Venho cometendo o erro de, ao ter um objetivo nos estudos ou em projetos, olhar o todo em vez de dividi-lo em pequenos passos para poder agir e completar. Não fazer isso tornou as coisas mais difíceis e desmotivantes, pois parecia grande demais para mim e eu me sentia incapaz de realizá-las. Essa descoberta sempre esteve diante dos meus olhos, mas nunca consegui enxergar que isso não era um problema, apenas uma individualidade que pode ser facilmente lidada. Dividir algo grande em partes menores e ficar feliz por cada passo feito é essencial, afinal pequenos passos nos levam longe.
Existem dias em que você está tão distraído que faz muita besteira. As pessoas ficam irritadas com você, mas você não está nem aí para nada, pois está apenas tentando sobreviver mais um dia e isso é um fardo.
Quando eu era criança, fui assediada por um senhor mais velho. Isso me fez sentir muito mal e eu tentei apagar isso da minha mente. Quando fiquei mais velha, lembrei-me disso e isso doeu muito, mas com o tempo consegui perdoar a pessoa que fez isso comigo. Não foi porque ela merecia, mas foi necessário para eu curar. Embora o que aconteceu comigo não me incomode mais, percebi que isso afetou muito minha relação com outras pessoas. Nunca confio totalmente em ninguém, sempre analiso as pessoas e espero o pior delas. Por causa disso, nunca fico magoada ou desapontada, sempre esperando o mal dos outros, tanto homens quanto mulheres, especialmente pessoas mais velhas. É automático para mim que meu corpo e mente estejam em alerta. Isso é um reflexo do que passei e, por mais que você perdoe, nunca mais será o mesmo.
Quando aquela comida que você amava parece sem graça, quando as coisas que gostava de fazer agora são chatas, quando as pessoas com quem você se divertia conversando agora você quer distância. As coisas não mudaram, você mudou.