Tumgik
#tralha
strangelysad · 2 years
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Esse é o resumo das tralhas inúteis que comprei esse ano.
kkkrying
Repare que em maio parecia que eu tinha ganho na loteria, só pode.
Ano que vem será diferente, TERÁ que ser diferente. Todas essas tralhas se reverterão em alimentação (saudável), medicamentos (necessários) e pagamentos de contas (luz, água, transporte).
O lazer será, como sempre foi, leitura e passeios gratuitos.
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jhoncleyton007 · 2 years
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Pescaria Esportiva
Artigos Para Pescaria
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esponsal · 5 months
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Clarice, hoje enquanto eu estava sentando naquele banquinho da praça principal qual costumávamos sentar, passou uma mulher com o mesmo corte de cabelo que o seu, quando vi rapidamente tomei um susto, meu coração gelou, mas depois de três segundos eu olhei bem e pensei que diabos você estaria fazendo em São Paulo em Junho num frio desse da peste. Fiquei o resto do dia todo pensando em você, pensando em te ligar, aí cheguei em casa fui pra janela acender um cigarro e aquela saudade danada de caminhar até a sala e te encontrar jogada sobre o sofá lendo Lygia Fagundes me tomou. Tá tudo vazio aqui em casa, tudo vazio Clarice, desde que você foi sobrou espaço pra colocar tanta coisa, tanta tralha, tanto livro, tanto cinema, tanta música, mas nada preenche o vazio. É uma falta de você, especificamente de você, de seus trejeitos, suas manias e até daquele chá doce que você fazia e eu não gostava.. Sinto saudades do cheiro de cigarro que você deixava na casa toda, sinto falta de tanta coisa, mas em especial sinto falta de nós dois. Fico pensando que você me esqueceu e me quer por longe pra que assim eu não passe a te procurar e te encontrar nos braços de outro amor. Você dizia que queria viver, experimentar a vida até o tutano, era algo que você tinha retirado dos livros de contos. Eu sempre fui fraco, melhor, medroso. Pra mim experimentar a vida era acordar ao teu lado num domingo de sol ou de chuva, confesso que não era muito de desbravar o mundo, mas por que diabos eu faria isso se tudo que eu precisava estava ao meu lado? Penso em você toda noite, mesmo que aquela mulher não tivesse atravessado a minha visão, alguma coisa no dia teria me lembrado de você. O engraçado é que ela tinha cabelos ruivos e o seu é preto, talvez eu só esteja procurando pretexto para te escrever mesmo sabendo que você não vai me responder, sim, sinto saudades disso também, de suas respostas.
Cartas para Clarice.
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gravetos · 21 days
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É algo residual que mora de aluguel dentro de mim, às vezes não está em casa, foi a passeio, saiu de viagem, faz silêncio e outras vezes está lá com toda tralha, com toda bagagem das suas saídas, fazendo barulho. É um inquilino incomodo que não dá pra despejar.
Gravetos - Bem vindo à depressão.
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markiefiles · 2 months
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oii amor, tudo bem? eu vi que as asks estão abertas, e qria pedir uma do hyuck onde ele é bem tralha cafejeste ou uma do jaemin vampiro stalker maluco ((ultimamente minha cabeça pensa muito nessas duas coisas 🤒))
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— MOLEQUE ENCRENCA
fem reader x lee donghyuck
avisos: smut, haechan trambiqueiro, menção a masturbação masculina, leve fem dom, reader um pouco mais velha (idades legais), uns palavrões e big!dick.
notas: mais uma vez, me perdoem pela demora, eu estudo de tarde e volto só o pó pra casa, mas as postagens ainda não terminaram. obrigadinha pela paciência. vou usar esse post dE novo pra postar um hc jaemin vampiro ☝️
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É que de todas as situações estranhas que Donghyuck já havia se enfiado, aquela era definitivamente a mais pervertida.
Ele costumava te observar pela janelinha do sótão, morar do outro lado da cerca não era um problema, você era amiga da mãe dele, te achava bonita, muito atraente, queria ter você. Tinha um tipo de relação entre vocês, estranha pra dizer o mínimo, uma tensão que não deveria existir, proibida. Era os olhares, sim, era o jeito que te observava, o jeito que fazia um calor surgir, injusto demais, mas ignorava, podia ignorar.
E começou assim, com ele frequentando sua casa na presença da mãe um pouco alheio, às vezes sozinho, pedindo um copo de café, explicando o curso na faculdade e depois sumindo entre os corredores, quartos, intruso, mexendo nas tuas coisas, descobrindo mais sobre você.
Donghyuck não era muito moral, não. Era muito problema para um adulto administrar. Mas ele tinha adorado descobrir sobre seu casamento fracassado, sua idade e onde ficavam as suas calcinhas, todas elas. Era esquisito, mas você não parecia se importar o suficiente para procurá-lo ou sobre o que ele fazia dentro da sua casa.
Ele gostava da sua voz, de como seus cílios sempre destacavam seu olhar, do seu cabelo caindo sobre seus olhos, dos seus seios presos nas camisetas de manga longa. Donghyuck poderia passar horas na sua casa, completamente apaixonado e hipnotizado por ti, de uma maneira estranha.
Aí, chegou o dia, aquele dia, onde você percebeu que uma das suas calcinhas recentemente lavadas tinha sumido do varal, você não teria notado se fosse qualquer outro dia, mas, você a usaria no seu encontro, sábado. Era uma calcinha de renda, arroxeada, levemente cavada, diferente das que você usava no dia a dia. Você revirou o cesto de roupas limpas, procurou dentro da máquina de lavar e nada, até achou que tinha guardado, mas não.
Você pensou, desconfiada, uma intuição, bateu na porta da casa de Donghyuck e ele abriu com a respiração descompassada, confuso, perguntou “Posso ajudar?” e você respondeu “Sua… mãe está? Preciso falar com ela, urgentemente.”
Os olhos dele viajaram pelo teu rosto, ele hesitou, tomando uma decisão rápida, mas permitiu que você entrasse, pontuou “Ela chega daqui uns quinze minutos, você pode esperar” e talvez esse tenha sido o erro dele. Você soltou uma risada.
Donghyuck subiu as escadas, os passos bem pesados e rápidos, você conseguia ouvir a movimentação pelo andar de cima. Você passava os olhos pela casa dele, pelas fotografias na sala, pelas portas, cozinha e serpenteava o corpo pela escada, subindo num silêncio fantasmagórico. A madeira cantava debaixo dos teus pés, lenta.
Curiosa, você correu os olhos pelas frestas de cada cômodo, os dois quartos, o banheiro, a área de serviço e a última porta no fim do corredor, tentador demais, sem fazer barulho. Você andou, encostou o ombro no batente da porta, arregalou os olhos e calou os lábios, a respiração, espiando a cena no mínimo erótica que observava.
Um calor se formou no seu peito, suas pernas amoleceram e você quase gemeu, não, não! Lee Donghyuck era mau caminho, inteligente, rostinho bonito, mas encrenca, encrenca com a mãe dele, sua amiga.
Com os dedos, você empurrou a porta levemente, deixou que a visão ficasse mais clara e passou a vislumbrar os movimentos contínuos que Hyuck fazia com a mão, sua calcinha no rosto dele, sendo usada e cheirada feito um fetiche.
Ele suspirou, não notou sua presença, levou a calcinha em direção a ereção e assim que abriu os olhos, ficou pálido, atônito, meio abestalhado. Tinha sido pego fazendo besteira, das grandes. Donghyuck te olhou e observou, sem piscar os olhos, o pau ainda mais melado pela ideia de você tê-lo visto, mas, o coração disparado mostrava genuíno desesperado.
— Você… hm… esqueceu de trancar. — Constatou, arteira, caminhando em direção a ele, passo por passo, em câmera lenta, os olhos dele ainda sustentando a expressão assustada.
Você se sentou na cama dele, a destra correu pela coxa, pegando o tecido rendado nos dedos e observando o pré-semen escorrendo pela fitinha na parte da frente. Você viu o pau dele se mexer em resposta à risada áspera, baixa, não parecia surpreendida pelo comportamento dele. Donghyuck segurou o fôlego no peito, ansiando pelos seus dedos no pênis dele, mas você não o fez.
— É isso o que você faz quando vai na minha casa? Quantas calcinhas minhas você já pegou? — Você perguntou, observadora.
— E-eu… olha… essa– F-foi a única, eu juro. Juro. — Choramingou.
— É…? — Desdenhou — Seu pau é tão… grande. — Você se aproximou, o suficiente pra sentir a respiração dele contra seus lábios. Ele trocou os olhos muito rapidamente, você conseguiu visualizar o pomo de Adão se movendo de uma maneira amarga. — Era isso o que você queria? Me atrair para sua casa, querido?
— Não… — Respondeu, o hálito quente batendo contra o seu peito. Ele parecia concentrado demais em não tirar os olhos dos teus.
— E se eu…
Donghyuck estufou o peito, sentiu o quente da sua mão ser levemente ofuscado pelo tecido da calcinha, mas era tão bom sentir a sua mão macia brincando com as bolas dele. Ele gemeu baixinho, sem desviar a atenção, mordendo os lábios, querendo você.
— Você me quer, Hyuck? — Desesperado, ele concordou, fechou os olhos e deixou que sua mão comandasse o corpo dele — Já imaginou o que sua mãe pensaria se soubesse que o filho dela rouba calcinhas da vizinha muito mais velha que ele?
Seus lábios foram para a orelha dele, o sussurro fez com que ele grunhisse desleixado, as mãos impotentes ao lado do corpo, tentado a te tocar, mas precisava da sua permissão.
Você limitou os movimentos, caminhou os dígitos para a mão dele e tocou-a, carinhosa, levou ao lado esquerdo do peito, deixou que ele sentisse seus batimentos cardíacos, acelerados. A falsidade corria na ponta da sua língua, “Eu tenho um encontro, preciso dela. Fico tão triste por você ter pegado uma coisa que não é a sua” e isso foi o suficiente para que o pau dele cuspisse ainda mais esperma. Era irresistível olhar para ele, ver a pele dourada, as bochechas coradas e a pele úmida de suor.
— Levanta. — Você exigiu e ele burrinho, obedeceu. — Fecha os olhos.
Você abaixou as calças, deixou a calcinha de lado e com uma das mãos, moeu o pênis dele contra sua mão levando até o centro das tuas pernas. Vocês estavam tão perto que Donghyuck não resistiu manter os olhos fechados. Ele te espreitou perto dele, sentiu suas dobras molhadas contra o pau dele e gemeu arrastado. Vocês trocaram olhares, o tecido da sua calcinha aprisionou o pênis dele contra sua buceta e com o apoio da cama, você passou a se movimentar.
— Por favor… quero te tocar.
Manhoso, ele implorou, roçando os lábios contra a pele do seu maxilar, sentindo o seu cheiro, querendo tanto enfiar a cabecinha na sua bucetinha, se esfregando muito, absurdamente quente. Você abraçou o pescoço dele, gemeu quando os dedos esguios e magros apertaram sua bunda e impulsionaram seu quadril contra o dele. Ele ouvia o jeitinho que você gemia, assim ao pé do ouvido dele, sentia-se incentivado, ora as mãos alternavam entre seus seios parcialmente cobertos, ora brincavam com as bandas da sua bunda, fazendo um barulho estrondoso pelo quarto.
— Você é tão gostosa… porra…
Hyuck murmurou, mordeu seus ombros e partiu pro seus lábios, focado demais no movimento da sua língua na dele, empolgado.
— P-por favor, s-saía comigo, c-cacete.
Você revirou os olhos, entre beijos e pequenas risadas, flertes. Continuou indo e vindo, tanto tesão que não sabia o quanto ia aguentar. O pau dele pulsava contra seu clitóris, você se esfregava, sentindo a mão dele batendo contra sua bunda, nossa, ele parecia alucinado.
Então você tremelicou, quase caiu quando sentiu o orgasmo subindo seu cérebro, deixando seu corpo mole, Donghyuck te segurou, abraçou sua cintura e te amparou, carinhoso, instintivo. Os dedos dele tocaram seu rosto, ele tirou os fios cuidadoso e esperou que você abrisse os olhos.
— Eu tô sentindo… — Confuso, ele te observou.
— O que? Te machuquei?
— Não, não… Tô sentindo escorrer.
Uma decisão maluca te fez empurrar o corpo dele contra a cama, montar no pau dele muito rapidamente. Haechan rosnou sentindo suas paredes na pontinha do pênis dele, esmagando ele aos poucos, tão quente, tão molhado e muito sensível. Você deitou o corpo, ondulou os quadris até que ele gozasse e persistiu olhando nos olhos dele, dominadora.
— V-você tem um gemido tão bonito. — Sussurrou.
E esse foi o estopim.
Num desespero, ele saiu de dentro, gozou contra sua bunda e te agarrou, seus lábios no dele, suor, muito suor e carinho. Você sentia o morno da porra escorrendo pela sua pele, Donghyuck desejando muito ter a visão da sua bucetinha melada do teu mel. Ele lambeu teus lábios devasso, suspirou e ergueu o tronco junto do seu, te olhando, limpando a porra com sua calcinha, pervertido.
Vocês se olharam, cansada você se levantou, vestindo suas roupas, tendo a última palavra.
— Eu aceito sair contigo sim.
E por Deus… que sorriso lindo Donghyuck tem.
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idollete · 2 months
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Voltei
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Sem comentários pq eu desmaiei
(Meu Deus o vei tá conservado, ele fez de propósito juro)
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK O VÉI TA CONSERVADO 📢📢📢📢
ele tá tão putinho com essa bermuda de tralha e o óculos aiai seu enzo, venha passar um verão aqui na bahia também!!!!
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bfontes · 1 month
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tenho tido que lidar muito com a rejeição, ser solteiro tem disso, rejeitar e ser rejeitado, encontrar o equilíbrio entre a honestidade, responsabilidade afetiva e essa coisa de entender o motivo de eu me apegar tanto quando sei que não sou desejado. quando o encontro é bom, me sinto bem, mas não me conecto da mesma maneira do que a dúvida, de quando a mensagem no dia seguinte não vem, e se vem é para dizer algo sem carinho, aquelas palavras que a gente escolhe pra dizer "poxa, não é você o cara, desculpa". é difícil não ser o cara. sei o quanto é ridículo dizer isso, não me olhem assim, estou tentando abrir um peito que também tem um monte de tralhas. hoje se passou quase uma semana de um desses encontros, desses ruins (que pra mim não foi ruim, porém para ela tudo indica que foi), e mesmo eu tendo essa certeza, pois esse sentimento quase sempre fica no ar, eu ainda preciso ouvir, materiliazar, e se for possível grite no meu ouvido "não gostei, próximo!". eu acabo de comprar um presente e enviar para a casa dela, uma bobagem, um livro sobre o qual comentamos no encontro, ela sorriu quando eu comentei. o pior é que não sei exatamente o motivo de ter enviado o livro, não é para tentar conquistar, sabe? não tenho isso. é como se eu mendigasse um pensamento, que escape dela algo como "ele lembrou, é um cara muito legal". amanhã vou falar na terapia sobre isso, mas achei melhor comentar com vocês antes, esse desespero por um sentimento de carinho, de achar que passar em branco pela vida de alguém está errado, esquecendo das mil vezes em que fui eu quem não gostou do encontro, e o motivo geralmente é algo banal, às vezes não combinou, e é isso. entendo de cá, não entendo de lá. sou egoísta demais comigo, e tantas vezes com os outros. queria poder flutuar nesse mar da busca pela pessoa ideal sem sujar a praia, as sereias, as velas do barcos. gostaria de mergulhar quando quisesse e voltar a tona para tomar um ar. só que é sempre um afogamento, e ninguém me jogou no mar. ela com certeza não me jogou no mar. ela foi ótima, gentil, e fez essa coisa que eu odeio amar: ela não gostou de mim. sempre acho isso lindo, se fosse eu também não iria gostar.
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lucytsukii · 2 months
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Bom já que seus OC's são vendedores, como I Hades reagiria se a minha oc Annie (a doida de baixo) tentasse vender algumas das tralhas mágicas dela (algumas são só velharias que ela juram que tem uma função.)
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Hades: Look… I don't like artifacts that much, I mostly use them at work… But I know… someone who would like to do business with you, even though I recommend not accepting any contract with Mephisto.
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So… if you have something to stop specific people from breaking into my office, I would accept it.
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…Or a portable bed, that's fine…
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Hades' biggest dream is to sleep for a month.
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butvega · 1 year
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TA LA RI CO! I
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notas. bem-vindos ao primeiro capítulo de talarico! tá permitido se apaixonar, viu? ❤️
avisos. oral!fem, nana playboy carioca, adultério e direção alcoólizada (pelo amor de Deus, gente, não pode)
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Atenção à Na Jaemin, e Lee Jeno.
Os dois são primos, melhores amigos de infância, vindos de uma família coreana de ótima condição financeira, que com bastante esforço conseguiu se estabelecer com sucesso no Brasil – mais especificamente Rio de Janeiro, Barra da Tijuca.
Melhores amigos, mas diferentes em todos os aspectos possíveis. Enquanto Jeno, — apelidado de Neno para os íntimos, ou JL para os amigos, era um rapaz tranquilo, procurava se focar ao máximo em sua faculdade de economia, afim de tomar com rapidez seu lugar na empresa dos pais; Jaemin, — ou apenas Nana, gastava seu tempo matando suas aulas de direito para tirar onda pela cidade com sua Porsche 911, dada por seus pais. Suas noites eram resumidas em rachas clandestinos pela Avenida das Américas, seguidas de uma 'noitada na Vitrinni, e claro, o Gin e o Whiskey eram todos na conta do Na.
Só havia uma coisa que os melhores amigos concordavam sem pensar duas vezes; a garota mais bonita de todo Rio, pelo menos na visão deles.
Incrivelmente a garota em questão era ex de Jeno. O que em momento algum impedia Jaemin de olhá-la de cima a baixo, e tentar ao máximo flertar com ela durante as festas, mesmo com o amigo do lado. Não que Jaemin fosse um grande filho da puta, que sentisse prazer em desejar a ex do melhor amigo, já que claro, há todo um código masculino sobre proibir isso, mas o fato era que: Jaemin já a desejava há muito tempo, e Jeno apenas tinha sido mais rápido. Ou mais romântico.
Como uma garota que se magoa fácil, é claro que você não se deixaria levar pelo playboy mais galinha de toda Barra como Na. Não que você também não pensasse como a maioria das meninas; como ele era atraente.
Uma pena que seu relacionamento com Jeno não havia dado certo. Faltava emoção, adrenalina, faltava atenção que Jeno não podia te dar. Sempre ocupado com o trabalho, sempre ocupado com os estudos, guardando os fins de semana para dias de família que no caso, não incluíam você. Tudo se juntou como o estopim para o fim da relação, que não acabou amigavelmente.
Mas como estamos falando de um estado relativamente pequeno, em um país grande demais, lá estavam os três curtindo uma sexta-feira sem lei.
Você ao lado de suas amigas, e ambos com seu grupinho de mauricinhos metidos à tralha. Infelizmente o mesmo camarote, já que o grupo de amigos de vocês continuava sendo o mesmo. De soslaio, você encarou os dois. Demorando talvez... Tempo demais ao encarar Jaemin Na. 
Camisa de algum time que você não fazia ideia, calça preta, e vans da mesma cor. Por que uma roupa tão simples o deixava tão bonito? A franja que quase sempre caia em sua testa, fazendo com que toda hora ele tivesse que ajeitar, o deixava com um ar mais fofinho. 
Mordeu os lábios, o reparando demais, acabou sem perceber que ele estava com os olhos focados em você. Sem graça, desviou o olhar com rapidez, mas não pareceu funcionar, já que ao olhar para sua direção novamente, viu que ele se aproximava de você.
— E aí, gatinha. Não vai falar comigo não? — deu seu melhor sorriso cafajeste. 
— Oi, Nana. — você sorriu, revirando os olhos. Talvez tivesse mais contato até com o Na, do que com Jeno, durante o namoro de vocês. 
— Tá quietinha aí no canto... Tá tudo bem? — ele perguntou se aproximando de seu ouvido, a música alta não deixava que vocês tivessem uma conversa em um tom normal.
— Só 'tô quieta, ué. — para ser sincera, você mal sabia o que responder. Jaemin te deixava nervosa.
— Quer ficar aqui no camarote, ou quer ir lá em cima na varanda? — ele perguntou dando um gole do que você julgou ser Whiskey com gelo de coco. 
A boate na qual vocês estavam tinha um terraço, também iluminado, onde servia como um pub mais tranquilo, com petiscos e alguns puffs.
— Ah, sei lá, vamo'. — você concordou dando de ombros.
Sabia que não iria lá pra cima pra conversar com o Na, mas já era madrugada, você já havia bebido, ele também, e sinceramente você não tinha mais nada com Jeno. Ele mal parecia se importar com você, então... Por que não?
Mesmo com a altura do som, foi possível escutar um diálogo engraçado entre Jaemin, e Lucas, também do círculo de amizade de vocês, enquanto ele ia avisar que ia dar uma "sumida".
— Ela, mano? Talarico morre cedo, hein porra. Toma juízo, Nana.
                                (...)
— Noite 'tá quente 'pra caralho... Tô arrependido de ter vindo assim. — ele disse dando um sorrisinho, retirando do bolso de sua calça um maço de cigarros, e um isqueiro, acendendo um em seguida.
Sentaram-se em um puff na área aberta do lounge, próximos, porém cada um em um. 
— Mas 'cê tá bonito assim. — você flertou de leve, com as bochechas ficando rubras sem seu controle.
— Acho que se tu botar até uma roupa de palhaça, você ainda continua muito gata. — ele lançou e você não tardou a rir. Aquele era o jeito de Na Jaemin que você achava adorável.
— Vem cá, você me chamou aqui 'pra cima exatamente por quê? — você indagou curiosa, sorrindo suspeita.
— Ué... 'Pra admirarmos as estrelas, o quanto elas são perfeitas, o quanto o universo é interessante e subjetivo... E talvez por em pauta a existência dos ets, aí deixo contigo. — ele falou, gesticulando exageradamente com a mão onde o cigarro queimava, fazendo com que você risse novamente.
— Nana! É sério... — desta vez foi manhosa.
— Falando sério, — ele te puxou para o puff dele, fazendo com que você se sentasse quase em seu colo, e passou os braços por seu ombro. — Só queria passar um tempo contigo. A gente não se fala tem 'mó tempão, nem saímos mais juntos... 
Que. Homem. Cheiroso. Seu cabelo cheirava bem, suas roupas, sem pescoço então... Até o hálito, uma mistura de cigarro e Whiskey era convidativo.
— A gente não sai mais, você sabe muito bem o motivo, né... — sorriu fraco, dando a entender que o motivo em questão era seu término com o melhor amigo dele.
— Ah, mas tu sabe que eu saía contigo, porque te achava maneirona, né? Não era só pelo Neno não.
Seu corpo se arrepiou um pouco ao ouvir o apelido íntimo de Jeno. Costumava chamá-lo daquela maneira também. 
— Aham, sei... — sorriu desconfiada.
— Mas agora prometo que se você quiser, não vou largar você... Te levo pra onde você quiser... — colocou a cabeça em seu ombro, descansando-a.
— Onde eu quiser? — você mordeu os lábios travessa. — E se eu quiser ir na praia agora?
— Se você quiser ir na praia agora, — ele tragou novamente, apagando o cigarro em seguida — eu pego meu carro, boto você dentro, e a gente vai. Você que manda. — ele sorriu sem mostrar os dentes, com o rosto bem, bem pertinho do seu.
— Então 'bora.
Ele se levantou, puxando você junto. Não fez questão de levar o copo, afinal, não deveria nem dirigir após beber. O fato é que o Na ao menos raciocinava tendo em mente que ficaria sozinho na praia, de madrugada, com você. Sua mente fértil, juvenil e devassa imaginava cenários travessos demais. 
O carro de Na era realmente incrível. Sempre bem limpo, polido e cheiroso. Você se sentia confortável no banco do carona, observando Jaemin concentrado nas ruas, com o cenho levemente franzido, e as mãos bonitas apertando o volante. Olhou você de soslaio, e sorriu meigo. A mão direita sem hesitação tocou a parte nua de sua coxa, onde o vestido não cobria, e apertou de levinho.
— Quer ficar por aqui mesmo? — ele perguntou, diminuindo a velocidade na rua de frente para a praia, perto da restinga.
— Pode ser. — você respondeu mais interessada no céu, especificamente na lua cheia que o enfeitava.
Jaemin estacionou o carro, e sem dizer uma palavra, abriu a porta e saiu. Você o seguiu, saindo do carro também, e com cuidado encostando no capô brilhoso.
— 'Tu tá com bala? — ele perguntou como quem não queria nada. Realmente. Você estava com uma halls de cereja na boca.
— Aham. Tá na bolsa, quer uma? — perguntou.
— Não. Quero a que tá na sua boca. — finalmente riu. Cretino.
— Nana! — exclamou indignada. – Não me faz cuspir a bala na mão, e te dar.
— Ah não... 'Cê não ia fazer isso comigo. 
Jaemin se virou para sua frente, quase colando seus corpos.
— Nana, qual é... — você murmurando, soltando uma lufada de ar em conjunto com o sorriso sem graça que enfeitava seu rosto.
— Para, cara... Vamo' ficar... Nossa vibe combina tanto... Não tem pra que ficar com medo.
— Eu não tô com medo. — você sussurrou, a boca do Na roçava contra a sua.
— Só esquece tudo... 
E te beijou. Jaemin Na te beijou. E para ser sincera, ele era tudo que você já tinha escutado por aí. A língua macia, o beijo lentinho, a pegada gostosa e o sorrisinho de cafajeste que ele dava enquanto te beijava. Você não podia negar, Jaemin era uma delícia.
A mão direita dele caçou a sua, e sem que você esperasse, ele desceu as suas até o o pau, como se quisesse dizer a você que ele estava duro. Ele guiava você com a própria mão, a realizar movimento de baixo para cima, com certa força nele.
Mas sua ficha cai, naquele momento, onde ele geme baixinho. Você seria tão suja ao ponto de transar com o melhor amigo do seu ex, no carro dele, na beira da praia?
— Nana... — você murmurou, empurrando um pouquinho o peitoral do maior.
— Que foi? — pergunta meio desnorteado, com a boquinha vermelha meio inchada pela quantidade de beijos.
— Fazer isso com o Neno é errado... Sério, eu não acho que isso seja certo.
— Ah, gatinha, para... Você tá com vontade?
— Tô', mas...
— Então.. Se você tá com vontade, deixa rolar. Eu tô querendo muito, você já viu. — ele deu um sorrisinho. — Senta no capô.
— Tá maluco, Nana? Carro caro da porra, vou sentar aqui não.
— Senta aí, criatura. — ele te pegou pelas coxas, te depositando em cima do capô como ele queria. — Quero te deixar com tanta vontade quanto eu.
E foi desta maneira que Jaemin se agachou no meio do bréu da praia, e puxou para os seus pés sua calcinha. Maldito dia para usar saia! A quem você queria enganar? Você estava fascinada por ele. Pelo proibido.
Nana subiu um pouco mais sua saia, e depositou uma lambida generosa em sua intimidade. Você agarrou seus cabelos sedosos, e ele continuou com prazer. Ele não tinha receio algum em babar, em colocar a língua no seu buraquinho, em rodopiá-la sob seu clitóris com talento. Jaemin era bom em absolutamente tudo que fazia.
Resolveu acrescentar às mãos a brincadeira, e introduziu dois dedos em seu interior, enquanto continuava a te chupar. Era demais pra você.
Fechou os próprios olhinhos, agarrando os cabelos do Na, enquanto se apertava em torno dos dedos dele em um delicioso orgasmo.
A cara de canalha continuava em seu rostinho bonito, agora melado com seu gozo, enquanto ele subia novamente até sua altura. Agarrou seu corpo molinho em um abraço aconchegante, ao tempo de sussurrar em seu ouvido.
— Agora a gente pode esquecer o Jeno, e transar bem gostoso dentro dessa porra de carro?
___________
é pedir demais??????
beijuuu ❤️
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journaldemarina · 2 months
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Segunda-feira, 08 de abril de 2024
Vem aí tempos de mudança. De novo. Mais uma vez. Preciso correr atrás de um novo trabalho, preciso dar corpo a um atelier que precisa começar a render por motivos de sobrevivência. Preciso arrumar minhas coisas, juntar as tralhas, que logo mais farei frete. Ainda não sei muito o que pensar, a escolha do novo lugar foi rápida demais. Eu tinha falado com uma amiga de festa para dividir apartamento mas, sei lá, queria certa urgência e ela meio que me enrolou. Seguirei sozinha. Vou morar perto do teatro, da biblioteca pública, da gigante igreja. Estou pensativa sobre essa última. Cresci em meio a religião participando de tudo sem nunca acreditar. E ainda que não acredite, os objetos e signos e rituais me trazem certo conforto. Talvez pela familiaridade e de se saber sempre o que vem em seguida. Nada muda, é estável, ainda que terrível. Talvez eu passe por lá eventualmente, dessa vez sem participação ativa. Observar feito mosca.
* * *
Esse final de semana que passou foi tão rápido e demorado ao mesmo tempo. No sábado fui num bairro muito longe com a promessa de que haveria uma feira do livro num parque grande. Era só uma barraquinha mixuruca. Comi num McDonald's que nunca tinha comido. Yay. Depois à noite me encontrei com o RP, meu amigo. Fui num aniversário de gente desconhecida num bairro que detesto. Era bar meio balada extremamente heteronormativo com a maior concentração de gente feia, desinteressante e com procedimentos estéticos duvidosos da capital (minto, talvez já tenha estado em estabelecimentos piores). Não gastei um centavo em bebida, me recuso -- sem dizer que estou situação de calamidade extrema, não podendo me dar ao luxo de nada. Bebi bebidas alheias e fui para casa meia noite. Quando passava da uma da madrugada saí de novo, dessa vez para bem perto, num bar verdadeiramente raiz, com o dono já um senhor pra lá de antipático dizendo que àquela hora apenas Polar. Temos que aceitar, é o que tem. Fui lá para encontrar uma amiga que fiz indo numa festa umas três semanas atrás. O interessante desse bar é que reúne todo um pessoal pra lá de COOL, do tipo que dá vontade de pegar um caderninho e desenhar -- caso soubesse desenhar. É uma galera interessante mas não tão pretensiosa quanto ao bairro rico mais adiante. Ainda que boa parte esteja com a vida bem confortável. Sei lá, não me sinto mal perto. E olha que sou expert em me sentir inferior.
Nesse rolê finalmente troquei algumas palavras com o belo menino modelo e muito muito muito bem vestido que ano passado dei match no Tinder e que, veja bem, eu costumava ficar encantada com a estilera dele lá em 2019 nos corredores da faculdade de moda (ele fez moda) (eu só comecei e tranquei pois pandemia). Ele terminou a noite com uma menina lindíssima com uns 3 metros de altura e assim como ele pra lá de estilera. Tudo bem, quem não iria querer. Daqui dois meses ela vai morar na Espanha. Mas achei interessante saber da informação d'ele ter terminado o relacionamento. Hihi.
Voltei para casa já passava das sete da manhã. Dormi até às 15h. Acordei, vi Ma nuit chez Maud e chorei com as relações imediatas que parecem existir desde sempre e mesmo não durando de forma material elas não acabam, não deixam de existir. Pra onde vai esse sentimento? Num dos comentários do Letterboxd li que o autor de Call me by your name, André Aciman, é fã do diretor e faz notas sobre esse filme. Posso enxergar a inspiração no amor de verão do menino e do professor que se estende para a vida mesmo sem nunca se consolidar como algo. Tudo passa mas nem por isso some. É sempre sombra, querendo ou não.
* * *
Em ritmo de mudança, achei um casaco que era da minha mãe debaixo de muitas tralhas minhas. Ainda tem o cheiro que costumava ser dela, mesmo depois de quase três anos da morte. Choro abraçada num pedaço de pano. Cada vez mais a gente se parece. Querendo ou não.
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izzynichs · 3 months
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PAVILHÃO
com @pips-plants .
Não estava muito feliz de ter voltado, especialmente já recebendo funções de organizar a bagunça que ela sequer estava presente quando aconteceu. Não que os outros semideuses tivessem culpa pelo problema que a tal fenda causou, mas ela tinha mesmo que ter o azar de voltar logo agora? Já estava atrasada, que esperasse mais uns dias. Mas, bem, lá estava ela tentando arrumar o pavilhão, e mais ficava encarando os outros do que realmente fazendo algo. Seus poderes não eram muito úteis por agora, então apenas usava força física para carregar umas tralhas e jogar no lixo. Não sabia dizer o que havia acontecido, se foi proposital ou não - alguma espécie de aposta, talvez? - mas sentiu um objeto bater com força em sua testa. A cara fechada foi substituída por uma de choque, abaixando a cabeça e vendo que se tratava de uma maçã. Percebeu um grupinho rindo, jogou o peso que carregava no chão e caminhou até eles, com a cara enfezada. — Qual de vocês fez isso? — Por medo dela ou porque queriam ver o acampamento pegar fogo, apontaram para a menina ao lado. Isabella não a conhecia, mas decidiu dar o benefício da dúvida de que havia sido um acidente. Anos atrás, já teria partido com um soco para cima da outra. — Não tem um acampamento para cuidar não, garota? Uma bagunça por aqui e você tacando uma maçã nos outros. Quantos anos você tem mesmo?
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diegosouzalions · 10 months
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Diego qual sua teoria para o vidro do deserto? Ele é um artefato gem ou uma propria gem?
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Eu fiz uma publicação no Twitter explicando as funções das Gems corrompidas. E eu acredito que ela é realmente uma Gem e que foi presa no travesseiro (possivelmente pela Rose), e colocada no deserto para esconder a tralha da Rose e a nave rosa com o castelo de areia.
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tralhasdojon · 11 months
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Olá, moçada! Aqui é o Jon, do Tralhas do Jon. Obviamente.
Eu não pisava no Tumblr direito desde... 2015? Enfim, muito tempo. Naquela época eu só reblogava post de superwholock e gibizinho. Mas nesse meio tempo, eu aproveitei pra virar sub-sub-sub-celebridade no Youtube e outras redes.
Uma dessas redes era o Twitter, um lugar simpático onde as pessoas podiam ser miseráveis e prepotentes em paz. Mas tudo mudou, quando a nação do bilionário otário atacou.
Então eu decidi reabrir uma conta aqui. Não quer dizer que eu vou abandonar o Twitter (ainda), mas vou tentar fazer uso dos dois. E se você me seguir aqui além de lá, eu automaticamente vou te achar uma pessoa mais legal.
Enfim, é isso, fiquem com uma foto minha e da Lana (ela é linda). O nome dessa peça é "Três gostosas se encarando".
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surrealsubversivo · 1 year
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Há alguns dias, Deus — ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus —, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro. Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer — eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal — não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de “minha vida”. Outros fragmentos, daquela “outra vida”. De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão e cinzeiros cheios que os garçons rapidamente esvaziavam para que nos sentíssemos limpos. E nos sentíamos. Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mal me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas. Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obsessivo do conto de Clarice Lispector “Tentação” na cabeça estonteada de encanto: “Mas ambos estavam comprometidos. Ele, com sua natureza aprisionada. Ela, com sua infância impossível”. Cito de memória, não sei se correto. Fala no encontro de uma menina ruiva, sentada num degrau às três da tarde, com um cão basset também ruivo, que passa acorrentado. Ele pára. Os dois se olham. Cintilam, prometidos. A dona o puxa. Ele se vai. E nada acontece. De mais a mais, eu não queria. Seria preciso forjar climas, insinuar convites, servir vinhos, acender velas, fazer caras. Para talvez ouvir não. A não ser que soprasse tanto vento que velejasse por si. Não velejou. Além disso, sem perceber, eu estava dentro da aprendizagem solitária do não-pedir. Só compreendi dias depois, quando um amigo me falou — descuidado, também — em pequenas epifanias. Miudinhas, quase pífias revelações de Deus feito jóias encravadas no dia-a-dia. Era isso – aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria. Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome.
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bullado · 1 year
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Uma necessidade imensa de me livrar das coisas. Não todas as coisas, mas aquelas que me sufocam, poluem a visão, tiram meu espaço. É isso!  De repente as coisas me sufocam, me afogam, me embaçam. Quem sou eu no meio de tantas tralhas e quinquilharias? Por que as tenho com tanta abundância, se a as lembranças estão na memória? Enfim a limpeza, o desapego. Enfim, o minimalismo!
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idollete · 2 months
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NOSSA CONTINUANDO AQUI O TÓPICO JERÓNIMO FON FON: E ELE TEM MT CARA DE QUEM IA ADORARRRRRRRR FICAR TODO MARCADO E ARRANHADO APÓS UMA NOITE COM VOCÊ 💭🫦🎀💋☝🏼
SIM!!!!!!!!!!!!!!!! ele com certeza é do tipo que fica se admirando depois e chega todo sorridente pra ti, dizendo que "me marcou todo, amor...", você acha que ele tá chateado, mas ele logo diz que "eu gostei, pode fazer com mais força na próxima vez, tá?" com o MAIOR SORRISO DE TRALHA
plus: do jeito que ele é exibido rsrsrsrsrsrs é provável que tire uma foto só do abdômen todo vermelho e poste com o seu @ + ❤️
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