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#não binariedade
arquivo-pluris · 2 years
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Infográfico de identidades não-binárias com símbolos e bandeiras
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serkotika · 6 months
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Pós-binário
— "Pós-binário" refere-se a uma identidade na qual se transcende as barreiras binárias de gênero. Esta expressão não está entrelaçada apenas à não-binariedade, assim abrangendo uma ampla gama de identidades que não se limitam às categorias tradicionais de masculino e feminino. Toda a flexibilidade e diversidade no espectro de gênero são representadas pelo termo, reconhecendo que homens e mulheres trans também podem se identificar como pós-binários ao superar totalmente as normas binárias de gênero e o exorssexismo enraizado. Essa identidade oferece liberdade, permitindo que cada indivíduo explore e defina sua própria experiência de gênero para além das restrições convencionais.
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enquantohatempo · 10 months
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ENQUANTO HÁ TEMPO E A ASSOMBROLOGIA
Para começarmos a pensar os conceitos presentes no nosso projeto, é interessante primeiramente introduzir um pouco sobre o conceito da “assombrologia”. Principalmente sua etimologia e origem (tradução). 💬
O termo foi marcado pelo filósofo e linguista Jacques Derrida em seu livro Espectros de Marx (Spectres de Marx: l'état de la dette, le travail du deuil et la nouvelle Internationale, 1993) e tem suas raízes na discussão do autor sobre Karl Marx, mais precisamente na proclamação de Marx de que "um fantasma está assombrando a Europa - o fantasma do comunismo" no Manifesto Comunista. O filósofo faz então referência a Hamlet de Shakespeare, em particular a uma frase proferida pelo personagem-título: "o tempo está fora do comum." 
Para Derrida a assombrologia é um projeto filosófico essencialmente binário, desde sua concepção fonética e escrita. “Hantologie”, o neologismo do linguista, junta as palavras “hante”, que significa rondar e/ ou assombrar, e “ontologie”, que se refere aos estudos do ser, existência e realidade. Dessa forma, ele acabou demonstrando sua própria teoria pela forma da fonética/escrita em uma experiência espectral na própria palavra, afinal a binariedade é observada em hantologie e ontologie, que tem a mesma pronúncia (salvo alguns tradutores para o português tentando salvar essa característica da palavra pelo uso da transliteração “rondologia”).
Com isso, existem muitas traduções possíveis para o termo "rondologia". Como explicado acima, nas quais são uma tentativa de transliteração com a palavra "ontologia". Podemos encontrar desde "fantologia", "assombrologia" e "espectrologia", porém todas mantêm a questão fantasmagórica. No entanto, elas pecam como traduções, seja por já serem termos conhecidos, como é o caso da "espectrologia", que também é utilizado como estudo dos espectros por certos grupos místicos, ou por "fantologia" que é usado com tradução para outros conceitos. Há também outro termo um pouco menos comum, que seria o "obisidiologia", que funcionaria como "a ciência do obscuro".
Para nós, o termo traduzido que será usado para nos conteúdos será "assombrologia". Pois assim tornamos análogas às ideias dos autores Derrida e Mark Fisher, afinal, a "hantologie" é essencialmente a ciência dos assombros. Além disso, acompanharemos as novas traduções dos trabalhos de Fisher, como "Fantasmas da Minha Vida", traduzido por Guilherme Ziggy.
Um questionamento que fazemos para além da binariedade gramática/fonética da hantologie, seria: Quais são seus motes? Quais seus objetivos? Quais são suas questões? 
Jacques Derrida é bem explícito em sua própria introdução do conceito, em tradução livre de seu livro Espectros de Marx: “Assombrar não significa estar presente, e é necessário introduzir o assombro na própria construção de um conceito.” Para todo conceito, começando pelos conceitos de ser e tempo. É isso que estaríamos chamando aqui de uma "hantologie" (assombrologia). A ontologia se opõe a isso apenas em um movimento de exorcismo. A ontologia é uma conjuração.
Para o projeto e para nós, a assombrologia é o estudo daquilo que está entre as binaridades, o estudo daquilo não é presente, o estudo daquilo nos paira e nos assombra. Especialmente quando entendemos que mesmo algo estando morto, como os locais que infelizmente perdemos, não significa que eles estejam realmente mortos. 
O conceito pode ser demonstrado por múltiplas faces da nostalgia falsária de tempos dourados, das injustiças nunca pagas, das metáforas linguísticas ou mais simplesmente quando assistimos um filme antigo de ficção científica e o futuro imaginado não se parece com o nosso presente.   
Por Felipe Considera
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achadosparticulares · 11 months
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Mona, se eu te contar 
Como que esse sistema faz pra nos controlar
tu não ia acreditar 
Mas só pra tu saber
Estou falando do sistema
mas talvez tu venha se reconhecer
Já ouviu aquela história de que mulher boa é mulher morta?
E quanto aos bota?
Só tem emprego na polícia militar 
enquanto tu acha que está honrado esse país que só sabe te roubar 
eles colocam na tua cabeça que é motivo de honra atirar e matar
Enquanto tu se encaixa nessa viagem 
raspo o cabelo e esquece tua raça e ancestralidade
A vida corre enquanto as travestis, pobre e preto morre
às vezes até indo pro corre 
não tem deus que ajude e nem tem sorte 
pra pobre e preto, é sempre morte 
e se for trans, boa sorte 
esse sistema te envenena 
até uma parada de colocar o mundo em dois veio a cena 
mas o que não vem à tona 
é que na cama esses machos cis acham boazona
Não binário não é zona 
zona de perigo é achar que o branco rico é teu amigo
ele ri de ti e não contigo
essa falsa binariedade acha que o mundo é assim porque não chegaram em unanimidade 
Comunista ou capitalista
Anarquia nunca nem viram na vida 
Esse sistema vem sendo construído
desde que se tornou tranquilo nossos originários serem destruídos
é cada um com seu umbigo
enquanto aqui na favela não tem abrigo 
mas o “amigo” que vai dizer que isso é invasão
invasão é invalidar a constituição
negam casa, comida, liberdade, então vai ter sim ocupação 
essa história só é contada por apagaram nossa memória 
se a gente soubesse de onde viemos 
não teria mais nenhum responsável vivo pra contar história
retomemos nossas terras 
nos conectemos com nossa ancestralidade 
nos reconheçamos em nossos parentes e irmãos de cor 
transformemos nossa dor em algo transformador 
saíamos dos padrões impostos 
não abro mão de quem sou e não faço aquilo que não gosto 
uma sociedade justa é uma sociedade bruta que busca 
achar culpados quando não há culpa 
achar viados onde existem transviados que ao serem assim chamados, já não mais se sentem incomodados
estamos quase curados 
enquanto a cura não chega, a gente toma uma breja
e comemora orgulhoso de como é bom ser viado
axé para meus irmãos na fé 
que ainda possamos andar sem corrente no pé 
me quiseram mulher 
mas me fiz algo que tu nem sabe dizer o que é 
sou um conceito que te faz duvidar até de quem tu é 
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bouttrice · 2 years
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Quando você vive em um meio cheio de pessoas cis, você se questiona muito sobre sua não binariedade.
Por todas as minhas amizades e relações serem em sua grande maioria cis, eu me pego questionando muito se as coisas que me doem deveriam me doer mesmo…
Sou uma pessoa não binária que ainda está mais dentro no espectro feminino, na verdade diria que as pessoas me veem como mulher e isso dói muito, porque sei que a culpa não são das pessoas ao meu redor que estão internada nessa sociedade binária, sei lá, só mais um desabafo
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corujalesbica · 2 years
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Gente respondam o meu questionário do TCC do ensino médio novo sobre não binariedade pfv https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScDH5_5sPg3eRIiahVVi90GGpBFN9oI3vWW32qwPa_qd3e41A/viewform?usp=pp_url&entry.1293278861=Sim&entry.1121171892=Eu+sou+cisg%C3%AAnero&entry.1300833747=Sim
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lostoneshq · 13 hours
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mod, a não binariedade dos fcs são consideradas? um fc não binário = um personagem não binário? ou isso vai de cada player?
Oi, meu bem! Na minha opinião, cada caso é um caso. Por exemplo, nós só temos Jessie Mei Li como FC gender non conforming no RP e Jessie é genderfluid e também se identifica com pronomes femininos, então não vejo problema em interpretar uma personagem que se identifica com o gênero feminino. Quando tivemos Emma D'Arcy no RP, a personagem era NB e usava pronomes neutros e femininos. Emma se identifica com pronomes neutros, mas faz papéis para o gênero feminino, então usar esses pronomes em papéis não é algo que elu já tenha dito ter desconforto. Não é o caso de alguns atores que, de fato, preferem que os seus papéis sejam de acordo com a sua identidade... Mas novamente, cada caso é um caso, uma vez eu falei aqui que a Hunter Schafer não vai atrás de pegar papéis em que ela é uma mulher trans, ela pega papéis cis e é isso, não transforma aquele papel em uma história trans, só o interpreta como deve ser. Também não é o caso de outros atores trans, que às vezes querem mostrar essa vivência deles sim. Então eu acho que é mais do que "ir de cada player", e sim "ir de cada pessoa que estamos usando a imagem para interpretar" e aí entra na questão de pesquisarmos a pessoa que estamos usando a imagem! Essa é a minha visão, mas é claro, players não-bináries podem dizer caso tenham suas ressalvas.
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Deparei-me com vários vídeos de uma travesti deslegitimizando a não-binariedade na tentativa de excluir pessoas não-binárias das políticas públicas para pessoas trans. Isso me fez querer destacar a urgência de uma discussão mais aprofundada sobre materialidade de gênero, especificamente não-binária.
No debate sobre inclusão de pessoas não-binárias em políticas públicas, alguns argumentos materialistas podem questionar a viabilidade ou eficácia de políticas que visam reconhecer e proteger pessoas não-binárias, argumentando que essas pessoas não têm uma base material ou biológica sólida o suficiente para justificar intervenções políticas específicas.
Essa perspectiva tende a desconsiderar as experiências subjetivas das pessoas não-binárias, focando apenas em fatores econômicos, sociais e biológicos mais facilmente mensuráveis. No entanto, é importante reconhecer que as identidades de gênero não-binárias têm um impacto real nas vidas das pessoas que as vivenciam e que a inclusão dessas identidades nas políticas públicas é uma questão de justiça e respeito pelos direitos humanos.
Escrevi e postei este artigo mais extenso sobre este mesmo assunto no Medium por achar mais adequado, abordo além do que foi mencionado aqui (só que com outras palavras) o histórico da não-binariedade, algumas demandas dessa população e exemplos de organização não-binárias.
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someterriblenightts · 14 days
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Pergunte como uma pessoa não-binária deveria aparentar e se depare com as visões mais binaristas e cisnormativas possíveis. Como se a não-binariedade fosse um terceiro gênero entre os dois, logo, deveria pegar elementos de ambos.
Mas percebe como a androginia como “dever” valoriza o sexo designade ao nascer?! Pra ser andrógino, se nasci com vagina e fui designade mulher ao nascer, preciso incorporar elementos masculinos; se nasci com pênis, preciso incorporar elementos femininos.
Percebe como essa ideia de androginia por obrigação é binarista e essencialmente transfóbica? Como ela valoriza a importância do chamado “sexo biológico” e busca a aparência do gênero “oposto”, assim, partindo do pressuposto de apenas dois gêneros!
Indo contra todo o princípio do que é a NÃO-binariedade, principalmente quando se trata de agêneros, e obrigando pessoas não-binárias a seguirem um padrão tal qual a sociedade cis exige. Ou seja, não sendo muito diferente dos padrões de gênero designados ao nascer, só que, agora, para segui-los e ser válide, é preciso buscar obedecer aos padrões do sexo “oposto”.
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Conclusão
Em conclusão, o embate de ideias entre democratizar a informação (Internet Archive) e cumprir leis de direito autoral é principalmente sobre o interesse daqueles que detém informações e conteúdos  de interesse para o público geral.  Por exemplo, grandes editoras ou serviços de streaming tem um interesse intrínseco proveniente do lucro e correspondência aos distribuidores e produtoras dos livros e filmes. O interesse do Internet Archive é proveniente do acesso, redistribuição e democratização daquele conhecimento e conteúdo artístico, científico ou acadêmico. Portanto, o ponto de grande diferencial destas duas formas de distribuição de conteúdo é o interesse financeiro e interesse humanitário/cultural. Essa diferença explica o conflito judicial ou questões morais que são levantadas. A ilegalidade e pirataria presente nos métodos de distribuição da informação presente no Internet Archive são inegáveis, porém, ao levar em conta a ruptura de interesses antes mencionada, o lado ilegal da dicotomia termina a ser o mais moral e ético. Esta análise desconstrói as normas sociais de binariedade, do “certo” ou “errado” e analisa de um ponto de vista holístico e antropológico a importância dessa ferramenta virtual ao distribuir e maximizar meios para enriquecer o conhecimento cultural de um indivíduo ou uma população. Na era pós-moderna e contemporânea a internet e a pirataria, independente da moralidade ou legalidade, é um grande meio de redemocratização da informação. Ao apontar meios legais de adquirir conhecimento é preciso levar em conta  que grandes plataformas ou editoras, são curadores de informação e conhecimento, a disponibilidade certos conteúdos pode ser negada por interesses políticos ou econômicos. Ao assinar uma plataforma de streaming ou recorrer a uma biblioteca física ou livraria, os materiais disponibilizadas sempre estarão sujeitos a uma curadoria prévia. O Internet Archive também tem  parte dos seus conteúdos curados e catalogados por profissionais antes da divulgação, não é um domínio livre em sua totalidade para a publicação, (Ex: Wikipedia), porém a motivação sendo oposta ao lucro, permite uma curadoria mais orgânica e consequentemente mais liberdade de escolha  para os usuários da plataforma. 
Além do caráter de democratização da informação, a repartição do site que faz parte da biblioteca —“Wayback Machine”— funciona como arquivamento digital e ferramenta de preservação de conteúdo, contribuindo para a conservação da memória online de domínios que não existem mais. Porém, ao levar em conta os problemas judicias, O contexto digital atual produz e distribui muita informação através de links (endereços web) e páginas (documentos apresentados pelos navegadores). Porém, não existem regulamentações que padronizem ou tratem do uso desse tipo de informação,  sua retenção e como as páginas da web são mantidas como registros arquivísticos.
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redheadbigshoes · 6 months
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vc viu esse caso?
https://www.instagram.com/reel/Cz6Wt26uwP_
não sei se vc já ouviu falar de Triz, ela se dizia lésbica no passado e já apareceu no fantástico falando sobre não binariedade. hoje ela diz que só se relaciona com homens e que gênero neutro era modinha.
contexto:
https://globoplay.globo.com/v/6733060/
https://www.facebook.com/nicktfreitas/posts/pfbid02AgvmGPdRieYVC94R77dp7hXDGWPTbxmWwDBSkF5GuSso2kExz4jLvaStNoywzL4Ml
Não tinha visto! Mas eu fiquei meio confusa com esse caso.
Triz é a pessoa que aparece no Tik Tok que foi duetado pela Luna, isso? Mas os prints do Facebook ela parece ainda se dizer lésbica e pelo que eu vi tem ainda algumas falas meio transfóbicas e homofóbicas, além de que alguém ali disse que os pronomes dela não são ela/dela e que ela era uma pessoa não binária.
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varietasvertebrata · 7 months
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1. O que você entende por gênero?
2. Quando falamos em gênero quais os desafios para a educação/escola/professor(a)?
3. O que significa abordar gênero na escola?
Gênero e um conjunto de características que são construídas pela sociedade para identificar indivíduos dentro de padrões de comportamento relacionados com o sexo masculino e feminino. Desta forma, estes dois estão ligados diretamente as representações que se apresentam dentro da binariedade de homem e mulher. Ainda assim, dentro dessa dicotomia, muitas pessoas não se encaixam estritamente nos estereótipos que são conferidos a estes dois grupos. Por exemplo, alguns homens podem manifestar características tradicionalmente associadas a mulheres, como sensibilidade ou expressão emocional, e algumas mulheres podem apresentar características tidas como masculinas, como assertividade e ambição. Isso demonstra como os estereótipos de gênero são simplificações inadequadas que não refletem a complexidade das identidades de gênero.
Ainda assim, e possível notar que mesmo quando as pessoas não se encaixam na tradicional binariedade de gênero, a sociedade muitas vezes tenta enquadrá-las dentro de alguma categoria. 
Além disso, como mencionado no inicio, a própria noção de gênero está intrinsecamente ligada a estruturas padronizantes conferidas em conjunto do meio que existem, por exemplo, a partir de um viés capitalista papéis de gênero são frequentemente usados para justificar a divisão do trabalho, com tarefas tidas como “femininas” geralmente desvalorizadas. Outro exemplo, trabalhos de cuidado e educação, tradicionalmente são associados às mulheres e por conta disso são frequentemente sub-remunerados, evidenciando como este sistema se beneficia destas construções.
Portanto, abordar gênero na escola implica questionar essas estruturas e estereótipos, reconhecendo que as identidades de gênero são diversas e fluidas. Isso contribui para uma educação mais inclusiva e uma sociedade mais igualitária, que desafia as normas de gênero que beneficiam apenas uma parte da população, inclusive aqueles que não se encaixam na binariedade de gênero.
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esqrever · 9 months
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Este sábado há debate "A importância da visibilidade Lésbica" em Guimarães
"Importa que sejam as mulheres lésbicas a apropriarem-se da palavra, não só para lhe restituir o significado, mas também para ocuparem um lugar de fala e representatividade" Este sábado há debate "A importância da visibilidade Lésbica" em Guimarães
Este sábado, 19 de agosto, no Auditório da Fnac do Guimarãeshopping, realiza-se o debate “A importância da Visibilidade Lésbica” às 16h30. Diz a organização que, num mundo ainda resistente à plena integração e respeito por todas as pessoas, impõe-se procurar caminhos para uma sociedade mais inclusiva e igualitária. Assim, serve este debate para questionar a heteronormatividade e a binariedade…
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lizpassarinhos · 1 year
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Fiquei mto confort nesse pod
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saorikido9383 · 1 year
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Panxenogender Um xenogenero relacionado a fluidez,junção ou não binariedade,EXCLUSIVO PARA PESSOAS TRANS E NB
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laparosdivinos · 1 year
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Manifesto da Wicca Inclusiva de Ivonne Aburrow - Tradução por Sirius Cor Leonis - PARTE II
Manifesto da Wicca Inclusiva - Parte II (devido aos limites tumblr)
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Por Ivonne Aburrow (Tradução livre por Sirius Cor Leonis)
Um Manifesto:
Diversidade é importante na celebração, teologia e cosmologia. Nós não utilizamos a narrativa de uma deusa e um deus interagindo em diferentes pontos da Roda do Ano porque isso reforça o binarismo de gênero cisgênero e heterocêntrico. Nós exploramos diferentes aspectos das mitologias e folclores, incluindo a celebração de divindades queer. Por essa razão, a Wicca Inclusiva tende ao panteísmo (onde o divino inclui todos os gêneros e orientações sexuais) ou politeísmo (onde nós reconhecemos muitas divindades que têm diversas orientações sexuais e expressões de gênero). Nós também abraçamos deidades fora do heterossexual binário, incluindo deidades que formam pares do mesmo sexo. Nós acomodamos diferentes perspectivas teológicas, incluindo mas não se limitando ao animismo, ateísmo, panteísmo, politeísmo e duoteísmo. Wiccanos ateus também são incluídos na Wicca Inclusiva, permitindo a participação dos indivíduos que vêem as divindades como arquétipos e energias, contanto que estes possam trabalhar em conjunto com pessoas de diferentes perspectivas teológicas no círculo. Isso também se aplica a todos com diferentes perspectivas teológicas.
Identidade de gênero, expressão de gênero, sexo/gênero assumido no nascimento e características biológicas são coisas distintas. Com isso, nós queremos dizer que esses conceitos são notadamente diferentes, mas podem ser interpermeáveis e com fronteiras um pouco confusas. Gênero não é um spectrum. É mais como um gráfico de dispersão e não pode ser ordenadamente confinados em caixas e categorias. Expressões de gênero queer são criativas e lindas e nos liberta desses padrões cansativos de 'qualidades masculinas' e 'qualidades femininas'. A atribuição arbitrária de características como bravura, nutrição e cuidado ou criatividade a um único gênero ou a outro não deveria ser algo sacralizado e reificado, mas sim quebrado, desafiado e resistido. Muitos praticantes pagãos produzem visualizações e trabalhos que dependem de perpetuar a binariedade de gênero e desempoderando igualmente pessoas cisgêneros, transgêneros, não-bináries e generos-fluidos. Na Wicca Inclusiva nós pressionamos para além dessas barreiras e dessas atribuições arbitrárias uma vez que acreditamos que as deusas não precisam ser suaves e férteis e nem os deuses inflexíveis e violentos. De maneira similar, nós também reconhecemos e abraçamos a prevalência das pessoas intersexuais, que negam a ideia de que o sexo biológico é simplesmente uma questão de 'macho' e 'fêmea', tornando a atribuição de gênero algo um tanto arbitrário. A importância social atrelada pela 'cultura mainstream' ao sexo biológico e a forma como as crianças são socializadas de acordo com um gênero ou com o outro ao longo de suas vidas, traz a reflexão de que o paganismo deveria ajudar as pessoas a escapar dessas noções culturais embutidas em nós.
Há muitas formas de criar polaridade, uma vez que a mesma é simplesmente a tensão de opostos. Juntar os corpos masculino e feminino não é a única forma de criar polaridade. Um grupo de pessoas reunidas pode ser dividido em em diversas binariedades: pessoas matutinas e pessoas noturnas, amantes de cães e amantes de gatos, apreciadores de chá e apreciadores de café, signos de ar e signos de terra, signos de fogo e signos de água, pessoas que preferem salgados e pessoas que preferem doces, extrovertidos e introvertidos, e assim por diante. Cada um desses pares criam polaridades quando têm suas energias reunidas. Polaridade pode ser criada por duas ou mais pessoas de quaisquer gêneros ou orientações sexuais e também por duas ou mais pessoas de um mesmo gênero. E mais, polaridade existe num espectrum onde uma pessoa A pode ser ser yang em relação a uma pessoa B, mas ser yin em relação à uma pessoa C. Por exemplo, A pode ser mais extrovertido do que B, mas menos extrovertido do que C.
Energia pode ser gerada com ressonância. Ressonância é quando duas ou mais pessoas similares se reúnem e alinham suas energias uns com os outros para amplificar o sinal. Por exemplo, duas mulheres, dois extrovertidos, duas pessoas do mesmo signo astrológico, duas pessoas matutinas, dois amantes de gatos, e assim por diante.
Energia pode ser gerada com sinergia. Sinergia é onde as energias de todo o grupo convergem. Isso acontece em círculos o tempo todo, por exemplo, quando todos dançam em um círculo juntos ou quando todos os membros focam na mesma visualização ou intenção. Isso pode ocorrer com tudo, no lançamento do círculo, no chamado dos quadrantes, ao invocar uma deidade, etc. Cada um no grupo deve focar no que ocorre dentro do círculo ao invés de permitir que sua mente divague.
O conceito mágico de fertilidade não é estritamente biológico e se aplica à criatividade. A Wicca é frequentemente vista como uma religião da fertilidade, causando várias objeções à mesma por parte de várias perspectivas queer. Mas a Wicca Inclusiva mostra que a Wicca pode se mover para além da crença limitada de que fertilidade se refere somente ao ato de dar a luz a crianças. Mesmo quando fazendo magia de fertilidade, um corpo masculino e um corpo feminino não são necessários para produzir fertilidade mágica em um nível simbólico, como, por exemplo, quando estão abençoando uma plantação. Também não é de nada proveitosa a visão (introduzida por pessoas de fora da religião) de que o Paganismo é ou era uma religião da fertilidade. Isso torna a ideia de que o Paganismo é de todo uma religião da fertilidade profundamente suspeita. A ideia de que a Wicca é uma religião da Natureza é muito mais válida, uma vez que muito do reavivamento pagão tem sido sobre recuperar nossa conexão com a Natureza. Essas oportunidades para nos reconectarmos com a Natureza são tão diversas quanto as pessoas que são bem-vindas na Wicca Inclusiva.
Mulheres são muito mais do que a encarnação da fertilidade. Alguns Wiccanos são muito fervorosos na ênfase da fertilidade das mulheres e em sua habilidade de dar a luz e menstruar. Esse enfoque exclui pessoas trangêneras, não-bináries, agêneres e queergêneres. É ótimo celebrar o corpo, mas a Wicca Inclusiva nos desafia a nos certificarmos de celebrar todos os corpos, quer eles tenham gerado/gerem crianças ou não. A Wicca Inclusiva não reduz a mulher a ser não mais que uma partadora de útero.
Qualquer deidade de qualquer gênero pode ser invocada por um humano de qualquer gênero em um humano de qualquer gênero. A tendência Wiccana de somente fazer a invocação onde somente um homem invoca uma deusa em uma mulher ou somente uma mulher invoca um deus em um homem não é consistente com muitas outras formas de práticas ocultas. Em basicamente todos as outros sistemas mágicos, qualquer pessoa pode invocar qualquer deidade em outra pessoa. É saudável assegurar que qualquer indivíduo invoque diferentes tipos de arquétipos e energias e que não fique apenas invocando o mesmo tipo de deidade, o que poderia causar algum desequilíbrio psicológico pela ênfase excessiva em um arquétipo particular.
Os papeis rituais não são designados de acordo com o gênero. Qualquer um pode limpar a área ritual e lançar o círculo; qualquer um pode invocar os quadrantes; qualquer um pode consagrar os bolos e os vinhos. Não há a necessidade de que homens e mulheres se alternem em posições no círculo. Homens podem beijar homens e mulheres podem beijar mulheres. Consagrar e purificar um ao outro no círculo pode ser feito de qualquer gênero para qualquer gênero, o que inclui masculino, feminino, queergênero, não-binárie, agênere, genero fluido, metagênero, postgender e todos os outros gêneros. O gênero de uma pessoa não dita suas habilidades de performar papeis específicos ou de executar um trabalho específico.
Continua na parte III
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