Tumgik
#ele lá vai ter coragem de encarar o que tenho pra dizer?
mariasemoutras · 9 months
Text
Eu gosto do acaso, da troca de olhares na linha do trem, no bom dia trocado no elevador. Basta menos de um segundo para fazer um julgamento da pessoa que você acabou de ver, e basta um olhar para saber se vale a pena ou não desperdiçar seu tempo. Seu corpo diz mais que sua mente e sua intuição fala mais alto que qualquer pensamento racional. Ainda não me entra a cabeça como eu posso trocar palavras com quem eu nunca troquei um sorriso, os relacionamentos digitais não me enchem os olhos por exatamente terem a falta deles. Eu posso gastar horas conversando com você mas não perco um minuto escrevendo uma mensagem que não tenha o entusiasmo da minha voz. Já dizia a música popular brasileira, "o que é um beijo se eu posso ter o seu olhar?". E como eu poderia te conhecer sem nunca ter te visto na minha frente?
<romances digitais não ter lugar nesse coração. Um domingo de agosto, 23>
1 note · View note
Text
Carta aberta a ele
Eu não queria estar gostando de você, mas não consegui resistir aos seus encantos.... Você sempre com o seu jeito gentil, amigo, carinhoso, simpático e misterioso. Fui me apaixonando aos poucos, quando percebi você tinha se tornando mais do que um amigo. Como num passe de mágica você era agora o cara que eu amava, porém resolvi guardar segredo sobre esse sentimento. Sabe o que é pior da vida? Você amar em segredo! Você passar horas pensando naquela pessoa que pode estar pensando em outra, você passa horas ouvindo aquela música e imaginando quando você poderá tocar nele, amar ele,sentir ele...Sabe qual era o meu maior sonho? Poder gritar para o mundo agora mesmo o quanto eu amo você! Até quando esse nosso amor precisa ser secreto? Por que eu não posso sair por aí mostrando a todos a felicidade que eu sinto por ter encontrado você? Você é tudo com que eu sempre sonhei, então por que eu simplesmente não tenho o direito de viver plenamente a realização desse sonho que é a sua chegada por aqui? Que angústia eu sinto! Eu quero beijar você. Eu quero segurar a sua mão. Eu quero te abraçar por horas e horas. Eu quero ver filmes estúpidos com você. Eu quero fazer guerra de travesseiros. Eu quero te mandar mensagens idiotas. Eu quero bagunçar seu cabelo. Eu quero rir com você até não conseguir mais respirar. Eu quero brigar por coisas estúpidas. Eu quero dançar com você. Eu quero fazer você sorrir quando disser que te amo. Eu quero você. Eu queria ter forças o suficiente pra lutar por mim e por você. Queria ter coragem o suficiente pra encarar todos os meus e seus medos. Queria ter fé o suficiente pra acreditar por mim e por você que no final tudo vai dar certo. Queria ser apenas aquela pessoa que te acalma e te faz sorrir como bobo. Queria ser a solução dos teus problemas e o motivo da sua felicidade. Quero apenas ser alguém importante pra você. Acho que eu me apeguei muito às nossas conversas, aos nossos momentos, me apeguei demais a você, de tal forma que é como se eu fosse sua dona, sua favorita pelo menos. Mas eu não sou sua dona, nem sua favorita, tão pouco sua namorada. Sou sua amiga apenas, ou não sei lá , só não queria ter esse medo de dizer... "Eu te amo”. Espero poder falar isso um dia olhando nos seus olhos…
Com amor, sua menina
28 notes · View notes
Text
Não sei sentir
Tumblr media
Veja bem, pouco depois de perder você meu irmão, não consegui de imediato chorar, era um choque tão imenso, eu pude sentir uma dor no peito, um peso nos ombros e minha cabeça ficou mais leve, logo eu não conseguia mais respirar e as lágrimas começaram a cair, mais nada daquilo fazia sentido. Como assim você tinha falecido, estava bem, todos disseram que ficaria bem, ia sair daquela situação. Talvez eu tenha acreditado tanto nisso, que não consegui sair de dentro dessa bolha. Eu não consigo imaginar a tua partida, nem mesmo imaginar que não irei mais ver você, talvez eu esteja louca, pirada, maluca da cabeça, mais pra mim você ainda está aqui, está vivo, é como se nada tivesse acontecido.
E eu tô vivendo nesse mundo de Alice, porque ainda não posso e não consigo aceitar que voce se foi, que se foi e eu não tive o adeus, que se foi e eu só pude te ver numa mesa fria de longe, não pude me despedir.
Ainda guardo aquele dia em minha memoria, mas todas as vezes eu prefiro fingir que ele não existiu, foi por isso que tive que parar de ir com a mamãe no cemitério ver teu túmulo. Eu não conseguia mais, ali pra mim era prova de que tudo era real, mas que não fazia nenhum sentido à vida ter acabado pra você. Você estava sempre sorrindo quando chegávamos lá, assim como a foto da cabeceira da minha cama.
As vezes sonho com você e a maioria das delas eu não lembro dos sonhos, lembro vagamente, eu sei que você estava la, mas não sei o enredo do sonho.
Sabe meu irmão, eu nunca pensei que doeria tanto, doeria tudo, desde o corpo até a alma. Você deixou um sentimento em mim que não sei como lidar, eu me engano sempre e as vezes quando caiu nessa realidade são difíceis as crises.
Tudo ficou vago sem sua presença, eu não sei lidar com as coisas, você saberia, você teria coragem, você enfrentaria, você era destemido, nunca pensei que precisaríamos tanto de você!
Fico pensando em como seria se tudo tivesse acontecido ao contrário, se tudo que aconteceu tivesse tido uma saída. Seríamos quem somos hoje? O melhor que estamos tentando ser? Ou continuaríamos sendo quem éramos?
De alguma forma você mudou todos nós e nossas formas de pensar, estamos mais sensíveis, fechados e doloridos e seguindo como podemos.
Nosso irmão ele não sabe como dizer o quanto isso machuca ele, ele finge que nada está acontecendo, semelhante ao que eu venho fazendo todo esse tempo. A forma dele acreditar que não falar sobre você, vai ser melhor, é uma forma de viver o luto dele. E eu o respeito, só nós sabemos das nossas dores.
Já mamãe mudou muito, ela sabe exatamente o que sente, e sente muito, todas as noites eu escuto baixinho ela conversando com você, e junto das falas os soluços e choros. Ela sente tanta dor, eu queria poder tirar isso dela, mais é impossível. Mamãe sofre com os sentimentos dela, muitas vezes sozinha por achar que sempre está incomodando alguém, mamãe sente tanto que eu tenho medo, medo da onde isso possa chegar. Mais ainda acredito que ela é forte, todos os dias ela encontra um jeito de levantar, sorrir, ajudar e ser uma pessoa melhor. Eu sei que tem dias que é difícil, mas eu admiro a força da mamãe em continuar. Você com certeza era bem parecido com ela nisso.
Já eu meu irmão, é aquilo, eu não sei mais como sentir, eu me fechei pras lágrimas, pra realidade, eu vivo meus dias acreditando que você vai voltar, acreditando que nada aconteceu, que você tá na sua casa e em algum momento pode vir nos visitar. Eu não consigo sentir sua morte, não consigo sentir que você se foi, eu não consigo aceitar e encarar isso, pra mim é muito mais fácil viver à espera de encontrar você a qualquer momento, poder te abraçar, ouvir tua voz, eu realmente não sei mais sentir, só sei viver fingindo que você foi ali e uma hora volta!
11 notes · View notes
Text
My Sunflower
Sinopse: Harry é seu amigo e parece ser o cara certo.
Categoria: MelhorAmigo!Harry x Leitora Virgem.
Avisos: hot, fofo, muitos clichês, baseado na música Sunflower vol.6 de Harry Styles.
Pedido: Anônimo. Baseado nesta ask.
Nota autora: Esse era um pedido de Concept mas eu amei demais e fluiu como um imagine,espero que gostem.
MASTERLIST✨Feedbacks são sempre bem vindos✨
Tumblr media
“Bom dia, sunflower.” Seu melhor amigo e colega de trabalho cumprimentou-a com o beijo no rosto.—Sunflower foi o apelido que Harry deu à você, pelo fato que você amar girassóis, sua casa com um lindo jardim repletos deles era a prova que de seu amor pela flor veio desde pequena, você os tinha como decoração do quarto, roupas, até uma pequena tatuagem que Harry à levou para fazer escondida de seus pais.
Você e Harry se conheceram em uma tarde de domingo ensolarada ainda quando crianças, quando o pegou roubando girassóis de seu jardim para levar para sua mãe, apesar dele ser mais velho que você, após este dia houve uma enorme ligação entre você e o garoto de cachinhos. Harry sempre cuidou de você, até arranjou o emprego na padaria onde ele trabalhava. Ele sempre dizia que era como se fosse um irmão mais velho, isto nunca lhe afetou até alcançarem a maior idade, quando ambos haviam crescido e Harry ficou mais bonito e másculo, todas as garotas pareciam caír em cima dele. Apesar de ser tímida seu corpo também mudou como também seus pensamentos sobre Harry. Uma paixonite por Harry surgiu, fazendo-a suspirar cada vez que estava do lado dele, mas parecia impossível que ele a notasse você além de uma irmãzinha. Ter 21 anos e ser virgem, não ajudava muito, antes você não se incomodava, você só não conseguiu gostar de um garoto o suficiente para ter vontade de fazer sexo. Mas você começou a trabalhar com Harry, ele namorava garotas lindas e contava a você muitas das vezes o que fazia com elas, ele era um homem de 27 anos, com um grande histórico sexual. E você se viu afetada bem mais do que gostaria. Porque afinal você no fundo desejava ser uma dessas garotas.
“Bom dia, H.” Sorriu deixando os olhos de Harry mais vidrantes em lhe admirar. “Como está a padaria hoje?”
“Tranquila.”
“Está bonita hoje, vai para algum encontro depois daqui?”
“Não.”
“Mentirosa.” Ele riu lhe empurrando.
“E você tem planos?”
“Não.”
“Estranho Harry styles o galã da cidade não tem uma garota para passar a noite.”
“Cala boca garota.” Ele lhe deu outro empurrão de leve. “Mas você me acha um galã?”
“O que? Não!” As suas bochechas coraram. “É o que dizem de você Styles.”
“Enfim, eu iria chamar você para ir lá em casa hoje, talvez ver algum filme, mas parece que você tem alguém melhor para ver.” Ele reclamou.
Harry sempre foi um livro aberto com você, ao contrário dele você nunca mencionava sua vida amorosa ou sexual.
“Eu já falei que não tenho um encontro.” Mentiu.
“Então por que estaria assim tão linda?”
“O que?”
“O que?” Harry se deu conta do que realmente falou.
Ele notou você, ele notava muito você. Ele pensava em você. Você era o topo em sua galeria de fotos. Ele lhe tinha em sua memórias. Ele definitivamente queria você. Mas ele não saberia fazer isso, ele era um desastre quando se tratava de sentimentos.
“Você me chamou de linda?”
Harry estava envergonhado e nunca ficou tão feliz quando a campainha da porta tocou entrando um grupo de senhoras “Cliente.” Suspirou.
“Na minha casa às 19:00?” Ele levantou-se trocando de assunto.
“Tudo bem.”
Tumblr media
“Pontual.” O homem diz ao abrir a porta e vê-la.
“Sempre.” Sorriu. “Vai me convidar para entrar?”
“Entre, estou terminando o jantar.” Ele fechou a porta indo para cozinha.
“Pensei que íamos pedir uma pizza.” Você seguiu-o.
“Eu vi essa receita e quis testar.” Ele experimentou o molho. “Se der errado pedimos algo.”
“O que está fazendo?”
“Tacos.”
“Eu amo tacos.”
“Eu sei.” Ele piscou para você. “Pode me ajudar a montar?”
“Claro.”
Com a playlist dancehall de Harry, ambos cantavam e dançavam cozinhando. O olhar dele sempre em você.
“Sunflower.”
“Hazz.”
“Posso te fazer uma pergunta?” Diz montando seu último taco.
“Claro.”
“Você cancelou seu encontro para me ver?”
“Não.” Mentiu com as bochechas rosadas, você havia deixado de sair com o Éric seu vizinho só para ter uma noite com Harry.
“Eu sei quando mente.” Ele riu puxando-a para dançar e não poderia deixar de gira-lá pela sua cozinha, trazendo novamente em seus braços e balançando desengonçadamente. Ele envolveu seus braços em volta de sua cintura, colocando um pequeno beijo no seu maxilar.
“Você está tão perto.” Você ofegou.
“Eu sei." Ele deu um beijo em seu pescoço. “Senti sua falta, só isso.”
“Você me viu de manhã.”
“Isso foi horas atrás.” Ele rebateu. “Isto é muito tempo da minha melhor amiga, não posso sentir sua falta?”
“Pode, só nunca o vi assim.” Recusou-se a encarar os olhos bem à cima de você.
“Tenho me sentido assim.” Admitiu.
“Assim como?” Questionou-o olhando profundamente em seus olhos.
“Eu não sei...” Harry beijou o canto de sua boca e vc se viu congelada. “Sunflower, meus olhos te querem mais que uma melodia, eu não poderia te querer mais como estou querendo agora.” Admitiu. “Beijar você...Agora nessa cozinha.”
“Isto é um pouco confuso.” Afastou-se dele pensando, balançando a cabeça, tentando entender se Harry estava lhe dizendo a verdade.
“Eu não quero fazer você se sentir mal ou desconfortável, mas eu tenho me esforçado para não agir como tolo perto de você.”
“Isto é verdade?”
“Sim...Eu juro.” Confessou.
“Então me beije.” Você tomou coragem e aproximou-se. “Me beije Harry.” Sentir os lábios rosados dele foi o paraíso, nunca houve lábios tão macios e molhados como os dele, toda a fama de Harry e sua pegada não eram mentira, aquele homem sabia exatamente o que estava fazendo, cada passo, mordida, pressão calculada para deixá-la entregue à ele. Os beijos foram ficando mais intenso e calorosos, conforme o tempo passava, você sabia exatamente para onde isso estava indo. Se não tivesse sido óbvio antes, a sensação de suas mãos deslizando para cima e para baixo em suas coxas enquanto lhe pressionava no balcão certamente tornou isso óbvio. Os seus lábios dele desceram roçando a sua pele do pescoço onde chupou suavemente.
“Posso tirar isso?” Ele perguntou, sua mão mexendo na barra de sua blusa. Isto à fez se afastar na hora. Você estava com tesão, mas principalmente com medo. Você era virgem. Talvez não fosse suficiente. Talvez ele não queira ser esse alguém que iria tirar sua virgindade. “S/n você está bem?” Disse enquanto olhava em seus olhos esperando uma resposta.
“Sim...”
“Se você quer parar por aqui, tudo bem.” Ele interrompeu-lhe. “Me desculpe, eu não estou querendo pressionar você.” Harry pareceu ansioso, com medo de ter ido muito rápido.
“Não, Hazz, está tudo bem.” Disse voltando a beijá-lo.
“Tem certeza? Eu estou bem se você quiser parar.” Ele pronunciou entre seus lábios.
“Não! Quero dizer, se vamos fazer isso poderíamos ir para um lugar mais confortável.” Disse com um sorriso sem graça. “Não quero que seja aqui.” Você estava apavorada, você queria dizer àele, queria dizer que era virgem e estava assustada. “Quero que seja mais...Romântico.”
“Claro.” Ele ficou sem jeito. “Eu sou um idiota! Você é especial pra mim, merece muito mais, podemos ir para meu quarto.” Ele lhe tirou dali. “Ou podemos voltar para os tacos e filmes.” Harry tinha suas mãos soando, ele realmente ficava sem saber o que fazer quando se tratava de você.
“Sim?”
“Por que você parece ter dúvidas sobre isso?”
“Eu...Eu sou virgem” Você diz, suas bochechas ficaram vermelhas assim que as palavras sairam de sua boca, você apenas olhou para Harry, esperando por qualquer resposta, mas ele apenas ficou lá, congelado por alguns segundos. “Harry?”
“Eu não acredito que seja inocente” Ele riu pra si mesmo. “Eu nunca tentaria nada se eu soubesse, por que não me contou? E escondeu isso de mim, pensei que fosse seu melhor amigo.”
“Me desculpe por não ter te contado antes, eu só estava meio envergonhada.”
“Você não precisa se sentir envergonhada com isso, não há nada para se envergonhar, você só não encontrou alguém que se sinta confortável.” Ele acariciou sua bochacas com o polegar.
“Mas ainda podemos nos beijar?”
“Se estiver tudo bem para você?”
“Eu quero.” Com à maneira que disse a ele, Harry não resistiu ao capturar seus lábios novamente fazendo-a suspirar ao sentir sua língua. Ele estava com tesão, você estavacom tesão. Você não teve certeza se era pelos arrepios que estava sentindo ou a maneira como Harry pegava em você, mas teve certeza de que era ele. “Quero você.”
“O quê? Me quer como?” Ele se atrapalhava em suas palavras.
“Hazza, eu quero fazer sexo com você.”
“Tem certeza?” Ele franziu as sobrancelhas desacredito.” “Se eu te pressionei de alguma forma...Você não precisa fazer nada.”
“Harry .”Você sorriu. “A única coisa que você fez foi me deixar com tesão.” Ele arregalou os olhos “Então faça alguma coisa.”
“Porra, tudo bem.” Ele lamentou-se. Entre beijos Harry à levou até a cama deixou cair sentada, ele ajudou-a tirando sua camisa, Harry não pôde deixar de sorrir ao vê-la de sutiã pela primeira vez. “Lindos.” Elogiou enquanto beijava a parte nova descoberta de seu corpo, você simplesmente começou a gemer baixinho. Ele adorou isso. “Posso colocar minha mão em seus seios, amor?" Ele sussurrou.Você suspirou concordando, sentindo às coisas prestes a ficarem reais.“Tudo bem querida, eu gostaria de poder conhecer você.” A voz grave dele enviava arrepios em sua espinha. Harry tirou a própria camisa, expondo seu peito tatuado para você. “Eu serei gentil, sunflower, eu prometo.” Ele deitou-a de costas na cama, beijou seus seios, sua barriga, alisou a parte interna de suas coxas. “Relaxe .” Ele tentava acalma-lá. Você tevê que continuar dizendo à si mesma que estava tudo bem, enquanto ele lentamente deslizava a sua calça para baixo.
“Girassóis?” Você não pode evitar a risada que escapou dos seus lábios com a reação dele à sua calcinha. “Sua cara.” Ele beijou sua boceta ainda coberta. “Sabe, girassóis às vezes mantêm viva a sua memória em mim, todas às vezes que os vejo você vem em minha mente.” Ele mantia sua atenção à seus movimentos. “Eu só quero ter certeza de que você está molhada o suficiente para mim, tudo bem?” Harry diz lentamente tirando sua calcinha.“Tudo bem se eu chupar você?” Você engasgou concordando sem dizer nenhuma palavra. “Baby, não tenha vergonha de mim.” H segurou suas pernas abertas que tentaram se fechar. “Agora quero que concentre-se no prazer, não precisa ficar tão tensa, eu não vou te machucar.” Harry estava sendo tão gentil. “Estou aqui para fazer você se sentir bem e dar prazer à você.” Você respirou fundo sentindo a língua de Harry em seu clitóris e seu o dedo médio dentro de você bombeando delicadamente, Harry estava fazendo um oral maravilhoso. —Não que outro alguém já tivesse entre suas pernas antes. Ele estava deixando-a bem excitada, nunca pensou que um homem realmente um dia podia lhe dar prazer tão bem, Harry estava se certificando de deixá-la bem molhada pra que seu pau entrasse com mais facilidade em boceta, antes que você percebesse já estava choramingando, segurando os lençóis e praguejando coisas sem sentido. Quando um formigamento foi crescendo, seus gemidos aumentando com ele, Harry percebeu que estava próximo de seu orgasmo e parou. Ele era egoísta, queria senti-la gozar em seu pau não em seus dedos.
“Está tudo bem?” Questionou ele enquanto levantou-se. “Eu sei que estava bom, mas agora que vem o melhor.” Ele abriu o zíper da calça se livrando da boxer em seguida.
“Sim.” Disse a ele piscando algumas vezes ao olhar seu pau pela primeira vez. Ele era grande e pensou que talvez nem fosse caber em você.
Harry foi até armário de cabeceira ao lado da sua cama, alcançando a primeira gaveta e puxando um preservativo. Você observou-o enquanto ele colocou a camisinha tentando conter sua respiração, focando no fato de que escolheu Harry Styles para esse momento e não havia ninguém melhor que ele para isto, Harry jamais faria algo que você não se sentisse confortável.
“Você tem certeza?”Ele perguntou baixinho ficando entre suas pernas.
“Quantas vezes você ainda vai perguntar?”
“Até que você esteja certa que sou que você escolheu.”
“É você, Harry.” O puxou para um beijo. “Eu quero que seja você.”
“Ok, vai doer só por um pouquinho.” Ele diz, cutucando sua entrada. “Relaxe, querida.” H murmurou enquanto moveu os quadris para frente e lentamente centímetro por centímetro de seu pau deslizou em você. “Está tudo bem?”
“Está doendo um pouco.”
“Quer parar?”
“Não.”
“Eu não vou me mover.” Inclinou-se à beijando. “Só vou me mover quando você disser, tudo bem?.”Ele beijando-a mais uma vez.
“Tudo bem... faça isso devagar.” Sussurrou. Ele recuou seus quadris para deslizar um pouco mais fundo desta vez. “Você pode se mover um pouco mais rápido, Harry.” Riu, mas Harry ainda estava indo devagar certificando se estava gostando tanto quanto ele. Por mais que Harry amasse sexo selvagem, sexo lento, cheio de beijos e carícias também o deixavam louco. Mas desta vez tudo era sobre você. Ele colocou sua mão para baixo pressionando as pontas de dois dos seus dedos em seu no clitóris acariciando-os.
“Você está indo tão bem, eu quero que goze em sua primeira vez, querida.” Ele estava cuidando tão bem de você. “ Você é tão apertada.” Harry resmungou enquanto metia suavemente em você continuando os movimentos de seus dedos.
“Harry.” Você choramingou, olhos revirando agarrando às costas de Harry, enquanto sentia o prazer familiar mais intensificado do que já sentiu um dia.
“Minha sunflower.” Harry gemeu antes de si mesmo, estar derramando em sua camisinha com um gemido que você jamais esqueceria.
“Eu ouvi isso mesmo?” Questionou rindo do homem escondido em seu pescoço.
“Sim, quero que seja minha sunflower, namorada ou o que quiser.”
“Acho que minha namorada e melhor amiga soa bem.” Riu.
“Você é incrível, sabe disso?”
“Eu? Harry você não poderia ter mais gentil.” Você murmurou, segurando em seus ombros enquanto ele gentilmente saiu de você e tirou o preservativo, amarrando e jogando-o na lixeira. “ Valeu todos os anos de espera.”
“Valeu por confiar em mim.” Ele beijou sua testa. “Minha sunflower .” Ambos riem com o novo termo dado à você. “Mas está tudo bem? Eu te machuquei?”
“Eu estou dolorida, mas eu fico feliz que tenha sido você.” Sorriu. “Eu não teria feito isso com mais ninguém.” Confessou. “Você é o único! O único que sempre desejei ter.”
76 notes · View notes
little-big-fan · 2 years
Text
Imagine Louis Tomlinson - Traição
Quantidade de palavras: 1,087
N/A: Finalmente a parte 4 galera, sinto muito por toda a demora.
parte 3
~S/N pov~
Passaram-se duas semanas desde que descobri a infidelidade de Louis, com isso estou ficando sem justificativas para as crianças. Elas constantemente perguntam sobre ele e pedem para ligar, perguntam quando ele volta…. E eu não sei mais o que falar, não estou pronta para encarar Louis ainda, certamente eu falaria alguma merda que horas depois eu me arrependeria. Nessas duas semanas tenho estado frequentemente na casa de Raven com as crianças, para me distrair e estou tão calma que não quero vê-lo para não acabar com a minha paz. Raven apesar de odia-lo me aconselhou a conversar com ele, por que toda essa situação prejudica Maia e Brian e eu não estou contente com isso, mas também não quero que as crianças odeiem Louis mesmo que ele seja o errado disso tudo ele ainda é o pai deles. 
-Ray, eu me decidi. Ligarei para Louis hoje e pedirei que ele vá me encontrar. - digo olhando para a morena.
-É a coisa certa a se fazer, sei que não quer vê-lo mas vocês precisam conversar. Qualquer coisa me ligue e eu vou lá quebrar a cara daquele desgraçado- a morena diz brava.
-Vou ligar para ele agora, quando as crianças chegarem diga que eu fui ao mercado okay? 
-Tudo bem, não vou falar sobre ele. Ligue para aquele merdinha, vou preparar o almoço. - diz indiferente.
Pego meu celular e abro minha lista de contatos, o nome de Louis é o primeiro e isso me dá frio na barriga, vejo nossa foto e sinto vontade de chorar. A foto foi no casamento de Harry, foi tirada por Maia em um momento de distração nosso. Milhões de perguntas surgem na minha cabeça, e uma delas é quando ele começou a ter tão pouco respeito por mim? Por nossa relação e nossos filhos? Meu peito começa a arder e minha mente fica nublada, de repente respirar se torna uma tarefa difícil. Eu nem percebo que comecei a tremer e suar incessantemente, até que sinto braços a minha volta e pequenos sussuros em meu ouvido.
-Vai ficar tudo bem, eu tô aqui, não se preocupe- diz Ray baixinho.
Ray começa a me ninar como um bebê, a morena me balança devagarinho enquanto me conforta. Aos poucos respirar se torna fácil e eu paro de tremer e suar. Não tenho coragem de olhar pra Ray, me sinto envergonhada de estar assim.
-Eu sei o que você está pensando, não precisa ter vergonha. Eu nunca te julgaria por isso, sei o quanto isso te afetou e quero que saiba que independente de tudo eu estarei ao seu lado. Vamos passar por isso juntas? - diz calma.
-Obrigada Ray, obrigada por estar comigo. Eu nem sei o que faria sem você. - minha voz sai rouca.
-Ainda quer se encontrar com ele? Se você precisa de mais tempo está tudo bem, lembre-se que é no seu tempo.
-Eu preciso Ray, esclarecer tudo e por um fim nisso. Eu vou falar com meu advogado sobre o divórcio e preciso que Louis esteja ciente disso.- digo decidida.
-Tudo bem, qualquer coisa estarei na cozinha. - diz hesitante.
Aperto o botão para ligar, Louis me atende imediatamente o que faz meu coração palpitar. Eu sou direta com ele, dizendo que precisamos conversar e que é pra ele me encontrar num café perto do parque da cidade, ele me escuta atentamente sem dizer nada. Eu nem espero ele responder e logo desligo, grito Ray e digo que liguei para ele e que vamos ao Many's Coffee. Subo para tomar um banho, escolho a melhor roupa que tenho e faço uma maquiagem simples, apesar de não estar bem mentalmente não mostrarei isso para ele. Quero que ele se arrependa amargamente de ter me traído.
|• Many's Coffe.
Assim que estaciono em frente ao café,  me sinto nervosa e por um segundo quase me arrependo de ter vindo. Decido sair do carro e entrar no café e assim que passo meu olhar pelo local, vejo Louis sentado em uma mesa afastada. Ele estava imóvel, seus olhos vidrados na parede, vou me aproximando devagar e ele mal nota minha presença até que eu sente na mesa e fale seu nome.
-Oi Louis, desculpa a demora. - digo com um sorriso nervoso.
-Oi! tudo bem, eu cheguei cedo demais. Você está linda. - diz tão rapidamente que se eu não fosse acostumada com seu sotaque britânico eu mal entenderia.
-Vamos direto ao ponto Tomlinson. Eu vou dar entrada no nosso divórcio, espero que façamos isso de forma amigável  para que não afete nossos filhos. - digo séria.
O sorriso no rosto do homem a minha frente, sumiu tão rápido quanto apareceu. Acho que ele esperava uma possível reconciliação ou um acordo que ainda nos mantivesse juntos mas no fundo ele sabia que não seria possível, os olhos dele que antes estavam nos meus rapidamente acharam outro ponto para ser apreciado. Pequenas gotas caem de seus olhos e ele tenta escondê-las mas falhou miseravelmente, o choro dele é baixo e seu corpo treme levemente.
-Por favor, vamos nos resolver. Eu prometo te dar acesso a todas as minhas coisas, só vou pro trabalho e volto pra casa, não vou mais errar. Eu te amo demais, por favor S/N… por favor. - sua voz soa tão desesperada. 
-Louis eu já lhe disse, não haveria volta  você fez sua cama agora deite nela. O melhor que podemos fazer é resolvermos como adultos por que temos filhos e qualquer passo mal dado nós afetamos eles. Se quer fazer algo certo, aja como homem responsável e não como uma criança de 5 anos, eu lhe dei diversas oportunidades  mas você ignorou todas elas, se tem duas coisas nesse mundo que eu mais tenho certeza é que eu amo você e nossos filhos, mas eu também me amo e sei que esse casamento já não dá mais. - digo sendo sincera.
-Tudo bem, mas eu vou lutar por você, sempre. Posso pelo menos te beijar uma última vez?- diz com coragem.
Fecho o espaço entre nós, o beijo é apressado e  com um sabor de despedida. Aquela seria a última vez e no fundo ele sabia disso, o beijo cessou mas nossas testas estão coladas enquanto tentamos regular nossa respiração. Me afasto de Louis com um sorriso triste, pego minha bolsa e levanto.
-Quanto a lutar por mim Louis, você tem total direito. Mas sucesso com isso acho que não.
Saio sem olhar para trás, mentalizando que foi o certo a se fazer,  por mim e pelos meus filhos.
8 notes · View notes
harryismysunsblog · 3 years
Text
Imagine: Harry Styles
2. If we could only have this life💕
Tumblr media
Imagina você ser amiga de um famoso e além de serem melhores amigos, você era completamente apaixonada por ele. Essa era a minha situação, completamente apaixonada por Harry Styles. Estava pensativa enquanto assistia Friends na TV. E adivinha quem estava ao meu lado?
Harry, estava ao meu lado em um sofá confortável, focado na televisão comendo alguns tacos. Me matava eu não ter coragem de perguntar para o Harry o que ele sentia por mim. Mas ele era um grande idiota, ele nunca percebeu que estou apaixonada, como eu olho para ele...como meu sorriso fica mais lindo quando ele é a causa.
- Tudo bem s/n?
Harry perguntou me tirando a concentração e olhando para ele,balançando a cabeça.
- Tudo sim, estava viajando aqui.
- Pensando no Crush...
Sorriu de maneira maliciosa, olhando pra TV e eu apenas balancei a cabeça negativamente.
E meu crush é você idiota -pensei-
Harry desliga a TV pondo o controle em cima da mesinha central. Olhando para mim, coloca seu braço sobre meu ombro.
- Você vai no nosso show amanhã, não vai s/n?
Pensei, fazendo um pouco de drama.
- Ah por favor diga que sim!!
Carinha de cachorrinho quando quer algo.
- Vou ver, minha agenda está muito cheia. Mas quem sabe eu possa arranjar um tempo para ir no show -Brinquei-
Harry rir, coçando o nariz e olhando intensamente para meus olhos como se estivesse flertando comigo.
Porque você faz isso comigo -pensei novamente-
- Eu sei que você vai, vai por causa do Liam.
Eu fiz uma cara de indignação.
- Quê?
- Eu sei que você têm uma queda no Liam!
- Ele é muito bonito mas...
- Viu eu sabia
Falou convencido.
- Mas eu não estou apaixonada por ele.
- Ó ok então, vou fingir que acredito.
- Ai Harry, para de ser idiota. -Falei bufando-
- Talvez eu seja idiota por você...
Nós encaramos por alguns instantes com as palavras que ele tinha me falado e resolvi quebrar o gelo.
- Já está tarde e melhor eu ir.
Falei me levando e pegando minha bolsa que estava próxima a mesinha.
- Eu não quis dizer que...me desculpe!
Disse colocando as mãos nos bolsos ambos estavam próximos a porta de saída.
- Desculpar pelo o quê Harry? Você é meu melhor amigo, não leve a sério nossas brincadeiras.
- Oh desculpe.
Sorriu e colando a mão na boca como se tivesse falado um palavrão, percebendo que tinha perdido desculpa novamente sem necessidade, esse era o Harry.
Sorri carinhosamente, o deixando com um beijo gentil na sua bochecha.
- Eu estarei no show, seu idiota.
Sorrimos e me despedi novamente.
{...}
Eu estava me sentindo bem, na verdade muito bem. "Talvez eu seja idiota por você"...essa frase martelava na minha cabeça desde ontem, será que ele gosta de mim? Não, não...ele é tão gentil com todos que comigo não poderia ser diferente, ainda mais sendo sua amiga.
Já estava no palco esperando os meninos começarem o show, era um lugar onde eu tinha uma visão boa para vê-los. Espero que eles me vejam.
- AGORA ONE DIRECTION!
Uma frase para que uma multidão de fãs loucos começassem a gritar loucamente e os cinco garotos tão desejados aparecessem. Os garotos iniciaram contando Little Things, uma das minha músicas favoritas mas moments é a minha preferida...Harry sabia disso(era nossa música).
Harry entrou, minha atenção estava plenamente rendida apenas a ele. Os meus olhos nos seus e ele não parava de me olhar, enquanto cantava o seu solo:
- Sei que você nunca gostou
Do som da sua voz nas gravações
Você nunca quer
Saber o quanto pesa
Você se espreme toda para entrar na calça jeans
Você é perfeita para mim
Harry me olhou, como nunca tinha o visto me olhar. Eu estava sem reação, eu não sabia como me expressar.
Mas para Harry apenas isso não bastava
- Obrigado a todos, estamos muito felizes por está aqui. Essa música dedico a minha melhor amiga. Não irei dizer seu nome, pois ela sabe quem ele é. Moments...
Harry fez isso por mim?
Ele não conseguia me olhar, eu sei que era pra mim, essa música é pra mim!!!
Harry me ama?
A única certeza que tenho é que nunca me atendei a letra de uma canção, como aquela. Tinha o olhar fixos no Harry ainda sem entender nada que se passava. O que ele estava tentando me falar?
Eram muitas dúvidas.
{...}
O final do show tinha chegado e senti uma mão pegar em meu ombro.
- Não foi fácil chegar aqui, Harry quer conversar com você.
- Oi Paul, vamos lá.
Dei um sorriso gentil, escondendo minha frustração. Enquanto acompanhava o Paul podia perceber os olhares de curiosidade por atrás de mim. Harry estava em sua cabine, ao contrário do que sempre vejo ele não estava com nenhum dos meninos. Um sorriso tímido.
Depois daquilo nem parecia que éramos os mesmos. Os mesmos que faziam brincadeiras um com o outro e se xingavam a todo momento.
Sorri, chegando perto. Ele estava muito cheiroso e bonito como sempre.
- O que foi aquilo Harry?
Disse nervosa, porém sorrindo.
- Eu queria te ver. Eu fiquei feliz por você ter vindo. Como assim aquilo o quê?
Disse passando a mão pelo cabelo um pouco longo e depois amaciando os lábios, como sempre fazia.
- Você me olhando daquele jeito e me dedicou uma música, suas fãs vão pensar que...
- Quê? Eu não posso te desejar um música? Eu pensei que você ia gostar. Somos melhores amigos não somos?
Eu peguei em seus ombros e o encarei.
- Quando você vai perceber que eu te amo?
- Eu também te amo! -falou ainda não compreendo-
- Não assim Harry...
Tirei minhas mãos do seu ombro.
- Eu estou apaixonada por você.
- Eu...
Ele não falou nada e o silêncio que estava rodeando entre nós me matava a cada segundo.
Eu esperava uma resposta mas tudo que ele fazia era me encarar.
- Fala alguma coisa Harry!
Harry se aproximou de mim e me abraçou tão forte, de maneira inesperada. Eu podia sentir o seu corpo apertando o meu. Eu podia sentir minha respiração batendo em seu pescoço e isso o vez arrepiar. Ainda abraçados colocou o fio de cabelo que estava na frente do meu rosto para atrás da minha orelha, colocou sua mão gentilmente sobre minha mandíbula enquanto a outra agarrava minha cintura e me beijou intensamente. Tão intensamente que aquela foi sua resposta, respiração mais profunda, testas coladas e um dando máximo do outro. Não foi uma beijo suave, foi um beijo intenso. Quando nosso ar acabou, apenas nos olhamos.
- Sou perdidamente apaixonado por você. Eu me sinto tão tolo por ter descobrido isso tarde.
Instalou um beijinho sobre meus lábios depois sussurrou sobre meu ouvido.
- Eu podia repetir isso mil vezes se você quiser.
Eu sorri tão contentemente , meu sorriso se estendia de uma orelha a outra.
- Eu também! Está usado o perfume que te dei?
- Claro e o meu favorito.
Rimos um do outro enquanto nós abraçavamos novamente e novamente...
"Tento gritar fora os meus pulmões. Se nós apenas pudéssemos ter essa vida por mais um dia"
Fim
Demorei para posta mas consegui. O que acharam desse capítulo??
Harry é tão gentil, espalhe gentileza 🦋🌸
💟 Até Quarta ou antes, irei postar mais episódios, então fiquem atentos💟
5 notes · View notes
maratona1d · 4 years
Text
Tumblr media
Pedido: Meu pedido cm o Harry é dono de um negocio de moda e menina é modelo mas sempre preferiu os bastidores, o sonho dela era ser estilista mas a mae dela queria q fosse modelo. o H percebe esse talento dela nas sugestoes dela, a convida pra jantar descobre mais e a chama pra trabalhar cm ele e os dois criam uma coleção linda juntos e se tornam um super casal do mundo da moda.
Pedido feito, meu bem. Mais uma vez, peço desculpas pelo tamanho do imagine, mas como vocês já sabem, quando eu me empolgo, não tem quem me segure dksjsksjsk. Espero que gostem 💗
O salto nude foi a primeira coisa a sair da Mercedes preta que fora estacionada em frente à corporação de moda mais renomada de todos os tempos.
O pacote completo que acabara de sair do carro e entrava no prédio arrancou a atenção de todos que rodeavam o saguão.
Além de escolher um belíssimo par de sapatos, a dona do conversível vestia uma calça jeans despojada e a velha jaqueta de couro, que arriscaria dizer ser a preferida dela.
Apesar dos óculos escuros e o jeito de andar, como se estivesse desfilado, S/N destruía a postura de Top Model antipática quando seu sorriso aparecia, acompanhado dos comprimentos matutinos aos colegas de trabalho.
- Bom dia pessoal! - disse de forma acolhedora quando entrou na área das modelos e encontrou algumas de suas amigas, junto dos estilistas e claro, o ilustríssimo Harry Styles, que soltou um leve sorriso quando a viu adentrar ao local.
- Bom dia, S/A! - respondeu após os outros. - Deixei sua roupa na arara perto da janela. Assim que estiver pronta passa no meu escritório para eu conferir o resultado antes das fotos, tudo bem?
- Sim, senhor. - ela sorriu para o chefe/amigo e iniciou a preparação de si mesma com a ajuda dos diversos profissionais de moda que auxiliavam as modelos presentes para que nada saísse dos trilhos. Afinal, se tratava de uma coleção importante.
A todo momento, S/N verificava com certa atenção todos os detalhes em sua roupa, e pelas expressões da garota, aquele modelito não a agradou nem um pouquinho. Principalmente pela quantidade exagerada de babados que compunham o macacão azul.
- A coleção inteira foi ideia do chefe? - perguntou dando uma risada à Jessie, o braço direito de Styles quando o assunto era moda.
- Sim. - revirou os olhos. - E olha que dei meu máximo para ajuda-lo. - riu após finalizar a fala e dar os toques finais na parte de baixo da peça.
- Você acha que eu..
- Por favor! - a mais velha suplicou - Ele surtou por não ter nenhuma ideia nos últimos meses e a única solução foram os desenhos antigos, época em que ele não tinha talento, como você pode ver.
- Jess! - S/N chamou a atenção da amiga, deixando algumas risadas escaparem, já que parte daquela história era verdade. - Me deseje sorte. - falou cruzando os dedos e caminhou até a sala do chefe, um pouco apreensiva mas com a autoconfiança lá em cima.
- Posso entrar? - perguntou antes de abrir a porta, executando a ação após ouvir o “sim” do outro lado.
Harry estava com as mãos apoiadas na mesa de granito preta, olhando atentamente para os inúmeros desenhos, canetas e lápis de cor que estavam espalhados sobre a área de trabalho. Sua concentração era tão grande que nem percebeu quando S/N se aproximou dele, esperando que a visse ali.
- Estou aqui. - os olhos do rapaz se levantaram lentamente e observaram com calma a vestimenta no corpo da modelo. Contudo, os olhos arregalados foram a única coisa que ele conseguiu expressar.
- Isso está horrível! - Harry levou as pontas dos dedos até os olhos, demonstrando sinal claro de frustração.
- Ei, não é bem assim. - a garota caminhou até ele e acariciou suas costas na intenção de conforta-lo. - Você se esforçou tanto, não precisa ser tão rígido consigo mesmo.
- S/A, pode falar a verdade. Eu sei que essa coleção é um pesadelo. Era óbvio que seria um desastre. Ressuscitei peças que deveriam ter sido queimadas há muito tempo.
- São tão antigas assim? - questionou, dando uma olhada nos desenhos antes de ver a data em um dos papéis. 26/07/2010. - O que são dez aninhos a mais? Moda vintage está em alta! - a tentativa falha em dar um jeito na situação fez Harry encarar S/N como se seus olhos dissessem para ela ficar calada, razão pela qual os levou à caírem em risadas. - Você sabe que seu potencial é enorme. Não precisa buscar uma coleção que você fez quando havia acabado de entrar na faculdade.
- Mas eu não tive escolha. Tenho três semanas para entregar doze peças diferentes e autênticas. Não é algo fácil!
- Eu sei que não, mas o pessoal está aqui para te ajudar a ter ideias. Por que não os escuta?
- Sei lá. Sempre tive ajuda deles, que são profissionais impecáveis, mas como é uma coleção autêntica, eu queria criar tudo sozinho. Porém, acho que não muito deu certo.- bufou descontente, levantando alguns dos papéis.
- Vai dar certo. Eu confio em você. - S/N sorriu para o moreno, que retribuiu a ação concordando com a cabeça.
- Você tem alguma ideia do que eu possa fazer?
- Bom, talvez seria interessante diminuir alguns detalhes. - a modelo pegou um lápis preto e foi mostrando nos desenhos próximos à ela o que poderia ser feito para que aquelas peças não fossem desperdiçadas. - Tirar um pouco dos tecidos, deixar a roupa menos larga, mais proporcional com o corpo, mudar as cores, algo mais alegre sabe? Afinal, é uma coleção de verão e na minha opinião os trajes estão escuros demais, o que é estranho porque você ama roupas coloridas. - Styles riu com a colocação de S/N, concordando logo em seguida. - Você precisa ter uma inspiração profunda, buscar algo que você goste, se concentrar e deixar sua imaginação fluir. Sei que consegue. - o sorriso fraco dela para o chefe funcionou como uma motivação e uma ideia que, se fosse muito bem executada, poderia render inúmeros comentários positivos.
- Uau, você tem jeito para isso. Fiquei impressionado! - a moça sorriu sem graça e agradeceu o elogio após deixar o lápis em cima da mesa novamente. - Aonde aprendeu a ter essa noção de moda?
- Sempre prestei muita atenção quando discutiam sobre as roupas nas reuniões e comecei a pesquisar os termos, dicas de moda, design e acabei me apaixonando pelo assunto.
- Mas você tem uma mão boa para desenho. Percebi pelos traços que fez aqui. - Harry apontou para o esboço de um vestido em que S/N havia rabiscado de leve, dando uma outra cara para a vestimenta. - Aprendeu a desenhar pela internet também? - questionou rindo.
- Não.. Na verdade meu sonho era virar estilista. - respondeu com um riso fraco. - Quando era pequena, ajudava minha vó a costurar e ela me ensinou a fazer as roupinhas para as minhas bonecas. E quando cresci, comecei a desenhar e criar minha própria “coleção”. - S/N fez aspas quando pronunciou a última palavra e riu de leve após finalizar a história de um sonho que não foi realizado.
- E por que se tornou modelo e não estilista?
- Escolha da minha mãe. - falou enquanto remexia nos lápis de cor dispostos sobre a mesa. - Ela disse que era mais vantajoso ser modelo. E como eu ainda era uma criança quando entrei nesse ramo, acabou que nem me importei.
- Você está desperdiçando um talento incrível, sabia disso?
- Imagina. - riu envergonhada. - Eu só sei o básico.
- Não seja modesta, S/N. Você sabe que é capaz. - a moça sorriu como forma de agradecimento e observou que o chefe a admirava, não pela beleza e sim por ter descoberto o segredo da garota. - O que acha de jantar comigo essa noite? Adoraria conhecer com mais calma esse seu lado estilístico. - os dois riram quando Styles disse tal expressão que talvez nem fosse usada para aquela ocasião, mas que foi compreendida por S/N sem recorrer à explicações.
- Eu topo. Contanto que você não tire sarro de mim por não saber tanto como você.
- Farei o possível.- brincou, tirando mais uma risada da funcionária, e depois de alguns minutos conversando, S/N deixou a sala do chefe e retornou ao trabalho, ficando na empresa até dar o horário do expediente e finalmente voltar para casa e arrumar-se para o jantar de negócios com Harry.
Na cabeça de S/N, o convite era totalmente profissional, mas quando Styles apareceu em sua casa, ela passou a encara-lo como um encontro.
Harry estava lindo. Ele vestia uma camisa social branca e por cima um blazer preto, que combina perfeitamente com a calça da mesma cor. Básico mas muito, muito elegante.
S/N, por sua vez, não ficou para trás e, mesmo que o jantar fosse relacionado ao trabalho, a moça se vestiu com intenção de impressionar. Ela estava com um body de renda preto, usava uma calça vermelha um pouco colada a pela, e um casaco social também da cor vermelha, que formava um conjunto belíssimo em seu corpo.
Após os elogios que ambos fizeram um para o outro, o casal se dirigiu ao restaurante onde teriam surpresas que nem imaginavam.
- Você desenhou isso? - Harry perguntou perplexo, observando os desenhos feitos sem compromisso pela modelo há alguns meses e que ela teve coragem de mostra-lo pela primeira vez a alguém do ramo.
- Desenhei. - respondeu tímida- Você gostou?
- Eu amei! Isso está muito bom! - comentou impressionado. - Adorei a mistura de cores e a forma como você desenhou as peças. Esse sobretudo florido é a coisa mais linda que eu já vi!
- Para, Harry.- falou sem graça e tomou um gole do vinho branco que acompanhava o risoto de camarão que havia pedido.
- Estou falando sério, S/A. Está perfeito! - ele finalmente devolveu o trabalho para a moça e voltou a comer uma espécie de lasanha de legumes ao molho branco.
- Muito obrigada. Você não tem ideia de como estou feliz em escutar isso vindo de você, que é uma inspiração para mim.
- Uau, que honra! - respondeu rindo. - Mas hoje, a verdadeira artista da noite é você. - ela sorriu envergonhada. - E seria um enorme prazer trabalhar contigo.
- Para eu te ajudar?
- Não. Para você criar comigo. Ser a nossa coleção!
- Eu?
- Claro! Eu não admito ter uma estilista nata na equipe e tê-la somente como modelo. - admitiu. - Seus desenhos me inspiraram e eu tenho certeza que podemos produzir algo lindo juntos, e se você autorizar, adoraria usar algum dos seus projetos.
- Você está falando sério? - perguntou com um sorriso enorme nos lábios.
- Como nunca falei em toda minha vida. - respondeu bebendo o gole de vinho, sorrindo logo depois.
- Meu Deus, isso é um sonho!
- Negócio fechado então? - Harry levantou sua taça, para iniciar um brinde com a mais nova sócia, que sorriu animada ao concordar com a cabeça.
- Com certeza!
Semanas depois..
O relógio marcava 1:37 A.M. quando S/N levantou um pouco para espreguiçar-se. Ela estava tão cansada que era capaz de dormir em cima da mesa de jantar, junto com seu companheiro, que finalizava o sombreado do último modelito que completaria a coleção de verão dos jovens artistas.
- Quer mais café? - perguntou ao adentrar a cozinha e encher a quinta xícara daquela noite.
- Não. - Harry bocejou enquanto respondia a garota, dando para perceber claramente o seu cansaço. - Talvez eu precise de mais uma xícara. - completou após rir junto com ela.
- Toma. - S/N entregou o café para o rapaz, que tomou um gole generoso, na intenção de se manter acordado por mais uma hora até organizarem os desenhos, que seriam transformados em roupas às 8 da manhã.
Harry e S/N trabalharam juntos dia e noite após o jantar que tiveram algumas semanas atrás. Dali em diante, eles se tornaram verdadeiras máquinas e faziam praticamente tudo junto, sendo esse um dos fatores que contribuiu muito para florecer o amor que estava dentro de cada um,,mas que ninguém era capaz de admitir que os sentia. No entanto, quando a convivência se tornou constante, aquele sentimento escondido passou a ser visto e sentido pelos dois, sendo impossível ignora-lo.
O primeiro beijo veio após cinco encontros, enquanto terminavam de desenhar um conjunto feminino, estando com os corpos praticamente colocados naquele momento.
Harry, que estava sentado um pouco atrás da moça, a viu terminando a pintura da saia com tamanha delicadeza e atenção, que não ligou nem um pouco caso ela o pegasse com uma cara de bobo apaixonado, porque era exatamente assim que ele se sentia.
Ao perceber o olhar fixo dele em sua pessoa, S/N sorriu sem graça. O rapaz se aproximou dela com calma e de imediato eles sentiram que era a deixa perfeita para um beijo, que com certeza deu um brilho a mais para as próximas peças.
O ato teve a medida certa de todas as qualidades que um beijo inesquecível precisa. A lentidão em cada passo e os toques suaves que eram deixados sobre a pele de cada um foi suficiente para os levarem ao céu em pouquíssimo tempo.
A partir daquele dia, tudo ficou mais leve, mais feliz e principalmente mais gostoso. Justamente por terem encontrado a inspiração chamada “amor”.
Mesmo que o namoro não tivesse sido oficializado e nem de fato pedido, eles sabiam que aquele envolvimento tinha um peso enorme na vida dos dois.
A cada dia que passava, a admiração que S/N sentia por Harry aumentava tanto que ela se perguntava como nunca deu tanto importância ao profissional e a pessoa incrível que ele era. A moça nunca se sentiu tão amada como nas últimas semanas. Ela nunca foi tratada com tamanho carinho e respeito por alguém, e ele sempre a surpreendia de alguma forma, sendo essa uma das milhares de razões pelas quais S/N se apaixonou pelo chefe.
Naquele instante, a garota observava Styles terminar seu desenho, com o mesmo olhar que ele dirigiu à ela no dia do beijo. Um olhar apaixonado, doce e cheio de orgulho.
- Você está me deixando nervoso. - disse ele, rindo fraco, ainda finalizando a roupa, após sentir os olhos dela fitando-o.
- São olhares de orgulho, fique tranquilo. - respondeu, tomando um pouco da bebida quente logo depois.
- E terminei! - Harry deixou o lápis cair sobre a mesa e deu um sorriso extremamente satisfeito por ter finalizado aquela que sem dúvida, seria sua melhor produção. - Quer dizer, nós terminamos! - olhou para a moça com os olhinhos brilhando e uma sensação de dever cumprido percorreu o corpo de ambos ao observarem os doze desenhos prontos, e a bagunça que se encontrava naquela sala. - Eu nem sei como te agradecer. - Harry juntou suas mãos nas dela e a beijou depois de dizer o obrigado mais sincero que ela já ouviu. - Você foi a minha luz no fim do túnel e eu serei eternamente grato por isso. Pode ter certeza que todo o sucesso que eu receber nos próximos anos será mérito seu.
- Será nosso. Eu não fiz isso tudo sozinha.
- Mas foi a minha inspiração, e como dedico todo meu prestígio à elas, você receberá todo o crédito.
- Babe..
- Eu sei o que estou falando. Não se preocupe.
- Não posso aceitar, Harry.
- E por que não?
- Nós dois desenhamos cada peça juntos. Além de estar sendo injusta com você, eu quero ter a honra de ser reconhecida por ter feito o meu primeiro trabalho ao lado do meu ídolo. - o sorriso bobo de Harry fez o coração de S/N amolecer, e como resposta, ele a beijou com intensidade e paixão, os sentimentos que sentia toda as vezes que estava junto dela.
- Isso vai te fazer feliz? - perguntou após terminar o beijo com um selinho.
- Muito!
- Então é isso que vamos fazer.
Alguns meses depois..
- E com vocês, os responsáveis por este desfile maravilhoso: S/N/C e Harry Styles! - o casal deu as mãos antes de entrar na passarela e ser aplaudido de pé por todos que estavam presentes. E não era para menos. Tudo saiu perfeito, até melhor do que eles imaginaram e a única coisa que sentiam naquele momento era gratidão.
- Obrigado, muito obrigado! - Harry disse após pegar o microfone e quase se emocionar com a quantidade de palmas e gritos que recebiam. - Bom, na verdade eu nem sei porquê comecei a falar. Quem deveria iniciar o discurso é essa mulher que está ao meu lado. - destinou um olhar intenso até S/N. - Ela, como eu sempre digo, foi a minha luz e a razão para este evento acontecer. O talento que S/N escondia finalmente foi apresentado neste palco e eu não poderia estar mais orgulhoso e feliz por ter feito parte do início da trajetória de sucesso que ela tem pela frente. - Styles esboçou um sorriso sincero enquanto apreciava a namorada como se fosse a única pessoa no local. - A coleção foi fruto de um amor. O amor mais lindo, profundo e verdadeiro que já vivi em toda a minha vida. E nada mais justo do que nomearmos essa coletânea de ‘Summer Love’. - mais aplausos surgiram quando o nome fora mencionado, fazendo com que Harry entregasse o microfone para sua namorada, que se tornou referência no mundo da moda depois que deixou os palcos e se dedicou de corpo e alma ao seu sonho.
- Antes de agradecer a cada um de vocês pelo carinho e apoio, quero dizer muito obrigada para a pessoa que confiou em mim. - desta vez, foi S/N quem olhou imediatamente para Styles, que encarava a mulher com um sorriso deslumbrante. - Esse homem aqui me impulsionou a seguir meu sonho de criança. - sorriu em agradecimento para ele, olhando-o com tanta admiração e afeto. - E se hoje eu estou realizando o desejo de anos atrás, é porque ele me ajudou. Quando terminamos os desenhos, Harry fez questão de que eu assinasse a coleção sozinha. Porém, para mim, nada seria mais gratificante do que ter meu nome estampado ao lado do dele. - a mulher lançou mais um sorriso para o moreno bem vestido, que tentava ao máximo não se emocionar com as palavras de sua garota. - É indescritível a sensação que estou sentindo neste momento, por saber que fiz um trabalho lindo com a minha inspiração, porque sim, você é a minha inspiração, amor. E eu te amo demais! Obrigada! - e assim, ela o abraçou forte e um beijo digno de um amor de verão foi dado no meio da passarela, encerrando aquele desfile que seria o início da carreira do casal mais relevante no universo da moda.
Escrito por: @imagines-1directioner
39 notes · View notes
quaseimperfeitaa · 4 years
Text
Este texto conta um pouco sobre mim
Hoje eu pensei em entrar no CVV, eu me dei conta de que as coisas estão ficando um pouco mais difíceis e que est�� sendo duro lidar com a depressão dia após dia dentro de onde eu mais queria fugir: a minha própria casa. Já não sei mais quantas semanas se passaram, qual o mês da quarentena. Eu odeio meu cheiro e tento lidar com meu cabelo, tento não depreciar minha aparência mas toda vez que vou ao banheiro pela madrugada eu penso em não olhar no espelho, e toda vez que olho eu não encontro quem eu gostaria de ver, parece que sempre me faltou algo, parece que a imagem que construí ao longo dos anos é falsa, eu não me reconheço nas fotos que postei no Instagram, eu nem sei quem é aquela menina tentando agradar os padrões impostos pela sociedade. E que maldita convenção idiota que me pressiona a ser “feminina” é essa? Eu jamais fui tão oprimida, eu arrisco a dizer que nunca passei pela ditadura brasileira da década de 60, mas eu vivo uma todos os dias, comigo mesma e com o mundo.
Eu demorei 20 anos para entender que sou lésbica, em meio a transtornos depressivos, ansiedade, remédios e distúrbios, o tempo todo eu só queria me encaixar pra me sentir bem, me sentir alocada na sociedade, eu não queria ser julgada. Ano passado eu comecei a ficar com um menino e gostei da liberdade que tinha, de poder andar de mãos dadas e trocar carinho em público sem ter medo de sofrer algum tipo de homofobia, às vezes eu ficava assustada e com medo de alguém aparecer mas me dava conta de que éramos um casal hétero e dificilmente algo iria acontecer conosco porque estávamos ali juntos, e eu também percebi que eu queria tudo aquilo, queria aqueles toques, os beijos, a mão entrelaçada na outra, mas não com ele, com uma mulher, com quem eu sentisse desejo de verdade e não apenas uma vontade impulsiva de amar sem ser oprimida.
Há alguns anos atrás eu descobri que o meu pai já quis me abortar, quem me disse foi a minha mãe e eu lembro de parecer plena por fora, ao receber aquela notícia, mas por dentro acho que muita coisa em mim se desfez, mais do que já era desfeita, não sei como explicar mas eu senti algo se soltando, se destruindo, e nunca mais foi o mesmo, da mesma forma. Acho que aquilo vai me atormentar para sempre. Eu falei pro meu amigo que não faz sentido eu querer desejar a vida dele se a única coisa que ele quis foi sempre me querer longe, pois mesmo sem que eu morresse, eu nunca estive de fato na vida dele, eu sempre fui o desgosto, a filha que ele não quis, até mesmo de feia eu já fui chamada, ele já quis me atropelar, já me bateu e me xingou. Já me humilhou, e humilhou a minha mãe, diversas vezes, incontáveis, eu diria. E toda vez que eu lembro disso, de todas essas coisas, da vez que eu vi minha mãe servindo de cabo de guerra em 2018, de um lado meu “pai” e do outro a minha tia, eu vi o seu seio à mostra e toda a rua vendo, e ninguém fez nada, ninguém denunciou, todos viram mas ninguém enxergou a violência e até tiveram pessoas que apoiaram a atitude daquele monstro. Toda vez que eu lembro disso, eu balanço a minha cabeça como se fosse pra espantar esses pensamentos, para levarem longe daqui, porque me dá vontade de matar meu pai, e eu não sou essa pessoa.
Ele me desperta coisas que eu jamais sentiria por mais ninguém, mesmo que essa pessoa me fizesse muito mal, ele é a única que eu sinto tanto rancor, ódio e nojo. Eu não consigo viver no mesmo ambiente que ele sem estar em constante alerta, medo e pânico. Eu não consigo tocar nas coisas dele sem sentir asco, sem achar que estou tocando em merda, o que de certa forma é. Eu não consigo olhar nos olhos dele, porque eu enxergo tudo de ruim que há na minha vida, eu sinto meu ódio por ele refletido, o nojo, o rancor, o asco, o medo, o pânico. Eu não sei se um dia serei capaz de perdoá-lo por estas coisas todas, eu nem mesmo sei se deveria, porque a gente tem que perdoar esse tipo de gente? Eles não merecem perdão, merecem sofrer sozinhos para aprenderem, pois tiveram chances e chances de se redimirem e na primeira oportunidade trataram todos que lhes deram a mão como um lixo, só porque por um momento minúsculo estiveram acima, mas você nunca cresce na vida sozinho, ninguém tem o direito de fazer o que quer da vida de alguém, destruí-la e depois viver pleno como se fosse digno de merecer perdão. Pode parecer egoísta, e talvez até seja, mas é impressionante como eu não dou a mínima, não quando se trata dele.
Eu lembro da minha mãe me contanto e vivendo tudo isso comigo, ela não me preparou minimamente para que eu soubesse que ele me quis morta e apenas jogou como se fosse uma informação qualquer. Ela até hoje se abisma quando falo que acharia melhor que eu ou ele estivesse morto, porque eu desejaria viver? Porque eu desejaria a vida de quem nem me esperou nascer pra não me querer? Porque eu sou obrigada a amá-lo, sorrir ao vê-lo, desejar feliz dias dos pais se ele nem ao menos foi homem pra ser honesto comigo, porque eu deveria o querer por perto? Eu não tenho essa frieza, eu sou quente até demais, meu sangue ferve ao lado dele, e eu quero ir embora.
Às vezes não entendo a minha mãe porque ela sempre soube como ele era, ela teve mil chances de ir embora, ela sofreu desde o início bem antes de me ter, ela presenciou ele dando o dinheiro para que pudesse me abortar, mesmo ela me querendo, e mesmo assim ela ficou com esse homem, ela está com esse homem até hoje. Relacionamento tóxico faz parte da minha vida inteira, desde antes de nascer até agora, e mesmo com anos de vivência eu ainda me revolto em saber que ela tem para onde ir, ela tem a quem recorrer, ela sabe o caminho de ir embora, mas acho que se esqueceu em algum momento. E eu sinto pena dela estar sendo traída, humilhada, rejeitada e violentada todos os dias, e tendo que aguentar tudo isso, e eu sinto mais raiva ainda diante dessas coisas. Ela é uma pessoa incrível mas definitivamente não teve o que merecia, porque ninguém merece isso. Homens me dão raiva, eles e todos os seus privilégios ridículos.
Eu fiz um momento de silêncio agora, ao terminar o último parágrafo, foi como um descanso, eu jamais havia dito tantas coisas misturadas em um só texto, na verdade, fazia muito tempo que já não escrevia mais nada, a depressão e a ansiedade tomaram conta de mim e desde que entrei para a universidade toda a minha vida tem sido voltada para o fato de terminar tudo aquilo, arrumar um emprego e partir daqui para nunca mais voltar. Eu parei com os remédios porque o médico nunca me dizia um horário, no meio dessa pandemia, que fosse viável para mim para poder ir buscar a receita. Mas honestamente falando aquelas drogas já não estavam mais fazendo o mesmo efeito do início em que eu tive um pico de melhoria e depois estabilizei, na verdade, eu estagnei no mesmo lugar, eu não me atrasei nem me adiantei ao tratamento, mas agora com sei lá quantos dias em casa, eu já sinto que com ou sem remédio, de qualquer jeito, eu estaria fadada ao fracasso dessa última tentativa para não morrer.
Eu já voltei a pensar em suicídios, já voltei a roer todas as minhas unhas, já voltei a ignorar todas as atividades de higiene básica, o EAD nunca foi para mim e agora eu me sinto mais inútil ainda diante do meu curso, desinformada, sedentária. Eu só faço comer e dormir, e acho que eu já passei por isso antes, quando eu estava no meu pico depressivo antes de iniciar a terapia, posso dizer que talvez tenha voltado a estaca zero, mas dessa vez mesmo que eu queria sair eu não posso, não devo.
Por falar em EAD, em universidade e essas coisas, eu comecei o ano tão motivada, eu estava disposta a encarar todo o ano letivo com bastante sede de aprendizado e curiosidade, determinada a cumprir todas as minhas metas, a fazer tudo dentro do prazo e com muita qualidade. Eu lembro que lia os textos e estudava o dia todo, eu me dediquei imensamente o quanto pude até que toda essa maré de azar e coisas ruins abordou o mundo de uma vez só e me deu um empurrãozinho mais para perto da borda do precipício, de onde eu já tinha me afastado um pouco. Se você me perguntar se eu me considero vitoriosa pelas coisas que já passei, eu diria que por um momento eu me considerei, mas agora é tão difícil diferenciar o que é uma vitória ou apenas uma maneira de sobreviver que eu já nem sei mais como te responder essa pergunta caso você a fizesse. Quer a minha total sinceridade? Eu dispensaria todo esse sentimento forçado de vitória por uma vida em que eu não tivesse que morrer todos os dias para continuar vivendo.
Eu me desejo paciência, se ainda me resta, coragem, inteligência, estratégia... e todas essas coisas que você precisa quando se é pobre, tem uma relação horrível com seu pai, quando ele e sua mãe tem um relacionamento morto e enterrado de tão tóxico, quando você se olha no espelho e quer outro corte de cabelo, outras roupas, outro visual e outra você, quando você tem alguns transtornos do século, quando você está passando por uma das crises sanitárias mais graves e o presidente é um babaca e simplesmente caga pra isso, quando você só quer amar a sua mulher e é barrada pelo preconceito dos outros, quando você precisa muito, muito e muito sair de casa mas você é um ser do sexo feminino e os homens são transeuntes escrotos e criminosos. Enfim, todas essas coisas que você diz para quem existe em 2020.
Eu falei tudo e ainda parece que não falei nada, não sei como ainda estou aqui e não sei como vou estar daqui a um tempo. É bom escrever um pouco às vezes, não muda tudo, mas muda muito, alivia, dá para extravasar e pensar no que eu sinto. Reler tudo isso um dia vai ser duro, vai ser constrangedor e angustiante. Até dizer que vou reler parece um tanto quanto esquisito quando só essa semana eu já devo ter pensado em escrever uma carta de suicídio umas cinco vezes, essa por pouco não foi uma. Eu não queria morrer, sabe? Eu realmente aprecio a vida e as coisas que surgiram das criações humanas, apesar de falharmos gravemente como espécie, eu realmente amo meus amigos e a minha mãe, eu realmente estaria disposta a querer mudar tudo em mim para ser melhor, corrigir meus erros, viver e ser feliz, se é que dá para ser, estaria disposta a estar aqui e aproveitar o máximo, arrancar a essência de cada dia e carregar comigo, como dizia no Sociedade dos Poetas Mortos: carpe diem. Mas tem dias que eu olho pra tudo isso, para meus amigos e minha mãe, as coisas que passei, esses textos, minhas coisas, e eu simplesmente não quero continuar, porque dói, não é fácil viver tanto tempo sofrendo e ainda querer viver, tem dias que você acorda e só quer viver de um jeito normal, sem sofrer. Eu queria isso, tudo isso que eu citei acima, eu queria muito viver sem sentir dor, para mim isso é o mais importante de todas essas coisas que disse, não é o dinheiro que eu queria ter, o trabalho mais prestigiado, os bens materiais, não, tudo isso talvez importe em algum momento, mas eu sinto que agora o que eu quero é paz, é existir nessa vida e gostar disso, é acordar e não sentir vontade de ficar na cama o resto do dia, é viver, de fato, e não agir como um robô do sistema capitalista em busca de ser a melhor, a primeira, a mais rica, a mais famosa, eu só quero ser fiel a mim mesma e deixar de me perder tanto e poder um dia me encontrar tranquila, tanto que eu não ligaria para nenhuma circunstância vigente, somente o fato de existir e estar bem já me seria mais do que o suficiente para não ter que voltar a escrever textos assim em momentos de desespero pois eu estaria tranquila e bem, eu quero me sentir feliz, aliviada e plena de mim mesma como eu jamais estive, e é só isso que importa pra mim.
14 notes · View notes
alwaysyoufff · 4 years
Text
Cap. 22
Dongmin
Quando saímos do restaurante noto que ela está se divertindo com Moonbin e Seungyoun. Me sinto mal, a verdade é que queria estar com eles, mas sei que se caso eu largasse a minha line, bom, os holofotes estavam todos em cima de nós, uma cortesia desagradável trazida por Jungkook.
Por isso quando eles dizem que querem ir a uma boate eu não discuto, simplesmente os sigo.
Enquanto estamos lá eu não tenho vontade de fazer nada além de beber. Por isso, me encosto no balcão e começo. Uma dose, duas, três, quatro e depois da quinta perco as contas.
Estou chateado. Não com ela, mas com a situação. Na verdade não apenas com o fato de não poder estar lá, mas com várias outras coisas que eu queria ter discutido no jantar, mas que de certa forma perdera a coragem.
Olho para os meus amigos e me sinto mal. A razão de Moonbin não ter sentado conosco é que eles são um bando de imbecis, não todos, mas a grande maioria.
Estou irritado com aquilo, mas não é apenas aquilo, tem uma situação em particular que me incomoda, uma situação a qual eu queria MESMO ter discutido, mas perdi o fio da meada. Bem é melhor não pensar a respeito ou vou acabar falado o que não devo e no lugar em que não devo.
Continuo bebendo e quando dou por mim tudo ao meu redor me irrita. O cúmulo é quando no som da boate ecoa a voz: “para celebrar nossa visita VIP de hoje a noite, uma música em especial” e então, começa a tocar BTS.
Eu começo a rir. É claro que apenas Jungkook é a visita vip, certo? O resto de nós não é nada perto dele.
Por isso me afasto, não me levem a mal, não tenho ciúmes da fama que ele construiu, ele trabalhou MUITO por isso e merece todo o reconhecimento do mundo, mas naquela noite, ele me incomoda, naquela noite tudo a respeito dele me incomoda.
Por isso sigo boate afora, preciso tomar um ar.
Fico no terraço. Algumas garotas se aproximam, mas não estou em condições nem de dar boa noite, por isso apenas sorrio e continuo a encarar as ruas movimentadas de Itaewon.
-Eunwoo? – a voz dele faz com que eu respire fundo, última pessoa que eu queria que fosse até lá.
-O que é?
-Você está bem?
-Sim.
-De verdade? Não quer ir para casa?
Me viro para encará-lo e um acorde conhecido toma meus ouvidos. Aquela é a nossa música, certo? A música do comeback, a música com a qual ganhamos o nosso PRIMEIRO prêmio no music Bank.
-Está tocando All Night. – ele dispara com um sorriso. – vim te chamar para nos ensinar a coreografia.
-Sou o pior dançarino da minha banda.
-Não começa.
-E por que diabos você quer aprender a coreografia de uma música que só ganhou um prêmio porque você não estava concorrendo?
Ok, já chega de segurar. Aquilo tinha me magoado MUITO. Não apenas o fato de as fãs dele terem ido até o music bank no dia do comeback e terem levado uma faixa dizendo que nós só havíamos ganho porque a banda dele não estava concorrendo, mas o fato de ele não ter dito NADA  a respeito. Nós éramos amigos, certo? Eu nunca deixaria nenhuma Aroha ofender a banda do meu amigo, eu no mínimo o defenderia, no mínimo pediria para respeitarem o trabalho dele.
Caramba, nós sofremos MUITO para conseguir aquele comeback. Passamos um ano sendo cozinhados na Fantasio sem lançar nada, duvidando do nosso potencial, duvidando até da nossa humanidade, nos sentindo seis objetos esquecidos no fundo de um armário e quando enfim conseguimos, recebemos aquela pancada na cabeça e bem, ele não disse nada.
-Eunwoo... – ele começa, mas eu ergo a mão para impedi-lo de falar.
-Eu não quero ouvir, eu sei que o que suas fãs fizeram não reflete a sua opinião e blablabla, mas elas sabem? Você não se manifestou, não emitiu nenhum tipo de nota de apoio ou repúdio, NADA! Você não fez e não falou nada e isso me machucou pra caramba, porque eu sei que se fosse o contrário, eu teria me manifestado, eu teria pedido para as Aroha respeitarem a sua música, não apenas como amigo seu, mas como profissional, eu não precisaria ser seu amigo para dizer qualquer coisa a respeito, o trabalho dos outros, independentemente de quem seja, deve ser respeitado.
-Eunwoo as army...
-São um fandom mimado e imbecil. – disparo e ele me encara, sei o quanto ele as ama, mas não estou mentindo. – e é como o Seo Eunkwang sunbaenim disse uma vez: “O fandom é o reflexo de seus ídolos.”
-Você está dizendo que sou mimado e imbecil?
-Você é?
-Você sabe que não.
-Então faça alguma coisa para consertar a imagem do seu fandom, porque é isso que todo mundo pensa dele. Agora se você puder me dar licença, estão tocando a minha música.
Passo por ele o mais firme que o álcool me permite e sigo boate adentro. Quando dou por mim estou dançando e as pessoas ao redor param para olhar. Ok, não sou o melhor dançarino do meu grupo, mas naquele instante, ninguém ali dança melhor do que eu, pelo menos não aquela música.
Thais
Quando fecho os olhos escuto a campainha tocar. A primeira coisa que me vem em mente é que aconteceu alguma coisa com SanHa e que ele está ali, me pedindo ajuda.
Após a noite agradável que passara com Moonbin e Luizinho, por alguma razão sinto vontade de ver SanHa, é como se tivesse passado tempo demais.
Espera um segundo, estou com saudades de uma pessoa que vi naquela manhã?
Seguro PpuPpu nos braços e sigo até a porta. Quando a abro me surpreendo ao dar de cara com Dongmin.
-Dongmin? – pergunto confusa. Ok, o que diabos...
Ele não está normal, claro que não está. O rosto está suado e as roupas um tanto amarrotadas. Ok, como diabos ele fora parar ali? Ele não viera sozinho, certo?
Coloco a cabeça para fora para encarar o corredor e constato que ele está vazio.
-Como você chegou aqui?
-Oi?
-Nesse estado, como diabos conseguiu chegar aqui?
-Os caras me colocaram em um taxi, eu dei o seu endereço porque se eu aparecer assim na Fantasio eles arrancam o meu couro.
Eu mais uma vez o encaro. Por que diabos ele bebeu tanto? O que está havendo? Ele não deveria estar se divertindo com a sua line preconceituosa? O que ele estava fazendo ali? E aquela hora da noite?
-Eu posso entrar? – a voz dele está tão embargada pela bebida que eu quase não consigo entender.
-Claro. – respondo.
Ok, o que diabos?
Então ele tropeça casa adentro, eu me aproximo para ajuda-lo, o segurando ao redor da cintura e o guiando até o sofá, Dongmin se atira, literalmente ali.
-Dongmin por que você bebeu tanto? – pergunto e ele dá de ombros.
-Meus amigos são um bando de filhos da puta.
Eu abafo o riso, ver aquele príncipe xingar é no mínimo engraçado, mesmo que eu saiba que ele tem uma boca bem suja.
-E eu bebi para um caralho.
Então ele começa a rir sozinho, eu apenas o encaro, já tive minha parcela de pessoas bêbadas na vida, sei como aquilo começa e geralmente como termina, em lágrimas e muuuuito vômito.
-Me desculpe. – ele dispara de repente e eu o encaro.
Ok, lá vem as lágrimas.
-Einh?
-O Moonbin te falou a razão de ele não sentar com a gente?
-Falou.
-E você deve estar achando que eu sou um filho da puta também, certo?
-Eu só não entendi o fato de seus amigos discriminarem o Binnie e você continuar sendo amigo deles.
-Se eu te disser que não é opcional, você acredita?
Tumblr media
-Como assim?
-É um bom marketing pras bandas que as lines andem juntas, alguns deles são MESMO meus amigos e os outros, é conveniência.
-Entendi.
-Não você não entendeu. Eu queria mandar todos eles para o inferno pelo que fizeram com o Binnie, mas fui impedido. Daquela line inteira só tinha um que eu considerava mesmo meu amigo, o único que não foi um filho da puta com o Binnie e bem, eu acho que perdi a amizade dele hoje.
-O que aconteceu?
-Eu bebi, fiquei sincero e falei umas verdades pra ele.
-A respeito?
-A respeito de uma coisa aí que aconteceu no nosso comeback, enfim não é mais importante, de certa forma estou aliviado por ter falado, tirei um peso das costas.
-É sempre bom descarregar as coisas, mas é melhor ainda quando a gente faz isso sóbrio, amanhã você não vai lembrar do que falou.
-Mesmo que eu não lembre, ele vai, ah com certeza ele vai.
Então ele começa a rir novamente, ok, ainda não está na hora das lágrimas.
- Enfim, eu só queria que você soubesse o que aconteceu de verdade, a respeito do Binnie.
-O Binnie me falou, não se preocupe.
-Certo.
-E eu queria te dizer mais uma coisa.
-Pode falar.
-Eu gosto de você. – ele dispara simplesmente enquanto me encara. – de verdade, acho que gostei de você no primeiro dia em que te vi na entrevista de emprego e eu estou assustado, com tudo o que vem acontecendo entre a gente, porque eu tenho medo de não ser suficiente, eu não estou me entregando da forma que gostaria e eu sei disso, mas eu também sei que não conseguiria fazer isso porque... – então ele para, os olhos fixos em mim e eu posso notar que eles estão marejados. Ok, agora é a hora das lágrimas.
-Por que o que?
Ele aponta o urso em meus braços e só então eu noto que passara esse tempo todo segurando PpuPpu.
-Porque eu acho que não é de mim que você gosta.
2 notes · View notes
burnitff · 4 years
Text
Cap. 5- Jay & Yoongi
-O que você está fazendo? – ele perguntou ao encarar o amigo, Yoongi tinha mais uma vez um copo em mãos e os olhos estavam completamente vidrados no nada a sua frente. – Yoons, o que você usou?
-Um pouco disso, um pouco daquilo.
Jay se aproximou mais e balançou a mão direita em frente aos olhos do amigo, Yoongi não se moveu.
-Cara acho melhor a gente sair daqui.
-Por que?
-Porque você está mais louco do que a minha avó e olha que ela pegou uma arma a atirou no meu avô.
Por um segundo Yoongi não se moveu, Jay segurou seu braço e o puxou, mas o amigo não fez menção de sair do lugar.
-Hey Yoongi!
-Por que você não me deixa em paz? Por que por apenas uma vez na sua vida você não desaparece da minha frente?
Ok o que estava acontecendo ali? O que ele havia feito?
-Yoongi eu fiz alguma coisa...
-Por que você não vai atrás dela? Por que não vai puxar papo e quem sabe arrastar ela para um desses quartos, não é isso o que você faz? Arrasta as garotas para os quartos?
Ela? Ela quem? De quem diabos Yoongi estava falando?
-Cara do que você está falando? De quem está falando?
Os olhos do amigo se desviaram do vazio e o encararam firme, Jay deu um passo para trás, por um segundo Yoongi o assustou profundamente.
-Esquece, se você vai mesmo fingir que não sabe do que eu estou falando, finja, eu desisti de você.
Yoongi se afastou, deixando Jay mais do que confuso. Do que ele estava falando? De quem estava falando?
Tumblr media
Olhou ao redor e seus olhos pousaram de imediato em cima das garotas novas. Será que Yoongi estava falando de alguma das duas? Mas Jay não chegara em nenhuma, certo? Quer dizer, ele pensara em chegar em Lizzy mais cedo, mas ainda não tivera a oportunidade. Yoongi estava falando dela?
-Hey meninas. – ele se aproximou as encarando, Ravena lhe lançou um sorriso, já Lizzy apenas o encarou, um copo em mãos e o canudo vermelho dançando entre os lábios em um gesto mais do que provocante.
-Jay? – Ravena o chamou e ele enfim despertou, desviando os olhos de Lizzy e a encarando. – você ia dizer alguma coisa?
-O Yoongi. – ele começou olhando de uma para a outra. – vocês sabem se aconteceu alguma coisa com ele?
-Depois do fora que ele me deu, eu não o vi mais.
A maneira com que ela disparou a frase fez com que Jay engasgasse.
-Ele fez o que?
-Por que o espanto? Ele não é de dar fora em muitas pessoas? Quer dizer que eu sou especial?
Por um segundo ele não soube o que dizer, mas se Yoongi tinha dado um fora em Lizzy, queria dizer que ele não estava falando dela, certo? Mas se não era dela, de quem diabos ele estava falando?
Então em um momento de sobriedade Jay olhou ao redor, não ela não podia estar ali, ela não podia ter feito aquilo.
-JENNY! – o puxão que ele deu no braço dela fez com que a garota tropeçasse. – MAS QUE PORRA VOCÊ FEZ?
-Eu? O que eu fiz?
-O que você contou para o Yoongi?
-Por que você acha que eu contei alguma coisa para o Yoongi?
-Não seja metida a engraçada. O que você disse pra ele?
-Nada, quer dizer, eu vi ele com a novata e bem, depois que ele a deixou para trás e voltou a beber feito um louco, eu meio que me aproximei e bem...
-E ele te deu um fora eu sei.
-Como você sabe?
-Porque eu disse pra ele fazer isso.
-Exatamente, foi o que ele me falou que você o tinha avisado a meu respeito, o engraçado Jay é que ninguém avisou a ele a SEU respeito. Ninguém avisou pra ele a merda de amigo que você é.
-O que você disse pra ele?
-Nada além de fatos, só comentei que depois da rave na qual você o “salvou” de mim e o levou para casa, bem, você o deixou no quarto dele e fodeu a irmã dele no quarto ao lado.
-SUA VADIA INFELIZ!
-Ora Jay para de show, ok? Se eu não sirvo pro Yoongi por ser uma vadia como você mesmo diz, por que um filho da puta como você serviria para ser amigo dele?
-Se eu te vir perto dele, se eu te vir se aproximar dele novamente eu vou perder o resto de dignidade que me resta e enfiar a mão na sua cara, está me entendendo?
-Você não teria coragem.
-Me testa!
Quando se afastou de Jay, Yoongi pensava que se sentiria melhor, pensava que ficar longe do amigo o ajudaria a pensar melhor. Peen errado. De imediato a conversa que tivera com Jenny voltara feito um átimo a sua mente. Jay e sua mania imbecil de dormir com tudo o que se movia, mas precisava ser a irmã dele? Ele precisava MESMO ter feito aquilo?
Por um segundo Yoongi olhou ao redor, queria encontrar o amigo e lhe acertar um soco, queria bater nele, queria gritar com ele, mas sabia que não tinha aquele direito, afinal além de conhecer Jay, ele conhecia a irmã e bem, ela não era nenhuma santa.
Yoongi ficou mais um minuto sozinho, quando se virou para pedir mais uma bebida e voltou a encarar a boate viu alguém se aproximar, só podia ser brincadeira, ela já não tinha dito tudo o que queria.
-Yoongi... O jay veio falar comigo.
-E daí?
-Ele sabe o que eu te disse.
-E daí?
-Eu só queria me certificar de que você está bem.
-Eu estou Jenny, na verdade eu estou tentando beber em paz. – ele falou simplesmente, mas ela pareceu não ouvir.
-Não sabia como você ia reagir, eu não te disse pra te magoar, eu só queria que você soubesse.
-Pois é.
-Você sabe onde o Jay está agora?
-Em algum beco transando com alguém provavelmente.
-Você deveria tentar isso também.
Yoongi a encarou, tinha sido um convite?
-Do que você está falando?
-Não banque o anjinho, eu sei muito bem que você me entendeu.
Sim ele tinha entendido.
-Acho que vai ficar pra próxima Jenny, não estou no clima.
-Nada que eu não possa resolver.
Yoongi viu ela puxar um saquinho transparente de dentro do sutiã e lá dentro ele reconheceu o pó branco, MDMA.
-O Jay já me ofereceu, mas eu não estou no clima pra isso também hoje.
-Não seja estraga prazeres, vamos só um pouquinho você vai ver que vai se sentir melhor.
-Não Jenny não quero, não quero pó e não quero transar com você, vai some.
-Você nunca foi grosso assim.
-Sim nunca fui, mas você está me obrigando a ser, vamos some!
Jenny o encarou por mais um segundo depois se virou e seguiu caminho, Yoongi voltou a encarar o balcão de mármore e dessa vez pegou uma dose tripla de tequila.
-Eu iria com mais calma rapazinho. – o cara que aparentemente estava responsável pelas bebidas falou.
-Duas doses de tequila, por favor, uma dupla e uma normal.
Yoongi encarou a garota ao seu lado ele a conhecia, o nome dela era Ravena e ela parecia ser a única amiga que Lizzy tinha.
Quando deu por si estava rindo sozinho, aquele balcão ao seu lado estava mais movimentado do que o centro de Daegu na hora do rush.
-Ei Yoongi. – a garota o encarou com um sorriso. – tudo bem?
-Claro – ele falou com um meio sorriso. – por que não estaria?
-Por nada mão.
Yoongi respirou fundo, aquele garota parecia ser legal e bem, ele estava agindo feito um imbecil com ela.
-Três doses de tequila? Não acha que está exagerando?
O cara responsável pelas bebidas o encarou com um olhar que provavelmente dizia “ Não foi isso que eu acabei de te dizer seu hipócrita do caralho?”
-Só uma é minha, a dupla é para uma amiga.
-Ah amiga, sei.
-Yoongi...
-Uhm?
-Ela me disse que você deu um fora nela.
-Dei.
-Por que?
-Por que não?
-Não sei, a Lizzy não é o tipo de garota em quem os caras dão foras, sabe?
Sim ele sabia.
-E que tipo de garota ela é?
-Não sei. – Ravena respondeu ainda sorrindo, ela tinha um sorriso tão simples, tão fácil, tão diferente da amiga. – não consegui desvendar ela ainda, a Lizzy é um mistério para todo mundo.
-Achei que fossem amigas.
-Somos, melhores amigas na verdade, ela é a única amiga que eu tenho, mas mesmo assim às vezes eu sinto que não a conheço e que nunca vou conhecer.
Yoongi sorriu, ele tivera aquela mesma sensação a primeira vez que olhara nos olhos dela.
-Nossa nem sei porque estou te contando essas coisas, é que sei lá, você passa uma segurança estranha com os olhos.
Yoongi sorriu novamente.
-Não sei se foi um elogio, mas obrigado Ravena.
-De nada.
Ravena ficou um minuto em silêncio, Yoongi a encarou.
-Algum problema?
-Não nenhum, é que me deram isso aqui. – ela falou tirando o pacote transparente com o pó branco de dentro do sutiã e atirando em cima do balcão. – e eu não sei o que fazer com ele.
-Quem te deu?
Ela o encarou e sorriu.
-Seu amigo, Jay Park, ele deu um pra mim e um pra Lizzy.
-E onde ele está agora?
-Os dois saíram juntos e eu vim pegar as bebidas como ela me pediu.
-O Jay e a Lizzy saíram?
-Sim, mas não da festa, eles devem estar conversando em algum lugar.
Conversando? Sei.
-Isso se chama MDMA Ravena. – Yoongi falou abrindo o pacote e pegando um pouco do pó branco. – você usa assim.
O pó que ele tinha nos dedos ele esfregou nos dentes como se fosse uma espécie de creme dental ou coisa do tipo, Ravena ficou observando.
-E pra que serve?
Yoongi sorriu.
-Você vai ver...
Menos de um minuto depois ele já podia sentir os efeitos, as cores pareciam mais vívidas e o som  mais alto, Yoongi deixou que o ritmo da música tomasse conta de seu corpo e fechou os olhos na tentativa de esquecer tudo, mas algo lhe veio à cabeça... Jay.
Seu melhor amigo, o cara que se achava o máximo, o cara pelo qual ele já levara incontáveis surras e se metera em incontáveis confusões, o cara do qual ele já havia salvo a pele mais de mil vezes.
Valia mesmo a pena continuar com aquela amizade?
1 note · View note
biasmut · 5 years
Text
A Regra dos Cinco (2)
Tumblr media
Kim Taehyung. Sinopse: A pior parte de terminar um noivado na véspera do casamento, para sua surpresa, não era precisar devolver os presentes, cancelar o buffet, ou encarar os questionamentos infinitos das pessoas a sua volta. Na verdade, a pior parte era, sem dúvida alguma, encontrar um novo lar.   Parte: [ 1 l 2 l ? ]
Kim Taehyung tem o cheiro fresco e doce de morangos no auge da época de colheita. Ele escuta jazz, viaja quilômetros para visitar museus nas horas vagas, e faz aulas de pintura aos domingos, com um senhor diagnosticado com parkinson e que encontra prazer em ver jovens fazendo com os dedos e com pincéis aquilo que ele próprio já não é mais capaz de fazer. Kim Taehyung usa um suéter de linho azul e verde que ganhou da avó materna no seu penúltimo aniversário, e acha que café é superestimado, e que há bebidas melhores para se manter aquecido e para afastar o sono. Duas semanas e todas essas curiosidades já preenchem páginas e mais páginas de minha agenda, em uma lista ainda em construção que me faz pensar - ou melhor, que me faz ter certeza - que Kim Taehyung é alguma espécie de anjo perdido em solo terrestre.
— Eu achei mesmo que esse último apartamento fosse combinar com você — Taehyung diz entre uma garfada e outra. O molho da carne mancha o canto de sua boca e ele briga com o guardanapo de pano para conseguir limpar a sujeira. Sua voz parece conter traços de algo que se parece muito com decepção, mas seu olhar continua sereno e tão tranquilo quanto naquele primeiro dia em que nos encontramos, no café da esquina. Depois disso os cafés se transformaram em almoços, e os almoços, vez ou outra, se estendem para lanches da tarde.
— Eu também achei, você disse que ele tinha tudo que eu tava procurando… — Relembro, balançando os ombros para mostrar descontração e não parecer tão séria e decepcionada. Vi mais apartamentos nas últimas duas semanas do que pensei ser possível, e por mais que Taehyung fizesse um trabalho esplendido como corretor, me levando aos locais certos e me apresentando as melhores condições para fechar negócio, alguma coisa sempre parecia faltar.
Não tem sido fácil lidar com a sensação certeira e constantemente presente de que me tornei uma pedra em seu sapato, e de que devo adornar o lugar número um no ranking de clientes chatos e exigentes que já passaram por suas mãos. No entanto, o modo como ele parece ainda mais motivado a buscar algo inédito sempre que uma nova oportunidade é excluída, faz com que meu coração se acalme e meus pensamentos desacelerem. Kim Taehyung parece possuir um efeito calmante, que funciona tão bem quanto um suco de maracujá fresco nos dias quentes, ou um chá suave de camomila nas noites frias. E sei que me pego pensando nisso mais do que deveria, e me aproveitando de sua companhia de um jeito desleal, e que não é justo. Tenho tomado grande parte de seu tempo, porque todos meus dias continuam sendo regidos por vinte e quatro horas de puro ócio.
— Eu esqueci que você queria janelas grandes — Ele tomba o pescoço para lado e adota uma expressão infantil, que me faz sorrir em resposta — Mas tudo bem, tenho certeza de que algum lugar nessa cidade vai servir pra gente!‌ — Espero que ele se corrija e diga que vamos ser capazes de encontrar algum lugar que irá servir para mim, mas ele não parece se dar conta de sua frase, e me convenço de que não há duplo sentido algum por trás de suas palavras… Só existe uma constatação óbvio e acolhedora de saber que ele parece tão envolvido nessa busca quanto eu, e isso, de novo, me mantém calma e motivada.
— Talvez eu devesse começar a anotar tudo que digo que quero, porque a lista está ficando um pouco grande…  — Falo sem graça mas ele ri, e o som se parece com um chama quente no meio de toda aquela neve que caí do lado de fora do restaurante. Kim Taehyung é também um foco de calor no meio da tempestade gelada que tem me abraçado nos últimos dias.
— Sua sorte é que, apesar de esquecer das janelas, minha memória é muito boa. E seus pedidos não são tão difíceis assim… Uma lareira, um banheiro grande e confortável, jardineiras para montar uma horta, janelas grandes…
— Em um prédio familiar…  — Completo, vendo-o assentir.
— Você é bastante exigente  — Não há maldade alguma em suas palavras, mas elas fazem com que meus músculos se contraiam e meus ombros fiquem tensos, e ainda que a culpa não seja dele, e sim de uma centena de experiências passadas mal resolvidas, a postura que adoto me denuncia — Desculpa, eu não quis que isso soasse de um jeito negativo  — Ele rapidamente acrescenta, como se fosse capaz de perceber a mudança em meu comportamento.
— Eu sei… Mas bom, eu me acho exigente de um jeito negativo — Confesso, e essa talvez seja apenas a segunda ou terceira coisa que ele sabe a meu respeito, porque todo o restante continua sendo um grande mistério, como ele insiste em dizer entre uma visita em um apartamento e outro. Kim Taehyung é uma caixa aberta e transparente, e eu um cofre velho cujo segredo foi esquecido.
— Isso tem algo a ver com o seu… término?  — E lá vamos nós.
Taehyung e eu não falamos sobre nossas vidas pessoais. É óbvio que não falamos sobre nossas vidas pessoais porque, apesar de estarmos nos vendo quase todos os dias, há duas semanas, não somos amigos. Ele é meu corretor e eu sou sua cliente, e não faria sentido algum conversarmos sobre meu término ou sobre o porque de ele parecer ser o cara mais solitário da cidade. Mas eu sei coisas sobre ele, porque ele me deixa saber. Porque no meio de um almoço ou de um café, ele para para comentar sobre uma música nova que tem ouvido bastante com o garçom que sempre nos atende com o fone de ouvido pendurado ao redor do pescoço. Porque visitamos o apartamento de um amante de artes, e ele passou quase quinze minutos conversando com o proprietário sobre como as pinceladas de Van Gogh eram únicas e sobre como ele se sentiu minúsculo a primeira vez que ficou diante de um quadro original do artista. Porque três dias atrás, quando saímos para caminhar no sol, ele tirou seu suéter de linho e o dobrou com tanto cuidado, que por um segundo duvidei que se tratasse mesmo de apenas uma peça de roupa.
Kim Taehyung não me fala coisas sobre ele, mas me deixa saber de detalhes que parecem íntimos e pessoais o bastante para não serem compartilhados com qualquer eu. Eu falo coisas sobre mim, mas não o deixo de saber sobre nada. Mas, ainda assim, sua curiosidade parece se tornar mais forte e alguma pergunta direta e pessoal escapa de sua boca e paira no ar entre nós dois, e eu, acostumada a fazer da fuga minha melhor resposta, sempre tento desconversar da melhor maneira possível. Não porque Taehyung não entenderia, ou porque não me escutaria… Mas porque me parece ainda mais errado fazê-lo ocupar um posto que está além do seu papel. Só que hoje, especialmente hoje, parece haver algo de diferente na atmosfera, e quando sua pergunta me atinge sem aviso prévio, me pego pensando em responder. E concluo, sem esforço algum, que é o álcool fornecido pelo vinho tinto que compartilhamos que faz com que as palavras escorreguem de minha boca, e a expressão surpresa no rosto dele é quase como um presente de natal antecipado.
— Eu terminei com meu noivo porque achei que não era boa o suficiente para ele  — Eu digo de uma só vez, e a confissão dita em voz alta me deixa meio zonza. Talvez eu ainda não tivesse admitido para mim mesma que esse havia sido um dos vários motivos que me fez acabar com tudo. Os malditos cinco segundos de coragem intensa.
Um silêncio alto e crescente se instaura em nossa mesa, e o arrependimento que começo a sentir cresce na mesma velocidade, me consumindo por inteira. Estou prestes a abrir a boca uma segunda vez para me desculpar e implorar para que ele esqueça disso e para voltarmos a discutir sobre os apartamentos que visitamos durante a manhã, mas ele, como se fosse capaz de prever meu próximo movimento, se antecipa e dá continuidade ao assunto, me fazendo engolir o pedido de desculpas.
— Você não pode estar falando sério…
— Por que não?  — Ele respira fundo e larga os talheres sobre o prato agora vazio, e isso parece ser um sinal bastante claro de que ele está prestes a me dar uma resposta bastante elaborada, que fará com que eu seja obrigada a pensar sobre o assunto por mais do que cinco minutos, e isso não fazia parte dos meus planos. O medo de precisar me justificar pelos meus atos outra vez me invade e é ele quem me faz prender o ar em meus pulmões.
— Porque eu não consigo pensar em um mundo no qual você não seja o suficiente para um homem… Eu te conheço a só duas semanas mas você é divertida, sincera, esforçada — Ele pausa, o semblante hesitante revelando sua dúvida em pronunciar ou não as palavras seguintes — além de linda. O que é que ele tinha que te fazia pensar que você não era boa o bastante?
Quero dizer que ele tinha status, e uma família rica e importante, e um futuro promissor pela frente. Quero contar sobre os jantares de negócios nos quais fui sua acompanhante, e sobre como a tarefa de me ocupar com taças de champanhe e vinhos de nacionalidades distintas para me manter ocupada fizeram de mim uma especialista no assunto. Também quero contar sobre os passeios em família, e os olhares tortos e desdenhosos cada vez que minha origem familiar era trazida a tona, ou que algum questionamento a respeito de minha profissão era levantado. Mas não conto nada, porque não quero me sentir pequena e insignificante, e porque não quero que ele saiba que é por isso que não sou boa o bastante.
— Por que estamos falando sobre mim? Por que não falamos sobre você e sobre o fato de você estar sempre sozinho, e não parecer ter ninguém?  — Ácidas. São assim que minhas palavras soam, e quero pedir desculpas no mesmo instante em que as profiro, mas Taehyung não me dá tempo, respondendo rápido demais.
— Porque eu realmente não tenho ninguém.
Ele não parece ofendido ou magoado com minha escolha terrível e nada empática de palavras.
— Tae…  — Eu não sei de onde o apelido saí, mas a constatação de que ele existia em algum espaço de minha mente, e estava esperando pela oportunidade perfeita para escapar, faz meu coração acelerar, assustado  — Taehyung…  — Eu me corrijo, limpando a voz e respirando fundo antes de voltar a falar  — Eu não quis dizer isso... Desculpa. Eu não me sinto confortável compartilhando algumas coisas, e tentei me defender falando sobre você. Sinto muito.
— Mas não deixa de ser verdade… — Ele insiste, e assisto seus ombros se encolherem. Ele puxa as mangas de seu suéter até a metade de suas mãos, escondendo-as sob o tecido quente e deixando apenas os dedos para fora — Meus pais moram do outro lado do mundo, e eu não tive a sorte de me dar muito bem com as pessoas daqui, e é isso — Ele diz, mas sei que não é só isso. Sei que não é só isso porque o modo como ele desvia o olhar para a janela ao nosso lado e fita a rua deserta, enxergando além dessa, se parece muito com algo que estou acostumada a fazer para fugir de algumas verdades que não podem ser ditas em voz alta — Mas ser sozinho não é um problema, se é isso que você quer saber. Eu falo com bastante gente no meu trabalho, e a gente sempre pode tentar encontrar alguém pra conversar por esses aplicativos novos de celular, então tudo bem.
E como se um feitiço ruim estivesse sendo quebrado, a atmosfera tensa e complicada que orbita em torno de nós se dissolve no som engasgado de minha risada. Levo a mão até a boca e tento cessar meu riso, mas tentar me controlar só faz com que a coisa toda se torne ainda pior e minha risada explode com mais força, e sou obrigada a cobrir o rosto inteiro com as mãos. A última coisa que vejo antes de fechar os olhos é a expressão perdida e desorientada de Taehyung, que mantém uma sobrancelha arqueada e os lábios comprimidos em uma linha fina, sem entender o motivo da graça.
— Eu acho que não entendi a piada — Ouço ele dizer mas não consigo responder porque ainda estou sufocando em meu próprio riso  — É sério, o que é que foi tão engraçado? O negócio dos aplicativos?  — E aí escuto uma sombra de diversão em sua voz, o que me faz afastar as mãos de meu rosto para fitá-lo.
Um sorrisinho tímido e envergonhado repuxa seus lábios tingidos de vinho. Ele se ocupa em passar as mãos pelos fios de seu cabelo cor de mel, e em fazer com que o óculos de grau de armação redonda e dourada volte a repousar no topo de seu nariz. A pintinha solitária chama minha atenção outra vez, e sei que se tivesse que pontuar alguma parte dele para ser gravada em minha memória, seria certamente esse detalhe.
— Você realmente usa essas coisas? — Questiono curiosa, conseguindo vencer meu acesso de riso e voltando a respirar num ritmo tranquilo.
— Ah, eu não acredito que você riu da minha cara por causa disso!
— Desculpa, é que… Eu imaginei a cena e…  — Me obrigo a respirar fundo para não acabar rindo outra vez  — E você não se parece em nada com alguém que usa esse tipo de coisa, é isso. Achei que você estivesse mais ocupado ouvindo música, ou lendo sobre arte, sei lá…
— Você devia ficar sabendo que esse tipo de aplicativo é muito útil em madrugadas regadas a insônia e pensamentos ruins, sabia? É sempre bom encontrar alguém com quem você nunca conversou pra ter umas conversas sem pé nem cabeça, sabendo que ainda que a pessoa te julgue, não faz mal porque as chances de vocês realmente desenvolverem alguma relação são mínimas… — Seu monólogo é tão bem descrito e dito com tanta segurança que por uma pequena fração de segundos tenho certeza de que o que está sendo dito por ele é uma grande, senão a maior, verdade absoluta, e que não pode ser discutida — Além disso, eu posso falar sobre música ou sobre arte com pessoas desconhecidas que também gostem disso.
— Isso não faz sentido nenhum, Taehyung… — Digo após refrescar meu cérebro com outro gole de vinho, que me ajuda a recolocar as ideias em seu devido lugar — Você pode conversar sobre esses assuntos com pessoas conhecidas, e pode ir atrás de um psicólogo que te escute sem te julgar, sabia? — Dessa vez me esforço para que minhas palavras não soem agressivas ou invasivas, e agradeço em silêncio quando ele sorri, sem compreendê-las de uma maneira ruim.
— Certo, e você faz isso? — Me sinto novamente sendo colocada contra a parede.
— Achei que a gente tava falando sobre você…
— Seus mecanismos de defesa fariam Freud voltar dos mortos só para estudá-la, sabia? — Ele entorta o pescoço para o lado, estreitando o olhar em minha direção como se ele próprio estivesse empenhado em me analisar. Me encolho em minha cadeira, exposta sob o olhar analítico de Taehyung.
— Não acho que eu seja digna de tanta atenção assim.
Outra onda de silêncio se alastra entre nós, e vejo o sorriso quente e acolhedor dele ser varrido para longe de mim. Assisto ainda quieta enquanto ele abre e fecha a boca, comprimindo os lábios. O que quer que seja que tenha chegado até a ponta de sua língua não encontra o caminho de saída, e vejo Taehyung engolir as palavras, deixando-as se perderem. Quando ele volta a falar, fica nítida a mudança brusca e forçada de assunto, e fico indecisa entre ficar magoada ou agradecida.
— De qualquer modo, é claro que isso faz sentido, e eu acho que você devia testar isso qualquer hora dessas, pra ver como tenho razão!‌ — Ele volta a defender seu ponto de vista — Você pode até se sentir melhor depois de conseguir falar sobre algumas coisas com algum estranho.
— Certo, vou tentar lembrar disso quando não conseguir dormir — Falo da boca pra fora, sabendo que falar sobre meus problemas mais pessoas com algum estranho, através de um aplicativo de namoro, está longe de ser uma prioridade em minha vida.
— Espero mesmo que lembre… E depois disso acho que já dá pra ter certeza de que minha vida está longe de ser interessante o suficiente para ser tema de um almoço, então, o que mais você pode me falar sobre você? — Ele arrisca uma segunda vez, de maneira sorrateira e sutil.
Outra vez sinto um formigamento incômodo na ponta de meus dedos, e a curiosidade dele em relação a mim volta a se mostrar tão gritante e escancarada que não há como eu fingir que não percebo o modo como ele me olha, esperando que eu abra o livro sobre minha vida para ele e deixe que ele descubra tudo sobre mim. E, por mais que eu tente, não consigo entender o motivo de toda sua preocupação em conhecer o que existe por trás de minha fachada bem construída. Penso em perguntar se toda sua curiosidade é proveniente de seu lado corretor de imóveis, buscando delinear o perfil de sua cliente, ou se é Kim Taehyung quem quer conhecer todas as camadas escondidas de minha vida.
— Bom, eu também não acho que minha vida seja interessante pra ser tema de um almoço, então a gente devia tentar pensar em outro assunto… — Afirmo na defensiva, optando por deixar que minha pergunta exista apenas em minha mente.
— Eu só queria entender porque você resolveu voltar pra uma cidade tão esquecida no mapa como essa… — Ele se explica, como se também estivesse preocupado em esclarecer suas razões — Mas eu sei quando alguém não está pronto pra falar sobre algo, então tudo bem…
— Obrigada  — Agradeço sem graça, dando outro gole em minha taça de vinho para fugir do olhar amigável de Taehyung. Me esforço para lembrar do motivo de estarmos sentados aqui, e o peso proporcionado por meus cinco segundos de coragem logo está recaindo sobre meus ombros outra vez, servindo como uma ancora para me manter ligada a realidade.
— Mas já que não vamos falar sobre o passado ou sobre o presente, talvez você pudesse me falar o que espera do próximo ano.
— Você não desiste mesmo, não é?  — Ele busca esconder o riso atrás de sua própria bebida, mas seus olhos se estreitam em duas semi-luas, sorrindo em conjunto com seus lábios — Você sabe o que eu quero… Um apartamento.
Apesar da brincadeira, minhas palavras são as mais sinceras o possível. É só isso que quero. Um apartamento. E ainda estou tentando me convencer de que, a partir do momento em que estiver em uma nova casa e minha, todo o restante de minha vida vai voltar para os eixos. Mas, ao mesmo tempo em que o respondo e que paro para pensar sobre isso, também sou atingida por um segundo pensamento que me faz engolir a seco, aterrorizada. Será que é esse o motivo de eu continuar encontrando defeitos em todos os apartamentos que Taehyung me mostra? Será que não estou pronta pra encarar tudo de frente, e recomeçar do zero? Será que me sinto incapaz de reorganizar minha vida, e de tomar as rédeas de meu futuro em minhas próprias mãos, e por isso continuo adiando o inadiável?
Ou, na mais absurda das hipóteses, será que eu simplesmente não estou pronta pra admitir que a companhia dele me faz bem demais, e que não me sinto pronta para perder isso? Porque sei… Sei que no instante em que o apartamento perfeito aparecer, ele desaparece de minha vida. É assim que as coisas funcionam, não é? Droga, sei que isso não faz o menor sentido. Nem sei porque acabo deixando que meus pensamentos sigam nessa direção, sem nexo algum. Mas sei que posso culpar a bebida, e o fato de não conhecer ninguém na cidade e me sentir sozinha. É também sei que é por isso que tenho construído todos meus dias ao redor de meus encontros com Taehyung, e da busca por meu apartamento - ainda que a ordem dos fatores nessa frase me deixe ligeiramente preocupada, ainda que eu finja que não.
Balanço a cabeça como se isso fosse capaz de fazer com que os pensamentos incoerentes que rodeiam minha mente sejam lançados para longe, e volto a prestar atenção no garoto em minha frente, que ainda repousa seus olhos cor de âmbar sobre os meus, sem pressa ou preocupação alguma. Ele apoia sua taça na mesa outra vez, e o assisto suspirar calmamente, retirando o guardanapo de pano de seu colo e o jogando ao lado de seu prato vazio, sobre a mesa. Seus cotovelos são colocados sobre o tampo de madeira e ele usa ambas as mãos para apoiar o queixo, trazendo o rosto mais para frente. Quando sua voz me atinge, sei que não se trata de apenas mais meia dúzia de palavras vazias, mas sim de uma promessa.
— Tudo bem. Eu vou te ajudar a encontrar um novo lar.
26 notes · View notes
killingff · 4 years
Text
Cap. 31
O celular toca e ela se afasta para atender. Olha ao redor após receber a ligação e avista Sungjae de longe, acenando em sua direção em seguida.
Ele se aproxima visivelmente confuso.
-Oi?
-Não vou poder ficar até o fim, tenho que ir buscar o Ilhoon no hospital.
Sungjae faz um gesto positivo com a cabeça.
-Ok, quando eu terminar aqui irei para... – então ele olha ao redor, algumas pessoas o encaram visivelmente impacientes. – você sabe pra onde, você pode ir também?
Ela faz um gesto positivo com a cabeça, ele abre um sorriso.
-Então nos vemos mais tarde. – Sungjae dá um passo em sua direção e então congela, por pouco não lhe dera um beijo de despedida.
Lizzy segue caminho para encontrar com Changsub. Por alguma razão sabe que precisa estra lá quando Ilhoon sair do hospital, de alguma forma, sabe que deve isso à ele.
Por isso os dois estão juntos no corredor quando a enfermeira se aproxima, empurrando Ilhoon em uma cadeira de rodas.
O coração de Lizzy dispara, não está preparada para vê-lo naquela situação principalmente porque sabe que aquilo é sua culpa.
Sua única reação é segurar a mão de Changsub, ao sentir os dedos dela se entrelaçarem aos seus ele respira fundo, o coração disparando de imediato.
Mas mesmo nervoso, ele aperta os dedos entre os dela, lhe transmitindo segurança.
-E então? – Ilhoon pergunta com um sorriso ao se aproximar dos dois e notar que eles têm as mãos unidas. – trocou o maknae pelo Mochi? Seu gosto é mesmo duvidoso Lizzy.
Changsub olha dela para Ilhoon e então se afasta, soltando sua mão de imediato, Ilhoon abre um sorriso.
-Relaxa Changsub hyung, eu estava brincando. Então, são vocês dois que vão me levar para casa?
-Se você parar de falar besteira talvez sim. – Lizzy dispara e Ilhoon dá de ombros.
-Vou logo avisando que estou com vontade de ir ao banheiro e algum dos dois vai ter que me levar.
A reação de ambos é a mesma, um aponta na direção do outro de imediato e Ilhoon começa a rir.
-Vamos. Eu estou com fome.
Lizzy dá um passo em direção a cadeira de rodas, mas Changsub toma sua frente, começando a empurrar Ilhoon corredor afora, ela agradece mentalmente por isso, não sabe se conseguiria assumir aquela posição.
-Cuidado com a minha cadeira. – Ilhoon grita de dentro do carro no instante em que chegam de frente ao prédio. – ela é meu meio de transporte agora.
-Ora Ilhoon cale a boca! – a voz de Minhyuk faz com que todos o encarem, ele se aproxima para ajudar com um sorriso no rosto.
-Obrigado Minnie. – Lizzy agradece ao ver o amigo se aproximar para ajudar Changsub a carregar Ilhoon nos braços.
-Não  precisa de duas pessoas. – ele resmunga. – não sou tão pesado assim.
-Não não é, mas se não percebeu tenho braços finos, se eu te pegar sozinho eles quebram.
Todos começam a rir no instante em que Changsub se manifesta
-Saudades de quando você tinha obesidade mórbida? – Ilhoon dispara e Changsub lhe faz uma careta.
-Eu ajudo! – Peniel se manifesta e então Lizzy nota que ele já chegara em casa, isso significa que Shay também. – pode se apoiar no meu ombro Ilhoon.
Minhyuk e Peniel carregam Ilhoon prédio adentro enquanto Lizzy ajuda Changsub a carregar a cadeira de rodas.
Após um banho ( bem confuso diga-se de passagem) e uma refeição quente, Ilhoon é colocado em seu quarto. Lizzy que estivera observando tudo de longe enfim toma coragem e segue até lá.
-É engraçada a maneira como o Peniel me trata depois do acidente. – Ilhoon começa no instante em que ela entra no quarto para ver se ele precisa de alguma coisa.
-Como assim? Ele te trata como tratava antes. – ela fala sentando na janela e encarando a rua abaixo de si.
-Isso mesmo, ele não mudou comigo, todo mundo mudou, mas o Peniel não.
-E isso é ruim? – ela pergunta desviando o olhar para encará-lo, Ilhoon dá de ombros.
-Na verdade não, eu prefiro dessa maneira me faz sentir menos inútil.
-Você não é inútil Hoonie, talvez meio grosso e irritante, mas inútil não.
Ele sorri, Lizzy sorri junto, é bom vê-lo sorrir.
Tumblr media
-Obrigado Lizzy, de verdade obrigado por estar cuidando de mim.
Ela sorri, é a única coisa que pode fazer no momento.
-Não me agradeça. – dispara ficando de pé para sair do quarto.
-Lizzy! – ele chama sua atenção.
-Oi?
-Onde está o maknae?
-Trabalhando.
-Simples assim?
-Simples assim.
Ela se vira novamente para sair do quarto, Ilhoon chama sua atenção.
-Lizzy?
-O que você quer, Hoonie?
-Não quero que se sinta mal. – ele fala de repente.
-Como é? – ela pergunta confusa..
-Não quero que sinta remorso, culpa ou pena...
-Eu já disse que...
-Sei que não sente pena de mim, entendi, mas mesmo assim, eu quis reforçar.
-Não me passou pela cabeça fazer isso Hoonie.
-Eu sei.
-Boa noite.
-Para você também.
Lizzy sai do quarto sentindo o coração pesar, pensa em ir para casa, mas lembra que ficara de ir até o apartamento encontrar Sungjae. Aquele pensamento a alegra, precisa dele, naquele momento mais do que nunca. Precisa de um abraço, precisa que ele diga que está tudo bem.
Quando entra se atira de imediato na cama. Sabe que ele não demorará muito para aparecer, por isso decide ficar ali, pensando em tudo o que está havendo, pensando em uma maneira de encarar Ilhoon todos os dias sem lembrar que ele está em uma cadeira de rodas por sua causa, mesmo que seja por um período curto de tempo, ele está.
O som do despertador faz com que ela abra os olhos de imediato. O sol invade o quarto e ela olha ao redor. O que...?
Encara a tela do celular e constata que está atrasada para o trabalho, mas...?
A realidade se interpõe e ela sente o como se se estomago estivesse prestes a explodir. Ela passara a noite ali? Passara a noite no apartamento e Sungjae não aparecera?
Fica de pé  e segue caminho, pega um taxi e vai diretamente para casa. Ao chegar lá constata que Shay já seguira para a CUBE, ótimo, não está com vontade de falar ou de ver ninguém.
Toma um banho rápido e segue caminho, precisa pensar em uma ótima desculpa, afinal não tem o que dizer, certo? Dirá que dormira demais esperando Sungjae que não se dera o trabalho de aparecer?
-Lizzy... – a voz invade seus ouvidos no instante em que ela pisa no prédio da CUBE. Ela não se incomoda em olhar para trás, não quer encará-lo, não pode olhá-lo senão acabará gritando com ele na frente de todas as pessoas que ocupam o saguão da produtora e são muitas.
Entra no elevador a passos firmes e aperta o numero de seu andar, quer entrar em sua sala e se afogar em trabalho.
-Ei bom dia. – Shay a cumprimenta com um sorriso, mas ela não responde. – ei, o que foi?
-Nada!
-Nossa que mau humor.
-Liz... – então ele para, olhando ao redor, Shay está ali, encarando-o com um pequeno sorriso no rosto.
-Bom dia Sungjae.
-Bom dia Shay, você poderia sair por um minuto?
-Não ela não poderia. – Lizzy dispara.
-Aconteceu alguma coisa? – Shay pergunta olhando de um para o outro.
-Sim.
-Não.
-Claro que aconteceu. – Sungjae dispara. – Shay por favor.
Ela não discute, fica de pé e segue porta afora, fechando-a atrás de si, Sungjae se vira e a tranca, segurando a chave firme entre os dedos.
-Vai me trancar aqui? – Lizzy o encara.
-Só não quero que nos incomodem enquanto conversamos.
-Quem disse que eu quero falar com você?
-Liz por favor...
Ela respira fundo, ok se ele quer conversar, que seja.
-Você estava descontando, é isso? – ela dispara e ele a encara visivelmente confuso.
-O que?
-O dia que te deixei plantado no parque. Você estava descontando?
-Não, claro que não.
-Então por que diabos me deixou feito uma imbecil naquele apartamento te esperando?
-Eu, eu tive um imprevisto.
-Imprevisto? Qual?
Sungjae respira fundo, Lizzy baixa os olhos para a tela do celular.
-Sungjae o que eu vou encontrar caso jogue seu nome no google agora?
-Eu não sei, mas não acho que essa seja uma boa ideia.
Então ela o faz, rapidamente e a primeira matéria com a qual se depara faz com que ela atire literalmente o celular na direção dele, o aparelho cai a seus pés.
-Você estava com a Joy ontem?
-Não só com ela, o pessoal da Fitz saiu para jantar depois da gravação e eu tive que ir.
-Você TEVE QUE IR?
-Eu não podia dizer que não.
Lizzy faz um gesto negativo com a cabeça.
-Sai. Destranca essa porta e sai.
-Liz por favor...
-Você poderia ter ligado, ter me avisado.
-Eu estava sem celular.
-Quem se importa? Você deveria ter arranjado uma maneira de me avisar, agora por favor Sungjae, sai, eu não quero conversar agora, não com a raiva que estou.
-Liz...
-Eu mandei você sair!
Sungjae respira fundo e segue em direção a porta, destrancando-a e saindo em seguida, Lizzy cai sentada em sua poltrona, não acredita que aquilo acontecera.
1 note · View note
bts-animes · 5 years
Text
𝑰 𝒍𝒐𝒗𝒆 𝒚𝒐𝒖; ❥ - 𝑀𝑖𝑑𝑜𝑟𝑖𝑦𝑎 𝐼𝑧𝑢𝑘𝑢.
Capitulo Único.
Classificação: Livre
Gênero: Romance
Quantidade de palavras: 1930.
AVISOS: 1. eu tentei fazer o possível pra essa one-shot Ficar boa; 2. Me desculpem se ficou uma bosta; 3. Me desculpem os erros; 4. Espero que gostem dessa bosta; 5. Se vocês acham que merecem uma segunda parte, me digam, ta? 
Tumblr media
23:32 da noite; Em algum lugar longe da U.A; [nome] point of view;
Já se passava das dez da noite, eu não estava conseguindo dormir então fui até o quarto de Midoryia – com muito cuidado pra não ser pega, óbvio –, ele está a dormindo quando cheguei lá, mas nada que uma boa insistência não resolva. Pedi – implorei, na verdade – pra que ele saísse comigo por aí apenas para conserváramos. E aqui estamos, ambos sentados em cima de uma enorme pedra que dava pra ver a cidade toda.
— Sabe Deku, eu admiro a força que você tem. — desvio o meu olhar dele, encaro a vista linda que tem em minha frente. — Admiro sua determinação, sua vontade, sua coragem, até o seus sonhos são incríveis. — nós dois rimos. — Não é como se eu quisesse ser uma super-heroína, eu faço isso pelo meus pais. — suspiro.
— Seus pais? — ele pergunta.
— Sim, assim, antes de minha mãe me ter ela teve um bebê antes, mas parece que ele não resistiu e acabou morrendo. Era pra ele ser o herói da família, e não eu. — volto a encarar aqueles lindos olhos grandes e verde que faz o meu coração simplesmente disparar. — Então eu faço isso por eles, sinto como se fosse minha obrigação poder realizar esse sonho deles de ter um herói na família.
— Hm, entendo. Me conte [nome]-chan, se você não fosse uma heroína, o que você seria? — ele me olha com aqueles olhos admirados e tudo que eu faço é rir.
— Eu queria ser uma cantora muito famosa. — dou um enorme sorriso. 
— Eu queria pode encantar todos com minha voz, e quem sabe, levar mensagens boas e positivar pra todos.
— Oh sugoi [nome]-chan, eu não sabia que gostava de cantar.
— Não é como se eu saísse contando pra todos já que meu futuro será outro. — tento ajeitar meus cabelos, porém o vento não ajudava muito.
— Você é tão forte, você tem um peculiaridade incrível. Você poderia ser igualar ao All Might. — olho pra ele sem entender.
— É claro que não Midoryia, eu não sou tão forte á esse ponto. — rio — Ele é o símbolo da paz e o grande All Might, e antes de mim tem você, o Bagukou e o Todoroki. Vocês três são tão fortes quando eu.
— Mas [nome], você lembra das coisas incríveis que fez no exame? Ou nos treinamentos? Você conseguiu derrotar o Bakugou sem fazer muito esforço. — rimos de novo ao lembrar de como o loiro ficou extremamente puto ao perder pra mim.
— Aquele dia foi louco, eu achei que ele iria explodir a escola inteira. — a gargalhada de Izuku é como uma verdadeira musica aos meus ouvidos. — Mas sabe, eu tenho medo...Eu tenho medo de algo dar errado quando eu tentar salvar alguém. No exame, eu acabei usando muito a minha individualidade e perdi o controle, a sorte é que não tinha ninguém perto de mim, eu poderia ter ferido alguém ou até matado. O receio é grande, usar muito tempo da minha individualidade é um risco tanto pra mim quanto as pessoas que eu tiver salvando. Eu posso perder o controle e acabar matando alguém ou eu posso acabar desmaiando no meio de uma luta e ser morta.
— Eu acho que você iria ser um super-heroína incrível. — isso é uma das coisas que eu mais amo no Midoryia, ele acredita em mim como ninguém nunca acreditou, até mesmo meus pais. — E você sabe que o Aiwaza-sensei e o All Might estão aqui para ajudar a gente a controlar nossas individualidades.
— É, eu sei. Obrigada por acreditar em mim. — ele sorriu de novo e logo ficamos em silêncio. Mordo meu lábio inferior e pensando se deveria mesmo perguntar isso. Vamos lá. 
— Deku-kun, eu quero te perguntar algo que talvez seja um pouco pessoal.
— Hm? Pode perguntar [nome]. — suspiro.
— Você gosta de alguém da Yuuei? — sacudo meu pé por conta do nervosismo, eu tinha quase a certeza da sua resposta mas eu queria ouvir isso da boca dele. Eu sou muito patética.
— B-Bem...— ele coça a nuca. — É...bem, e-eu gosto. — noto que seu rosto ficou vermelho e sorrio. Tão lindo e fofo.
— Eu conheço? — que pergunta é essa [nome]? É claro que você conhece.
— Sim, ela é uma das minhas melhores amigas também. — apoio minha cabeça entre as pernas e rio pra espantar a vontade de chorar.
— E ainda não contou pra ela? — conto até dez pra levantar a cabeça e olhá-lo.
— Eu confesso que tento, mas eu nunca consigo. Tenho medo dela não sentir o mesmo que eu. — ele solta um suspiro de tristeza.
— Entendo. Quem é ela? Talvez eu ajude. — ele me olhou esperançoso.
— Eu acho que você sabe, quase tudo sabe quem é. — eu concordo com ele. — É a Ochaco-san. Ela é incrivelmente gentil e fofa comigo, é como se meu coração fosse explodir de tanto amor. — ele murmura. 
Eu já sabia disso. Eu só não queria acreditar, mas porquê eu não queria acreditar se era óbvio que ele gostava dela? O jeito que ele a olha, conversa e fica tímido quando está ao lado dela. Olho pro lado assim que sinto meus olhos marejarem. Não chora [nome], você já sabia a resposta, chorar só vai piorar situação.
— Droga. — sussurro ao sentir as lágrimas escorrerem pela minhas bochechas.
— [N-Nome]-chan, v-você está chorando? F-Foi algo que eu disse? M-Me desculpe...— eu sorrio em meio às lágrimas, era difícil aguentar tudo isso mas com ele nesse estado era até que engraçado. Seria mais engraçado ainda se não fosse uma situação tão ruim pra mim.
— Eu também gosto de alguém, mas descobrir que ele gosta de outra pessoa. — as lágrimas voltam a rolar, mas dessa vez eu não impeço. — Isso me dói tanto, mas eu também quero que ele seja feliz. — eu não sabia que iria chorar tanto. — A Ochaco-san tem sorte de ter alguém como você gostando dela. Sabe, vocês dois são fofos e fazem um casal lindo. — falar isso é como se alguém pegasse uma faca e distribuísse milhões de golpes, na verdade, acho que doeria menos. — Conte á ela, aposto que ela sente o mesmo. — agarro minhas pernas e volto a apoiar minha cabeça nas mesma.
Feeling used Me sentindo usada But I'm still missing you Mas eu ainda sinto sua falta And I can't E eu não consigo See the end of this Ver o final disto Just wanna feel your kiss Só quero sentir seu beijo Against my lips Nos meus lábios
Eu e o Midoryia decidimos que já estava na hora de irmos embora. Ao chegar lá, cada um foi pro seu canto, quando eu entrei em meu quarto, tudo que eu fiz foi deslizar pela porta e chorar. Chorar como se não tivesse amanhã, eu não sabia que era possível chorar tanto por causa de alguém. É, eu sou realmente patética.No dia seguinte eu acordei com meu rosto inchado de tanto chorar, era quase impossível esconder a cara de choro, mas fiz o possível pra quem ninguém viesse me perguntar o que havia acontecido.Achei que hoje não pudesse ser pior que ontem, mas com toda certeza estava errada.Depois que as aulas se passaram, Midoryia chamou a Ochaco pra conversar em um canto da sala e pelo seu rosto tão vermelho, ele iria se declarar pra ela. E foi exatamente isso que aconteceu. Todos da sala ouviu quando ele de repente gritou:
— E-Eu te amo Ocacho-san, por favor, seja minha namorada.
— Izu-kun...é-é claro que eu aceito ser sua namorada. — ela disse extremamente feliz.Sorrio com meu coração em pedaços, eu precisava engolir toda a vontade de chorar, mas ficava pior a cada vez que eu ouvia alguém dizendo que eles dois eram lindos juntos.
And now all this time E agora todo esse tempo Is passing by Está passando But I still can't seem to tell you why Mas eu não consigo dizer-lhe por que It hurts me every time I see you Dói cada vez que eu te vejo Realize how much I need you Percebo o quanto eu preciso de você
Algum tempo se passou depois daquele dia horrível, eu achei que será melhor pra minha saúde me afastar de Midoryia. Infantil da minha parte? Talvez, mas eu não iria aguentar ver eles dois juntos na minha frente. Seria uma tortura horrível pro meu coração. Ele sempre tentava conversar comigo, mas eu dizia que não estava se sentindo bem e que queria ficar sozinha e assim ele voltava pro seu squad, me deixando sozinha como havia pedido. 
Dois longes meses se passou e eu estava decidida em realizar o meu sonho. Conversei com meus pais e pedi pra que me tirassem da U.A, no começo eles ficaram sem entender e claro, negaram diversas vezes, logo depois eu invitei uma desculpa pra que ele me tirassem de lá.Um futuro perdido? Talvez sim, mas todo essa dor foi um motivo pra que eu seguisse o meu verdadeiro sonho.Meus pais não tem uma super-heroína, mas tem uma super-estrela que também ajuda as pessoas com o poder da música.
Alguns anos depois eu consegui chegar a onde eu sempre sonhei. Sair por aí fazendo show's e encarando todos com minha voz como eu disse a um certo esverdeado uma vez. Ele foi o motivo de eu conseguir realizar o meu sonho. E ele, bom, ele se tornou o herói número um junto com sua noiva Ochaco. Quando eu soube que ele ficou noivo aquele sentimento do passado voltou ainda pior. Eu ainda o amava tanto, em todo esse tempo eu não consegui esquecê-lo, não consegui tirá-lo do meu coração e isso era horrível.
I hate you, I love you Eu te odeio, eu te amo I hate that I love you Eu odeio te amar Don't want to, but I can't put Não queria, mas não consigo colocar Nobody else above you Mais ninguém acima de você
Olho pra enorme TV que tinha no meu camarim, passava uma notícia do herói número um salvando todos mais um vez ao lado de sua noiva. Sorrio ao ver o enorme sorriso de Midoryia.
— Esse era seu sonho, não é? Poder salvar todos, desde pequeno esse era seu sonho Izu-kun. — engulo o nó que se forma em minha garganta. — Se passaram alguns anos e eu não tive coragem de contar o quanto eu amo você, minha única opção foi fugir pra não sofrer, mas não resolveu muito. — lágrimas desciam sem eu ao menos perceber. — Eu odeio o fato de você está com ela, eu odeio o fato de você está salvando as pessoas com ela, eu odeio o fato de você está noivo dela...E odeio mais ainda o fato de eu ser totalmente apaixonada por você depois de tanto tempo, Midoryia Izuku. I hate you, I love you Eu te odeio, eu te amo I hate that I want you Eu odeio querer você You want her, you need her Você quer ela, você precisa dela And I'll never be her E eu nunca serei ela
11 notes · View notes
gankyoursoul · 4 years
Text
Cap. 37- É tarde demais para nós.
Yibo
Não volto a vê-la por vários dias. Parece que ela me evita. Sempre que estou saindo da gravação dos programas dos quais estou participando, ainda a procuro nos corredores da emissora, mas ela simplesmente não aparece.
Ok, sei que mereço aquele tratamento, mas não conseguir nem sequer olhar para ela, mesmo que de longe está acabando comigo.
Então quando estou saindo da emissora algo chama a minha atenção. Há uma multidão do lado de fora. Eu tento ver algo entre as pessoas, mas não consigo, o que está havendo?
A primeira coisa que me vem a mente é que talvez algo tenha acontecido, que novamente os fãs loucos da Mia tenham cercado a Lizzy, mas ao chegar até a calçada eu noto que não, que eles estão esperando por mim e que não estão sozinhos, há vários jornalistas com eles.
-WANG YIBO! – a voz de um dos jornalistas faz com que eu me situe. – você voltou ao Uniq, como está sendo conciliar a banda, o drama, os programas de TV e seu namoro com a Mia Zang?
Estou atordoado. Meu namoro com a Mia? Quem disse que voltamos? Ela deu outra declaração?
-A internet está cheia de declarações contra Thais Valero. – ao ouvir o nome dela eu desvio o olhar para a repórter que faz a pergunta e me espanto ao ver que a conheço. Yi Yi. – a internet a está atacando dizendo que ela se meteu no relacionamento de vocês.
Não respondo, ela continua.
-Estão dizendo que ela está tentando te roubar da Mia. O que você tem a dizer sobre isso? Você não pode mais fugir dessas perguntas. Você está com a Mia? Estão juntos? O que está acontecendo de verdade?
Entendo a posição da Yi Yi, sei que ela está cansada de ver a internet falar mal da amiga, eu também estou, não consigo mais suportar ler os comentários maldosos. Por isso respiro fundo e ergo a cabeça, está na hora de responder.
-Mia é realmente meu primeiro amor. – disparo firme. – mas agora, entre nós dois não há mais nada. Somos amigos. Nós não voltamos. E não há possibilidade para que voltemos, por isso não tem como a Thais ter se metido entre nós, certo? Ninguém destrói um relacionamento que não existe mais. Entre eu e a Thais... Nós também somos apenas amigos, mas a verdade é que essa foi uma decisão que partiu dela, por mim seríamos mais do que isso porque eu realmente sou completamente apaixonado por ela, ela foi uma das melhores coisas que já aconteceram na minha vida. Quando eu pensei que tudo estava acabado, quando eu não sabia o que fazer ou como agir ela estava lá, era ela quem estava segurando minha mão e me pedindo para não desistir. Quando eu estava assustado, era ela quem estava lá, sorrindo para mim, me dizendo que tudo ia dar certo. Por isso que agora eu vou fazer um pedido, não apenas aos meus fãs, fãs do Uniq, mas também aos fãs da Mia... Parem de atacar a Thais. Tudo o que aconteceu é culpa minha e não dela. Obrigado.
Quando dou um passo para me afastar dos repórteres e seguir em direção ao carro, me surpreendo ao ouvir uma voz chamar meu nome.
-WANG YIBO!
-MIA! – os repórteres se viram para seguir até ela. eu ergo os olhos para encará-la. Ela me olha, os olhos fixos em cima de mim, mas eu não vacilo, disse exatamente o que queria dizer. – MIA, O QUE VOCÊ TEM A DIZER A RESPEITO DO QUE WANG YIBO ACABOU DE DIZER?
-Todos podem se afastar por favor? – ela pede. – eu tenho algo a dizer para ele primeiro.
Os repórteres abrem espaço, ela dá alguns passos em minha direção e para. Eu a encaro.
-Yibo... – ela começa. – você pode me dar uma resposta definitiva?
Eu respiro fundo antes de disparar.
-É tarde demais para nós. Meu coração pertence a outra pessoa. Me desculpe.
Sinto os seguranças segurarem ao redor de meus ombros e começarem a me arrastar em direção ao carro e me deixo levar. Acabou.
Lizzy
Estou passando pelo corredor para seguir até o camarim e me detenho em frente ao monitor ao ver que alguns repórteres estão aglomerados na porta da emissora.
Por um instante paro me perguntando do que se trata, mas no instante em que o vejo meu coração dá um salto.
Eu o estivera evitando durante toda a semana. Toda vez que sabia que ele estaria na emissora eu dava um jeito de desviar meu caminho para não esbarram com ele.
Mas eu sempre o via de longe. Sempre via o instante em que ele chegava e o instante em que saía. Acompanhava pelos monitores as gravações dos programas dois quais ele participava, por mais que não estivéssemos juntos, ainda quero que ele suba ao topo do mundo.
Quando ele começa a falar sinto que meu coração vai explodir, a cada palavra que sai da boca dele faz com que eu sinta vontade de chorar. Ele olha fixamente para a câmera, como se estivesse falando comigo e pela maneira com que seu olhar me invade eu sinto que sim, ele está falando comigo e dessa vez ele não desvia o olhar, dessa vez ele não está mentindo.
“É tarde demais para nós. Meu coração pertence a outra pessoa. Me desculpe.”
A frase faz com que eu recomece a chorar. 
-Lizzy? – eu faço um gesto negativo com a cabeça e minha única reação é correr até a calçada. Preciso encontra-lo. Preciso dizer o que penso, preciso dizer o que sinto.
Por isso corro emissora afora. Ao chegar na calçada noto que ele não está mais lá, mas alguns fãs da Mia se aproximam me cercando de imediato.
-Onde você vai? – escuto alguém perguntar. – é melhor você não estar pensando em ir atrás dele. Você seduziu o namorado de outra pessoa.
-Wang Yibo é um idiota sem coração, ele vai acabar te largando também, você sempre será a segunda opção.
-Se eu fosse você eu morria logo de uma vez.
Então sinto o impacto de algo sendo arremessado em meu rosto, fecho os olhos e noto que é algo parecido com suco. Me recomponho e abro os olhos encarando-as.
-Vocês são fãs da Mia, certo? – começo. – vocês dizem que a amam tanto, mas se realmente a amassem vocês veriam que a razão pela qual ela teve que abandonar o amor da vida dela foi por causa de vocês.
-Você ainda tem coragem de falar assim? – uma das garotas dispara e eu a encaro.
-É claro que tenho coragem. Porque eu respeitaria caso ela e o Yibo estivessem em um relacionamento assim como eu sei que a Mia respeitaria um relacionamento entre eu e ele. Eu e Wang Yibo estamos verdadeiramente apaixonados e vocês não têm o direito de se meter nisso. Então por favor, se afastem.
-Não nos afastaremos.
Eu respiro fundo, preciso passar por aquelas pessoas, preciso chegar até ele.
-Por...
- O que está havendo aqui? – a voz faz com que todas as garotas desviem os olhos para encarar quem grita.
-Luizinho!
-Vem Lizzy! – Seungyun fala passando entre as garotas e se aproximando de mim. – vamos atrás do Maknae!
E forçando nossa passagem, ele me arrasta até o carro.
Yibo
-Ela já esperou por você aqui até a cafeteria fechar, sabia? – o garçom se manifesta no instante em que me serve o café. – ela realmente gosta de você. Por que você não liga pra ela?
Não respondo enquanto ele se afasta com um sorriso.
Ligar para ela? ligar dizendo o que? Perguntando pra ela se ela viu a maneira com que nos expus em rede mundial? Ligar pedindo desculpas pela milésima vez?
Respiro fundo e retiro o celular do bolso. Por um instante apenas encaro a tela. Se eu ligar o que direi? O que ela dirá?
Abro os contatos e encaro a foto dela. Sinto falta daquele sorriso. Estou cansado de fazê-la chorar.
-Por que você não liga? – a voz faz com que eu me vire de imediato e ao fazê-lo dou de cara com ela..
-Liz?
A encaro e ao fazê-lo noto que ela está suja.
-Liz, o que aconteceu? Por que você está assim? Foram os fãs da Mia?
-Foi apenas um pouco de suco. – ela dispara.
Me sinto um imbecil.
-Me desculpe, foi tudo por minha culpa. Você se tornou inimiga do mundo...
Ela não responde, mas caminha até mim, enquanto ela se aproxima meu coração dá um salto.
-E daí? – ela dispara.
Eu fico encarando-a sem saber o que dizer, vejo no instante em que ela respira fundo, se aproxima e me beija.
Eu a seguro firme correspondendo ao beijo. Não acredito que a tenho nos braços, não acredito que o pesadelo acabou.
Tumblr media
1 note · View note
evenff3 · 4 years
Text
Cap. 8
Lizzy’s P.O.V
Quando o evento acaba ela está cansada. Decide ir para o quarto, não quer mais estar entre pessoas, estivera entre elas a noite toda e suas bochechas já doem de tanto que ela forçara sorrisos.
Ravena ficara na after party com os garotos, aquilo a deixa um tanto quanto mais tranquila, ela parece ser uma garota legal e está se dando bem com eles.
Ao chegar no corredor do quarto em que está hospedada uma silhueta chama sua atenção, tem alguém sentado ao lado de sua porta.
Por um instante ela pensa ser Jungkook, mas ao se aproximar ela constata que não é ele, é quem ela menos esperava ver.
Enquanto caminha até ele seu coração dispara. Ele não a encara, ele tem o rosto escondido entre os joelhos e chora como poucas vezes ela vira alguém chorar, o desespero de suas lágrimas faz com que Lizzy congele. Fica ali sem saber o que fazer, sem ter a mínima ideia de como agir, ela só sabe que a cada soluço dele, seu peito aperta um pouco mais.
Pensa em chama-lo, mas não consegue emitir som algum, sua garganta está completamente travada.
Vê o instante em que ele respira fundo e ergue os olhos, ela consegue notar a surpresa em seu olhar quando ele dá de cara com ela ali parada sem se mover. Pensa em dizer algo, mas ele não fala nada, apenas a encara com aqueles pequenos e expressivos olhos castanhos e com aquilo, o coração dela sofre mais um dano.
E então ele chora. Ainda mais intensamente do que antes, baixando os olhos mais uma vez para que ela não consiga ver seu rosto. Por um milésimo de segundo a sanidade é completamente retirada dela e sua primeira reação é se ajoelhar e abraça-lo. Naquele minuto ela não se importa com o que ele vai achar. Não se importa se ele vai pensar que ela o está desrespeitando ou invadindo seu espaço, naquele instante ela só quer cuidar dele. Só quer dizer, mesmo sem palavras, que tudo vai ficar bem, quer que ele saiba que ela está com ele, que não importa o que aconteça, ela sempre estará com ele.
Para sua surpresa ele corresponde ao abraço, a apertando firme entre os braços como se quisesse se segurar nela, como se ela fosse a única coisa que o impede de cair em um abismo sem fim.
Ela não fala nada.  Ele também não. Palavras são inúteis naquele momento, por isso ela apenas o abraça e deixa que ele a abrace de volta e que chore em seu ombro. Não sabe a razão das lágrimas, mas também não se importa. A única coisa que importa é que ele saiba que apesar de tudo, não está sozinho, que ela nunca o deixará sozinho.
Ele se afasta depois de um longo tempo e a encara de perto. Seu rosto está tão próximo que ela sente a respiração aquecer o seu. Fica ali, apenas olhando-o fundo nos olhos, seu coração dispara de uma forma alarmante e mais uma vez ela não consegue não notar o quanto ele é bonito.
Não é apenas a beleza física, não são apenas os traços perfeitos de seu rosto, tem algo mais ali. Tem algo mais na forma com que a olha, algo mais na forma com que sua respiração está acelerada enquanto a encara, algo mais na maneira como seus olhos estão molhados e ao mesmo tempo em que parecem completamente inocentes, há um fogo neles, um fogo que está começando a retirar o pouco de sanidade que ainda resta no momento.
Ela sabe que precisa se mover, sabe que precisa se distanciar dele, mas não consegue. A verdade é que não quer, há algo nele que mesmo durante toda essa tempestade a transmite paz, segurança e aquela sensação é a melhor sensação do mundo.
-Por que você está aqui? – a pergunta é necessária. Estão se encarando durante tempo demais sem nada dizer e por mais que ela queira se manter naquele mundo, ela sabe que ele não é real.
-Eu não sei. – é o que ele responde. – eu realmente não sei, eu só queria te ver, eu precisava te ver, eu ia bater na sua porta, mas perdi a coragem… Eu sou um idiota, eu não deveria ter vindo.
-Não você não deveria. – ela fala se afastando dele e ficando de pé, ele ergue os olhos para encará-la, ela encosta o cartão na fechadura da porta e se vira para encará-lo. – mas já que veio, entra.
Ele não responde, mas fica de pé rapidamente, seguindo suíte adentro.
Ao acender as luzes ela o encara. Ele está de pé sem saber como reagir, na verdade parece que o convite o pegara de surpresa.
-Você quer me dizer alguma coisa? – ela pergunta ao ver que ele não se move.
-Sim.
-Então diz.
Ele fica um segundo em silêncio, Lizzy consegue ver uma lágrima escorrer por seu rosto.
Tumblr media
-Eu te amo. – ele dispara sem a mínima cerimônia, a inocência e a firmeza com que ele diz a frase faz com que ela feche os olhos. Estava com saudades daquele som, o som da voz dele dizendo aquelas palavras.
-Eu te amo. -ela responde, não é de forma automática, não é um reflexo, é o que sente.
-E por que estamos aqui?
-Aqui?
-Sim, nessa situação. Você disse que me ama.
-Eu amo e sei que você sabe o quanto.
-Então…?
-Eu não podia. -ela dispara simplesmente. – eu não podia te deixar assinar aqueles papeis, eu não podia fazer com que você desistisse de tudo por mim.
-É um pouco tarde pra isso, não acha?
-Do que você está falando?
-Eu desisti de tudo no momento em que eu te conheci. Eu desisti das coisas que estavam martelando na minha cabeça. Eu desisti da vida miserável na qual eu estava preso, eu simplesmente desisti. É você Lizzy, sempre foi e sempre vai ser você. Eu ainda não entendo como você não percebeu isso, independentemente de quem eu for, de quem eu me torne, das pessoas que eu conheça, é e sempre foi você.
Ela sabe que ele não está mentindo, mas também sabe que não pode ceder. Dizer sim a Taehyung é mais uma vez arriscar que ele seja expulso da banda.
-Taehyung…
-Sim?
-Vai embora.
-Liz…
-Por favor, vá embora.
-Eu ainda não terminei o que eu tinha para te dizer.
-Sim você terminou. – a voz faz com que ambos encarem a porta, por um instante Lizzy não sabe o que pensar, a cena é um tanto quanto confusa demais. – Taehyung sai.
-Mas…
-Eu estou te pedindo para sair.
Taehyung olha de Lizzy para a pessoa que acabara de entrar e segue caminho visivelmente frustrado.
-Obrigada por ter me salvo. – Lizzy dispara no instante em que vê Taehyung sair porta afora. – como você entrou aqui?
Ele ergue o cartão magnético que tem em mãos e dá de ombros.
-Ravena?
-Quem mais?
-Pois é…
-Quer dizer, acho que talvez aja mais uma pessoa que possui esse cartão.
-Como assim? Quem?
-Não sei, um certo maknae talvez.
A frase faz com que o coração de Lizzy dê um salto. Como assim? Ele sabe a respeito de Jungkook? Mas como? O maknae contara assim como contara para Jin? Jungkook era tão idiota ao ponto de fazer algo do tipo?
-O que? – se faz de desentendida.
-Vamos Lizzy eu não sou idiota. – ele começa enquanto caminha quarto adentro e senta em uma das camas. – o brinco que o Jungkook perdeu? Bem, eu o encontrei na sua cama.
Então era por isso que mais cedo ele a estava encarando com uma cara nada boa na piscina.
-O que você está fazendo?
-Como assim?
-Como assim? Se eu me lembro bem o seu rolo com o Jungkook não acabou muito bem da ultima vez, a verdade é que me lembro de ele falando um monte de merdas na festa na casa do Ansel quando estávamos nos estados unidos.
-Eu me lembro disso.
-E então?
-E então o que?
-Então por que diabos você voltou a se envolver com ele? você é retardada por acaso?
-Yoongi para, ok? Primeiramente quem você pensa que é para ficar se metendo na minha vida dessa forma?
-Eu pensei que era seu amigo.
-Você é, mas isso não lhe dá o direito de dizer com quem eu devo ou não me envolver.
-O Taehyung sabe?
-Não, ele não sabe e nem deveria, afinal ele não tem nada a ver com isso, é algo entre o Jungkook e eu.
-Isso é loucura, vocês dois estão ficando loucos. Você acha que com o Jungkook vai ser diferente? Se a big hit descobre que vocês estão juntos…
-Nós não estamos juntos.
-Não?
-Não!
-Então me explica que eu não entendi. Como diabos vocês não estão juntos e ele passa a noite no seu quarto?
-Para passar a noite com alguém você precisa estar junto? Não pode simplesmente ser algo casual?
-Ele sabe que é algo casual?
-Ele que propôs.
-É claro que ele propôs, ele é completamente louco por você, ele aceitaria qualquer coisa só para te ter por perto e você? O que sente a respeito disso? Quem é Jeon Jungkook pra você?
-Eu gosto de estar com ele.
-Apenas isso?
-O que você quer que eu diga?
-Eu quero que você diga que vai se afastar dele!
-Eu não posso!
-Por que não? Não é apenas algo casual, por que você de repente não pode?
-Porque eu cansei de fazer as coisas em prol dos outros. Cansei de viver minha vida pensando em como minhas escolhas afetariam os outros e eu? Eu sou um ser humano também, eu tenho meus desejos e vontades e no momento eu estou desejando Jeon Jungkook!
-Você está cometendo um erro, o Jungkook-
-O Jungkook já é adulto o suficiente para saber o que quer hyung. – Yoongi desvia os olhos da amiga para encarar a porta, Jungkook está lá, os olhos firmes em cima dele.
-Jungkook o que…?
-Vocês deveriam lembrar de fechar a porta quando não quiserem que as pessoas escutem a conversa de vocês. – ele fala simplesmente fechando a porta atrás de si e caminhando a passos firmes quarto adentro.
-Jung…
Antes que Lizzy consiga dizer algo, ele a segura ao redor da cintura, beijando-a em seguida, Yoongi desvia o olhar da cena visivelmente constrangido.
-Bom eu acho que essa é a minha deixa. – ele fala simplesmente ficando de pé e seguindo em direção à porta.
-Hyung! – Jungkook chama antes que Yoongi saia.
-Sim?
-Não esquece de fechar a porta.
E antes que Yoongi responda, Jungkook lhe dá as costas, mais uma vez tomando Lizzy nos braços.
1 note · View note
Text
Fanfic: Você quer fugir comigo, Mattie? (Prucan Week 2019)
Link da fanfic: https://www.spiritfanfiction.com/historia/voce-quer-fugir-comigo-mattie-17654263
Sinopse: Gilbert prometeu nunca mais voltar, mas ele estava aqui, debaixo da mesma arvore da sua adolescência. A pergunta estava sempre lá, não importava o que, então ele fez: Você quer fugir comigo, Mattie?
Fandom: Hetalia Axis Powers
Casal (Pairing): Prussia & Canada
Prompt: Day 6 (10/11): Careers/Future | Amaryllis (Carreiras / Futuro | Amarílis)
Idioma: Portugues
Author Note: Já estamos no 6º dia em, q doidera. Mas até q passou rápido, to me divertindo bastante.
Segundo o site indicado pelo tumblr da prucanweek amarílis significa orgulho. Dei uma pesquisada no google, e pode significar tbm angustia e tristeza pela perda da pessoa amada.
Capítulo Único
Gilbert tinha jurado pra si mesmo que nunca mais voltaria pra essa cidade, que iria superar, trabalhar duro e fazer uma nova vida. E ele fez. Foi difícil, mas ele conseguiu e superou todas as expectativas. Onze anos depois, Gilbert morava num apartamento legal, tinha bons amigos que o amavam, o emprego dos seus sonhos, mas a pergunta estava lá, e não o deixava seguir em frente.
Ele esperava de baixo da mesma arvore da sua adolescência, tão nervoso quanto antes, ansioso e feliz. Na mão tinha uma amarílis, que roubou sem motivo aparente de um quintal, enquanto caminhava pra cá. Gilbert pensou em tirar as pétalas no famoso "bem ou mal me quer", mas era tão bonito, que ele não teve coragem, então ficou girando o caule entre os dedos, como uma forma de liberar a tenção.
Logo escutou o latido, e um cachorrinho de porte médio, que mais parecia um urso polar, cheirou a sua mão apoiada no joelho, lambendo em seguida. Gilbert acariciou entre as suas orelhas, o dono apareceu logo depois:
— Você veio — ele se levantou com um sorriso, limpando a calça com a mão desocupada.
— Vim pra dizer o quanto isso é um absurdo — falou o outro homem, vestido com um moletom vermelho e gasto, o seu preferido.
Matthew usou esse mesmo moletom, quando a doze anos atrás, eles deram o primeiro beijo, exatamente debaixo dessa arvore. Eles conversavam depois do horário da escola, desde que começaram o ensino medio, e Gilbert se via ansioso por cada encontro, até proporem de se ver a noite de baixo da arvore. Se sentavam juntos e apreciavam a noite, as estrelas e os grilos. Cada dia Matthew se sentava mais perto, então veio os esbarrões, os toques, primeiro acidentais, depois se tornando propositais. Eles viviam em uma cidade pequena e conservadora, era impossível expressarem seus sentimentos livremente, mas o faziam quando estavam sozinhos:
— Por que um absurdo, é só uma pergunta? — disse Gilbert se aproximando.
— Uma pergunta — Matthew exclamou indignado. — "Você quer fugir comigo, Mattie?"
— Viu, só uma pergunta.
— Gilbert, eu tenho um emprego, uma noiva, isso não é...
— Eu sei, eu sei do seu emprego estável e do seu futuro casamento feliz. Não precisa jogar na minha cara — Gilbert falou chateado. — Essa não é a questão.
— Essa não é a questão? — Matthew ri incrédulo. — Você vai embora, e depois de onze anos você volta me pedindo pra ir com você.
— Eu não fui embora, me expulsaram — ele suspirou, mexendo a flor nervoso. — Não te contaram?
— Todo mundo sabe da história — Matthew desviou os olhos, sua atenção indo pro cachorro que latia pra nada em particular. — Kuma, não.
— E mesmo assim você me culpa? — o albino pergunta indignado, chamando a atenção pra si de novo.
— Se você queria tanto que eu fosse com você, então..., então por que você não me pediu a onze anos atrás — Matthew o questionou, nervoso.
— Não fazia sentido te tirar de casa, a sua família ama você, te acolheria sem problemas — Gilbert se justificou. — Éramos apenas crianças, ninguém merece isso.
— Mesmo assim, você ainda deveria ter ido pra casa — Matthew insistiu. — Meus pais teriam te acolhido.
— Isso é passado, não tem como mudar — ele deu de ombros, indo na direção do cachorro. Se abaixou e começou a acaricia-lo.
— Mas você está aqui, agora — sussurrou.
— É diferente — Gilbert levantou a mão com a amarílis, impedindo que Kuma o comesse. — Eu tenho uma boa vida agora, posso ser quem eu sou e me orgulhar disso, mas... Tem essa pergunta, e eu preciso de uma resposta, seja lá qual for.
— Você realmente nasceu pra restaurar — Matthew sorriu, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. — Não só coisas, como relações.
Gilbert deu de ombros:
— Mas o meu casamento..., eu amo a minha noiva — Gilbert suspirou irritado, se levantando inquieto, indo na direção da arvore. — Oras, você dormiu com uma porção de pessoas.
— Eu nunca disse "eu te amo" pra elas — ele respondeu de costas, tentando disfarçar o quanto estava chateado.
— Você também nunca disse pra mim — Matthew sussurrou, esfregando o braço.
— Como? — o albino se virou para encara-lo, indignado com a acusação. — Eu pedi pra você cremar meu corpo depois que eu morresse. Era a minha forma de dizer, e você ficou comovido. Achei que tivesse entendido.
Matthew sempre teve esse fascínio com a morte, e com a indústria da morte em geral. Passou anos lendo sobre o assunto, sonhando com o dia em que ele iria abrir a sua própria funerária. Porém, o único que sabia sobre isso era Gilbert, na verdade, ele era o único que sabia de uma porção de coisas. Matthew odiava hóquei, mas se obrigou a jogar pensando que deixaria seus pais orgulhosos de ter um filho atleta. Durante o período que conviveu com Gilbert, Matthew pôde deixar o seu verdadeiro eu assumir o controle, e foi bom, se sentia feliz em ser ele mesmo. Mas Gilbert foi embora, e tudo isso não passou de uma ilusão.
Ele sabia como seria o seu futuro; casado, pai de família, trabalhando de secretário em um escritório de advocacia. Mas com Gilbert ali na sua frente, outro futuro se mostrou pra ele. Um em que ele iria trabalhar usando roupas velhas e uma muda extra, porque nunca se sabe. Quando chegasse em casa, só ser coberto de beijos e abraços após um bom banho. O primeiro futuro dava uma sensação de conforto, o segundo, um frio na barriga e curiosidade:
— Quando você vai embora? — Matthew perguntou.
— Como eu não avisei, tenho que estar no trabalho segunda de manhã — Gilbert olhou para o relógio. — Tenho que sair no primeiro trem.
— Isso só me dá três horas — ele exclamou, irritado.
— Eu posso voltar na semana que vem — o albino balançou a cabeça, pensando em mais coisas. — Ou você me manda uma mensagem com a resposta.
— Uma mensagem — Matthew praticamente gritou, suas bochechas corando de raiva. — Uma maldita mensagem Gilbert?
— Achei que seria melhor pra você.
— Eu vou me casar em dois meses — seus gritos se misturaram com os latidos de Kuma, que parecia assistir a tudo.
— É só dizer que não — Gilbert gritou também, depois suspirou se arrependendo. — Droga, me desculpa Mattie.
Matthew sentiu as lagrimas quentes descendo pela sua bochecha, Gilbert virou a cabeça de lado, fungando. Kuma parou de latir, balançando o rabo voltando a fuçar a grama. Uma pergunta que a sua mãe fazia com uma certa frequência era "você tem certeza, querido?" Matthew achava fascinante como sua mãe podia ler cada expressão sua. Na verdade, Matthew não tinha certeza de quase nada, exceto que ele tinha certeza que odiava hóquei, era fascinado pela morte e que amava Gilbert desde a primeira vez que se falaram. Mais do que tudo, tinha certeza que queria deixar a máscara cair, e ser ele mesmo:
— Olha, esquece tudo o que eu disse — Gilbert falou. Ele estava indeciso, nervoso, e não conseguia encarar Matthew. — Foi uma ideia estupida, voltar depois de tanto tempo. Tenha uma vida feliz Matthew.
Matthew sentiu seu coração gelar, ao ver seu amado caminhar pra longe. Um nó na garganta e mais lágrimas desceram. Ele não conseguia falar ou se mexer, e a cada passo do albino, parecia que os seus músculos iam virando pedra. Kuma começou a latir na direção de Gilbert, depois correu e mordeu a barra da sua calça, puxando com toda força. Matthew viu essa distração como uma nova oportunidade, que ele não poderia perder:
— Gil — magicamente Kuma soltou a barra da calça, se afastando em seguida. Matthew correu até ser aparado pelos braços do albino. — Me leva. Me leva com você?
— Você tem certeza? — Gilbert perguntou surpreso, mas esperançoso.
— Não, eu não tenho — as mãos de Matthew subiram até o colarinho da camiseta do albino, o puxando para um beijo.
Gilbert tocou o cabelo de Matthew gentilmente, devolvendo o beijo com a mesma intensidade que recebia. O beijo era muito melhor do que aquele de doze anos atrás, menos nervosos, menos dentes, mais prazeroso. Gilbert tinha sonhado com isso por tanto tempo, ter Matthew nos seus braços, para amar e beijar pelo resto da sua vida:
— Eu te amo Gil — ele sussurrou, seus lábios ainda colados. O albino riu e Matthew o olhou confuso. — O que foi?
Gilbert gargalhou tirando a amarílis, que ficou grudado nos cabelos de Matthew. Ele deu a flor pra Matthew segurar, voltando a abraçar a sua cintura:
— Mattie, eu amo você — ele falou, dando um selinho. — Me desculpa por não ter falado antes.
— Só me desculpo com uma condição — Matthew sussurrou, apoiando o queixo na curva do pescoço do amado, dando selinhos. — Você tem que falar que me ama todos os dias.
— Eu posso gritar que te amo da janela, se você quiser — eles riram.
Sua atenção foi roubada brevemente por Kuma, que latia e balançava o rabinho em expectativa:
— Não se preocupe, meu apartamento tem lugar pra você também — Gilbert riu.
Três horas depois, Matthew estava na estação, com uma pequena mala, Kuma e de mãos dadas com Gilbert. Ele só teve tempo de escrever uma carta sincera pra sua noiva. Lá ele contava toda a sua história com Gilbert, e como o destino, ou seu cachorro, deu uma segunda chance. Pedia desculpas, e dizia que ele realmente a amava, por isso não achava justo prede-la em um casamento infeliz. Que agora ela estava livre para viver um amor de verdade, assim como Matthew estava.
Páginas 4. Palavras 1563
1 note · View note