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#memória ruim
bat-the-misfit · 4 months
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a estátua da jumenta voadora me dá esperanças que algum dos próximos filmes vai ser baseado no arco Umbra
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giseleportesautora · 6 months
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Sem Backup [Poesia]
Sem Backup [Poesia] - Todos os meus dados perdidos. Uma vida inteira da noite para o dia apagada. O mundo está lá, mas eu sou um vulto sumido. Uma alma partida e fragmentada. #poemascifi #scifi #poesiascifi #passado #memorias #guardarrancor
[Leia com o Áudio da Poesia!] Todos os meus dados perdidos. Uma vida inteira da noite para o dia apagada. O mundo está lá, mas eu sou um vulto sumido. Uma alma partida e fragmentada. Toda a minha identidade foi deletada. Quem sou?, nem eu mais sei. Sem backup, toda a história que vivi até aqui acabada. Sem passado, sem local, sem lei. Olho para a tela preta do celular, minha expressão se…
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poetificamos · 1 month
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No fim das contas, é sempre por causa dos detalhes. Mas eu amo lembrar deles, amo poder ter, em minha memória, imagens tuas; muitas vezes sorrindo, me abraçando, dizendo que me ama. É isso que me faz feliz. É isso que, muitas vezes, me faz suportar os dias ruins; aqueles em que lembro de tudo que foi ruim e já passou, mas que permanece intacto na minha mente.
Ana Lívia Lima.
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colapsointerno · 1 year
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a depressão deleta todas as memórias felizes da vida de alguém. tudo começa a ter apenas o lado ruim, triste e negativo. tudo fica cinza; tudo perde a vida.
— colapsointerno
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hansolsticio · 11 days
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ᝰ.ᐟ joshua hong — "expectativa".
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— namorado ! joshua × leitora. — gênero: smut (+ muita fofura e contexto). — conteúdo/avisos: continuação de "natural" (tem várias referências), é a primeira vez da pp, fingering, dry humping, a pp é um tantinho insegura, sexo fofinho & não muito realístico. — word count: 4932 (não sei o que aconteceu). — nota da autora: eu meti digressão sem dó nessa aqui, mas juro que tentei deixar compreensível... por favor me digam que funcionou.
"Não sei responder, meu bem. Mas acho que nunca toquei nesse assunto por medo de te colocar pressão.", acariciou suas bochechas com os polegares. Sempre era sincero com você, mas esse nível específico de sinceridade exigia que ele não olhasse nos seus olhos — optou por olhar para cima, fingindo pensar. "Fiquei com receio de te dar a impressão de que eu queria... alguma coisa, entende?", havia verdade ali, mesmo que muito acanhada.
Você suspirou, tinha medo de perguntar e tinha medo da resposta — ambos infundados, Shua nunca havia te dado motivos para se sentir insegura. Mas, ei! 'Quem tem boca vai a Roma', não é? (ou será que é 'vaia'?, honestamente não importava).
"E você já sentiu vontade de... 'cê sabe?", torceu os lábios. A expressão do homem deixou claro: ele entendeu o que você quis dizer.
[...]
Como vocês chegaram nesse tema? É difícil saber. A conversa nada discreta que você teve com as suas amigas numa 'Noite das Meninas' uns três dias atrás não tem nada a ver com isso. Ah! E o jeito como as coisas entre você e Joshua tem esquentado rápido até demais nas últimas semanas com certeza não tem relação nenhuma com a sua pergunta. Claro que não!
Porém, estava se tornando um acontecimento recorrente: você e ele acabam se deixando levar pelos toques e algum dos dois precisa 'dar uma segurada', porque não sabem onde isso poderia acabar — francamente, sabem sim, mas ainda não conseguem lidar com essa informação.
Não é algo ruim, definitivamente não. Você gosta do fato de finalmente se sentir mais confortável com seu namorado (fisicamente falando). Já fez algumas coisas com Shua que nunca havia feito com ninguém e isso te deixava acesa por dentro. Era um frio na barriga que não te incomodava. Na verdade, ansiava pela expectativa — desejava desejar e ser desejada em consequência. Honestamente não consegue pensar em nada que não deixaria Joshua fazer com você — e sabia que ele compartilhava do mesmo sentimento, ainda que não te dissesse.
Pareciam estar presos numa eterna 'honeymoon phase': Já conheciam tanto um sobre o outro, mas isso parecia dar mais abertura para ter o que descobrir. Esse aspecto também se transferia para o plano físico: Já haviam sentido tanto, mas é tudo sempre tão bom que surge a necessidade de sentir ainda mais. Quer dizer, você gosta muito das mãos de Joshua, gosta do que elas fazem com você, mas não consegue evitar de pensar no que elas poderiam fazer com outras partes ainda intocadas — pensa o mesmo sobre a boca dele, mas teme ser engolida pela timidez caso algum dia precise trazer isso à tona.
[...]
"Eu sou completamente apaixonado por você. Que tipo de pergunta é essa?", se esquivou pela primeira vez na noite, o questionamento era um tanto embaraçoso.
"Mas isso não garante nada."
"Claro que garante!", franziu as sobrancelhas se esquivando novamente.
"Shua!", queria uma resposta concreta.
Joshua suspirou derrotado, reprimiu tudo o que já sentiu vontade de fazer com você bem no fundo da memória — algumas coisas não precisavam ser ditas. Escolheu o conjunto de palavras mais leves que conseguiu pensar:
"Sim, meu bem. Eu já senti vontade de fazer amor com você. Respondi sua pergunta?", jogou a questão para você, não queria ficar com o peso do assunto.
"E por que você nunca tentou nada?", deu errado, os holofotes voltando para ele quase tão rápido quanto o deixaram.
[...]
Não é que ele não tenha tentado. Sempre se deparava com a própria mente fantasiando demais sobre você e tudo o que ele poderia fazer com você. Essas fantasias curiosamente ganhando destaque sempre que ele sentia seu corpo no dele. Não dava para não pensar nos barulhinhos que você produzia toda vez que ele te beijava com mais fervor sendo emitidos em outras situações e por outros motivos. Tinha que refrear a si próprio sempre que divagava muito sobre como seria quando ele finalmente tirasse sua roupa. Bom, ao menos evitava fazer isso quando você estava perto, porque quando ele estava sozinho... é outra história.
Mas, com você ali pertinho, a barreira existia, mesmo que de forma imaginária e sem a necessidade de palavras para estabelecê-la. E ela aparecia sempre que vocês estavam prestes a descobrir algo novo...
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"Joshua, eu juro que se eu me atrasar-"
"Não vai! Confia em mim.", te assegurou entre risos. A mão que prendia seus dois pulsos não te deixava escolha. Talvez ter caído na conversinha ir pro colo dele só um pouquinho não tenha sido a melhor das ideias, você já tinha experiências demais para prever perfeitamente que Shua ficava super grudento quando sabia que você ia sair.
"E o que você quer?", se fingiu de brava, um teatrinho muito meia-boca.
"Um beijinho.", te ofereceu um biquinho fofo. Você selou os lábios bonitos esperando que aquilo fosse suficiente para fazer ele te soltar. "Um aqui agora.", ele usou a mão livre para apontar para uma das bochechas. Você obedeceu, dando um beijinho rápido. "E aqui.", a outra bochecha. Mais um beijinho. "Aqui também.", agora era a testa. Mais um. "Aqui", a ponta do nariz.
"Joshua, eu-'"
"Além de me abandonar você quer me negar carinho também? Cê acha isso justo?", fez drama com direito a beicinho e tudo. Você sorriu com o jeitinho dengoso.
"Eu tô falando sério, amor. Preciso me arrumar.", tentou libertar suas mãos, sabia fazer tanta birra quanto ele.
"Só mais um beijinho então. O último. Juro que te solto.", a proposta te fez suspirar derrotada, concordando com a cabeça. "Quero aqui dessa vez.", apontou para a própria boca.
"Mas aí eu já dei.", argumentou.
"Quero um de verdade.", sussurrou, os lábios macios roçando no catinho da sua boca. Como provocar não machuca, você ofereceu um selo demorado a ele.
"Que foi? Te beijei de mentira por acaso?", um sorriso vitorioso adornava suas expressões. Ele mordeu o lábio inferior em pura descrença — como quem diz 'se eu te pegar...'. "Já pode me soltar, Shua."
"Tá tão espertinha hoje, 'né?", a mão livre acariciando sua coxa num carinho absorto. Ele parecia não ter nenhum pensamento e, ao mesmo tempo, todos os pensamentos do mundo por trás dos olhinhos hipnotizados. "E se eu não quiser te soltar? E se eu quiser você só 'pra mim hoje?", sentiu os dígitos circularem seus pulsos com mais firmeza, como se não houvesse a mínima intenção de te libertar. "E então, amor? O que 'cê vai fazer?", provocativo. Era uma faceta meio inédita da personalidade do homem, mas que você estava amando conhecer.
"Shua-"
"Eu sou tão bonzinho com você, não sou? 'Cê não acha que eu mereço um agradinho não, linda?", o timbre envolvente fazendo coisas com o seu corpo. Era um jogo gostoso de se jogar: Joshua fazia o máximo para te conquistar — como se você já não fosse completamente dele — e você adorava se fazer de difícil. Ele aproximou mais o rosto. "Hein, amor? Só um pouquinho?", a respiração quente batia no seu rosto, sentiu seus pelinhos arrepiando. Não dava para negá-lo. Avançou nos lábios dele sem fazer muita cerimônia, o sorrisinho que ele deu quando sentiu você ceder te fazendo sorrir em resposta.
Te beijar já havia se tornado algo instintivo para o homem, sabia o que fazer, o que tocar e como tocar. Shua conhecia seu corpo como ninguém e isso estava se tornando uma maldição. Não demorou nada até que você se esquecesse do mundo lá fora, optando por se concentrar na maneira gostosinha que ele brincava com a sua língua. Suspirava desejosa, sentindo o homem trazendo seu corpo mais para perto. O calor da pele dele queimava a sua. As mãos entraram sorrateiras embaixo da sua blusa, os dígitos repousaram na sua cintura.
Em certo ponto estava tão perto que já não havia mais para onde ir. O peito colado ao seu te obrigava a inclinar o rosto para beijá-lo direito, sentia o quadril dele bem embaixo do seu e isso te fazia imaginar coisas demais. Seu namorado interrompeu o beijo e você estava prestes a reclamar, isso até sentir os mesmos lábios quentinhos sugando a pele do seu pescoço. Foi inevitável, seu corpo quase derreteu no colo dele. Puxava os fiozinhos curtos na nuca de Shua para tentar descontar os arrepios que sentia toda vez que a língua dele entrava em contato com sua pele.
Sua mente já ia longe e nesses momentos você gostava muito de não ser capaz de pensar. Joshua desligava seu cérebro com facilidade. Mal notou quando seus quadris passaram a se mover timidamente, como se ganhassem consciência própria. Shua também parecia não perceber que retribuía, impulsionando a própria intimidade contra a sua. Arfavam baixinho, os corpos presos num transe prazeroso.
Emaranhou as mãos no cabelo dele, precisava muito descontar a sensação gostosa no meio da suas pernas em alguma coisa. Não via motivos para parar, tudo parecia tão certo. Sentia ele pulsar embaixo de você, mas os vocês dois conscientemente fingiam não notar quando isso acontecia — até porque você sempre acabava do mesmo jeito que ele. Você queria testar algo, impulsionou os quadris com mais intensidade, os olhos se apertando quando o estímulo acertou bem onde você precisava.
"Shua...", foi inevitável gemer, principalmente quando ele pressionou os dentes no seu pescoço, tão afetado quanto você. Continuou com o movimento, tinha certeza que de fora vocês provavelmente pareciam dois desesperados — mas não tinha cabeça para pensar nisso agora.
Joshua moveu as próprias mãos para o interior das suas coxas de modo involuntário e foi aí que o cérebro dele clicou. Estabilizou sua cintura com as mãos e te deu um beijinho inocente na base do pescoço. Encheu seu rosto de selinhos para não deixar as coisas ainda mais embaraçosas, só cessando quando te viu sorrir.
"Pronto, finalmente te libertei.", brincou, se referiu aos seus pulsos. "Vai se arrumar, amorzinho."
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"Eu quero esperar seu tempo, amor.", ele tentou esclarecer com a maior sinceridade.
"Eu...", respirou fundo. "Eu tô pronta, Shua.", tá bem, mais um choque — Joshua recebia informações demais ao mesmo tempo. Tentou pensar com cautela, não queria fazer nada por impulso.
"Tem certeza disso? Não tem pressa. Eu posso esperar por quanto tempo você precisar.", te assegurou. Era sincero, Joshua não queria que você se sentisse pressionada a nada — queria que tudo fosse tão natural quanto sempre foi.
"Eu tenho certeza. Eu quero você.", seu rosto queimou em admitir isso. Mas sentia que precisava falar, senão ele nunca iria saber.
"Okay, hm, calma...", viu ele soltar um risinho nervoso, coçou os olhos como se fosse informação demais para processar — e de fato era mesmo, Joshua nem sabia mais como que vocês haviam chegado nesse assunto. "Droga, você não pode falar essas coisas assim do nada, amor.", sorriu novamente parecia até meio desacreditado.
"Por que não?"
"Porque eu não vou conseguir parar de pensar nisso. Acho que eu é quem não 'tava preparado.", confessou. O homem não sabia mais o que fazer consigo mesmo. Ter a noção de que você queria ele desse jeito desconfigurava-o completamente — você conseguiu, finalmente quebrou ele de vez.
"Você quer...?", testou, não sabia bem o que estava fazendo.
"Não.", pontou rápido até demais. "Quer dizer, não agora.Tô totalmente despreparado, linda. 'Cê me pegou de surpresa.", esclareceu, não queria passar a impressão errada. Tinha muitos detalhes para acertar.
"Então quando?", soou claramente impaciente. O homem não segurou o risinho.
"Não sei... quando tiver que acontecer vai acontecer.", te viu suspirar. "Quero que seja especial, meu bem.", selou o topo da sua cabeça.
𐙚 ————————— . ♡
Você não sabe como e nem o porquê, mas finalmente conversar sobre isso não te tranquilizou tanto quanto você achou que iria. Dormia e acordava pensando nesse assunto. Era uma expectativa boa e meio angustiante ao mesmo tempo. Sua mente estava um caos: Podia acontecer a qualquer momento, não é? Ele sabe que você quer. Será que ele pensa nisso tanto quanto você? Espera muito que ele não tenha se assustado com o modo repentino que você surgiu com essa história. Ele sempre foi gos-... atraente assim ou é coisa da sua cabeça? Você se sentia até meio indecente — não que fosse santa. Era meio maluco... espera muito que ele não tenha notado você encarando quando ele tirou a camisa e-
"Amor?", foi como um estalo te tirando de um estado hipnótico.
"Oi.", ficou até sem graça.
"Perguntei se você viu minha camiseta quadriculada. A de botão."
"Não sei.", não sabe se ouviu o que ele acabou se falar, essa é a verdade. "Ah! Eu separei, porque queria usar ela pra dormir. 'Cê quer?", seu cérebro voltando a funcionar do nada.
"Não. Pode ficar.", sorriu fofinho — adorava te ver com as roupas dele.
Assistiu-o fazer o mesmo ritual que sempre fazia antes de dormir. Vestiu algo confortável, conversou um pouquinho, te deu um beijo de boa noite e finalmente caiu no sono. Você se esforçou para não colocar expectativas sobre cada uma dessas ações, mas foi mais forte que você — até mesmo estranhou o fato de Joshua não questionar sua inquietação. Suspirou meio decepcionada quando percebeu que ele havia dormido mesmo. Significava que era a sua vez, precisava dormir também.
[...]
Forçou as pálpebras para continuarem fechadas, virou-se na cama mais uma vez, nada parecia te deixar confortável. Suspirou impaciente, abrindo os olhos. Joshua dormia tranquilo, o peito subindo e descendo com a respiração compassada. Você engoliu seco, sabia o motivo por trás da sua insônia — os pensamentos não deixavam sua mente nem por um segundo. Droga, talvez trazer esse assunto à tona tenha sido má ideia. Não sabia mais o que fazer, só sabia que queria muito isso. Sentia seu corpo esquentar, mesmo que tentasse apaziguar sua mente.
Seu erro talvez fosse achar que Shua pularia em cima de você quando finalmente conversassem. Erro de principiante. Conhecia o homem muito bem, ele nunca foi apressado em relação à intimidade de vocês. Mesmo que quisesse tanto quanto você, ainda te esperaria com paciência. Gostava que as coisas acontecessem de forma espontânea.
Mas, poxa, era até paradoxal: sentir desejo é algo que acontece de forma espontânea. E foi com essa conclusão que você finalmente tomou coragem para acordá-lo, balançando o corpo dele com delicadeza.
"Amor?", a voz não ultrapassava o volume de um sussurro. Ele abriu os olhos, dando um sorrisinho preguiçoso.
"Hm?", o timbre era áspero, culpa do sono.
"Eu não consigo dormir."
"Tá se sentindo mal, amor?", franziu a testa, se esforçando para te ver melhor com a pouca luz do ambiente.
"Não. Só 'tô sem sono.", suspirou.
"Quer que eu faça algo?", pausou a frase para bocejar. Você negou a cabeça, encolheu-se, agora se sentia meio mal de ter o acordado. Ele se aproximou em silêncio, tateando pelo seu corpo na escuridão. Quando percebeu, já estava presa num abraço apertadinho. Seu corpo esquentou ainda mais, sabia que Joshua era a causa, mas agora não sabia classificar muito bem a razão (era o corpo dele ou era o corpo dele?). "Amor, você quer me falar alguma coisa?", o tom agora era cauteloso, como se ele tentasse não soar acusatório.
"Não...?", isso não era uma pergunta, você não sabe porque soou como se fosse.
"Tem certeza?"
"Não sei.", a estratégia do homem não funcionou muito bem, você se sentia meio intimidada. Sorrateiramente selou o cantinho dos lábios dele, não queria falar sobre isso de novo e sabia qual era o único jeito de manter Joshua calado. O silenciou com um selinho demorado. Ele te afastou com carinho, rindo um pouco.
"Isso tem a ver com a conversa que a gente teve?", sussurrou contra sua boca. Simples e direto. Você suspirou frustrada.
"Sim. Tem sim.", tentou beijá-lo novamente e ele te impediu de novo. Sorrindo com o o seu estresse.
"É tão apressada... deixa eu fazer direitinho, pode ser?", pela primeira vez naquela noite você se sentiu intimidada — e isso era bom, muito bom. Ele guiou seu corpo, te fazendo deitar totalmente. Arfou quando o viu em cima de você, aquilo não era novidade, ele já havia estado naquela posição anteriormente. Mas não daquele jeito, não pelo mesmo motivo que agora. O homem pareceu perceber seu nervosismo, pois fez questão de brincar com os botões da camisa que você vestia. Ameaçava abri-los, sem tirar os olhos dos seus.
"Shua!", você repreendeu a provocação.
"Que foi?", disse junto a uma inocência forçada, como sempre fazia quando queria te testar. "Não era isso que você queria?", inclinou a cabeça em 'confusão'. Você cobriu os olhos com o antebraço, frustrada com o fato de estar envergonhada. "Eu tô brincando com você.", ouviu ele rir. "Desculpa, amor.", retirou o braço dos seus olhos. "Fica assim não.", selou sua boca. "Vai ficar bravinha comigo?", ele não estava te ajudando a se livrar do biquinho contrariado.
Mas você se esqueceu que era Joshua ali, o homem era fluente em te fazer feliz. Bastou ele iniciar um beijo lentinho e você ficou mole, sorvia os seus lábios só para te ver suspirar. Usava a língua do mesmo jeitinho que costumava fazer quando vocês ficavam de chamego no sofá — e sabia que era extremamente eficiente, pois você sempre terminava sentando no colo dele só para poder rebolar um pouquinho. Sentiu o peso de Shua em cima do seu quadril, suas pernas se abriram de forma instintiva, queria sentir ele bem ali. Era previsível que ele começasse a simular estocadas por cima dos tecidos, rapidamente se sentindo sobrecarregado com a situação. Desabotoou a camiseta, você mal parecia perceber.
"Posso tocar aqui?" abriu a peça por completo, referindo aos seus seios. Você concordou timidamente. Ele os apalpou com cuidando, entendendo como um sinal verde para que pudesse chupá-los também. Suas bochechas ardiam demasiadamente, ter que assistir seu namorado te mamando sem tirar os olhos dos seus não estava na sua cartela para aquela noite. Não nega que a sensação era gostosa, teve que morder o interior da própria boca para segurar os sons teimosos. Shua beijava e sugava seus biquinhos da mesma maneira que fazia com a sua boca, roçava os dentes uma vez ou outra só para ver o modo que você reagia, mas logo passava a língua ali, como se quisesse acalmar o local. O homem distribuiu selinhos até a barra do seu short e foi aí que os alarmes da sua mente soaram.
"Shua.", esperou ele olhar para cima, negando com a cabeça assim que ele o fez. Você confiava em Joshua com todo o seu coração, porém essa ainda era uma das questões que vocês tinham que resolver em conjunto. Queria muito dar o próximo passo com ele, mas, por algum motivo, ter ele bem ali, vendo tudo tão de perto, fazia você se arrepiar de um jeito ruim. Era um problema mal resolvido entre você e o seu corpo, uma parede que você ainda tinha que quebrar — e, aparentemente, Joshua também precisaria te ajudar no processo.
"Não quer minha boca aqui?", você negou novamente. Não sabe o porquê mais se sentia incerta com a reação dele, não queria acabar com clima por conta das suas inseguranças. E era um medo infundado, no fundo você sabia, o homem nunca faria você se sentir mal por algo assim. Ele refez a mesma trilha de beijinhos, só que de forma contrária, subindo até o seu rosto. "Tudo bem, meu amor.", te deu um selo demorado, como se quisesse te assegurar. "Você ainda quer continuar?"
"Quero.", concordou com a cabeça, mais rápido do que havia planejado.
"Okay. Eu posso tirar isso aqui?", os dedos brincaram com a barra das suas peças de baixo, te viu concordar novamente. Se livrou das peças com a sua ajuda, observando o seu rosto a todo momento. Os dedos logo se colocaram no interior das suas pernas. "Tudo bem fazer fazer isso?", você suspirou ansiosa, não era mais capaz de negar nada. Os dígitos resvalaram no seu pontinho, fechou os olhos, sentiu sua pele queimar.
Se perdeu nas sensações, especialmente quando ele começou a te tocar de uma maneira muito gostosinha. Tanto tempo desejando isso fazia tudo ser grande coisa. Seu interior pulsava. Era diferente saber que eram os dedos de Joshua ali, não os seus. O homem friccionava a própria ereção contra o seu quadril, dava para perceber que era involuntário. Ele observava seu rosto, hipnotizado com as suas reações. Colocou um dos dígitos dentro de você com cuidado, queria testar até onde podia ir.
"Tá tão apertadinha, amor.", o comentário saiu impensado, mas foi suficiente para te fazer apertar mais. Seu namorado franzia o rosto, como se estivesse se imaginando ali. "Vou colocar mais um.", brincava com o local meladinho, movido pela luxúria. Estocava os dois dedos com cuidado, te estimulando com o polegar. Não parou quando suas pernas se fecharam em volta do braço dele, sabia o que significava. Suspirou desejoso quando te viu gozar, fez questão de observar cada uma das suas expressões — admirava como se você fosse alguma espécie de miragem, jurava ter se apaixonado ainda mais.
[...]
Sentiu ele encaixar devagar, os olhos treinados no seu rosto buscavam por qualquer sinal de desconforto. A sensação era diferente dos dedos de Shua: era maior, mais pesado, sentia como se ele estivesse te esticando — e sua pele parecia frágil demais para abrigá-lo. Era como se ele enchesse o seu corpo todo, te obrigando a sentir cada movimento, cada pulsação.
"Respira, amor.", a voz dele te trouxe de volta, os pulmões cheios automaticamente se esvaziando com o comando. "Tá tudo bem? Cê quer que eu tire um pouquinho?", sempre cuidadoso, assistia ele tentar ignorar as reações do próprio corpo. Parecia estar quase tão sobrecarregado quanto você, os quadris vacilando com a sensação, enquanto o rosto se segurava para não se contorcer em prazer. Você queria ver mais, queria sentir mais.
"Não. Fica.", a voz saindo em um fio. Você achava que conseguia ser capaz de ignorar a ardência se isso significasse poder continuar observando as expressões do homem. Era tão gostoso quanto parecia? Seu íntimo contraiu e ele jura que quase te repreendeu, mas sabia que não era culpa sua. As mãos fixaram sua cintura na cama, como se isso fosse te impedir de apertá-lo. Não funcionou, você pulsou ainda mais. Joshua começava a questionar o próprio autocontrole, mordia os lábios para tentar controlar os sons teimosos.
"Tá doendo, meu amor?", organizou os fios de cabelo soltos pela sua testa. Você negou com a cabeça, incomodava um pouco, mas dava para aguentar. "A gente vai esperar um pouquinho, tá bom?", fechou os olhos quando ele se aproximou mais do seu rosto. Seu corpo ardia, finalmente sentia Joshua por inteiro — nada até aquele ponto parecia ter sido tão íntimo quanto isso. Ele estava ali de um jeito que era só seu. Rodeou os braços em volta dos ombros dele, puxando-o para um beijo lentinho. Queria fazer seu corpo relaxar, queria dar prazer para ele também — mesmo que já estivesse fazendo isso indiretamente.
E talvez fosse uma estratégia muito boa. Não havia espaço para incômodo quando seu namorado sugava sua língua de um jeito tão gostoso. O contato era lascivo, mas cheio de amor ao mesmo tempo — você não sabia como interpretar. Sentiu o braço dele serpenteando até o seu íntimo, abriu ainda mais as pernas por puro instinto. Ele sorriu no meio do beijo — toda e qualquer ação sua mexendo com a cabeça dele. Seu corpo retesou ao sentir ele levar as pontas dos dedos até o lugar onde vocês estavam conectados, recolhendo parte do líquido viscoso. Usou os dígitos molhadinhos para estimular seu clitóris com cuidado. Você arfou contra os lábios dele. Okay. Isso é muito bom. Por alguma razão era muito mais gostoso pelo fato de ter algo dentro de você.
"Shua...", não sabe porque o chamou, mas parecia certo.
"Que foi, amor? É bom assim?", soltou um risinho soprado ao te ver concordando, o corpo relaxando no colchão. Respirou fundo quando sentiu ele estocando de forma rasa, era uma pressão diferente, mas muito gostosinha. Forçou os quadris contra os dele algumas vezes, querendo experimentar melhor. O carinho atencioso no seu pontinho te fazendo esquecer de qualquer incômodo que você jurava não sentir mais. Seu namorado enfiou o rostinho no seu ombro, enchia o local de beijinhos — com a intenção de te relaxar mais ainda.
Em certo ponto, você não sabia mais onde prazer começava ou terminava. Talvez começasse a entender o porquê das pessoas serem tão fissuradas nesse tipo de coisa. Era sim tão bom quanto diziam — você só não tem certeza se o fato de estar com quem você ama tornava tudo melhor (claramente sim). Quando percebeu que você não oferecia mais nenhum sinal de desconforto, Joshua passou a estocar com mais velocidade. O corpo ia e voltava em cima do seu, a mão trêmula não sendo mais capaz de te masturbar direito. Sentiu as mãos dele procurando pelas suas, achou-as sem dificuldade. Os dedos se entrelaçando e o peso forçando seus braços contra o colchão, como se não quisesse te deixar ir embora — e ele sabia que você não iria.
Finalmente sentiu o homem se afastando do seu pescoço, a ausência da respiração quente deixando uma sensação de estranheza. Seu namorado entrou no seu campo de visão e você jurou que ia gozar. Nunca havia visto ele tão... fraco. O rosto completamente entorpecido, os olhinhos pesados — como se estivessem prestes a se fechar — e a boquinha entreaberta, esforçando-se para suspirar seu nome. Ele ainda se movia, sedento, como se te dar prazer fosse a única coisa na mente dele. Naquele momento, você não tinha autoconsciência suficiente para perceber, mas espelhava as expressões dele perfeitamente. Gemia sensível, como se estivesse hipnotizada com tudo. Era uma conexão quase que visceral, te tirava toda a noção do mundo lá fora. Só precisava disso, só precisava dele.
"Amor...", chamou com manha, não sabia o que queria, ele já estava bem ali. Mas ele sempre entendeu suas vontades. Abaixou-se com cautela, soltando suas mãos para envolver seu rosto. Te beijou com necessidade. Ou ao menos tentou, o "beijo" nada mais era que uma troca atrapalhada. Ninguém ali tinha forças para retribuir, inconscientemente optando por gemer e arfar contra os lábios um do outro.
Os quadris de Joshua começavam a falhar, ele se sentia tão perto... Se enfiou no seu pescoço novamente, como se buscasse por algum tipo de apoio. Os dedos dele achando seu clitóris sem dificuldade alguma e isso pareceu te quebrar mais que da primeira vez. Algo no seu ventre apertou, te enchia de ansiedade e era delicioso de sentir. Ouvia Joshua gemer baixinho bem perto do seu ouvido e ainda não sabia lidar muito bem com isso. Apertou os olhos, cravando as unhas nas costas do homem. O som ficando mais claro, as palavras começando a fazer sentido.
"Amor, goza 'pra mim, goza. Por favor...", suplicava, a voz frágil, saindo por um fio. Seu corpo respondeu com uma submissão que você nunca havia sentido. Contorcia-se por completo, parecendo não te obedecer mais. Forçava-se contra ele, querendo sentir ele perto, mais fundo. Sua mente estava presa num limbo interminável: era excruciante, mas você queria mais. Os braços apertavam o homem com carência, sabia que ele podia te dar mais.
Voltou a si aos poucos, seu corpo era pura gelatina. Ele já estocava com lentidão, aproveitando as últimas sensações do próprio orgasmo — que aliás passou despercebido por você (uma pena, queria muito ter visto o rostinho dele). O quarto enchia-se com os arfares de vocês dois, que lutavam para recobrar o fôlego. Os selares repentinos no seu pescoço te fizeram sorrir. Ele saiu de você, retirando o preservativo para descartar depois.
"Shua?", chamou acanhada, ainda não havia processado tudo o que tinha acabado de acontecer. Ele te olhou por alguns segundos, mas logo te puxou para um beijo apaixonado e preguiçoso — como se quisesse responder todas as dúvidas na sua mente.
"Eu te amo tanto, meu amor.", suspirou as palavras, a testa ainda colada na sua.
"Eu também te amo, Shua.", sussurrou. Os olhos fechadinhos se abrindo quando ouviu um risinho baixo vindo do homem.
"Você é tão boa 'pra mim, amor. Mas eu queria ter feito algo especial.", confessou baixinho, não parecia desapontado, só queria comentar.
"Mas foi especial, Shua.", tentou assegurar, as pontinhas das unhas fazendo carinho na nuca dele.
"Eu sei que foi, meu bem. Tão especial que não vejo a hora de fazer de novo.", disse sapeca, sorrindo com o apertão que você deu no braço dele — ainda sentia um tantinho de vergonha. "Só que eu queria ter te levar 'pra sair antes, te tratar igual princesinha, acender umas velas...", agora ele mesmo se sentia envergonhado com o quão meloso estava soando.
"Você ainda pode fazer isso.", pontuou cheia de razão, selando o cantinho dos lábios dele. Joshua sorriu, como se tivesse acabado de pensar em alguma coisa.
"Eu posso...", arrumou seu cabelo atrás da orelha. "Vou encher a banheira, amor. Me espera aqui.", disse já se levantando.
"São três da manhã...?", ele já atravessava o quarto completamente nu, você poderia se acostumar com essa visão.
"E daí? 'Cê falou que eu ainda posso te tratar igual princesa, não posso? Quero que minha princesa durma cheirosinha então.", parte do diálogo sendo abafado pelo eco do banheiro. Ele voltou depois de alguns minutos, uma toalha branca presa no quadril. Te ofereceu uma das mãos e você já ia se levantando para acompanhá-lo até o banheiro. "Assim não!", você o olhou confusa com a bronca repentina. "Vou te carregar no meu colinho, amor.", você não conseguiu segurar o riso, deixando ele finalmente te pegar no colo. "Não tenho fama de ser cavalheiro à toa, eu hein."
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tinyznnie · 2 months
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O Vento - l.h.
Haechan x leitora gênero: strangers to lovers wc: 796 parte da série Jota25
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Hyuck estava andando pelo Parque Ibirapuera numa tarde de sábado, rindo de qualquer besteira que seu amigo Jaemin tinha dito, batendo a bola de basquete no chão enquanto caminhavam até a quadra do parque, até que o garoto parou quando ele te viu. Como nos filmes, ele jurou que o mundo ficou totalmente em câmera lenta enquanto você passava com suas amigas, e ele só tinha olhos para você. Ele mal conseguia entender o que estava acontecendo; você parecia atraí-lo para perto como um ímã.
Você, por outro lado, não tinha reparado no garoto. Estava distraída com alguma história da faculdade que suas amigas te contavam, já que estudavam em faculdades diferentes. Entretanto, uma das suas amigas reparou no grupo de jovens em roupas esportivas e comentou brevemente, mas você não deu muita bola; estava cansada de rapazes por conta de um relacionamento ruim.
Para a infelicidade de Haechan, nem os amigos dele ou as suas amigas tiveram coragem de dar o primeiro passo, e em poucos minutos, vocês se perderam um do outro na multidão de pessoas que tomava o parque naquele fim de semana, como era de costume. Haechan não conseguia entender como, dentre tantas pessoas, você chamou a atenção dele, e especialmente, por que você ficou gravada na memória dele como a letra da sua música favorita. Ele pareceu, ou melhor, decorou todos os detalhes possíveis do seu rosto e corpo, e ele nem sabia seu nome. Mas ele sabia de uma coisa, você moraria nos pensamentos e na memória dele por um longo tempo. Ele não era uma pessoa religiosa ou acreditava em forças sobrenaturais, mas pediu de todas as formas para que você voltasse para ele.
Passaram-se meses, e Haechan continuava com seu sorriso fixado na memória como se tivesse acabado de te ver. Podia ser estúpido, mas ele recusava qualquer garota que se aproximava dele, ele tinha certeza que vocês se reencontrariam. Os amigos já achavam que ele estava ficando maluco, apaixonado à primeira vista num parque? E levando isso para um nível totalmente diferente, já que ele não tinha qualquer pista de quem você era, onde morava ou estudava, ele não tinha nada, só um pensamento muito positivo e milhares de pedidos para que o vento te trouxesse para vida dele mais uma vez.
E o universo parecia estar do lado dele.
Um dia, ele estava indo almoçar com os amigos, próximo à faculdade, quando aconteceu.
“Mark, é ela”, ele falou, dando leves tapas no braço do rapaz e o amigo o olhou confuso.
“Ela quem, seu doido? E para de me bater!”, ele resmungou irritado, olhando na mesma direção que ele.
“A garota do parque, ela tá ali”, ele falou ainda sem acreditar que estava realmente acontecendo. Você estava ali, conversando com uma garota, que ainda por cima, compartilhava uma aula com Haechan.
“Você só pode estar ficando maluco. Vem, vou te levar na enfermaria”, Renjun se pronunciou, já puxando o garoto pelo braço.
“Eu vou lá falar com ela”, ele tentava se desvencilhar do amigo.
“Pior que ele tá certo dessa vez, acho que é a garota mesmo”, foi a vez de Jeno falar.
“Tá vendo? Eu não tô maluco”, Hyuck se vangloriou, sorrindo orgulhoso. “Como tá meu cabelo?”
“Igual à sua cara”, Chenle resmungou.
“Lindo então”, ele respirou fundo, ajeitando a mochila nas costas enquanto ia em sua direção. O coração dele batia no mesmo ritmo de uma escola de samba, mas ele não podia dar pra trás agora. “Licença, oi Isa, tudo bem?”
“Haechan, oi. Tudo sim e você?”, sua amiga respondeu, simpática como sempre e você só se preocupava em não ser pega encarando o garoto à sua frente.
“Aham, aliás… Aí, que falta de educação a minha. Donghyuck, mas meus amigos me chamam de Haechan”, ele sorriu enquanto se apresentava para você, estendendo a mão para que você segurasse.
Você respondeu timidamente com seu nome, o que fez com que o garoto sorrisse ainda mais enquanto beijava o dorso de sua mão.
“Você por acaso estaria interessada em almoçar comigo? Eu conheço um restaurante ótimo e você não parece ser daqui, nunca te vi no campus.”
“Ah, a Isa vai…”
“Na verdade, amiga, eu esqueci que tenho que ir na biblioteca, mas pode ir com o Haechan, ele é gente boa, prometo”, ela juntou suas coisas rapidamente, passando por Haechan. “Me deve uma”, ela sussurrou pro rapaz antes de sair em direção à biblioteca.
“Valeu”, ele sussurrou de volta antes de voltar o olhar para você. “Vamos?”
“Vamos sim”, você sorriu, acompanhando o rapaz para fora do campus enquanto os amigos dele te olhavam embasbacados com o que tinha acabado de acontecer.
No fim das contas, as preces de Haechan foram ouvidas, e o vento te levou de volta para ele.
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marrziy · 3 months
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Rafe Cameron x Male Reader
"Assopre o pavio"
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• Série: Outer Banks (2020)
• Personagem: Rafe Cameron
• Gêneros: drama /dark
• Sinopse: seu namorado, que há dias você cogita converter em ex, tem o péssimo hábito de simplesmente sumir sem dar explicação. Após três dias sem contato, ele bate na sua porta, confessa um crime e cobra conforto de você, como se fosse fácil ignorar que o seu parceiro tirou a vida de alguém a sangue frio.
⚠️ Avisos: relacionamento tóxico, relacionamento abusivo, violência, briga, discussão, obsessão, menção a drogas e insinuações sexuais. Final completamente pessimista!⚠️
• Palavras: 2.6k
3° pessoa - passado
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Ter pais ausentes não era tão ruim assim. Você tinha um baita casarão só para si, e a companhia silenciosa dos empregados durante o dia era melhor do que a daqueles que te botaram neste mundo luxuoso e imperfeito. As viagens constantes, seja a negócios ou para trepar feito coelhos em um hotel à beira mar, te livravam de uma mãe que fazia escândalo sobre qualquer fiozinho fora do lugar em sua cabeça e de um pai que gritava com sua mãe por ela estar gritando.
Mas ter um namorado ausente não rolava. Você queria estar com Rafe naquela tardinha fria, aproveitar a mansão vazia com ele, ser criativo e testar lugares novos, como a bancada da cozinha, que na sua opinião, era espaçosa demais para ter uma única função.
Mas fazia três dias que ele andava te dando perdido. Rafe ignorava suas ligações e não respondia suas mensagens.
Buscar se situar através dos familiares dele era como tentar rechear um pastel de vento. Rafe teve a quem puxar, o pai tinha a mesma aura de gasparzinho e raramente dava o ar da graça. A madrasta do maldito distribuía migué, sabia tão pouco e o que sabia, não contava. Sarah, depois que começou a andar com os Pogues, afastou-se da bolha Kook, da qual você ainda estava preso, e Wheezie estava tão perdida quanto você.
Não era a primeira vez, era comum, mesmo não devendo ser, Rafe ficar algum tempo longe. Ele estava metido em muitas merdas e quando se isolava, fazia para não te envolver.
Mas nunca durou tanto…
Você sabia que algo estava acontecendo, pois desde ontem os portões da família Cameron estiveram fechados para todos.
E quem dera a ausência fosse o único obstáculo. Quando compartilhavam espaço, muitas vezes, as coisas terminavam de modo trágico entre você e Rafe.
Namorá-lo era como ter um lindo sapato no armário, mas de numeração errada: deslumbrante, de aparência perfeita, porém, quando calçado, mostrava-se defeituoso, por ser dois números menores que seu pé, esmagando os dedos e resultando em dolorosos e duradouros calos a cada passo teimoso.
Passava da hora de se livrar desse sapato.
Rafe era instável, você sabia que havia algo errado com ele, já sentiu na pele o quão agressivo ele podia ser e, como alguém que se importava, tentou ajudá-lo, e quando não podia, estava lá com ele, para enfrentar o que fosse.
Entretanto, você não era de ferro e nem sempre esteve disposto a passar a mão na cabeça da fera, ainda mais quando ela insistia em morder o mesmo local, perpetuando o erro.
As coisas passavam do limite com frequência e a última ida da vaca ao brejo ainda estava fresca na memória. Foi no início do verão, o dia que começou perfeito terminou caótico no momento em que você encontrou um pino no quarto de Rafe com aquele pó branco. 
Ele havia prometido a você, jurou de pé junto que iria parar…
Sua reação foi imediata, você estava gritando, exigindo explicações e Rafe só lhe dava desculpas. No calor do momento você ameaçou terminar, disse que iria deixá-lo caso ele continuasse usando aquela merda. No seu imaginário, Rafe iria se retrair com a ameaça, mas não… O Cameron foi violento. Primeiro um tapa - sua bochecha ardia -, depois um empurrão - suas costas latejaram contra a parede - e por último os gritos no seu ouvido.
Enquanto Rafe exclamava que você não podia fazer aquilo, que você era dele e ele era seu, você tinha mais certeza que sua menção à término não era apenas uma falácia.
A cada dia que passava se tornava uma necessidade.
Esparramado no sofá, você encarou o bate-papo no celular, onde você conversava sozinho. Rafe sequer visualizou. Com um resmungo frustrado, você desligou o aparelho, o largou na mesinha de centro e repousou as duas mãos na barriga com os dedos entrelaçados, se acomodando melhor no sofá enquanto divagava olhando fixamente para o lustre no teto.
Vocês dois estavam superando a última divergência, tudo estava ocorrendo bem, as interações recentes foram super agradáveis, entretanto, no meio do mar de rosas, Rafe simplesmente nadou para longe.
Era tão, tão, tão estressante! As marcas no seu corpo estavam sumindo, você finalmente conseguia olhar para o espelho sem querer chorar e aí, sem mais nem menos, ele desapareceu.
Sumiu no instante em que você estava curado.
E retornou para te machucar novamente.
O som da campainha ecoou por toda a estrutura moderna. Em seguida, seu corpo contraiu em um espasmo involuntário devido à quebra abrupta da quietude. O susto lhe rendeu uma mordida na língua e, na sequência, a pessoa na porta teve o nome da mãe profanado.
Você deslocou-se até o hall de entrada, tenso e um pouco apreensivo; afinal, não esperava visitas. O olho mágico te permitiu visualizar o corpo do outro lado, e assim que identificou Rafe, imediatamente destrancou a porta.
Mas não foi você quem abriu.
Assim que a tranca girou, Rafe empurrou a madeira branca e você recuou alguns passos, evitando dar de cara com o grande retângulo. Os braços do Cameron rodearam sua cintura, impedindo-o de regredir muito. Ele colidiu seus corpos, te abraçou com força e afundou o rosto na curvatura do seu pescoço, inalando a colônia que costumava pedir para você trocar, pois a considerava amadeirada demais para alguém tão doce.
Rafe tateou suas costas, deslizou os dedos em sua coluna, desesperado para te sentir e se certificar de que não era uma miragem. — Porra… eu precisava tanto disso. Senti tanto sua falta!
— Eu tô aqui… Sempre estive. – você retribuiu o abraço, só notando a falta de harmonia quando seu carinho morno contrastou com a afobação dos braços de Rafe ao seu redor, te apertando contra ele, quase os tornando um. — Tá tudo bem? Aconteceu alguma coisa? – seu tom era preocupado inicialmente, mas seu interior não era resumido a isso, não era tão organizado ao ponto de canalizar um sentimento por vez. — Por que não me respondia? Iria morrer caso mandasse uma mensagem? – você tentou não transparecer o ressentimento que te corrompia. Com certa aspereza, você desfez o abraço.
Mas Rafe não permitiu seu distanciamento e pressionou as duas mãos em ambos os lados do seu rosto. — Quem se importa? Eu tô aqui agora, não tô? Deixa essa merda pra lá e vamos recompensar o tempo longe um do outro. – ele uniu os lábios aos seus desajeitadamente, e você tentou acompanhá-lo naquela união afoita.
A língua de Rafe invadiu a sua boca, puxando a sua língua para dançar sem antes convidar. Ele dava passos para frente, adentrando mais a mansão enquanto te fazia caminhar para trás. — Eu… eu… – sua fala era dificultada conforme o beijo aprofundava. Instintivamente, você levou as mãos aos pulsos de Rafe, que mantinha as palmas nas suas bochechas ao te guiar. — Eu me importo! – um pânico inofensivo dominou seus sentidos, resultado da pequena representação do seu relacionamento naquela simples ação.
O beijo rolava e você, de olhos fechados, caminhava de costas para o rumo ao qual era conduzido, e Rafe era quem conduzia, mas ele também estava de olhos fechados e não via o rumo.
O hall virou lembrança. Na sala, você pisou no freio, parando Rafe com as palmas esparramadas em seu peitoral. Você virou o rosto e Rafe migrou com os beijos para seu pescoço. — Me responde. – sua voz apenas o impulsionou a afundar os dentes na sua pele. — Amor, por favor… – a área avermelhada latejava. Você afastou o rosto do Cameron, buscando pelo olhar dele enquanto ele insistia em desviar. — Não me deixe no escuro outra vez... Fala comigo.
Após alinhar a cabeça de Rafe com a sua, você percebeu o porquê de ele evitar o contato visual. Você desbotou ao testemunhar as pupilas dilatadas e a leve vermelhidão nos arredores das orbes culpadas.
— E-eu fiz algo ruim, algo muito, muito ruim mesmo…
Não foi surpresa, pessoas ruins faziam coisas ruins. Mas você nunca testemunhou Rafe afetado após fazer algo ruim.
— Eu preciso que… que você me diga que tudo ficará bem… preciso de você ao meu lado… é só isso que eu quero! – A estrutura de Rafe estava tensa. As mãos trêmulas dele agarravam as laterais da sua camiseta, amassando o tecido entre os dedos, impondo o toque obsessivo com necessidade. — Antes que eu te conte, me promete que não vai virar as costas pra mim?
— Eu prometo. – um marejar suave alagou as íris azuis do seu namorado, isso te influenciou e a sua expressão suavizou. Gentilmente você aninhou as mãos do Cameron nas suas, acariciando os nós dos dedos. — Como eu disse, estou aqui, amor. Tá tudo bem… – você liberou uma mão e a levou até o rosto de Rafe, que de prontidão esfregou a bochecha na palma macia, fechou os olhos e aproveitou o toque.
Naquele instante, ao seu lado, Rafe se sentiu leve, livre de parte do tormento que o fazia apodrecer em pânico e agonia.
Era isso que ele buscara… Uma pausa na culpa que o assombrava por saber que fez o que fez e que faria de novo se precisasse.
— Eu matei a xerife Peterkin. – Rafe fitou seus previsíveis olhos arregalados com neutralidade, confessando aquele crime como se não passasse de fofoca. — Mas não foi por querer, eu… Quer dizer… Ela tava apontando uma arma para o meu pai! Eu só defendi a minha família, okay? – ele trocou as posições das mãos, sendo ele a agarrar as suas, apertando-as dolorosamente. — Não me olha assim! Foi legítima defesa, porra! Você faria diferente?
— Que merda, Rafe! – você sequer se perguntou sobre a veracidade do ocorrido. Na sua cabeça, a possibilidade, mesmo nunca vindo à tona, parecia possível. — Ela andava por aí com uma estrela no peito, caralho! Devia apontar uma arma pra alguém todos os dias! Você sequer procurou saber o motivo! E se-
— O que você tá insinuando? Que meu pai merecia o cano de uma arma na nuca? Pense bem na resposta, querido. – Rafe te puxou bruscamente para perto, sussurrando rouco no pé da sua orelha. — Cê tá chutando muito, não acha não? Eu sequer detalhei as coisas e você já tá supondo assim? – as palavras invadiram seus ouvidos e permaneceram na cabeça. O tom baixo de Rafe era assustador, você preferia tê-lo gritando consigo.
— Não, e-eu não quis dizer… – conforme a nuvem cinzenta se dissipou na mente lenta, mais inflado era o temor que fez seu peito inchar e murchar afoito. Sempre que você tentava aniquilar o contato, se retraindo para si, Rafe te puxava com brusquidão, impedindo você de se afastar. — Mas e ela? Ela merecia o cano na nuca?
— Eu disse que estava defendendo o meu pai, fiz o certo, então, naquela ocasião… sim.
No início do dia, você ansiava por um sinal, qualquer coisa vinda daquele que jogava pedrinhas pintadas de dourado no seu poço. Mas bastou tal sinal reluzir para que você sentisse saudade de estar só e clamasse por distância.
Você se exaltou e empurrou Rafe. Longe ao ponto de conseguir ser valente, você batalhou para se manter firme, pois se fraquejasse, o Cameron teria alguém para devorar. — É melhor você ir embora. – a voz, fácil de manipular, soou certeira, mas seus olhos espelharam o quão frágil era a fachada.
No instante em que Rafe deu um passo para frente e você deu um para trás, a raiva que traçava a expressão dura na face do Cameron foi substituída por um sorriso ladino e olhos interessados. - Que foi? Vai dizer que tá com medo de mim?
Pela primeira vez você parou para pensar que estava lidando com um assassino.
Seu namorado assassino.
A aura intimidante do Cameron te sufocava, e você, acostumado com o sufoco, adotou o papel de presa sem nem perceber. — Você não tá na sua casa, Rafe! Não pode fazer o que bem entender aqui! – você recuava sem desgrudar a atenção do outro, usando os braços esticados na frente do corpo para garantir o espaço que você tanto prezava naquele momento.
O loiro mordeu o interior da bochecha esquerda e uniu as sobrancelhas, cerrando a feição. — Vai mesmo usar essa merda pra tentar me afastar? Não seja tão patético, amorzinho. Lembro bem dos seus pais dizendo para eu me sentir em casa quando vim aqui pela primeira vez. – o sorriso estúpido de Rafe cresceu quando você não tinha mais caminho para retornar. — Parece que eu te encurralei, babe.
Entre ele e o braço do sofá, restava orar por um meteoro, por dias melhores com desastres maiores para que a magnitude do seu inferno se reduzisse a porra nenhuma.
Rafe empurrou seus ombros, sem sequer investir força. Foi o suficiente para te fazer cair, suas pernas em contato com o braço do sofá permitiram isso.
Você estava na beira do abismo. Se não houvesse interferência, o vento teria te derrubado.
Você reajustou rapidamente a posição desajeitada no sofá após a queda, ergueu o torço e arrastou o quadril no estofado, afastando-se da baita e ordinária presença do seu amor, razão do seu temor. — Não… – foi seu último chute no cachorro morto.
Rafe engatinhou em sua direção, afastando as almofadas conforme afundava as mãos e os joelhos no macio. — Tô pensando agora e… talvez eu queira que você tenha medo de mim. Ver essa sua carinha assustada só me faz ter mais certeza disso. – aquele belo rosto maníaco sorria lindamente enquanto amargava o ambiente com sua sinceridade cruel. — O medo é subestimado. É através dele que conseguimos qualquer coisa dos medrosos. Pra mim, é uma ferramenta.
A desistência finalmente te consumiu quando você teve Rafe sobre o seu corpo, com as palmas repousando nos lados da sua cabeça e a face rente a sua, respirando próximo a ti. Você só conseguia se retrair e afundar no sofá, almejando ser engolido pelas dobras do móvel.
Você nem se assustou ao ter a mão de Rafe no seu pescoço. Ele mantinha os dedos ao redor da sua garganta, sem apertar de fato. O loiro canalizou a fúria na mão esquerda, que apertava o seu pulso contra o material macio do acolchoado ao ponto dos ossos doerem e a pele avermelhar.
Sua primeira lágrima desceu, proveniente unicamente da dor física, visto que seu estoque emocional de lágrimas estava seco.
— Eu vim aqui pra você me confortar, mas aparentemente, os papéis se inverteram. É você que faria de tudo por conforto agora, né? – Rafe deitou contra o seu corpo trêmulo, colou o peitoral no seu, juntou seus abdomens e entrelaçou as pernas nas suas. — Relaxa amor, eu tô aqui pra isso. Eu e somente eu. – ele deslizou a ponta do nariz por sua clavícula, pescoço e bochecha até ter a cartilagem unida à sua, mas enterrou o improvável indício de carinho ao esfregar o quadril no seu, garantindo que você sentisse a ereção dele pulsando dentro da bermuda, esticando o tecido fino enquanto clamava por você, latejando contra o seu estado mole. — Mas você tem que ficar quietinho, não pode falar com ninguém sobre as coisas que conversamos aqui, entendeu? – você acenou, somente porque Rafe agarrou o seu queixo e forçou sua cabeça a balançar para cima e para baixo. — Bom garoto. – ele ronronou próximo aos seus lábios, quase gemendo devido a fricção cada vez mais intensa. — Agora, meu medrosinho… me beije se quiser que os seus miolos permaneçam dentro da sua cabeça.
Rafe foi o seu primeiro tudo.
Seu primeiro amigo, sua primeira briga, sua primeira paixão, seu primeiro soco, seu primeiro beijo, sua primeira foda e seu primeiro namorado.
E você tinha medo de que ele acabasse sendo o seu último tudo também.
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mistiskie · 11 months
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❝ O jeito que vivenciamos memórias, às vezes, não é linear. Não contamos a história nós mesmos, já conhecemos a história, apenas estamos a vendo em flashes sobrepostos. ❞
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Avisos: essa é uma shortfic inspirada no álbum chamado "blond" do cantor e compositor Frank Ocean, recomendo escutar as músicas citadas aqui conforme for passando os quatros atos. Fanfic predominantemente angst, no entanto também tem alguns resquícios de smut. Trabalhei muito nisso daqui e fiz com todo meu coração porque Blond é meu álbum preferido, espero que gostem e tenham uma boa leitura.
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4 atos até o declínio.
1. nights.
2. close to you.
3. siegfried.
4. selfcontrol.
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Nights — 01.
Bebe mais do vinho, acordado novamente durante a madrugada, fazia mais de um mês que havia trocado a noite pelo dia e de como parecia estar entrando em um loop, porque a noite o abraça 'alto enquanto o dia beija seu rosto com ressaca e fechando os olhos tudo volta a se repetir, não parece ter um fim. A princípio Jaehyun reconhecia que não era para estar nessa situação, foi pacífico, tranquilo e apesar de ver as lágrimas mais verdadeiras que um dia viu saírem dos olhos brilhantes dela, ainda conseguiu manter-se firme no fim, no término.
Mas era impossível negar o quanto a presença feminina era cômoda em sua vida. Vivia as mesmas coisas que ela, quando chorava sabia que ela estaria lá para consolá-lo, quando ele fazia o jantar era ela quem estaria ali para saborear, quando ela chegava animada para conversar, ele sabia que era sobre o álbum favorito dos dois e Jaehyun sempre esteve disposto para ouví-la, quando ele chegava em casa banhado na luxúria era apenas ela quem recebia de bom grado e quando ela trazia purpurina era ele a companhia perfeita.
Perde o foco da agulha riscando o vinil, este que rodava sem parar no toca disco. Jaehyun bebeu mais do vinho, encara o celular, pensa bastante sobre o que cogitou fazer naquele momento, mas não faz, afasta a ideia, é orgulhoso, fora que foi ela que havia colocado um ponto final e só aceitou porque não fazia diferença, se sentia uma péssima pessoa em admitir que carregou todo aquele relacionamento por interesse.
Não o culpe, tudo era cômodo demais, foi inevitável.
── Acordado de novo? ── Não respondeu Johnny, o encarou impaciente, como se não fosse óbvio.
── Não, 'tô sonâmbulo. ── Johnny ri soprado, pega a taça de vinho e se senta junto a Jaehyun enchendo o copo com a bebida alcoólica.
── Qual é cara, tu disse que não tava sofrendo. ──
── E eu não 'tô, deve ser alguma coisa sobre beber vinho demais ou qualquer merda, não sei. ── Reclama baixinho.
── Conta outra, nunca te vi assim em outros términos. Admite, ela mexeu contigo. ── Mexeu? O aperto no peito toda vez que lembrava dela se enquadra em alguma coisa ou só é o peso de ter sido potencialmente alguém ruim pra ela?
── Foi ela quem acabou. Você sabe o motivo de eu ter aceitado isso, não me enche.
Para Johnny já era mais que claro, entortou a cabeça descrente, sabia que Jaehyun era orgulhoso e uma das piores pessoas para expressar e entender sentimentos, negligenciando até o próprio, mas não esperava que essa percepção limitada fosse capaz de não fazê-lo perceber o óbvio em meio a toda aquela situação.
── 'Tá com medo isso sim. Medo que ela tenha percebido que você foi egoísta durante todo o relacionamento e ter acabado por conta da sua negligência. ── Johnny bebe o resto do vinho e se levanta para deixar a sala de estar. ── Vou ser sincero com você, porque nenhum outro amigo teu é, Jaehyun. Pare de negligenciar sentimentos, seja o seu ou o dela. Não sou sommelier de relacionamentos, você sabe, mas sua ganância, comodismo, egoísmo e qualquer palavra que seja capaz de definir sua intenção com esse relacionamento foi o motivo de ter acabado. 'Cê tá sofrendo e não quer admitir porque teu orgulho ainda vai ser o motivo da tua morte. Kendrick fala.
Procura conforto nas batidinhas que sente no ombro, não o acha. Johnny deixa Jaehyun sozinho novamente, o obrigando a pensar sobre, nocauteado com as palavras e verdades na qual não queria encarar, não agora. Ele de fato não esperava por aquilo.
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"Então, o Daniel Caesar fez Freudian no intuito de confundir quem escuta, acredita? Porque 'cê não vai conseguir distinguir em algumas músicas se ele fala sobre o relacionamento tóxico dele com a mãe ou com a namorada. " Profere empolgada, assim que a música do álbum termina.
"Por isso que o nome do álbum leva o nome de Freud? Pra explicar como o relacionamento familiar afeta no relacionamento romântico?" Concorda engatinhando de volta para os braços de Jaehyun.
"Incrível" Ambos dizem ao mesmo tempo e caem na gargalhada logo em seguida.
Jaehyun achava sensacionalista demais todo o assunto envolta do álbum, família e relacionamento, ambos tóxicos, para ele era uma certeza absoluta que conseguia separar essas duas coisas, no entanto se interessava em como a menina conseguia explicar de forma tão eloquente um assunto na qual amava. Música e a genialidade por trás dessa arte era seu maior domínio, o mínimo que ele poderia fazer era escutar, potencialmente deslumbrado.
"Acha esse papo real? Do álbum e Freud."
"Claro, sua versão criança diz muito sobre isso. Às vezes é tão normal para ti que 'cê nem consegue perceber, Daniel fala do quão destrutivo pode ser para as duas pessoas no relacionamento. Muito apego ou pouco apego, falta de afeição ou a não percepção dela, tudo." Jeong pensa, cercado com possibilidades e incertezas acerca daquele assunto.
"E quem sai machucado no final?" Pergunta.
"Os dois sofrem, apenas um demora para perceber e talvez acabe sofrendo mais por isso… é um assunto delicado, não acha?" Responde reflexiva.
"Uhum, acho."
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── Diz, diz que sente minha falta…── Retém o gemido, ofega tanto que a frase falha mas ainda se mantém firme, perto o suficiente de sua orelha.
── Ah Jae… sinto muita falta… ── Admite, boba, com lágrimas nos olhos, perdida em seus próprios pensamentos e entorpecida na ritimagem perfeita que o pau tinha em meter fundo em sua bunda enquanto a mão grande massageava a buceta.
É judiada pra valer, vindo de Jaehyun naquele momento até gosta, a mão firme apertando o pescoço, os olhos castanhos encarando os seus de volta, via um misto de sentimentos com predominância no prazer, mas ainda sim ele era uma incógnita.
Maneja o corpo da forma como o agradava, sem parar os estímulos, apenas queria te ter de quatro, a ideia de poder observar o pau entrando e saindo por trás dela com perfeição e estímulo máximo infla o ego e aumentava o tesão existente naquele quarto. Agarra a pele da bunda feminina com urgência indo cada vez mais fundo. Por pouco seu corpinho permanecia equilibrado, gemia manhosa, deixa cada súplica escapar da boca sem ligar muito, sabia que Jaehyun gostava de ouví-la quando ficava burra por um caralho, especialmente o dele.
A porra do Jeong é despejada em todo o canal, é quase como uma carga elétrica, arrepia todos os pelos possíveis do corpo, não tem outra opção, goza logo depois, com as pernas tremendo, relaxa sob os lençóis gelados ainda aproveitando a sensação.
Ele a observa, em uma situação parecida, entorpecido com sua beleza, saberia expressar aquilo? Desvia o olhar, deita do seu lado sem falar uma palavra, não restava dúvidas, era diferente agora. O peito pesava, sua mãe sempre disse "O coração vai ser um fardo pesado" e passando tempos sem entender aquela frase, agora conseguia.
── Você sentiu minha falta também? ── Pergunta baixinho, esperando por uma resposta.
Jaehyun ficou em silêncio, a garganta secou e novamente se sentiu confuso.
── Fala sério. Bateu na minha porta às duas da manhã, me beijou antes de falar qualquer coisa e não sente minha falta?! ── O encara indignada, com a mente bagunçada.
── Eu… ── Suspira derrotado. ── Não sei.
── Por que quando se trata de mim, de nós, tu nunca sabe de nada? ── Caça a camisa do pijama que usava antes, a fim de vesti-la.
── Quer saber o por quê? ──
A sensação de prepotência, de mais uma vez não falar o que passa em sua mente o irrita.
── Claro que quero! É o mínimo depois que cê come alguém. ── Dispara igualmente irritada.
── Interesse, porra! Foi por interesse, comodismo. ──
── Ahn…?
── Ter você era cômodo pra mim! não entendeu? Eu não precisava de muita coisa, nem explicar muita coisa, nunca precisei. Você preenchia um espaço que eu era carente e por isso continuei… ── expele o ar, com os sentimentos a mil. ── continuei até aqui, porque eu precisava saber se tu sabia disso, se tinha acabado por esse motivo, eu tava com a consciência pesada.
Ela não disse nada, encarou Jaehyun com um desespero oculto, torcendo para que aquilo não fosse verdade, no entanto, pela primeira vez em todos os dias de relacionamentos que dividiram, ele falava a verdade. Talvez esse fosse o momento mais verdadeiro que presenciou junto a Jaehyun.
Os olhos que o admiravam choravam pela segunda vez, como uma menininha.
── Não sabia, terminei porque você nunca pareceu se preocupar comigo de verdade, sempre parecendo supérfluo. ── funga despedaçada, repudia está próximo dele, como também repudia a si mesma. ── Nunca percebeu que eu dediquei minhas melhores músicas para você? E o que tu me dava em troca? Um obrigado, era sempre assim. Não sirvo pra aguentar a ausência, agora eu entendo.
Jaehyun se cala, apesar da tristeza que pouco a pouco surgia dentro dele, não se sente arrependido, devia aquela explicação, aquele desabafo, sabia que machucaria, mas acreditava num machucado maior caso a menina descobrisse mais a frente. Incontestado com o momento, o que poderia fazer?
── Agora sua consciência deve tá limpa, né? Cê descobriu que eu acabei porque fui trouxa e pensava que você não gostava mais de mim, mal sabia que tu nunca gostou. ── Enxuga as lágrimas ainda insistentes em cair, caminha até a porta apenas para abri-la. ── Vai embora, a parte da sua carência já deve ter sido preenchida.
── Me entenda, por favor.
── Me entenda você, Jaehyun. Vá logo embora!
𝗰𝗹𝗼𝘀𝗲 𝘁𝗼 𝘆𝗼𝘂 — 02.
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"Minha mãe uma vez me disse como eu deveria me portar em sociedade." Jaehyun coloca os fios castanhos atrás da orelha de volta, encarando o rosto feminino parcialmente sonolenta que se esforçava para manter-se acordada. "Sempre bem polido, de postura soberba, ignorar definitivamente aqueles que não fossem capazes de me proporcionar algo e sobretudo ser indecifrável, a fraqueza está nos sentimentos."
De forma inconsciente Jeong entendia que havia canalizado o aprendizado forçado para dentro de si próprio.
"E você gostava de viver assim?"
"Nunca gostei."
"Então, seja você mesmo. Não seja o que os outros querem. Cê consegue ser mais lindo quando tá sendo você." Sorri por tão pouco tempo que você não consegue perceber.
"E quando eu tô sendo eu?" Sussurra calmo.
"Agora. Contando sobre sua vida."
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Roda a chave do carro entre os dedos, ignora qualquer aviso que Johnny tenha que dar justo naquele momento quando estava saindo, Jaehyun sabia que era para o seu bem, muitas coisas eram ditas para o seu bem, mas agora ele não queria ouvir nenhuma, ainda estava com raiva, inconformado e cheio de mágoas, dar conselhos por mais sábio que fossem naquele momento não era adequado. O destino no momento era o mais longe possível, curiosamente havia sido convidado para um encontro de amigos, se fosse um dia habitual como os outros ele negaria sem pensar duas vezes, por isso Taeyong ficou surpreso quando Jeong aceitou de imediato.
Afinal, Jaehyun tinha motivo para recusar agora? Talvez conversar com outros amigos fosse o fazer bem e se parasse para pensar, tinha tempos que não sentava na areia morna da praia e observava o mar, precisava daquilo. Fez isso da última vez acompanhado, por um momento as lembranças trouxeram um vislumbre daquele dia.
Passou a sexta-feira toda lá, depois de matar algumas aulas na faculdade, não precisava de muita companhia, apenas a dela já era ótima para Jaehyun. Lembrou de ter a elogiado pela primeira vez, muito provavelmente, porque havia ficado perfeita no biquíni e o ar praiano combinava tanto com ela, a alegria que as ondas transmitia podia ser vista facilmente no rosto feminino, na forma como corria pela areia, puxando ele pelo braço, a voz sempre melodiosa o chamando era tão gostosa de ouvir, "Vem amor… a água tá geladinha!" Como uma sereia e Jaehyun ia sem reclamar, deixava ser guiado enquanto fazia questão de capturar tudo para lembrar depois. No final, lembrou de ter ficado até o escurecer, beijou ela na água do mar, ouviu o primeiro eu te amo desde que nasceu e observaram as estrelas. Estava realmente lembrando depois.
── Cê veio! Quanto tempo mano. ── O abraçou de lado, Taeyong precisou falar um pouco mais alto por conta da música. ── Deve ter ficado ocupado por esses tempos.
── Fiquei, muita coisa aconteceu, ainda bem que tamo se vendo de novo. ── Senta de frente para a fogueira.
── Tá sendo de boa morar em Compton? Se mudar pra lá deve ter sido uma barra. ── Franzi o cenho discordando.
── Compton por incrível que pareça é tranquilo, tem coisas legais por lá. ── Pega um copo de plástico para colocar o máximo de álcool que o corpo suporta, bebendo um pouco. ── Continua a mesma coisa por aqui em Santa Mônica?
── Uhum, não tem nada de novo nessa merda. ── Ri e bebe junto com Taeyong.
Escutava a fogueira crepitar, dividia a atenção com as chamas e o mar escuro, vez ou outra enchia mais o copo até chegar ao ponto de se sentir tonto, o que era uma surpresa porque ele sempre foi resistente demais com bebidas.
O que estava fazendo ali?
Não era ali que queria estar.
── O Rapunzel reapareceu por essas bandas!
── Não vai encher o saco dele Yuta, parece que ele tá de coração partido. ── Taeyong brincou depois de saber toda a história ou uma pequena parte dela.
── Ih… Cê não veio aqui pra ficar desse jeito. ── O japonês se senta do lado de Jaehyun, passa os braços pelos ombros e oferece um cigarro bem boladinho. ── Toma, um desse daqui e você esquece essa mina. Dou cinco minutos!
Pondera, olha para o beck, depois para Taeyong que sorria divertido e por fim para o mar.
── Já fumei muito dessa, não vai bater legal.
Yuta nega, pegando o isqueiro.
── Não bestão, você fumou as de Compton, essa daqui é de Santa Mônica! Você vai ver como é diferente, vai por mim.
É convencido pelo papinho de mercador, assim que o cigarro é acendido Yuta oferece novamente, Jaehyun é o primeiro da roda a usufruir, da três tragadas e passa para o Nakamoto, tosse um pouco, não era inexperiente, apenas havia parado de usar, ficou desacostumado muito rápido.
── Cê vai adorar essa, daqui a pouco já bate. ── Decide confiar nas palavras de Taeyong, volta a encarar o fogo em sua frente esperando pela sensação.
"Já te disse pra parar de usar isso. A gente combinou. Do que você foge, amor?"
Olha para o lado assustado, não vê ninguém, de repente a voz não está mais do lado e sim ali no fogo, consegue ver perfeitamente o rostinho admirável, o sorriso, corpo, tudo. Jaehyun fecha os olhos, deixa um sorriso escapar mas aquilo estava mais pra descrença do que alívio ou alegria. Quando pararia de vê-la em tudo? Quando pararia de sentir falta? E aquele sentimento era saudades ou mais uma vez o ego e interesse próprio agindo?
"Não se aproxime de pessoas que não vão te oferecer nada de bom, seja interesseiro, o mundo é assim com todos, garoto."
── Te falei! Olha só como você tá alto já. ── A voz de Yuta sai distorcida e até engraçada para o momento.
── Bateu mesmo, cara?
Concorda rindo, aquela merda era diferente mesmo, não era mentira.
── Que merda, Yuta! Essa porra não é só maconha. ── É chacoalhado pelo Japonês que ria junto, não tão submerso porque com certeza já era acostumado com a erva ou qualquer besteira que aquilo fosse.
A partir dali tudo se torna um borrão pouco definido, ainda continua olhando para o mar, mesmo dançando junto com a música, fumando mais e misturando tudo com álcool. Como sempre o vazio que sentia fora preenchido e estava tudo bem até ali, não precisava se preocupar mais ou sentir aquele aperto no peito desde a primeira semana do fim, também não precisava se preocupar com o que a mãe acharia daquilo ou de sua vida, ela não estava lá para ver o filho único prodígio decair a cada minuto. Era um nirvana e Jaehyun podia jurar ser Buda.
── Agora, pra experiência ficar completa, eu quero te apresentar a Anya, ela tá disposta a te fazer esquecer de vez essa sua ex mina lá. ── Cambaleando Yuta trás uma garota consigo, também no mesmo estado que todos ali.
O Jeong a encara, duvidoso sobre a ideia, sobre a menina, era até bonita, parecia com ela, parecia tanto que ele estava começando a suspeitar que haviam trocado de rosto, mas não, ela se vestia mal e a menina que dominava seu coração não misturaria jeans colorido com jaqueta de couro.
"Cê vai me procurar em outros rostos, mas não vai me encontrar, nunca vou ser igual a elas, te marquei de forma diferente, Jae."
Desmancha o sorriso, ultrapassaram a barra, talvez demais. Era óbvio que ele estava chapado o suficiente para esquecer o próprio nome, as chaves do carro ou qualquer outra coisa, entretanto, tudo havia sido tão recente, se Jaehyun se esforçasse ainda conseguia sentir o calor da pele cheirosinha sob a dele e caso aceitasse Anya, estaria a usando, já havia usado pessoas demais.
Yuta entende o recado, dispensa a menina e deixa o amigo sozinho, mentalmente o chamando de cabaço, de qualquer forma, que seja, era a vida dele.
Os pés parecem pesados, Jaehyun não consegue ficar em pé por muito tempo, volta a se sentar perto da fogueira, expira sufocado, olha de novo a fogueira, sente conforto ali por breves segundos. Do outro lado, meio translúcido podia ver a silhueta feminina familiar e levantando um pouco o rosto via que ela o encarava de volta. Ah que merda, não conseguia fugir.
Não era real, nada do que via era real.
Se contentou com o efeito da droga, abraçando a ilusão de tê-la tão perto, Jaehyun não falou nada por muito tempo, estava ocupado demais encarando e encarando, preso em um loop. Talvez, o que queria não estava ali no meio e sim em outro lugar.
── Taeyong, acho melhor cê ajudar esse seu amigo, o cara tá parecendo uma estátua, talvez não seja mais legal continuar aqui. ── O Lee concorda, a primeira vez fumando aquilo nem sempre é uma experiência boa.
── Vou levar ele pra casa. Diz pro Yuta que não tenho hora pra voltar. ──
Os braços de Taeyong seguram Jaehyun forçando-o a se levantar dali.
── Não consigo cara, a minha bunda tá colada na areia. ── O Lee acha engraçado, mas levantar Jaehyun dali com certeza não foi uma tarefa fácil.
── Vou te levar pra casa, cê mora com um tal de Johnny, né? Me dá seu celular, deixa eu ligar pra ele. ── Jeong não pensa muito, tira o iPhone do bolso e entrega para o amigo enquanto andavam até o estacionamento.
Por coincidência vê duas chamadas perdidas de Johnny na barra de notificação, Taeyong pensou que precisaria pedir a senha e se estressar sabendo que Jaehyun com certeza não saberia dizer nada racional no momento, para sua surpresa o celular não tinha senha, deslizou o dedo para cima e já havia desbloqueado. Sorri com pena, observa a foto que o amigo tinha escolhido como tela inicial, era uma sua dormindo e abrindo a galeria, curiosos do jeito que era, encontrou mais fotos em uma pasta na qual carregava o apelidinho de godness, ali tinha mais fotos da suposta garota do que do próprio Jaehyun em todo o celular, parou para encará-lo, havia acabado para ele mesmo?
"Jaehyun, fui dormir. A porta tá trancada mas cê tem a chave. Se algum dos seus amigos irresponsáveis for te trazer de volta, o endereço do apartamento fica dentro de algum compartimento do teu carro, se vira idiota, eu avisei"
𝘀𝗲𝗶𝗴𝗳𝗿𝗶𝗲𝗱 — 03.
Pra conseguir entrar no apartamento a chave é derrubada várias vezes até finalmente abrir a porta, com passadas incertas vai até o próprio quarto e entra no banheiro, precisa de um banho. Havia perdido a noção das horas a partir do momento que cochilou e já acordou no estacionamento do residencial, agradeceu a Taeyong e até disse que o compensaria outro dia, permanecia feliz, até entrar no elevador e caminhar para o apartamento. Sentia novamente o peito pesar e a respiração ficar densa, suava frio também e se sentia sufocado com aquele tanto de roupa, ainda bem que conseguiu entrar a tempo.
"Pensa direito Jaehyun, talvez você esteja perdendo alguém que ama de verdade por situações do passado que te atormentam."
"Só não deixa de ser feliz por conta dela, você merece."
Afunda o corpo na água, pensando nas palavras ditas, a sensação gelada pouco a pouco traz sobriedade, tirando o efeito de tudo que usou o mais rápido possível. Abraça os próprios joelhos, talvez estejam certos, de Daniel Caesar sobre seu relacionamento podre com a mãe, até Taeyong o aconselhando depois de tanto tempo. Passou mais que a metade da vida sendo o que sua mãe totalmente autoritária e narcisista queria que fosse e acabou canalizando tudo para si mesmo, agia por interesse com os outros, não demonstrava sentimentos com medo de ser fraco, os bloqueava e negligenciava outras pessoas, isso tudo porque a própria progenitora havia o ensinado, o obrigado para ser mais verdadeiro.
E agora toda aquela merda guardada dentro de si misturada com os sentimentos após término, a culpa de ter acabado tudo e os resquícios de drogas em sua mente estavam prestes a sair como uma bomba, explodindo tudo de vez.
Ama, ama de verdade você, te venera secretamente como uma deusa, vive para ser o motivo do seu sorriso mais bonito. Era verdade que começou tudo por interesse sim, mas aprendeu a te amar, sentia o amor e friozinho na barriga aumentar cada vez que se encontravam pra passar tempos juntos, nem que fosse pra não falar nada e ficar apenas olhando a cara do outro. Foi de você que ouviu o primeiro "eu te amo" ou "cê é tão incrível" , por isso sua presença era algo indispensável para Jaehyun, tinha constância e certeza que era muito amado independente do que fosse e agora que havia perdido tudo, perdido você, nada mais fazia sentido. De repente se viu criança chorando por não ter o que observava em seus coleguinhas e como aquilo o machucava.
A barriga embrulhou e a angústia terrível subia do estômago até a garganta, inclinou a cabeça para fora da banheira e vomitou ali mesmo tudo o que tinha consumido, ficou minutos assim, desesperado sem conseguir parar enquanto tossia igualmente.
── Que barulho é esse Jaehyun, cê tá bem? ── Johnny abre a porta do banheiro, passa segundos entendendo a situação. ── Tu se drogou pra caralho né?
Suspira derrotado quando viu que nem o responder seria possível, sentiu pena, deveria parar de ser tão coração mole daquele jeito.
── Eu te acordei? ── O Jeong pergunta aéreo, entre tosses e respirações aceleradas. ── Sinto muito.. não queria ter feito isso…
── Tá tudo bem, você costuma ser irresponsável assim…
── Sinto muito Johnny… Eu sinto muito, não deveria ter te acordado… merda, sinto muito…
── Eu já entendi Jaehyun, tá tudo bem. ──
Não era sobre ter acordado Johnny.
O mais velho percebeu que Jaehyun não pararia com aquilo e o que parecia impossível tinha acontecido, pela primeira vez pode escutar o soluçar baixinho do amigo até se transformar em um choro embargado de sentimentos presos e outras coisas. Jaehyun chorou como um homem, foi corajoso para expor o que tanto sentia e não tinha coragem de explicar, contradizendo tudo o que sua mãe acreditava, era angustiante vê-lo assim e libertador ao mesmo tempo.
Johnny deixou tudo de lado, reclamações, avisos, desabafos e foi até ele, o abraçou porque via quanto precisava.
── Tá tudo bem cara, a gente limpa isso depois. ──
── Eu amo tanto ela, Johnny. Amo de verdade, como nunca amei ninguém, nem minha mãe. ── Agarra o amigo mais forte, o molhando com as lágrimas. ── Sinto tanto por ter a machucado com minhas palavras, eu fui um cuzão. Pensei que não a amava…
O Seo até pensou em falar, mas temia interromper esse momento de desabafo vindo logo de uma pessoa difícil de expressar seus sentimentos como Jaehyun, por isso se propôs a ficar calado e escutar cada palavra que ele tinha para falar.
── Me sentia incapaz de receber amor, minha mãe nunca me ensinou, nunca mostrou pra mim, eu confundi e não consegui falar nada até agora. ── Johnny permanece calado, lutando contra a vontade de chorar também. ── Eu não quero perder ela… não posso.
── E o que você vai fazer?
── Qualquer coisa, faço qualquer coisa por ela, até se for no escuro. ──
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Aceita o copo de bebida que oferecem a ele, a casa que a festa rolava era pequena e somando tantas pessoas num ambiente só deixava tudo claustrofóbico, Jaehyun havia acabado de chegar, mas já queria ir embora. Engoliu aquela vontade, ter novos amigos na faculdade deve servir pra alguma coisa.
Já que não poderá se mudar nem tão cedo de Compton, que pelo menos conheça novas pessoas.
Arruma um espacinho no sofá da sala, observa cada pessoa ali, era bom nisso, tão bom que às vezes poderia deduzir a próxima decisão da pessoa. Antes de ter uma vida independente, com muitas aspas, Jaehyun não podia fazer nada além de observar, dito isso fez dessa situação sua maior especialidade.
Entre todos ali apenas uma se destacava, talvez fosse sim por sua roupa com pedrinhas brilhantes, meio transparente, ousada demais, linda, pelo penteado diferente e a maquiagem criativa, mas não era só por conta disso, vendo você de longe conseguia sentir, de forma estranha, o quanto era parecida com ele. Não era a aparência, nem o jeito como falava com a amiga e se perguntassem o que era, naquele momento, Jaehyun não saberia responder, talvez mais tarde sim. Só que, droga…algo em ti chamava por ele.
Você o encara de volta, sorri toda bonitinha, Jaehyun bebe mais do álcool sem quebrar o contato dos olhos, sorri também, hipnotizado.
"Vem aqui, vem." Consegue ler os seus lábios junto com o gesto das mãos, por que negar aquele convite?
Levanta, caminha espremido pelas pessoas, segue a silhueta feminina, até as escadas e corredor, desacreditado, bobo com a risadinha divertida que saía dos seus lábios tão convidativos, percebe o quanto se diverte com a ideia de está sendo seguida naquele lugar.
"Gostou de me encarar?" Alfineta, já dentro de um quarto.
"Cê ainda pergunta? Eu não teria te seguido aqui por nada."
"Sabe aproveitar as oportunidades, né?" Vai se aproximando de Jaehyun até ficar perto o suficiente.
"Posso aproveitar mais."
"É?"
"É."
A cintura é rodeada, trás pra mais perto, gosta da sensação que o tecido translúcido causa na pele junto com o roçar das pedrinhas brilhantes. Jaehyun encara os seus olhos femininos, desce para a boca e volta a encarar os olhos, tudo isso de propósito, só pra deixar no ar um gostinho de desejo misturado com ansiedade. Beija com vontade, de forma mais gostosa impossível.
Aproveita a pegada maravilhosa, do quanto vai se tornando urgente e já não aguenta mais beijar só a boca, o Jeong desce pro pescoço, morde, marca, beija ali, sente o desejo crescer e o corpo esquentar.
Prende o corpinho feminino na parede, as mãos grandes saem da sua cintura e sobem até os seios, apertam por debaixo do tecido, desliza o polegar no biquinho durinho, você estremece, deixa um gemidinho baixo escapar, soa como música, uma das melhores. Não deixa barato, apesar do estímulo ainda sente forças pra provocar ele também.
É ainda mais ousada, espera Jaehyun vacilar, põe a mão por dentro da calça moletom que ele usava, expondo o cacete úmido, teve que esconder a satisfação de tê-lo assim.
"Caralho…" pausa a fala, vacila no que ia dizer pois a sensação da sua mão macia o punhetando faz perder o raciocínio."cê é perigosa, princesa."
E talvez fosse mesmo, talvez você gostasse de ter aquela pequena sensação de poder, mesmo que depois tudo fosse pro ralo junto com a postura de marrenta. Cruzou caminho com vários, entretanto, por algum motivo ele era diferente.
Desce e sobe mais rápido, sente a respiração ofegante e o hálito de menta de Jaehyun bater contra o seu pescoço, causa arrepios tão bons, aumenta o tesão. Da boca dele é capaz de ouvir mais alguns xingamentos seguido de um gemido rouquinho, sabia que ele estava perto.
Para a masturbação antes que Jaehyun pudesse gozar, leva os dedos até a boca, lambe alguns, limpando o pré gozo dali.
"Nem tão rápido, amorzinho. A gente acabou de se conhecer."
"Qual foi, linda…"
Admitia para si mesmo que sempre estava fugindo de algo, por isso nunca ficava fixo em algum lugar, passou por tantos lugares que até o inferno podia ser considerado como moradia em algum momento da própria vida. Mas, talvez ali, naquele momento, com aquela garota, com você, Jaehyun tivesse encontrado um motivo pra ficar em Compton mais um pouco.
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𝙨𝙚𝙡𝙛𝙘𝙤𝙣𝙩𝙧𝙤𝙡. — 04.
Jaehyun deixa a melodia do disco vagar por toda a sala de estar, troca o vinil de lado na medida que escuta todas as faixas o quanto achar necessário, nunca tinha parado pra escutar Lauryn Hill antes, mas sabia o quanto você gostava e agora era inegável não lembrar de ti.
Sorri, morrendo de saudades. Desbloqueia o celular, vai até seu perfil no Instagram pela primeira vez depois do término, o peito aperta, controla a felicidade em vê que nada mudou, sente uma pontada de esperança quando vê as fotos de vocês dois no feed, cada uma mais espontânea que a outra, mas era fato, a alegria era presente em todas, como pôde ser tão burro consigo mesmo para não perceber o quanto era feliz? As fotos não mentiam.
Por outro lado, se todas elas não estavam excluídas ou arquivadas e continuavam ali no perfil, significava que você ainda não havia aceitado o fim, não era? Cria coragem, pega no celular e com toda confiança que tinha clica no teu número.
Chamada sendo encaminhada.
"O número que você ligou está fora de área ou desligado"
Tudo bem que é madrugada e qualquer pessoa estaria dormindo agora, mas Jaehyun esperava por sua voz, nem que fosse um pouco.
"Eu sinto, eu sinto muito sua falta, linda."
"Perdão por ter demorado tanto, cê não sabe a falta que me faz te ter longe de mim."
Morde o interior da bochecha, aflito, vê perfeitamente a mensagem sendo visualizada, como também vê os três pontinhos, espera por um retorno, mas não o tem, então Jaehyun decide ligar de novo.
── Cê tá me escutando? ── Diz com urgência, mas tudo o que escuta do outro lado da linha é o barulho da TV e sua respiração por longos segundos.
── Não me machuca de novo, não liga pra mim se você vai me comer, dizer coisas horríveis e ir embora como da última vez, eu sofro com nosso fim e não mereço ser feita de escape. ── O timbre calmo não engana o Jeong, porque ele te conhece e reconhece quando sua voz fica embargada pelo choro.
Jaehyun também choraria.
── Eu também sofro, todos os dias eu sofro sem você comigo, eu tava confuso e fui um merda, mas me deixa te ouvir, deixa eu ir aí e te ver, quero falar com você, princesa. ── A linha fica em silêncio de novo, causando maior ansiedade.
── Não demora.
E não iria, Jaehyun foi rápido como um tornado, saiu de casa tão depressa que por pouco não deixou a porta aberta. Pôde perceber a semelhança com o dia que foi te ver na última vez, angustiante lembrar de como aquele cara era tão diferente do que costumava ser realmente. Agora Jaehyun sentia que seria diferente porque algo nele havia mudado, sido libertado, o importante ali não era a si mesmo como sempre foi convencido de que era e sim você, devia a verdade, os sentimentos sinceros e uma explicação.
── Sobre o que você quer saber? ── Pergunta com o intuito de quebrar o silêncio ali.
── Sobre o que eu quero saber? ── Você repete a frase, irritada com o questionamento. ── Já começa assim, Jaehyun?
── Não, olha. Cê tá entendendo errado. Tenho muito o que falar eu só não sei por onde começar, calma. ── Diz mais para si mesmo, passa a mão pelos fios de cabelo, atordoado.
Ao menos te ver o confortava, talvez na mesma medida que machucasse o coração.
── Eu senti sua falta. ── Admite de uma vez. ── Quando você me perguntou naquele dia e eu não soube responder, eu senti sua falta sim, o tempo todo. Não conseguia dormir direito, vivia bebendo, não tocava no meu celular porque eu sabia que ia ficar horas olhando pra suas fotos e me perguntando o que fiz pra ter acabado, mesmo sabendo o que eu tinha feito pra acabar.
── E por que não me contou, Jaehyun? Quer dizer, por que não me contava nada sobre o que sentia?
── Porque expor o que eu sentia me tornava fraco. ── Pausa a frase, Jaehyun respira fundo. ── Era o que eu pensava. Cresci com uma mãe que me proibia de várias coisas, inclusive de ter sentimentos, ela era horrível comigo, cê não tem noção. Então, o primeiro contato com o amor que eu tive veio de você. confundi o que eu sentia e pensei que era interesse, eu ainda tava preso no que minha mãe queria que eu levasse comigo pra sempre e não percebi de verdade o que ter você como minha namorada significa pra mim.
Ao encarar Jaehyun, percebeu o quanto estava sendo sincero, nunca tinha o visto tão sentimental daquele jeito, o olhando nos olhos via que todos os sentimentos vindo dele já não eram mais uma incógnita. Senta no colo dele e o abraça tão forte, matando uma de várias saudades.
Jaehyun a abraça de volta como um tesouro, chora nos ombros femininos como chorou nos de Johnny, estava aliviado.
Havia quebrado um ciclo.
Passa um tempo o consolando, faz carinho nos cabelos dele intercalando com batidinhas nas costas, não liga muito se o moletom está encharcado, na verdade prefere mil vezes o exagero de sentimentos do que a falta dele.
── Eu te amo, se você me der mais uma chance, prometo que nada vai ser como antes, eu quero te fazer feliz e quero que saiba disso todos os dias, sem mais confusões, machucados, nada. ── Jaehyun volta a falar assim que se acalma com as lágrimas.
── Eu também te amo, Jae. Não te quero mais longe, não é pra mim, não sei lidar com a saudade. ── Ri enxugando o rosto tão bonitinho que ele tinha.
── Vamos com calma, ok? Eu quero fazer do jeito certo agora, você merece isso. ──
Concorda, une os lábios em um beijo tão apaixonado quanto o primeiro que deram.
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀────── 𝒃.
"Você está equivocado, Jeong Jaehyun. Acha que sem mim você é capaz de viver sozinho? Você precisa de mim." A voz autoritária gritava da forma mais irritante possível.
Ela era possessiva e maluca, não o via como filho, via como propriedade na qual poderia desferir os piores xingamentos e ordens sobre-humana e ele estaria ali para cumpri-las e escutar calado. Crescer e perceber isso vindo de sua própria mãe era algo triste demais para suportar, mesmo assim Jaehyun suportava.
No fundo, viver com ela até o fim da adolescência e o começo da vida adulta tinha uma razão, era inconformado com o fato de não ser amado e adorado como qualquer filho tinha o direito de ser, sofria porque sabia o motivo desse ódio, não tinha culpa se de alguma forma era tão parecido fisicamente com o pai, ex marido de sua mãe.
"Eu já aguentei demais, vivi como um verme na casa que cresci, ninguém merece passar por isso, Mãe. Você é a pessoa mais horrorosa que eu já convivi" Cospe todas as palavras na cara dela enquanto arruma as próprias malas.
O rosto arde com o tapa estralado, fica estático, havia sido agredido diversas vezes, só que no rosto era a primeira vez.
"Desfaça sua mala e volte para o quarto, se me obedecer posso até pensar em um castigo mais brando. Eu sabia que esses seus amigos não seriam boas influência para você."
"Não caralho. Eu não vou desfazer nada, vou embora daqui e nunca mais vou voltar, você merece sofrer com o fardo de não ter sido nada na minha vida além de um empecilho."
Engole o choro, fecha a mala e a carrega para fora de casa, não quer olhar para trás, sabe que irá se arrepender de agir por impulso.
"Boa sorte então. Tudo o que tenho para lhe dizer é que realmente não volte, você não me dá orgulho em nada, nem foi digno de ter meu amor, não fará diferença longe."
Jaehyun precisava ter escutado cada palavra daquela para ter certeza que seu lugar não era ali, às vezes ter uma mãe não é sinônimo de conforto e confiança como esperava que fosse. Ficou ali até o momento porque esperava ser finalmente amado ou respeitado, fazia de tudo por sua mãe porque sabia que sem ela não teria mais ninguém, no entanto, até quando um coração é capaz de aguentar tanta individualidade? Não sabia, mas para o próprio coração, aquele dia já era o máximo.
"Não preciso do seu orgulho, nem do seu amor. Um dia Mãe, um dia eu vou encontrar alguém que sinta tudo o que a senhora se recusou a sentir de mim, vou ser amado sem precisar desmaiar de cansaço. Você verá."
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── Eu cumpri com o que disse, mãe. Não preciso do seu amor agora e finalmente sou amado, nem tudo é sobre interesse, de uma coisa eu tenho certeza, não quero viver sozinho como você, ter ela em minha vida já é suficiente. ── Jaehyun sussurra solene, observa o mar sem a angústia de antes resolvido consigo mesmo.
── Vai ficar sentado aí ou vem mergulhar logo?!
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xolilith · 5 months
Note
Cenário com o Jaezinho, onde vocês vão passar o primeiro natal juntos (pensei numa atmosfera tipo NY) porém está caindo uma tempestade de neve lá fora o que faz com que vocês fiquem presos num hotel, o que acaba te deixando frustrada e aborrecida. Pq 1°: quem é que passa o natal presa num hotel longe da família? E 2°: está nevando e não tem como vocês fazerem toda a programação que vocês planejavam, como sair, comer, visitar os pontos turísticos e assistir aos fogos. Pra mostrar que tá tudo certo e que o natal é sobre desfrutar um momento especial com quem você ama e não o lugar em si, ele tenta a noite toda desfazer sua cara de carranca, criando uma atmosfera boa. Botando um jazz alí, te chamando pra dançar coladinho (e você vai mesmo que contragosto), depois abre um vinhozinho e uma champanhe, vocês assistem a um filme e nesse ponto seu mau humor é quase inexistente. Até que chega uma notificação no seu celular do melhor restaurante que você tentou reservar a meses, perguntando se iria desistir da vaga ou não, você olha pra janela a fora e ver que ainda neva, com isso, sua frustração volta pq vocês dificilmente conseguiam passar um tempo juntos, e quando passavam era sempre num hotel, e você tinha prometido pra si mesma que ao menos no natal vocês aproveitariam tudo do melhor e não era isso que tinha acontecido.
Jaehyun percebendo sua mudança de humor, decide pular logo pros presentes. Fazendo sexo soft com você e te lembrando que não importa o lugar ou circunstância o importante era que voce estava alí com ele.
(Perdoa se o cenário tá muito específico faz ao seu gosto se vc achar que algumas ideias são desnecessárias hssdusjsh)
Beijo❤️
Memória de Natal - Jung Jaehyun
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Olá! Um ano desde o seu pedido e eu espero que você possa me desculpar pela demora e pela entrega dele não ter todos os detalhes que você queria 😔 espero que goste mesmo assim!
Boa Leitura!
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Você não evita e nem queria evitar o beicinho chateado que se forma na sua boca. Os olhos marejam quando você cruza os braços no auge da frustração.
Tinha planejado aquela viagem de fim de ano por meses, poxa!
O período tão aguardado do ano entraria em sincronia com as férias de Jaehyun da empresa e o fim do seu semestre. Tinham consiguido driblar toda a mídia em cima dele e conseguido ir para um lugar escondido o suficiente para que não houvesse problemas e pudessem passar o primeiro natal juntos como noivos em paz.
O lugar escolhido ficava nos arredores do centro de NY. A casa era adorável, imitando uma cabana rústica que ficava ainda mais aconchegante com a neve típica da época. Pretendiam jantar num restaurante legal e, após, tinham planos em ver a descida da estrela à meia noite com a família do Jung. Porém a tempestade de neve não prevista, estragou todos planos e prenderam vocês em casa.
E agora tudo parecia arruinado, qual era o sentido daquilo então? Não poderiam aproveitar o lugar, não poderiam estar com a família na véspera, nem trocar presentes... Droga de festividade!
O vestido chique que você usaria aquela noite, pendurado sobre um cabideiro, parece zombar de você, aumenta ainda mais sua chateação. Teria ficado tão bonita!
– Talvez o verdadeiro espírito natalino seja nós dois...
O Jung te abraça pelos ombros, tenta quebrar o clima ruim com uma piada que, se fosse em outra situação, te faria rir. No momento, só consegue desvencilhar-se dos braços dele e fitá-lo séria pela insensibilidade.
– Para de usar memes comigo, Jaehyun!
– Eu sei o quanto essa viagem era importante, mas você não pode ficar tão chateada assim.
Jaehyun suspira cansado, diz e vem no seu encalço enquanto argumenta.
– Eu tenho certeza de ter visto decorações de natal no sótão – Força a memória. – Ei, presta atenção em mim... – Pede ao segurar suas mãos, beija o torso delas. – Nós podemos cozinhar, beber um vinho, não vamos deixar o tempo acabar com nosso natal, uh?
O que poderia fazer além disso? Apenas assente, deixando Jaehyun guiá-la para os novos planos.
O que muita gente não sabia era que Jaehyun era realmente um ótimo cozinheiro e adorava a prática. Ele quem sempre se oferecia a se meter a chefe. Você acha que era pra compensar sua pouca satisfação com a cozinha, mas você tem que confessar que sempre que ele se propõe, sua vontade de estar naquele ambiente aumentava. Gosta de como a postura, apesar de relaxada, ficava mais atenciosa aos mínimos detalhes, o cuidado com os cortes e tempo de cozimento enchia seus olhos.
Por isso, nas horas que sucedem você esquece um pouco da frustração. As horas em que ficam de conversa fiada enquanto a ave assa, e vocês se debruçam em fazer os acompanhamentos parecem alheias a você. Assiste Jaehyun esticar a massa amanteigada dos biscoitos que serviriam de sobremesa após o jantar.
As decorações empoeiradas do sótão também ganham espaço: algumas luzinhas, meias que foram penduradas na lareira e enfeites de bolinhas e renas sobre a pequena árvore de mesa.
Algum tempo depois o jantar é servido. Empanturra-se sem pensar no depois, realmente amava a comida do Jung.
Após, com as bochechas vermelhas e o corpo quente pelo efeito do vinho, você deita sobre o tapete. Cheia.
– Ah! Nossa! Eu amo sua comida!
Jaehyun sorri orgulhoso, deita a cabeça sobre seu peito.
– Você não aceitou casar comigo só por isso, não é?
Você abre a boca, falsamente em descrença.
– Você descobriu meu segredo, Jay!
Jaehyun faz um som de chateação.
– Sabia! – Constata, brincalhão, antes de emcarar o relógio de parede, os olhos depois capitam como a chuva de neve parece ter diminuído. – Ainda falta alguns minutos para meia noite... Vem! Vamos sair um pouco na neve, Grinch!
Agasalham-se com um casaco mais grosso, luvas e cachecóis. Jaehyun abraça-a por trás quando chegam a varanda. A imensidão fria e branca toma seus olhos e, apesar de mais amena, a neve de antes cobriu tudo em volta que torna difícil até a saída de luz dos postes. Os braços de Jaehyun a apertam mais, quando ele sela os lábios na lateral do seu pescoço, como se lembrasse que estava ali.
Ele havia sido tão atencioso, mesmo que depois da frustração você tenha agido mesmo como o monstro verde que odeia o natal. Mas ali, com os braços dele envolta do seu corpo, os pequenos flocos de neve que caem como uma leve garoa, você se deixa amparar. Deita a cabeça sobre o peito dele, pisca os olhos que marejam devagar. Não existe outro lugar no mundo que você desejaria estar a não ser ali, com Jaehyun.
– Desculpa, eu estava me comportando como uma maldita criança! – Pede, baixinho, antes de ficar de frente para o homem. – Eu estou sempre agindo como uma maldita criança, eu sinto muito!
Segura as bochechas dele entre as mãos enluvadas, beija diversas vezes os lábios frios.
– Eu amo você! Não existe lugar no mundo que eu desejaria estar que não fosse com você.
Jaehyun sorri, puxa-a para um abraço. Força a voz num tom grave, susurra no seu ouvido.
– You're a mean one, mrs Grinch – Você ri. – Eu também amo você!
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solamais · 25 days
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Apenas um questionário de desenvolvimento e pra quem tiver interesse em saber um pouquinho mais da Sol <3
Um agradecimento especial a player do @meowhile pelo edit lindo que me salvou nesses tristes dias de quem está sem ps.
Aparência:
- Qual é a sua aparência física? Ela tem 1,68 de altura. Cabelos pretos e cacheados, seus olhos são da cor âmbar. 
Comportamento:
- Como é a sua expressão facial? Costuma ser suave quando está inexpressiva, mas ela costuma ser bem expressiva e suas emoções se tornam bem visíveis no rosto dela. 
- Você gesticula muito com as mãos? Sim, ela acaba gesticulando muito quando esta empolgada com algo ou quando fica muito nervosa. 
- Você tem algum hábito? Andar de um lado para o outro quando esta ansiosa com alguma coisa. 
- Como é a sua postura? Ela diria que normal, mas para princesas e damas que cresceram tendo aula de etiqueta… É tenebrosa como a de uma camponesa miserável. 
- Como você anda? Geralmente em passos animados ou até mesmo ritmados se estiver cantarolando alguma música.
- Como você gosta de se sentar? De perna aberta e bem confortável, por isso calças são seu forte. 
- Você tem algum hábito incomum? Ficar encenando suas cenas favoritas de musicais quando está sozinha. 
Saúde:
- Qual é a sua dieta? Sinceramente? Ela come tudo que ela pode pagar, nem sempre são as opções mais saudáveis. Mas não possui exatamente nenhum desgosto com algum tipo de comida nem nada do tipo. 
- Como é o seu padrão de sono? Costumava ser bem ruim, mas desde que chegou nesse mundo mágico tem sido bem melhor. Ela tem conseguido dormir nove horas ininterruptas! É quase um sonho. 
- Você pratica exercícios regularmente? Não, só se você contar caminhadas e uma corrida vez que outra alguma coisa. As vezes ela pensa em mudar isso, mas sempre se sente ocupada demais pra isso.
- Você é muito ativo ou preguiçoso? Super ativa!
- Você toma algum medicamento regularmente? Não, mas certamente remédios pra enxaqueca poderiam fazer falta se não fosse um mundo mágico.
- Você tem alguma doença física ou lesão crônica? Não, nenhuma. 
Pessoal:
- Você é introvertido ou extrovertido? Extrovertida
- Você é otimista ou pessimista? Otimista
- Qual é o seu gênero e sexualidade? Cis gênero feminino e Bissexual
- Você tem inclinação para o romance? Ela diria que tem sim uma inclinação a ser romântica. Não necessariamente a buscar um romance ativamente. 
- Como é a sua memória? Consideravelmente boa. 
- Você é bom em planejar? Não muito, ela prefere ser mais espontânea.
- Você passa muito tempo refletindo sobre a vida? Não. 
- Você confia na sua intuição? As vezes. 
- Você é bom em resolver problemas? Depende do tipo de problema, se for algo que exija muito pensamento teórico e afins… Definitivamente não. 
- Quais são os seus objetivos de vida? Ter reconhecimento pelos seus talentos e esforços. 
- Quais são as suas inseguranças? Comparações. Ela sempre fica insegura quando é comparada com outras pessoas. 
Passado:
- Como foram as suas relações com seus pais? Conturbada, eles nunca apoiaram muito os sonhos dela e ela sempre se sentiu como um estorvo pra eles. Até os dias atuais ela ainda não se entende muito bem com eles. 
- Como foi a sua adolescência? Cheia de brigas com os pais e irmãos, ela só queria sair de casa o quanto antes e seguir com sua vida. 
- Como foi sair de casa pela primeira vez? Incrível. Complicada, mas incrível finalmente ter liberdade e ninguém debochando de seus sonhos. 
- Você frequentou a faculdade? Como foi? Não, ela nunca passou no vestibular ou no ENEM. 
- Qual foi o seu primeiro emprego? Você gostou dele? Garçonete, não foi exatamente o trabalho dos sonhos, mas pagava as contas. 
- Você teve algum evento significativo que moldou sua vida? Ser transportada para um mundo mágico, definitivamente. 
Relacionamentos:
- Quem você considera sua família? Ela diria que os pais, os irmãos e os sobrinhos, apesar de tudo. Mas definitivamente mais os sobrinhos. 
- Como são suas amizades? Ela nunca teve muitos amigos, talvez por se mudar demais ou por ter uma personalidade forte. 
- Como você ajuda amigos em tempos difíceis? Geralmente ela busca animar os amigos com coisas que eles gostem, se ela não tem como resolver o problema, ela opta por pelo menos deixar o amigo se sentindo melhor. 
- Você procura ajuda dos amigos quando precisa? Sim, ela sempre busca ajuda quando precisa. 
- Como você lida com desentendimentos? Brigas e discussões, ela é cabeça quente demais pra se resolver de maneira fácil. 
- Como você lida com problemas no relacionamento? Primeiro discussões. Depois, conversa. 
Interações:
- Como você se relaciona com os outros? Ela sempre tenta ser o mais gentil e animada possível, ela gosta de ver as pessoas felizes a sua volta. Contudo, pode ter uma tendência a discussões bem fácil. 
- Você é afetuoso fisicamente? Sim, com toda certeza. Se ela te achar minimamente próximo ou aberto a isso, prepare-se para ser como um aparelho de touch. 
- Você prefere grandes grupos ou interações mais íntimas? Grandes grupos, ela adora estar no meio das pessoas e conversar. Ainda que não tenha nada contra interações mais íntimas, acha que pode ficar entediante muito rápido. 
- Você é aberto com estranhos? Sim, ela está sempre disposta a conhecer novas pessoas. Ainda que nem sempre ela seja simpática caso lhe rude. 
- Como você lida com críticas? Se forem críticas de um superior no trabalho? Ela aceita e leva na esportiva. Se for de um desconhecido que não sabe de nada da vida dela? Ela deseja sua morte. 
Vida:
- Qual é a sua carreira e como você se sente sobre ela? Ela trabalhava como atriz no mundo real. Ela se sentia um tanto frustrada por não conseguir atingir suas próprias expectativas sobre si mesma dentro de sua carreira. 
- Você é independente? Sim. Ainda que ela possa dizer que é dependente de socialização. 
- Você tem habilidades domésticas? Ela sabe cozinhar e dar uma geral na casa, conta? Ela não diria que poderia trabalhar ativamente com isso, mas tem habilidades competentes o suficiente pra morar sozinha e bem. 
- Como você lida com dinheiro? Ela não nega que as vezes ela gasta um pouco mais do que deveria, administração monetária nunca foi muito o forte dela. 
- Você tem família, filhos ou animais de estimação para cuidar? Para cuidar não, sempre achou que já tinha trabalho demais cuidando de si mesma. Ela teve um peixe uma vez, mas ele acabou morrendo de fome… É, ela nunca foi boa mãe de pet. 
- Você já teve problemas legais ou médicos? Ter o nome sujo no serasa conta? Por ela tem mais dívidas do que ela gostaria de admitir. 
- Quais são os seus hobbies? Cantar, dançar, tocar violão, desenhar (porém ela é péssima, mas gosta de rabiscar quando está entediada.) e colorir aqueles livrinhos de colorir com várias flores. Antigamente também tinha assistir filmes, sente falta deles. Mas bom, ela gosta o suficiente do teatro para se entreter com peças… Ainda que prefira estar nelas do que assistir. 
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donnasjo · 2 months
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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ don't mess with me, you think that i'm easy? i don't give you what you need. i don't give a shit! no love, no golden prince. i don't need such twisted love story, burn it, lock and load. i just want it all in my style, without a single sacrifice on a tailored love story. never give up, lock and load.
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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤdonna jo michele howard. filha de circe, nascida há 23 anos. filhos da magia, instrutora de mitologia grega. corrida com pégasos, clube de teatro.
ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ( + ) intuituva ;ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ( - ) egocêntrica ;
habilidades
fator de cura acima do normal e agilidade sobre-humana.
poderes
misticocinese. capacidade de distorcer a realidade, alterar qualquer item já considerado real. donna jo pode alterar horários, detalhes, objetos e quem estava presente em memórias, por exemplo. todavia, não é algo permanente, dura por 24 horas, no máximo. e só afeta a pessoa que está dentro do seu campo de distorção da realidade, um campo magnético que ela projeta mentalmente, a fim de direcionar os poderes.
arma
facas de arremesso. donna jo tem uma coleção delas, feitas de bronze celestial que tem a propriedade mágica de voltar para seu bolso depois de alguns instantes.
personalidade
donna jo é autossuficiente. independente, confiante, inteligente e estratégica. sempre foi muito esperta, sua curiosidade permitiu que aprendesse muita coisa por conta própria, o que criou nela a ideia de que consegue fazer qualquer coisa sozinha. então, é difícil para ela pedir ajuda. não é por mal. acontece que ela soube no momento que deixou a ilha da mãe que precisava se virar. e assim ela fez. e, por isso, é uma figura um tanto conhecida pelo acampamento. ela se fez ser conhecida. sempre se apresenta aos novatos e a qualquer um que não tenha conversado antes, oferecendo toda a sua simpatia e beleza. duas coisas que ela tem para dar e vender. todavia, não é que seja naturalmnte simpática. ela pode ser, mas é mais ainda quando você tem algo que pode ser útil para ela. afinal, sua prioridade número, na maioria das vezes, é ela mesma - questão de sobrevivência. donna pode ser um pouco dura com as palavras também, mas é para o bem das pessoas, é aquilo, né: "se eu te ofendi, melhore para eu não ter que fazer de novo". e o que ela não diz, a expressão deixa óbvio. mas, no fundo, no fundo, o coração é de mocinha. e muito do que ela mostra, na verdade é só uma persona criada para esconder seus medos e inseguranças. estes que ela prefere morrer a reconhecer que existem.
biografia
é comum que os semideuses crescam alheios à sua parte divina, só tendo noção de quem realmente são anos mais tarde, quando a realidade de meio-sangue os alcança aos poucos, incluindo os monstros. donna jo, no entanto, sempre teve noção de quem era e de quem era sua parente divino, porque só tinha a ela. como suas irmãs, donna jo também nasceu da magia da mãe e não de uma relação sexual, visto que sua mãe tem uma aversão conhecida a homens.
nasceu e foi criada da ilha de aiaia, cercada pelos poderes da mãe. e como ela, tornou-se uma feiticeira altamente habilidosa, versada em magia. seu poder mais forte é sua misticocinese, descoberta quando ainda era muito pequena, quando a menina a usava para se livrar das pequenas travessuras que cometia por aí. desde então, circe usou seus poderes algumas vezes, para alterar as memórias de algomas visitantes da ilha e manter a integridade das residentes. isso porque seguia transformando os homens em porquinhos da índia mesmo.
não que a vida na ilha fosse ruim, longe disso. mas donna jo era uma leitora ávida. consumia muitos livros de histórias e outras fontes de notícias que chegavam à ilha. e tudo isso ia despertando sua curiosidade a respeito da vida fora da ilha. por muito tempo, era algo bastante particular, visto que tinha receios de compartilhar seus pensamentos com circe e a deusa acabar chateada ou não compreendendo seu interesse. a última coisa que queria no mundo era estar fora das graças dela, afinal. entretanto, com o passar dos anos, a coragem de donna jo também cresceu e, aos onze anos, finalmente teve coragem de expressar seus desejos para a deusa.
como previu, circe ficou chateada por alguns dias, mas depois sentou com a filha para explicá-la que a intenção era protegê-la e nunca prendê-la. por isso, explicou para ela sobre o acampamento meio-sangue e, também sobre os perigos de viver como um semideus. donna jo não tomou nenhuma decisão naquele dia. na verdade, não tomou decisão nenhuma por mais alguns meses. até um navio de semideuses em missão atracar na ilha e ela ver ali a sua chance de dar vazão os desejos que estavam em sua mente há tanto tempo.
assim, fez um acordo com os semideuses e o sátiro que os acompanhava. que tentaria libertá-los se eles a levassem até o tão falado acampamento meio-sangue. e assim foi feito, donna jo advogou a favor dos semideuses, prometendo alterar suas memórias de maneira a proteger a ilha e circe permitiu que todos saíssem ilesos da ilha. foi assim que chegou ao acampamento, onde se tornou residente.
conexões
e, por ter escolhido aquela vida, donna jo tirou o melhor proveito que podia dela. dedicou-se aos treinos, participou de todas as atividades que podia, incluindo missões, sempre querendo se colocar à prova e ser o melhor que podia ser. assumiu postos de relevância e, o melhor de tudo, aperfeiçoou ainda mais sua magia. mesmo longe da mãe, esperava que a deusa pudesse perdoá-la por suas escolhas e ter orgulho dela, pelo menos um pouco que fosse.
check here.
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velhojupiter · 1 year
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esse ano eu tive que me desfazer de muitas coisas. limpei o armário, vasculhei as gavetas e tomei a decisão de mexer em memórias que ainda me doíam. recomeçar exige coragem e o final nem sempre é ruim, ele nos leva a uma nova história, cabe a você decidir qual o caminho escolher daqui pra frente. eu escolhi me permitir, sentir mais, me abrir mais, chorar um pouco mais, viver... eu sei que o preço que pagamos por sermos 'humanos' demais é muito caro, mas esse também é o preço que custa pra ser feliz. e quem nos garante que passamos ilesos?
#vj
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poetificamos · 2 months
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não custou muito para eu me apaixonar,
mas foi aos pouquinhos, dia após dia, beijo após beijo. em algum dia qualquer, eu te abracei, e, pela primeira vez, quis ficar. 
eu não poderia sequer imaginar o quão bom seria ter ficado.
lembro com detalhes, de tudo: todas as primeiras vezes. apego-me a datas e a lembranças, temendo o dia em que você irá embora. na verdade, parei de pensar que você certamente irá embora, pois o tempo e a convivência contigo me tornou otimista, porém, ainda assim, parte de mim ainda é insegura a ponto de pensar que você vai um dia. vai contra meus princípios depender de alguém, mas, ah, como eu viveria? como eu andaria pelas mesmas ruas, sentaria nos mesmos bancos, pegaria os mesmos ônibus e, ainda assim, não lembraria?
no fim das contas, é sempre por causa dos detalhes. mas eu amo lembrar deles, amo poder ter, em minha memória, imagens tuas; muitas vezes sorrindo, me abraçando, dizendo que me ama. é isso que me faz feliz. é isso que, muitas vezes, me faz suportar os dias ruins; aqueles em que lembro de tudo que foi ruim e já passou, mas permanece intacto na minha mente.
te agradeço por cuidar dos meus traumas, medos e inseguranças. te agradeço por cuidar de mim.
eu te deixei entrar e te deixei ficar. agora, espero que tu nunca vá embora. Ana Lívia Lima.
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astcrixs · 4 months
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TW: PTSD;
A chuva não mascarava os gritos, fossem de comando ou de pânico, que produziam a cacofonia do ambiente antes tão festivo do Acampamento. Parecia que já haviam-se passado horas do momento em que seu olhar recaiu sobre a expressão sombria de Dionísio, algo longe de ser comum para o deus do vinho, a observar o céu escuro se formando em nuvens carregadas sobre onde estavam. Tudo passou tão rápido e, ao mesmo tempo, em câmera lenta, como se num filme mal adaptado aos telões do cinema de hoje em dia. Em questão de minutos, o que antes era comemoração e diversão se tornou um pesadelo.
Via semideuses tropeçando em suas próprias caneleiras ao que tentavam se equipar para enfrentar as criaturas que perseguiam o semideus desconhecido que chegara à Colina. Alguns vestiam seus peitorais ao contrário e tentavam arrumar enquanto colidiam uns com os outros na confusão, outros só não se espetavam com suas espadas pois o destino ainda devia ter algo guardado para eles, enquanto isso, Asterios se mantinha estático, paralisado. Uma sensação ruim fazia embrulhar seu estômago ao que via, ao longe, as bestas que causavam problemas aos portões.
Não entendia o porquê daquela sensação de impotência enquanto observava a Quimera, como se cada fibra de seu corpo se recusasse a seguir em frente. Seu olhar desceu instintivamente à lateral de seu corpo, como se esperasse encontrar algo ali, e suas mãos subiram até o local, só então permitindo que ele notasse o quão trêmulas estavam. Engoliu em seco. Já havia enfrentado tantas criaturas desde sua chegada ao Meio-Sangue, por que aquela, em específico, sempre fazia com que congelasse? Não tinha tempo para pensar nisso agora.
A armadura parecia pesar sobre seu corpo, mais do que o usual, mas não podia ficar ali parado sem fazer nada. Devia isso a ela... Devia isso a ela? A quem devia algo? Mais pensamentos inúteis. Balançou sua cabeça, forçando-se a se mover, agarrando com todas as suas forças o pomo da espada curta à sua cintura, como um apoio que não existia, e, cerrando seu punho oposto, o escudo começou a se formar, originado do anel em seu dedo médio.
Bang!
No que pareciam flashes, ao que o escudo se formava em seu antebraço, fragmentos de memória surgiram em sua mente. Dor surgiu em reflexo em sua lateral, porém, não havia nada ali. O campo de batalha alternava entre a entrada do Acampamento Meio-Sangue e um lugar que não reconhecia; seus companheiros pareciam alternar entre a realidade e o que só podia considerar seu imaginário. Foi só então que notou que não conseguia respirar.
Lutou contra a sensação de engasgamento, puxando a parte de cima do peitoral metálico, na tentativa de se livrar de algo que pudesse está-lo sufocando, mas nada ajudava. Jogou seu capacete no chão, buscando se livrar do calor que parecia invadi-lo. A cacofonia dos gritos de guerra e de medo foi substituída por um vazio, como se entrasse numa garrafa.
"Corra, Estrelinha."
A voz ecoou em sua mente, fazendo com que suas pernas bambeassem ainda mais. Não se recordava de qualquer pessoa que tivesse esse timbre, mas, ao mesmo tempo, havia familiaridade e reconhecimento em sua mente. Estava confuso, incerto do que poderia fazer, e estava prestes a ceder às palavras que ecoavam em sua mente, porém, com um trovão que rugiu ao céu, outra voz tomou forma em seu subconsciente.
"COVARDE."
Imediatamente sua mente se clareou, como se as nuvens tivessem ido embora, metaforicamente. Ele era um veterano do Acampamento e, além disso, ainda era instrutor dentro desse, não podia deixar na mão as pessoas que confiavam nele. Para contribuir com essa nova coragem que o invadia, a figura de Eunwol surgiu diante de si, com aquele olhar de preocupação, fazendo com que tudo o que sentira até agora parecesse uma longa piada sem graça. Como podia deixar que aquilo o dominasse daquela forma? Veio a calmaria após a tempestade. Inspirou fundo, sentindo seus músculos relaxarem, e expirou todo o estresse acumulado. Deveria realizar sua função.
Estava pronto para superar seus medos e entrar em batalha quando outro problema chamou sua atenção, um problema ao qual não poderia virar suas costas. Dentre os semideuses que ainda vestiam seus equipamentos, alguns pareceram se tornar aflitos, atacando uns aos outros e, imediatamente, Asterios utilizou sua Restauração preventivamente em si próprio para não ser afetado por qualquer que fosse aquele efeito.
O combate com os monstros ficaria nas mãos dos que já estavam engajados com as criaturas, pois, agora, sua concentração jazia em utilizar com maestria seu poder e suas habilidades para evitar que seus próprios companheiros se matassem em meio ao caos que regia o novo ambiente criado.
E esse, definitivamente, entrou para o top 5 piores natais no Acampamento Meio-Sangue...
@silencehq
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rebuiltdreams · 1 year
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Carta Aberta...💕
Acho que encontrar a pessoa “certa”, virou um dos meus testemunhos de vida sabe, inúmeras vezes antes de te conhecer eu me questionava se um dia eu ia realmente sentir o amor e seria amada de verdade, você chegou da forma mais natural e espontânea possível. No momento em que eu te vi eu já sabia que não seríamos mais os mesmos depois daquele dia, você mexeu comigo de uma forma tão linda e me fez sentir algo que me fez querer ficar entre os seus braços pra sempre, e o melhor de tudo isso é que eu sabia que não era a única que estava me sentindo assim. Você faz eu me sentir tão bem, faz eu querer ficar ao seu lado todos os dias. Você me fez acreditar num amor limpo, puro e libertador. Você me deu asas e cor, te conhecer me trouxe uma nova visão tão diferente, única e boa de ver o mundo, você realmente mudou minha vida para mil vezes melhor, é a parte bonita da vida, a parte que eu sempre sonhei e quis ter, enfim, eu poderia ficar a vida inteira falando de você e tudo mais, porque sou tão grata e feliz por ter você a vida é com certeza mais feliz e melhor ao seu lado. Obrigada por ser alguém tão incrível e por me dar a oportunidade de ter alguém assim comigo, obrigada por existir, obrigada por respirar e obrigada por estar na minha vida, por ser quem és, inspiração, sonhador, carinhoso, admirável, forte.
A certeza de que vivo os melhores dias do teu lado, a certeza de que sempre tenho com quem contar, a certeza de que nunca estou sozinha, e de que eu fiz a melhor escolha. É gratificante saber que nós temos tantos momentos lindos e que até os momentos que estamos longe um do outro, tornam-se lindas memórias por saber que sempre lutamos pelo nosso amor. Luto por ti e por nós sempre. Você é de longe meu maior orgulho e a minha maior certeza! Você foi o maior sinal de que o universo me enviou pra dizer que o que era meu, sempre esteve guardado ali, pra mim. A sensação de te ter é única, e logo eu que era meia esquecida quando o assunto era aniversários, jamais poderia esquecer o seu.
Feliz aniversário, minha vida! Aproveite seu dia da melhor forma possível, que Deus te proteja de todo mal e tudo de ruim que esse mundo possa te trazer. Quero te agradecer por tudo que você tem feito por mim e por nós, pelo carinho, pelo respeito, pelo amor, pela consideração, pela compreensão, pelos momentos compartilhados, é um prazer dividir essa jornada contigo.
Obrigada por tudo, meu amor, eu sei que você é pra sempre e que esse é o primeiro de muitos aniversários que passaremos juntos pro resto de nossas vidas, você é a minha admiração, a minha referência, tenho muito orgulho de você, todo sucesso do mundo, que seus sonhos e desejos sejam todos realizados e que você seja imensamente feliz, estarei sempre aqui na plateia da vida torcendo e te apoiando em tudo e pro que dê e vier, a vida é linda e você me prova isso a cada segundo, você é meu lar, você é tudo! Sou apaixonada por você, te amo pra sempre! ❤️
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enflorpecer · 1 year
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No fim de tudo, só temos a nós mesmos. Quando o frio nos arrepia até a espinha, não há abraço quente ou palavras que adornem a nossa alma, não há uma mensagem dizendo que tudo ficará bem, não há um herói que nos salve do perigo que somos. E quanto mais eu respiro fundo e tento conter os meus devaneios que querem libertação, mais eu me convenço do quão pesado chega a ser o vazio, do quão intensa é a solidão. Do céu ao inferno, da euforia ao caos interno, me sinto numa montanha russa que despenca mais rápido do que posso suportar. É difícil fechar um ciclo ruim, é difícil não saber aonde ir e ironicamente retornar sempre ao mesmo lugar. Somos todos portos onde as pessoas trafegam em busca dos seus destinos, deixando memórias difíceis de cicatrizar, e levando pertences impossíveis de substituir.
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