Tumgik
#Porque Esta é a Minha Primeira Vida
black--out--days · 1 year
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"Esse é o benefício de envelhecer. Minhas experiências dolorosas são apenas memórias agora.
- Porque Esta é a Minha Primeira Vida
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omeulirico · 3 months
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minha querida, tempestade
acho que essa é a primeira vez que lhe escrevo uma carta, peço que compreenda minha total desorientação e falta de tato com as palavras, e com sinceridade, peço que não caçoe dos meus mais sinceros sentimentos por ti.
minha doce e inigualável tempestade, sinto tanto a tua falta, do teu barulho que afaga o âmago e beija com ternura meu mais íntimo sentimento. hoje senti tua falta mais do que em qualquer outro dia desde que partiu da minha vida, sinto falta da solitude e completude que tu sempre me trouxe com todos os seus trovões e relâmpagos, e também sinto falta do doce barulho que tu fazia ao cair sobre meus telhados.
desde que você se foi não faço ideia de qual estado meus telhados tem, acho que agora tem buracos em vários deles porque sempre que faz sol demais eu consigo ver os fechos de luz atravessando os cômodos, eu acho incômodo, bastante inconveniente que não seja mais tu sob meus telhados e sim aquele céu enjoativamente azulado.
gostava tanto da desordem que tu trazia a minha praia, do caos que se tornavam os meus jardins, com folhas, e galhos e flores curvando-se para seu vento impetuoso. já não cabe mais em meu peito a saudade, e é por isso que decide escrever esta pequena carta para ti, para que saiba que sentirei sempre a tua falta, até os fins dos tempos, e por favor, não se esqueça que tu é a minha tempestade e que se não entenderem o que tu é, não se aflija e nem tenha medo de ser odiada porque em mim e em toda minha essência tu sempre serás amada.
se resolveres voltar para mim em algum verão, saiba que fará dessa pobre ilhota com cabanas e jardins a mais feliz de todas.
com todo carinho,
tua ilhota de veraneio, que anseia por tua volta.
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escriturias · 5 months
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“Foi minha primeira vez.”
Segurei tão firme aquela arma em minhas mãos, como se minha vida dependesse daquilo. Eu não senti como se fosse um peso, mas eu me sentia pesada por guardar tanta coisa calada e por tanto tempo. Eu encarei aquele alvo como se fosse a minha salvação - e talvez fosse - e eu atirei. Atire uma, duas, três, quatro. Não foi certeiro e se minha vida dependesse disso, eu teria morrido ali mesmo. Recarreguei as balas como eu havia aprendido, respirei fundo, e encarei o alvo novamente e quando me dei conta cara, era meu rosto lá, o meu sorriso, a minha covinha na bochecha direita, o meu nariz redondinho e do outro lado do balcão, era você mirando em mim, mais precisamente em meu coração. Era você com a arma direcionada a mim! Não fiz nada para que não o fizesse, não fiz absolutamente nada. Fiquei parada e deixei que você atirasse e assim você o fez, e seus tiros foram certeiros, um atrás do outro, uma vez, duas, três, quatro! Você atirou e a cada tiro eu ouvia, coisas como: “você é tóxica”, “espero que seu pai morra”, “você merece sofrer” e “espero que algum qualquer te coma na esquina do seu apartamento, é o que você merece!”. Eu nunca falei, eu nunca demonstrei, eu apenas deixei atirar. E Deus sabe o quanto eu queria estar em posição oposta que esta. Mas a realidade nos puxa para fincarmos os pés no chão, e lá estava eu, parada e com a arma na mão, o controle dela era totalmente meu, o tiro só sairia se eu puxasse o gatilho e eu puxei. E a cada frase que lembrei, que me permiti reviver foi um tiro certeiro, bem ao centro. E eu não parava, recarreguei uma, duas, três, quatro vezes! O buraco do alvo já não era apenas de uma bala, eram buracos de vários anos e por mais que eu quisesse que fechasse, não daria, uma vez furado, quebrado, não há como consertar! Ouvi o instrutor perguntar “É sua primeira vez?” e eu disse “sim”, mas dentro de mim eu não sabia se a resposta positiva era por atirar, ou se era por eu ter falado pela primeira vez o quanto isso me doeu e me marcou.
Eu voltaria lá, e não seria mais a primeira vez, porque uma vez que já foi, não tem como ser novamente uma primeira vez. Eu vou atirar, e o alvo nunca mais será eu.
Escriturias
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zarry-fics · 3 months
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Sempre foi você | Harry Styles [parte um]
Avisos: Uma leve angústia, Harry é o casado deste imagine
N/A: Não me julguem por isso, é só um imagine :))
♡ imagines antigos | masterlist nova
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── Não entendo porquê você tem que ser tão grudado com esta mulher. Não faz sentido pra mim, Harry! ── Nora comentou, enquanto passava as mãos pelos cabelos louros. Ela andava de um lado para o outro no quarto, enquanto eu segurava o porta-retrato que contém uma foto minha e de S/N. Aquela foi a nossa primeira foto, neste dia capturado, tínhamos acabado de nos conhecer.
Ela era (e continua sendo) uma grande fã do meu trabalho e naquele registro tão antigo, é perceptível a emoção em seu rosto. Quando a conheci realmente, esta se tornou a minha foto preferida, porque é a foto preferida dela também. Afastei um pouco os cacos de vidro do que sobrou do tal porta-retrato, porque a minha esposa fez questão de quebrá-lo em um milhão de pedaços quando o encontrou dentro de uma de minhas gavetas — que por sinal, eu escondi lá justamente para que ela não encontrasse.
── Nora, S/N é a minha melhor amiga. Eu a conheço desde os meus 18 anos. ── expliquei baixo, enquanto encarava o rosto angelical de S/N na foto.
── Melhor amiga? Não seja estúpido! Homem casado não tem melhor amiga, Harry Styles. Principalmente quando a melhor amiga é aquela vadia! ── ela murmurou alto, e eu a olhei finalmente. Seu rosto branco está vermelho e quando age assim, está muito brava.
── Não fale dela desse jeito. ── a defendi meio que sem pensar. Nora rosnou, ficou muito mais irritada.
Toda essa briga começou quando eu levei S/N ao hospital, porque ela acabou passando muito mal e como mora sozinha em Londres, não tinha condições de se "autosocorrer". Eu sei que posso ter errado com a minha esposa, mas não consigo evitar. É muito mais forte que eu.
S/N, ao contrário do que minha mulher pensa, tenta ao máximo evitar qualquer briga com ela. Por isso nos afastamos há alguns meses... Tivemos uma conversa dolorosa, onde minha amiga me explicou que não poderíamos mais viver tão próximos como antes, porque aquilo não faria bem ao meu casamento e ela não queria ser culpada pelo meu divórcio, caso acontecesse.
Eu achei que conseguiria levar esse casamento à frente. Achei mesmo. Dei tudo de mim para dar total atenção à Nora, ao nosso relacionamento. Mas foi só saber, através de alguns amigos em comum, que S/N estava doente, eu corri à casa dela (depois de ter mais de 300 ligações recusadas). Quando cheguei, encontrei a mulher que eu tanto amo deitada em sua cama, estava debilitada e eu quase enlouqueci.
A levei para o hospital sem nem pensar duas vezes e foi então que tivemos o seu diagnóstico: ela estava só gripada. Mas mesmo assim, não deixei de me preocupar. S/N estava com febre, os sintomas persistiam há alguns dias. O médico a receitou alguns remédios e a aconselhou a ficar em casa.
(Ignoro o fato de que eu me preocupei tanto que não percebi que ela não estava tão debilitada assim. De fato, a minha preocupação me cegou completamente).
Eu fiquei com ela, a ajudei a organizar a sua casa e me mantive ao seu lado. Foi só a ver chorando, admitindo que sentiu muito a minha falta que eu me senti ainda pior. Algo em mim reacendeu... Um sentimento que eu ao menos sei explicar direito, mas que não é algo novo. Desde que nos aproximamos eu sinto uma conexão surreal com S/N, sou genuinamente feliz quando estou ao lado dela.
Éramos muito grudados e eu confesso que um dia, pensei que nos casaríamos. Até porque tínhamos tudo para dar certo realmente. Mas quando eu saí em turnê, acabei conhecendo Nora e foi ai que meus sentimentos embolaram, eu fiquei confuso e quando dei por mim, já estávamos casados há dois anos.
Vivia com Nora em Miami. E enquanto morávamos lá, eu tinha plena certeza que a amava e que ela era a mulher da minha vida, mesmo não me sentindo 100% feliz e confortável. Porém, quando voltei para Londres, coloquei os meus olhos em S/N e tudo aquilo voltou para mim como um soco no estômago e agora já não consigo ter paz. Principalmente porque S/N não quer ficar perto de mim, não quer estragar o meu casamento e eu, por outro lado, quero, mais do que tudo, estar perto dela.
Mas tudo parece mais complicado agora.
Nunca imaginei que pensaria dessa forma, mas hoje me arrependo amargamente de ter casado com Nora. Se eu tivesse dado ouvido aos meus amigos quando me aconselharam a romper o noivado e seguir o meu coração... Mas eu estava tão revoltado por S/N estar saindo com um outro cara que acabei até apressando o casamento.
Meio que queria chamar a atenção dela. E consegui. Pois nos afastamos e eu me sentia incompleto, sem um pedaço de mim. Porque é desse jeito que eu me sinto quando estou longe da S/N. É como se eu não fosse eu mesmo.
── Eu deixei toda a minha vida em Miami por você. Deixei os meus amigos, deixei a minha família. E eu também tinha um melhor amigo, mas rompi com a nossa amizade por você! E o que você faz por mim? Nada! Você continua inserindo aquela maldita mulher nas nossas vidas como se ela precisasse estar entre a gente, mas não precisa, Harry. Ela não precisa estar entre a gente!
Arregalei os olhos, chocado. Como ela pode jogar na minha cara tudo isso? Eu não pedi para que ela viesse comigo a Londres! Eu vim aqui pela minha família, vim para me reconectar com o meu passado. Lembrei-me muito bem que, mesmo que ela seja a minha esposa, não a convidei para vir. Afirmei que poderia fazer isso sozinho. Mas foi ela quem insistiu.
Por isso mesmo a relembrei deste pequeno detalhe, mas Nora simplesmente me ignorou. ── Você é um maldito ingrato, eu nunca deveria ter me casado com você! Nunca!
── Se você quiser o divórcio, sabe muito bem que eu posso assinar os papéis, Nora. Eu faço isso sem nem pensar duas vezes, só não vou aceitar que você fique se envolvendo numa parte da minha vida que aconteceu quando nem nos conhecíamos! ── ditas essas palavras, eu saí andando rapidamente. Peguei as chaves do carro, a minha carteira, e simplesmente saí de casa sem sequer olhar para trás.
Estava muito bravo e não queria brigar ainda mais, provavelmente falaria algo que me arrependeria depois, disso eu tenho certeza. Porque não é de agora que Nora implica com S/N, isso acontece desde muito antes de nos envolvermos de fato. Porque nossa relação começou com uma simples amizade, mas ela já odiava S/N por alguma razão antes disso. As duas nunca se deram bem.
Envolvi a minha cabeça com o mesmo capuz que estava usando ao ir pro hospital com S/N. Não queria ser reconhecido, mas sabia que isso poderia acontecer a qualquer momento; aliás, meu rosto já deve estar estampado em várias matérias na internet, principalmente depois de estar com a mulher que, no passado, todos juravam que eu tinha um relacionamento.
Entrei no meu carro e depois de dirigir sem rumo por um tempo, optei por ir à casa de minha mãe, aproveitando-me do fato de ela estar morando mais perto de mim. Preciso muito de um conselho, palavras de alguém que eu confio. E se eu não estivesse tentando dar um tempo a S/N, eu com certeza iria atrás dela. Mas como faria isso? Ela já afirmou que não é certo nos encontrarmos.
Eu estou confuso. E essa confusão é por causa dela. Como a mesma me ajudaria? Ela com certeza iria pensar que eu estou ficando louco.
Enquanto dirigia, eu pensava no que fiz com a minha própria vida. Eu já estava em dúvida quando pedi Nora em casamento, mas tentava me convencer de que eu estava fazendo a coisa certa, mesmo que no fundo eu soubesse que só estava me enganando. Só não queria acreditar que estava apaixonado pela minha melhor amiga.
Fiquei tão bravo, principalmente depois de ela assumir um cara que eu nunca me dei bem também. Mas esse "relacionamento" não durou nem 5 meses.
Ou seja, eu me ferrei por ser tão estúpido.
• • •
Assim que cheguei na casa da minha mãe, estacionei e entrei praticamente correndo, desesperado pelo aconchego da mulher que me deu a vida. Quando ela me viu, tomou um susto. ── Meu filho! Você não me avisou que viria! ── depois de se recuperar do pequeno choque, ela me abraçou com muita força. Seu sorriso é iluminado, sinto a saudade que ela sente pelo nosso contato.
Somente esse abraço foi capaz de me aquecer o coração. E por um segundo, eu esqueci do real propósito da minha visita. Já faz tanto tempo que não vejo a minha mãe que deixei de lado por um momento a minha frustração, e conversei com ela sobre vários assuntos. Ela perguntou sobre a turnê, sobre os países que visitei, até chegar no tópico ''Nora". ── Ah, mãe. Então... Eu acabei brigando com ela. ── expliquei, num tom mais baixo. Estou envergonhado, e com temor pela reação dela ao descobrir os motivos.
Mas tudo o que ela fez foi enrugar as sobrancelhas. ── Como assim, querido? O que aconteceu?
Expliquei a ela a situação, contei que levei S/N ao hospital e isso não agradou nem um pouco a minha esposa, que descobriu isso antes mesmo de eu chegar em casa. Essa descoberta abriu margem para que ela mexesse nos meus pertences e encontrasse a foto polêmica, que estava exposta na minha cômoda há muitos anos; mas quando voltamos para Londres eu a escondi justamente para não haverem brigas, mas de nada adiantou. ── Filho... Eu não sei nem o que te dizer, de verdade. É um assunto delicado. ── ela comentou, embasbacada. ── Eu sempre soube, Harry, que você não iria conseguir ficar longe da S/N. Sempre soube que havia algo entre vocês dois,
Quando ela chegou nessa parte, eu cocei a garganta. ── Mas Nora não entende isso, mãe. Eu só queria-
── Justamente por eu ter quase certeza que havia algo entre vocês dois, não entendi a razão pela qual você se casou com Nora. Porque meu querido, sejamos francos, você não a ama. ── simplesmente cuspiu as palavras na minha cara. As verdades. ── Não consigo entender porque você preferiu se meter nisso. Está na cara que você está infeliz, meu filho. Sempre que você chega aqui com a Nora eu noto a sua expressão, totalmente diferente de quando está com a S/N.
── Não espere que a sua esposa entenda a conexão que você sempre teve com a S/A. Ela não vai entender, meu filho. Assim como você também não entenderia se estivesse no lugar dela. É sofrido para os dois; continuar em algo que não te faz bem é como abraçar um cacto. E você está sendo egoísta em manter Nora casada contigo, mesmo não a amando.
── Eu gosto da Nora, mãe. Mas acho que eu tomei uma decisão precipitada em-
── Você precisa admitir, Harry. Não foi só uma decisão precipitada... Você errou, e errou feio. Você está magoando a pobre Nora, você sabe que não a ama. Escolheu se casar com ela para, de alguma forma, tentar magoar ou atingir S/N por causa do seu relacionamento com o Kyle. Mas hoje, o único magoado é você por ter insistido neste relacionamento. O quanto mais cedo você admitir e consertar isso, será melhor para ambos.
Ela estava certa. Eu sabia que ouviria isso quando chegasse aqui... Mas a verdade é que tenho medo. Sinto medo de S/N não me aceitar depois de tê-la magoado, tenho medo de acabar tendo entendido tudo errado, que nossa relação é puramente baseada na amizade e nada mais; e se eu entendi tudo errado?
Além de todas essas questões, ainda penso nos meus fãs. Eles podem acabar me massacrando por magoar os sentimentos de Nora, massacrar S/N novamente depois que descobrirem que foi por ela que eu pedi o divórcio. Me preocupo, mesmo não me importando tanto com o que pensam sobre as minhas ações... Não por mim, mas pelas pessoas que amo. Adoro as minhas fãs, mas confesso que às vezes eu me decepciono com algumas atitudes das mesmas.
Lembro como se fosse ontem de qual foi a reação deles quando eu apresentei S/N como a minha melhor amiga. Eu tinha comentado que havíamos acabado de nos conhecer, mas mesmo assim, eles a massacraram. Por puro ciúmes. Foram dias difíceis, achei que a perderia, mas por sorte, isso não aconteceu.
Para a infelicidade de alguns dos meus fãs.
Conversei com a minha mãe por muitas horas e foi reconfortante para mim. Eu sempre me sinto tão melhor ao conversar com ela, suas palavras (mesmo que sejam duras, por vezes), me trazem conforto, de verdade. Me deram um norte do que fazer.
Mas hoje, já não quero mais pensar nesse assunto. Estou tão cansado, minha cabeça dói muito e eu preciso descansar. Por isso mesmo a minha mãe organizou um quarto para que eu pudesse passar a noite. E eu aceitei de bom grado, eu não queria voltar para casa, não queria lidar com os surtos de Nora. Ela não vai parar de me atormentar por hoje, mesmo se eu voltar agora. Ela é bem insistente.
Comi algo depois de minha mãe muito insistir, e logo em seguida tomei um banho e vesti apenas uma boxer. Esta e muitas outras fazem parte de uma coleção de roupas que eu trouxe há um tempo e por sinal, já estava me apertando um pouco, mas nada tão desconfortável.
Me deitei e antes de dormir, pensei por muito tempo na S/N. Na nossa amizade, em tudo o que vivemos durante esses anos e até mesmo no que eu deixei de viver com ela, por causa do meu orgulho. Eu deveria saber que Kyle era só um caso passageiro, mesmo que naquele tempo eu enxergasse os dois como um belo casal — mas nunca admitiria isso em voz alta.
Meu celular apitou algumas vezes indicando que alguém me mandava mensagens. Até pensei em ignorar, até porque poderia ser Nora me infernizando mais um pouco, senti muita curiosidade e chequei.
“Harry, está tudo bem?”
“Você disse que avisaria quando chegasse em casa mas não avisou. Aconteceu alguma coisa?”
“Por favor, me responde! Eu estou muito preocupada! Liguei para a sua esposa mas ela não me atendeu."
“Eu estou muito preocupada, H. Por favor, me liga quando ver essa mensagem!”
Eu sorri sozinho por imaginar e ouvir perfeitamente, dentro de minha cabeça, S/N falando aquelas palavras, no seu típico tom nervoso. Até mesmo ligou para Nora, que a odeia com todas as suas forças... De fato, deve estar mesmo preocupada.
“Oi, S/A. Está tudo bem :) Não ligue para Nora, brigamos.”
“Não precisa se preocupar comigo, estou na casa de minha mãe. Amanhã conversamos, pode ser?”
“Queria mesmo te falar algo.”
Dito isso, guardei meu telefone sem ao menos aguardar uma resposta. Voltei a me deitar e dessa vez tentei dormir, porque preciso descansar devidamente para o dia de amanhã. Preciso enfrentar a minha esposa, não posso evitá-la por muito mais tempo.
• • •
Acordei no dia seguinte bem cedo e tomei um banho relaxante. Vesti roupas que me couberam muito bem, mas precisei voltar a usar o mesmo capuz de ontem. Depois de estar devidamente vestido, eu saí do quarto com meu celular em mãos; minha mãe já estava na cozinha, e assim que o liguei para checar as novas notificações, choveram de ligações perdidas de Nora, algumas mensagens também.
Fiquei assustado com tudo aquilo, mas não por muito tempo, porque lembrei como Nora pode ser manipuladora quando quer. Ela sempre faz isso quando brigamos. ── Oi, filho. Bom dia. ── a minha mãe me cumprimentou e eu respondi, educadamente. Mas ainda tinha meus olhos fixos nas mensagens que recebi. Na madrugada.
“ONDE VOCÊ ESTÁ, HARRY STYLES? JÁ TE LIGUEI INÚMERAS VEZES!!!!”
“Para de me ignorar, amor. Por favor, me liga! Eu estou muito preocupada e arrependida por ter brigado contigo.”
“Baby, eu te imploro... Sei que não agi da melhor maneira possível, mas eu quero muito conversar educadamente desta vez. Volte para casa ainda hoje!!!”
── Nora me ligou várias vezes durante a noite. ── ela comentou quando percebeu que eu estava focado no telefone. Talvez até saiba o que estou vendo.
── A senhora atendeu? Por favor, diga que não! ── bufei. Estou de saco cheio de toda essa situação.
── Óbvio que não, meu filho. Sabia que você precisava de um tempo. ── deixei um pouco o celular de lado para observar a minha mãe se mover pela cozinha. Rapidamente ela preencheu uma xícara com café e me serviu. ── Não quero te pressionar nem nada, mas você sabe que não pode adiar esse momento por muito mais tempo. Precisa ser sincero com a sua esposa!
Quando ela falou isso, eu suspirei. Sei que vou precisar enfrentar isso o mais breve possível, mas não agora. Agora eu quero mesmo é conversar com a S/N.
Tomei café com a minha mãe e depois precisei vir embora. Avisei a S/N que estaria indo à casa dela, se poderia me receber e, para a minha (não) surpresa, ela aceitou e avisou que já estava me esperando. Por isso dirigi até mais rápido, e assim que cheguei, já corri para dentro. O porteiro sequer precisou avisá-la de que eu estava ali, porque já me conhecia.
── Harry! ── S/A me cumprimentou quando eu bati à sua porta, me tomando num abraço reconfortante. Sorri comigo mesmo quando a vi esticando os braços para alcançar o meu pescoço. ── Pelos céus, Nora me ligou ontem à noite! Ela estava preocupada com você.
Ao ouvir a menção do nome da minha mulher, revirei os olhos. Não é possível que mesmo a odiando, ela ainda teve a audácia de ligar para a mesma. Com certeza estava esperando que eu estivesse com ela.
── Ela não estava preocupada, só queria saber onde eu estava, S/N. ── respondi, e entrei na casa dela quando a mesma me deu espaço para isso. ── Brigamos feio ontem, e eu fui à casa da minha mãe. Não queria dizer coisas que me arrependeria, porque Nora estava insuportável.
Me joguei no sofá e S/N veio logo atrás de mim. Ela me olhou com olhos complacentes, sabe que meu casamento não vai bem há um tempo. Desde que voltei para Londres, para ser mais exato. ── Brigamos porque ela não suporta saber que você fez e faz parte da minha vida, muito antes dela. Nora não entende que eu não posso simplesmente te anular de mim, do meu coração.
Ao dizer essas palavras, já comecei a ficar bastante nervoso. O que não é de todo incomum, desde sempre. ── Harry, eu não estou acreditando que vocês brigaram por minha causa de novo. ── ela ficou com a voz mais nervosa, aumentou minimamente o seu timbre. ── Eu sabia, eu sabia. Por isso eu estava tentando evitar que você viesse aqui, que soubesse que eu estava doente. Não queria te preocupar e também não queria atrapalhar vocês. ── S/N passou a mão pelos cabelos, meio nervosa.
── Aliás, como você está? Eu estive-
── Não muda de assunto, Styles! ── ela rebateu, um tanto quanto irritada. Eu o fiz sem ao menos perceber.
── É só me responder. Eu também estava preocupado com você! ── fui sincero nas minhas palavras e ela, que até agora estava sentada do meu lado, se levantou. Ao mesmo tempo suspirou pesadamente.
── Não tá certo você brigar com a sua mulher tão frequentemente por minha causa, Harry. Eu só quero que você entenda isso... ── comentou, num tom de voz cansado. ── Eu quero o seu bem. Sério, se você perder a Nora vai acabar-
── S/N, eu não me importo! ── me vi na obrigação de a interromper, porque ela acabaria não parando de falar em nenhum momento e eu não falaria o que pretendo. Perderia a coragem.
Seus olhos fitaram os meus, em choque! ── Como assim? Ela é a sua esposa!
── Não me importo em perder a Nora, o que eu não quero é perder você. ── disse tudo muito rápido, aproveitando meus segundos de coragem. ── Eu já cansei de fingir que estou feliz, S/N. Eu cometi um erro ao me casar com a Nora, entendo isso perfeitamente hoje! Eu acabei tomando uma decisão precipitada por causa da raiva que eu estava sentindo em ver você com o Kyle, achei que tudo mudaria, que me casar com outra mulher me faria esquecer tudo o que eu estava sentindo, os sentimentos que eu estava reprimindo tanto por medo de estar enganado, de você não sentir o mesmo. Mas não dá mais.... Não dá, eu simplesmente não consigo permanecer num casamento em que não há amor. Não suporto mais. Não suporto mais estar com a Nora, dormir com ela, quando tudo o que eu mais quero é fazer toda essa merda com você.
Quando eu falei assim, ela arregalou os olhos. Abriu a boca umas duas ou três vezes, talvez buscando palavras, mas nada. Nada saiu. ── Pelo amor de Deus. Já cansei de viver uma mentira! Não quero mais fingir que amo a minha esposa, porque a única mulher que eu tenho amado desde os meus 18 anos é você.
S/N seguiu sem palavras. Ela só me olhava da mesma maneira, mas consegui notar as lágrimas preenchendo os seus olhos. Sendo assim, eu me levantei e abracei, com bastante força, como se ela fosse escorregar dos meus braços; como se eu a fosse perder mais uma vez. E, tendo a mulher que eu tanto venero e adoro entre meus braços, eu recostei meu nariz em seus cabelos e suspirei aliviado por, finalmente, ter colocado parte do que eu sinto para fora. Um grande alívio me preenche por isso.
Eu poderia afirmar que sinto como se estivesse caminhando em nuvens. Mas não ainda, pois quero ouví-la dizer que me ama da mesma maneira. Que sempre quis me falar tais coisas, mas não tinha coragem. Eu preciso ouvir ela falando isso.
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teoremas-do-tempo · 1 year
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Meu infinito mais belo esta presente em um numero finito de memorias que deveriam ter durado mais. Não tenho fotos, vídeos, áudios ou mensagens. O mundo externo apagou sua existência como um tsunami apaga a vida em uma cidade qualquer. Eu sei que algumas coisas acontecem sem um porque, mas meu inconsciente se nega acreditar nisso e eu tenho dificuldade de seguir em frente. 
Talvez, por que entre  bilhões de pessoas no mundo, você foi a primeira a ter a ousadia de me escolher como sua pessoa favorita e sem esforço se tornou a minha também. Era como se fosse pra ser.  Você era o meu melhor abrigo, a prova viva de que lar não precisava ser necessariamente uma estrutura.
Com você eu me sentia viva, cada segundo era importante, nos aproveitávamos como se fossemos morrer no dia seguinte e sonhávamos como  se fossemos durar pra sempre. Talvez essa segunda parte tenha sido um erro, um doce erro que eu cometeria um milhão de vezes se eu tivesse a chance.
Você deve ter lutado bravamente até o ultimo segundo, mas ainda sim quebrou sua promessa, se foi cedo demais quando prometemos virar velhinhas gagas radicais exploradoras do mundo. Tínhamos planos para pelo menos os próximos 80 anos. Foi depois de você que passei a odiar promessas e me tornei uma inimiga das certezas. Promessas são quebradas por mais que a gente se esforce, certezas desafiam a vida e no jogo dela é sempre ela quem vence. 
Eu sei que você não esta aqui, mas minha mente não sabe processar o mundo sem você, então ela cria ilusões e eu posso jurar que posso te sentir. Ou será que não é apenas uma ilusão, você consegue me sentir dai também? O além é muito grande, bonito ou é assustador cheio de almas que não sabem o porque de estarem ai? Nunca terei essas respostas, então converso com você mentalmente, mas escrever torna tudo diferente, meus pensamentos se perdem no espaço e tempo, enquanto minhas palavras escritas vão permanecer eternas enquanto o papel ou a internet durarem.
Você tem ideia do tanto que você me mudou? Ao seu lado eu sempre estava em minha melhor versão. Eu tinha muitos bloqueios, meu riso nunca foi fácil, mas bastava uma notificação sua para que eu me pegasse sorrindo sem um porque para a tela do computador, bastava eu escutar sua risada enquanto falava empolgada sobre algo para eu cair na gargalhada também. Você era tímida, mas não se importava em ser um pouco retardada para me fazer rir, dançava de um jeito fofo, cantava de forma desafinada, me enviava declarações apocalípticas de amor desenhadas no paint.
Você estar online era uma das partes favoritas do meu dia e você nunca disse, mas imagino que eu estar online era uma das suas partes favoritas também. Afinal, se eu estivesse online e por um acaso demorasse para te mandar mensagem, você simplesmente virava a rainha do drama,  criando teorias mirabolantes que eu estava te trocando por outra pessoa. E nossas despedidas? Eram sempre uma missão difícil, sempre tinha a frase “fica mais um pouquinho”, sempre era uma batalha para ser a ultima a dizer tchau, éramos simplesmente péssimas em deixar a outra partir, por isso o nosso tchau nunca era um tchau e sim um “te encontro no mundo dos sonhos”. Me dói tanto nunca mais viver isso se não em minhas memorias, qual o sentido a vida trás em transformar memorias felizes em nós na garganta? 
Você esta viva em partes de mim. Te tenho em alguns sonhos, em vários pensamentos, em várias lembranças, manias e também em desejos. As vezes acontece algo e bate uma vontade de te contar, mas você não existe mais. É nessas horas que me afundo em saudade, desejando saber como seria se você ainda estivesse aqui, imaginando se você gostaria daquele filme, se você seria amiga dos meus amigos, o som da sua risada e em quão teria sido incrível o dia que a gente se encontrasse.
Sua ausência me deixou a eterna sensação de vazio e isso é bem irônico, como pode o vazio doer tanto? Como pode um vazio ser tão cheio a sim? É como se ele fosse feito de camadas de dores. Algumas dores são felizes, outras são tranquilas, outras são exorbitantes de uma forma que só quem perdeu uma pessoa muito especial entenderia. 
Sua presença tornava as coisas melhores, nem mesmo nossa rara falta de assunto era entediante. Você era como um anjo em forma de humano, se a vida tivesse te permitido crescer mais, tenho certeza de que hoje seria uma pessoa incrível.  Do tipo que chora facilmente de felicidade, mas que consegue ser forte o bastante para sorrir nos momentos de tristeza. Afinal, pra viver é preciso ser um pouco do contra, não é? Eu sigo essa regra também, mas quando o assunto é você ela não funciona, te sentir é agridoce, é a felicidade em forma de dor, não consigo sorrir, pois é horrível não te ter, não consigo chorar pois tudo o que vivemos foi mágico e sou muito grata por você ter existido em minha vida. Todo tipo de amor é exclusivo, mas tem algo em meu laço de amizade com você que deixa ele brilhante mesmo depois do fim. 
E por não saber lidar com você, eu me isolo, me fecho em meu mundo e brinco de criar realidades onde você esta. As vezes em minha insônia, encaro o celular como se a qualquer momento fosse chegar uma notificação sua dizendo: "Oiê, voltei do além!". Imagino me esbarrar acidentalmente com você em alguma esquina, o que não faz sentido nenhum, pois você morava muito longe. Imagino você sendo amiga dos meus amigos e tendo leves crises de ciúmes por pensar que eu pudesse gostar mais de algum deles do que de você. Te imagino tanto que as vezes posso jurar sentir sua essência, como se estivesse invisível a meu lado tentando me dizer "calma, eu ainda estou aqui", mas sei que é apenas um mecanismo da minha mente, uma vontade poderosa o bastante para criar uma ilusão. Será que você também tem esse tipo de ilusão aí do além? Se fecharmos os nossos olhos e nos concentrarmos, será que podemos conectar os nosso sentimentos mesmo estando em dimensões diferentes? Se eu for para o além antes de você voltar para cá, vamos combinar de nascermos em um mesmo lugar? Iriamos fazer tudo o que prometemos antes, iriamos ver o nascer e o por do Sol na praia, eu leria os seus livros favoritos só pra você ter alguém pra reclamar da adaptação trágica do filme, inclusive, quando li os livros de Divergente eu queria muito que você tivesse lido também, tenho certeza de que iria adorar o livro e odiar o filme tanto quanto eu.  Seriamos aquele tipo de amizade que topa todos os tipos de loucuras, que te deixa leve a ponto de flutuar, mas que também consegue ser chão para os momentos em que o outro desabar, que entenda a cabeça um do outro, que seja capaz de atravessar uma cidade inteira quando outro não estiver bem, só para estar presente nos momentos de dificuldade. 
Mesmo que a gente nunca mais se encontre, eu continuarei desejando em meu consciente ou inconsciente que você seja feliz, viva bastante, experimente tudo que tinha vontade mas não teve oportunidade, desejo muitos amigos, daqueles capazes de mover montanhas, mares, céus e terras por você, além disso, desejo muitas memorias boas e dinheiro também para aumentar as chances de nos encontrarmos em meio a uma de suas viagens.
Obrigada por mesmo depois de tudo ainda me fazer sonhar, obrigada por ter existido, por ter se tornado o meu infinito, por me fazer querer acreditar que o fim nunca é o fim. 
- Teoremas do Tempo
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anne-souza · 2 months
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Se você me olhasse de longe, sem ter me tido tão perto um dia voce iria se atrair? e se tudo que vivemos fosse só um pesadelo, e eu nao fosse a garota ingênua e problemática que voce largou um dia.. Eu iria chamar sua atencao? De longe, sempre mechendo no celular distraída, ou lendo algum livro bobo. De cabelo amarrado, e calça no sol. O que você diria, e como tentaria chegar perto de mim? E Se eu n gostasse de jovens e fosse apatica com os idosos.. voce curtiria logo de cara esse estilo? Ou se assustaria com tamanha autoconfiança e cogitaria algumas mudanças? Você me aceitaria se eu te falasse que estava afim de um amor pra vida inteira ou iria correr quando eu tentasse te procurar? Sera que o que vc viu em mim um dia foi meu coracao puro e uma paz incomparável, ou sera q viu um bom sexo e belas coxas? Um cabelo desenhado, com um corpo atrativo bem facil de se conseguir e que voce nao precisava pagar no final. Como todos os jovens sem noção e velhos babacas almejam. Sera que no final, vc é um jovem sem noção ou um velho babaca? Não. Nao me sinto bem ao pensar assim. Embrulha meu estomago tem q te comparar com todo o resto do mundo,mesmo que talvez vc seja igual. Eu prefiro renegar minhas ideias e concluir que voce é um tipo único, para achar que eu fui única combinando com seu genio forte.. me entristece pensar q na verdade eu fui mais uma. E nem to falando de ser a primeira. Talvez eu fosse a decima quinta e olhe la. Essa fila é extensa,e do começo ao fim, você não vê nada em comum entre todas. Mais se tantas antes de mim nao foram suficientes, porque eu seria? Porque eu te amarraria em mim pra sempre, se nao existe essa corda ou nenhum laço que te prenda! Qualquer elo com voce é quebravel, frágil e fino. Eu sempre te perguntei sobre elas, e a cada uma, uma nova história diferente. Voce dizer que nao eram sua vibe, me entrigava. O que sera que é a sua vibe? Se nem as mais santas e as mais loucas foram boas pro seu ego. Talvez sua vibe era alguem unico. E de novo voltamos ao assunto principal..Eu te achar único era a razão de imaginar que eu também era,por isso estávamos juntos, unidos. Éramos únicos e do outro lado até os Deuses paravam para nós apreciar. Conexão que só duas pessoas únicas conseguiam ter. Sera que numa sala cheia seus olhos procurariam os meus olhos ou escolheriam belas bundas? Eu sei que voce sempre odiou que eu falasse essas asneiras. E que eu nao citasse nosso caso como um passatempo, brincadeirinha ou não tenho nada melhor pra fazer então vou te ligar. Mais voce nao esta mais aqui e deixou uma fila de perguntas e conclusões. Se voce pudesse voltar no tempo, você escolheria ficar? Ou melhor, você ainda me escolheria?Ou será que isso foi mais um caso superficial, quanto as garotas malhadas que você olha por ai? Sera que voce é do bem? Me pego pensando nisso, uma pessoa do bem jamais iria destruir a vida de alguém.. mais talvez a sua vibe seja poder destruir pra vê-las implorando pra reconstruir depois.
Mary Salomao
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butvega · 8 months
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©︎ vegaween apresenta:
CANTO I — CHA EUNWOO, A NINFA.
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🎃 avisos e notas. oi, pexu! primeiro capítulo dessa mini série de terror. não levem nada muito a sério, os idols aqui não são tratados como quem são, e sim como personagens apenas para nossa imaginação. bora lá: sexo desprotegido, adultério, creampie, menção à desmaio.
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Para o vitorioso reino de Deneb, Sir. Cha Eunwoo cavaleiro da realeza, retorna acompanhado de suas tropas. Haviam vencido mais uma guerra no tortuoso mar gelado da região extremo sul do pacífico.
Havia sido uma vitória covarde. Massacraram o exército de Altair sem pesar algum. Para casa Eunwoo retorna com seus homens, comandando cerca de seis navios lotados de armamentos e adultos bêbados e transtornados pelos sons das bolas de canhão.
Eunwoo está na proa de seu navio altivo, pomposo, mantém a postura com a espada em em sua cintura, o cabelo perfeitamente arrumado, e apenas alguns arranhões em seu rosto pálido e bonito. Era um jovem rapaz casado, o esperava em Deneb sua esposa, e um pequeno rapazinho com as feições do pai.
Uma pena o caminho ser desviado, o porém. Uma Ilhota entre os reinos do norte, e sul, surge no campo de vista dos homens de guerra. Desconhecida, porém farta de natureza, barulhos de pássaros, e sem sinais claros de vida humana. Uma oportunidade, é claro. Qualquer reino gostaria de ocupar um pedaço de terra onde pudessem controlar melhor o tráfego marítimo entre rivais. Atracaram.
"Vamos, homens. Temos uma nova terra à explorar."
As botas limpas do Cha são as primeiras a pisarem na areia fina da praia mais bela que já tivera visto. A brisa leve o agrada, o aroma de frutas vermelhas predominante o deixa enfeitiçado. Caminha em linha reta, é acertivo demais ao encontrar a trilha de terra entre flores tropicais.
Seus homens se dispersam, casa um se aventurando por uma parte diferente da ilha. Mas não ele. Não Eunwoo. Ele segue o perfume de amora, a boca saliva. A barriga quase ronca quando finalmente encontra um casebre bem arrumado, feito de tijolos de barro, madeira, e repleto de flores envoltas. Há uma chaminé que curiosamente expele uma fumaça clara. Há alguém ali.
Passa por uma pequena ponte de madeira, onde um riacho de águas claras com peixes coloridos passa. O som das águas é relaxante, mas não tanto quanto o cantarolar baixo que ecoa em seu ouvido, vindo da voz de uma mulher. Se esgueira pela beira da pequena casa, até uma janela de cortinas quadriculadas vermelhas e esvoaçantes. A encontra. Está na cozinha, parece preparar algo. Eunwoo engole a seco, repara o corpo esguio, delicado, porém carnudo. Cabelos extremamente longos, desgrenhados, mas bonitos, aparentam ser cheirosos.
Óbvio que ela sabe da presença dele. Ele está ali, porque ela quer que esteja. Respira fundo antes de fingir um susto ao virar o corpo e encontrar a figura masculina na janela. Ah! Alí está ele.
"Por Deus! Me desculpe, donzela. Não foi minha intenção assustá-la de forma alguma." — a voz suave ecoa em seus ouvidos. Ainda 'assustada', anda alguns passos para trás. A desconfiança estampada no rosto juvenil.
"Quem é o Senhor? Como chegou até aqui?" — é a primeira vez que ele escuta sua voz. Franze o cenho ao se sentir extremamente agraciado com sua doçura.
"Ahn, sou Sir. Cha Eunwoo, comandante e cavaleiro da realeza de Deneb, bela dama. Encontramos esta ilha voltando de uma de nossas expedições, e decidimos atracar." — explica à você.
Então você se lembra que ele ainda está do lado de fora. E que a intenção é que ele esteja do lado de dentro. Confirma com a cabeça, assente com um sorriso acanhado e bonito.
"Sir. Eunwoo, gostaria de entrar? Faço questão que se alimente durante sua passagem."
Ressabiado, porém estranhamente atraído, pula mesmo a janela. Você encara de cima a baixo o homem de vestes brancas, capa de realeza, beleza estonteante. Alto demais, robusto demais. Forte, delicioso. Poderia fazer até mesmo uma sopa.
Ele não fica para trás, repara suas vestes de seda leve, que dançam com o vento. A casa, toda em tons terrosos, parece bem arrumada.
"Como veio parar nesta ilha? Não vi nenhum outro sinal de habitação. Desculpe-me caso pareça invasivo." — Eunwoo diz, dando-se ao trabalho de ele mesmo retirar sua capa, e deixá-la encostada na cadeira de madeira da mesa da cozinha.
"Há um pequeno vilarejo de pescadores mais adentro da floresta. Dizem que alguns marinheiros se perderam em uma tempestade, e acabaram aqui." — sorri despejando um líquido rosado em uma xícara de porcelana com detalhes negros. — "Chá?"
"Ahn, obrigada. Admito que és muito bela. Mora sozinha?" — dá uma golada no líquido, e no mesmo momento seu sorriso de canto cresce.
"Sim, moro. Meus pais faleceram, desde então mantenho esta casa da família, e vivo na floresta com os animais. Gosto da natureza."
A ansiedade em seus olhos arroxeados não transparecia para o moço à sua frente. Muito pelo contrário, ele parecia cada vez mais tranquilo, e falante.
A conversa flui perfeitamente. Você retira sua torta do forno, e aquele cheiro específico entorpece mais ainda Eunwoo.
"Torta de amora. Gosta?" — você corta um pedaço para cada um. Coloca com delicadeza o pratinho na frente dele.
Eunwoo naquele momento já se sente completamente perdido. Toda a áurea da casa, o cheiro de amora, o chá, você. Não conseguia mais dosar o tesão, e ao menos controlar seus olhos diretamente focados no biquinho de seus seios ariscos no tecido fino.
"Posso perguntar seu nome, dama?" — ele pergunta devagarinho, imerso, quase fecha os olhinhos. Você nega com a cabeça, o sorriso libidinoso.
"Não precisa saber meu nome, Sir. Eunwoo." — você caminha em passos lentos até a cadeira onde ele está sentado. Ele não se move, permanece inerte até que você se sente em seu colo com uma perna de cada lado. "O cavaleiro já teve uma dama que soubesse o satisfazer tão bem quanto eu farei?"
Eunwoo quer negar, jura que quer. Mas ter você sobre si, tão delicada, de pés calejados e descalços... É como se estivesse sob algum tipo de feitiço. Não consegue ao menos lembrar o nome de sua esposa, nada. Naquele momento seu corpo enorme gritava por você, o desejo ardia em seu sangue jovem, os lábios secos implorando por um beijo.
E você dá. Não só o beijo, claro.
Dá tudo de si, passando a língua sob os lábios ressecados, bagunçando o cabelo perfeitamente arrumado. As mãos másculas rodeiam sua cintura, te aperta contra si na intenção de trazer seu corpo para o mais perto possível. Sem pudor algum levanta seu vestido levinho. Franze o cenho, você não usa nada por de baixo. Está ali, nua em seu colo.
Com uma força descomunal, Eunwoo te ergue, te senta sob a mesa. Com dificuldade ele desabotoa a própria calça, abrindo a braguilha com nervosismo. Eunwoo nunca se sentira daquela maneira. Nunca. Com absolutamente ninguém.
Jurava ser magia quando finalmente te penetrou. Tão quente, apertada, molhada. O gemido manhoso que deu quando ele estocou pela primeira vez não o ajudou em nada. Seus ouvidos zumbiam à medida em que ele se deliciava de ti. Sentia-se um depravado, um homem ruim, que deveria ser castigado. Mas não conseguia parar nem que fosse por um segundo, você era viciante.
"Como podes ser tão deliciosa? Quente como o inferno!" — ele murmurava contra seu ouvido outrora. Te beijava com pressa, força, tesão. Almejava te levar com ele, poder te fazer dele todos os dias pelo resto de sua miserável vida.
Ao mesmo tempo pedia misericórdia à Deus, sabia que estava pecando. Era um adúltero, mas estava enfeitiçado. Literalmente enfeitiçado.
"Eu vou... Agora." — ele murmura até mesmo envergonhado, sentindo o corpo inteiro entrar em combustão. Está gozando, te enchendo com sua porra farta, enquanto você ri sem um pingo de pena. Por você, seria dele pela noite inteira, até roubar toda sua energia.
Quando finalmente termina, ainda meio mole e desnorteado, te encara enquanto respira completamente descompassado.
"Por Deus, me desculpe." — ele sussurra, mas não deixa de selar seus lábios devagar.
"Não tem o que se desculpar, querido." — você o acalenta. "Eu tenho."
É a deixa para que a energia azulada presente nele vá se esvaindo, à medida que você se sente mais forte. O coração batendo com força, enquanto ele desmaia sob a mesa, respirando fraco, os pulmões sem força. Você ri fraquinho, desce da mesa tomando em mãos mais uma fatia de sua própria torta.
Infelizmente era de sua natureza roubar a energia de humanos para conseguir sobreviver. Não seria para sempre, é claro, mas o rapaz passaria bons dias em uma espécie de coma. Com uma força sobrenatural, você o levaria novamente até perto dos homens da guarda real, e esperaria até que um próximo desavisado virasse sua presa.
"É uma grande pena. Este era bem bonito."
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umaliturgiaabundante · 6 months
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O nublado dia 25 de novembro
Hoje já faz 5 anos desde a sua partida e eu gostaria pela primeira vez ser sincera em relação a ela. Talvez esse texto seja a primeira expressão compassiva sobre o assunto, mas acho necessário dizer o quanto dói. O luto não é igual para todas as pessoas e as reações jamais serão as mesmas, a forma como um seguiu a vida não pode ser comparada com a de outra pessoa e esperar sempre uma compreensão pela partida de alguém tão importante por ser cristão é muito dolorido. Muitas vezes menti dizendo que compreendia e que não me importava ouvir qualquer coisa sobre o assunto simplesmente para confortar a todos quanto ao meu estado... mas eu estou quebrada. Não perdi apenas uma pessoa, perdi uma parte de mim. Algumas vezes serei capaz de ajudar alguém que passa pelo que eu já passei, outras não vou conseguir suportar ouvir falar sobre essa doença que a levou tão cedo. Gostaria de fato ter sido feliz de verdade como em todas as fotos publicadas nos últimos cinco anos, mas a maioria era uma fuga até eu deitar minha cabeça no travesseiro e não conseguir dormir com crises de choro e ansiedade. Me preocupei em deixar todos tranquilos referente a minha saúde fingindo seguir em frente e enfrentando o pânico e muitas outras coisas que a depressão trouxe de brinde... até não aguentar mais. Porque é doloroso admirar sua mãe por todos os anos da sua vida visitar a minha avó e simplesmente imaginar como seria quando ela estivesse velhinha: e isso nunca acontecer. Porque é difícil ter que aceitar que não vivi nem metade de uma vida humana com a mulher que me amou incondicionalmente. Porque rasga o coração ficar por semanas sem um abraço e lembrar que o dela sempre foi o mais aconchegante de acordo com todos que já a conheceram. É aterrorizante acordar no susto para ir até a padaria encher o raio do saco dela (porque eu sempre fui implicante), até ter o choque de que ela não está mais lá. Como recordar das nossas conversas que não tinha fim, e nossas risadas por motivos idiotas. Queria que por um descuido papai do céu me desse a chance de deitar no seu colo pela última vez e poder chorar enquanto a senhora apenas passa a mão em meus cabelos cacheados que a senhora tanto amava. Peço a Deus todos os dias para me dar sonhos, objetivos, alguma razão para continuar vivendo e prosseguir minha vida pois eu sei que tudo o que a importava era nos ver feliz. Eu me perdi no caminho, me tornei alguém que simplesmente sobrevive um dia após o outro esperando o momento em que possamos nos encontrar. Jamais faria algo contra mim só que durmo e acordo esperando o momento correto de ter um descanso pertinho de Jesus. Mas ao mesmo tempo eu o peço todos os dias para que renove as minhas forças e que mesmo em meio ao lugar onde estou hoje em que visivelmente acredito ser impossível sair escuto a voz de Cristo dizendo: eu te gerei desde o ventre da sua mãe...
Não sou apenas um sonho seu e do meu pai, mas principalmente de Deus. Sou grata porque no pouco tempo em que estivemos juntas me ensinou o caminho, a verdade e a vida e se não fosse pela misericórdia do Pai eu não estaria mais aqui.
Sentirei sua falta pelo resto da minha vida, vou querer ter passado vários momentos com você, vou acordar no meio de um sono realista e ter crise de ansiedade por saber que era apenas um sonho, vou ver suas fotos e pensar o quanto a bicha era bonita e sentir falta do quanto eu implicava com a senhora. Sentirei saudades de nossa família juntas, de todas as vezes que nos mudamos de casa em casa e foram essas mudanças que me ensinaram uma das mais preciosas lições: casa não é um lugar, são as pessoas. Mulher, eu queria que todos conhecessem a mãe e a responsável por tudo que nós somos hoje... por isso farei isso através das minhas atitudes porque eu sei que todo seu legado vive em mim.
Esta doendo mãe, doendo muito ficar sem você... sem um lar... sem nossa vidinha louca. Eu sempre te amarei mais do que qualquer coisa do mundo. Com amor, sua mimada filha caçula.
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osantocapra · 4 months
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17/02/2024
Retomando minha tradição anual, escrevo esta carta como lembrete da minha vida crua e cruel. Aonde qualquer resquício de esperança em um futuro melhor, não passe apenas de bobagens efêmeras. Alguns dos meus leitores devem me julgar como uma pessoa negativa, porém sou uma pessoa linear que mantém minhas crenças e atividades em constante harmonia.
Quando criança, tive a oportunidade de pertencer a uma família com certas condições financeiras e sociais que me proporcionaram uma melhor qualidade de vida. Até o início da adolescência tive dificuldades de aceitar o rumo que minha havia chegado. Essa tristeza é solidão me acompanham a muito tempo, e cada dia que passa me sinto intomo dela.
Meus aniversários nuncam foram objetos de comemoração, mesmo possuía total vontade de criar festas e momentos marcantes. O principal objeto em uma comemoração são pessoas, e pessoas nos quais são amigos em um bando. Outro objeto provavelmente é o dinheiro. No estado presente não possuo nenhum dos objetos.
Não lembrava da última vez que tive um aniversário sem bolo. No dia 17, fui acordado abruptamente por um parente. Tive que comprimir uma tarefa quase que obrigado. Cuidar da minha avó, que hoje já não demonstra vitalidade. Sabia que me dia seria ruim, porém as 10 horas da manhã tive certeza que minha vida está perdida.
Alguns parentes comemoram aniversário no meu mesmo dia. Eles com condições favoráveis fazem festa, saem, compra presentes e tomam café da manhã juntos em uma cafeteria cara. Acima de tudo eles se pertencem e ficam juntos. Eu não tive nada disso, inclusive poucas pessoas me enviaram um simples parabéns, outros que enviaram, fizeram por fazer ...
Descidi então que teria um dia especial. E as 11 horas da manhã, quando um outro acompanhante havia chegado para ficar co. minha avó. Fui de ônibus até outra cidade, caminhar em um centro urbano, olhar o movimento. Minha primeira pada foi o shopping, não comprei nada pois não tinha muito dinheiro. Não bebi nem comi apenas observei o movimentar das pessoas.
Segui meu caminho em um sebo famoso da cidade, tive uma conversa sem jeito com o dono do local, e novamente saí de mãos vazias. Comprei em uma farmácia um jogo de sabonetes cheirosos de glicerina por ter um preço razoável. De volta ao ponto de ônibus fui direto para casa, desconfortável no calor, com diversar pessoas compartilhando o mesmo espaço.
Tive um dia amargo, solitário, cheio de lembranças ruins. Eu pergunto a Deus todos os dias porque ele me odeia. Pergunta a Deus porque minja vida precisa ser assim miserável. Conheço pelo menos umas 10 pessoas ruins e todas tem sucesso social e financeiro. Sou uma pessoa boa e não mereço a vida que tenho.
Nunca imagina passar meu aniversário sem um bolo. Termino com esta frase. Espero conseguir chegar até o ano que vem. Espero conseguir realizar o básico em minha vida. Pelo menos isso. Espero que Deus olhe por mim e esqueça um pouco das pessoas ruins.
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wisteriars · 1 year
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XIAOHUB + XIAOJUN!
— conteúdo. exibicionismo, xiaojun!hub, masturbação, fem reader, linguagem suja, quase um incubus, spanking, bondage, uso de ‘cerejas’ ‘princesas’ e mais. . .
— contagem de palavras. 1.104K
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Sr. Dejun estava com um copo na mão de bebida alcoólica e não outra tinha um cigarro entre os dedos, a bebida me parecia muito ser cara, ele tem vários tipos dessas assim e essa deve ser uma das melhores, sua boca não parava de tagarelar com suas espectadoras, ele gostava disso, gostava de saber que tinha pessoas o vendo e o desejando o tempo todo, ele nunca mostra o próprio rosto em suas lives, gosta de manter (dois) Dejun’s que serve para um apenas.
Ele não tem nenhum motivo instintivo para fazer suas lives além de suas espectadoras, bem, ele já nasceu em ‘berço de ouro’ como as pessoas preferem dizer, então dinheiro não é o fato de fazer as lives, mas sim para as suas fãs, suas lives são apenas ele, o que muitas pessoas procuram é assim, preferem solo, do que casal.
Toda quarta-feira tem live dele, o bom é que para ver esse homem nem é tão caro. — “o que será que posso fazer para esse homem simplesmente me fuder?” soltei um gemido abafado, minhas mãos estava em cima da minha calcinha massageando meu clitóris. — “porra… estou tão molhada, porque a minha vida tem que ser tão injusta?” falo olhando a tela do meu notebook e agradecendo por minha mãe não estar em casa.
— “eu já imagino como vocês devem estar, porra isso esta me dando uma enorme vontade de foder todas vocês” ele falou pondo a sua mão massageando o pau por cima da cueca box, só com aquela ação dele, eu poderia explodir. — “Sr. Dejun, não seja tão maldoso com suas cerejas...” seu comentário se pôs a tela, Dejun sorriu ao perceber ser seu, ele não a conhecia, nem você a ele, mas tinha certeza de que você era a maior fã dele, pois sempre esteve junto a ele desde sua primeira live, feita, inclusive você é a que mais atiça ele nas lives. — “minha cereja número um está aqui? pensei que não ia aparecer hoje...” você sorriu ao perceber que ele notou sua presença novamente, depois meu sorriso aumentou ao perceber vários comentários enciumados “Sr. Dejun sempre fala dela” “ai que raiva, por que não fala de nós também Dejun” o homem viu que todas ficaram enciumadas então falou. — “princesas, o Dejun gosta de todas, não precisam ficar assim.” falou tentando acalmar, você que sempre gosta de atiçar resolve mandar outra mensagem. — “é meninas, vocês são as cerejas dele, eu sou a putinha do Sr. Dejun”
Dessa vez o homem apenas sorriu de ladinho e falou. — “você não vai querer ser minha putinha, eu não gosto de meninas malcriadas” você engoliu o seco com a fala dele, queria agora mesmo saber o que ele fazia com elas, mas a sua pergunta foi respondida. — “com putas, eu dou tapas, torturo e ensino a virar uma princesa minha, então ainda vai querer ser minha putinha, cerejinha?” você sorriu com a fala dele, queria comentar, mas o homem resolveu começar o “show” para suas fãs.
— “fechem os olhos e imaginem o Sr. Dejun na sua frente” assim que o homem percebeu que não tinha mais comentários resolveu continuar. — “tire a calcinha e abram bem as pernas” fiz o que ele pediu. — “agora molhem os dedos e toquem no seu clítoris o massageando bem devagar…” parei de escutar a sua voz e agora só o imaginava em minha mente.
Dessa vez o cenário que minha cabeça criou foi diferente, eu estava em uma cama vermelha amarrada, levei um susto quando viu o cinto que ele estava tirando passou de suas pernas até as coxas, analisou você bem. — “tão linda, nem parece que é uma malcriada, o Dejun tem que ensinar você, não acha?” se agachou e deixou dois beijos castos em cada uma delas. — “o Dejun não gosta de pegar pesado com você minha linda… mas você está merecendo apanhar não acha?” você olhava tudo com cautela, o seu medo de respondê-lo na hora errada ou simplesmente não responder, tudo vai ficando ainda pior quando ver o sorriso em seu rosto, era um sorriso de ladinho, sim, eu imaginava um Dejun e pra mim ele tinha um rosto angelical, em suas lives também o vejo com o rosto e não com a máscara. — “quero você meu mestre” você o chamava assim de vez em quando para fazer ele se derreter pelos seus olhinhos pidões, foi surpreendida com o pedaço de coro que bateu forte em sua coxa, você soltou um grito que foi possível parecer gemido. — “o que eu falei vadia, achou mesmo que eu estava brincando quando disse que não pego leve com putas?” falou indo até o seu rosto e te dando um tapa não tão forte.
Dejun saiu de se colocou embaixo de você, logo a virando de costa para ele e empinou mais sua bunda alisando a parte sensível de sua carne entre as pernas. — “pode começar a contar vadia” ele deu um tapa forte em sua bunda, que acabou te assustando. — “eu não ouvi você falar, quero ouvir sua voz!” bateu novamente e dessa vez você contou. — “1… 2…3” a cada número que aumentava Dejun dava tapas fortes enquanto massageava o seu clítoris devagar e pra piorar os seus tapas paravam por um longo tempo e depois batia novamente sempre forte. — “Sr. Dejun, eu quero você!” a sua fala para ele soou como se tivesse mandando nele o que ele acabou não gostando. — “você acha que manda em mim é?” segurou suas bochechas com força. — “vou ensinar a você, como por vagabundas da sua laia no seu devido lugar…” deu um tapa em seu rosto, as cordas que te prendiam foram desamarradas e agora você estava com os joelhos no chão enquanto Dejun estava sentado na beirada da cama.
— “Me chupa vadia” disse rígido, você tirou calmante a sua bermuda descendo juntamente com a cueca, o pau do mesmo saltou pra fora assim que tirou. — “quero ver, se essa boca que tanto tagarelava a pouco tempo atrás, vai falar alguma coisa…” pegou sua cabeça empurrando de uma vez só. — “quer ser minha vadia bebê? então seja calada!” ele fazia os movimentos indo até o fundo da sua garganta. — “sua boca é gostosa pra caralho, mas você fala muita merda…” tirou alguns cabelos que cobriam seu rosto. — “puta minha tem que andar na linha” tirou sua boca do pau dele, achou que ele iria parar, mas estava enganada, logo ele enfiou de volta fazendo engasgar. — “a melhor maneira de lidar com cadelas como você é botando o pau delas nas bocas sujas…” bateu em seu rosto forte e com a ardência caiu uma lágrima.
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nota. um bem pequeno mesmo, mas o xiao merece muito mais que isso, espero que gostem, um beijo da maior reveluv do site :)
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tecontos · 1 year
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Pós graduação de puta
By; Laura
Oi TeContos e sou a Laura, tenho 25 anos e sempre fui muito puta, sempre fui a loirinha gostosa e fácil, apesar de tentar ser discreta porque morava em uma cidade pequena. Quando vim fazer faculdade na capital eu me libertei e passei a dar ainda mais.
Conheci minha melhor amiga, a Andrea que era tão puta quanto eu e fomos morar juntas, no campus nossa casa era conhecida como a “Buceta House”. Nossas reuniões eram famosas, pois fazíamos orgia com vários caras e a gente se pegava enquanto os caras assistiam.
Eu e a Andrea tínhamos um hobby: procurar a maior pica. Era até uma competição. Consegui meu diploma, mas me formei mesmo foi em putaria.
Voltei pra minha cidade para cuidar da minha mãe e nessas surpresas da vida, acabei indo trabalhar como secretaria em uma igreja evangélica. Não demorou 1 semana para que o pastor casado e “homem de bem” me dizer que para manter meu emprego eu teria que fazer alguns trabalhinhos extras e então colocar o pau pra fora.
Virei amante do pastor. Claro que ninguém podia sonhar com isso, por isso nada de motel, ele só me comia no escritório trancado ou na casa dele onde ele também tinha um escritório, quando despachava a esposa e os filhos para longe.
Em um belo dia sem querer eu ouvi uma fiel conversando com ele aos prantos por que não conseguia cumprir suas obrigações de esposa porque o pênis do marido era grande demais. Óbvio que me interessei. Descobri o marido no próximo culto e ele não me impressionou de cara, embora tivesse visto paus o suficiente pra saber que altura ou porte físico não eram garantias de nada.
Seu nome era Luciano e ele era eletricista e fazia pequenos reparos para a igreja. Durante 1 mês mais ou menos eu comecei a cerca-lo na igreja. Ser vista, sorrir. Tudo discreto é claro. Mas estava lento demais. Então eu ouvi o pastor combinando com o Luciano que ele ia arrumar alguma coisa na casa do pastor no sábado. E não haveria ninguém lá.
Era a minha chance! Sai de casa mais cedo com o pretexto de ir ao escritório da casa do pastor para trabalhar, eu tinha a chave. Cheguei usando uma saia nos joelhos e blusa sem decote e a primeira coisa que fiz foi colocar um shortinho socado na bunda e uma regata decotada e colada. Eu não estava pra brincadeiras.
A cara do Luciano me viu no escritório foi impagável. Acho que ele até salivou um pouco!
- “Pq vc esta vestida assim?” ele perguntou.
Eu cheguei mais perto sorrindo:
- “É que vim trabalhar e me divertir…”
Eu toquei no peito dele; - ” Que tal se divertir comigo?”.
Ele me agarrou. Achei que ia ser mais difícil, mas o cara estava faminto. Eu tirei minha regata e fui abrir a calça dele, torcendo para não me decepcionar…. eis que uma tora aparece. Quem salivou fui eu! Não era apenas grande, era grossa, era um pau monstro. Pobre da esposa dele. E que sorte a minha.
Cai de boca e mamei com vontade. “Come a minha buceta” eu mandei parando de chupar antes que ele gozasse. Já pensou se ele goza e não levanta mais? Eu tinha que ter aquele pau na minha buceta. Tirei o short e a calcinha e deitei no sofá do escritório, exibindo minha bucetinha rosada. Ele veio todo delicado, colocou a cabeça gigante na minha abertura bem devagar, devia ser assim que ele fodia a esposa.
- “Me fode com força” eu disse e ele continuou entrando devagar
- “Meu pau é muito grande, vai machucar vc”.
Eu abrir mais as pernas.; - “Não sou sua esposa, eu aguento. Agora deixa de ser bichinha e me come como macho, me fode como um homem fode uma puta”.
Minha provocação deu certo e ele veio com tudo. Gritei e vi estrelas.
- “Não era isso que você queria vagabunda?”.
Agora que tinha começado ele não parava mais, começou a foder com força. Eu gozei chorando, enquanto ele metia me chamando de cadela e gozava muito também.
Geralmente eu aguentava várias sessões de sexo, mas quando ele tirou a tora da minha buceta eu não aguentava nem fechar as pernas. Estava com minha bucetinha inchada, arregaçada e dolorida.
- “Nem puta de estrada aguenta isso” ele disse animado.
Virei a puta dele. Sem sexo em casa, ele queria toda hora e fez minha buceta sofrer e gozar muito.
Achei que ele fosse ser monótono, mas o cara tinha muita safadeza guardada. Dar o cu foi épico e me levou ao hospital com sangramento anal, mas no encontro seguinte ele queria comer meu rabo de novo. E eu rebolei gostoso enquanto gritava.
No começo eu não sabia se ele estava descontando o atraso ou se era pervertido mesmo até o dia em que ele me contou que tinha um primo que tinha o mesmo problema de ter um pau muito grande e queria que eu o “ajudasse”.
Eu ajudei em um motel na primeira vez, e na segunda Luciano estava lá pra assistir e participar…Fazer dp com 2 paus gigantes foi minha pós graduação de puta. Sinceramente a partir daí eu não temia mais nada! Generosa eu contei tudo para a Andrea e combinamos uma viagem a praia a 4, sem o marido dela é claro, onde tive o prazer de vê-la socada nas duas picas gigantes enquanto eu mamava seus peitos.
- “Que sorte a sua que vai pra casa com esses 2” ela comentou quando a gente se despedia.
Eu sorri e provoquei: - “Sorte minha mesmo, mas quando quiser me liga que marcamos”.
Enviado ao Te Contos por Laura
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strawmariee · 2 months
Note
Oi! Vi que esta tendo um machup event e quis participar, peço alguém de jjba porfavor
Eu tenho cabelo marrom com raccoon stripes (tipo os pelos de um guaxinim, meu cabelo é marrom e tem essas mechas laranjas :p) meus olhos são cor de mel, eu tenho sardas e tenho uma cicatriz na parte de cima do meu lábio esquerdo :p meus dentes são amarelos (uma insegurança minha tbm)
Eu sou bem agitada, tenho hiperatividade e ansiedade, as vezes me controlo por causa de remédio, mas enfim
Sou bisexual!
Gosto muito de jogos, metal, rock, anime, RPG, marvel, dc :D
Eu sou mestre em um RPG, e sou programadora :D
Se não quiser responder tudo bem :D
Oláaa anon, você foi a primeira a contratar meus serviços de cupido! Lendo suas características eu confesso que ao todo pensei em 4 combinações. No entanto, em minha opinião, a melhor escolha foi...
Joseph Joestar!!
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Ele foi a minha segunda escolha para seu par, no entanto, depois de ler suas características eu tinha que escolher ele!
Ele com certeza te chamaria de guaxinim por causa do seu cabelo e, em qualquer momento que pudesse, ele ficaria enrolando sua mecha em seu dedo!
Não estranhe se algum dia você acordar com uma máscara preta em seus olhos e ver Joseph te encarando com um sorrisinho diabólico e segurando uma câmera.
Ele com certeza faz isso pra te provocar, mas essa é apenas a linguagem de amor dele.
Isso é segredo mas ele guardaria essa foto na carteira dele para ele sempre ver seu rostinho quando sentisse sua falta—
Se caso algum dia você falasse pra ele sobre a sua insegurança com seus dentes, ele apenas te responderia com algum elogio, sabe? Esse foi o diálogo que pensei: "Sabe Jojo, eu não gosto dos meus dentes, eles são tão feios e—" "E daí? Você ainda continua sendo uma puta de uma gostosa, minha tchutchuquinha." "...Por que eu ainda conto essas coisas pra você?"
Mas apesar de ele ser um completo idiota de 1,95 cm, ele também pode ser sério quando precisa ser.
Um exemplo é nos momentos em que você se sentir mal ou ansiosa. Eu imagino que ele ficaria preocupado e tentaria fazer alguma palhaçada pra você rir ou se animar um pouco.
Mas caso isso não resolvesse, ele apenas te abraçaria e te aqueceria entre os braços dele, como se os usasse de escudo pra te proteger das crueldades do mundo.
Acho que seria um dos poucos momentos em que ele ficaria quieto, para caso você quisesse desabafar com ele. Mas se você não quisesse, ele só ficaria acariciando seus cabelos enquanto apoia o queixo no topo de sua cabeça.
Em uma modern AU, você dois veriam filmes ou leriam quadrinhos da DC ou Marvel juntos, afinal, ele também tem esse lado nerd e ele adoraria o fato de você ter também!
Pros eventos de animes vocês iriam com fantasias dos seus heróis favoritos, e nada me tira da cabeça que ele iria ou de Super-Homem ou Homem de Ferro!
Ele com certeza também gostaria de ouvir rock com você! (Só cuidado se tocar alguma música da banda ACDC ou The Cars)
Você é uma mestre no RPG? Joseph com certeza burlaria isso! Sabemos que ele tem algumas cartas nas mangas quando luta com inimigos, e isso não é diferente nos jogos!
Ele com certeza esconderia peças, cartas e manipularia o jogo ao favor dele, e com certeza ele teria um sorriso do tipo "Haha, esse jogo já está no papo."
E quando ele descobrisse que você é programadora, ele com certeza se aproveitaria disso. Como? Ele te pediria pra programar alguma coisa no computador do Caesar, algo pra zoar com a cara dele.
Eu não sei se isso é possível pois meu conhecimento pra programação é nulo, mas só imaginei em um belo dia o Caesar indo abrir seu notebook pra fazer algum trabalho e no momento que o computador liga uma voz diz "IH, alá o gay!!".
A cara do Caesar seria impagável, e se Joseph visse ele com certeza já estaria montando o casamento de vocês porque, a partir daquele momento, você já foi considerada sua parceira de crime pelo resto da vida.
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UM GRAMA DE RADIUM — MINEIRINHO
É, suponho que é em mim, como um dos representantes do nós, que devo pro­curar por que está doendo a morte de um facínora. E por que é que mais me adianta contar os treze tiros que mataram Mineirinho do que os seus crimes. Perguntei a minha cozinheira o que pensava sobre o assunto. Vi no seu rosto a pequena convulsão de um conflito, o mal-estar de não entender o que se sente, o de precisar trair sensações contraditórias por não saber como harmonizá-las. Fatos irredutíveis, mas revolta irredutível também, a violenta compaixão da revolta. Sentir-se dividido na própria perplexidade diante de não poder esquecer que Mineirinho era perigoso e já matara demais; e no entanto nós o queríamos vivo. A cozinheira se fechou um pouco, vendo-me talvez como a justiça que se vinga. Com alguma raiva de mim, que estava mexendo na sua alma, respondeu fria: «O que eu sinto não serve para se dizer. Quem não sabe que Mineirinho era criminoso? Mas tenho certeza de que ele se salvou e já entrou no céu». Respondi-lhe que «mais do que muita gente que não matou». Por que? No entanto a primeira lei, a que protege corpo e vida insubstituíveis, é a de que não matarás. Ela é a minha maior garantia: assim não me matam, porque eu não quero morrer, e assim não me deixam matar, porque ter matado será a escuridão para mim.
Esta é a lei. Mas há alguma coisa que, se me faz ouvir o primeiro e o segundo tiro com um alívio de segurança, no terceiro me deixa alerta, no quarto desassossegada, o quinto e o sexto me cobrem de vergonha, o sétimo e o oitavo eu ouço com o coração batendo de horror, no nono e no décimo minha boca está trêmula, no décimo-primeiro digo em espanto o nome de Deus, no décimo-segundo chamo meu irmão. O décimo-terceiro tiro me assassina — porque eu sou o outro. Porque eu quero ser o outro.
Essa justiça que vela meu sono, eu a repudio, humilhada por precisar dela. Enquanto isso durmo e falsamente me salvo. Nós, os sonsos essenciais.
Para que minha casa funcione, exijo de mim como primeiro dever que eu seja sonsa, que eu não exerça a minha revolta e o meu amor, guardados. Se eu não for sonsa, minha casa estremece. Eu devo ter esquecido que embaixo da casa está o terreno, o chão onde nova casa poderia ser erguida. Enquanto isso dormimos e falsamente nos salvamos.
Até que treze tiros nos acordam, e com horror digo tarde demais — vinte e oito anos depois que Mineirinho nasceu — que ao homem acuado, que a esse não nos matem. Porque sei que ele é o meu erro. E de uma vida inteira, por Deus, o que se salva às vezes é apenas o erro, e eu sei que não nos salvaremos enquanto nosso erro não nos for precioso. Meu erro é o meu espelho, onde vejo o que em silêncio eu fiz de um homem. Meu erro é o modo como vi a vida se abrir na sua carne e me espantei, e vi a matéria de vida, placenta e sangue, a lama viva.
Em Mineirinho se rebentou o meu modo de viver. Como não amá-lo, se ele viveu até o décimo-terceiro tiro o que eu dormia? Sua assustada violência. Sua violência inocente — não nas conseqüências, mas em si inocente como a de um filho de quem o pai não tomou conta.
Tudo o que nele foi violência é em nós furtivo, e um evita o olhar do outro para não corrermos o risco de nos entendermos. Para que a casa não estremeça.
A violência rebentada em Mineirinho que só outra mão de homem, a mão da esperança, pousando sobre sua cabeça aturdida e doente, poderia aplacar e fazer com que seus olhos surpreendidos se erguessem e enfim se enchessem de lágrimas. Só depois que um homem é encontrado inerte no chão, sem o gorro e sem os sapatos, vejo que esqueci de lhe ter dito: também eu.
Eu não quero esta casa. Quero uma justiça que tivesse dado chance a uma coisa pura e cheia de desamparo em Mineirinho — essa coisa que move montanhas e é a mesma que o fez gostar “feito doido” de uma mulher, e a mesma que o levou a passar por porta tão estreita que dilacera a nudez; é uma coisa que em nós é tão intensa e límpida como uma grama perigosa de radium, essa coisa é um grão de vida que se for pisado se transforma em algo ameaçador — em amor pisado; essa coisa, que em Mineirinho se tornou punhal, é a mesma que em mim faz com que eu dê água a outro homem, não porque eu tenha água, mas porque, também eu, sei o que é sede; e também eu, que não me perdi, experimentei a perdição.
A justiça prévia, essa não me envergonharia. Já era tempo de, com ironia ou não, sermos mais divinos; se adivinhamos o que seria a bondade de Deus é porque adivinhamos em nós a bondade, aquela que vê o homem antes de ele ser um doente do crime. Continuo, porém, esperando que Deus seja o pai, quando sei que um homem pode ser o pai de outro homem.
E continuo a morar na casa fraca. Essa casa, cuja porta protetora eu tranco tão bem, essa casa não resistirá à primeira ventania que fará voar pelos ares uma porta trancada. Mas ela está de pé, e Mineirinho viveu por mim a raiva, enquanto eu tive calma.
Foi fuzilado na sua força desorientada, enquanto um deus fabricado no último instante abençoa às pressas a minha maldade organizada e a minha justiça estupidificada: o que sustenta as paredes de minha casa é a certeza de que sempre me justificarei, meus amigos não me justificarão, mas meus inimigos que são os meus cúmplices, esses me cumprimentarão; o que me sustenta é saber que sempre fabricarei um deus à imagem do que eu precisar para dormir tranqüila e que outros furtivamente fingirão que esta­mos todos certos e que nada há a fazer.
Tudo isso, sim, pois somos os sonsos essenciais, baluartes de alguma coisa. E sobretudo procurar não entender.
Porque quem entende desorganiza. Há alguma coisa em nós que desorganizaria tudo — uma coisa que entende. Essa coisa que fica muda diante do homem sem o gorro e sem os sapatos, e para tê-los ele roubou e matou; e fica muda diante do São Jorge de ouro e diamantes. Essa alguma coisa muito séria em mim fica ainda mais séria diante do homem metralhado. Essa alguma coisa é o assassino em mim? Não, é desespero em nós. Feito doidos, nós o conhecemos, a esse homem morto onde a grama de radium se incendiara. Mas só feito doidos, e não como sonsos, o conhecemos. É como doido que entro pela vida que tantas vezes não tem porta, e como doido compreendo o que é perigoso compreender, e só como doido é que sinto o amor profundo, aquele que se confirma quando vejo que o radium se irradiará de qualquer modo, se não for pela confiança, pela esperança e pelo amor, então miseravelmente pela doente coragem de destruição. Se eu não fosse doido, eu seria oitocentos policiais com oitocentas metralhadoras, e esta seria a minha honorabilidade.
Até que viesse uma justiça um pouco mais doida. Uma que levasse em conta que todos temos que falar por um homem que se desesperou porque neste a fala humana já falhou, ele já é tão mudo que só o bruto grito desarticulado serve de sinalização.
Uma justiça prévia que se lembrasse de que nossa grande luta é a do medo, e que um homem que mata muito é porque teve muito medo. Sobretudo uma justiça que se olhasse a si própria, e que visse que nós todos, lama viva, somos escuros, e por isso nem mesmo a maldade de um homem pode ser entregue à maldade de outro homem: para que este não possa cometer livre e aprovadamente um crime de fuzilamento.
Uma justiça que não se esqueça de que nós todos somos perigosos, e que na hora em que o justiceiro mata, ele não está mais nos protegendo nem querendo eliminar um criminoso, ele está cometendo o seu crime particular, um longamente guardado. Na hora de matar um criminoso — nesse instante está sendo morto um inocente. Não, não é que eu queira o sublime, nem as coisas que foram se tornando as palavras que me fazem dormir tranquila, mistura de perdão, de caridade vaga, nós que nos refugiamos no abstrato.
O que eu quero é muito mais áspero e mais difícil: quero o terreno.
Clarice Lispector, Revista 'Senhor', Junho de 1962.
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teoremas-do-tempo · 1 year
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Em minha mente, versões de mim lutam para assumir o controle. As vezes me sinto absurdamente bem, em outros momentos todos os meus acúmulos pesam e tenho dificuldades de continuar. É incrível entender que de alguma forma tudo isso se encaixa, mesmo estando fora de lugar.
Eu sou uma pessoa completa, composta de varias versões incompletas. Isso me faz ter medo e esperança de que no decorrer da minha vida, mais delas vão se acumular. Elas me sufocam e elas me salvam de mim.
Isso implica em uma auto relação de amor e ódio. Ou talvez, seja porque em mim, uma parte finge me amar e a outra finge que acredita. Eu me entendo, pois me sinto, mas não me compreendo, pois não sei organizar isso em pensamentos. Ser o que é deveria ser simples, mas pra mim não é.
As vezes sou frágil, me entristeço demais por coisas pequenas, como se o impacto de uma onda em meu pequeno castelo de areia fosse o bastante para me fazer duvidar da beleza de um oceano inteiro.
As vezes sou forte, aguento bem mais do que deveria aguentar, como se eu fosse um velho farol em alto mar, aguentando porradas, fazendo o que precisa ser feito, tentando ser luz para aqueles que se aproximam assustados em meio a uma tempestade.
As vezes sou medo, como um bebê que quase morreu afogado e quando criança, mesmo desejando ser como as outras crianças, mesmo sabendo que não há risco, não consegue se divertir nas aguas calmas de um mar que de profundidade não ultrapassa a altura dos joelhos.
As vezes sou coragem, brinco com o perigo, faço qualquer coisa que me faça sentir viva, surfando em tsunamis, insana o bastante para não ver o estrago, confiante o bastante para acreditar que eu não vou perder o equilíbrio e me afogar.
E nisso, o rumo da minha vida depende de qual das versões esta no controle. A minha favorita é pouco consciente, pois ela é o que é, não tem tempo para viver no passado ou se perder em ilusões de futuro. Ter ela no controle é como estar apaixonada, o mundo por si só me faz sentir borboletas no estomago e existe uma força que vem dentro, uma energia que me faz querer ser melhor, que me faz sonhar, que me faz perder a vergonha de ser um pouco idiota, que me anima a brincar na chuva, que me faz deitar no chão para admirar o céu, que me incentiva a dançar em meio a uma multidão mesmo que eu não faça isso muito bem, é a única que me torna leve o bastante para gargalhar até chorar.
Só que essa versão é passageira, só percebo que ela estava aqui, quando ela não mais esta. Acho que é o normal, pois só entendemos de verdade a felicidade, quando já não estamos mais felizes, pois quando se é feliz não resta tempo para fazer mais nada além de viver o presente.
Sempre uma versão assume o controle, mas as outras ainda caminham juntas. Voamos juntas, caímos juntas, quando uma versão chora, todas as outras sentem seu sofrimento e o interpretam de uma forma diferente. Quando a versão mais forte some, todas as outras optam por me isolar, se tornam reclusas, ansiosas a espera do seu retorno, mesmo não aguentando, ceder nunca é uma opção.
A forma que eu sou geralmente não depende de forças externas, meu instinto é variável. Sou capaz de aguentar um apocalipse e de me destruir com uma leve brisa. Sou capaz de me tornar insensível a maior das brutalidades e de me comover com o mais simples gesto de felicidade. Sou capaz de me machucar e ser a primeira a esforçar para tentar fazer melhorar. Sou a única capaz de me entender, mas não me entendo tão bem quanto gostaria, não consigo me organizar em mim, me sinto presa dentro da minha própria cabeça, então é bem comum brigas entre eu e eu mesma, mas tudo bem, eu me sinto, então entro em sintonia, me esqueço do motivo da briga e o que antes era tempestade se torna uma turbulência em um copo de agua.
Por esses motivos a solitude pra mim é mais do que uma questão de gosto, ela é uma necessidade. Eu preciso de longos momentos só, pois por mais que eu me odeie, eu também me amo e preciso me entender, eu preciso sentir o meu proposito. É complexo, as vezes desgastante, mas existem poucas coisas no mundo que me interessam mais do que minha própria companhia. 
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maximizas · 11 days
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Mai. 26, 2024
Os últimos dias foram de pura preguiça e ansiedade. Com medo de entrar em burnout devido ao esforço contínuo nos estudos, resolvi dar uma pausa. Nesta segunda-feira, retornarei ao ritmo antigo. Em contrapartida, passei a última semana preocupada com o resultado desse processo seletivo e, consequentemente, realizei a primeira entrevista de emprego da minha vida.
Enquanto todos esses acontecimentos ocorriam ao meu redor, eu me afoguei em filmes de comédia romântica, ou melhor, em filmes de boy band baseados em fanfics. Inclusive, assistam 'Uma Ideia de Você'. É um filme divertido e, particularmente, com músicas muito chiclete.
Porque, em alguns momentos, tudo o que precisamos para sermos temporariamente felizes é uma cumbuquinha de miojo de carne misturada com um pouco de feijão, acompanhada por uma comédia romântica baseada em uma fanfic do One Direction. Acredito que esses se tornaram os grandes prazeres da minha vida. Às vezes, não importa a credibilidade do filme, mas sim o acontecimento bobo entre o casal principal e todos aqueles típicos clichês adolescentes.
Sem contar que o maior acontecimento do ano ocorreu na minha cidade depois de muito tempo. O frio finalmente retornou para este estado, onde o sol praticamente habita dentro de nossas casas conosco. Na minha concepção, nunca agradeci tanto a Deus por não estar suando constantemente devido ao calor excessivo.
Eu adoro literalmente o frio!
Recentemente, tomei conhecimento de que uma das minhas amigas avançou para a 'segunda fase' da vida adulta: a vida sexual. Ou seja, minhas duas amigas estão se tornando profissionais do sexo – obviamente, não no sentido pejorativo – e eu continuo sendo a virgem que tem medo de se envolver. Por outro lado, isso nunca foi um problema na minha vida, mas descobrir isso de alguma forma me fez sentir atrasada, sem dúvida.
Por favor, não encarem o que escrevi como um estereótipo do tipo 'Nossa, ela é diferente das outras', pois não sou, nem pretendo ser. Com toda certeza, já superei essa fase da minha vida.
Eu não iria comentar nada disso com ninguém, mas precisava expor isso para eliminar o pensamento constante de: 'Nossa, passamos o ensino médio juntas, conversávamos sobre essas coisas, mas para nós era algo completamente distante.' E agora, ela é uma 'mulher' – tipo, uau.
Com certeza, minha cabeça entrou momentaneamente em colapso. Elas são como irmãs para mim, e qualquer acontecimento em suas vidas se torna uma pauta em minha mente, pois não tenho experiência semelhante à delas.
Não estou vivenciando essa fase "estranha e comum" que ambas estão atravessando. A única experiência que tenho com sentimentos românticos e sexuais está envolta dos livros, filmes e séries; nada além disso. Então, acredito que seja compreensível eu estar em estado de "choque".
É o famoso ditado: 'Nunca ouvi, nunca comi; só ouço falar.' Ou então, 'Conheço, mas apenas teoricamente.'
Depois, eu me pergunto por que ainda estou solteira.
Em suma, ocorreram muitas coisas normais e malucas ao meu redor esta semana. Algumas ainda estou tentando assimilar, outras estou simplesmente deixando de lado. No entanto, o que importa é que foi uma semana calmamente caótica, como grande parte dos meus dias na Terra.
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internacionath · 10 months
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Toda experiência de intercâmbio começa bem antes da data de embarque
Uma vez li no livro “Maktub”, do Paulo Coelho, o seguinte trecho:
“A tradição acadêmica tem o ‘Ano Sabático’ a cada sete anos de trabalho, o professor passa um ano longe da universidade. Ao sair da rotina, ele abre espaço para novos conhecimentos.
Na antiguidade, os camponeses dividiam sua terra em sete terrenos: a cada ano, um deles ficava abandonado, sem produzir nada. Ali cresciam ervas daninhas, mato, tudo o que a natureza tivesse vontade de produzir sem interferência do homem. Desta maneira a terra se revigorava, e era capaz de - no ano seguinte - aceitar a semente do agricultor
Quem não para por livre vontade, termina sendo paralisado pela vida. Na Busca - como em tudo o mais - ação e inação tem mesma importância.”
A história desse blog/diário começa exatamente assim: com o fim de um longo período de sete anos de um tempo comum, depois de muito trabalho, esforço, tentativas de ser montar uma carreira, vitórias, derrotas e uma inevitável fadiga disto tudo.
Nisso não há nada de especial. Deve ser bem comum (para não dizer clichê) que todos nós, em algum momento, vamos querer jogar tudo para o alto e sair correndo, dar um “resset” na vida e recomeçar em uma ilha deserta sobrevivendo com as artes que a natureza dá para a gente, rs.
Lembram da história do “Comer, rezar, amar”? O que motiva a autora se desfazer de sua vida é justamente a ânsia em resgatar a própria vida. Em um instante tudo parece estar bem, mas no outro… que sentido tem? Você começa a questionar as escolhas que fez, suas virtudes e transgressões, as covardias de outros tempos que de vez em quando vem prestar contas… e de repente você está no seu trabalho com um laptop sofisticado, sob um gostoso ar condicionado, mas olhando para fora e pensando que precisa de ar fresco.
Mas não somente ar fresco. Acho que algo além, imperceptível aos olhos, mas talvez uma experiência mais profunda com a vida. Faz sentido isso que estou dizendo?
No dia 27 de setembro (depois de um longo processo seletivo e período de espera) estarei embarcado rumo a uma pequena cidade chamada Kilcullen, no condado de Kildare, Irlanda. Vou morar lá por 12 meses executando um trabalho totalmente abnegado envolvendo pessoas vulneráveis (mais à frente explico melhor). Antes disso eu era advogada (“era”, sim, pois a esta altura já cancelei minha OAB e estou dando graças a Deus por isso hehe).
Quando digo que o intercâmbio começa bem antes da data de embarque, quero dizer que trata-se de uma decisão profunda que começou em algum momento la atrás - diria que até anos antes - e que muito provavelmente resistimos. Não sei ao certo quando esta jornada começou para mim.
Talvez aos 8 anos de idade quando li um livro infantil sobre o Conde Drácula e fiquei encantada com o relógio Big Bang em Londres?
Acho que aos 15, quando iniciei o meu primeiro curso de inglês e amava a sensação de falar um idioma estrangeiro?
Ou aos 17 anos, em minha primeira grande crise existencial, quando queria loucamente ser aupair (e não tive autorização)?
Mas pode ser que tenha sido aos 23 anos também, quando tive um breve momento vitorioso de ter sido aceita em um mestrado nos Estados Unidos mas não pude ir porque era caro para caramba. O gosto da decepção foi bem amargo naquela época, rs.
E por fim… desconfio também que tenha sido recentemente, quando percebi que o meu então emprego havia se tornado detestável. Quem nunca?
Toda a ânsia de fazer a vida andar, somada a uma angústia de encontrar uma razão para viver (e que não envolva carreira, pelo amor de Deus), resultou nesse momento de agora.
Falta cerca de 1 mês para o embarque mas já vivo a experiência bem antes. Muito se aprende se despedindo das pessoas que você ama, das roupas que você mais gosta, dos móveis/eletrodomésticos que você parcelou em 12x sem juros, ou mesmo do status profissional que um dia se esforçou tanto para ter.
Meu objetivo, já deixo claro, não é transformar esse espaço em algo glamouroso e monetizado. Simplesmente me dei conta de que estou prestes a viver algo incrível e tenho certeza que há muitas lições para se extrair nesses próximos 12 meses. Então criei um espaço onde eu pudesse me expressar, dividir pensamentos, fotografias, sem a pressão de ter que fazer disso uma coisa… épica?
Enfim, trata-se de um simples diário. Estou tentando deixar de lado o meu dilema “quero tanto dividir essa experiência x odeio rede social e exposição.” Creio que, de alguma forma, aquilo que nós temos - seja uma experiência, um talento, um item qualquer - seja útil a alguém.
E é por isso que deixo este espaço aberto para todos os que verdadeiramente queiram me acompanhar. ❤️
(Bora né? A jornada é longa e tem muita coisa ainda para aprender!)
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