Tumgik
#dicas lgbt
laparosdivinos · 1 year
Text
Lampião da Esquina - Documentário
Documentário Lampião da Esquina (2016)
Tumblr media
Antes de tudo, saibamos reconhecer que um futuro alado só pode advir de um passado estudado.
Com isso e mente, apresento o tema com as palavras de Lima (2001), que afirma que O Lampião da Esquina “pode ser considerado o primeiro veículo de comunicação de massa voltada diretamente para a discussão franca e aberta dos direitos das minorias (negros, índios, mulheres) e, principalmente, da homossexualidade” no Brasil.
O documentário traz a história do jornal e de como foi publicá-lo em pleno período da ditadura através de entrevistas e relatos de diversos nomes de peso tanto dentro da comunidade LGBT quanto da cultura brasileira na totalidade, contando com grandes nomes como Leci Brandão, Ney Matogrosso, Laerte, Agnaldo Silva e muitos outros.
Embora a história em si já seja suficientemente instigante, é nas entrelinhas das histórias, nas falas e nos detalhes que os maiores tesouros se escondem. Um documentário para se ver bem atento até mesmo às diversas divergências e convergências de ideias dos entrevistados. Quais eram as reais relações dos movimentos das minorias com os movimentos de esquerda e com a ditadura da época? Por que a palavra “lésbica” era substituída por “feminista” nas publicações midiáticas? Qual foi a influência dos jornais undergrounds norte-americanos na criação do Lampião? Como era a relação do jornal com a militância e suas pautas? Por que acabou? Qual é o papel que a mídia teve (e tem) na construção da imagética do homossexual? Por que os filmes gays parecem carecer tanto de uma ótica gay? Como a AIDS impactou o movimento? Como as diferentes minorias se aliaram e discordavam nas pautas do jornal? Como escolha da linguagem impactou nos feitos do jornal? Como esses pioneiros veem o movimento LGBT atual (2016)?
Essas e muitas outras perguntas são provocadas e trabalhadas de muitas formas nesse incrível documentário. Sem trato de palavras, sem higienização. Muitas vezes só causos contados, noutros só desabafos e opiniões. Pode concordar ou discordar (total ou parcialmente) do que é apresentado, como eu mesmo fiz muito ao longo do estudo. Só não pode mesmo é deixar de ver.
De qualquer forma, fica a indicação dessa obra que deveria ser obrigatória para qualquer LGBTQ+ Brasileiro que queira minimamente entender sua história (e pensar no seu futuro). Há sempre muito mais por trás das coisas do que o atual mundo das ilusões capitalizadas nos diz.
FONTE: LIMA, Marcus Antônio Assis. Breve Histórico da imprensa homossexual no Brasil. Biblioteca On-line de Ciências da Informação, 2001.
Link para o ducumentário no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=ZsyTMvs6S8I&t=367s&ab_channel=NiltonMilanez
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Sirius Cor Leonis
2 notes · View notes
beu-ytr · 4 months
Text
Resenha de "Primeiro eu tive que morrer" de Lorena Portela
*alguns spoilers, editado
Primeiro eu tive que morrer é um romance contemporâneo cheio de graça, conta a história de uma jovem publicitária que, pra se afastar dos problemas relacionados ao trabalho (na verdade, o excesso dele) viaja para Jericoacoara, no Ceará, pra relaxar a cabeça.
Esse livro tem um quê de verão, que bateu certinho com o lugar que eu sem querer escolhi pra ler ele, a praia
Ler ele na praia movimentada de Jauá enquanto lia as descrições feitas pela autora realmente foi uma experiência formidável kkkkkk me senti meio que na história sabe
E falando em história, até que eu curti um pouquinho. A primeira metade do livro tem uma pegada bem filmezinho mesmo, bem soft. Inclusive acho que esse enredo daria um bom filme coming of age sabe?
Os personagens, embora não muito bem construídos em questão de personalidade e etc (a autora simplesmente os descreve com um monte de adjetivos bons e só) são muito simpáticos a um nível que chega a ser suspeito
Digo isso porque, ao meu ver, na história só quem não bate bem da cabeça é a própria protagonista, porque todos ao redor dela são praticamente perfeitos
Todos com sorriso no rosto 24hrs por dia e todos muito camaradeiros independente de qualquer circunstância. Eu sinceramente comecei a suspeitar disso a um certo ponto mas não tinha nada de errado, ele só eram incrivelmente legais mesmo
Enfim voltando a parte importante, o climáx do livro. Que rola faltando uns dois ou três capítulos pra acabar, foi um pouco repentino e tenso e um pouco confuso também.
Algumas coisas acho que passaram pela minha cabeça e eu não entendi direito sei lá, vou ler denovo depois
A respeito do desfecho, acho que ficou meio acelerado sei lá, quando terminou eu fiquei an? Já acabou? e a febre? e o coisa? An?
Acho que o final não faz justiça a profundidade que o livro se propôs a criar, ficou muito batido e clichê não gostei muito
Vi também no Scoob alguns comentários a respeito dos diálogos, vi gente dizendo que eram irreais e meio, desculpe o linguajar, cringe
E devo admitir que pensei isso também, especialmente na carta que a protagonista escreveu se desculpando pra Gloria no final, achei pá mas também não chegou a me incomodar
Na verdade esse livro não é um livro, é um estado mental, literalmente. Pra curtir ele, tem que se imergir nele, esquecer o resto apagar as inibições e ir
Até porque a mensagem que ele passa (que pra mim é o mais importante) é muito inspiradora, e muito bonita também. E ler ele hoje melhorou muitíssimo meu humor então esse detalhe dos diálogos toscos não me incomodou muito não mas eu entendo o porquê dele ter incomodado algumas pessoas
Enfim, esse livro é uma gracinha mesmo, como eu disse ele é fácil de ler, uma escrita simples que tenta ser um pouco filosófica mas ainda sim simples, espaço moderno, citações de músicas (citou Florence + The Machine e eu amei isso), um monólogo bem foda no final e de quebra um romance ligeiro, meio confuso mas mesmo assim cativante
Esse livro é o tipo exato de livro que se lê em viagens, seja de carro avião sei lá. É curtinho, praiano, profundo até certo ponto e bem estruturado digamos assim
Ótimo romance, ótima autora, quem diacho é Amália?, ótimo casal, ótimo Ceará, quero visitar agora
Obrigado pela atenção e até a próxima ;)
6 notes · View notes
Text
Dicas para pessoas trans saírem do armário
Ebaaaa! PRIMEIRO POST DE 2023! Espero que seja um ótimo ano pra esse blog aqui, mas quero continuar a saga das dicas pras pessoas trans que estão me lendo, pois posso estar ajudando alguém. Então vamos lá: DICAS PARA SAIR DO ARMÁRIO SENDO TRANS!
Antes de tudo, não se sinta pressionade para sair do armário. Todo mundo tem seu tempo, pode ser angustiante ver amigues da sua idade saindo do armário agora, mas não surta. Eu, por exemplo, vivo feliz e contente sendo assumido para amigos, mas não para a família.
Veja o que sua família pensa sobre pessoas trans. ESSA É A PARTE MAIS NECESSÁRIA! Tem pessoas que não fazem isso e acabam sofrendo depois de sair do armário, podendo ser vítimas de agressões físicas e/ou verbais e até sendo expulsas de casa ou sendo submetidas a """"cura trans"""". Tente ver a reação deles ao assistir alguma matéria no jornal sobre pessoas trans, se falarem algo bom, pode prosseguir normalmente, se não, REPENSE SERIAMENTE SOBRE SEU PLANO, você foi avisade!
Construa uma base de apoio. Se quiser, saia do armário aos poucos para seus amigos ou outros familiares, assim, você terá bastante apoio.
Pense em como vai sair do armário: vai ser cara a cara? Vai escrever uma carta? Ou mandará por mensagem? Reflita sobre as diversas maneiras, se você achar que vai ficar muito nervose, tente algo digital ou manuscrito. Se quiser, pesquise sobre algumas maneiras na internet, assim, você escolherá a melhor estratégia para se assumir.
Explique sobre o que é ser trans ou não binárie. Pode parecer confuso agora, mas te garanto que será melhor. Há muitos anos atrás, não se falava de pessoas transgênero, e nem não binárias, então muito provavelmente seus pais (ou sua família) não entenderão de primeira. Isso é extremamente necessário, principalmente se você for parte da comunidade não binária.
Depois disso, fale sobre os pronomes e nome social. Sua família não conseguirá te chamar pelos pronomes corretos em 100% do tempo, isso é um fato, é questão de costume. Em relação ao nome social, se você ainda não escolher um, sua família pode ajudar muito, pois ajudarão a escolher um nome que eles sentem que combine com você.
Saiba que nem sempre todo mundo irá aceitar. É bem triste falar isso, mas mesmo algumas pessoas não tendo uma reação negativa, poderão se afastar de você.
Enfim, feliz 2023 pra todes vocês! Vai sair mais dicas nos próximos posts!
3 notes · View notes
conatus · 1 year
Text
Traumas do passado se entranham em um relacionamento que tenta se solidificar em "Cicada"
Traumas do passado se entranham em um relacionamento que tenta se solidificar em “Cicada”
Ben é um jovem bissexual que em meio a uma fase hedonista, conhece e desenvolve um relacionamento intenso com Sam, um homem de cor que luta com feridas e traumas da sua vivência enquanto negro e gay. À medida que o verão avança e a intimidade do casal aumenta, o passado de ambos os personagens retorna. A sensação ao assistir a “Cicada” é de que ele quer lidar com muitos problemas. Aqui…
Tumblr media
View On WordPress
3 notes · View notes
jaywritesrps · 2 years
Text
Tumblr media
2 notes · View notes
amigosdecena · 1 month
Text
GRINDR: COMO EXCLUIR SUA CONTA
Para excluir sua conta do Grindr, você pode seguir estes passos: NO APLICATIVO GRINDR: Abra o aplicativo Grindr e toque no seu perfil. Toque no ícone de configurações (⚙️) no canto superior esquerdo. Role para baixo e toque em “Desativar”. Selecione “Eliminar Conta”. Toque em um motivo para excluir sua conta (opcional). Envie um comentário breve (opcional). Toque em “Eliminar Conta” para…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
Tumblr media
Pra quem tá de #férias dos estudos, recomendo ler meu romance gay chamado THEUS: Do fogo à busca de si mesmo aqui amzn.to/3NZxDQB Ele é gratuito pra quem tem Kindle Unlimited. Meus outros livros (alguns LGBTs e outros premiados) no link da minha bio! #livro #livros #dica
1 note · View note
inflaveisboreal · 11 months
Video
youtube
Decoração e iluminação para festas, eventos, djs. Vários modelos de tema...
Decoração e iluminação para festas, eventos e djs. A decoração é um dos elementos mais importantes de qualquer festa ou evento. Uma boa decoração pode transformar qualquer espaço em um ambiente aconchegante e acolhedor. A iluminação também é fundamental para criar uma atmosfera especial e tornar a festa ainda mais inesquecível. Trabalhamos com Mercado Livre, Shopee, Mercado Shops e via WhatsApp. Enviamos via Correios! Temos desconto para compras direto com o vendedor pelo WhatsApp (34) 99882-2293! 
 Conheça nossa linha de produtos: 
✅ Nosso WhatsApp: (34) 99882-2293 
✅ Link para nossa loja no Mercado Livre: https://bit.ly/2REcEnP 
✅ Link para nossa loja na Shopee: https://bit.ly/3vtH4PU 
 ✅ Inscreva-se em nosso canal no Youtube: https://tinyurl.com/2zjjbnv4
0 notes
peedenn · 1 year
Text
Tumblr media
Nathaniel
Parte 3:
Thomas entra em meu quarto enquanto eu estou deitado em minha cama lendo um livro. Abaixo o livro e o deixo em cima de meu corpo. O encaro. Ele está todo arrumado e cheiroso também.
– Vou me encontrar com a Bianca. Você quer ir? – pergunta sem tirar a mão da maçaneta.
– Daqui a pouco eu vou me encontrar com a Nina. Contudo, obrigado pelo convite! – sorri.
– Vamos sair para jantar hoje? – percebi que ele estava meio desanimado – precisamos conversar.
– Ok! – assenti – Você passa no parque para me buscar?
– Sim! – assentiu – Até mais.
– Divirta-se! – digo e ele fecha a porta.
Fico encarando a porta após ele ter fechado. O que deixou o Thomas desanimado desse jeito? Depois de tanto pensar, cheguei à conclusão que com certeza o pai tem o dedo podre dele envolvido nisso. Como já disse antes, ninguém mais tem poder sobre o Thomas a não ser ele.
O alarme do meu celular avisa que já está na hora de eu ir encontrar a Nina. Quanto tempo eu perdi pensando?
Pego o meu celular, a carteira, o casaco e desço. Ninguém estava em casa como de costume, então não precisei falar com ninguém na hora de sair. Pego minha bicicleta na garagem e vou pedalando até o parque.
Nina tinha marcado perto do Chafariz que é no meio do parque. Prendo a bicicleta e vou andando até ele. Ela já está sentada me esperando enquanto mexe no celular. Continuo me aproximando e ela me vê. Abre um sorriso e levanta.
– Vamos caminhar? – pergunta logo após me soltar do abraço.
– Sim.
O dia de hoje está horrível para algumas pessoas, não para mim. Está meio nublado e frio. Um ótimo dia para sair de casa e dar uma caminhada no parque.
O parque estava cheio, pois varias pessoas aproveitaram esse clima para sair com os filhos, pois geralmente aqui fica muito mais frio que isso. As crianças não paravam de correr de um lado para o outro; muitos estavam fazendo piquenique; alguns adolescentes estavam jogando bola, entre outras coisas. Nina não parava de olhar para todos os lados. Ela gosta disso, das pessoas vivendo. Ela pegou o celular e começou a tirar fotos. Eu não entendia esse interesse dela de tirar foto de estranhos. E não demorou muito para eu entender. Eles estão vivendo. Tem paisagem melhor que essa? Fotografar um sorriso genuíno de alguém; um olhar de amor e afeto. A Nina é muito boa nisso.
– Porque você tira com o celular e não com uma câmera profissional? – perguntei.
– Eu implorei muito para a minha mãe me dar esse iPhone - ela responde tirando fotos - se eu peço uma câmera profissional, ela taca esse celular na minha cabeça – ela ri.
– Eu nunca insisti por nada. – parei para pensar se é um fato verídico ou não. – Eu acho que o pai me dá as coisas para eu não ficar insistindo e ele não se estressar.
– Sorte sua. Eu tenho que insistir e muito! – me encarou
Nina terminou de tirar as fotos e continuamos andando. Mais a frente eu vi um caminhão de sorvete e por mais que esteja frio, eu compro dois. Viro–me para entregar o sorvete para ela e na minha mira vejo uma mãe brincando com o seu filho que aparenta ter uns seis anos de idade. Sempre que eu vejo uma criança brincando com a mãe, eu fico imaginando como seria eu brincando com a minha mãe. Como seria sair com a minha mãe e o pai. Como era o pai antes dela morrer? Será que ele me amaria da mesma forma que ela me amaria?
O Thomas sempre foi a minha figura paterna. Mas eu não acho que seja a mesma coisa, por mais que ele tenha me dado tudo que ele pôde, não é a mesma coisa.
– Como é ter uma mãe? – eu pergunto aleatoriamente.
– Como assim? - ela franziu a testa.
– Minha mãe morreu quando eu nasci. Eu nunca tive mãe. Por isso a pergunta – ela me encara de uma forma estranha. Acho que está com medo de me deixar emotivo ou algo assim.
– Ahn, verdade! – ele entorta a cabeça – é normal.
– Normal como?
– É difícil de explicar, Tiel – ela murmurou – é como...
– O que ele tá fazendo aqui? – interrompo–a.
– Quem?
– O Yuri! – ela o procura – será que é perseguição?
– Aqui é um lugar publico, muita gente vem aqui passar o dia.
– Eu estou apenas brincando – a encarei – por que você está defendendo ele? – serrei os olhos.
– Não sei. Nem eu me entendi agora. – balançou a cabeça confusa.
Ele está andando em nossa direção de mãos dadas com a Camile. E a Nina está certa. Aqui é um lugar que muita gente vem com frequência, porém, me encontrar com ele de novo é estranho, só faz eu me lembrar daquela conversa que também foi estranha. Ele passa por nós e me encara. Não tinha certeza se a Nina também estava encarando–o, pois eu estava o acompanhando.
Geralmente quando a pessoa nos olha, conseguimos ver o que ela está sentindo apenas com o olhar. Olhando para os olhos do Yuri eu não senti nada. Ou ele sabe disfarçar muito bem ou não estava sentindo nada de verdade.
– Estranho! – Nina exclamou.
– O quê?
– O jeito que ele te encarou. – ela lambeu o sorvete – Não faço a mínima ideia do que ele estava pensando.
– Não é?! – dei de ombros – vamos seguir em frente? – perguntei querendo acabar com o assunto antes que ele começasse.
– Vamos. Quero ir à lagoa – ela disse animada – ver se os patos estão lá e tirar foto deles.
– Então vamos! – disse animado.
Havia pouquíssimos patos na lagoa, o que deixou a Nina desapontada. Ela ficou fazendo drama e eu fiquei rindo enquanto ela tentava manter a calma. Depois de tirar foto dos patos, vimos que já estava ficando tarde e tínhamos que voltar para casa. Eu e Nina fomos caminhando até onde eu havia deixado a minha bicicleta e chegando lá, eu parei um taxi, para que ela fosse pra casa em segurança. Paguei a corrida antes mesmo de saber o valor final e disse que o troco era do motorista. Assim que ele partiu mandei mensagem para o Thomas e ele respondeu que estava a caminho.
Quando chegou, colocamos a bicicleta no suporte e entramos no carro.
– Como foi seu dia? – perguntou.
– Legal. Nada demais – dei de ombros – e o seu? Como a Bianca está?
– Está bem. Ela perguntou de você – responde em um tom seco. Na verdade, ele está assim desde cedo – e te mandou um beijo.
– Hm!
O que está acontecendo conosco? Desde quando começamos a ter esse tipo de diálogo raso que não acrescenta em nada em nossas vidas? Após isso ficamos em silêncio o caminho inteiro e não havia nenhum barulho para acabar com esse silêncio ensurdecedor. O que deveria durar vinte minutos pareceu durar três horas. Eu espero que isso nunca aconteça novamente, pois foi angustiador estar sentado ao lado do meu irmão e sentir um leve desconforto com ele ali.
Chegamos ao restaurante e já estamos sendo recepcionados aos nossos assentos.
– Thomas Pacaut! – alguém falou e eu reconheço a voz.
Viramos os dois juntos e era o Phillip Holden, pai do Gustavo. Os dois estão aqui.
Por mais que o pai e o Phillip sejam bons amigos e trabalhem juntos – o Phillip trabalha para o pai – nós não temos nenhuma conexão com ele e nem mesmo com a família. Nunca disse nada mais do que um "Oi!" para o Gustavo e mal o vejo, a não ser na escola.
– Como você está? – Phillip perguntou levantando da mesa e apertou a mão do Thomas – Como vocês dois estão?
– Estamos bem! – Thomas respondeu por nós dois e soltou a mão dele.
– Eu soube da novidade! – ele sorriu – finalmente você aceitou trabalhar com o seu pai – encarei o Thomas – já estava ficando feio para ele. Como um homem importante e milionário deixa o seu filho trabalhar em um supermercado recebendo trocados por semana? – terminou.
– Do mesmo jeito que vocês nos colocam pra estudar em uma escola pública – disse Gustavo abrindo a boca pela primeira vez desde que chegamos aqui.
�� O que você falou? – Phillip pergunta em um tom ameaçador.
– Nada! – respondeu baixo e olhando para baixo.
– Vai ser um prazer trabalhar com vocês! – diz Thomas sem animação alguma – agora, nos dê licença.
– Tenham uma ótima noite! – disse e eu apenas sorri.
Viramos e fomos nos sentar em nossa mesa que não é tão longe da deles. Fiquei encarando o Thomas o tempo todo, ao ponto de ficar desconfortável por fazer isso. Como assim ele aceitou trabalhar com o pai?
– Eu sei que você deve estar surpreso...
– Você acha? – perguntei interrompendo – Você não pode deixar ele mandar na sua vida. Não sei o que ele fez pra você aceitar, mas...
– Ou eu aceitava trabalhar com ele ou você iria para um internato fora do país – me interrompeu e eu engoli seco.
– Já sabem o que vão pedir? – um garçom quebrou o gelo.
– Nos dê mais um tempo, por favor! – ele assentiu e saiu.
– Thomas, eu não posso deixar que você faça isso por minha causa.
– Está tudo bem! – mentiu – Nós não podemos fazer nada a respeito.
– Podemos sim. – me encarou – Se você quiser, eu vou. Vai ser pouco tempo mesmo. Não posso deixar você tomar essa decisão sozinho.
– Já está tomada, Tiel. Apenas esqueça.
Pegou o cardápio e começou analisa-lo enquanto eu ainda o encarava.
Eu sei que ele está nesse mau humor por conta dessa situação, mas há formas de resolver. O problema é que ele não quer resolver, apenas fazer do jeito dele. E no final, ele fica infeliz e eu me sinto culpado. Como isso pode ser um final feliz?
- Peedenn
1 note · View note
kikoeluademel · 8 months
Text
Continuação pt 2
SÃO FRANCISCO
Ficámos um total de 5 dias na Golden City, San Fran, the City by the Bay, Frisco, the Paris of the West, com todas as alcunhas ao nível desta cidade bem cool.
E não só cool da vibe que transmite mas também das temperaturas, que são bastante chilly, sobretudo depois dos desertos, com um nevoeiro quase constante, tão habitual que os são franciscanos o apelidaram de Karl, the fog.
São Francisco é de facto especial, com a icónica Golden Gate Bridge (que só conseguimos ver em 2 dos 5 dias quando o Karl deu tréguas), os típicos elétricos, as casas vitorianas coloridas, as ruas com inclinação +++ (de causar síndrome de atrito do tensor da fáscia lata a qualquer um que se atreva a subi-las - momento nerd, desculpa Pe), a famosa rua aos S Lombard Street, a baía com vista para Alcatraz, a Chinatown, a Japantown, o Mission District com a prevalente comunidade hispânica e os seus fantásticos murais, o Haight com as influências hippies dos anos 60, as ruas de Castro por onde se marcharam pelos direitos civis da comunidade LGBT e o melhor de tudo, uma forte adoração pela gastronomia e dedicação à arte da restauração, aspecto ainda não encontrado em nenhum outro sítio durante a viagem.
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Adorámos mesmo esta cidade eclética e gostámos muito da comidinha, o famoso clam showder e as comidas asiáticas que comemos no bairro de Japantown onde estávamos hospedados no belíssimo hotel Majestic.
Tumblr media
O nosso quarto, só tenho pena de não ter tirado fotografia a banheira de pés da nossa casa-de-banho majestosa.
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Exemplos do Kiko contente por estarmos a comer bem em San Fran.
De destacar em São Francisco:
Fomos ver a restauração em 4k do icónico filme "Thelma & Louise" no não tão menos icónico cinema Castro Theatre. Foi uma experiência deliciosa ver numa sala tão bonita como aquela e repleta de cinéfilos que reagiam entusiasticamente a todas as piadas e cenas épicas do filme.
Tumblr media Tumblr media
Fomos visitar a célebre prisão na ilha Alcatraz e foi muito interessante ouvir relatado pelos próprios prisioneiros e pelos guardas da altura como era a vida naquela prisão de alta segurança. O the Rock, como lhe chamavam, para onde eram enviados os mais terríveis criminosos, incluindo os que já tinham feito tentativas de fuga noutras prisões. A experiência incluí entrar dentro das minúsculas celas individuais e ainda mais aterrorizador nas celas da solitária, onde eram mantidos às escuras por dias, semanas e meses os que desobedeciam às regras da prisão. Ficámos também a saber das histórias das tentativas de fuga daquela que era considerada a prisão impossível de fugir, apenas 3 de 27 bem sucedidas, embora o paradeiro desses 3 nunca tenha sido descoberto e seja presumido que morreram afogados no barco que construíram com casacos de chuva que roubaram da lavandaria (fica a dica para verem o filme Escape from Alcatraz que conta a história destes 3 malandros que ficaram para a história que foram os únicos que conseguiram, sem ser detectados, chegar pelo menos às águas gélidas que circundam a ilha e de como executaram a brilhante fuga).
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Mudança de planos, aqui no blog e na viagem.
Tínhamos inicialmente planeado visitar a ilha de Maui, no Hawaii, a seguir a São Francisco, plano que decidimos abortar pelos terríveis wildfires da região de Lahaina.
Decidimos então alugar um carro e nos 5 dias em que lá estaríamos descemos a costa de São Francisco até LA, onde passamos por Santa Cruz, Monterey, Carmel-by-the-Sea, fizemos o Big Sur, ficamos em Santa Barbara e terminámos em Malibu e Venice Beach, novamente - trajecto que vos ia contar já hoje mas entretanto o homem já acordou e está na altura de ir visitar Oahu.
Fica aqui prometido então às 4 pessoas que estão a ler isto que voltarei para vos falar deste trecho da viagem e das duas semanas nas duas ilhas paradisíacas do Hawaii.
Obrigada por estarem desse lado,
os quase-casados-há 1 mês,
Lu e Kiko
7 notes · View notes
nicknewage · 1 year
Photo
Tumblr media
❤️🏳️‍🌈🏳️‍⚧️❤️ Se uma é boa, imagina duas 😂😝 . Quer aprender a fazer edições como essa? Me segue no meu perfil de produção audiovisual, lá tem muitas dicas de como crescer na internet e outras coisinhas, vou deixar marcado na foto. . Foto feita pela agência Mahi models, claro com uma edição extra minha rs. . . . . #montacao #nickswaelen #nicknewage #teen #cabelocolorido #cabelorosa #lgbt #drag #nicolynewage #girl #vermelho #sexy #model (em Rio de Janeiro, Rio de Janeiro) https://www.instagram.com/p/CRoqdzEDxV3/?igshid=NGJjMDIxMWI=
2 notes · View notes
laparosdivinos · 1 year
Text
Ben Platt - Dicas Gays - Músicos/Músicas/ Artistas/Compositores/Cantores Abertamente Gays #2
Tumblr media
Já de início vou deixar aqui as minhas músicas favoritas dele:
- Grow As We Go
- Chasing You
-Temporary Love
- So Will I
- Older [Clipe Gay]
- Ease My Mind [Clipe Gay]
- Bad Habit
- Rain
-Imagine (Acoustic - Oficial Áudio)
- Imagine
- Come Back
- Dark Times
- I Wanna Love You But I Don't
- Dance With You
- Carefully.
Para quem gosta de poesias e letras bem escritas, as músicas desse homem são um prato cheio! Sem contar que essas MUITO são gostosas de ouvir. Eu costumo gostar mais de coisas bem melódicas com uma boa voz trabalhada e letra significativa. Músicas como "Grow as we go" e "So Will I" são fantásticas em suas letras, poesias e ensinamentos. Honestamente, quando achamos esse cara no YouTube, eu e meu marido ficamos extasiados. Músicas gostosíssimas para ouvir juntinho (Grow), dançar (Chasing), e refletir (So Will I). Algumas têm uma pegada sonora mais antiga (meio década de 80 e 90), outras têm aquele toque Folk ou Indie, outras Piano-Vox, etc.
Vale muito que vocês pesquisem sobre ele, mas principalmente que escutem e divulguem suas músicas. Ben Platt é um dos mais famosos (como o Vincint). Já foi parte do elenco de Dear Evan Hansen, fez filmes diversos e participou de exemplos importantes. Outros que eu indicarei aqui não têm quase nenhum prestígio e realmente precisam de um auxílio e engajamento da comunidade.
Vamos ouvir pessoas como nós que cantam a nossa realidade? Vamos ampliar a visão do que é normalmente tido como "música gay/queer/LGBT"? O quanto dessas músicas ditas "representativas" realmente nos representa? Quantas foram realmente feitas por pessoas que nos entendem? Quantas realmente cantam sobre nós? Antigamente não tínhamos muitas opções, pois não tínhamos acesso a essas pessoas. Hoje não temos desculpas. A busca por conteúdos (de qualquer tipo) deve ser mais ativa. Por que ficar só absorvendo os enlatados que são jogados em nós? Por que ficar sendo mero suporte de pretensos aliados sem nunca tomar o protagonismo? Por que ser tão louco por 1000 divas pop e nunca apoiar ou ouvir sequer um artista realmente como você? Por que não ouvir quem te representa com protagonismo e não como mero adendo ou fonte de pink money? Escutem divas, escutem enlatados também (eu mesmo escuto muitos), mas não deixem seus semelhantes de lado. Certamente não existe só o Pop. Certamente não existem só divas. Certamente nem todas as músicas de amor são só sobre o amor hétero. Certamente nem tudo é enlatado para pegar nosso suado pink money .
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Sirius Cor Leonis
3 notes · View notes
brasilsa · 1 year
Text
Tumblr media
boitempo 
35 ANOS SEM JAMES BALDWIN ⠀⠀⠀ Há 35 morria James Arthur Baldwin. Afiado crítico social afro-americano, romancista, ensaísta, dramaturgo e poeta, foi um dos mais importantes nomes da literatura americana do século XX, com obras como “O quarto de Giovanni” e “Se a rua Beale falasse”. Entre seus principais temas estão a luta racial e as questões de sexualidade e identidade. ⠀⠀⠀ 📚 Dicas de leitura ◢ O SENTIDO DA LIBERDADE e outros diálogos difíceis, de Angela Davis ◢ MULHERES, RAÇA E CLASSE, de Angela Davis ◢ A NOVA SEGREGAÇÃO: racismo e encarceramento em massa, de Michelle Alexander ◢ HISTÓRIA DA ESCRAVIDÃO, de Olivier Pétré-Grenouilleau ◢ MARGEM ESQUERDA 27, com dossiê “Marxismo e a questão racial”, coordenado por Silvio Almeida ◢ MARGEM ESQUERDA 33, com dossiê “Marxismo e lutas LGBT", coordenado por Lucas Bulgarelli ☛☛☛ Link da nossa loja na bio! ⠀⠀⠀ #JamesBaldwin#Boitempo
3 notes · View notes
Text
Botton de pronomes
Eu sinceramente odeio quando as pessoas erram os pronomes comigo (é ELE/DELE gente!). Então tentei fazer algo para me ajudar nessa tarefa, ao invés de ficar corrigindo milhares de vezes as pessoas que erram meus pronomes.
Tumblr media
Eu fiz um botton com as cores da bandeira trans e o pronome "ELE" para colocar na minha touca, e acho que se você, pessoa trans, poder fazer o mesmo, seria incrível! Afinal, nós precisamos de respeito, né?
5 notes · View notes
conatus · 1 year
Text
"Beach Rats" mostra uma agressividade como ferramenta de defesa
“Beach Rats” mostra uma agressividade como ferramenta de defesa
Frankie é um adolescente sem rumo do Brooklyn que luta para escapar de sua vida doméstica desoladora e navega em questões de auto identidade, enquanto equilibra seu tempo entre seus amigos delinquentes, uma nova namorada e homens mais velhos que ele conhece online. Neste filme de Eliza Hittman, a diretora não quer impressionar seu público com um roteiro mirabolante e inventivo, e sim mostrar…
Tumblr media
View On WordPress
2 notes · View notes
mariathemad · 2 years
Text
/quinze de outubro, vinte e três horas
Sinto que só escrevo tudo que me faz triste, ou ansiosa, ou os dois. Não lembro de escrever nada feliz nunca em toda a minha vida, e não lembro de ter vontade de escrever qualquer outro sentimento também - a necessidade só surge da minha incapacidade de expressar o que sinto nas mais diversas situações cotidianas.
Então, um ponto positivo de ficar muito tempo em um só lugar, sem poder fugir: começar a sentir sentimentos normais, de gente normal - inveja, decepção etc. Somado à ansiedade de base, é claro (sempre tudo é somado à ansiedade). E hoje, quando entrei para relatar outro semestre de merda da minha vida, junto da quantidade gigantesca de atrocidades que me ocorreram nos últimos meses, percebi o seguinte: pelo menos estou sofrendo como uma pessoa normal, e não de um jeito particular só meu. Será esse o fim da adolescência (eu, que já não sou adolescente tem alguns anos).
No último almoço que participei com toda a família, no início de setembro, lembro de estar uma bomba hormonal (pausa no anti), bem no dia que eu choro por qualquer coisa (um pássaro voando, meu vô assistindo futebol, minha priminha me reconhecendo, uma formiga morrendo etc.), enquanto eu lavava a louça do almoço, as mulheres e meu primo falando sobre como eles tinham amigos que votam no biroliro. E eu falando que não sabia como eles podiam ser amigos daquelas pessoas. E eles me dizendo que só tinha votante de biroliro naquele lugar, e que se não fossem amigos deles, não teriam nenhum amigo. E eu pensando “e ainda ficavam chocados quando eu dizia que precisava sair daqui”. Nota: nenhum deles sabe, com certeza, que não sou heterossexual, porque simplesmente decidi não sair do armário - apesar de eu não ser nada discreta defendendo políticas LGBT, nunca mais falando com homofóbicos declarados e inclusive desejando atrocidades em voz alta, nunca tendo trazido um namorado pra casa entre outras coisas menores (meus pais quase 100% de certeza já sacaram. Mas se eles esperam uma grande revelação, eu vou ficar devendo). E aí eles falaram sobre como essas coisas vem com a maturidade. E meu primo disse “que bom que a gente faz terapia”. E daí eu pensei “precisa fazer mais terapia ainda pra acabar com esse complexo de deus”, mas só comecei a chorar, porque estava com ódio e completamente dopada de hormônios. 
E acho que no fim é isso - o fim da adolescência é sentir esses sentimentos normais de desgosto adulto pela outras pessoas ao mesmo tempo que a gente percebe que nossa família não é tão massa assim, e que na verdade todo mundo ta esperando que você mude suficiente para agradar os seus próprios gostos.
Então, pra todo mundo que quer que eu seja mais sociável. Que quer que eu goste de abraços, ou de beijos na bochecha pra cumprimentos, que quer que eu faça determinada coisa com a minha vida no futuro, que quer que eu vá longe, mas não longe demais, fica aqui a dica: eu não tenho absolutamente nenhum interesse em mudar. E agora que percebo que claramente vocês querem que eu me molde a esses sentimentos não-adolescentes de sofrimento social constante pra agradar todo mundo da melhor maneira possível, vou fazer praticamente de tudo para me tornar pior ainda.
3 notes · View notes