Tumgik
#lendas do recomeço
cartasparaviolet · 4 months
Text
Mulheres como nós não se sentem bem-vindas e, talvez, não sejam muito bem recebidas. Mulheres como nós foram feitas para serem livres. Mulheres como nós são feitas de sonhos, do selvagem, da magia. São feitas da Natureza, de seus cantos e contos. São feitas de lendas e de histórias que nem sempre terminaram em finais felizes. Mas também, são feitas de conto de fadas. Somos todas as personagens em uma só: a princesa, a bruxa má, a fada madrinha. Mulheres como nós possuem enraizadas em nós os desejos e amores não vividos das nossas antepassadas. Somos a vida, a morte e o recomeço. Somos o dom, a arte, o espírito. Somos a alma expressada nessa tela denominada corpo que em cada veia pulsa o néctar da vida. Somos o portal para esse mundo, mas também somos a foice que corta aquilo que não germina mais. Mulheres como nós não são domesticadas. Mulheres como nós possuem inúmeros sonhos engavetados, pois a realidade não foi tão generosa assim conosco. Mulheres como nós priorizaram se defender para proteger-se e, no processo, esqueceram quem são em essência. Todavia, há uma voz gentil dentro de cada uma de nós que sussurra como um chamado para voltar. De volta para correr floresta adentro para encontrar o nosso lar. Mulheres como nós amam com a força das estrelas. Mulheres como nós possuem uma melodia própria, um sorriso confiante e um olhar amoroso. Mulheres como nós sentem seu coração pulsando em uníssono com tudo, suas vontades e desejos mais intensos com honra e permite-se expressar e ser ouvida. Mulheres como nós esperam ansiosamente por seus amores de cinema e, ao mesmo tempo, contentam-se com o pouco. Mulheres como nós respeitam seu templo sagrado, sua integridade e sua individualidade. Mulheres como nós flutuam entre serem brisa e furacão, tempestade e chuva de verão, fagulha e erupção. Mulheres como nós abalam estruturas, pois após todo o abalo sísmico interior entendemos que é preciso destruir para reconstruir. Mulheres como nós superaram medos, apegos, abandonos e rejeição, contudo compreendem que o maior pecado é a auto rejeição. Mulheres como nós já transcenderam o tempo e sua urgência, a sociedade e suas exigências, as responsabilidades e suas demandas. Mulheres como nós vivem em sua dimensão particular, em um infinito que poucos podem alcançar. Mulheres como nós falam sobre assuntos improváveis, gostam do exótico, contemplam o desvalorizado. Mulheres como nós estarão em locais pouco frequentados, lendo sobre conteúdos não tão divulgados, dando importância ao que foi descartado. Mulheres como nós aprenderam do modo mais difícil que dizer “não” faz parte do seu amor próprio e que estabelecer limites é imprescindível para sua saúde emocional. Mulheres como nós aprenderam a colocar-se em primeiro lugar, pois nada importa mais que o seu bem-estar. Mulheres como nós passaram a enxergar força em sua vulnerabilidade, seguir as suas verdades, impor as suas vontades. Mulheres como nós são a ponte entre o visível e o invisível. Somos índias, caboclas, ciganas. Somos elementos e elementais. Somos a jovem, a donzela e a anciã. Somos a delicadeza, a coragem e a sabedoria. Somos muitas mesmo sendo apenas uma mulher. Mulheres como nós veem em seus reflexos uma aura misteriosa que a guia como guardiã e, intuitivamente, ela sabe que essa aura também é uma parte sua.
@cartasparaviolet
78 notes · View notes
liahleeh · 8 months
Text
Diz uma lenda que:
As segundas-feiras são recomeços, são mudanças, são repletas de esperança. Por isso, eu venho dizer: ore muito, se benze, porque o que está chegando para a sua vida é grandioso. Porque ninguém faz ideia do que você conversa com Deus em suas orações. Mas todo mundo verá Ele agindo na sua vida. Coisas lindas acontecerão.
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
11 notes · View notes
khulthuskaotika · 1 month
Text
Tumblr media
 Re-entrando na Zona Interna
Novas Zonas Malvas
Ouço os grilos noturnos lá fora, acendo um cigarro, há silêncio no ambiente, noite pelas ruas de terra, sinto falta do coaxar dos sapo nos brejos e charcos mais ao longe; gosto destas coisas. Matagais na escuridão, terra úmida, vaga-lumes brilham com sua luz fantasmagórica e o topo das grandes árvores parecem (são) deuses antigos disfarçados sob a noite sem estrelas recoberta por nuvens cinzentas e pesadas. Tudo é Silêncio... fumaça do cigarro vagabundo ao redor, dentro de mim, algo sempre velho, solitário, carrancudo; sempre queimando, nunca apagando.
Velho, novo... recomeço depois de tantos anos caminhando dentro do Abismo, a destruição vociferante pelas garras de tantos monstros do mar negro, que se pela loucura ou estupidez decidi ousar mergulhar; juramentos realizados, selamentos, chamadas; mas, como num sonho avisado tempos antes, era nestas plagas abissais onde estavam os Tesouros mais escondidos. O que sou hoje é a percepção que nada seria certeza, não há nenhuma, não estou nessa de "atravessar" nada; não atravessei, mergulhei e lá fiquei, aprendendo ou perecendo, a me tornar um habitante do próprio Abismo. Me tornei um eremita de mim mesmo, um exilado, fugitivo e carregando todos os Preços das escolhas feitas, (e outras muito mais adiante), mas o eremita precisa do escriba, ele não aguenta tantas palavras em sua cabeça, tantos pensamentos, tantos delírios criados constantemente; uma mente entorpecida por natureza, desajustada, gritante, fomentadora de revoltas e venenos tóxicos que precisam sair, ganhar Forma através de palavras. Lembro como iniciei isto pela primeira vez naqueles inocentes meandros de Outubro de 2010, algo ainda daquela introdução continua bem vivo para o Agora, não escrevo sobre coisa alguma, ou pseudo sabedorias ou conhecimentos genuínos a transmitir à alguém, não tenho nada bonito a mostrar como nestas culturas de hoje em voga se costuma demonstrar por estas redes digitais; não sou doutor em nada e muito menos especialista em alguma coisa, não escrevo receitas ou "como fazer tal e qual coisa", não possuo nada disto a escrever. É apenas o angustiante Desejo de colocar estas monstruosidades que vivem em minha Mente desde que nasci e comigo cresceram e envelheceram, mudou muita coisa desde aquele ano de 2010, para melhor? Não... para pior? Também não... apenas algo, diferente. Obvio, a "pegada" de agora será mais, digamos, "pesada" (?), insana (?), solta (?), estúpida (?), estranha (?)... enfim, o que minha Mente perturbada e doente produzir... e posso-lhes garantir, há muitas coisas e poucas habilidades com as Palavras para tentar pô-las em texto.
Acendo mais um cigarro, os grilos negros da noite continuam a cantar lá fora no mato como demônios do deserto, eu os escuto, queria saber sua Língua Secreta, como o coaxar dos sapos no pântano escondido no Passo da Picada, velha estrada de fuga de africanos escravizados cortando o riacho, onde vimos espíritos de jovens moças adentrando o matagal adentro para o bambuzal; onde coisas invisíveis pularam dentro da água como nas lendas antigas do Caboclinho D'água e outras histórias do Folclore brasileiro. Há Magia velha neste lugar onde me exilei, memórias de sangue, dor, solidão nas pedras vulcânicas negras que formam toda esta cidade tombada historicamente... casa com o que foi sendo criado dentro de minha alma, coisas que já estavam lá, coisas que foram sendo germinadas, coisas que eu mesmo criei. Malditos cigarros baratos, acabam depressa, prefiro um bom charuto; as regras do velho jogo continuam, há Anarquia aqui, muita, mas muita anarquia, não sigo regras gramaticais novas ou velhas, porque também, não sou nenhum "literato" ou mesmo fingir ser, escrevo do meu jeito e testarei qualquer coisa ou técnica de contar alguma coisa que me interessar, como um William S. Burroughs falido; um Jack Kerouac solto e vagabundo. Neste espaço haverá as coisas que sempre propus desde aquele início, só que de uma forma mais velha, e mais sombria, louca e desenfreada, porque a idade passa e as coisas se desenvolvem dentro de si; só desejo soltar as Palavras e Pensamentos, Imaginações. Criar Mundos que já trafegam a tempos em minha cabeça, Demônios novos, Novos Monstros; miscigenação... termo odiado e obliterado como algo de camadas inferiores, do "incivilizado" selvagem subdesenvolvido... obvio, nos ensinaram a pensar assim, a Mistura "enfraquece o sangue puro"... como adoram os Colonialistas e Fascistas de plantão até hoje. Mas lembre-se, este espaço também não será sobre defesas de nenhum movimento estupidificado pelas massas e grupos destes confusos tempos "internéticos", há Anarquia aqui como falei, mais venenosa e selvagem que toda estas distorções e re-interpretações de símbolos e causas. O Mundo já está estúpido demais e este estúpido aqui só jogará para fora o que simplesmente está dentro de si; ele não tentará salvar nada ou propor algum modo de como mudar as coisas... ele já está preocupado e angustiado demais em como mudar algo ainda mais dentro dele. Um aviso aos detentores desta cultura "teto de cristal", não me preocuparei com as "novas regrinhas" ou modinhas ilusórias sobre termos e palavras que "ofendem", ou militâncias tão censuradoras como qualquer Ditadura... deuses, espero que esta plataforma hoje em dia permita-me escrever como escrevia antigamente... e não aja como estas burras "Redes Sociais" e suas (Des)Inteligências Artificiais. 
Simplificando, escreverei o que sair de minha Cabeça! Sempre escrevi por Inspirações, e não por Mecanizações, sempre foi um Ritual escrever, muitos velhos escritos, inocentes textos se tornaram verdadeiros Feitiços, Auto Magia, eu Encantava a mim mesmo, minha própria vida... e nisto fui bom pra cacete! Hoje, revendo todo aquele passado, como produzo tanta loucura e mutação com simples e estranhas e mal escritas palavras saltando de meus dedos nervosos, pensamentos selvagens mais rápidos do que as mãos pudessem escrever, inocências tornadas Sigilos textuais revirando minha vida, me jogando para outras dimensões sem aviso algum, produzindo sonhos ao adormecer, invocando coisas que até hoje não saberia dizer o que seriam... só com Palavras; Mas, não era isso que todos aqueles velhos assim ditos auto proclamados "Magos" diziam ser a tal "Magia"? Palavras. Palavras acumuladas em velhos grimórios, receitas populares de feitiçaria, velhas Bruxarias. Tudo com Palavras e Arte; concordo com o famoso Alan Moore, Magia como Arte, Arte como Magia; sempre foi assim... Arte da Vida, Arte como Vida. Não me refiro a esta coisa mostrada em moda hoje me dia, esta coisa "acadêmica", comercial, olho as coisas a volta pelas telas digitais e tudo parece um "show business" dos mais Famosos e uma massante matéria de uma inútil revista Forbes com a lista dos mais "Sucessos do Mercado".
Não há sucesso aqui, não há nada acadêmico aqui, diabos... nem sei quem hoje em dia lê a merda dum blog! Rio silenciosamente para mim mesmo, e me pergunto - Importa? - É meu Espaço para que eu possa não ser engolido pela minha própria Loucura crescente, e ao mesmo tempo alimentar meu Demônio com Sede e Fome de Criar, parir formas aberrantes de pensamentos e visões num deserto de areias vermelhas sob noites dominadas por estranhas estrelas e grilos vociferando por todos os lados... e eles continuam lá fora, ouço-os e minha mente tenta se conectar com eles e as Línguas Secretas da Noite. Há silêncio e um zunir de mil seres escondidos nas matas e folhas verdes, umidade do orvalho noturno e algo parado e ao mesmo tempo em movimento... só quem entende a Noite pode perceber isto; realidades divididas, Dia-Noite, mundos divididos e os mesmos sob camadas e véus diferentes.
Pedirei desculpas antecipadas sobre erros e palavras mau escritas, não sou Escritor, perdi minha pena nem sei qual foi o mês... mas objetivo, tentarei aumentar o nível de loucura e aberração do que fiz nas velhas versões deste espaço desde quando ele tinha outro nome, isto eu tentarei. Este recomeço ainda está em construção, o visual do blog, imagens, etc... aviso que detesto estas modas minimalistas de hoje, sempre fui fã do visual das velhas Internet's, nestes tempos tudo nesta porcaria tem um ar ou objetivo de "Negócios" ou "Pequenas Empresas & Grandes Porcarias", não sou "Empreendedor" (detesto este termo!), muito menos um Empresário, se vendesse alguma coisa através deste espaço me auto-proclamaria como mero Comerciante, como um Padeiro, Açougueiro, Feirante, etc. Mas não vou vender nada aqui, ou venderei? Quem vai saber? Khulthus Kaotika foi um nome criado algum tempo, não sabia o que era isto naquela época, muita coisa ao mesmo tempo, hoje sei o que ele é, uma Marca, uma marca sobe tudo o que sou, tudo o que me compõe, tudo o que está dentro de mim, um Glifo pessoal, que na verdade pode ser de muita gente mais que se conecta com estes mesmos inframundos, estas mesmas Zonas Internas, estas Zonas Malvas. 
Enfim, não sei mais o que escrever para esta introdução, que já está grande demais, tentando explicar o não explicado, o que terá aqui será o mesmo (mais avançado) chorume radiativo psicótico literário de antes - que espero - mais desenvolvido, mais aberrante, mais estranho, mais sem vergonha, mais sujo e desajustado, porco e nada saudável!
- Tentando re-encontrar os velhos brinquedos de antigamente.
- Maldição, uma música tema para esta nova introdução, nem lembro mais direito da maioria das coisas  que ouvia naquela época...
- Este buraco sujo aqui é como um papo informal num boteco cospe grosso qualquer.
- Este blog ainda está em construção! Anões trabalhando!
- Finalmente! Achei a maldita música para tema deste infame retorno silencioso.
- Realmente, como dizia Walter Jantschik e sua Ordo Baphometis, este blog é um Golem... um Golem do Pântano!
youtube
2 notes · View notes
cacauscorpioni · 1 year
Photo
Tumblr media
#DicaDeLivro Amor & Azeitonas da autora Jenna Evans Welch Sinopse - Da autora do best-seller Amor & gelato, uma viagem inesquecível pela ilha de Santorini O que a lenda de uma cidade submersa tem a ver com a vida de uma adolescente? No caso da greco-americana Liv Varanakis, a resposta é tudo. Quando era pequena, Liv e seu pai passavam horas tentando descobrir a localização de Atlântida, mas, desde que ele foi embora sem explicação, ela evita pensar na cidade perdida a todo custo. Com dezessete anos, Liv tem uma nova vida, um novo namorado e está muito bem, obrigada. Até que um cartão-postal amassado chega de Santorini e faz seus planos irem por água abaixo. Nele, seu pai explica que está gravando um documentário a respeito de Atlântida e que mandou uma passagem de avião para Liv ir até a Grécia ajudá-lo. Agora, ela terá que deixar para trás tudo que construiu e embarcar rumo ao desconhecido. O reencontro dos dois traz à tona milhares de perguntas e emoções, e, para piorar, Theo, o assistente charmoso de seu pai, insiste em filmar esses momentos constrangedores. Pelo menos Liv pode aproveitar a ilha paradisíaca, com seu pôr do sol magnífico, a água turquesa, as casinhas brancas e a culinária deliciosa. Porém, com o passar dos dias, a garota começa a desconfiar de que não foi Atlântida que a trouxe até ali, e sim algo muito mais importante. Com mais de 105 mil exemplares vendidos no Brasil, as histórias de Jenna Evans Welch trazem protagonistas que desbravam o mundo em uma verdadeira jornada de amadurecimento, com direito a segredos de família e romances inesquecíveis. Após conquistar corações com Amor & gelato, que se passa na Itália, e Amor & sorte, que explora a Irlanda, é a vez de nos apaixonarmos por uma ilha grega repleta de mistérios em Amor & azeitonas. Minha opinião: essa além de ser uma aventura da descoberta de Atlântida - a cidade perdida, é um #livro que fala sobre reencontro, recomeços de descobertas entre família. Busca de si mesma. Isso completa a trilogia "Amor e Livros" #livro #book #booklovers #amolivros https://www.instagram.com/p/Cmw30L4OOP1u_c8jy90NKPhBVMQ7c5ol1CWm2s0/?igshid=NGJjMDIxMWI=
7 notes · View notes
euprilove · 2 years
Text
" Um sonho louco, que talvez fará sentido para mim nesse mundo louco "
Estamos em outro lado do país, era uma viagem sem volta, um recomeço de vida ou o início da minha vida, eu descia uma escada imensa até chegar ao mar, sendo que perto dele havia um porto onde tinha uma capelinha com uma banheira de espuma, do nada chegando nesse local encontro você lá, e pude observar você de perto com a sua atual, na qual me deu até um cigarro para fumar e pude perceber o quando ela era encantadora, acho que por esse motivo que você se apaixonou por ela, do nada você me perguntou meu gosto musical e eu falei que gosto de progressive house, lembra? Você me apresentou esse estilo de música, porém nesse sonho parecia que estávamos nos conhecendo, trocavamos ideias feito amigos, e nossos corações batendo forte um pelo outro ali naquele momento, porém eu com aquela vontade imensa de falar que já tínhamos sido namorados, só que não naquela vida que estamos vivendo no meu sonho, não tive a chance de falar, logo em seguida sua atual, pediu para você se afastar de mim, justamente na hora que você pegou seu notebook para me mostrar suas músicas novas que lançaria como dj, em seguida eu voltava correndo para "casa" subia as escadas correndo e gritando, porque naquela lugar que estávamos era normal toda criança gritar, só que ao chegar perto do meu andar havia uma ripa deitada na qual a gente corria e passava se abaixando por ela, e como dizia a lenda que minha vó contava, o dia que vier correndo por essa escada e passar por ali correndo e sentir dor ao se abaixar significava que você estava ficando adulto, no topo da minha escada eu encontrava vocês, minha família e minha mãe colocando roupa no varal junto com minha vó, só que do nada, uma chuva de cegonha voando com velas na boca acesa, voava pelo ar e eu protegia minha mãe, e corria para proteger minha vó, e voava em meio aos carros para buscar minha vó que correndo para não se queimar saiu perdida no ar ! E dentro de mim olhando a nossa situação pobre eu dizia assim, mãe ! Sabia que nosso futuro não é esse, eu queria te contar como vai ser, porém não será esse miserável, e cheio de necessidades, a senhora vai conseguir o que tanto deseja sabe porque? Eu vim do futuro te falar isso, e do nada eu desapareço dessa história e apareço eu conversando com a Dry e ela me mostrando um mercado enorme no qual ela e Marcos Paulo iria ser os donos e ainda era em arraial e do nada acordo com o coração dizendo assim, tá vendo? Até em sonho eu te mostro que sua família sempre foi seu maior bem, em todo momento você largou tudo para tirar sua mãe e sua vó de perigo, nada do que você fez até aqui foi em vão ! E chorando as 03:13 da amanhã eu termino de contar esse lindo e perturbador sonho .
Tumblr media
Voltarei a dormi, amanhã irei reler e se eu lembrar de mais coisa, estarei ....
5 notes · View notes
fantasmadaagnes · 2 years
Text
Tumblr media
Análises
Tumblr media
Lendas do Recomeço
Tumblr media
2 notes · View notes
cazenrique · 6 months
Text
*A 2ª EDIÇÃO DO LIVRO "POETICE CRÔNICA - A LENDA DA ROSA-FLOR"*
🌹 _Uma Jornada Poética pelos Matizes do Amor_ 🌹
✒️ Em "Poetice Crônica", Carlos Henrique Musashi convida os leitores a uma experiência literária única, mergulhando nas nuances complexas do amor. Neste livro, o autor desafia as convenções, iniciando a narrativa pelo fim de relações passadas, oferecendo uma perspectiva inovadora sobre o ciclo amoroso.
✒️ A obra é uma tapeçaria de versos, cada um representando uma fase distinta e uma perspectiva única sobre o romance, a paixão e a resiliência emocional. Musashi compartilha não apenas poesia, mas sua própria jornada, explorando como o recomeço é uma oportunidade de crescimento e renovação.
✒️ "Poetice Crônica" convida os leitores a refletirem sobre o amor de uma maneira autêntica, desvendando as armadilhas emocionais e celebrando a beleza única de cada recomeço. Este projeto literário é uma ode à complexidade humana no labirinto do coração, um convite para se perder nas palavras e se encontrar nas entrelinhas.
✒️ Prepare-se para uma viagem poética que transcende o convencional, uma obra que não apenas encanta, mas também ressoa na alma de cada leitor. "Poetice Crônica" é mais do que um livro; é uma experiência, uma jornada, e, acima de tudo, uma celebração do eterno renascimento do amor.
0 notes
poeiraecinzas · 1 year
Text
Eu me pergunto o que a gente é agora. Eu me pergunto se tu sempre foi essa pessoa e eu só tava presa demais numa fantasia pra notar. Eu me pergunto se eu tô vivendo num livro de romance em que a menina interpreta todas as ações da outra pessoa de uma forma errada, mas no fim tudo não passa de um mal entendido. Eu me pergunto se tu se arrepende de alguma coisa. Se tu chorou tanto quando eu ainda choro. Eu me pergunto se, caso eu te perguntasse agora, tu diria que a minha ausência realmente fez mais bem pra ti do que a minha presença. Eu me pergunto se doeu realmente ou se foi fácil pra ti me dizer adeus. Se tu também idealizava em mim uma coisa que eu não era e, quando percebeu, foi bem mais fácil me dispensar. Eu me pergunto se tu faria diferente agora. Se tu tomaria mais cuidado comigo do jeito que eu sempre tomei contigo. Às vezes eu duvido de mim, mas então eu percebo que não posso deixar esse sentimento me consumir, pois talvez eu realmente tenha te feito algum mal, mas eu tenho essa sensação de que o mal que tu me fez foi maior. Eu me pergunto se tu já parou algum momento depois do fim e se arrependeu. Se tu olhou pra atrás e percebeu que só tava num momento ruim e descontou na pessoa errada, ou se tu viu uma coisa assustadora (amor) na nossa relação e então fugiu. Eu me pergunto se em algum momento tu quis voltar, mas achou que era tarde. Talvez tu não tenha voltado por que sentiu vergonha, ou por que pensou que eu viraria as costas… ou também por que tu é teimosa demais pra admitir que errou. Eu não te vejo mais como essa pessoa perfeita, por que eu deixei de projetar essa fantasia que eu tinha de uma pessoa perfeita. Mas ainda dói quando eu escuto teu nome, por que ainda me dói a saudade. Eu queria te conhecer de novo. Ter esse recomeço que todo mundo fala, mas que pra mim ainda é uma lenda contata pra ajudar a dormir. Eu queria te conhecer agora e te mostrar que eu aprendi a respeitar as partes boas e ruins de alguém. Eu aprendi a cuidar de uma raposa do jeito certo, sem querer que ela mude. E eu queria descobrir se tu aprendeu essas coisas também
- queria que tu me desse uma chance de aprender a amar os teus defeitos
0 notes
Photo
Tumblr media
O Guerreiro Urbano! - Um novo recomeço! (on Wattpad) https://www.wattpad.com/1307883139-o-guerreiro-urbano-um-novo-recome%C3%A7o?utm_source=web&utm_medium=tumblr&utm_content=share_reading&wp_uname=GleisonMakalasPaulin&wp_originator=%2FLFVWCLXe6m7YziS0DpQPB3aQOmbgj2rDW3FVlsN8wqDqiUHRFPSu%2F5jjjeye%2F0lYRXji25y5GL1JrCRqFFAeZfjVXoyTVgsop5DBGDxvp0p7xp%2F7JeVc9u1YI0EwjNW Cassius Clay fez jus ao nome do grande lutador que recebeu, atingindo o status de "Lenda Urbana" muito rápido. Foi policial militar, civil e por último federal, em um curto espaço de tempo e por esses três seguimentos criou-se histórias e mitos ao seu redor, todos reais mais dignos de se tornarem filmes e há mais ou menos uns dez anos atrás, ele foi dado como morto e agora ressurgiu misteriosamente com a mesma aparência de antes da sua suposta morte, assumindo o codinome de Bambu Chinês e segundo os costumes e hábitos milenares desse velho país, o bambu chinês enverga mais não quebra, o que tem muito haver mesmo com ele. O Guerreiro Urbano mostra as ruas da grande São Paulo capital de uma forma que nunca se viu e em muitos aspectos eu tenho a certeza que em determinados momentos vai haver a identificação com a história ou o momento em si em que tudo está acontecendo...
0 notes
mabelskins · 2 years
Text
“Kairos 
- um momento propício para movimento ou ação. 
É uma terra de recomeços, de criatividade e originalidade. É uma terra em que a lei da sobrevivência rege sob aqueles que se arriscam fora dos limites das grandes cidades, onde demônios se escondem e tudo ao seu redor deseja sim, te matar. 
É também terra de festas, cores, sabores, onde raças se interagem entre relações de ódio, amizade e amor. 
Esse é o lugar em que as lendas nascem.”
O Kairos é um lugar mágico, onde não existem barreiras para a sua imaginação, podendo ser criado de tudo, desde que se tenha bom senso. Ele é autoral, tendo inspiração em várias sagas, livros, séries, animes, etc. É um rp de fórum jcink, mas que também é aberto para todos os tipos de jogadores, mesmo aqueles que nunca jogaram na plataforma! 
Com a temática de Fantasia Urbana, o Kairos possui uma gama de raças e classes a serem determinadas, com direito a lobisomens, vampiros, magos e muito mais! O sistema é original e estamos sempre abertas a discutir ideias pra desenvolver seu personagem da melhor forma possível! 
Interessados podem me contactar aqui por mensagem mesmo ou no discord Mabel#5665
Tumblr media
2 notes · View notes
morganadeavalon · 3 years
Text
Solitude
                                                                                Solidão que no nada do branco limbo, fixa meus olhos; Solidão que dilacera-me de tanto fazer-me chorar; Solidão que me venceu , entreguei-te todos meus sonhos; Solidão, tu levantas-me somente para de novo empurrar-me. Traiçoeira, mentirosa, afasta de mim o tudo; A minha sentença por estar de lábios colados sem ter  capacidade de falar; Será que ainda faço parte deste mundo? Às margens, uma força parece começar fazer minhas malas... Que dia este trem irá partir? É definitivo ou viagem para voltar ao centro? Mas esta demora rasga-me o peito, necessito fazer decidir; Será que irei ao abismo ou irei desfazer minhas trouxas em busca de um outro derrotismo? Pelas janelas, as marcas de minhas mãos Que tentam tatear o mundo real Em vão: Choro  por estes momentos , que são recomeços, mas deveriam ser finais. Presa sem tranca; Braços cruzados sem reprimendas; Liberdade manca... Corta-me os pés, amarra-me os braços na incompreensão... tão complexo... antes fosse lenda.                                                                          MorganaDeAvalon
5 notes · View notes
letsy-go · 3 years
Note
Uma flor para cada personagem.
Apenas.
Tudo o que está passando de 700 palavras ou que tenha imagens está ficando com um "ver mais" para o tamanho não incomodar, me desculpa.
Alex: Narciso.
O nome da flor vem do mito grego sobre o personagem com o mesmo nome: Narciso foi um caçador, filho de uma deusa que acabou por atrair a atenção de uma ninfa que apenas podia falar o final do que ela ouvir, a Eco. Devido ao grande ego de Narciso e a maneira desrespeitosa que ele tratou a ninfa, ele foi punido se apaixonando por ele mesmo, passando dias se olhando através do reflexo da água de um lago e sem nunca conseguir se beijar (já que ao tocar na água era formada uma ondulação que fazia com que seu reflexo sumisse, assim, sendo inalcançável), ele ficou ao lado do lago até sua morte, já que não se alimentava.
A flor é comumente associada ao egoísmo e amor frívolo, mas também é um símbolo de recomeços e renascimento.
Emma: Não-me-esqueças.
Segundo uma lenda europeia, um jovem cavaleiro tentou pegar uma dessas flores para oferecer a sua amada, que se apaixonou pela flor, o ramo estava flutuando na água e, depois de conseguir pegar o pequeno ramo, não conseguiu retornar a margem e gritou “não me esqueças, me ame para sempre!” antes de morrer afogado. Por isso, um dos significados da flor é o amor desesperado e sincero.
Outro mito diz que, na época de Adão, quando ele nomeava as flores ele acabou por não perceber a tão pequena flor, assim, ela teria gritado para lhe chamar a atenção e ele a teria nomeado “não me esqueças” para garantir que ela nunca seria esquecida. Assim, ela representa memórias ou uma maneira de se lembrar de alguém que já partiu ou que não se tem mais contato; também pode significar fidelidade, amor não correspondido, proteção e sorte.
Lety: Girassol.
O significado mais óbvio do girassol é a felicidade, calor e vitalidade. As histórias de moral incluem o fato de girassóis murcharem, mas conseguirem voltar ao seu estado com um pouco de luz solar.
O mito grego que a envolvia fala sobre uma ninfa que era apaixonada por Hélio, o deus do Sol. Depois que ela foi rejeitada ela passou a sentar no chão e passar a noite a chorar, sem comer e sem beber nada; durante o dia, quando o Sol estava no céu, ela passava a encarar o astro rei até que ele sumisse, voltando depois a encarar o chão. Com o tempo, ela teria se transformada em um Girassol.
A flor também pode significar sucesso, longevidade, poder, boa fortuna, energia positiva e altivez.
Ray: Calla.
Conhecida popularmente como copo-de-leite devido a um de suas variações ser de um tom puro de branco, a flor Calla represente paz, tranquilidade, calma e pureza.
A região amarela no interior da planta simboliza prosperidade e felicidade.
A flor é muito comum em casamentos e decorações, já que basicamente todos os seus significados representam, de alguma forma, coisas boas: pureza e inocência para a noiva vestida de branco; alegaria, paz e harmonia para as casas; sua variante rosa traduz admiração e apreciação, enquanto a púrpura transmite paixão.
Rebecca: Dente de Leão.
Uma das histórias do dente de leão envolve uma lenda irlandesa, dizia que a terra era habitada por seres místicos como gnomos, elfos e fadas. Quando os homens chegaram os seres precisaram se esconder, e como as fadas possuíam roupas com cores vivas e chamativas, elas se transformaram em dentes de leão para se esconderem.
Um dos significados, e o mais óbvio deles, é a liberdade. Dentes de leão são soprados e suas sementes de espalham pelo mundo para crescerem mais uma vez, assim, elas podem simbolizar o desejo de viagens, conhecer locais novos e a possibilidade de começar uma nova vida.
Ela também representa a inocência e infância, já que é muito comum que crianças assoprem a flor para fazerem um desejo, mas elas também falam sobre força, esperança e confiança, já que quando Teseu lutou contra o Minotauro, ele teria se alimentado nos últimos 30 dias apenas de dente de leão para ter força.
Timothy: Ciclame.
Muitos significados foram atribuídos para a flor conforme o tempo passou, alguns bons e outros ruins. O cíclame rosa é associado a amor puro e costuma ser oferecido para mães que acabaram de ganhar um bebê, o branco representa ternura e doçura, o púrpura uma vida despreocupada e alegre, sem problemas ou pensamentos.
A cor vermelha, no entanto, fala sobre um amor difícil e sem confiança, além de que algumas variações da planta falam sobre desapego ou término de relacionamentos, renúncia e até mesmo o ciúmes. Outras vezes pode simbolizar meditação e descanso, seja esse último para relaxar ou como símbolo de luto e morte.
5 notes · View notes
astrologiasingular · 4 years
Text
O recôncavo vasto e seguro de Capricórnio regido por Saturno, Anúbis, Omulu, Cronos e Bowie
Tumblr media
Foto: Edward Bell, 1980
_______
Uma das missões da Astrologia Singular, além de contextualizar que tudo é um só (planetas, zodíaco, deuses, etc), é apresentar signos a partir de sua mitologia e dissociá-los de estigmas criados pelos seres humanos. Existe um abismo entre a herança ancestral de um ente zodiacal e o oportunismo egóico de pessoas que divagam sobre signos e suas representações. Com isso alinhado, falemos hoje sobre Capricórnio, fascinante, extenso a partir da dualidade (ou Lei da Polaridade) seu DNA e severamente incompreendido.
_______
I - A gênese astral
Vigente de 22 de dezembro até 20 de janeiro, Capricórnio é signo cardinal, isto é, de movimento/concretização, representante da Casa 10 -  sobre carreira e imagem social - nos mapas astrais. Filho do planeta Saturno, absorve da referência paterna a estabilidade, a solidez de caráter, a criação de limites (a si e aos outros), a reflexão sobre lições aprendidas e o silêncio. O décimo signo do zodíaco integra o eixo Câncer x Capricórnio, ligação conhecida como os senhores do karma. Não por acaso, a pandemia deflagrou-se pelo mundo no eclipse solar de 26 de dezembro de 2019 ao se ancorar na dupla mencionada há pouco. 
Saturno, único integrante do sistema solar envolto em anéis afiados, se faz a joia da galáxia tanto por sua beleza quanto por seu viés indômito, uma vez que os aros ao seu redor também se fazem barreira intransponível para que território do planeta não seja acessado. Recluso e gradual, Saturno tem translação (giro ao redor do sol) de quase 30 anos, originando - assim - a crise dos 30 para que pessoas atinjam (de fato) a vida adulta. Por esse motivo, a relação com o tempo é um dos pilares de Capricórnio. 
_______
II - A ancestralidade 
Na mitologia egípcia, o signo de Terra tem em Anúbis (Deus guardião das almas do mundo material ao espiritual) e Bastet (Deusa da fertilidade e dos eclipses solares). Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. Capricórnio é representado por um duo. Um casal. A referência inicial de que o signo carrega os sagrados masculino e feminino equilibrados em si. Não obstante, Anúbis leva o cetro na mão direita e a chave da vida na mão esquerda, instrumentos que apresentam Capricórnio não apenas como signo, mas como mago de si.
Na mitologia romana, capricornianos têm sua ancestralidade em Saturno, Deus da abundância, da austeridade e das renovações dos ciclos (os karmas e dharmas). Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. Era no Templo de Saturno, na Roma antiga, em que o festival de Saturnália acontecia entre 17 e 25 de dezembro, durante o solstício de inverno (Yule), sendo que as celebrações contavam com integrantes do clero, homens ricos e escravos equiparados igualitariamente frente aos banquetes e orgias públicas. São tais festividades, aliás, que inspiraram o Carnaval como o conhecemos hoje.
Já na mitologia hindu, Saturno (o planeta, no caso) surge na figura de Shiva, Deus da abundância, da austeridade e das renovações dos ciclos (os karmas e dharmas). Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. No mesmo ensejo, Capricórnio se apresenta em Makara, criatura mitológica com rosto de crocodilo, corpo de peixe e associação à Deusa Lakshmi alinhada com Kundalini (serpente que trazemos enrolada em nossa espinha e que rege nosso desejo). Há um dado importante no corpo de peixe por ele se repetir em outras manifestações capricornianas: embora muito mental por ser feito de Terra, o herdeiro saturnino tem as emoções profundas e fluidas da água (fazendo valer as águas cancerianas do eixo ao qual pertence).
Na Grécia antiga, Capricórnio aparece como Aegipan, ou melhor, Pã, antepassado que lutou ao lado de Zeus contra os titãs, instaurando panikos em seus oponentes. Era irmão da ninfa Amalteia, sendo ela agraciada pelo chefe do Olimpo com a constelação de Capricornus no cosmo. Novamente, um duo. A repetição de que Capricórnio carrega os sagrados masculino e feminino - assim como morte e vida - equilibrados em si. Ainda entre os gregos, Héstia, Deusa do inverno e guardiã das lareiras, também representa tanto Capricórnio quanto a Kundalini, ou seja, a sexualidade (lareira = fogo interno) pungente do signo de Terra. Como nem tudo é feito de calor e acolhimento, Cronos, Deus grego do tempo, que devorava seus familiares com pavor (panikos) de ser destronado, contextualiza o isolamento ao qual Capricórnio se força para só depois entender a partilha da vida não o ameaça. Héstia e Cronos formam mais um duo representante de Capricórnio. Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. Ah, e um primeiro adendo importante: Kronia era a equivalente grega para a Saturnália (com os mesmos moldes de banquetes e orgias públicas durante dias seguidos, sem distinções classistas). Como segundo bônus, a antiguidade ainda contou com Kairós, filho que Cronos não conseguiu devorar, Deus da oportuno e das estações e, ainda, herdeiro que salvava o povo da impiedade paterna. Um novo tempo para ensinar ao capricorniano sobre instantes decisivos (que não podem ter a lentidão do retorno de Saturno).   
No paganismo, Capricórnio é o Deus Cernuno, da fertilidade e prosperidade, que se casa com Hécate, a Deusa da abertura de caminhos. É dessa união de amor e sexualidade que nascem os frutos/flores que nutrem/aquecem pessoas/animais da antiguidade. Cernuno tem seu pênis/falo destacado na maior parte das artes pagãs por serem de suas sementes (sêmen), isto é, da libido de sua Kundalini, que nasce o mundo. Cernuno e Hécate, um outro duo. Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. A referência de que o Capricórnio carrega os sagrados masculino e feminino equilibrados em si.
Entre os celtas, o filho de Saturno é representado por Scâthach, Deusa da fertilidade e do sexo que governa com imenso poder. Na umbanda, Capricórnio aparece na figura de Omulu, orixá da transmutação, da maturidade e da introspecção sábia. Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. 
No oráculo do I-Ching, capricornianos são retratados pelo hexagrama de número 52 - A Quietude ou A Montanha -,  que versa sobre silenciarmos a alma para refletirmos e não nos contaminarmos pelas negatividades (internas e externas). No Tarot de Marselha, Capricórnio aparece nos arcanos d'o Diabo (o materialismo, a luxúria, o poder, os excessos, o ego e o descuido com a espiritualidade) e d'o Julgamento (a retomada de consciência, o pesar dos atos, o repensar da vida, a colheita sobre o que foi plantada e o karma/dharma). 
Na mitologia cristã, Capricórnio foi representado em "A Última Ceia" de Da Vinci como o apóstolo André, um administrador enérgico. No sincretismo católico, Omulu, aliás, é representado como São Lázaro, santo cujo dia é celebrado em 17 de dezembro, mesma data em que a Saturnália acontecia. A ocasião é proposital, assim como o nascimento de Jesus, em 25 de dezembro, período em que os festejos romanos acabavam, para punir a carnalidade (os banquetes, o sexo, a música) com a própria expiação da carne de um Lázaro leproso e, mais ainda, um Cristo se ofereceu em sacrifício para salvar a humanidade. Ambas as celebrações - de São Lázaro e Jesus - acontecem sob Yule, o solstício de inverno no Hemisfério Norte, sendo que o comportamento frio é apenas outra lenda erroneamente associada aos capricornianos.  
_______
III - A psique de Capricórnio
O terceiro, último e mais forte dos signos de Terra tem na figura da montanha uma de suas primeiras representações. Alta, isolada, perto do céu, composta por solidez e enrijecimento. Em contato com a natureza selvagem, com todo o tempo do mundo para refletir - valendo-se de ser herdeiro de Cronos - e fazendo do silêncio parte indelével de sua alma. Olhar para divagar, construindo ideias, opiniões e concepções gradualmente, pautados no que é concreto e digno. Capricornianos falam pouco. Gostam mais de observar. Assimilam tudo o que é diferente de si tão lentamente quanto o retorno de Saturno. Apreciam o que lhes parece fisicamente administrável - dinheiro, contratos, compras e vendas, itens colecionáveis caros, cargos de chefia, palestras sobre gestão, roupas, equipamentos, idas a restaurantes, compras de supermercado, receitas elaboradas, vinhos e carros - por virem da solidez terrena. Gostam de conforto, planejamento, rotinas e de tudo que conseguem condicionar, controlar e antever. 
São conservadores, dedicados, leais e discretos. São trabalhadores incansáveis, dedicados e exemplares. Admiram cores e trajes sóbrios, hierarquias, tradições, apaixonam-se lentamente (amam cortejar quem os encanta), têm demonstrações de afeto minimalistas (especialmente em público) e, por evitarem conflitos a qualquer custo, não tomam partido do que lhes parecem rompantes alheios. Capricornianos são a personificação da neutralidade. Se mantém sempre do seu alto montanhês observando a todos, fazendo notas mentais e guardando-as para si. Por prezarem status e temerem arranhar sua reputação, não compram a briga de quem lhes parece passional por não entenderem como o coração rege ações. São educados e comedidos. Não gastam dinheiro à toa, sabem poupar e investir, mas não se privam de pequenos luxos revestidos de boa qualidade. 
Por vezes, em particular, corrigem de forma austera pessoas com quem têm intimidade, fazendo valer o arcano d'O Julgamento em seu viés sombrio: sentenciar os outros sem olhar para si. Nem sempre digerem a espontaneidade de terceiros (tentando - eventualmente - reprimi-la com a austeridade de Saturno), embora adorem a ideia de serem tão soltos quanto as pessoas que lhes causa estranheza. Todo julgamento é uma confissão, afinal. Calculam gestos e palavras, sabendo entrar e sair de qualquer ambiente, sendo agradáveis, sem contarem muito sobre si. Não é por acaso que Saturno se protege com uma barreira de anéis cortantes, ora. É fazendo-se inacessível - seja como montanha, planeta ou senhor do tempo - que Capricórnio não tem suas lâminas ultrapassadas e, mais ainda, não se desconstrói quando confrontado por sua severidade. Se o sistema solar fosse de brinquedo, aliás, e qualquer pessoa tentasse alcançar Saturno, ele lhes cortaria os dedos, no entanto, se a palma de uma mão humana lhe fosse oferecida, o planeta - após muito observar - repousaria nela com tranquilidade. No mesmo ensejo, suas representações mitológicas associadas a animais selvagens (Anúbis e o rosto de chacal, Makara e a face de crocodilo, Pã e Cernunos com formas de cabra montanhesa e, ainda, Cronos devorando seus herdeiros) são apenas mais um artifício afugentar quem se engana pelas aparências. Para quem vê além e através, no entanto, Capricórnio baixa suas defesas - com a sensibilidade da água - e se permite abraçar.
Inteligente e que admira o brilhantismo de quem o cerca, Capricórnio é quem aplaude de pé o sucesso alheio e por ver na evolução do outro um norte inspirador. Ambicioso, está sempre em movimento (é signo cardinal, afinal) para consolidar seus próximos passos. Valoriza o silêncio, mas por ter o isolamento das montanhas em seu DNA, no entanto, aprecia na mesma medida as boas conversas - por horas a fio - sobre ideias brilhantes e projetos futuros. Capricórnio gosta de quem afia sua mente com novos conceitos, no entanto, não joga conversa fora falando sobre a vida dos outros. Seu humor é sagaz e ácido, uma vez que aos filhos da Terra as vezes falta um pouco de traquejo com a sutileza.  Não obstante, o filho de Saturno, ao se relacionar, ama de forma séria e inteira, depositando afeto em pequenos gestos e encontrando soluções para as preocupações de seu parceiro (por isso a apreciação da inteligência). De tanto amarem o movimento, encontram em viagens formas de se reinventar, substituindo ideias engessadoras pela amabilidade para uma nova vida. Mas nem só de autocontrole é feito Capricórnio, uma vez que seu ser é regido por metades equilibradas. Masculino e feminino. Morte e vida. Fim e recomeço. Tempo e felicidade. Seriedade e intempestividade.
Carl Jung, pai da psicologia analítica, predisse a porção insurgente do arquétipo capricorniano da seguinte maneira:
6 - O Rebelde 
Lema: As regras são feitas para serem quebradas;
Desejo central: Vingança ou revolução;
Objetivo: Derrubar o que não está funcionando;
Maior medo: Ser impotente ou ineficaz;
Estratégia: Interromper, destruir ou chocar;
Fraqueza: Cruzar para o lado negro do crime;
Talento: Ousadia, liberdade radical;
O rebelde também é conhecido como: O ilegal, o revolucionário, o homem selvagem, o desajustado, o iconoclasta.
Capricórnio nasce velho e morre criança, é o que diz um ditado popular. É o precursor que antevê e dita tendências, tecnologias e novas searas profissionais e intelectuais. Sedimentado no passado/dogmatismo e vivendo de acordo com costumes conservadores e até sufocantes (a Terra é estática, ora), o filho de Saturno - em dado momento de sua vida - começa a manifestar seu outro viés e, assim, desencadeia sua disruptividade. Provocativo, Capricórnio decide abraçar as catarses do mundo (renegadas até então). Deixa de ser sisudo e sóbrio para se embevecer fazendo somente o que quer. Os prazeres da Saturnália ancestral ganham vazão nos capricornianos recentemente despertos, tornando-os subitamente expansivos e até volúveis/inconsequentes. Suas amarras internas viram justificativa para lastrear seus descompassos e excessos, sendo eles a perfeita representação do arcano d’o Diabo. A espontaneidade que Capricórnio admira secretamente nos outros se faz seu objeto de desejo em si. Ser indulgente consigo, perder o freio social, se deixar levar, ser incoerente e se permitir banhar nas águas da condescendência particular. Naturalmente autocentrado (a Terra é sólida), Capricórnio vislumbra uma boemia que não lhe é habitual por repelir o que lhe fazia inerte. A chave que equilibra suas metades gira rápido demais e o desequilíbrio se instaura como se o capricorniano quisesse compensar algum tempo que lhe pareceu perdido. Entediado, agressivo e reativo, o filho de Saturno ganha senso de urgência para viver em alta velocidade. Assim, qualquer situação que lhe varra do marasmo e ofereça até uma dosagem de risco se faz convidativa. Instável, soterrado nos deleites do ego, Capricórnio - que já demora naturalmente para despertar espiritualmente - renega a necessidade de elevação por causa dos devaneios da carne. A gratidão - sentimento que o capricorniano custa a entender por pensar que tudo só acontece por seu exclusivo esforço/mérito - fica ainda mais distante no horizonte da compreensão. Torpor, truculência e procrastinação vindos do cavalheiro à moda antiga do zodíaco. O entendimento lento de que doar-se proporcionalmente a quem lhe acolhe não priva sua liberdade porque nada é excludente. Caos, panikos, teimosia e lascívia, uma vez que - se abandonar hábitos estáticos já era um desafio - ressignificar turbulências convidativas também se faz um problema. 
Elemento Terra, a solidez de caráter, o reinado seguro e a dificuldade com as palavras. Os sagrados masculino, de ação e pragmatismo, e feminino, de sensibilidade e contemplação. Saturno e seus anéis farpados que o blindam de eventuais mudanças.  Anúbis e sua ânsia por transformação. Shiva, o karma e o dharma. Pã e o ímpeto vital. Héstia, o fogo interno e a Kundalini. Cernuno, Hécate e o semear do mundo. A quietude da montanha, O Diabo e seus tropeços, O Julgamento e suas colheitas obrigatórias. As chagas - físicas, mentais e, acima de tudo, espirituais - de São Lázaro e a cura tão, tão sábia proposta por Omulu. 
Capricórnio é o universo mais vasto do zodíaco que não cabe em luzes e sombras por ter sua gênese na dualidade. Mais ainda: Capricórnio é o signo mais incompreendido do cosmo e, por esse motivo, sua necessidade de privacidade e reclusão se faz natural para evitar o julgamento.
Por rejuvenescerem ao longo da vida, aprendendo com acertos, erros e transmutações, Capricórnio passa a perceber como funciona a harmonia das metades que o constituem. Agindo individualmente, sem considerar como as ações de uma esfera afetam a outra (e também têm efeitos sobre as pessoas ao seu redor), o capricorniano incorre em uma de suas principais Nêmesis: as tomadas de decisão unilaterais (com a austeridade de Saturno) e que empatizam somente consigo. O prevalecer do ego e o distanciamento da maturidade espiritual (presente em desprendimento, perdão, autoperdão e gratidão, por exemplo). No mesmo ensejo, Capricórnio, agora mais leve pelo início do reequilíbrio, também entende que traumas e decepções podem de fato ficar no passado, uma vez que o território - quando partido, desgastado ou descuidado - ganha nova vida com o irrigamento de águas doces e pacíficas, repletas de emoções fluidas e restauradoras. 
Sob o olhar de sua autocobrança, uma vez que não há peso maior que sua própria consciência densa feito a Terra, Capricórnio resplandece sua beleza genuinamente cálida, que protege e zela por quem ama, trabalha com afinco e se destaca por merecimento, ascenciona espiritualmente - tornando-se o melhor conselheiro para quem a ele recorre -, desprende-se das cicatrizes mentais, celebra os prazeres da vida equilibradamente, assim como também compreende a parcimônia da engrenagem comunicar/silenciar sem desgaste nela causar. O capricorniano abraça a natureza de ser o sábio da tribo, fazendo de tal doação um exercício leve, divertido e agregador. As ressalvas para que sua privacidade não seja devassada serão perpetuamente mantidas, uma vez que qualquer excesso cometido anteriormente deixou como sobreaviso a necessidade de discrição. O mesmo cuidado pode ser atribuído em questões de saúde, envolvendo memória e hormônios, sendo que o acúmulo de pensamentos/referências passadas sobrecarregam a mente capricorniana, assim como as oscilações internas às vezes geram descompasso hormonal de tireóide e melatonina. 
Assim como Anúbis, seu cetro e a chave da vida, Capricórnio equilibrado em sua dualidade se torna mago de si e capaz de orquestrar uma das sinfonias mais ricas do zodíaco, fazendo jus aos preciosos anéis de Saturno. Não obstante, Kairós, o Deus do tempo oportuno, facilita o caminho e suaviza a jornada do irmão capricorniano, trazendo trajetos tranquilos e ares curativos.
_______
III - A personificação exemplar 
Nascido em 8 de janeiro de de 1947, David Bowie ficou com os olhos ímpares após entrar em uma briga por uma garota. Rebelde, questionador, inconformado, precursor, iconoclasta, paradigmático e genial, tinha no olhar — um com a pupila regular e outro com a bolinha dilatada — a dualidade orgânica de seu signo.
Uma porção do artista era discreta, centrada e reclusa. A outra o fez camaleônico, andrógino e repleta de alter egos que expressavam sua constante sensação de não-pertencimento (ideia recorrente em capricornianos, aliás). Bowie também era Ziggy Stardust, Aladdin Sane, The Thin White Duke, The Goblin King e, como última criação, The Blind Prophet.
A cada faceta, como se o artista conclamasse uma parte de sua ancestralidade, um novo experimento musical e visual surgia, assim como eram lançadas mais provocações intelectuais para que os dogmas da época (e do próprio Bowie) fossem ressignificados. No lugar de um capricorniano sisudo, David surgia sempre sorridente, distribuindo abraços, respostas engenhosas, parcerias agregadoras e a sabedoria suprema de ancião da tribo.
Foi compositor, cantor, ator, produtor, instrumentista e até semideus. Voou alto, levando seu clã consigo, agradecendo por seus acertos, se redimindo de seus equívocos e harmonizando os sagrados que habitavam em si sem precisar escolher qual deles prevaleceria. Falava baixo, mas era um monstro no palco. É filho de uma Londres cinzenta, assim como os tons sóbrios que os filhos de Saturno tanto adoram, mas preferiu as cores flúor de uma Nova Iorque insone para conduzir seus passos.
Viveu catarses e criou em meio ao seu próprio panikos, até intuir o momento de seu desencarne. Como despedida, lançou, em 17 de dezembro de 2015, o single Lazarus, no dia de São Lázaro, em que — ao personificar The Blind Prophet, seu último alter ego — saudou a cada um de seus ouvintes e honrou sua árvore da vida. Morreu em 10 de janeiro de 2016, dois dias após seu aniversário, mesma ocasião em que lançou Blackstar, último disco permeado por Lazarus e mais seis faixas (sete canções, isto é, o número mágico). Não obstante, o álbum tem duração de 41:14, sendo tal número atribuído aos processos de vida e morte, começo e fim, adoecer e transmutar.
Bowie fez seu próprio tempo ao se alinhar com Kairós. Riu de Cronos, aceitou as joias de Saturno, trocou acenos com Anúbis, reverenciou sua Kundalini e, ao fim, encontrou-se com Omulu. É a personificação perfeita de Capricórnio, iluminando — como o farol que sempre será — irmãos zodiacais, como Susan Sontag (e sua mecha branca de cabelo, enaltecendo dualidade capricorniana), Patti Smith, Basquiat e Lemmy Kilmister. David Bowie é um universo, assim como o recôncavo vasto e seguro de Capricórnio. Assim é. Amém, axé.
_______
Copyright © 2020 / Astrologia Singular
Conteúdo inteiramente autoral e protegido pela Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 18 da Lei 9.609, de 19 de Fevereiro de 1998 — de Proteção Intelectual — e a Lei 9.610, também de 19 de Fevereiro de 1998, responsável pelo Direito do Autor. Não é permitida nenhuma publicação do texto em outros veículos sem os devidos créditos da autoria da Astrologia Singular.
4 notes · View notes
bruxurso · 4 years
Text
Tumblr media
╔═════ೋೋ═════╗
🌙 Lua do Lobo ou do gelo, sua cor é o roxo e sua lenda nos conta como as águas ficam presas sob um lençol de gelo da mesma forma que Perséfone (mitologia grega) fica retida no submundo enquanto a morte e o inverno reinam. Essa é a lua da união, tempo de estarmos próximos as pessoas que amamos e um precioso momento para tentarmos compreender o recomeço, porque todas as coisas tem começo, meio e fim. São cíclicas e por isso não acabam simplesmente…
Tudo bem que essa época do ano se transformou numa correria as lojas, mercados e o consumismo impera incentivado pelo capitalismo que aí esta. Mas nós poetas devemos nos libertar disso. Natal é tempo de amor, mas e os outros dias do ano, as outras estações? O amor não está presente em nossa vida apenas por causa de uma simples data no calendário.
Exercite o amor em sua vida, abrace quem você ama mais vezes, olho nos olhos das pessoas que ama com mais freqüência. Não tenha tanta pressa, sente-se para conversar. São essas coisas simples que fazem a diferença no fim do dia. Tenha olhos, ouvidos, boca e exercite o dom que cada lhe oferece com as pessoas que são realmente importe.🌙
╚═════ೋೋ═════╝
ㅤ— [✿🖤Meus Estudos✿] - -❀ೃ .
○°•°♡Bom esse foi o meu blog espero que tenham gostado. Que os Deuses nos abençoe sempre!♡°•°○
2 notes · View notes
emcontoscom · 4 years
Photo
Tumblr media
Até o fim
Marlos Quintanilha
O vento batia forte levando as ondas a quebrarem quase à beira da estrada de chão batido que levava até a praia. Dona Arlete estava cada vez mais ofegante enquanto se aproximava do mar. Ela não olhava para trás. Seu coração fazia isso por seus olhos. Mesmo sem olhar ela sabia que eles estavam lá. Suas crianças. Seus meninos. Aqueles por quem ela suportou até ali. Ela queria lutar mais um pouco. Buscou forças onde já não existia nem esperança. Ela queria ir em frente. Fazer aquilo que, em sua opinião, resolveria todos os seus problemas. 
O sol já tocava o mar ao longe. No espelho d’água o astro-rei iniciava seu mergulho noturno. As águas estavam avermelhadas. Era uma espécie de sangue de ouro, pensava dona Arlete. Aquele era o cenário perfeito. Ela então fechou os olhos e inspirou quase que parando de respirar. O cheiro salgado da maresia invadiu seu nariz.
Naquele mesmo dia bem longe dali...
Este era o dia que a família Oliveira sairia em sua primeira viagem missionária. Todos estavam muito ansiosos pela empreitada em nome de Cristo. Bem, todos exceto um membro da família, Letícia. A jovem estava com pneumonia e não poderia ir. A jovem escreveu uma carta e a colocou numa garrafa, pedindo ao seu pai que a lançasse ao mar. Ela queria que suas palavras pudessem chegar aonde ela não chegaria. No porto ela despediu-se da família ao som de muito choro. Antes de chegar em casa uma chuva torrencial desabou sobre a cidade. Mais tarde naquela noite chega a notícia devastadora. Em meio a tempestade a embarcação veio a pique, levando consigo a vida de todos os tripulantes.
De volta à praia...
A maré já subia até os pés de dona Arlete que permanecia de olhos fechados. Seu coração estava apertado enquanto ela lutava contra a súbita vontade de olhar para trás. Ela sabia se o fizesse, mudaria de ideia na mesma hora. Foi aí que seu cheio predileto a tocou. Era o perfume com aroma de flores que passava nos seus filhos.
No passado, quando seu companheiro saiu de casa para comprar bebida e nunca mais voltou ela pensou que não daria conta de criar a pequena Ruth, o espevitado Ézio e a doce Vânia. Por muitas noites ela amanheceu em claro, pois a barriga reclamava a falta do alimento. A barriga estava vazia, mas o coração estava cheio por ver os filhos bem.
Dona Arlete nunca havia conhecido a Deus até que um pastor passara pela aldeia numa missão. O povo contava histórias sobre a criação do mundo de acordo com as lendas locais e até ali foi no que ela acreditou. Ela ouviu falar de um Deus que fazia milagres. Falaram que ele era a amigo e estaria presente para ajudar a vencer todos os problemas. Horas depois aquele pastor foi morto pelo povo local enquanto pregava a palavra do seu Deus e nunca mais foi ouvido falar sobre isso na região. Contudo dona Arlete ficou com aquelas palavras na cabeça. O tal Deus que poderia ser seu amigo. Era só chamar por ele.
O coração de dona Arlete palpitava em seu peito. Em sua mente tudo se resolveria com sua partida. As crianças dariam um jeito assim como ela deu quando viu-se sozinha no mundo com eles. Era um destino cruel. Porém um desfecho que ela não poderia evitar. Se ela olhasse para trás, certamente vacilaria.
Num último ato desesperado e já sem forças ela caiu de joelhos na areia branca e úmida. Nada se comparava com seu coração acelerado e o peso do mundo em seus ombros, era um fardo pesado e cruel. Fardo que ela já não aguentava mais. Foi aí que ela se lembrou das palavras do pastor. Ele dizia que Deus poderia ajuda-la. Sua pergunta era se essa ajuda serviria para seu vazio.
Num ato despretensioso ela sem abrir a boca, movendo apenas os lábios, chamou pelo Deus do pastor. Pediu que ele viesse até ela. Tirasse ela daquela dor. Nada aconteceu. Deus não apareceu. A única coisa que apareceu foram uns pedaços de embarcação, certamente fruto de um naufrágio devido à última tempestade que trouxe junto uma garrafa com uma carta dentro que dizia:
Olá, primeiro. 
Não foi a força das águas que levou essa carta até você. Foi à força de alguém que te ama. É o amor daquele que levou meus pais para o outro lado do mundo. Então esse texto não é sobre você. Ou sobre mim. Mas sobre Jesus - o Filho de Deus que é um com o Pai - e que morreu por nós, pecadores. Eis o que nos torna tão iguais: eu e você somos criações de Deus, desesperadamente necessitados de um Salvador. Antes de me despedir, faço um convite: renda-se ao Salvador. Erga os olhos de si e coloque-os mais alto, em Cristo. Sua vida não é sobre você. É sobre Ele. Desista de viver para você, viva para a Glória de Deus. Isso não é a morte. Isso é um recomeço uma nova vida.
Com afeto, Letícia.
A mulher chorou copiosamente depois de ler a carta. Era tudo que ela precisava ouvir naquele momento. Ela pediu e ele respondeu. Mesmo sem conhecê-la, ele estava ouvindo. Ela duvidava até que ele soubesse da sua existência. Mas essas respostas agora podiam esperar. Ela queria correr para a orla e abraçar seus filhos e apresentar seu novo amigo, seu salvador. Aquele que esteve com ela mesmo sem ela saber, até o fim.
2 notes · View notes
fantasmadaagnes · 2 years
Text
Tumblr media
Análise e Comentários sobre Lendas do Recomeço
Lendas do Recomeço; a saga inaugural da Terceira Série da TMJ.
Tumblr media
Layout
O estilo da TMJ mudou drasticamente na Terceira Série, e eu não posso dizer que foi uma decisão errada! Gostei muito do traço novo dos personagens, só ainda não me acostumei totalmente.
Fiquei MUITO feliz em ver que os desenhistas voltaram a se preocupar com as roupas dos personagens. Lembro de uma época em que a Mônica só vestia jeans e camiseta lisa...
Só peço que PELO AMOR DE DEUS, Maurício, para com essas páginas brancas! Volta pro papel normal de mangá!
Milena
FI-NAL-MEN-TE temos a Milena Jovem, já não era sem tempo! O desenho ficou lindo e eu mal posso esperar pra acompanhar o desenvolvimento da personagem.
Na Turminha Clássica a Milena se destaca pela animação, otimismo e o grande amor que ela tem pelos animais, por influência da mãe que é veterinária.
Vamos ver como ela evolui na TMJ!
DC e Isa
Do nada o DC e a Isa engataram em um namoro. Eu só tenho uma pergunta: POR QUÊ?
Não tinha NENHUMA necessidade de inventar essa besteira de namoro. A impressão que eu tive foi de que só queriam calar a boca de quem ainda shippa DC e Mônica (eu, no caso) com a desculpa de que além da Mônica estar com o Cebola, o DC agora é comprometido.
A Isa e o DC não tem NENHUMA química. Absolutamente NADA das personalidades deles indica que seriam um bom casal. Eu tenho quase certeza de que esses dois NUNCA tiveram uma interação de verdade antes desse "namoro". NÃO FAZ O MENOR SENTIDO!
E eu preciso lembrar a vocês que desde a edição 33 da Primeira Série a Isa JÁ TEM UM NAMORADO, com quem ela mantêm contato pelo celular, já que ele mora na cidade natal dela.
Sem nem mencionar que: na edição 33 da Primeira Série, na primeira aparição da Isa, você até shippa ela com o Luca porque eles passaram o gibi inteiro interagindo, construindo uma amizade, demonstrando o porquê aqueles dois seriam um bom casal. AGORA QUANDO FOI QUE ISSO ACONTECEU ENTRE ISA E DC???
Sigo defendendo que Mônica e DC são um casal incrível, e só terminaram porque a Mônica e o Cebola são "prometidos" um pro outro. Assim como a Isa e a Maria Mello não podem ser nada além de um casal! Pelo amor de deus, essas duas são namoradas!
Ler sobre esse novo "casal" foi como se o Maurício de Sousa em pessoa tivesse cuspido na minha cara.
Mônica Coadjuvante
É oficial: a Mônica virou personagem secundária!
Vão ter que mudar o nome do gibi, porque já faz tempo que deixou de ser a Turma da Mônica Jovem!
Em seis edições, 384 páginas, a Mônica sequer apareceu em um terço delas, e não teve nenhum destaque. Faltou protagonismo, faltou personalidade, faltou iniciativa, faltou a Mônica.
Ela virou uma personagem chata e genérica. Só entrou no torneio pra cumprir a tal “promessa” que ela e o Cebola fizeram (eu juro que cada vez que eles mencionavam essa “promessa” eu revirava os olhos). Se essa fosse a Mônica de verdade, ela entraria no torneio pra competir mesmo, pra se divertir, vencer, e jogar com os amigos!
Sem falar em toda a trama da empresa Lotania, a desenvolvedora do jogo que maltratava os funcionários. A Mônica saiu tanto da personagem que quem resolveu a coisa foram o Franja e o DC. Quer dizer, fala sério! A maior característica da Mô é como ela sempre luta contra injustiças e busca fazer o certo!
Estou muito decepcionada com o que fizeram com ela.
Mônica e Cebola
Eu nunca fui muito fã do casal. Eu acho que eles são bons na teoria, com toda essa questão de se conhecerem desde a infância e terem personalidades do tipo “os opostos se atraem”. Mas na prática, depois de tudo o que o Cebola fez com a Mônica, a forma escrota como ele tratou ela durante toda a primeira série, além do bullying na infância (que claramente afeta a Mô até hoje), eu jamais colocaria os dois juntos.
Eu entendo que o Cebola amadureceu e percebeu os próprios erros, mas uma coisa é perdoar, e outra é esquecer, e considerando todo o sofrimento e estresse que a Mônica passou durante esse tempo… isso com certeza não se esquece.
Mas o maior problema com esse casal, que é aquilo que, na minha opinião, ficou muito evidente em Lendas do Recomeço, é que para que os dois funcionem juntos eles teriam que renunciar à si mesmos.
Calma, calma. Eu explico: A Mônica e o Cebola cresceram brigando, e isso se deve, em maioria, ao fato de que eles têm personalidades muito fortes e totalmente incompatíveis. Nenhum dos dois sabe ceder, ambos estão muito acostumados a estarem certos, e quase nunca estão dispostos a manter a cabeça fria e conversar.
A Mônica é forte, física e moralmente, e sente que é responsável pelo bem-estar de todos à sua volta. Ela é teimosa, inconsequente, e tem uma bússola moral muito forte.
O Cebola despreza ser visto como fraco, e tende a se sentir ofendido com a insinuação de que precisa ser protegido. Ele valoriza a inteligência e tem um ligeiro complexo de superioridade. É manipulador e ambicioso, um estrategista nato.
Para a relação desses dois ficar equilibrada e “paz e amor” eles não poderiam continuar sendo quem são, e eu desprezo isso que os gibis tem feito ao sacrificar as personalidades deles em detrimento de uma relação “fadada a acontecer”.
Cascão
DESDE QUANDO O CASCÃO PASSA POR CIMA DOS AMIGOS PARA CONSEGUIR O QUE QUER?
ESSE NÃO É O CASCÃO, CARA! POR QUE FIZERAM ISSO?
Magali e Quim
Esse casal parece que só continua junto por preguiça dos roteiristas. Saudades de quando a Petra Leão fazia e desfazia casais.
Eles são muito fofos, mas sinceramente não vejo química nenhuma entre os dois. Parece que estão unidos pela comida ao invés de um sentimento verdadeiro.
O pior é que nessa saga, de novo, o que se passou com eles foi a mesma coisa da edição 45 da primeira série; da edição 67 da primeira série; da edição 89 da primeira série...: o Quim é inseguro demais na relação, e não importa o quanto a Magali o tranquilize, ele não é capaz de se comunicar de forma saudável.
Os problemas entre eles nunca se resolvem e o namoro não evolui.
História Monótona
Cadê o clímax da história?
Não sei se foi porque agora a gente têm mais de uma história por edição, logo a história é mais curta,... não sei bem. Só posso dizer que faltou a construção de um enredo. Eu até senti que tentaram encaixar um suspense, mas foi muito fraco.
Tumblr media
9 notes · View notes