É engraçado a forma como o homem é seu próprio inimigo, o seu pecado cometido, sua decisão errada.
Eu acudo a parte de mim que não queria errar, mas como eu me consolo se quem me machuca sou eu?
Será que todos se odeiam assim? Será que o erro só existe em mim?
Era mentira da minha mãe quando ela falava "esquece isso, querida, e então nunca mais doerá "?
Eu escondo a própria parte feia de mim e quando o vento bate e a toalha cai; tudo explode e a única visão são os punhos.
Os punhos cerrados em si mesmos.
A constante sensação de que tudo isso parece um pesadelo do qual não posso a acordar, naquela tarde de domingo, suada e assustada procurando minha mãe.
E então eu puxo o gatilho, não o de verdade e muitas vezes nem o de mentira.
Mas ainda assim eu quero.
Não o faço por temor.
O temor que eu deveria ter por não pecar.
Mas se fosse o fim, você teria feito.
As cicatrizes se encontram e passam por cima umas das outras, e eu apenas tenho 20 anos.
Bem vinda ao mundo, eu digo, para a pequena eu que queria pintar.
Agora tudo que ela contorna com os dedos são as lágrimas, e ainda assim ela sorri e espera, espera que ela acorde no sofá e vá brincar no quintal.
Eu tento levantar e andar, tento sentir o sabor antes de engolir, ou tento sentir o amor quando abraço. Mas, nos dias nublados, nada disso tem sentido, gosto, cheiro ou cor.
E eu espero o dia acabar pra que tudo seja colorido novamente, mesmo que as vezes continue cinza. Eu parei de usar cores neutras como na adolescência e voltei a usar o rosa da infância, talvez ele traga cores para os meus dias.
Mas ainda assim eu te amo, ainda assim eu quero que todos estejam bem, ainda assim eu me importo com você e ainda assim eu ouviria seus problemas.
Eu não quero ficar sozinha por que tenho raiva de você, eu só quero que a conversa fique silenciosa e eu possa pensar novamente.
Eu só quero que as nuvens abram e o arco-íris apareça.
Eu sei que você vai estar lá quando eu voltar.
Eu só preciso me convencer todos os dias de que eu tenho que voltar pra você.
Os dias foram doloridos e agonizantes como se meus ossos raspassem uns nos outros, sem cartilagem ou maciez, apenas rochas que se deterioram e esfarelam. A culpa é unicamente minha e não posso fazer nada além de aguentar a dor criada pela própria falta de responsabilidade.
E nesses momentos, quando eu ouço o som oco dos ossos se batendo eu tento ouvir eles; suas risadas, miados e broncas. Inevitavelmente o som que eles fazem não é tão alto quanto o que eu ouço dentro de mim, mas por milésimos de segundos eu esqueço a dor da culpa e me salvo, recebo o que não é meu por direito e sorrio. Perto deles eu minimamente sinto o que é estar feliz.
i expect that you see this, i don't wanna lose you my little soulmate, m.t. .
Soutlmates?
I think they exist. Just not always romantically. I think there are certain people you will meet in your life who you just connect with more than anyone else and you just know it isn’t a typical thing and you understand each other perfectly. And this person won’t always be your “significant other”. I mean it could be your friend or sibling or parent or teacher or the person you’re dating or whoever. It could be just about anyone you’ve ever interacted with.
“Aí eu olho e penso “puta merda, então é isso que eu sou”? Quer dizer, quando eu tinha 7 anos eu dizia que queria ser tanta, mas tanta coisa. E agora veja só, eu não sou nada.”
É engraçado, senhor de muitos nomes, que eu apenas troquei o modo como me machuco, e o motivo pelo qual não encontro uma solução.
Sabe, eu ainda tenho todas as cartas guardadas, desde o início até o fim, desde quando você chegava por conta do medo até agora que você vem pela indecisão.
Eu deveria ter te escutado, quando me disse que eu não deveria aceitar o pedido, não deveria me aproximar, não deveria ir.
É sempre assim, eu digo que você é mau, que o aperto no meu peito não tem base real, mas você sempre está certo no final.
Eu deveria ter ouvido o barulho que faço quando o ar não entra e ao invés de ter pedido ajuda pra ele ter me acalmado sozinha.
Assim como eu não deveria ter me aproximado daquele menino novo.
A confusão é grande, e você me encontra todos os dias, se eu tenho certeza de que amo ele você me mostra que se amasse não teria me confundido.
Eu não enfio a lâmina, não dou o grito, não deixo a lágrima cair. Eu não tenho ouvidos pra saber o que meu coração diz.
Você, senhor de muitos nomes, finalmente tem um nome pra mim.
Você é tudo que eu mais odeio em mim, é a escória da minha alma, a gordura em minhas veias.
Você era a ansiedade, a depressão, o medo e a indecisão.
— Simone de Beauvoir, from a letter to Claude Lanzmann
[text ID: I thought I would never say the words that now come naturally to me when I see you – I adore you. I adore you with all my body and soul ... You are my destiny, my eternity, my life.]
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