainda estava na minha carreira de músico, ela não aueria ceder e eu também não, então decidimos tomar rumos diferentes e lá estava eu.
“Se liga! Olha quem está ali com ela!” Ouvi Lewis e ele tocou meu braço e apontou discretamente para o homem tatuado que por anos foi meu irmão de banda.
Assoviei e gritei “Payno!” e logo as atenções foram para nós, inclusive a dela.
Ótimo!
Liam caminhou até mim, Lewis e eu nos levantamos e trocamos cumprimentos, eu não me recordava que (S/N) estava com Liam, mas ver Maya acenando discretamente para mim, me fez lembrar que ele era melhor amigo de (S/N) assim como sua noiva.
Bingo!
“Faz tempo que não nos falamos! Parabéns pelo novo álbum!” Dei um tapinha em seu braço e Liam concordou “Muito obrigado! Depois da pandemia, vivemos na correria! Parabéns também pelo novo álbum, ainda não consegui ouvir, mas Maya disse que está incrível.” Liam comentou “Falando nisso, vamos até lá! Se quiserem se juntar a nós.”
Liam foi na frente e eu apenas olhei de canto de olho, Lewis tinha ficado como um pimentão, ele sabia do meu interesse em (S/N) e agia como um adolescente em pleno hormônios nessa situação, ainda mais depois de duas cervejas.
Caminhamos até a mesa delas, (S/N) comentava algo sobre “Ele” e “suficiente” o que fez meu estômago dar uma volta. Assim que chegamos, ela e Maya se levantaram e nos cumprimentamos “Sou (S/N)! Prazer em conhecê-lo pessoalmente!” Ela disse e eu só queria pega-la e sair dali pra fazer amor a noite toda. (S/N) usava um vestido azul escuro de tecido de moletom e uma bota cano curto com um oculos escuros complementando seu cabelo solto.
Seus braços passaram pelo meu pescoço momentaneamente em um abraço rápido e rezo para que ela não tenha sentido o volume em minhas calças depois daquele pensamento.
Simpática, linda, talentosa e afetuosa. Eu a queria mais do que tudo. Ela era menor do que eu pensava, mas se encaixava perfeitamente nos meus braços.
“Por favor, mais duas cadeiras aqui!” Liam
pediu ao garçom e segundos depois, já estávamos sentados.
Ela estava entre Maya e Lewis que queria rir da situação a cada segundo, mas se concentrava em fazer pose e cara de paisagem. Eu estava do lado dele que o cutucava vez ou outra para que ele trocasse de lugar comigo.
Amigo da onça.
“Vamos pedir?” Maya sugeriu e concordamos, dois garçons vieram nos atender e (S/N) falava calmamente e inclusive havia tirado uma foto com eles e gravado um vídeo. Ela realmente era uma boa pessoa mesmo no ápice da fama.
“Então Lewis, vai entrar em turnê, certo?” Ela perguntou cruzando as pernas e apoiou o rosto na mão esquerda.
Ele fez uma cara de assustado e engoliu em seco, ele não estava preparado para aquilo. Ele não sabia lidar com mulheres bonitas.
“Ah, vou... daqui duas semanas... mas porque perguntou?” Ele entortou a cabeça desconfiado e (S/N) se encolheu, levemente constrangida “Não me ache uma fã louca, eu li na sua entrevista para Rolling Stones, desculpe não quis parecer encherida!” Ela sorriu sem graça e eu pisei no pé de Lewis por debaixo da mesa.
Eu falaria todas as datas dos meus proximos show com todas as localizações de acordo com o meridiano de Greenwich se ela quisesse, mas Lewis bebado tinha que deixa-la constrangida.
“Não ligue, (S/N)! Lewis já está na terceira long neck da última meia hora!” Pisquei e ela foi ainda mais para o lado de Maya, abaixando o olhar, concordando.
“Pode me chamar de (S/A)... enfim, me desculpa.” Ela sorriu rapidamente e pediu licença para se levantar da mesa.
Vi ela se afastar e entrar para um corredor, provavelmente para o banheiro.
Percebi que Liam e Maya estavam distraídos no celular dela e puxei o braço de Lewis para que a atenção dele se voltasse pra mim.
Colocando o tablet cubrindo minha boca “Mas que porra foi aquela? A mulher sendo simpática e você assim? Troca de lugar comigo!” Sussurrei e Lewis sorriu bobo “Você deixa ela nervosa....” ele soltou uma risadinha e quase caiu quando se levantou para trocar de lugar comigo.
Revirei os olhos e trocamos de lugar, sem muita demora, (S/A) voltou e pareceu ainda mais decepcionada pela nossa troca.
Ela não poderia estar afim de Lewis... Poderia na verdade, mas eu estava ali e pronto pra ela.
🥗🥗🥗🥗
Já estávamos na sobremesa e ela não tinha dito mais nada, por vezes ela sussurrava algo para Maya ou ria de algo no celular, mas nem trocamos meia duzia de palavras.
Liam pagou a conta de todos nós, ao contrário do cumprimento de início, ela só se despediu com um aceno e abraçou Maya, um cara alto a acompanhou, o que eu deduzi ser o segurança dela.
Estávamos saindo do restaurante, Maya ria de Lewis enquanto ele choramingava de dor no estômago por ter ingerido um pouco de verduras e frutas.
“Liam!” O chamei e ele se virou “Me passa o número da (S/A)?”
Liam fez um vinco em sua testa e me encarou “Ah, não acho uma boa ideia...”
“Porque não?” Retruquei.
“Oh Niall, ela é minha melhor amiga e convivi tempo suficiente pra saber o que você faz com os números das mulheres... você se quer salva em seus contatos!” Liam colocou as mãos dentro de suas jeans escuras.
Foi a minha vez de fechar a cara “Você também, Liam! Só tinha o rostinho de bom moço!” Comentei e ele riu, quebrando o clima. “Sim, mas é que ela é como uma irmã pra mim e pra Maya, não quero vê-la chorando por você, senão eu serei obrigado a destruir nossa amizade no soco!”
Revirei os olhos e concordei “E se ela quebrar meu coração?” Fiz bico e começamos uma lutinha, dando risada “Ai você escreve uma música pra ela!” Liam desbloqueou o celular e me mostrou uma sequência numérica.
Peguei meu smartphone e salvei seu número em meus contatos.
Me despedi de todos e fui diretamente para meu carro, junto com meu segurança e Lewis, enquanto uma enchorrada de fleshs dos paparazzis batiam contra nós.
🥗🥗🥗🥗
“Vai ligar pra ela?” Lewis estava encolhido no enorme puff da sala de estar do meu apartamento.
Por vez eu abria seu contato e bloqueava o celular.
Eu havia trocado de roupa, colocando uma mais confortável, a TV estava ligada num volume baixo e eu estava sentado com os pés apoiados na mesinha de centro, que se mexiam involuntariamente enquanto eu pensava.
“Talvez.” Respondi desbloqueando novamente o celular.
Eu deveria ligar e dar a chance dum amor correspondido ou apenas deixar pra lá e escrever uma música sobre isso?
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nct-daehwi-blog · 7 years
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❛ ⊰ ✦ feelings. ❜
❛ ⊰ ✦ @nct-youngwoo. . ❜
Sentimentos nem sempre eram bons e, no caso de Daehwi, sempre que ele se via tomado por eles, eram ruins, sombrios. Mesmo que tentasse lembrar de todas as coisas boas que haviam lhe acontecido ao longo dos seus dezenove anos, era de sua natureza estar em constante estado de crise. Mesmo antes da transformação, quando, tecnicamente, não tinha nada que pudesse levá-lo a sofrer, Daehwi continuava estagnado no mesmo lugar por horas, sem conseguir erguer-se para que arrumasse o quarto; não até que seu irmão lhe puxasse, colocasse um sorriso em seu rosto e o fizesse trabalhar. Alguns chamavam de preguiçoso, outros dependente e até mesmo vadio, mas todos dentro de casa sabiam o que era, embora ninguém se pusesse a falar a realidade. Então quando, após a transformação, ele se viu cada vez mais no poço sem fundo, sabia que não devia ser diferente e lentamente sentia-se acostumado àquilo. É claro que estar com Yehwa, Youngwoo e seus 14 animais de estimação fazia com que os sentimentos de dor, perda, saudades e vazio se amenizassem, mas aquilo não era para sempre. Tinha consciência que em algum momento teria que fazer sua própria vida, mas também não conseguir como o faria. Um suspiro alto escapou por entre seus lábios enquanto estava sentado em um banco próximo a uma das janelas. No celular, que apoiado na janela, Breathe, de Lauv, tocava baixo mas era o suficiente para fazer Daehwi desligar do mundo real. Esperava estar sozinho em casa naquele instante antes que acabasse mais uma vez preocupando a todos; mas foi difícil não fechar os olhos enquanto apoiava o rosto em seu braço.
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coragemparasonhar · 3 years
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Coragem para Sonhar
Não é uma despedida, é apenas um desabafo — mas não de uma escritora de fanfics, mas da Evellin: Lliz, mulher, amiga e mãe escritora de fanfics que muito sente falta daqui e muito é grata a vocês.
Strong soa pelos meus fones de ouvido agora, e mesmo não sendo a música mais adequada para uma leitura tão longa, crua, real, é a única que consegui ouvir durante toda a escrita. Eu devo isso a vocês.
Lembro de estar na minha casa, deitada, quase perto da hora de dormir, quando lembrei dos meus tempos de fanfiqueira de anos atrás. Apesar do tumblr ser muito mais conhecido, valorizado e acessado nesses mesmos tempos, o blogger era a rede dos imagines! – dos mini imagines e dos facts sobre os artistas, também. Eram blogs pouco personalizados ainda, mas com muito conteúdo, muita animação, várias moderadoras, várias histórias, todo mundo soltando a imaginação adoidado. Eu estava lá no meio, claro hahaha. Primeiro como leitora e depois, num surto de coragem e desejo de compartilhar minhas ideias de belieber apaixonada, como escritora.
Contudo, ainda não foi aí que tudo começou pra mim.
Já no Orkut, 2009, em algumas comunidades que eu criava, me recordo de escrever aleatoriamente pequenas histórias com o Justin Bieber. Tinha até alguns participantes que interagiam bastante e eu, no auge dos meus 10 anos, me sentia a escritora mais legal do mundo. O mesmo aconteceu quando eu criei o blog e em pouquíssimo tempo tinha mais de 300mil visualizações e só aumentava, crescia, subia. Inclusive, foi meu trabalho de empreendedorismo no 1º ano do ensino médio e eu consegui uma bela nota dez por anos de dedicação. Mas nessa época, a 1D já tinha dominado minha vida há anos, os blogs não faziam mais tanto sucesso, o Nyah! Fanfiction e o Spirit Fanfics e Histórias (que nem esse nome tinha ainda, na verdade) já estavam dominando tudo e eu não me sentia boa o suficiente para publicar nada em nenhuma dessas plataformas. Com muita dor no coração, exclui meu o meu tão amado blog de imagines com o Bieber, o blog com a 1D recém criado e foquei em ser apenas uma fã que estava concluindo o primeiro ano. 
Eu sei que vocês irão perguntar o nome do blog hahaha. Infelizmente não há mais nenhum registro legal dele ou das minhas histórias, mas seu título era “Evellin Bieber Raymond Brown” – sim, gente, eu tinha 11 ou 12 anos e era fã do Justin Bieber, Chris Brown e Usher e juntei tudo 😅 – e o outro era o mesmo daqui: “Coragem para Sonhar: Imagine com a One Direction”. 
Apesar do nome bem exótico, eu fui muito feliz. E o que me manteve em dia com minha imaginação e amor depois que abandonei a escrita, foram os tumblrs e as meninas que não pararam quase que em nenhum momento durante todos esses anos. Vi muitas abandonarem as contas em 2016 e nunca mais voltarem – o que é compreensível, obviamente, o baque foi muito grande para todas –, e vibrei MUITO com quem decidiu voltar mesmo que fosse só para publicar com seu preferido. 
Eu também abandonei o barco com a entrada na universidade em 2017. Além do tempo extremamente corrido, a minha melhor amiga fanfiqueira, directioner e que me entedia como ninguém – a ponto de curiosidade, é por causa dela, Nnez, que vocês me conhecem como Lliz –, não estava ao meu lado fisicamente nessa fase; chegou, infelizmente, naquele momento em que o grupo de amigas seguem seus caminhos e toda a comunicação depende de várias agendas livres. Sofri muito.
Em 2018, me apaixonei, engravidei e tive um filho no início de 2019. Acho que foi um dos momentos mais tensos e feliz da minha vida, não me importava com mais nada, sabem? Foi mágico! Sofri feito uma doida para colocar para fora? Sofri. A gestação foi complicada? Demais. Passaria por isso de novo? Nem lascando. Paguei a língua sete meses depois? Paguei. É... Sete meses após o nascimento de Luiz, mesmo usando o DIU, eu engravidei novamente. Foi o susto² e eu pensei que iria morrer ao ver o positivo naquela tirinha barata de um teste de farmácia. Não consigo descrever o que eu pensei, o que eu queria fazer e ao menos lembro o que de fato eu fiz na hora, mas eu nunca vou esquecer o que veio depois.
Não sei quais eram os planos de Deus para mim naquele ano, mas por dois meses eu carreguei felicidade. Até o momento em que o doutor me disse que nada mais havia ali e que eu abortaria naturalmente em algumas semanas, eu só conseguia sentir felicidade. Doeu muito, muito mesmo. Não foi natural, nem tudo queria sair, eu sofri por semanas até ser necessário retirar cirurgicamente o que tinha ficado do meu pacotinho de felicidade. E sofri por mais semanas tentando entender os porquês; tentando entender o porquê de não poder viver aquela felicidade de novo, mesmo que não tenha sido planejada.
Eu queria me acabar ali, mas esse tumblr salvou a minha vida em novembro de 2019.
Lembro de estar na minha casa, deitada, quase perto da hora de dormir, quando lembrei dos meus tempos de fanfiqueira de anos atrás e senti vontade de pensar em outra coisa pela primeira vez em muitos, muitos dias. Corri pra cá, criei uma conta, procurei pelas minhas favoritas e por qualquer história que pudesse me levar para longe da minha realidade e eu encontrei... muitas. E depois de três, quatro madrugadas lendo e sonhando, enviei mensagem para Nnez: eu tive coragem para voltar para as histórias. Ainda bem.
Embarquei de cabeça e, UAU, como eu sentia falta de tudo isso. Eu acordava feliz, dormia feliz, eu tinha um propósito, uma ocupação por amor, amigas, leitoras, entendem?! Eu não estava sozinha. Nunca. Eu sabia disso.
Mas 2020 trouxe mais do que uma pandemia para minha vida. Ele trouxe de volta tudo aquilo que isso aqui me ajudou a esquecer...
Entre a vida e a morte em abril, de novo.
Eu não sabia o que pensar, foi tudo de repente. Uma hora eu estava aqui, publicando, pouco tempo depois eu estava correndo para uma sala de cirurgia e mandando notícias para vocês mesmo sem saber ainda, de fato, o que tinha acontecido. Publiquei até um preference enquanto estava me recuperando no hospital, lembram? Mesmo sem entender, tudo parecia em ordem. Eu estava viva, apesar de perder uma parte de um órgão. Eu estava viva! E por alguns meses nada me fez mudar, nem mesmo o trabalho. 
Eu estava determinada, forte, juntando moedinhas para comprar um notebook novo, resolver os problemas com meu celular e nem o episódio “romance destruído” que aconteceu na minha vida, foi capaz de me afastar daqui. Até que... Aconteceu de novo.
A biópsia indicava o que os médicos desconfiavam e eu custei a acreditar quando me alertaram sobre a possibilidade. Eu não fiquei entre a vida e a morte porque tive uma infecção ou coisa parecida; eu fiquei entre a vida e a morte porque estava grávida e, mais uma vez, não tinha conseguido gerar o bebê. Ele havia se fixado nas trompas, era uma gravidez ectópica, não iria para frente de qualquer maneira. E como eu não havia desconfiado de nenhuma gravidez por estar me cuidando, o sinal para a percepção de algo errado foi uma hemorragia grave com o rompimento da trompa esquerda, dividindo por mais que a metade as chances que eu tenho de engravidar novamente de maneira saudável e aumentando em vários por cento as chances desse tipo de gestação acontecer novamente. 
Eu juro, eu só queria sentar no chão, chorar e morrer ali mesmo. Nada mais fazia sentido pra mim. Tudo, a partir dali, daquele dia, daquela notícia, não importava mais pra mim do pior jeito possível. Eu me sentia culpada, incapaz e achei que Deus e minha Deusa estavam me castigando da pior maneira existente e a que mais poderia me machucar. Será que era por que eu dizia que não queria mais ser mãe? Foi algum erro meu? Se sim, o que eu fiz? Se não, por que me fazer sofrer tanto fisicamente, psicologicamente e emocionalmente? Por um momento, eu senti minha fé escorrer pelo meu corpo e nada de bom ficar dentro de mim. 
A minha alma doía, meu corpo doía, eu não queria estar presente nem em espírito. Eu não conseguia abrir o notebook para estudar, para ler; não conseguia entrar e fazer nada das coisas que me traziam felicidade. Me afundei completamente em qualquer coisa superficial e real que me fizesse esquecer que eu precisava existir.
Me sentia fraca.
Eu tentei tanto voltar, tentei tanto escrever, mas nada de bom saía porque eu não estava bem para fazer o que só a Lliz feliz, saudável e bem com ela mesma poderia fazer.
Por várias semanas, meses, eu pensei que esse momento nunca chegaria de novo, sendo bem sincera; mas algo me dizia, diz, que eu jamais conseguirei voltar a ser quem sou, se eu não estiver aqui.
Eu li cada ask, cada umazinha delas, com todo o amor e saudade desse mundo. Cada “volta”, “saudade”, “você está bem?”, “não esquece da gente”, “manda notícias”, cada uma mesmo. E minha vontade durante todo esse tempo era de responder vocês, em CAPS LOCK, para gritar toda a falta que sentia e apoio que vocês estavam me dando durante todos esses meses que precisei cuidar de mim. Vocês foram incríveis sem saber, me apoiaram e ajudaram a salvar a minha vida. Eu nunca me senti tão importante e amada apenas por ser eu mesma e por compartilhar o que eu amo fazer. Eu nunca serei grata o suficiente, nunca amarei vocês o suficiente. 
E eu espero, do fundo do meu coraçãozinho, que ainda caiba um pouco de Lliz por aqui, porque vocês me fizeram ter coragem para voltar. 
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hstyles-imagines · 4 years
Note
Amore sei que Harry é padrinho, vc poderia fazer de um em que os pais saiam para jantar e ele é S/n ficam cuidando da criança? Depois que li professora estou apaixonada em Harry e crianças
Espero que goste! :)
Aproximadamente 1500 palavras. 
FOFO
Levemente inspirado nesse imagine: Daddy For a Day.
Lil Bug.
Desde que aceitou atuar em Don’t Worry Darling seu tempo se tornou cada vez mais escasso e momentos simples – como almoços na casa de sua mãe, encontros não planejados com amigos, viagens e tardes preguiçosas com a namorada e até as poucas horas durante a semana em que ele gostava de ficar sozinho para escrever sua música – tiveram que ficar em segundo plano.
Então, quando Mark comentou que estava procurando por uma babá para ficar com o pequeno Lucca, afim de ter um dia sozinho com a esposa, sua resposta instantânea foi se oferecer para o trabalho. Tinha terminado as gravações do longa-metragem há alguns dias e estava aproveitando todos os pequenos momentos. – Já havia visitado a mãe e irmã em mais oportunidades do que conseguia contar, encontrado com seus amigos diversas vezes e tinha feito questão de ter a namorada ao seu lado em todos os momentos possíveis. – Algumas horas mimando o filho de dois de seus melhores amigos só iria deixa-lo mais feliz.
“Obrigado mesmo, Harry. Nós não temos um tempo só pra nós dois desde que esse monstrinho nasceu.” Mark disse e Harry riu recebendo o bebê de 11 meses em seus braços. Lucca balbuciava sons incoerentes e tinha as mãos enterradas nos cabelos de Harry que ria enquanto tentava apoia-lo melhor em sua cintura.
“Ei, não chama o nosso bebê de monstrinho.” Cloe, esposa de Mark, reclamou enquanto passava a bolsa do menininho para Harry que a agarrou desajeitado. Ele ama bebês mas não é como se ele fosse expert neles. “Mas obrigada, Harry. Nós estamos precisando de um tempinho sem fraldas ou mamadeiras.” Ela riu.
“Não se preocupem, eu já estava com saudades desse pequeno.” Reafirmou. Por sua agenda caótica e compromissos pessoais era difícil reservar tempo para todas as pessoas queridas em sua vida, e com Mark e Cloe morando do outro lado de Londres ficava mais difícil ainda dele encontrar com o bebê em seu colo – que não é seu afilhado, mas é amado como se fosse.
“Tem duas mamadeiras prontas na bolsa, algumas fraldas e as pelúcias que ele não consegue dormir sem.” Cloe disse acariciando a cabeça do filho. Sabia o quão bom Harry é com crianças mas era a primeira vez que deixava o seu menino sozinho com alguém que não fosse seu marido ou mãe e não conseguia deixar de sentir receio. Coisa de mãe de primeira viagem. “Ah, o cobertor que ele ama tá na parte maior da bolsa, e tem alguns potinhos de frutas e de verduras processadas se as mamadeiras não forem suficiente-...”
“Cloe, relaxa!” Harry interrompeu a amiga no meio da frase, sabia que ela continuaria falando e que no final inventaria alguma desculpa para desistir do encontro e ficar com seu bebê. “Eu costumava cuidar da Lux quando ela tinha essa idade. Pode não parecer, mas eu sei o que eu ‘tô fazendo.” Ele sorriu quando viu a expressão dela suavizar.
“Ok, ok. Confio em você.” Depois de agradecerem mais uma vez, Cloe e Mark se despediram e logo só restava Harry e Lucca na sala.
“Perece que somos só nós dois, uh?” Harry disse em um tom de voz ridículo enquanto ia com o menino até a sala. “Acho que a gente vai se divertir.”
//
Lucca é o bebê mais engraçado que Harry já conheceu. Ele ria de tudo e na maior parte do tempo era facilmente entretido com os brinquedos que Harry havia espalhado pelo chão. Por isso, Harry se quer notou as horas e sorriu surpreso quando viu S/N, sua namorada, tirando os sapatos e o casaco no hall de entrada da casa que dividem.
“Oi, amor.” S/N disse se aproximando para deixar um beijinho em seus lábios. “Oi, bebê?” Ela sorriu confusa ao perceber o bebê que a encarava curioso. “Quem é esse?” Perguntou se sentando ao chão junto a eles. – Lucca engatinhou depressa para mais perto de Harry, tímido pela presença da moça.
“Esse é o Lucca. Diz Oi, Lucca.” O bebê – que ainda não sabia falar muita coisa além de ‘Mama’ e ‘Dada’ – apenas deu um gritinho e escondeu ainda mais o rosto atrás do braço de Harry. “Ele é o filho do Mark e da Cloe. Nós fomos visita-los quando ele nasceu, mas acho que vocês não tiveram oportunidade de se encontrar desde então.”
“Ah! Eu lembro dele.” S/N pegou a girafa de rodinhas que estava perto de um de seus pés e, hesitante, se aproximou mais do menino, afim de ganhar sua confiança. Ela sempre gostou de crianças – e com certeza pensa em ser mãe dali a alguns anos – mas sempre se sente intimidada quando tem que interagir com elas pela primeira vez. “Ele era tão pequenininho, não pesava quase nada.” Riu lembrando de quando o conheceu meses atrás e o segurou por alguns minutos.
“Tudo que eu consigo lembrar é do quão nervosa você ficou quando a Cloe perguntou se você queria segura-lo.” Foi a vez de Harry rir com a memória. A cena era hilária e a coisa mais fofa que ele já tinha visto. – S/N estava tão nervosa que teve que se sentar na cadeira de amamentação para segura-lo, e desde então Harry teve certeza que tinha encontrado a mãe de seus filhos, ele só não tinha contado para ela. Ainda.
“Ei! Não é todos os dias que eu seguro um recém-nascido. Eu mereço um desconto, uh?” S/N retrucou enquanto Lucca, ainda tímido, brincava com a girafa. O menino, que aos poucos se aproximava de S/N, continuava emitindo sons incompreensíveis e rindo quando ela apertava suas bochechas ou tentava fazer cosquinhas em sua barriga.
“O que te fizer dormir à noite, lovie.” Harry sabia que o bebê iria gostar dela.
//
“Você pensa em ter filhos?” Harry perguntou enquanto preparava alguma coisa para o jantar. “Quero dizer... você pensa em ter filhos comigo?”
S/N - que estava sentada em um dos banquinhos que ficavam próximo a bancada da cozinha com Lucca adormecido em seus braços - levantou a cabeça, confusa por alguns segundos, para encara-lo. Não esperava que ele fizesse aquela pergunta de forma tão repentina, e muito menos enquanto estivesse com um bebê babando em seu ombro. “Hum... Talvez...” Ela inclinou a cabeça um pouquinho e sorriu. “Eu gosto da ideia.” Completou.
“Eu acho que você vai ser ótima com os nossos filhos.” Harry disse se aproximando dela com uma colher em mãos para que ela experimentasse o molho que estava preparando. As bochechas de S/N coraram com as palavras do rapaz, que depois de ter sua receita aprovada por ela, voltou a prestar atenção em suas panelas.
“E você? Pensa em ter filhos comigo?” Ela perguntou tímida – mesmo tendo a resposta nas entrelinhas.
“Uhum... Você é a melhor mãe que eu poderia escolher para os meus filhos. Eu tenho certeza.” Respondeu simples como se apenas estivesse constatando um fato – e para ele, realmente estava. Eles tinham tudo para serem ótimos pais; uma relação saudável, se amavam loucamente e vontade de fazer dar certo. Harry tinha certeza que, apesar da ideia de ser responsável por uma vida ser assustadora, era isso que ele queria para seu futuro com ela.
Harry se aproximou dela mais uma vez e puxou seu rosto para um beijo. Não via a hora de ver a mistura deles nos braços dela, ele sentia seu corpo esquentar apenas com o pensamento.
Eles estavam tão imersos em seu pequeno momento que não ouviram a porta ser aberta ou o bebê no colo de S/N acordar, apenas saíram de sua pequena bolha de sonhos quando o Lucca gritou animado.
“Mama, Ma-...”
//
“...-ma.”
S/n piscava devagar acordando de seu sono, o relógio que ficava na mesinha ao lado de sua cama marcava 4:17 da manhã. Tinha acabado de voltar da viagem que fez com Harry à Itália para comemorar seu aniversário de casamento e estava exausta, só queria dormir por mais algumas horas.
“Bebê!” Ela riu quando viu seu filho de 3 anos subir desajeitado em sua cama. “Por que você tá acordado, amor?” Perguntou baixinho tentando não acordar o marido que dormia ao lado e tinha um de seus braços a puxando para mais perto.
“Ainda ‘tô com saudade.” O menino disse tentando se espremer entre o pai e a mãe – Theo havia ficado com Anne no final de semana que passaram fora, e desde que chegaram não havia saído do lado dos pais, foi quando o sono o rendeu que Harry o levou até seu quarto.
“Ei! O que aconteceu?” Harry acordou um pouco assustado com os movimentos da esposa e do filho mas logo se acalmou ao ver o menino esconder o rosto no pescoço da mãe e enterrar uma de suas mãos nos cabelos dela. Ele com certeza era um ‘mommy’s boy’. “Lil bug quer carinho? Uh?” Brincou – mesmo no escuro Harry conseguiu ver Theo fazendo que sim com a cabeça – chegando mais perto ele deixou um beijo nos cabelos do filho e se juntou ao abraço.
“Eu amo você.” S/N sussurrou estendendo uma das mãos para acariciar o rosto de Harry.
“Eu também te amo.” Ele respondeu beijando a palma da mão dela. “E eu amo que você tenha dado ele pra mim.”
//
All the love. x
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mydearfulana · 3 years
Conversation
Bianca,
isso não é um ataque, talvez não seja um convite para a paz, é uma despedida.
A tentativa de te escrever algo é ainda dolorosa, pois é quase vã a possibilidade de ser ouvida.
Escrevo agora, pois sinto que já deu continuidade a sua vida e logo ja estará em uma relação, portanto não quero reaparecer depois de anos com mágoas ou situações a serem resolvidas. Houve demais isso na nossa relação, eram ex demais para tratar assuntos, afetos, conflitos inacabados. de uma forma ou outra isso ocupa espaços, no nosso caso ocupou até demais.
Portanto, te escrevo para findar essa situação da única forma que me restou, pq não aguento mais sofrer. Preciso dar um basta. E preciso liberar
Eu te amei demais, mergulhei de cabeça em uma relação que desde sempre sabiamos ser quase impossivel. de ambos os lados sabemos os porques, ambas tinhamos nossas razões. Mas mergulhei, vc tambem. E foi bom demais, pelo menos pra mim, foi completamente único, mágico, especial. AChava que tinha encontrado o tesouro. Tanta coisa aconteceu, tudo ruiu.
Me doi nao fazer a minima ideia de quem você é. de saber que estava tão distante, mesmo estando tao perto. Talvez a parte interessante seja a sua capacidade de me surpreender. Pra mim comigo você foi uma, com o mundo outra. Tive inveja de pessoas perto de você que puderam te conhecer sem todo o peso que eu carregava. Quis muito caber nesse espaço, me reduzi, me anulei a ponto de me perder de mim pra caber nisso. Mas isso é sobre o que? Te digo isso pra que talvez vc consiga entender o quanto tentei.
Perder voce e a Gaia foi talvez uma das coisas mais doloridas que me aconteceu, foi uma amputacão direta, profunda, vivo um desafio de superação cotidiana. A propia ideia que tinha de mim morreu junto com a nossa historia.
No final de semana que vc reapareceu e eu li as coisas com a Clarice, eu morri. eu senti como uma flecha no meio do peito, absolutamente tudo que eu me agarrava começou a desmanchar.Até hoje não consigo acreditar nisso, não consigo aceitar que essa era você. e isso ta me matando devagar. preciso respirar em um mundo onde nao exista mais você. mas esse mundo não exite, e entre ambas sufocarem, eu escolho ir embora e desaparecer.
doi muito. Nesse dia meu coração ficou mudo, um espanto frio se instalou e fez morada. Eu nao fui desonesta com vc, eu nao tinha mais ninguem no meu coração além de vc.
No dia seguinte eu não acreditei no que me disse, até agora me choca. como você pode? Cara, você mais do que niguem foi fundo nas minhas questões do Tantra. eu me abri com vc como eu jamais tive coragem de me abrir com alguem, eu me deixei ser vulneravel .As evidencias que encontrou eram absurdas, vc nem sequer conversou comigo, pq? me doeu tanto, eu adoeci de dor. eu senti que vc havia me cravado uma faca no utero, eu sangrei até o inferno. Cara, vc encontrou minha dor mais profunda, vc chegou a pensar o quanto isso ia me doer? Não entendo, eu não rejeitei você, eu sofri demais, precisava me olhar por um tempo. não foi possivel.
ainda assim eu acordei, mas veio o golpe fatal. corpo , mente , espirito. meus tres eixos acabados
a pubicaçao sua e da Manuela sobre verdade e amor é outro preço. Eu me senti completamente traida, enganada, usada. muito muito muito. cara, que dor absurda, Bibi. pq? Eu quis tanto ser sua companheira, ou no minino amiga... porra. jamais houve esse espaço.
eu comecei a me desgostar por ter ficado cega tanto tempo. mas ficar cega doi menos do que a verdade, a verdade é um corte, a verdade é um corte na artéria.
Eu buguei, criei milhares de conclsões absurdas e minha cabeça entrou em pane. conslusão que cheguei é que você preciava de um motivo suficiente para se aproximar dela e me sacrificar. eu sempre fui a puta pra você. que pena,meu.
se você sentiu um pouco do que tenho sentido, se te causei isso de alguma forma, sinto muito, não era sobre isso. espero que jamais isso se repita pra vc. espero que saiba ser profundamente feliz, que saiba amar e ser amada, que seja doce, que seja doce , que a vida seja doce pra você Bibi.
que a gente possa se perdoar de algum modo.
não sou capaz de saber de você nesse momento, muito menos conversar e me aproximar. talvez demore (essa ferida , meu bem, as vezes não sara nunca), espero que mesmo se nunca mais saber de você, sabendo que não irei esquecer eu possa te celebrar.
você foi uma grande mestra, um grande e dolorido amor.
sinto muito que essa merda toda nao tenha sido feita pra nós.
saiba que você é um dos seres mais perturbadoramente interessantes que já cruzei, soube da Veterinária, você merece, você será muito foda. vc tem um grande anjo te acompanhando. Parabéns. Siga teus sonhos e cure teu coração, vai valer a pena.
Adendo: se um dia no futuro a Gaia precisar de algo, me contate, por favor. só te peço isso.
Tenho uma multa na Baiuca, 190 reais.
Vou te pagar em duas vezes a partir de março. te mando por pix.
Por favor não responda essa mensagem, não fale mais comigo, não posso mais saber de você nesse momento da minha vida.
Eu preciso me encontrar fora desse labirinto de dor que eu criei ao meu redor.
eu sinto muito
me perdoe
eu te amo
obrigada,
adeus, bibi
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vin-ito · 3 years
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17 de maio de 2021
Futuro? Diário de emoções? Moodtracker? Um bom blog no Tumblr pode ser a solução; eu gostaria tanto de poder escrever tudo o que penso e sinto para o papel, mas não posso por dois fatores: preguiça e é menos prático. Para ser sincero, em 2019, tive um diário e isso me ajudou em muitas coisas, principalmente na minha escrita e nos meus pensamentos. Espero de verdade que, mesmo por aqui, no Tumblr, meus pensamentos possam ser expressados com liberdade e tenha o mesmo efeito de um diário comum... No papel!
Acho que um dos problemas que me desengatilhou a ansiedade e essa sensação do pânico foi pensar demais; o meu único defeito na primeira consulta da terapia foi falar mais sobre os outros do que de mim, agora sabe Deus quando irei voltar para lá! Bem, para erradicar essa ansiedade da minha vida, tomei várias decisões bruscas no domingo anterior.
1. Sem celular por um mês
Sim, por um mês. Eu quero testar de verdade e ver se é mesmo o celular que pode me dar ansiedade também. Primeiramente, porque não tenho responsabilidade alguma para ter um (eu realmente assumo isso sem medo algum) e também porque desconheço a hora de parar. O meu tempo de tela antes de desenvolver ansiedade era de 8h diretas ou 6h; ultimamente vinha diminuindo gradativamente, mas não do modo que eu queria, minha mãe (minha maior inspiração também) disse-me para projetar e ligar alarmes para que eu não fique tanto tempo... Mas obviamente não é eficaz. Eu iria desligá-los e continuar usando! 
“Quando terá seu celular de novo?”
Boa pergunta. Após ter formatado, entreguei para os meus pais e pedi para que eles escondessem ou algo assim. Meu aniversário é mês que vem, então mês que vem, se tudo der certo, voltarei a usar (com sabedoria). Às vezes, me arrependo de ter “querido” nascer na época digital, em uma época de tanta facilidade com as tecnologias, me preocupa até que ponto essa facilidade vai dificultar nosso processo de aprendizado e maturidade aqui na terra.  
2. Dormir mais cedo e afins
Quero cultivar bons hábitos, sabe? Quero tanto vencer essa ansiedade. Estou fazendo meditações e estou no 17° dia consecutivo. Que orgulho! Devo admitir que nunca achei que chegaria tão longe, mas aqui estou. Eu deveria estar fazendo a atividade da escola mas tenho tempo suficiente para continuar mais tarde, então sem pressa. Sobre dormir, dormir é tão bom mas os pensamentos excessivos dificultam um pouco do processo. Deito-me, respiro fundo, pingo duas gotas de floral e boa sorte, Charlie! Como diriam. Eu fico pensando tanto que me deito às nove e acabo realmente dormindo umas onze horas da noite, de tanto pensar, criar cenários falsos que me favoreçam (vencendo altas tretas e discussões na vida real, rs) e eu li que um diário pode me ajudar a controlar isso de maneira eficaz. Queria ter dito isso a terapeuta, será que ela vai querer ler o meu tumblr? Vamos descobrir na próxima sessão final do mês ou mês que vem.
Enquanto escrevo, estou escutando essa playlist; https://www.youtube.com/watch?v=AKRhGSLmX6A
Meu pai sempre me diz que todos os jovens da minha idade estão ansiosos, ele não mentiu, antes me confortava mas agora me assusta. O que faremos pra ajudar? Acho que o primeiro passo é reconhecer e aceitar o problema para depois resolvê-lo, pelo menos é isso que estou fazendo agora, né. Me preocupa pois semana passada fui para a escola nova (presencial) e conversei com alguns dos que seriam meus novos amigos em seguida. O L. relatou que tem ansiedade mas que está superando, já a R. disse que já teve bulimia mas que também venceu; não quero ser exceção, também vou aprender a lidar com esse sentimento.
Eu sempre fui um pouquinho místico e todos os dias, sejam em placas de carro ou relógios, vejo 10:10. 
10:10 — é hora de progresso, boa sorte e transformações
Gratidão Deus / Universo, é disso que precisarei. Fiquei até um pouco surpreso mas parece fazer sentido. 
Troquei a realidade virtual pela real?
Será? Eu tive um pensamento excessivo tão repetitivo que ele havia me ter feito concluir que nada é real, que nada existe, que não sou real. Isso é de enlouquecer, após ter conversado com D., ela havia me falado que também sentia e que era da ansiedade; também perguntei aos meus seguidores no twitter e muitos assentiram também; Caramba! Esse sentimento não é para qualquer um. Enfim, conversei com meus pais sobre isso e eles disseram que, por eu ter ficado 2020 todinho em casa (óbvio que fiquei, pois precisávamos) eu acabei me viciando no celular e considero o celular mais real do que a vida. Às vezes sair de casa me deixa em pânico porque eu estranho muito a realidade e é por isso que eu decidi deixar meu celular de lado e me infiltrar na vida real novamente. Ás vezes, ao andar de carro, olho pela a janela e a riqueza de detalhes (prédios, àrvores) me deixam totalmente intrigado e uma crise começa, agora está diminuindo, pois estou me dedicando a isso.
Acho que por hoje é só!
Tchauzinho.
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entertainerzm · 4 years
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O CONTRATO
"Não sei o que os caminhos da vida nos reservam, mas tenho certeza que, aonde quer que eu vá, te levarei em meu coração" - Autor desconhecido .
Tumblr media
CAPÍTULO 02
S/N'S PDV
Durante toda minha performance sob o palco, mantive meu olhos em níveis mais baixos, afim de evitar qualquer tipo de contato visual com a boyband posicionada nas tribunas.
Ainda que meu semblante abatido e sem vida entregasse a todos os presentes meu verdadeiro estado de espírito, executei meu trabalho do modo mais profissional possível, evitando externar meus conflitos sentimentais.
- Ei, S/A. – Carly chamou minha atenção enquanto se postava ao meu lado, passando a me acompanhar em minha caminhada rumo ao Camarim. – Você está bem?
- Estou sim. Pode ficar tranquila. – Direcionei a ela um sorriso sem dentes.
- Tem certeza? – Tornou a questionar. – Você não me pareceu muito confortável hoje.
- Sim. Está tudo bem. De verdade. – Me apressei em dizer enquanto ainda formulava uma desculpa mais complexa. – Sabe, eu só estou um pouco cansada. Tem sido dias intensos desde que iniciamos a turnê em Janeiro. Meu corpo sente que precisa dar uma desacelerada.
Embora, naquele momento, o argumento usado para defender minha tese de que as coisas dentro de mim estavam em ordem não refletissem a verdade, eu não poderia negar que nos últimos meses, toda a nossa equipe, estava enfrentando uma rotina intensa de apresentações e viagens por toda Europa. E, mesmo amando minha profissão, meus sistemas começavam a clamar por um descanso, por mínimo que fosse.
- A respeito disso, você pode ficar tranquila. – Ditou Carly ao colocar seu braço esquerdo em meus ombros. – Depois de hoje, temos apenas mais dois espetáculos antes de voltar aos estúdios e trabalhar em nosso segundo CD.
- Vai ser bom ter um pouco mais de tranquilidade.
- Vai sim. – Concordou. – Entretanto, se eu fosse você, começaria a me acostumar com toda essa agitação. Simon disse que em breve estaremos rodando pelo mundo todo com a nossa música. Apresentações em estádios e toda aquela super produção.
Mesmo o assunto em pauta sendo a grandiosidade de nossa carreira futura, meu humor azedo impedia-me de me sentir empolgada sobre muitas coisas.
Com meus quase vinte e dois anos de idade, não me considerava ingênua a ponto de acreditar que o circo criado em volta da presença da boyband no teatro terminaria com uma simples apreciação de nosso trabalho. Em meu amago, estava completamente ciente de que meu maior conflito se daria em uma educada reunião com os membros da banda e isso me deixava cada vez mais relapsa a outras questões, visto que meu tempo de fugir estava se esgotando e nenhuma desculpa plausível para evita-los me vinha a mente.
- Seria incrível. – Foi tudo o que consegui balbuciar.
- Troque o “seria” por “será”, meu pequeno cristal. – A voz de Cowell ecoou por de trás de nós, nos fazendo parar em um rompante. – Desculpe! Acho que assustei vocês.
- Ficaria imensamente agradecida se na próxima vez o senhor pudesse anunciar sua presença de modo mais suave. – Carly colocou a mão direita em seu peito de modo teatral. – Estive muito próxima de ter um infarto, ou algo assim.
- Pois eu espero que seu coraçãozinho ainda tenha força o suficiente para aguentar tudo o que o próximo ano lhes reserva. – O homem comentou com um brilho estranho no olhar. – Mas, vamos deixar para depois estas questões. Vim aqui porque percebi que estavam demorando um pouco. O restante das meninas já está no camarim.
- Oh, desculpe! – Me retratei sabendo que a culpa pelo atraso era inteiramente minha. – Estou um pouco lenta hoje.
- Eu reparei que você teve um comportamento diferente esta noite. – Observou Simon. Seus olhos me faziam uma intensa analise. – Espero que isso não tenha nada a ver com nossos convidados especiais.
Me senti vacilar diante de suas palavras, não conseguindo esconder minha face surpresa ao perceber que ele havia feito uma conexão direta das coisas.
- O que você quer dizer? – Sussurrei atônita.
Talvez o choque em meu cérebro tenha me pregado algum tipo de peça, me forçando imagens que não eram reais. No entanto, tive a impressão de um ar de divertimento pairar sobre nosso produtor e empresário.
- S/N, minha querida. Não aja como se sua amizade com um dos membros fosse algum segredo, ou algo assim.
As reações físicas que a fala de Simon me causou foram desde náuseas a tonturas. A impressão que eu tinha era a de ter sido acertada diretamente na boca do estômago, enquanto desfrutava a péssima experiência de sentir minha temperatura corporal atingindo picos elevados.
- Gente, o que eu perdi aqui? – Questionou Carly com um meio sorriso. – Como assim ela é amiga de um dos meninos?
- Não é nada demais. – Tentei buscar forças para contornar a situação. – Eu não chamaria isso de amizade.
- Oh! Não seja modesta. – A voz grave de Cowell me interrompeu. – Você e Zayn cresceram juntos em Bradford. As famílias Malik e Lewis são muito íntimas, pelo o que soube.
Apesar de meu torpor afetar minha capacidade de discernimento, pude perceber naquele homem um toque de maldade a respeito da informação que este possuía. Mesmo sendo difícil identificar as razões pelas quais ele parecia estar se divertindo, ou as fontes por trás daquele relato, algo em meu íntimo gritava me alertando sobre o caráter duvidoso que ele revelava.
- Uou! Isso não me parece coisa pouca não, garota. – Minha amiga demonstrou enorme surpresa.
- Nossas mães são amigas. – Tentei, novamente, formular uma explicação. – Nós dois nunca fomos muito próximos.
- Mais uma vez, terei de discordar. – Simon interviu. – Tenho motivações suficientes para afirmar de que os dois sempre foram unha e carne. Inclusive, estiveram em um relacionamento amoroso de 2008 a 2010. Eu não acho possível manter um namoro de dois anos sem proximidade, meu bem.
Eu o ouvida, mas, ainda sim, não conseguia compreender o motivo que o levava a me colocar naquela tortura. Todavia, meu mal estar só fazia aumentar, deixando-me a beira de um desmaio.
- Meu deus! S/A namorou com Zayn Malik antes da fama? – A loira ao meu lado soou alto como uma sirene, por entre o corredor vazio. – Por que nunca falou disso com ninguém, garota?
- Não é o tipo de informação que eu sinta a necessidade de explanar por aí. – Direcionei um olhar sugestivo ao homem que fizia questão de abrir minha caixa de Pandora.
- Se eu tivesse namorado, ou se quer ficado com qualquer um eles, falaria a respeito em todas as entrevistas que eu pudesse. – Carly, por não entender a dimensão de meu problema, se limitou a soltar piadas sobre a situação. – Mas, me responde uma coisa, S/N, ele beija bem?
Não me dei ao trabalho de respondê-la. Tão pouco, tentei disfarçar meu incômodo. Apenas decidi que deveria confrontar Simon, numa tentativa desesperada de conte-lo.
- Como você soube disso, Cowell?
Minha agonia – de modo bastante bizarro e incomodo – pareceu ter sido interpretada por ele como diversão, pois a face do mesmo estava carregada de uma expressão burlesca e cruel.
- Meu pequeno cristal, a está altura você já deveria ter entendido que a vida de todos os meus artistas gira nas palmas de minhas mãos. Vocês não podem simplesmente achar que são capazes de me esconder o que quer que seja.
ZAYN'S PDV
Aquela, muito provavelmente, era a vigésima volta que eu concluía pelo cômodo onde havia sido montado o camarim da GirlBand.
Os minutos tornaram-se eternos desde o fim do show, quando fomos direcionados até a imensa sala branca, aumentando cada vez mais meu nervosismo.
Minhas ações corporais entregavam aos meus quatro amigos o furacão de emoções contido dentro de mim.
- Pelo amor de deus, Z! – Liam chamou-me a atenção. – Você vai acabar tendo uma convulsão antes mesmo de estar cara a cara com ela.
- Desculpe! Não consigo me conter. – Lancei-lhe um sorriso tímido. Minhas mãos alisavam minha própria nuca de modo frenético. – Estive ansioso por esse momento durante anos.
- Irmão, eu sei que isso é importante para você, mas, se contenha. – Foi Louis quem se aproximou de mim. – Você consegue imagina-la adentrando por aquela porta e visualizando você rodando feito um peru na véspera de natal?
Me pus a avaliar a fala do rapaz mais velho com cautela, chegando a conclusão de que aquela não seria uma boa imagem para nosso reencontro.
O que mais parecia me afligir era a incerta a cerca das reações que ela teria ao estar próxima a mim.
Em minha mente giravam pensamentos conturbados que levavam-me a crer em seu total ódio e repulsa por minha pessoa, algo que nos ocasionaria uma péssima e conturbada reaproximação.
- E se ela me odiar? – Questionei. – Que dizer, o quão ressentida ela deve estar?
- Acredito que muito. – Constatou Niall. – Mas, fica tranquilo, irmão. A raiva dela pelo término vai ser quase nada comparado ao que ela vai sentir ao descobrir que vai ser obrigada a te namorar e você é o responsável por isso.
A incredulidade assolou-me a face ao me deparar com a sentença do irlandês. Embora eu possuísse total consciência de que suas palavras eram verdadeiras, aquele não era exatamente o tipo de coisa que eu gostaria de ouvir.
- Zayn, fica tranquilo, okay?! – Harry se colou ao meu lado, enquanto lançava ao loiro um olhar mortal. – Nós sabendo que não será uma situação fácil, mas, dê tempo ao tempo, sim?! Vocês dois precisam se curar.
- Harry está certo. – Concordou Louis. – Esta será uma fase delicada para os dois, mas, nada que paciência e diálogo não curem.
Não pude conter a nova onda de enervamento que se apossou de mim, me fazendo tontear a ponto de ser necessário me escorar no casal que me cercava.
- Coragem, homem. – Liam me orientou ao notar minha necessidade de auxílio para manter-me de pé. – Você só precisa se controlar, está bem?!
Fui arrastado por meus companheiros até o sofá em formato de “L” que ornamentava os fundos do aposento, sendo forçado por eles a me sentar.
- Vamos lá, Z. Respira pelo nariz e solta pela boca.
- Por Alá, Harry! Não é como se eu estivesse hiperventilando, ou algo assim.
O círculo de homens formado em torno de mim não parecia surtir efeitos relaxantes para minhas terminações nervosas, muito pelo contrário, tudo o que faziam, ou diziam, na tentativa de me ajudar só conseguia me deixar mais aflito.
Antes que eu fosse capaz de iniciar algum tipo de protesto, fui tirado de meus devaneios com o estrondo da imensa porta de madeira sendo aberta, dando vista a três garotas que pareciam regular nossa idade. Rapidamente as identifiquei como Brooke, Amy e Jane, integrantes da girlband.
Ainda que meus níveis de tensão fossem bastante elevados, a ânsia em estar próximo de S/N conseguia se sobressair, o que fez com que eu não pudesse conter meu semblante decepcionado por não vê-la junto as demais garotas.
- Olá. – A ruiva nos cumprimentou. – É um prazer imenso ter vocês aqui.
- Você é a Jane, certo? – Foi Liam o primeiro a se pronunciar, indo de encontro a elas e recebendo um aceno de cabeça como resposta. – Foi um belo show, meninas.
- Muito obrigada. – A mais alta agradeceu. – Estamos muito honradas pela presença de vocês. One Direction sempre foi uma inspiração para nós.
- Oh, querida! Ficamos agradecidos por isso. – O irlandês se pôs a frente. – Mas, fiquem tranquilas. Estamos no mesmo barco, o que nos diferencia são apenas os anos a menos de carreira. Vocês são igualmente talentosas.
Um sorriso tímido e iluminado rasgou o rosto das garotas demonstrando a felicidade pelas palavras positivas a respeito de suas habilidades.
Era a primeira vez que tínhamos a oportunidade de alimentar algum tipo de conversa com as integrantes da banda “Girl Power”. Embora tenhamos estado diversas vezes no mesmo ambiente, nunca havíamos tido abertura para tal.
Todas eram garotas muito educadas e bastante simpáticas, mas, eu não podia negar que um bate papo com elas não era exatamente o que eu esperava daquela noite.
- Vocês são ótimas. Entretanto, vejo que estão desfalcadas, certo?! – Louis deu voz a meus pensamentos. – Se meus olhos não me pregaram uma peça, vi cinco mulheres no palco.
- Claro. – Brooke soltou uma risadinha diante do comentário descontraído do outro. – S/A e Carly estão meio “desaparecidas”. Simon foi atrás delas.
Senti meu coração falhar uma batida diante da hipótese de ela ter, de algum modo, se adiantado e me evitado mais uma vez. Mesmo tendo em mente que, mais cedo ou mais tarde, nosso “amado” produtor se encarregaria de prover essa reunião, me senti um tanto decepcionado.
- É normal elas ficarem para trás? – Harry endossou o questionamento do namorado. Agradeci mentalmente por não ter de ser eu o porta voz de minhas próprias dúvidas.
- Normalmente, S/A é sempre a primeira a estar no backstage. – Confessou Amy. – Mas, acredito que ela não esteja muito bem hoje. Não sei dizer ao certo, mas, o comportamento habitual dela não costuma ser esse.
Senti a culpa se apossar de mim ao ouvir o pronunciamento de sua parceira de banda. Eu não precisaria ser nenhum gênio para saber que o desconforto e as anomalias no comportamento de S/A eram atribuídos a minha presença.
Em uma sacada imediata de meu descontentamento, Liam se direcionou a mim, alisando minhas costas numa tentativa de me passar confiança.
Não tive tempo de pronunciar uma só frase, antes que a porta se abrisse novamente, dando espaço para a entrada das três figuras que faltavam para completar a pequena assembleia formada ali.
Meu coração falhou uma batida no instante em que nossos olhos, acidentalmente, se cruzaram.
Diferente do que costumava ser a cinco anos atrás, seu longo cabelo – outrora completamente enegrecido – ostentava um tom rosa pastel do meio pro final, ornando perfeitamente com a cor de sua pele. Seu corpo definido agora continha algumas tatuagens delicadas, dando-lhe um charme extra. Por fim, alguns piercings de orelha e um no nariz ajudavam a emoldurar o seu rosto de menina que, apesar de estar com uma fisionomia mais amadurecida, ainda me lembrava a adolescente pela qual me apaixonei.
Num primeiro momento, pude notar a relutância da mesma em me encarar de forma direta, visto que a todo momento seus olhos percorriam de maneira alucinada pontos específicos, evitando um novo contato visual comigo. Todavia, eu não me encontrava munido de forças o suficiente para desviar minha atenção dela.
- Boa noite, meninos. – Cowell cumprimentou. – Trouxe as fugitivas até vocês.
- Caramba! Vocês demoraram, hein?! – Jane, a ruiva, as acusou. – Onde estavam?
- As encontrei no corredor. – O empresário se apressou em falar. – Acho que May estava aflita em estar junto da One Direction.
O comentário ácido de Simon fez meu estômago revirar ao cogitar a hipótese de ela já estar ciente de toda a confusão. Em meus pensamentos, tudo o que eu fazia era me martirizar imaginando o quão enojada ela estaria a ponto de nem ao menos conseguir me encarrar.
- Bom, se foi esse o motivo. Acho que ela não deveria se preocupar tanto. Somos todos artistas. – Tomlinson realizou uma tentativa de apaziguar o clima estranho que se instaurou. – Aliás, eu sou Louis. Estes são Niall, Liam, Harry e Zayn, respectivamente.
S/N não pareceu se incomodar em identificar as pessoas que meu melhor amigo apontava, tudo o que fez foi chacoalhar a cabeça positivamente, sem lançar olhares a qualquer um de nós.
- Oh! Não se incomode em fazer apresentações, Lou. Todas sabem quem são vocês. – Disse nosso produtor.
- Ficamos felizes em saber que mulheres tão incríveis tem conhecimento de nossa existência. – Declarou Niall, aproximando-se do restante do grupo e me puxando junto de si.
Minhas pernas adquiriram uma consistência gelatinosa, tornando dificultosa minha caminhada até elas. Todavia, chegando mais perto de S/A, fui capaz de perceber que seu estado não físico e emocional pareciam tão – ou mais – abalados que o meu.
- S/N, sem sombra de dúvidas, é a que mais tem conhecimento aqui não é mesmo, Zayn?!– A garota que chegou junto ao último trio de jogou a indireta, me fazendo pensar sobre quantas pessoas já tinham tido conhecimento a respeito de nosso passado.
- Eu... Érr. - Me calei imediatamente ao notar a orbes achocolatadas que eu tanto amava me encararem com um toque de irritabilidade.
Mesmo sendo eu o principal responsável pela tensão que a dominava, meus instintos protetores em relação a ela me faziam ter uma imensa vontade de abraça-la e sussurra-lhe ao ouvido que tudo ficaria bem, como eu costumava fazer quando ainda éramos namorados.
- Tenho a impressão de que algo passou despercebido por mim. – Brooke expressava confusão ao avaliar as reações de todos.
- Minha querida, muitas questões são invisíveis para algumas de vocês. – A voz de Simon soava um tanto debochada, fazendo meu estômago se revirar. – Mas, logo tudo será revelado. Por hora, posso apenas dizer que teremos um incrível “after” aqui na Escócia e os meninos se juntaram a nós.
Uma onda de aprovação se fez presente, tornando todos bastante felizes e sorridentes. Entretanto, minha pequena menina parecia ainda mais desanimada do que antes, seguramente, incomodada com o fato de ter de estar na minha presença por mais algumas horas.
- Porém, alguns de vocês irão na frente. A van que vai os levar até o hotel para se prepararem já está aí na frente aguardando. – Cowell completou sua sentença. – Zayn e S/N vão atrás comigo, pois, temos que trocar uma palavrinha.
Imediatamente, seus olhos puxados se voltaram a mim em pânico e agonia, como quem busca respostas e as teme, algo que fez eu me arrepender de todas as decisões que havia tomado até ali.
- Me desculpa! – sussurrei em sua direção.
May
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                                            O RECOMEÇO
 Mais um dia sem ele aqui comigo, não sei se eu vou aguentar mais isso, suas promessas não foram cumpridas e tudo que eu queria é um abraço, e que ele me falasse que esse pesadelo ia passar, eu sinto tanta falta dele aqui comigo, mas eu preciso ser forte e encarar tudo isso...
Lá vou eu, encarar a faculdade por mais um dia, vendo aqueles olhares de pena para mim, as pessoas cochichando sobre o ocorrido, eles não fazem ideia da dor que é perder alguém que a gente ama tanto.
No intervalo era a pior hora, porque eu andava com ele, e nós almoçávamos juntos todos os dias. É estranho não ter ele sentado aqui do meu lado, me fazendo rir, contando seus sonhos ou seu próximo plano que ele colocava em ação, não é fácil ninguém disse que ia ser, mas eu não sei mais se eu posso lidar com isso sozinha.
Minha mãe sabia como eu estava sofrendo, então ela comprou uma passagem para mim até uma casa dos meus avós, eu ia passar os próximos meses lá, e isso ia ser ótimo para mim. Ela disse que a Filadélfia é um lugar incrível e que eu ia amar, perguntei para ela o porquê de ela deixar eu morar sozinha em outro lugar, e ela me respondeu:
-Filha,-disse minha mãe- você está passando por uma tristeza grande e você já tem idade suficiente para morar por uns meses sozinha, você vai ver que lá vai ser diferente, a cidade lá é agitada, você irá conhecer gente nova e vai evitar pensar em tudo que aconteceu, vai ser bom para você isso, eu te amo muito minha filha.
-Obrigada pela confiança e o apoio, -eu disse.
-Eu também te amo, mãe.
Meu voo são as vinte horas, e agora são duas da tarde, estou arrumando minha mala, não coloquei muitas coisas, peguei apenas o necessário. Me despedi dos meus pais, e agradeci o que eles estão fazendo por mim.
Cheguei no aeroporto às cinco horas, fiz tudo que precisava e agora só estou esperando chamar para embarcar, sentirei saudades de casa, vai ser uma experiência totalmente diferente. Ninguém da Filadélfia me conhece, então ninguém vai me olhar com pena e isso vai ser um avanço e tanto, estou ansiosa para ver como vai ser, agora eu preciso ser eu mesma e encarar tudo que vier pela frente, vou começar do zero e reencontrar minha felicidade.
Chamaram para a gente embarcar, sentei-me na janela do avião, o voo era de apenas uma hora e quarenta minutos, é bem rápido. Eu nunca tinha viajado sozinha, estou vindo para cá na intenção de conhecer gente nova e me encontrar novamente.
No total vou levar duas horas para chegar até meu destino, e estou bem ansiosa, peguei um livro e comecei a ler, passou tão rápido o tempo que eu nem tinha percebido que eu já tinha chegado.
Sai do aeroporto e vi como a Filadélfia é linda, chamei um Uber até a casa dos meus avós, no caminho eu fiquei olhando as paisagens, as casas a movimentação e tudo mais, confesso estar um pouco assustada, porque aqui realmente é bem agitado, é um lugar totalmente diferente de onde eu costumo viver, mas estou feliz por te vindo.
Cheguei na casa dos meus avós, que lugar lindo, o bairro parece ser tão calmo, tem crianças brincando na rua, o céu daqui é tão estrelado pela noite. Entrei na casa, coloquei minha mala no meu quarto e fui me sentar na frente da casa, lá tem um banco que se parece com um balanço, peguei meu livro e fiquei por horas lá.
 Depois desse dia agitado, eu só pensava em ir dormir.
 Mais um dia está começando, vou tomar café da manhã em uma lanchonete, procurar um emprego, fazer uma compra e ir conhecer a cidade...
Andei pela redondeza para conhecer melhor e encontrei uma lanchonete, entrei e pedi um café e uma panqueca de goiaba, é o meu preferido. Enquanto esperava chegar o pedido eu fiquei observando o lugar, como as pessoas daqui eram reunidas, na minha direita tinha um casal e dois filhos, na minha frente um casal de idosos e atrás tinha dois adolescentes, namorados talvez. Sinto falta disso, o Mike faz muita falta, é impossível não pensar nele, mas irei focar nas minhas coisas e nos meus deveres. Meu pedido chegou, a cara estava ótima, mordi a panqueca e senti a goiaba derretendo na minha boca, estava maravilhosa, aquela era a melhor panqueca que eu já comi na minha vida, e aquele café quentinho estava perfeito. Terminei meu café da manhã e fui até o balcão pagar, e me lembrei de perguntar se tinha uma vaga para emprego, ela disse que tinha para garçonete, mas que ela iria falar com a gerente dela antes, eu deixei meu n��mero com ela e fui andar pela cidade.
Tem uns parques lindos aqui, é tudo tão verde, as águas são tão claras que dá para ver os peixes nadando, é domingo então os pais estão com seus filhos brincando, outros fazendo piquenique e outros dormindo, esse lugar é realmente incrível, mas eu estava me sentindo sozinha, não sei se eu estava gostando cem por cento disso, eu precisava conhecer alguém. Mais tarde meu telefone toca, era um número desconhecido, então eu atendi.
 -ALÔ  
 -OI, É DA LANCHONETE, GOSTARIA DE FALAR COM A JANE
 -OI, SOU EU MESMO
-ENTÃO JANE, VOCÊ AINDA ACEITA A VAGA PARA GARÇONETE?
-SIM, CLARO QUE EU ACEITO, QUE DIA E QUE HORAS QUE EU COMEÇO?
-SE QUISER PODE COMEÇAR AMANHÃ MESMO, E VOCÊ IRÁ ENTRAR ÀS 08HRS E SAIR AS 15HRS, OKAY?
-E AMANHÃ IREMOS FALAR SOBRE SEU PAGAMENTO, TENHA UMA BOA TARDE E ATÉ AMANHÃ.
-OKAY, MUITO OBRIGADA, ATÉ AMANHÃ.
  Meu Deus, eu consegui esse emprego, vai ser ótimo para distrair a mente, vou passar ali no shopping rapidinho, preciso comprar casacos, não imaginava que aqui fazia tanto frio.
 Cheguei lá na loja e fui atendida por um garoto, ele foi super atencioso comigo, fiquei olhando na sessão de inverno e encontrei um casaco bem bonito, então fui até o caixa e eu comprei o casacos e vim embora para casa, o garoto que me atendeu perguntou se eu queria carona pois estava nevando muito, eu agradeci e disse que não.
 Chegando lá fora vi que estava congelando e pensei: "eu devia ter aceitado a carona, está fazendo menos 5 graus aqui fora", eu estava congelando e não estava com roupa adequada para esse tipo de clima.
Voltei para a mesma loja e comprei luvas, toucas, botas, diversos casacos e calças bem quentes, fui pagar e ele estava no caixa, então ele disse:
-Está frio lá fora né, você é nova aqui?
-Sim, está muito frio, eu não estava esperando por esse frio quando minha mãe disse que eu ia vir para cá, e não, eu não sou daqui, estou fazendo apenas uma viagem.
-De onde você é? Aliás, prazer eu sou o Jack.
-Sou de Annville, Pensilvânia, EUA e você?
-Bom, eu sou daqui da Filadélfia mesmo.
-Ah prazer, meu nome é Jane, e eu gostaria de saber se aquela carona está de pé ainda...
-Sabia que você ia aceitar, é claro que está de pé, meu expediente termina daqui 5 minutos, okay?
-Okay...
Fico esperando o Jack sair do expediente dele, ele parece ser bem legal.
-Pronto -disse Jack
Não falamos nada até alguns momentos.
-Então, o que te trás aqui? -pergunta Jack
-Bom, minha mãe queria que eu saísse de casa, para tentar distrair a cabeça...
-Uau, queria eu ter uma mãe dessa, por que tão longe de casa?
-Faz seis meses que eu perdi meu namorado em um acidente de moto, eu não saía de casa, então minha mãe achou melhor eu vir sozinha e conhecer lugares e pessoas diferentes, bom e cá estou eu.
-Eu sinto muito, se eu soubesse jamais teria tocado nesse assunto, mas olha, você veio para o lugar certo, já te considero uma amiga e se quiser eu posso levar você para conhecer os melhores lugares daqui.
-É uma ótima ideia, obrigada Jack, eu estava precisando de um amigo mesmo.
Minutos depois eu cheguei em casa
-Pronto, está entregue, E THAYER ST 731, é um ótimo bairro, tem bastante comércios por aqui.
-Sim, inclusive eu trabalho ali no Kitchen Express, vou começar amanhã.
-Olha só, que legal, bom trabalho então e pega meu número, quando precisar de um amigo ou de qualquer coisa me liga, meu número é (215)686-2181.
-Obrigada, pode deixar que eu ligo, até mais Jack.
 Chego em casa, vou tomar um banho e dormir, hoje o dia foi bem corrido, mas antes de dormir vou mandar uma mensagem para minha mãe
  oi mãe, eu estou bem, desculpa não ter mandado um e-mail ontem, cheguei tarde e logo fui dormir.
Pela manhã do dia seguinte eu fui procurar um emprego e eu achei, aqui está muito frio, fui ao shopping comprar roupas de inverno e acabei fazendo uma amizade, o nome dele é Jack, ele é bem legal. Bom estou com saudades, obrigada por essa viagem, eu amo muito você e fala para o pai que eu estou com saudades dele e diga que eu o amo, beijos.
 Fiquei bem feliz que eu tinha feito um amigo, eu realmente estava precisando.
  DESPERTADOR TOCANDO
   Já é de manhã, vou tomar um banho, vestir meu uniforme e vou para o trabalho, eu espero que eu me dê bem lá, e que eu faça novas amizades também.
 Cheguei no trabalho, tive meu primeiro cliente, ele pediu panqueca de romeu e julieta e um leite, eu disse para ele que era uma ótima escolha, ele abriu um sorriso parecia que ele tinha ficado tímido, perguntei se ele ia querer uma mesa ou se eu poderia servir aqui no balcão mesmo, ele disse que poderia ser no balcão, levei o pedido até ele e fiz tudo certinho, ele ficou puxando assunto comigo enquanto eu arrumava as coisas no balcão.
Percebi que ele tinha um olhar triste, eu queria saber o porquê, mas não perguntei, quem sabe uma próxima vez.
-Como é seu nome?
-Meu nome é Noah e o seu? -perguntou-me
-Jane, você é daqui?
-Sim! e você?
-Não, sou de Annville, Pensilvânia, estou aqui para distrair a cabeça e conhecer gente nova.
-Entendo, e você está gostando de morar aqui? -perguntou
-Bom, ainda é meio cedo para falar, eu cheguei aqui ontem, mas estou gostando muito, aqui é bem diferente de Annville.
-Nesse caso, seja bem-vinda.
-Obrigada Noah, mas agora preciso voltar ao trabalho, tenha um bom apetite
-Vai lá, obrigada pela conversa, estava precisando disso, me sinto sozinho demais desde que minha esposa faleceu
-Eu sinto muito, você costuma vir aqui sempre?
-Sim, eu e minha esposa vínhamos muito aqui, agora só sou eu.
-Sinto muito, mesmo
-Está tudo bem. Bom, volta lá para seu trabalho, e um bom dia
-Um bom dia para o senhor também, espero vê-lo amanhã
-Eu estarei aqui!
Esse foi meu primeiro cliente, e eu amei ter conversado e ter feito meu trabalho ao mesmo tempo, depois dele tive outros clientes, não foi como o primeiro, pois os outros estavam acompanhados. Deu três da tarde e eu fui embora para casa, liguei para o Jack e lembrei de perguntar se tinha alguma faculdade por aqui.
 -Jack? é a Jane, tudo bem?
 -Oi, Jane, tudo sim e você?
 -Eu estou bem, será que podemos nos encontrar? se for agora vai ser bem melhor
 -Claro, posso passar aí na sua casa?
 -Pode sim, claro
   Minutos depois, Jack chega...
-OI
-OI, O QUE HOUVE, VOCÊ PARECIA MEIO QUE DESESPERADA NO TELEFONE- DISSE JACK
-DESCULPA SE PREOCUPEI, EU ESTOU BEM, SÓ PRECISO QUE VOCÊ ME RESPONDA UMA COISA
-O QUE FOI? -PERGUNTOU JACK
-EU ME LEMBREI QUE EU PRECISVA VER SE TÊM ALGUMA FACULDADE DE ARQUITETURA AQUI POR PERTO, VOCÊ CONHECE ALGUMA?  PERGUNTEI
-OLHA, O DESTINO NOS JUNTOU MESMO, EU FAÇO FACULDADE DE ARQUITETURA TAMBÉM, E TEM UMA VAGA LÁ, E NÃO É CARA A MENSALIDADE.
-AÍ MEU DEUS, ISSO É INCRÍVEL, QUE FACULDADE QUE É?
-HAYWARD HALL- RESPONDE JACK
-FICA NA HENRY AVE, PHILADELPHIA, PA 19144, ESTADOS UNIDOS.
-ÓTIMO, QUE ANO QUE VOCÊ ESTÁ? - PERGUNTO-LHE
-ESTOU NO ÚLTIMO
-EU TAMBÉM!
-VAMOS LÁ NA FACULADE FAZER SUA MATRÍCULA
-VAMOS, SÓ VOU PEGAR MINHA BOLSA
 O bom é que a distância é de 35 minutos, mas o problema é se for muito caro, eu faço faculdade na Hayward em Annville também, mas eu não sei se eles vão continuar com minha matrícula de lá, eu espero que sim.
Chegamos lá, e a moça disse que minha matrícula já está feita, e que eu poderia começar na segunda-feira a aula, o bom é que só são quatro horas de aula e é de noite.
Liguei para meus pais e eles falaram que eu não preciso me preocupar porque eles que iam bancar a faculdade inteira para mim, fiquei bem feliz com isso e logo contei para o Jack, ele ficou tão feliz quanto eu fiquei.
O dia seguinte chegou, era meu segundo dia de trabalho, e o Noah apareceu e fez o mesmo pedido de ontem, conversamos de novo, só que dessa vez assuntos que fizeram ele rir.
-Quantos anos você tem, Jane? -perguntou
-Tenho 23 e você, Noah?
-Bom, eu tenho 31-respondeu
...
Depois conversamos mais e rimos muito, servi as outras mesas e deu a hora do meu almoço, fiz a minha comida e fui surpreendida pelo Jack, ele estava lá na lanchonete almoçando junto comigo, fiquei bem feliz por ele te lembrado de mim, eu percebi que eu não estava sozinha mais e que eu tinha amigos aqui.
Conversamos e depois fomos passear no parque, deu cinco da tarde, nós fomos para nossas casas e nos aprontamos para a faculdade, ele foi me buscar em casa para irmos juntos, chegando lá ele me apresentou tudo e fomos para a aula, não é muito diferente o ensino daqui e de Annville, mas aqui aparenta ser um pouco mais puxado, fomos para o intervalo, sentamos juntos e eu me lembrei do Mike, comentei isso com o Jack, mas não sei se foi o certo ter feito isso.
  -Jack, é a primeira vez em seis meses que eu me sento com alguém para almoçar
-Como assim, Jane?
-Lá em Annville, eu me sentava com o Mike na hora do intervalo
-E você está bem sentando comigo?
-Estou sim, estou feliz por você está aqui comigo.
-Desculpa, não devia ter falado isso
-Fica tranquila, você pode desabafar comigo quando quiser.
-Obrigada, Jack!!
  O intervalo passou e fomos para a aula, optei por não conhecer ninguém naquele dia, não queria me apegar e ficar triste quando eu fosse voltar para Annville. Depois de umas horas a aula acabou e fomos para casa, eu precisava falar com Jack sobre minha vinda para cá. A gente estava no carro quando eu falei, eu realmente precisava falar, não era justo isso com ele.
 -JACK, PRECISO QUE VOCÊ SAIBA QUE DAQUI UNS MESES EU VOU VOLTAR PARA ANNVILLE, ESTOU TE FALANDO ISSO PORQUE NÃO SERIA JUSTO COM VOCÊ ISSO, EU IR EMBORA ASSIM, SEM FALAR NADA
  -EU IMAGINEI QUE VOCÊ NÃO IRIA FICAR PARA SEMPRE, MAS VAMOS APROVEITAR O MÁXIMO, ESTÁ BOM? - DISSE JACK
  - ESTÁ BOM, OBRIGADA POR ENTENDER
  -NÃO TEM DE QUÊ.
Cheguei em casa, e fui dormir, o dia durou hoje, liguei para minha mãe, perguntei como ela e o pai estavam, ela disse que eles estavam bem e que estavam com saudades, eu estou com muita saudade deles também, mas eu estou tão feliz aqui.
Passaram se dois meses que eu estou aqui, e eu não imaginei que uma viagem se tornaria tão especial a ponto de eu não querer voltar para casa. Noah continua indo todos os dias para o meu trabalho e pede o mesmo pedido sempre, meus pais estão bem, o Jack também está, mas hoje não é um dia no qual eu vou ficar felizona, hoje já faz oito meses que o Mike morreu, eu sinto falta dele, mas eu sei que nunca esquecerei ele e também sei que ele ia querer que eu seguisse em frente, que eu fosse feliz de novo. Esses meses que eu passei ao lado de Jack só me fez perceber que eu sei viver sem o Mike, por mais que a saudade é grande eu sei viver, e eu percebi que eu estou me apaixonando depois de oito meses.
Não sei se eu devia falar para o Jack que eu estou gostando dele, como vai ser se eu for embora? mas eu não quero ir embora, eu preciso falar para minha mãe isso, mas amanhã eu ligo, já é tarde, essa hora ela deve estar dormindo, e amanhã eu falo com o Jack pessoalmente, eu não posso mentir para ele sobre meus sentimentos, desde o dia em que eu cheguei aqui, o Jack esteve ao meu lado, me apoiando, me fazendo rir e eu não quero que isso acabe, está decidido, amanhã irei ligar para ele.
É madrugada e ouço meu celular tocar, é o número do Jack, mas não era a voz dele na ligação.
 -ALÔ?
 -OI, QUEM É? CADÊ O JACK?
 -AQUI É DO HOSPITAL HELIPAD 1, QUERIA INFORMÁ-LA SOBRE UM ACIDENTE, JACK SOFREU UM ACIDENTE DE CARRO, ELE FOI ENCAMINHADO PARA A SALA DE CIRURGIA...
Tudo ficou tão estranho, por um momento eu não sabia o que falar, eu não conseguia imaginar que isso estava acontecendo...
ALÔ, A SENHORA ESTÁ AÍ AINDA? LIGAMOS PARA A SENHORA PORQUE VOCÊ É O CONTATO DE EMERGÊNCIA DELE...
-ESTOU AQUI, OBRIGADA POR AVISAR, CHEGO AÍ EM VINTE MINUTOS, POR FAVOR SALVA ELE, NÃO POSSO PERDÊ-LO TAMBÉM...
-FAREMOS NOSSA PARTE, SENHORA
Eu não posso perdê-lo, não posso, eu preciso dele, preciso que ele saiba que eu estou apaixonada por ele, e quero que ele saiba disso e que a gente possa ficar juntos.
 20 minutos depois eu chego no hospital, de lá eu ligo para a lanchonete e explicou o ocorrido, ela deixou eu passar o dia com ele,  liguei para a faculdade, mas não atenderam, então deixei um recado avisando o que tinha acontecido, disse também que eu não ia esses dias, porque eu ia ficar com ele. Liguei para minha mãe, ela disse que ia vim para a Filadélfia ficar aqui comigo, mas eu disse que era melhor ela ficar com o pai e que se as coisas por aqui piorassem era para ela vir ou que eu ia embora para casa novamente, porque a única pessoa que faz eu querer ficar é o Jack.
Nove horas depois Jack saiu da cirurgia, tudo ocorreu bem, a médica foi me chamar na sala de espera, eu estava tão cansada e tão preocupada...
Entrei na sala do pós operatório, e perguntei como ele estava e o que tinha acontecido, ele quase não conseguia falar, devia ser por conta da anestesia que estava deixando-o meio cansado, então falei para ele descansar que quando ele acordasse eu ia estar bem aqui.
Era nove horas da manhã do dia seguinte quando ele acordou, ele parecia estar bem melhor, conversamos e ele me disse que perdeu o controle na estrada e bateu em um poste, ele fez uma piada, disse que pelo menos o seguro cobriria os danos no carro, eu não aguentei e dei um abraço nele e comecei a chorar, ele me perguntou o porquê de eu estar chorando e eu disse que eu estava com medo de perder ele, então ele me acalmou e eu parei de chorar, ele disse que eu não precisava mais ficar com medo porque ele estava bem melhor e também me agradeceu por eu te ficado com ele esse tempo todo, que eu poderia ter dormido em casa, mas eu escolhi ficar do lado dele.
Eu aproveitei o momento e disse que eu estava apaixonada por ele, ele pediu para que eu chegasse perto, então ele sussurrou no meu ouvido -:eu estou apaixonado por você desde a primeira vez que eu te vi.
Eu dei um abraço bem forte e disse que assim que ele estiver alta a gente ia sair, mas dessa vez para um encontro, ele aceitou, mas com uma condição, que ele que teria que escolher o local, e lógico que eu aceitei.
Liguei para minha mãe, disse que ele tinha acordado e que ele estava bem, ela perguntou se eu queria voltar para Annville, e eu disse que eu estava feliz aqui e que eu tinha encontrado meu lugar, pensei que ela ia ficar triste, mas não, ela ficou feliz por minha decisão, mas disse que ela e o pai iriam para cá nesse final de semana para ver o que ficaria resolvido.
Voltei para o quarto onde Jack estava e falei que eu ia para casa tomar um banho e que depois eu voltava, ele disse que era para eu não voltar, pois ele recebeu alta hoje mesmo, fiquei muito feliz. Então fomos para casa, levei ele até a casa dele e fiquei esperando-o ficar pronto, só assim eu poderia ir embora tranquila.
-JANE? -DISSE JACK
-OI
-OBRIGADA POR TUDO, VIU
-OBRIGADA VOCÊ, PRECISO TE FALAR UMA COISA, MEUS PAIS VÃO VIR PARA A FILADÉLFIA NESSE FIM DE SEMANA, ELES VÃO CONVERSAR COMIGO A RESPEITO DE EU MORAR AQUI.
-SÉRIO? AI QUE LEGAL, FOI IDÉIA SUA? -PERGUNTOU
-FOI SIM, VOCÊ FEZ COM QUE EU ME ENCONTRASSE NESSE LUGAR E AGORA NÃO QUERO IR EMBORA MAIS- DISSE
-BOM, VOU PARA CASA, QUALQUER COISA ME LIGA QUE EU VENHO CORRENDO PARA CÁ, OKAY?
-OKAY, BOA NOITE, JANE- DISSE JACK
-BOA NOITE, JACK
  Eu estava indo para casa quando de repente Jack me puxa e me dá um beijo, aquele foi nosso primeiro, e foi muito especial, me senti bem fazendo aquilo, e me senti segura, fui para casa e não conseguia mais parar de pensar naquele beijo. Antes de ir dormir mandei uma mensagem para Jack dizendo:
JANE: JACK, VOCÊ VAI VOLTAR PARA A FACULDADE AMANHÃ?                                  
JACK: OI, VOU SIM, VOCÊ ME BUSCA AQUI EM CASA?
JANE: CLARO QUE BUSCO, ATÉ AMANHÃ ENTÃO, ALIÁS EU ESTAVA ESPERANDO UM TEMPO POR AQUELE BEIJO...BOA NOITE, JACK
JACK: OBRIGADO!!
JACK: EU ESTAVA ESPERANDO TAMBÉM, E VALEU APENA TER ESPERADO... BOA NOITE, JANE
 Era um novo dia, e eu não via a hora de ver ele novamente, fui para o trabalho, o Noah não apareceu, eu achei bem estranho, então eu liguei para ele, mas ninguém atendeu.
Quando meu expediente acabou eu liguei para Jack e disse para ele que eu estava preocupada com o Noah, ele foi até em casa e me acalmou, horas depois meu telefone toca e é o número do Noah, ele estava no hospital.
Jack me levou lá correndo, e eu fui ver o que tinha acontecido, ele tinha caído da escada e quebrou uma perna, contei para o Jack o ocorrido e ele ficou comigo lá no hospital. Esperamos ele sair da sala para que nós pudéssemos levar ele para casa.
-Jane? -disse Jack
-Oi, Jack, o que foi?  
-O Noah está vindo, quer que eu vá pegar a receita dele na sala do doutor?
-Não precisa, eu busco, fica aqui com ele, por favor
  Fui buscar a receita do Noah na sala do doutor, quando eu vi uma mulher, ela me lembrava muito uma amiga minha, mas seria muita coincidência ela estar aqui...Cheguei perto dela e perguntei seu nome.
-COMO É SEU NOME?
-LYDIA, E O SEU?
-JANE
-LYDIA, SOU EU A JANE, NOS CONHECEMOS NA ESCOLA, LEMBRA?
-AÍ MEU DEUS, LYDIA, O QUE FAZ AQUI? QUANTO TEMPO...
-LEMBRA DO MIKE? ENTÃO ELE FALECEU E MEUS PAIS ME MANDARAM PARA CÁ PARA VER SE EU ME ENCONTRASSE DE NOVO, E CÁ ESTOU EU..., MAS O QUE HOUVE COM VOCÊ, O QUE TE TRÁS AQUI NO HOSPITAL?
-ESTOU COM CÂNCER, JANE. DESCOBRI FAZ 3 ANOS, ENTÃO EU VIM PARA CÁ FAZER AS QUIMIOTERAPIAS..., MAS GRAÇAS A DEUS OS MÉDICOS FALARAM QUE TEM UMA CHANCE DE EU TER ME CURADO, MAS SÓ TEM UM PROBLEMA.
- O QUE FOI? -PERGUNTEI
- MEUS PAIS ME FALARAM QUE SE EU FOSSE VIR PARA ESSE HOSPITAL EU NUNCA MAIS VOLTARIA PARA CASA, E AGORA EU NÃO TENHO ONDE MORAR, JÁ QUE AS SESSÕES ACABARAM...
- LYDIA A GENTE SE CONHECE A ANOS, VEM MORAR COMIGO.
-NÃO IRÁ INCOMODAR? -PERGUNTOU LYDIA
-NÃO, JAMAIS VOCÊ ME INCOMODARIA.
- TUDO BEM, EU ACEITO, OBRIGADA JANE, VOCÊ É UMA ÓTIMA AMIGA.
- VOCÊ JÁ FEZ TANTO POR MIM, LYDIA. AGORA É MINHA VEZ DE TE AJUDAR...
 Fomos até o quarto dela e pegamos suas coisas e demos saída do hospital, saiu eu, Jack, Noah e a Lydia, foram todos para minha casa, já era tarde então pedi para que eles dormissem em casa, eu ia me sentir melhor com eles dormindo lá, eles aceitaram e cada um pegou um quarto e se acomodou.
Eu e Jack fomos até a varanda ficar juntos, nós conversamos e falamos sobre o beijo, ele me disse que não queria passar nenhum dia mais sem mim, então logo nos beijamos e fomos para dentro de casa dormir.
No dia seguinte, eu acordei e Jack não estava na cama, desci e ele estava na cozinha fazendo o café da manhã, fui acordar a Lydia e o Noah, todos nós comemos e fomos fazer nossas coisas. Antes de trabalhar eu deixei a Lydia no hospital, e eu fui com o Noah até a lanchonete e o Jack foi para o trabalho dele.
Teve bastante movimento hoje no trabalho e eu acabei saindo mais tarde, bom pelo menos eu vou pegar mais dinheiro por hora extra. Acho que seria legal reunir o pessoal para irmos no cinema um dia desses. Fui até o hospital buscar a Lydia, cheguei lá e Lydia estava chorando, corri até ela e perguntei o que tinha acontecido, ela me disse que o resultado saiu, eu já fiquei em choque, pensei que ela ia me dar uma notícia ruim, mas não, ela me deu uma notícia ótima, ela disse que os resultados deram positivo e que a quimioterapia funcionou, o câncer tinha saído dela e ela estava fora de risco.
Fomos para a casa, e ligamos para o pessoal ir lá para minha casa comemorar, os meninos chegaram e bebemos muito, conversamos, jogamos e por fim, acabamos caindo no sono e dormimos todos na sala, aquela noite foi incrível e eu daria de tudo para que se repetisse de novo, eu não mudaria nada.
Era umas oito da manhã quando a campainha tocou, fui ver quem era e fiquei surpresa, era meus pais!!
Acordei a galera e falei para eles subirem para o quarto porque era mais confortável, enquanto isso ficou eu, Jack e meus pais na sala conversando, eles estavam lá para resolver se eu ia morar aqui ou não, eu estava preocupada porque se eles não deixassem eu ia ter que voltar hoje mesmo para Annville, e eu não queria voltar, eu estava feliz aqui, eu me encontrei novamente.
Depois de muito tempo conversando, meus pais me deram a chave do carro e me deram um papel para eu assinar, perguntei que papel era esse, e eles me falaram que é o contrato da casa, que meus avós deixaram para mim. Eu fiquei muito feliz, porque eu estava prestes a começar a viver oficial aqui em Filadélfia, eu não pensei duas vezes e assinei o contrato, no mesmo dia meus pais voltaram para Annville, fui com eles até o aeroporto, nos despedimos e eu prometi a eles que nas férias eu iria para Annville visitá-los.
Voltei para casa, e contei a novidade para a Lydia e para o Noah, eles amaram. Então fomos sair para o shopping, assistimos "after", é um filme lindo, e parece que conseguimos juntar um casal, Noah e Lydia finalmente se beijaram, eles tem muito a ver um com o outro, acho incrível isso que eles tem, e acho que esse foi o momento certo para eles dois, ninguém pressionou eles só fizeram o que eles sentiram vontade. Ficamos andando pelo shopping por mais umas horinhas, depois disso o Noah pediu para que a Lydia fosse ficar na casa dele essa noite, e ela aceitou, então eu e Jack aproveitamos esse momento que estávamos a sós e curtimos só nos dois, e fazia tempo que eu não sentia isso que eu estou sentindo agora.
 Meses se passaram e eu estava indo para Annville visitar meus pais, Jack não pode ir comigo, então ele ficou aqui. Meu voo são as nove da noite, mas já estou no aeroporto os esperando chamarem.
Eu dormi o voo inteiro, desci do avião e meus pais estavam me esperando com uma placa na mão escrito "sentimos sua falta, Jane", dei um abraço bem forte neles e fomos para casa, estava planejando ficar uma semana lá e depois voltar para Filadélfia, mas não saiu como nos meus planos.
Eu cheguei na casa dos meus pais e me deu uma ânsia muito forte, tomei um dramin porque pensei que poderia ter sido pelo voo. Mais tarde eu passei muito mal e fui ao hospital, fiz exame e deu que eu estava grávida. Ok, EU ESTOU EM CHOQUE, como que eu vou falar isso para o Jake e ainda por MENSAGEM.
Tomei uma decisão, pensei em contar para ele só quando eu voltar, até porque uma notícia dessas não se dá por mensagem.  
Andei pela cidade toda, mas aquilo estava me fazendo mal, porque a cada lugar que eu passava eu lembrava do Mike, e não era isso que eu queria. Fui até uma loja para comprar uma roupa unissex para fazer a surpresa para Jack. Eu estava tão ansiosa por esse momento que eu ficava imaginando toda hora como vai ser.
Semanas se passaram, estava quase chegando o dia de voltar para Filadélfia, até que mais tarde os pais de Mike apareceram em casa.
 -OI, JANE
-OI, ESTÁ TUDO BEM?
-ESTÁ SIM, JANE, PRECISAMOS FALAR COM VOCÊ...-DISSE OS PAIS DE MIKE
-O QUE FOI, PODE FALAR.
-ENTÃO, ANTES DO MIKE FALECER, ELE DEIXOU UMA CARTA PARA VOCÊ, A GENTE QUERIA TER ENTREGADO ANTES, MAS NÃO CONSEGUIMOS.
-O QUE TEM NESSA CARTA? -PERGUTO-LHE
-NÃO SABEMOS, NÓS NÃO A LEMOS...
-OKAY, IREI LER, OBRIGADA!!
Então os pais dele foram embora e eu subi para meu quarto ler a carta
         CARA JANE,
   QUERO PEDIR DESCULPAS PRIMEIRAMENTE POR NÃO TER TE FALADO NADA, EU QUERIA, EU JURO, MAS NÃO ENCONTRAVA PALAVRAS PARA TE DIZER.
   ENTÃO, SE VOCÊ ESTIVER LENDO ESSA CARTA, SIGNIFICA QUE EU NÃO SOBREVIVI...EU ESTOU DOENTE, E É UMA DOENÇA QUE ESTAVA MUITO AVANÇADO, EU ESTOU COM PROBLEMAS CARDÍACOS, VÁRIAS VEZES EU TIVE ATAQUE CARDÍACO, E QUASE MORRI DIVERSAS VEZES, DECIDI FAZER ESSA CARTA PORQUE EU NÃO SEI ATÉ QUANDO ISSO VAI, EU SINTO MUITO, JANE. PEDI PARA QUE FALASSEM PARA VOCÊ QUE O MOTIVO DA MINHA MORTE FOI UM ACIDENTE PORQUE EU NÃO QUERIA MAGOÁ-LA MAIS AINDA, ME PERDOE POR NÃO TER CONTADO A VERDADE DESDE INÍCIO...
   MAS ME PROMETE QUE QUANDO EU MORRER VOCÊ NÃO VAI FICAR SOZINHA, VAI CONHECER OUTRAS PESSOAS, É ISSO QUE EU QUERO QUE VOCÊ SIGA EM FRENTE, FAÇA ISSO NÃO SÓ POR MIM, MAS FAÇA POR VOCÊ TAMBÉM, EU TE AMO E SEMPRE VOU TE AMAR.
                                                                                                              MIKE.
  Eu não entendo, ele devia ter me contado, eu acreditei que ele tinha morrido em um acidente de moto, porque foi o que me falaram, como que ele pode fazer isso comigo ? eu teria ficado mais ainda do lado dele...a saudade está grande, eu preciso de alguém aqui comigo, mas não posso chamar o Jack, não quero que ele fique magoado...
Fui andar pela rua para distrair a cabeça, eu estava muito magoada, aquilo me feriu muito...eu o perdoo Mike, entendo que você só queria o meu bem.
Acabei me descuidando e não vi que um carro estava vindo em minha direção...Quando eu percebi eu já estava no chão, consegui ouvir umas vozes “você está bem” “chamem a ambulância”, eu estava fraca, não conseguia me levantar, a única coisa que eu pensava era no meu bebe.
Ouvi a ambulância chegando, mas eu apaguei logo em seguida...
HORAS DEPOIS...
Eu acordei, meus pais estavam ao meu lado, eu lembro de ter perguntado do bebe, e eles falaram que eu havia perdido...Meu mundo caiu ali, eu comecei a chorar muito, no momento eu não queria voltar para Filadélfia, e não sabia como explicar essa situação para o Jake, então eu meio que fugi de tudo isso e tomei uma decisão que me machucou muito...
 Decidi mandar um e-mail, não podia ouvir a voz dele, eu não aguentaria isso.
      JACK
    VENHO POR MEIO DESTE E-MAIL, ME EXPLICAR, NÃO VOU VOLTAR PARA FILADÉLFIA, CUIDA DA LYDIA POR MIM E PEÇA PERDÃO A ELA E PARA O NOAH.
    EU PEÇO PERDÃO A VOCÊ TAMBÉM, VOCÊ NÃO MERECE PASSAR POR ISSO E EU SINTO MUITO, CONHECE OUTRA PESSOA, MAS POR FAVOR, NÃO VENHA ATRÁS DE MIM, EU PRECISO DESSE ESPAÇO E ACHO QUE VAI SER MELHOR PARA VOCÊ TAMBÉM, OBRIGADA POR TUDO E EU TE AMO, MAS NÃO POSSO VOLTAR.
                                                                                                              JANE
   Ele vai ficar muito triste comigo, mas é o melhor para ele agora, eu estou com essa tristeza e não quero fazê-lo sofrer por mais coisas, eu o amo e ele é a melhor pessoa desse mundo e eu devo muito a ele...
A cada dia que passa eu penso no Jake, será que ele está bem? será que ele me perdoou? Eu não sei de nenhuma dessas respostas... Eu perdi muitas pessoas, Mike, Jake, meu bebê, eu não aguento mais isso.
Todos os dias eu me levanto, e não sinto vontade de fazer nada, é como se os dias se tornassem meses, o tempo estava voando, e quando eu me dei conta, já havia se passada 5 meses.
Mantive meu foco na faculdade, corri atrás do tempo perdido, optei por não conhecer ninguém, eu estava melhorando e precisava me manter assim...
Dois anos se passaram, eu conclui a faculdade, tenho meu trabalho, meus negócios e eu me curei daquela tristeza toda, mas eu ainda não estou feliz, tem alguém que não está aqui comigo, então eu decidi voltar para a Filadélfia e me explicar melhor, eu nunca o esqueci, pelo contrário, eu penso nele todos os dias desde quando eu voltei para Annville, conversei com meus pais e eles me deixaram voltar, peguei o primeiro avião e fui para lá.
O voo atrasou, parecia que era errado o que eu estava fazendo, mas ele precisa saber da verdade, é o direito dele. Cheguei na Filadélfia, não via aquele lugar como eu via antes, agora pra mim é tudo tão normal, e que parece que a magia que eu via nesse lugar tinha sumido.
Fui até a casa dele, quando a porta abriu era uma mulher, eu pensei “será que ele não mora mais aqui?”, mas então eu perguntei pelo Jack, e ela disse que ele tinha saído mas que já estava para chegar, eu fiquei chateada, pensei que aquela fosse a namorada dele mas eu me enganei, e por um engano meu, eu deixei mais uma vez o amor da minha vida ir embora. Fui para casa chorando, estava chovendo muito nesse dia, então eu parei em um ponto de ônibus, e parou um carro na minha frente, na hora fiquei assustada, mas quando abriram o vidro eu vi que era a Lydia. Ela pediu para que eu entrasse no carro, mas fiquei meio indecisa porque eu tinha deixado ela também, sem explicações nenhuma..., mas decidi entrar no carro e falar tudo para ela.
 -ME DESCULPA, LYDIA, EU FUI PARA ANNVILLE E LÁ EU DESCOBRI QUE EU ESTAVA GRÁVIDA, E SEMANAS DEPOIS QUE  EU DESCOBRI EU RECEBI A VISITA DOS MEUS EX SOGROS, PAIS DO MIKE, ELES ME DERAM UMA CARTA E NELA EU DESCOBRI QUE ELE MORREU DE ATAQUE CARDÍACO, EU FIQUEI EM CHOQUE E DESESPERADA, ENTÃO EU SAÍ PARA ANDAR NA RUA, MAS UM CARRO ME PEGOU E EU SOFRI UM ACIDENTE E ACABEI PERDENDO O BEBÊ, EU ESTAVA APENAS DE UM MÊS E EU PERDI MEU FILHO, ENTÃO MANDEI AQUELE E-MAIL PARA ELE, NÃO SABIA COMO CONTAR E AGORA É TARDE DEMAIS, ME DESCULPE...
-EI, EU TE DESCULPO, EU ESTAVA COM SAUDADES E PREOCUPADA COM VOCÊ, SINTO MUITO PELO SEU BEBÊ, MAS NUNCA É TARDE DEMAIS, VOCÊ JÁ FOI FALAR COM ELE? -PERGUNTOU LYDIA
-EU ESTAVA NA CASA DELE, MAS ELE NÃO ESTÁ MAIS SOZINHO, EU PERDI O AMOR DA MINHA VIDA E ACHO QUE É PARA SEMPRE, EU SÓ PRECISO CONTINUAR MINHA VIDA E SEGUIR EM FRENTE, DA MESMA MANEIRA QUE ELE FEZ...
-COMO VOCÊ PODE TER CERTEZA QUE ELE ESTÁ COM OUTRA?
-PORQUE QUANDO EU TOQUEI NA CASA DELE, FOI UMA MULHER QUE ABRIU A PORTA
-EU SINTO MUITO, JANE...
-MAS E VOCÊ E O NOAH ESTÃO BEM?
-ESTAMOS SIM, ALIÁS QUERO TE FAZER UM PEDIDO, QUER SER MINHA MADRINHA DE CASAMENTO? -PERGUNTOU-LHE
-AÍ MEU DEUS, É CLARO QUE SIM, PARABÉNS, VOCÊS MERECEM
Ficamos conversando e ela me levou até minha casa, fazia tempo que eu não vinha aqui, sentir o cheiro desse lugar me traz boas lembranças..., tentei ir dormir, mas minha cabeça estava tão cheia.
Decidi ficar aqui umas semanas para abrir o meu escritório, já que estava tudo pronto para isso. Logo pela manhã eu fui até lá e organizei tudo para começar o trabalho. Agora tenho meu próprio emprego e estou muito realizada, muitas coisas aconteceram comigo nesses últimos anos e se eu soubesse que ia terminar assim, eu jamais teria ido para Annville naquela época.
 Fui ver o Noah e a Lydia, eles estão bem e felizes, o casamento deles vai ser no domingo, e eu preciso ir atrás do meu vestido. No caminho da cidade eu vi a namorada do Jack, pelo menos é o que eu achava que ela era, passei bem rápido para que ela não pudesse me ver, ela tem sorte de ter ele na vida dela, gostaria muito de ir até ela e falar para ela valorizar muito ele, porque ele era único e especial, mas não poderia fazer isso, então apenas entrei na loja e foquei em escolher o vestido.
 Eu decidi mudar meu visual, fui ao salão e pedi para que pintasse o meu cabelo. Cinco horas depois, a transformação foi feita, eu me olhei no espelho e vi uma mulher ruiva, mas não um ruivo chamativo e sim aquele ruivo chegado para o natural, cabelo Chanel e liso, meu olho azul destacou bastante.
Eu estava me sentindo bonita depois de muito tempo, e o dia mais esperado chegou, ela está tão linda e feliz. Coloquei meu vestido e fiquei esperando minha entrada, eu não estava pensando no Jack, mas ele apareceu do meu lado, ele não mudou nada, continua alto, bonito, seus olhos castanhos estavam brilhando e seu cabelo castanho claro parecia mais claro desde a última vez que eu o vi, fiquei sem reação não sabia se ele estava bravo comigo, eu olhei para ele e senti como se fosse a primeira vez que eu o via. Ele abriu um sorriso e me disse oi, eu respondi e fique aliviada, minha voz saiu como se eu estivesse nervosa, mas eu estava feliz que ele falou comigo.
Entrei no casamento e fiquei do lado do altar, e lá estava ela, aquele vestido perfeito que ela está usando, ela está com uma coroa e um vel que vai até o pé dela, ela está parecendo uma princesa, e eu tenho tanto orgulho dela. A cerimônia começou e foi a coisa mais linda, eu podia ver como ela estava feliz, acho que eu não a via desse jeito desde quando ela recebeu o resultado médico, minha melhor amiga está casando e eu estou do lado dela nesse momento e feliz por ela.
A cerimônia acabou e fomos para a festa, estava indo tudo muito bem, até que a namorada dele chegou, eu não podia ficar ali vendo e fingindo para mim mesma que eu não ligava, então eu fui embora, mandei uma mensagem para ela e ela me entendeu. Cheguei em casa, tirei aquele vestido e coloquei meu pijama, fui até a varanda e peguei um livro, fiquei por horas lendo até que eu comecei a pegar no sono e entrei para casa.
Lydia já estava na lua de mel dela, todos os dias ela me manda foto da viagem, ela está aproveitando muito com o Noah, eles foram feitos um para o outro. Filadélfia não é mais o mesmo, não tenho mais aquela vontade de morar aqui, a única coisa que me fazia querer ficar está com outra e eu não sei se eu aguento ver ele na rua junto com ela, preciso voltar e recomeçar por lá mesmo em Annville...
Já se passaram duas semanas, Lydia e Noah voltaram já faz uma semana de viagem, e eu estou arrumando minhas coisas para me mudar de novo, mas agora é para valer.
 Antes de ir embora, Lydia apareceu em casa e falou que precisava falar comigo e urgente, eu fiquei meio assustada e ouvi o que ela tinha a me dizer.
 -JANE, ELE NÃO NAMORA, AQUELA MULHER É IRMÃ DELE, E ELE PERCEBEU QUE VOCÊ FOI EMBORA MAIS CEDO DA FESTA E ELE ME PERGUNTOU O MOTIVO, EU DISSE QUE VOCÊ NÃO PODIA FICAR VENDO ELE COM OUTRA MULHER, ENTÃO ELE ME DISSE QUE A ANNE TINHA COMENTADO QUE VOCÊ FOI LÁ E ELA ME DISSE TAMBÉM QUE VOCÊ SAIU AS PRESSAS E CHORANDO, ELE TE AMA JANE, E ELE NUNCA DEIXOU DE TE AMAR, VAI ATRÁS DELE E NÃO VÁ EMBORA, FIQUE AQUI, EU PRECISO DE VOCÊ, TODOS NÓS PRECISAMOS.
-EU PRECISO DELE, PRECISO FALAR A VERDADE PARA ELE, OBRIGADA POR ME FALAR ISSO, EU TE AMO LYDIA
-VAI ATÉ SEU HOMEM, JANE
Depois que ela me disse isso, eu corri até o carro e fui na casa dele, ele atendeu a porta  e eu dei um abraço e um beijo nele e falei que eu amo ele e que nunca deixei de amar, a gente conversou, falei para ele que eu tinha perdido um filho dele e não sabia como contar, por isso que eu sumi e mandei aquele e-mail, pedi perdão e ele e perdoou e me fez prometer nunca mais ir embora.
Eu não vou me mudar mais, eu estou ao lado do amor da minha vida e dos meus melhores amigos, tenho casa, carro e um emprego, não preciso de mais nada.
Liguei para meus pais e eles ficaram felizes, eu chorei muito, mas não por tristeza e sim por felicidade, apesar de tudo eu e ele estamos juntos novamente, e o destino nos uniu mais uma vez e não quero ficar longe dele nunca mais.
Liguei para Lydia e Noah, marcamos de nos encontrar na minha casa. Uma hora depois eles chegaram, nós jantamos, bebemos e conversamos muito, foi como se a gente estivesse revivendo aqueles momentos no passado. Conversei com todos eles e pedi perdão mais uma vez, e eles perdoaram falaram que entendia o meu lado, mas que é para eu prometer nunca mais fazer isso, porque eles sentiram a minha falta, e eu senti a deles.
Horas e horas depois, cada um foi para sua casa, as coisas estavam indo tudo tão bem que eu resolvi pedir para o Jake vir morar comigo, e ele aceitou na hora.
Duas semanas se passaram, Jake já mora comigo e estamos trabalhando muito, fazendo várias viagens, está indo tudo bem.
  Um ano depois, ele me pediu em casamento e eu aceitei, começamos a fazer nossos planos, estamos planejando comprar uma casa maior porque queremos dois filhos, fomos até uma imobiliária e ela nos mostrou uma casa fantástica, não pensamos duas vezes e compramos a casa. O casamento estava chegando e tivemos uma notícia incrível, Lydia e Noah estão esperando uma menina, eu aproveitei o momento e nos dois perguntamos se eles querem ser nossos padrinhos de casamento, e eles aceitaram.
O grande dia chegou, eu estava realizando um sonho, estava me casando ao lado do amor da minha vida e meus amigos e família estavam lá, era o melhor dia da minha vida, eu estava indo para a igreja de limusine, junto com minhas madrinhas e minha mãe, elas estavam lindas. Cheguei na igreja, e pude ouvir a música de entrada do Jack, e dos padrinhos, logo em seguida foi a entrada das madrinhas, foi a coisa mais linda, tinham câmeras em todos os lugares e muitas flores, a decoração era branco e dourado e tinha um enorme tapete vermelho na entrada até o altar. Meus pais entraram na igreja e eu sou a próxima, confesso estar nervosa, mas estou muito feliz.
Entrei na igreja com um buquê lindo com flores brancas e douradas, todos estavam me olhando, alguns estavam chorando, tinham câmeras me filmando, e foi quando eu vi ele, naquele altar, como ele estava lindo, a cada passo que eu dava eu só pensava que eu estava chegando perto do meu felizes para sempre.
A cerimônia começou, todos se sentaram e o padre começou a falar, eu olhava no fundo dos olhos deles e ele olhava no meu.
O padre pediu para que nós disséssemos nossos votos.
EU JANE
PROMETO SER FIEL, AMAR-TE E RESPEITAR-TE, NA ALEGRIA E NA TRISTEZA, NA SAÚDE OU NA DOENÇA.
EU TE AMO
EU JACK
PROMETO TE AMAR A CADA BATIDA DO MEU CORAÇÃO, TE DESEJAR A CADA RESPIRAR E TE RESPEITAR A PISCADA DOS OLHOS, ASSIM COMO O MAR É FIEL A AREIA, EU SEREI FIEL A VOCÊ.
EU TE AMO
Então chegou o momento onde colocamos as alianças, a sobrinha dele trouxe junto com meu primo, eles estavam muito fofos, colocamos as alianças e o padre disse EU VOS DECLARO MARIDO E MULHER, PODE BEIJAR A NOIVA.
Nesse momento todos se levantaram e aplaudiram, fomos embora e jogaram milhares de grãos de arroz na gente, foi muito legal. Fomos para nossa lua de mel, ele me levou para ilha Maldivas, essas duas semanas que passamos lá foi a melhor, fomos nadar com os golfinhos, fomos em vários restaurantes chiques e andamos de barco, foi a melhor viagem de todos os tempos, mas no nosso último dia de viagem eu passei muito mal, chegamos na Filadélfia e fomos direto para o hospital, ficamos por horas lá, fiz exames e só estamos esperando o resultado.
 Algumas horas depois o médico nos chamou e disse que eu estou com uma virose, mas não era nada que eu devesse me preocupar, compramos remédios e fomos para nossa casa nova. No dia seguinte, Noah e Lydia foram em casa, nós viramos a noite conversando.
Voltamos para nossa rotina com os trabalhos, depois de três meses nós construímos uma piscina em casa, era um dos nossos planos, mas eu não pude aproveitar ela quando ficou pronta, eu estava muito enjoada e com muito sono, não falei nada para o Jack, pensei que fosse a virose de novo, então fui ao médico e fiz mais exames, fiquei no hospital por uma hora esperando os exames chegarem, e quando chegou o médico me surpreendeu com um "parabéns mamãe", eu dei um grito na sala, eu fiquei tão feliz fui direto para o shopping comprar um sapatinho que servia tanto para menino e tanto para menina, até porque eu ainda não sabia o sexo do bebê. Cheguei em casa, montei uma caixinha com os sapatos dentro e o exame de sangue, ele chegou e perguntou o que era isso, eu só falei para ele abrir, e lógico que eu gravei esse momento, peguei uma câmera e escondi, quando ele abriu ele deu um pulo e me abraçou, começamos a chorar, mais um sonho estava se realizando.
Meses após meses, começamos a montar o enxoval, e era uma menina, o quartinho era rosa, cada detalhe é perfeito. Um mês depois o bebê da Lydia e do Noah nasceu, a casa virou uma festa, mas também ela estava tendo dificuldade para dormir, algo bem normal.
Era de madrugada, eu estava na casa da Lydia, comecei a sentir contrações e pedi para que ela acordasse o Jack e que ele me levasse no hospital, as dores estavam vindo de dois em dois minutos, sabia que minha menina estava querendo vir, conversei com ela e falei, vem filha, a mamãe e o papai estão te esperando, horas depois de muita dor e luta, Alisson nasceu, é uma menina linda, que esbanja alegria, quando ela dorme parece um anjinho, eu estava completamente apaixonada por ela.
Dois dias depois eu tive alta, fomos para casa.
Meses se passaram e eu confesso que não é fácil, mas com ela a gente luta e aprendemos todos os dias.
Nossa filha está chegando nos seu primeiro aninho, e como o tempo voa, estamos aprendendo com ela a cada dia que passa.
Hoje é um dia especial, ela falou mamãe pela primeira vez, o papai ficou com ciúmes, mas ele estava esperando-a falar papai, e não demorou muito para que isso acontecesse.
Nossa filha está crescendo e meu amor pelo Jack está crescendo a cada dia.
  Dez anos se passaram, nossa filha já está enorme, e a melhor amiga dela completou onze anos ontem, elas cresceram juntas e são inseparáveis, amo essa amizade.
Eu e o Jack estamos mais felizes que tudo, meus pais vieram morar na Filadélfia para ficar mais próximo de mim e de sua neta, tivemos apenas uma filha, mas está perfeito, ela nos completa e nos dá amor todos os dias.
Lydia e Noah estão bem e felizes, sou muito grata pela amizade deles, e não quero perdê-los nunca.
Bom, eu tenho uma dica pra você, se for necessário recomeçar, então recomece, se VOCÊ ama alguém não esconda isso, lute pelo seu amor, mas apenas se for recíproco, e viva cada momento como se fosse o último.  
                                                                                            FIM
História feita por mim mesma, espero que gostem, se for usar dê créditos. 
Amanda Fiorin
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CARTA DE SUICIDIO
Bom, durante 22 anos da minha vida eu quis ser uma pessoa melhor, ser uma pessoa com a fé inabalável, que olhava para as coisas e pessoas e pudesse pensar em maravilhas de sentimentos bons; eu sempre quis ser uma pessoa melhor.......uma filha melhor, uma irmã melhor, uma sobrinha melhor, uma neta melhor, uma prima melhor, uma namorada melhor, uma afilhada melhor, uma nora melhor, uma colega melhor, uma amiga melhor, uma madrinha melhor, uma aluna melhor, uma funcionária melhor, um ser humano melhor, uma pessoa melhor...
Eu tentei, tentava todos os dias, e isso era uma luta muito maior que eu, qualquer coisinha me abalava e já me deixava mal, eu nunca quis sentir demais, nunca quis me importar demais, nunca quis ser intensa demais ou doente demais...
Eu sempre me sentir de escanteio o tempo todo, sempre sentir que as pessoas se importavam comigo ate os interesses delas acabarem, daí eu virava apenas aquela pessoa que seria uma segunda opção..
Eu e meus amigos nunca fomos tão próximos assim, nem e eu meus pais, minha família, meu namorado... tem bastante coisas que ninguém sabe sobre mim, mas eu tentava falar.. e já era recebida como quem quer chamar atenção, ingrata, mimada, e etc.... então nunca me mostrei de verdade PARA NINGUÉM!
O que vocês viram era uma versão de quem eu queria que vocês vissem, eu sentia todos os sentimentos de uma vez só, e nunca conseguir colocá-los para fora, POR MEDO e porque eu sabia que ninguém seria capaz de sentar comigo e conversar e me ouvir de verdade e querer me ajudar de verdade.
Vou deixar os meus esclarecimentos para algumas pessoas aqui, e se seu nome não estiver aqui não se sinta menos importante, vai por mim ... todos a minha volta eram importantes para mim!!!!!!!!
1° Mãe :
Eu não posso imaginar a dor que a senhora esta sentindo agora, eu não consigo nem sequer sentir com você, mas eu quero que entenda: Eu precisava fazer isso, não estava feliz, eu me sentia uma excluída do mundo e uma pessoa ruim O TEMPO TODO, se eu não acabasse com isso, eu ia enlouquecer ... Quero que saiba que vamos estar sempre conectadas o tempo todo, até o fim e no céu vamos nos encontrar (se eu for para o céu ), mas vamos sempre estar conectadas. Eu não posso deixar de te agradecer por tudo absolutamente tudo, por sempre me dá tudo que eu sempre quis, por sempre colocar os meus sonhos acima dos seus, por ser essa mulher guerreira e que sempre lutou para deixar a nossa família bem, eu jamais vou esquecer da senhora e de como a vida foi muito perfeita com você, e espero que possa me perdoar e que possa seguir em frente, não quero que caia em depressão ou que fique se culpando, eu tinha que fazer isso... e espero que entenda que eu já estava morta por dentro. Siga em frente e saiba que agora meu coração descansou e que estou feliz e aliviada. TE AMO PARA TODO SEMPRE.
2° PAI:
O grande herói da minha historia, mesmo com todo desentendimento e brigas, eu sempre me sentir mais parecida contigo, temos uma personalidade forte, somos de opiniões diferentes e sempre brigamos e discutimos pois cada um tem seu jeito de se expressar, eu te peço perdão por tudo, por cada grito, por cada briga, por cada discussão, mas saiba que me sinto muito conectada á você. Você de longe foi o herói da minha vida, e obrigada por tudo. Por cada segundo da sua vida dada à mim, por sempre me levar e buscar nos pontos de ônibus, obrigada por sempre ter ficado do meu lado e eu jamais vou imaginar a dor que está sentindo agora, mas antes eu do que vocês, sem você e a mãe eu jamais saberia viver.. e preferir ir antes de vocês. Não se sinta culpado, eu não estava feliz, mas agora estou aliviada. Siga em frente e saiba que agora meu coração descansou. TE AMO PARA TODO SEMPRE.
3° IRMÃO:
A minha pessoinha que sempre estive e vou me manter conectada, você foi e é o melhor irmão de todos os tempos, ate me emociono falar de você pois eu queria ter aproveitado mais tempo ao seu lado, queria que o tempo voltasse e que a gente pudesse ser criança de novo, e que a nossa única preocupação fosse não perder nenhum desenho do bom dia & Cia hahah, eu te admiro, admiro o homem que se tornou, admiro a sua profissão, admiro a pessoa que és, eu te admiro muito e queria ser mais como você, mas meu coração estava podre e cheios de negatividade e você não é assim... Obrigada por cada pedacinho de aprendizagem, por cada mimo.. Obrigada por tudo!! Não se sinta culpado, ninguém no mundo seria capaz de tirar isso da minha cabeça.. siga em frente e saiba que agora meu coração descansou. TE AMO PARA TODO O SEMPRE.
4 ° VÓ:
Eu não queria te deixar um recado pois, eu sentiria vergonha, a senhora deve estar decepcionada comigo.. e eu sinto muito. Vó Carminha, que mulher incrível e de alma leve e cheia luz a senhora é, eu me inspirei na senhora o tempo todo da minha vida, mas não conseguir ser forte como a senhora, eu sou uma pessoa de sorte, por ter te conhecido e por ter feito parte da sua vida. Eu tenho um respeito enorme por ti, obrigada por tudo, eu não tenho muito para falar para a senhora, mas saiba que tentei de tudo, e eu sempre coloquei o meu amor por você acima de tudo. Não se sinta culpada, Obrigada por tudo. Siga em frente e saiba que agora meu coração descansou. OBS: eu tentei te dizer diversas vezes o que estava dentro do meu coração, mas não saía nenhuma palavra da minha boca, o medo e a vergonha sempre me travou. EU TE AMO PARA TODO O SEMPRE.
5° AFILHADO DANIEL:
Merda, eu vou sentir sua falta, eu vou me culpar de onde eu estiver por não ter esperado você crescer e entrar no fundamental, depois no ensino médio, e te ver se formando na faculdade, ou te aplaudir porque você quis se tornar ator, ou te ver jogando porque você decidiu ser jogador de futebol, ou um dançarino, ou uma pessoa que vende a arte na praia, independente, eu queria ser forte o suficiente para ter conseguido ter ver conquistar cada passo, cada sonho e eu queria ser mais presente na sua vida, mas não fui... eu queria ter te levado para passar ao menos uma vez. Saiba que a dinda sempre amou você de uma maneira significativa, que nem eu sei explicar, você foi o filho que eu não pude ter. Eu quero que cresça feliz, cheio de luz, brinca o tempo todo, não se cansa de brincar, corre na lama, se suja de tinta, come areia sem querer, caía e se machuca mas sempre se levante, SAIA DO CELULAR, agradece sempre á Deus por todo na sua vida, nunca saía da igreja.. E quando estiver na adolescência, não tenha medo se apaixonar, tenha medo de drogas e armas, trate toda mulher com respeito acima de tudo, e aproveiteeeee tudo!! A dinda te ama e sempre vai te amar, siga em frente e saiba que agora meu coração descansou. TE AMO PARA TODO O SEMPRE.
6° Vinicius :
É complicado para mim .. você foi a pessoa que mais pedir ajuda, ou tentava pedir ajuda... eu sempre quis que você me enxergasse mais longe e mais dentro da minha alma e entendesse o que estava se passando comigo. Você foi a única pessoa que eu abria meu coração, mas nunca estendeu as mãos e me ajudou, assim como todas as pessoas á minha volta, você tinha coisas mais importantes para fazer.... Eu te dei varias chances para sentar comigo e conversar, de você me ajudar.. mas nossas brigas sempre foram ruins demais para você me enxergar de verdade, eu sempre me sentir insegura contigo, tinha medo e ciúmes.. pois no fundo eu sabia que você merecia alguém melhor. Você poderia ter me escutado apenas uma vez. Mas não é culpa sua, eu já estava doente á bastante tempo, e isso começou afetar nossa relação, eu era ruim e escrota contigo, talvez essa seria a minha defesa.. sei lá .. Voce foi o meu primeiro namorado e me sinto grata por te encontrado uma pessoa boa, de coração bom e gentil.. Obrigada por cada detalhe da nossa relação, e desculpa se eu falhei todas as vezes, talvez o que começou a me piorar, foi nossa relação mas mesmo assim eu sou grata. Com você eu tive os melhores beijos, melhores viagens (na cabeça), melhores planos, e um futuro incerto onde eu planejei tudo na minha cabeça, e claro os nomes dos nossos filhos seria sim LOUISE E NOAH, você ia ter que aceitar!!! Não quero que ninguém te culpe, você não sabia o que estava acontecendo e dias afastados, a gente mal se conhecia. Voce é uma pessoa forte e capaz de conquistar tudo, tenha um futuro de sucesso, arrume outra garota, ame-a, seja feliz, case-se com ela e vai construir sua vida NIÇIO, eu fui feliz e fui embora sabendo que fui amada por você. Siga em frente e saiba que o meu coração descansou agora. EU SEMPRE VOU TE AMAR.
7° PRIMOS E TIOS .
Família é grande demais para escrever um por um hahaha vocês me perdoem, mas me perdoem mesmo, eu queria ser mais presente na vida de cada um.. Meus tios lindos, obrigada por tudo, eu amo cada um de vocês, e sejam felizes. Tias lindas, vocês são maravilhosas, eu rir muito ao lado de cada uma, eu fui feliz e muitos momentos com vocês. Saiba que cada uma tem um lugar no meu coração. Meus primos e primas, crianças mais barulhentas que já conheci na minha vida kkkkk, vocês de longe leva a casa da vó a loucura... mas sempre me sentir sortuda por conhecer crianças tão espetaculares. Lai, você é a minha luz e eu te amarei eternamente, seja sempre estudiosa, você terá um futuro lindo. Julia, minha modelo, eu amo nossas lembranças juntas, na praia com as baratas kkkkk Deus tem preparado algo para a sua vida, te amo muito. Geovanna, poxa miga sua louca, eu te queria mais por perto, cuidado com o caminho que leva sua vida e sempre vai pela a luz, te amarei ate o fim. Natally .. tentei de todas as formas te dizer, mas nunca conseguir, eu sempre quis sua ajuda, mas nunca fui capaz de pedir ajuda... você é a minha melhor amiga, pena que não era recíproco.. você me deixava de fora de muitas coisas na sua vida, mas eu sempre te colocava dentro de tudo na minha... NÃO SE CULPE, nunca foi culpa sua, eu sou grata por ter compartilhado muitas coisas contigo. Enfim, a todos vocês.. Sigam em frente e saiba que o meu coração descansou agora. AMAREI TODOS ATÉ A ETERNIDADE.
8° AMIGOS:
Eu tinha comigo amigos fodas demais, pessoas de corações enormes, eu sempre quis ser a melhor da minha versão para cada um de vocês, mas mesmo assim me sentia insegura com alguns de vocês, eu queria ter pedido ajuda para cada um, mas nenhum de vocês pararia o que estava fazendo só para me ajudar, alguns parariam sim, mas ia fingir da importância, então sempre preferir ficar quieta... Eu me sentia uma estranha no ninho, isso com qualquer um de vocês, se eu não procurasse cada um, vocês não iam vir atrás de mim, eu dei chances para cada um me conhecer de verdade, eu dei chances para cada um estender as mãos e pelo menos escutar, mas eu sempre deixei de lado minhas angustia, pois o problema de vocês era mais importante, não irei citar nomes, mas cada um sabe, como vocês me usava como psicóloga, como me queriam por perto só para ajudar vocês, como me colocava como segunda opção, como nunca se importaram comigo de verdade, como sempre me deixaram sozinha quando não precisam mais de mim. Eu queria ajuda, eu gritei por socorro mais ninguém parou para me ouvir de verdade!!!!!!! Mas mesmo assim eu não posso deixar de lado os momentos que estivemos juntos, as risadas, as pequenas felicidades, eu sei que nenhum de vocês tem culpa, e eu não culpo por nada. Eu vou levar só aquilo que me deixa confortável.. aos meus amigos da época da escola eu agradeço por tudo, você nunca saíram dos meus pensamentos, aos meus amigos da faculdade, eu amo meu grupinho de megeras, e aos meus amigos de infância e os que a vida colocou no meu caminho, agradeço por estarem ao meu lado em momentos que jamais esquecerei. NÃO SE SINTAM CULPADOS, ninguém tem bola de cristal para saber o que se passava comigo. Sigam em frente e saibam que o meu coração descansou agora. AMO VOCES.
Enfim, eu queria colocar mais pessoas aqui, porem ia ficar cansativo de ler, a cada pessoa que escrevo e que estava minha vida, eu tentei pedir ajuda a cada um, mas nunca me olharam de verdade e viram que eu pedia socorro. Eu sempre fui uma pessoa que tem problemas na vida mas parecia não ter, eu fazia piada, eu dava risada, mas até o palhaço tinha suas marcas NE.. Eu queria ter sido mais forte, porém, nunca fui.. e dessa vez cansei de tentar ser alguém ou mostrar que sou uma pessoa que eu não sou. A todos os meus muito obrigado e vida que segue.
DOEM TODOS OS MEUS ORGÃOS!
SIGAM EM FRENTE E SAIBA QUE AGORA O MEU CORAÇÃO FINALMENTE DESCANSOU .
POR AMOR A CADA UM DE VOCES.
BEIJOS.
ASS: TAINÁ MOURA
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betabugblog · 4 years
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Quando eu não estiver mais aqui
Uma conta anônima no facebook postou fotos minhas caídas no chão do colégio com cortes amostra e várias pessoas começaram a comentar coisas horríveis dizendo que era drama, que era para aparecer, outros eram ainda piores, falavam que eu deveria cortar mais fundo e me matar logo de uma vez, que ninguém me queria aqui e que se fossem eu também gostariam de se cortar, pois deve ser horrível. Então eu busquei alivio aqui e encontrando outros jovens como eu, eu descobri problemas similares e problemas que me faziam sentir idiota com os meus, descobri também formas de lidar com essa dor, foi quando eu comecei a me cortar. Eu queria um alívio dessa dor emocional, que você não vê onde é e não sabe como vai curar. No começo comecei cortando na coxa, como me foi ensinado, em um lugar que ninguém vê, era um alívio tão grande, sentir aquela dor física que você sabe da onde veio, do por que dela existir, sua mente foca naquilo e esquece do resto. Quando eu não estiver mais aqui, eu quero que as pessoas saibam o quão arrependida eu estou por tudo, quando eu não estiver mais aqui eu quero que as pessoas saibam que eu não fiz por mal, eu não quis magoar ninguém, quando eu não estiver mais aqui, eu quero que as pessoas saibam como tudo começou, quando eu não estiver mais aqui eu quero que minha história tenha sido contada... Boa leitura a todos vocês, esse é o último post do Beta Bug
Essa história tem dois começos na verdade, o primeiro diz respeito ao blog, o segundo ao fim dele. No primeiro começo, você tem um grupo de crianças que se divertem o tempo todo, que brincam e riem das piadas um dos outros e tem uma menina que não brinca com ninguém, que não ri com ninguém, que é a piada da turma.
Eu não sei bem como tudo começou, parece que desde sempre meus colegas nunca gostaram de mim, eles diziam que eu era estranha, que eu era chata, cdf, chaveirinho dos professores, que eu era sem graça, gorda, feia. Parece que um dia eles simplesmente decidiram escolher alguém para poder falar mal, esse alguém era eu, porém à medida que fomos crescendo as piadas e ataques foram diminuindo, não falavam mais de mim, nem comigo, era como se eu não existisse, virei invisível.
Em meio a tudo isso, sempre tive um amigo que esteve comigo em todos os momentos, o Pedro, ele foi por muitas vezes minha força e vivia me dizendo que eles tinham inveja pois eu era eu mesma e não uma cópia que queria se encaixar. Então, à medida que eu fui crescendo eu decidi usar toda aquela violência e maldade que faziam comigo para crescer e ficar mais forte.
Assim, mesmo com o apelido Beta que significa fase de testes, eles me chamavam de bug pois estava cheia falhas, e eu peguei esse apelido e transformei em algo bom, o Beta Bug, e o Bug Brechó. Com o Beta Bug eu achei minha voz, eu falava sobre tudo e dava minha opinião sincera sobre as coisas, já que eu sempre achei que ninguém queria escutar o que eu tinha para falar. E com o Bug Brechó, eu encontrei minha personalidade, me deu forças para encarar as pessoas e me forçou a socializar mesmo com gente que eu não gostava ou que não gostava de mim.
O problema é que quando você sofre tanto bullying como eu sofri, nem sempre é fácil ser forte, e no meu caso eu precisava de uma ajuda para aliviar tanta dor. Veja bem, eu não podia exatamente buscar conforto com os meus pais. Minha mãe parou de trabalhar depois que me teve e depois nunca conseguiu ter sua carreira de volta, meu pai falava que ela ficou ranzinza, um pouco mais bruta, vivia gritando e brigando por tudo, então desde pequena eu sempre achei que ela nunca me quis e por isso sempre procurei segurança no meu pai, até que parei. Bom se vocês têm o costume de passar por aqui de vez em vez devem saber que meu pai trai minha mãe, sabem que eu descobri isso a dois anos atrás e desde então eu vivo morta de vergonha, pois nunca consegui falar a verdade para ela. E minha relação com meu pai foi destruída no momento que eu vi ele com aquela mulher na rua, se beijando e abraçando.
Então eu busquei alivio aqui e encontrando outros jovens como eu, eu descobri problemas similares e problemas que me faziam sentir idiota com os meus, descobri também formas de lidar com essa dor, foi quando eu comecei a me cortar. Eu queria um alívio dessa dor emocional, que você não vê onde é e não sabe como vai curar. No começo comecei cortando na coxa, como me foi ensinado, em um lugar que ninguém vê, era um alívio tão grande, sentir aquela dor física que você sabe da onde veio, do por que dela existir, sua mente foca naquilo e esquece do resto.
Com o passar do tempo, minha coxa cheia de cicatrizes não era o suficiente, evolui para o braço, peito, barriga, costas (sim, requer uma grande força de vontade e engenhosidade) e de repente eu não podia usar roupas muito curtas mais. No entanto a medida que meu guarda-roupas se limitava, meus episódios foram diminuindo, o Bug Brechó foi ficando popular, o Beta Bug estava funcionando, eu conhecia jovens de todos os lugares do mundo que foram ficando meus amigos e eu vi eles superando suas dores, o que me dava forças para superar a minha, além de ter criado novos e fortes laços com pessoas que eu não achava possível
E tudo isso me leva ao segundo começo e ao fim do Beta. 
Algumas semanas após tudo que aconteceu com a Ana Júlia e o Pedro, as coisas foram se normalizando outra vez. Pedro contou tudo para os pais, eles ajudaram ele a buscar tratamento e começaram a aceitar a ideia de que o filho deles nunca vai ser médico. Pedro estava finalmente feliz e se sentindo aceito pelos pais. A Anaju demorou um pouco, mas o problema que ela tinha, foi resolvido de forma triste, porém, a partir de tudo que rolou, anaju foi ficando mais forte, mais livre, ela ainda vomita de vez em quando, porém ela tem ficado menos tempo sem fazer isso e parou de ter tanto medo da mãe e do que as pessoas vão dizer dela, nos cumprimentávamos no colégio na frente de todos e ela tentava ser mais legal de modo geral
O que eu não sabia, era que a medida que minha felicidade ia aumentando, outras coisas estavam acontecendo como o Alefe descobrindo o BB e imprimindo as postagens que fiz sobre ele, a Anaju e o Pedro e depois distribuindo nos corredores do colégio
Álefe contou para todo mundo sobre meu Blog, aparentemente alguém contou para ele sobre e foi como ele descobriu sobre sua mãe traindo seu pai com o meu pai. Eu entendo a raiva dele, nunca imaginei que alguém próximo a mim lia o blog, então achava que podia escrever o que eu quisesse, pois era meu lugar secreto no mundo que ninguém nunca ia achar. Eu peço desculpas para você Álefe, eu sei que eu também me sentiria muito mal se descobrisse assim sobre meus pais.
Após todo mundo ficar sabendo o que aconteceu e Pedro e Ana Júlia me atacarem com razão no colégio, eu me tranquei no meu quarto por dias sem saber o que fazer, eu só chorava e me cortava tentando aliviar aquela dor que não sumia de jeito nenhum. Tentava ligar para eles, mas eles não atendiam minhas ligações, Ana Julia me bloqueou do whats e o Pedro visualizava mas nunca respondia. Minha mãe vivia batendo porta dizendo que eu tinha que parar de drama e ir para o colégio, mas ela não sabia o que estava acontecendo e só de pensar que ela iria descobrir sobre meu pai, sobre eu saber e nunca ter contado para ela, eu queria desaparecer, não conseguia nem olhar no rosto dela de tanta vergonha.
Nas redes sócias a coisa só piorava, eu deixei de ser invisível e outra vez era o motivo de piada e agora de raiva de todos. Ana Júlia postou uma foto com várias peças de roupas jogadas no lixo com a hashtag #Buglixo, o meu insta e o do brechó tinha cada vez menos seguidores e comentários maldosos, dizendo que eu era uma pessoa ruim, podre, que eles sabiam que tinha um motivo para ninguém querer chegar perto de mim. Mas o pior ainda ia começar...
Uma conta anônima no facebook postou fotos minhas caídas no chão do colégio com cortes amostra e várias pessoas começaram a comentar coisas horríveis dizendo que era drama, que era para aparecer, outros eram ainda piores, falavam que eu deveria cortar mais fundo e me matar logo de uma vez, que ninguém me queria aqui e que se fossem eu também gostariam de se cortar, pois deve ser horrível.
Depois que vi aquela postagem, aqueles comentários, somando com o fato que minha mãe foi chamada no colégio e logo ela saberia sobre meu pai eu não podia mais ficar parada e decidi que eu não queria está mais aqui para ver os olhos dela, ela sempre me odiou, mas eu sempre amei ela e vê que ela sabe o que eu fiz iria me matar por dentro...
Então para finalizar eu só queria pedir minhas últimas desculpas. Mãe desculpas por ter nascido, desculpa por não ser a filha que você quis que eu fosse e ter estragado sua vida.
Álefe, mais uma vez me desculpe por tudo. Eu não deveria ter feito o que eu fiz, eu espero que você encontre paz daqui para frente e talvez, tente não matar meu pai se possível.
Ana Julia, eu sempre quis ser sua amiga, sempre te achei incrível, forte independente desde pequena, você para mim continua sendo maravilhosa, eu espero que você continue seguindo seu caminho e se torne cada vez mais alguém que você ame tanto quanto eu amo você. Me desculpa por tudo.
Meu amigo Pedro, eu peço desculpas por tudo, você esteve do meu lado, em todos os meus piores momentos, foi meu pilar de força e meu único vínculo com o mundo por tanto tempo, me desculpa ter traído sua confiança desse jeito, eu não queria que fosse dessa forma. Eu não achei que estivesse te fazendo mal, porém e principalmente, peço desculpas por não ter sido corajosa e ter falado para você o que eu penso e como eu penso como você sempre fez. Eu te amo muito e espero que você seja feliz sendo você e não o que outras pessoas querem de você.
E finalmente para você leitor do blog, que está comigo por um tempo, desculpa não ter conseguido superar meus problemas, desculpa por não ser forte e ser um exemplo que as coisas podem melhorar, desculpas por desistir. Adeus Beta Bug.
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coragemparasonhar · 4 years
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Essa parte está bem mais extensa que a primeira e espero que não se importem.
A próxima parte, talvez, seja a última e justamente por isso optei por desenvolver bem esse pedido maravilhoso da Manu. ✨🥰
Masterlist | Cronograma
Parte I
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Policeman, hot com Harry Styles
PARTE II
S/N
O toque de notificações ecoou pelo quarto quatro vezes seguidas e o brilho da tela do celular atingiu o meu rosto antes mesmo que o sol, por trás das cortinas mal fechadas e claras, pudesse fazer isso. 
Haviam mensagens não lidas em duas conversas no whatsapp e, provavelmente, Charlotte e Diana é quem deveriam tê-las enviado assim como a ligação perdida no mesmo aplicativo. Eu não as avisei que estava bem quando cheguei em casa de madrugada, tampouco havia me lembrado de fazer isso antes de fechar os olhos e apagar. Deviam estar preocupadas e todos os palavrões que eu receberia seriam compreensíveis, mas eu os faria mudar de sentido quando o motivo do meu sumiço fosse esclarecido. 
Elas adoravam uma boa fofoca.
Esfreguei os olhos com força enquanto esticava as pernas e, involuntariamente, erguia as costas e o quadril e sentia a frieza do quarto enrijecer meus mamilos desnudos pelo cobertor. Eles tinham ficado da mesma maneira na madrugada e antes que eu pudesse tocá-los para receber um pouco de prazer matinal para aguentar o dia estressante até à noite, o celular alertou que outra notificação havia chegado.
Bufei, mas eram duas notificações dele.
harrystyles enviou uma mensagem.
harrystyles enviou uma mensagem de voz para você. 
Mordi o lábio antes de suspirar, sorrir e morder o lábio novamente numa mistura de nervosismo e alegria que é possível sentir quando você está flertando com o crush que sempre quis e ele te manda a primeira mensagem do dia. 
Reproduzi o áudio ansiosa, levando o celular a orelha para que apenas eu pudesse ouvir — mesmo que estivesse completamente sozinha. 
“Ei, senhorita S/N” apertei os olhos devagar ao som da sua voz ainda mais rouca na gravação. “Não quero parecer um rapaz extremamente emocionado”, ele deu uma risadinha um tanto quanto tímida, “mas você ainda não me mandou o seu número, então eu deixei o meu aqui, tudo bem? Me manda o endereço e o horário por lá. Tenha um bom dia, babe.”
Acabei ouvindo suas palavras mais duas vezes antes de conseguir responder um “okay, Styles 🥰” e adicionar seu número na minha lista de contatos. 
Presumir que ele estava tão interessado quanto eu, não conseguiu ser mais surpreendente do que a minha intimidade excitada apenas com a sua voz. E quando deslizei a mão pelo meu corpo de forma preguiçosa e a minha mente projetou a imagem de Harry fardado expressando autoridade, meus dedos só conseguiram digitar alguma coisa na conversa do WhatsApp quando me fizeram gozar sobre a cama.
De novo. 
[•••]
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Home office, definitivamente, foi uma criação divina para quem trabalha enfurnada na sala de uma empresa todo dia. E ser agraciada com a escolha de poder utilizá-la dois dias por semana era, sem dúvidas, um privilégio que eu adorava ter. 
Principalmente quando precisava estar relaxada para coisas importantes.
Durante toda a tarde meu foco esteve nas planilhas e documentos que eu precisava preencher e enviar para outros departamentos, mas o celular ao meu lado e as constantes olhadas para o visor em busca de uma notificação, reforçavam a minha preocupação por faltar poucas horas para encontrá-lo e ainda não ter recebido uma resposta.
Enviei o horário e local do pub ainda com a barriga formigando e a respiração ofegante, observando os dois tracinhos surgirem antes de levantar da cama. E a situação continuava a mesma quando adentrei o banheiro no começo da noite, mas o som tão esperado soou assim que sentei numa cadeira para pôr os sapatos.
“Harry: estarei lá, baby. Espere por mim.”
Acabou sendo tudo o que eu precisava ler para chegar no bar mil vezes mais serena do que eu realmente estava, e em uma saia jeans justa de cintura alta, blusa preta decotada, jaqueta e um belo par de botas de cano curto. 
Completamente diferente do dia anterior.
— Você pode começar me dizendo porque diabos você vai realizar o seu fetiche sexual antes de mim? — Lottie questionou antes mesmo que eu a cumprimentasse. Ela e Diana estavam com grandes copos de cerveja nas mãos e sentadas nos bancos do lado de fora. — Você está muito sexy, garota. 
— Ele vale tudo isso?! — Diana me observou de cima a baixo. — OK, estou interessada em participar. 
Revirei os olhos e sentei ao lado de Lottie.
— Pensei que seu fetiche era transar com empresários e que você tinha realizado ele ontem pela décima vez? Décima primeira? — arquei uma sobrancelha, divertida, assistindo Charlotte me exibir seu dedo do meio.
— Qualquer dia eu enforco um com a própria gravata — rosnou. — Se o Kyle não fosse tão sexy, ele já teria sido uma vítima. 
— Corta essa, Lottie — Diana repreendeu. Sabia tanto quanto eu que a loira era apaixonada pelo seu ficante e chefe. — Todas aqui sabemos que seu maior desejo é que ele transe com você apenas de gravata vermelha.
— Vai se foder, Diana — ela mais ria do que expressava raiva. — Isso não se controla, OK? E você deve saber muito bem disso, não é mesmo? — estreitou o olhar. — Caso contrário, não teria dado em cima do nerd do Leon o dia inteiro hoje. 
A mulher arregalou os olhos e parou de beber a cerveja na mesma hora, deixando o espanto de lado aos poucos para sorrir envergonhada.
— O assunto hoje aqui não é a S/N e seu policial? — mordeu os lábios e me encarou rapidamente. — Ele já está chegando? Vai dormir com ele, não é? Um sexo selvagem? 
— Se ele ficar duro na mesma proporção em que eu fiquei excitada apenas em olhar para ele, terei o melhor sexo das minhas três últimas semanas — disparei sem rodeios e assisti as duas me olharem espantadas e com malícia.  
Três safadas ao redor de uma mesa. 
— E ele te deixou assim porque é um belo homem ou por que estava usando uma farda e te deu mole? — Diana perguntou curiosa. 
— Seja pela primeira opção ou pela segunda, não se apaixone. Eu sei como é uma merda, acredite — continuou Lottie, me encarando, mas eu já não retribuía o olhar. 
Meus olhos encontraram os dele no instante em que observava a entrada à sua procura; encostado na parede, segurando um drink rosa, camisa branca com alguns botões abertos, calça justa preta, botas e um sorriso largo com direito a covinhas me encarando. 
Exageradamente bonito. 
— Eu só quebro a lei de não voltar para casa sozinha se alguém valer à pena, não é? — proferi com um sorriso ladino, não desviando meu olhar um segundo do dele. — Então… o que acham? 
Fui sugestiva o suficiente para fazê-las entender e seguir a direção do meu olhar até encontrá-lo, na mesma hora em que Harry bebericou sua bebida e nos observou por cima do copo. 
Ele tinha um pequeno sorriso em seus lábios. 
”Me desejem sorte, meninas” foi o meu sussurro antes que me colocasse de pé e seguisse com passos firmes até ele, que manteve os olhos em mim até que eu estivesse em sua frente e, por ser menor, trouxesse seu olhar um pouco para baixo. Harry sorriu como se tivesse gostado disso. 
— Já está bebendo? Eu espero que não tenha te deixado esperando por muito tempo, Styles — o meu nervosismo não era aparente, mas a sensação das borboletas no estômago estavam começando.
— Não, não se preocupe — puxou os cabelos para trás com a mão livre. — Cheguei faz apenas alguns minutos e fiquei te observando com as suas amigas. O garçom passou e deixou isso comigo — levantou o copo e sorriu. 
— Está gostoso?
— Não tanto quanto a visão que estava tendo de você se divertindo, mas está sim. 
A maneira como aquilo saiu dos lábios de Harry fez as minhas bochechas aquecerem bruscamente e ele deve ter notado isso com clareza, pois seus olhos ficaram mais estreitos e as covinhas mais profundas. Balancei a cabeça em negação umedecendo o lábio inferior com a ponta da língua e estendi minha mão direita para ele, que entrelaçou seus dedos longos nos meus. Sua pele era macia e seu toque era firme. 
À medida que me aproximei de seu corpo, senti o cheiro maravilhoso do seu perfume e contive os suspiros que teimavam em querer sair. Fiquei na ponta dos pés para sussurrar em seu ouvido:
— Vem, vamos para dentro — disse. — Lá está bem mais calmo para conversar e tenho ótimas bebidas para experimentar com você. 
Antes que pudesse escutar uma resposta, me virei puxando-o devagar para a mesa quase ao lado do balcão de bebidas — a mais afastada de todas e a mais perto do que era importante. 
Fiz um conhecido sinal para o garçom e dois drinks verdes foram postos sobre a mesa seguido de um piscar de olho para mim, que não passou despercebido pelo moreno sentado à minha frente — embora eu pudesse jurar que ele estava concentrado em observar cada detalhe do local. 
— Então… — pigarreou pondo os cotovelos sobre a mesa e sorrindo divertido antes de continuar com a voz sedutora. — Você vem sempre aqui? 
O copo entre meus lábios impediu que a risada fosse mais alta, mas o reflexo dela na gargalhada dele deixou claro que era aquilo que queria causar. 
Sedutor e divertido? OK, eu posso aguentar.
— Quase todas as sextas-feiras ou sábados. 
— Curtição? 
— Na verdade, é o bar mais próximo da empresa onde eu trabalho. 
— Isso explica os engravatados aqui e a sua noite frustrada de ontem? — saboreou a nova bebida, mas sem desviar os olhos dos meus. 
— Você não costuma se frustrar ao ver policiais todas as sextas no mesmo bar ou comendo rosquinhas estilo Os Simpsons? — ergui a sobrancelha, completamente afim de embarcar na sua jogada inocente. 
— Certo, você está certa — disse rendido. — Mas eu não como rosquinhas, apenas bebo chá.
— E eu não tomo whisky, apenas bebo água.
— E eu posso saber o motivo? 
Deixei a malícia percorrer no meu sorriso ao me endireitar na cadeira e fitá-lo de novo. 
— Odeio ser parada pela polícia de madrugada e me encantar por policiais de olhos verdes — suspirei. — É demais para o meu coração e para minha calcinha. 
Sua risada era gostosa. E por algumas horas daquela noite, percebi que além dela e de todos os detalhes físicos que umedeciam minha peça íntima sem dó, o jeito e a mente de Harry eram tão gostosas quanto — o que não significava que não me serviam como um ótimo estimulante capaz de me fazer esfregar as pernas uma na outra para conter sensações.
O assuntos em comum surgiram com mais facilidade do que os nossos flertes estimulantes e, por vezes, divertidos ao ponto de me fazer gargalhar e desejá-lo ainda mais próximo.
Harry era absolutamente gentil, não se aborrecendo ou sendo mais grosso nem quando um pouco de bebida do copo de um bêbado caiu sobre ele. 
“Está tudo bem, cara, não se preocupe” ele disse para o rapaz antes de sentar-se novamente. Contudo, por via das dúvidas e temendo que outro incidente ocorresse, puxei sua cadeira para mais próximo da minha; nossas pernas se tocavam enquanto ele tinha um cotovelo apoiado à mesa e seu queixo encostado na palma da mão, encarando meu rosto enquanto eu lhe contava sobre mais uma história de bebedeira.
Styles passou a língua devagar sobre os lábios rosados, deixando-os molhados e brilhosos sob a luz do ambiente. Seus cabelos jogados para trás, uma corrente com um pingente de cruz exposto sobre a camisa.
Um calor súbito percorreu todo o meu corpo.
Inclinou-se um pouco para mim e empurrou meu cabelo para trás do meu ombro, raspando seus dedos pelo meu pescoço ao que se aproximava sua boca da minha orelha da mesma maneira que eu havia feito mais cedo. 
— Vamos um pouco lá para fora? Está ficando um pouco quente aqui, não? Você já está ofegante...
Sedutor, divertido, gentil e provocante. 
Não ousei respondê-lo, apenas fiquei de pé e entrelacei nossos dedos e o deixei nos guiar pelo bar, sentindo os olhares queimarem sobre nós dois a cada passo dado até que passássemos pela porta. 
Me senti estranhamente protegida quando fui puxada, devagar, para mais perto do corpo dele e o seu braço abraçou minha cintura com firmeza. Olhei de relance para a entrada notando dois homens me encarando discretamente, e sorri de lado com a atitude de Harry. Seria instinto ou costume da profissão, talvez, mas a minha intimidade umedeceu pela milésima vez naquela noite. 
Não aguentaria mais nenhum minuto sem senti-lo.
Agarrei sua mão com força puxando-o para a rua ao lado do bar e, vez ou outra, olhando para trás para checar se a confusão em seu rosto se misturava com consentimento, mas o seu sorriso só demonstrava pura safadeza. E como se os meus pensamentos pudessem ser lidos, Harry agiu da maneira como se faz quando não se tem mais controle algum sobre um desejo: puxou-me mais forte para si, enterrando a mão no meu cabelo, com a boca tão próxima a minha, enquanto dávamos poucos passos para trás e minhas costas se chocavam contra uma parede gelada. 
Gemi automaticamente e a resposta foi um riso convencido, excitante e seus lábios roçando nos meus propositalmente. 
— Você é irresistível. Completamente irresistível, porra — seu murmúrio soou mais baixo do que deveria em meus ouvidos e no momento seguinte eu estava entregue aos seus lábios molhados e macios. Muito macios. Macios o suficiente para me fazer pensar em como seria tê-los nos meus outros lábios, e a minha buceta latejou na mesma hora. 
Minha mente parecia estar programada para interpretar cada sensação daquele beijo como toques no meu corpo, e o apertar de suas mãos pela minha cintura como o mais próximo de senti-lo fundo dentro de mim, aproveitando toda a minha excitação para me foder sem dificuldade.
Meu cabelo foi puxado para trás à medida que seus lábios quentes deslizaram pelo meu pescoço e minha cintura era pressionada para que nossos corpos não se desgrudassem. Sentia a ereção coberta batendo contra minha barriga e ergui o quadril com vontade para mostrá-lo que necessitava de mais e mais contato. E Styles entendeu direitinho.
Um tapa leve foi desferido na minha bunda, seguido de outro e um aperto firme para me fazer sentir o quão duro seu pau estava de fato. Gemi manhosa, com o corpo pegando fogo, já sem controlar minhas mãos no seu cabelo curto e a respiração fora de ritmo. Eu precisava sentir o mínimo de contato mais íntimo possível; precisava voltar para casa sabendo se ele me causaria estrago maiores do que os meus próprios dedos me causaram ao pensar nele fardado na noite anterior. E por mais que ele não trajasse a minha perturbação, eu me sentia perdida e rendida por ele naquele momento. 
Ergui uma perna prendendo-a ao redor do seu quadril, levantando a saia e, como consequência, levando os olhos verdes para a calcinha fina e preta escolhida a dedo por mim. A pouca luz do poste mais próximo me deixou assisti-lo morder os lábios com os olhos caídos sobre minha buceta coberta, explicitando desejo, vontade e uma esfregada do seu pau contra ela. 
— Porra, Harry — encostei a cabeça na parede com a boca entreaberta, suspirando e rebolando, como dava, para ele. 
— Você está tão molhada — murmurou rouco. — Eu consigo ver daqui o que fiz com você e isso… — pressionou nossas intimidades mais uma vez e dei um pulinho para trás com a pressão. — Isso é o que você fez comigo desde o momento em que te vi. 
Seus olhos verdes me encaravam como se dissessem que tudo o que ele mais queria era estar dentro de mim naquela mesma posição. E por um triz o meu gemido não saiu como um pedido para que ele me fodesse, mas proferi palavras desconexas quando dois de seus dedos me tocaram por cima do tecido. 
Mordeu meus lábios sem força, me fazendo ofegar mais forte ao que sentia a peça sendo posta de lado. A massagem não começou de imediato, mas seu indicador deslizava sobre a minha fenda lubrificada.
— Caralho… — grunhiu sobre minha boca, olhos fechados com força. — Você está tão molhada, babe. Tão molhada… — ameaçou penetrar, mas recuou com uma arfada e subiu para meu clitóris, esfregando o indicador e o do meio sobre ele. — Eu poderia te ouvir tentando controlar esses gemidos por todo o resto da madrugada, sabia disso? — mordeu meu queixo e ele fez questão de me dar outro tapa na bunda e segurar minha coxa erguida com força. Gemi de novo e de novo me remexendo sobre suas mãos. — Mas você quer meus dedos em você, não é? Porque eu estou louco para entrar em você, S/N… estou louco por isso. 
Apenas o meu quadril teve forças para respondê-lo quando foi ao encontro das pontas dos dedos longos na minha entrada úmida. Uma quicada e Styles os enterrou devagar até a metade; outra quicada e tudo foi deslizado para dentro; a terceira quicada foi seguida da primeira investida; na quarta, minha subida e descida foi acompanhada de um rebolado firme e meus dentes mordendo o lábio inferior rosado da boca de Harry.
Sorri safada e foi o bastante para tudo se intensificar. 
Os movimentos me faziam gemer quase sem controle e eram intercalados entre me estocar com força, entrando e saindo, mexendo-se apenas dentro e, não importava qual fosse o escolhido, eu estava à um passo de me desmanchar por ele e em seus dedos ali, na rua escura, de madrugada, correndo o risco de sermos flagrados, interrompidos ou detidos. 
“Foda-se!”, pensei, “A lei está com os dedos afundados em mim, não é?”
Minha mente ferveu junto com todo o meu corpo no instante em que os encharquei com o meu orgasmo forte — e se Harry não me segurasse com firmeza, com certeza, eu teria caído sobre a calçada. 
Apoiei a cabeça em seu peito para controlarmos a respiração e um barulho de salto alto sobre o concreto pôde ser ouvido mais próximo. Fui abraçada pela cintura com mais força, olhamos para o lado e uma ruiva de vestido curto estava parada e nos olhando sem graça. 
Eu não sei Harry, mas não me importei com o fato dela ter visto ou não alguma coisa. Ela estar o encarando me incomodou um pouco mais.
— Podemos ajudar você? — arqueei a sobrancelha desencostando do peito do meu homem. Senti falta do seu cheiro no mesmo segundo. 
— O motel Eros é nessa rua? — sua voz era fina, inocente, irritante. Seus olhos não saíam dele. 
— Lá no final, à esquerda, não tem erro e cuidado com o buraco na rua, é sempre uma cilada. 
O abracei mais forte e recebi um sorriso divertido. Havia chegado a hora de retribuir, não?!
— Ah… Obrigada, querida — esboçou simpatia. — Tchau, tchau. 
A mulher não precisou dar quatro passos para longe para que eu revirasse os olhos e suspirasse. 
— Então… — prensou-me novamente na parede. — Deveríamos ir para o final da rua e dobrar à esquerda já que você conhece o endereço? — gargalhei negando com a cabeça, divertida. Harry me olhou confuso. — E para onde vamos?
— Nada de frustrações hoje, Styles — colei minha boca em sua orelha e deslizei minha mão por sua nuca. — Nós vamos para a minha casa. 
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