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#um livro escrito por uma homem
amethvysts · 25 days
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CORAÇÃO SELVAGEM — E. VOGRINCIC HEADCANONS
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𖥻 sumário: headcanons sobre nosso esquerdomacho, topa tudo por buceta favorito, enzo. 𖥻 avisos: homem-belchior. menção a bebidas alcoólicas.
💭 nota da autora: mais uma vez estamos aqui com um headcanon que eu não aguento segurar. se eu escrevi, tenho que postar imediatamente!!! claro que é porque eu tô amando os pedidos de vocês, e principalmente, amando essa troca que a gente tá tendo! espero que gostem, piticas ♡
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✮ㆍNão podemos falar sobre Enzo esquerdomacho sem falar sobre Belchior. É indissociável. Isso porque ele é literalmente um homem escrito pelo cantor, não tem nem como negar. 
✮ㆍEle é a personificação da música Coração Selvagem. Tanto que eu apenas sei que ele ama date em barzinho, principalmente aqueles bem badalados com musiquinha ao vivo, voz e violão.
✮ㆍO Enzo ama bater um papo cabeça na mesa de bar. Uma garrafa de cerveja, uma mandioquinha frita e uma boa companhia é tudo o que ele precisa pra passar a noite. E ele consegue conversar sobre tudo, desde discutir Foucault até escola de samba – que, inclusive, ele ama. Certeza que torce pra Vila Isabel. 
✮ㆍComo um bom estudante de Ciências Humanas (meu mano fr), ele anda de ecobag pra cima e pra baixo. Sempre tem algum livro, ou do Carlos Drummond de Andrade, ou um do Machado de Assis, um maço de cigarro, um caderninho onde ele guarda absolutamente tudo e os fones de ouvido. 
✮ㆍA bolsa é cheia de broche, também. Um com o nome do curso dele, do time de futebol com o nome + "antifascista" (se eu jogar aqui que ele é Vasco, vai ser muito clubismo?), o clássico Fora Bozo, dos filmes favoritos dele e um com a cara do Glauber Rocha. 
✮ㆍEle tem discos de vinil em casa, e sempre gasta o seu suado dinheirinho de professor aumentando sua coleção. Belchior Novos Baianos, Gilberto Gil, Bethânia e Gal são essenciais. 
✮ㆍO Enzo ama garimpar. Metade dos móveis e decorações da casa dele são usados, restaurados por ele mesmo pra salvar dinheiro. Ele é muito orgulhoso do acervo que juntou até o momento, e ama fazer tours pelo apartamento dele. "Essa mesa aqui é de 1975," Enzo coloca uma das mãos sobre a mesa de madeira que adorna o cantinho da sala de estar, "Comprei faz pouco tempo. Bem legal, né?"
✮ㆍMinha nossa, eu tenho pra mim que esse homem não é muito bom dançando, mas ele é apaixonado por forró. Quando se é pra dançar agarradinho, ele até mostra que tem jeito pra coisa. 
✮ㆍAi, ele ama dançar com a bochecha colada com a tua, de vez em quando deixando o rosto descer pro teu pescoço e dando umas fungadas tão gostosas… ele é viciado no teu cheiro, e tira proveito sem nenhum pudor. Bonus: sempre que dança contigo, é uma mãozona na tua cintura e a outra se divide em segurar sua mão e um copo de cerveja. 
✮ㆍSair com ele é sinônimo de passeio cultural. Se você não gosta, ele até sugere de ficar em casa assistindo filme, mas sem dúvidas prefere dar uma volta pelos lugares históricos da cidade. Tipo, vejo muito ele como um frequentador assíduo da Pedra do Sal e da Lapa. 
✮ㆍComo eu já lancei aqui, tenho pra mim que ele trabalha como professor de Ensino Fundamental e também participa desses cursos de pré-vestibular social. Seguidor ferrenho de Paulo Freire, e é apaixonado por ensinar. Também é muuuito popular entre os alunos! Todo mundo da escola ama o Tio Enzo. 
✮ㆍInclusive, ele ama contar as presepadas dos alunos pra você. Uma vez, ele tava mexendo no celular na frente de umas alunas e elas acabaram vendo o fundo de tela dele, que é uma foto linda de vocês dois na praia. "Tio Enzo, quem é essa?" uma das garotas pergunta, já fazendo cara de quem comeu e não gostou. 
"Minha namorada," ele responde com um sorriso gigante no rosto, que sempre cisma em aparecer quando Enzo pensa e fala de você. Alheio a decepção das alunas, a testa se franze em confusão quando elas soltam um grunhido de desgosto. Uma delas chega a ir embora. 
✮ㆍPor incrível que pareça, o Instagram dele é até bem movimentado. Vive divulgando causas sociais, postando música e fotinho no espelho de quando ele vai pra faculdade. Mas o que ele mais posta no feed são fotos de vocês dois, ou, então, só fotos suas. 
✮ㆍEnzo vive tirando fotos tuas com a câmera analógica dele, e sempre que revela, ele sente uma necessidade inevitável de postar em tudo quanto é lugar – se pudesse, colocaria até em um outdoor. 
✮ㆍSim, em algum momento ele vai soltar um "acho que a gente devia fazer um ensaio íntimo e empoderador". Mas pelo menos, ele só pensa em fazer um desses com você – ele é esquerdomacho, mas não é nível Chico Moedas, pode relaxar. 
✮ㆍÉ viciado em tirar fotos suas na praia, ou quando você tá descansando no apartamento dele. Quando você tá deitada no sofá depois de uma garrafa de vinho, com um sorriso bobo nos lábios tingidos de vermelho e os olhinhos caídos, ele vai ficar te fazendo rir tanto que você nem percebe quando ele faz os cliques; só descobre alguns dias depois, quando ele posta a foto no Instagram.
✮ㆍTodo aniversário, ele te dá um livro com uma dedicatória diferente. Ele ama presentes mais pessoais desse tipo, principalmente quando se trata de mídia física. É sempre uma filosofada misturada com uma declaração de amor, te agradecendo por tudo o que você faz por ele e te dizendo o quanto ele é feliz por ser seu.
✮ㆍA maior declaração de amor, no entanto, é quando ele dedica alguma canção do Belchior pra você. E ele faz isso sempre. O Enzo vai pedir alguma música quando vocês estão no bar e canta tudo com as mãos segurando suas bochechas e olhando no fundo dos seus olhos.
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masterlist | navigation ── oi! tô com os pedidos abertos pra headcanons, cenários e blurbs sobre os meninos de lsdln. me manda um alô, se quiser conversar!
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geniousbh · 10 days
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IMPLORANDO pra vc continuar aquela ask com o Enzo lendo pra filinha/o dele e da lobinha!!!!
o seu pedido é uma ordem, meu xuxu🤝🏻💪🏻
sobre o enzo... acho que ele levaria a criação da filha muito a sério, não de ser um pai rigoroso, mas se esforçar muito pra que ela tenha uma infância com experiências de fato infantis, brincando com bonecas, casinhas, lendo livros, colorindo, se sujando, tentando, errando, continuando, etc etc. e por isso decidiram que tirariam a tv da sala e colocariam no quarto de vocês - o que não muda muito porque não são tão ligados à programas televisivos e desde namoradinhos preferem ir ao cinema pra ver filmes 🤭🤭 (algumas tradições ele faz questão de manter).
sfw esse livro dos coelhinhos é um presente que o vogrincic recebeu de um colega de trabalho, e ele achou uma graça quando folheou e viu os desenhos e a história. chegou em casa te mostrando e combinando de que colocariam a pequena pra dormir e que leriam juntinhos dela. quando chega o horário, os três tomados banho e cheirosos, dividem a cama estreita com as pelúcias dos mais variados tipos e tamanhos. você faz um carinho nos fios castanhos da menininha que chega a ronronar e repara em como o marido lê o conto - mãozinha no peito e as sobrancelhas assim / \ se encantando com cada trecho. não consegue evitar sentir o coração derreter de amores por ambos!! a filha de vocês pediria a história outras vezes, e em algumas, vocês até inventariam um pouco mais além pra entretê-la (enzo tem uma mente de titânio pr isso, já tendo escrito alguns roteiros, ele improvisa bem dms e vc agradece mentalmente por ter escolhido o homem certo pr ter uma família)
nfsw acompanhar enzo se dedicando pra pequena, sendo um pai presente, ensinando as coisas, fazendo vozes e trejeitos quando brincavam de restaurante, mexe com o seu psicológico e o seu físico. pra quem não tinha interesse em ser mãe até alguns anos atrás, querer ter um segundo era praticamente um milagre... mas você não sabe como o vogrincic vai reagir... encara ele pelo reflexo do banheiro, já encostado na cabeceira da cama e esperando vc para apagar as luzes. "amor... você não acha que o apartamento é muito grande só pra nós três?", começa, melindrosa, testando. "como assim? você acha que devíamos nos mudar, nena?", ele questiona e volta a atenção pra você. "não... mudar não, mas... - e nisso você se escora no batente da porta do banheiro e abre o robezinho, deixando exposto um conjuntinho rendado que usa por baixo - talvez... não sei... encher mais ele?", sugere. e o uruguaio sorri de canto, se arrastando pra beira da cama, te olhando e erguendo a sobrancelha "quieres otra, mami?" e você confirma com a cabeça. apesar de ser um puto a maioria das vezes, que te faz implorar, naquela noite não tinha nada disso, ele te chamava com o dedo e batia numa das coxas indicando pra você sentar, vai ficar todo eriçado quando nota que sua bct tá pingando já e te fode lento e fundo, gozando dentro duas vezes seguidas e te convencendo a dormir com ele guardadinho em ti "é pra vingar, meu amor", ele ri rouquinho na sua orelha
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harryboneca · 21 days
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‼️ vocês ouviram “trecho novo de uma futura one”? pois eu ouvi! *risadas maléficas*
esse aqui tá bem basiquinho, galera, mas é só pra vcs não se esquecerem de mim, vius?
“Já passou da sexta vez que Harry tentava ler o mesmo parágrafo. Ele está em um monólogo grande e particularmente tedioso de “Crime e Castigo”, de Dostoiévski, um dos vários livros da lista que Tomlinson passou para as provas e trabalhos do semestre.
Harry sempre acabava desviando os pensamentos para seu professor. Na maneira como ele falava tão eloquente, empolgando-se um pouco com algum autor ou obra que especialmente gostava ao que tentava não transparecer tanto, mas Harry notava. Tomlinson se expressava com paixão, como se cada palavra tivesse seu peso e pudesse mudar interpretações, perspectivas e valores morais.
Algumas semanas tinham se passado desde o incidente do atraso e Harry nunca mais o repetiu, como havia prometido. Tentava participar das aulas, mas tinha muita timidez, ainda mais durante as de Tomlinson, por quem tinha certo fascínio.
Harry contemplava não apenas sua postura em sala de aula, mas também seu físico. Honestamente, era inegável o quanto o professor era lindo, de uma beleza atraente que seria uma ameaça contra seu desejo ser obrigado a olhar para algo que não fosse o homem que gesticulava envolventemente enquanto falava sobre livros escritos séculos atrás. Os olhos azuis dele eram de tão intensa frieza que pareciam capazes de queimá-lo como a pele que permanece por muito tempo tocando o gelo. Era quase impossível ficar entediado. Deve ter sido proposital, Harry pensa, uma sacada diabólica da universidade para os alunos não dormirem.
Após lavar o rosto, voltou a se concentrar na leitura. E após se deparar com o trecho “Teria comprado a solidão a qualquer preço, mas sentia que não a poderia suportar um só momento” não deixou de destacá-lo com o marca-texto mais azul que possuía.”
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sunshyni · 9 months
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E esse moletom aí?
Mark Lee ⨯ Você Gênero: fluffy (novidade pra quem? KKKK) Contagem de palavras: 930 Notas: tô completamente obcecada pelo Steven em “O verão que mudou minha vida” então nessa aqui o Mark estuda medicina em Princeton, dane-se KKKK Além disso fiquei inspirada com umas palestras que tive sobre meio ambiente e tals, o que explica toda essa temática ecológica. Avisos: só coloquei esse tópico pra falar que essa one contém Chenle boom era, porque até hoje eu não consegui superar o cabelo laranjinha desse homem. Vaca-preta é coca-cola com sorvete de baunilha (eu não fazia ideia que isso tinha um nome específico KKKK). Ivy league é aquela associação das universidades daora. Menções a “Harry Potter”. Boa leitura, docinhos! 🩷
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Todo mundo denominava você e Mark de casal “eco-friendly”, isso porque você conseguiu iluminar a consciência do estudante de Princeton com o discurso de que os seres humanos estão arruinando o planeta Terra com seus hábitos consumistas desenfreados, “Vamos morrer em 2050 sem a chance de desfrutarmos nossa velhice juntos, e sabe por quê?” Você dizia eloquente, numa lanchonete da década de 60 que servia a boa e velha vaca-preta, bebida na qual você mantinha uma relação de amabilidade. Mark te contemplava extasiado, se questionando como diabos um bobão feito ele conseguira entrar para uma universidade da ivy league, quando na verdade você deveria estar ocupando o lugar dele com toda sua genialidade, “Porque escovamos os dentes com escovas de plástico e não de bambu?” É claro que ele se relembrava do demorado diálogo que vocês tiveram sobre quantas escovas de dentes “descartamos” ao longo da vida, haja vista que o recomendado é trocá-las a cada três meses, “Certamente, isso é algo que contribui” Seus olhos cintilavam de entusiasmo, contente com o fato de que o futuro médico guardava qualquer detalhe das infindas conversas que vocês tinham, “Mas é principalmente porque isso aqui vai virar um grande geoide quente de merda por causa do aquecimento global e...”
A questão era que você acreditava fielmente que micro ações poderiam transformar o mundo e conservá-lo como um lugar habitável para além dos seus aniversários de cinquenta anos, era por isso que você se encontrava no dormitório do seu namorado numa manhã de sábado ensolarado, recolhendo algumas peças de roupa de Mark que poderiam ser adicionadas a caixa de papelão, na qual lia-se “Para doação” escrito com caneta permanente.
— Nem vem, não tenho nada para doar — Zhong Chenle, colega de quarto de Mark, tirou a atenção do livro que estava lendo – uma edição especial de Harry Potter e o cálice de fogo – fixando os olhos em você.
— Você tá com essa mesma camiseta branca puída faz uma semana — Mark apontou, fazendo com que Chenle até então estirado na sua cama de solteiro, se sentasse para proteger a dignidade da sua camisa surrada que já havia passado da hora de se transformar num pano de chão ou de se desfazer, assumindo a forma de cinzas, sim, a situação da pobre coitada era tão debilitada que Mark e você estavam pensando seriamente numa cremação.
— Tá se achando o Harry Potter? — Indagou você, num tom bem-humorado enquanto Mark te cumprimentava com um beijo suave em seus lábios, um tanto úmido devido a máscara labial que ele acabara de utilizar.
— Acho que ele tá mais pra Rony — Comentou Mark, abraçando sua cintura, descansando o queixo sobre o ombro alheio. Chenle com seus cabelos muito mais ruivos do que os de Ron Weasley, de um laranja acentuado que se destacava na multidão de fios castanhos que era a instituição, revirou os olhos sorrindo.
— Então você pode doar os suéteres de natal, Chenle — Você propôs, balançando levemente seus corpos para a direita e para a esquerda.
— Tô fora — Disse Chenle, se levantando sem se esquecer de carregar o precioso livro consigo — Vejo vocês na lanchonete mais tarde. Não toquem em hipótese alguma nas minhas coisas, muito menos nos meus funkos.
Tão logo Chenle deixou o ambiente, Mark começou a bisbilhotar a caixa que você havia trazido que já continha algumas peças antigas suas, você estava tagarelando sobre como precisamos nos desenvencilhar de algumas coisas de tempos em tempos para passá-las para outras pessoas carentes, quando o Lee soltou um gritinho, o que te fez parar de passar os dedos pelos cabides do guarda-roupa abruptamente.
— Você não pode doar esse — Choramingou, puxando da caixa um moletom verde desbotado, mas ainda em bom estado, diferentemente da camisa de Chenle — Você tava usando esse moletom monstruoso quando eu te beijei pela primeira vez.
— Tava é? — Questionou, se aproximando dele novamente, segurando a roupa com as duas mãos e a arremessando na cama mais próxima, a do ruivinho ratinho de biblioteca — Acho que eu posso salvar essa.
— Melhor assim — Mark pousou os dedos sobre suas bochechas, unindo as bocas num beijo terno e preguiçoso que poderia facilmente perdurar para todo sempre, com direito a sorrisinhos apaixonados e a mordidinhas no lábio inferior.
— E esse moletom aí? — Seu namorado não tardou a identificar sua intenção quando suas mãos começaram a soerguer a barra do moletom canguru também verde, dessa vez musgo, diferente do seu que inicialmente ostentava uma coloração exagerada.
— Acho que eu não preciso dele — Afirmou o Lee, se livrando do agasalho, descartando-o na cama de Rony feito você instantes antes, tornando evidente a camisa preta de rosas que ele vestia por baixo e bagunçando sua cabeleira escura. Você o tocou por debaixo do tecido, sentindo o abdômen contrair suavemente com o contato da sua pele fria — Acho que eu não preciso da calça jeans também, não foi você que disse que o jeans dura pra caralho? Eu já tenho o suficiente.
— Sem dúvidas — Você aquiesceu, um sorriso curvando-lhe os lábios.
— Por acaso… — Ele deliberou por um tempo ao passo que você mirava os olhos castanhos e graúdos. Você sabia que Mark iria deixar escapar alguma sentença vergonhosa porque ele massageou a nuca ligeiramente tímido — Será que eles aceitam roupa íntima também?
Você gargalhou nos braços dele, incapaz de conter a risada com uma frase daquelas, envolvendo-lhe o pescoço com os braços segredou um “Idiota” e o beijou, a fim de acrescentar aquelas peças na caixa de doação, e além disso Mark estava planejando mesmo estudar anatomia humana naquele final de semana.
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hoziesr · 10 months
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Olá, tag! Finalmente eu trouxe o primeiro guia sobre crimes. Nele, eu vou falar como funciona um processo criminal comum, passo a passo. É importante que se entenda como isso funciona e porque é tão longo. Alguns processos duram poucos meses, para casos mais simples, mas outros se estendem por muitos anos e trazem muitos sentimentos ruins para quem tá lidando com isso. Deu um trabalho danado pra simplificar as coisas, evitando que isso aqui virasse o capítulo de um livro, então deixa o like e o reblogue se você achar útil de alguma forma, combinado? Além disso, minha ask tá aberta pra dúvidas.
Disclaimer rápido: eu tentei fazer tudo da forma mais simplificada possível. Por isso, não vai ter um monte de citação de artigos de lei e afins. Além disso, o processo é muito mais complexo, mas toda essa complexidade só precisa ser entendida por quem está dentro de um na vida real. Por isso, se você tiver interesse em saber mais a fundo sobre, eu vou deixar recomendações no final do guia.
Outro ponto: saibam, desde já, que esse guia foi escrito por alguém que tem uma visão específica do Direito Penal. Eu, Foxes, sou marxista-leninista. Isso significa que, quando eu tô falando de Direito Penal, eu tô falando a partir dessa visão. Nesse sentido, sou, também, abolicionista penal. Isso significa que eu quero que o Direito Penal seja extinto, que eu não acredito que ele funciona e que eu acredito que a solução para os problemas que a gente tem no sistema, hoje, é simplesmente acabar com ele. Não acho que o sistema penitenciário funcione, nem as cadeias e nada que derive delas. Infelizmente, é nesse sistema que eu trabalho hoje e eu tô aqui tentando destruí-lo por dentro.
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⌕ㅤㅤparte umㅤㅤ𑁧ㅤㅤos efeitos de um processo criminal.
Vamos lá, então. Antes de tudo, eu quero deixar claro aqui os danos que passar por um processo podem causar numa pessoa e quem está ao redor dela. Eu vou falar especialmente sobre o acusado. Desde o primeiro momento, os dedos estão apontados pra você, é uma máquina inteira, um sistema completo e complexo contra você. A imparcialidade do Ministério Público e do juiz não existe, a forma com que o processo é feito já é danoso. Imaginem ficar meses e meses passando por um procedimento, onde o resultado final pode ser, e na maioria das vezes é, ser mandado para o inferno. A questão não é só a privação de liberdade, é onde essa privação vai acontecer. Todo o sistema criminal é muito cruel. Sem falar das vítimas, que precisam ter uma violência sofrida remoída por meses e meses. Como um grande exemplo desse dano, eu recomendo que vocês se interem sobre o caso do Salvatore Anello. Ele é um homem que estava num cruzeiro com a família quando deixou, sem querer, é óbvio, sua neta de 18 meses cair do 11º andar do navio, e ela faleceu na hora. Ele foi processado pelo Estado de Porto Rico e se declarou culpado mais de um ano depois da morte da neta, porque não aguentava mais passar pelo processo, nem fazer com que sua família passasse por ele. Anello foi sentenciado à três anos de serviço comunitário, independentemente da dor que ele e a família passaram, além da dor que o processo os fez passar. É isso que o processo faz e é por isso que é importante entendê-lo, mas também ter tudo isso em mente quando abordá-lo numa história. É sempre muito cruel. Dito tudo isso, vamos ao passo a passo de um processo criminal comum. O processo criminal comum é o que abarca quase todos os crimes, exceto aqueles que são de competência do Tribunal do Júri, que eu vou falar sobre no próximo guia.
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⌕ㅤㅤparte doisㅤㅤ𑁧ㅤㅤo processo.
Antes de tudo, é preciso que exista um crime. Um crime só é assim considerado quando ele está expresso no nosso Código Penal, além de outras legislações especiais que também falem sobre tipos penais. Por exemplo, a Lei de Drogas, Lei Maria da Penha, Lei da Organização Criminosa, etc. Todas falam sobre crimes e só é considerada crime uma ação que esteja explicitamente elencada num artigo dessas leis. Uma vez que alguém comete um crime, o procedimento se inicia quando a autoridade policial toma conhecimento dele. Isso ocorre principalmente através de denúncia e de flagrante, ou seja, quando alguém denuncia um crime para a polícia ou quando a própria pega alguém cometendo o crime bem na hora. Depois disso, começa o INQUÉRIO POLICIAL, que é quando a polícia investiga um crime. Nesse momento, é necessário que se descubra qual foi o crime, quem o cometeu, quem é a vítima (quando tem vítima), a ordem dos acontecimentos, como que aconteceu, essas coisas. Quanto mais detalhes, nesse momento, melhor. Quando o inquérito policial se encerra, é o Ministério Público quem analisa tudo o que foi investigado pela polícia e, ai, decide se vai oferecer uma DENÚNCIA. Se for entendido que não houve crime ou que não há motivo suficiente para oferecer a denúncia, o processo é arquivado. 
Aqui é importante dizer que o Processo Penal é a ultima ratio do sistema, ou seja, é o último recurso. Se uma ação pode ser punida civilmente, através de multa, por exemplo, ou a partir de qualquer outra área jurídica, é por ela que deve passar, e não pelo Direito Penal. Mais do que isso, é preciso que o fato criminoso seja relevante. Ai existe uma discussão muito extensa. Eu, por exemplo, acho uma vergonha que o Ministério Público ofereça denúncia contra pessoas que furtam um pacote de comida no supermercado, porque isso não é juridicamente relevante para o Direito Penal, ou, pelo menos, não deveria ser. Também não acho que ser pego numa balada com um cigarro de maconha seja relevante. Existem vários pequenos delitos que chegam até uma condenação, mas não deveriam nem ter chegado à denúncia, e esses são o maior volume de processos no nosso sistema atualmente. Mas essa é uma discussão extensa demais pra esse guia. Por enquanto, seguimos.
Se o Ministério Público considera que o inquérito policial chegou até algum lugar que interessa ao Estado punir uma pessoa, ele oferece uma denúncia. Isso, no geral, nada mais é do que contar toda a história do crime, apontar alguém para ser acusado e, quando há, uma vítima. Se existe um crime, mas não se sabe quem é que o cometeu, não é possível oferecer denúncia, porque todo o objetivo é punir quem fez aquilo. Feita a denúncia, cabe ao juiz receber ou rejeitar a denúncia. As causas de rejeição estão no artigo 395 do Código de Processo Penal e são:
Inépcia da denúncia  ↝  Quando ela não tem a descrição dos fatos, a qualificação do acusado (nome, data de nascimento, documentos, endereços, tudo o que for relevante para que se identifique o acusado), a classificação do crime (em qual artigo do Código Penal ou das leis especiais a ação se encaixa) e, quando tiver, as testemunhas do crime.
Faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal  ↝  Ou seja, se tiver alguma irregularidade no procedimento, se não for comprovado que existiu um crime ou que há qualquer indício de que aquela pessoa denunciada é a autora do crime, etc.
Justa causa  ↝  O motivo mais amplo e que engloba, inclusive, o que eu disse ali em cima, sobre aquele ato ser relevante o suficiente para que exista um processo. É pela falta de justa causa que tantos processos não deviam nem existir.
Depois de aceita a denúncia, se inicia a ação penal. A primeira coisa que se faz é CITAR O RÉU, isto é, notificar a pessoa de que ela está sendo acusada por um crime e é parte de um processo que já se iniciou. Existem muitas formas de se citar uma pessoa, mas é preferível que se faça a citação por mandado, quando um oficial de justiça vai até a casa da pessoa, explica algumas informações para o acusado e pede para que ele assine um termo sabendo que está sendo acusado. Muitas vezes, essa citação não acontece. Pode ser que não se encontre o acusado no endereço que seria da casa dele, por ele ter se mudado, estar fugindo da intimação, entre outros motivos.
Aqui, de novo, eu vou fazer meu papel de advogada criminalista e dizer que as pessoas que estão inseridas num contexto de criminalidade não tem a vida parecida com a nossa. Elas não tem o mesmo endereço por anos, por um milhão de razões, desde viver de favor até a impossibilidade de se manter muito tempo numa casa alugada, e diversos outros fatores que impedem que achá-la seja fácil. Se alguém não é encontrado de forma alguma, o processo é suspenso até que se encontre a pessoa.
Outra coisa que acontece é a citação ficta. Nesse caso, se publica a citação da pessoa num edital do sistema judiciário. Eu te pergunto: quantas vezes você já procurou seu nome em editais de citação do sistema judiciário? Eu mesma, nunca o fiz e a esmagadora maioria da população também não o faz. Por isso ela é ficta, se faz essa publicação e o processo entende que aquela pessoa foi citada, seguindo sem ela. Isso é um problema gigante que, de novo, dá uma discussão que não cabe nesse guia. Após a citação do acusado, ele precisa constituir um advogado particular ou, quando não tem condições, é nomeado um Defensor Público ou um advogado dativo. Defensor Público é um cargo concursado, de alguém que integra a Defensoria Pública do Estado, e que atua basicamente como um advogado, mas para pessoas hipossuficientes. O advogado dativo, por sua vez, é um advogado que está inscrito numa listinha do Tribunal de Justiça e que é pago por este, de acordo com uma tabela, para atuar na defesa da pessoa que não pode pagar por um advogado particular.
De novo, aqui é importante ressaltar que toda pessoa tem direito à defesa no Processo Penal. Mais do que isso, um processo não segue sem a defesa, por princípios que estão na nossa Constituição. É por isso que o sistema se movimenta para conseguir a defesa para quem não consegue pagar por uma, especialmente pela Defensoria Pública, que faz um papel absurdamente importante no nosso sistema. Fica aqui a recomendação: apoiem e sigam a Defensoria Pública dos estados de vocês nas redes sociais. Além da área criminal, ela é a instituição que, num geral, é responsável e atua pela defesa dos Direitos Humanos no Brasil. Eu amo essa instituição e não vejo a hora de me apresentar como Defensora Pública, não mais como advogada.
Continuando. Após a citação do acusado e a constituição de defesa, é hora de apresentar uma RESPOSTA À ACUSAÇÃO. Nela, a defesa apresenta argumentos para tentar fazer com que o processo não siga, bem como atuar no interesse do acusado, requerendo a realização de perícias, apresentando algumas provas, apontando testemunhas, tudo para ajudar o réu. Em alguns casos, é nesse momento que o acusado já é absolvido. Ou seja, ele é considerado inocente antes do processo seguir até o momento da sentença mesmo. A absolvição sumária pode acontecer porque:
Existe uma excludente de ilicitude  ↝  Excludente de ilicitude é quando se reconhece o crime, mas é considerado que ele não é ilícito. O maior exemplo é a legítima defesa, mas também pode ser por estado de necessidade, estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de um direito. Para a aplicação desses excludentes, existem vários requisitos e a gente sempre analisa o caso concreto.
Eu vou dar um exemplo pra ficar mais fácil. Aqui fica o aviso de gatilho: meu exemplo envolve violência doméstica e homicídio.
Digamos que uma mulher sofre violência doméstica há anos. O marido bebe e, quando chega em casa, a agride. Num dia, esse marido chega bêbado em casa e, em vez de agredir a mulher novamente, cai bêbado no sofá e dorme. Aproveitando desse momento, a mulher pega uma faca na cozinha e esfaqueia o homem quinze vezes. Aqui, a legítima defesa não é aplicada. Embora ela sofra com essa agressão há anos, entende o judiciário que, naquele momento, não havia uma agressão atual nem iminente, isto é, ele não estava a agredindo e não demonstrava que pretendia fazê-lo. Além disso, não houve o uso moderado do meio que impediria uma agressão. Quinze facadas não só impedem que alguém pare de te agredir, mas mate a pessoa.
Agora, usando do mesmo exemplo. Digamos que esse homem chegue em casa bêbado e, novamente, comece a agredir sua esposa. Ela, desesperada, corre para a cozinha e, antes que ele a socasse novamente, dá uma facada no braço dele e sai correndo para fora da casa, para pedir ajuda. Aqui, fica mais do que comprovada a legítima defesa. A agressão estava acontecendo e a facada desferida contra o homem foi necessária para que ele parasse de agredir a mulher.
Existe uma excludente de culpabilidade  ↝  Quando não se pode culpar o acusado por ter cometido o crime. As excludentes de culpabilidade são: (1) ter uma doença mental que, no momento do crime, impedisse o acusado de entender o que estava fazendo; (2) ser menor de 18 anos; (3) estar acometido por embriaguez completa, involuntária e fortuita; e (4) coação moral irresistível, quando a pessoa é coagida a cometer um crime e não tinha outra opção senão seguir essa coação.
É importante dizer que isso não significa, necessariamente, que a pessoa não vai passar por uma pena. As pessoas menores de 18 anos que cometem crimes são, sim, incluídas no sistema. Tecnicamente, os crimes são transformados em atos infracionais e a pena se transforma em serviços à comunidade de caráter educativo ou internamento em instituições como a Fundação CASA.
Já para a pessoa que tenha doença mental, a pena se transforma em tratamento ambulatorial no CAPES ou em internamento em hospitais penitenciários. Se você acha que um presídio é ruim, não queira nem imaginar como é o tratamento nesses hospitais. Existem denúncias sobre remédios psiquiátricos vencidos sendo dados para as pessoas, falta de acompanhamento de profissionais da saúde, tortura, entre outras questões que são problema em penitenciárias, mas se potencializam em hospitais penitenciários. Ser presidiário é ruim, mas ser um presidiário esquizofrênico é muito pior.
O fato narrado na denúncia não constitui crime.
Extinção da punibilidade  ↝  Existem motivos que fazem com que o acusado não possa mais ser punido, que são: (1) a morte do acusado; (2) anistia, graça ou indulto; (3) uma nova lei que não entenda mais aquela ação como criminosa; (4) prescrição, quando já passou muito tempo desde o crime e não haja mais direito do Estado de punir a pessoa; (5) retratação do acusado, quando a lei permite; (6) perdão judicial; e (7) quando a vítima, quando possível, desiste de seguir com o processo.
Finalmente, se não houver essa absolvição, o processo segue para a AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. Nela, o juiz escuta as partes do processo uma última vez antes da sentença. A ordem é sempre a mesma, de acordo com a lei, e segue o seguinte:
declaração da vítima, quando houver vítima; 
ouvida das testemunhas, primeiro da acusação e depois da defesa; 
esclarecimentos dos peritos, se houver; 
acareações, se houver, onde se conforta as versões oferecidas pelas pessoas que foram ouvidas até então; 
reconhecimento de pessoas e de coisas;
e por fim, o interrogatório do acusado. 
Sendo ouvidas todas essas pessoas, nessa mesma audiência, podem ser feitas as ALEGAÇÕES FINAIS, onde, primeiro o Ministério Público e depois a defesa, fazem as últimas alegações técnicas. Geralmente, o Ministério Público oferece todos os argumentos do porquê a pessoa deve ser sentenciada e a defesa apresenta todos os argumentos do porquê não deve ou, se for, porque a pena tem que ser a mínima possível. Quando o juiz entende que o caso é complexo, ele dá alguns dias para que essas alegações finais sejam apresentadas de forma escrita. As alegações finais são a parte mais importante de todas, onde a defesa apresenta tudo o que pode, todos os argumentos, analisa provas, passa pelos depoimentos, faz de tudo para que consiga demonstrar a inocência do acusado. São os últimos suspiros de esperança antes da sentença. E ai, finalmente, chega o momento da SENTENÇA. É quando o juiz decide se a pessoa é culpada ou não. Se for considerado que, sim, é culpada, é quando apresenta quanto de pena que ela vai cumprir, o que será um tema para um próximo guia.
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⌕ㅤㅤparte trêsㅤㅤ𑁧ㅤㅤos recursos.
Esse negócio já tá gigante, então eu não vou me aprofundar nos recursos. Sobre eles, basta saber que se o Ministério Público ou a defesa não fica feliz com a sentença e tem argumentos para oferecer um recurso, eles podem fazer. Existem vários níveis de recurso que passam pelo próprio juiz que proferiu a sentença, por um órgão colegiado de magistrados do Tribunal de Justiça e pode ir até o STJ e o STF. Um dos problemas é que a reforma da sentença por esses outros órgãos pode acabar aumentando a pena que foi dada anteriormente. Num geral, não tem muitos criminalistas nos Tribunais, STJ e STF e, quando tem, eles são voto vencido pelos demais ou, pior ainda, são tão ou mais punitivistas do que o resto. Conseguir a reforma de uma sentença em benefício de um réu é difícil, mas não impossível.
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⌕ㅤㅤparte quatroㅤㅤ𑁧ㅤㅤrecomendações.
Para quem quiser entender mais sobre tudo isso que falei até aqui e quiser se revoltar um pouco com o nosso sistema, eu tenho algumas recomendações que são interessantes e nada técnicas.
Podcast Crime e Castigo, da Rádio Novelo.
Os documentários Justiça (2004) e Juízo (2008), dirigidos por Maria Augusta Ramos, ambos disponíveis na Netflix.
O documentário Bagatela (2010), dirigido por Clara Ramos, disponível no Youtube.
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⌕ㅤㅤparte cincoㅤㅤ𑁧ㅤㅤfontes técnicas.
Já para quem quer recomendações de livros mais técnicos, eu recomendo:
Direito Penal - Parte Geral, do Juarez Cirino dos Santos.
Direito Processual Penal, do Aury Lopes Jr.
Manual de Direito Penal, do Eugenio Raúl Zaffaroni e José Henrique Pierangeli.
Caso queiram mais recomendações, eu posso oferecer, junto com plataformas para ler também.
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Eu acho que é isso! Mais guias sobre o assunto serão feitos se esse aqui for bem recebido. O guia foi feito principalmente para dar um panorama geral do que uma pessoa enfrenta num processo criminal, e, assim, poder ajudar vocês na escrita de personagens que estejam passando por isso, que já tenham passado, ou que tenham familiares inseridos nesse contexto. Além disso, eu recebi mais de uma mensagem falando como isso seria bom a título de curiosidade pessoal mesmo ou para entender algumas mídias. Enfim, espero que isso tenha ajudado mesmo e que, se tiverem surgido dúvidas, eu tô aqui pra tentar responder. Quanto mais a gente sabe sobre o sistema judiciário, principalmente no âmbito criminal, menos a gente o entende, e mais raiva a gente vai criando dele. Espero ter plantado essa sementinha de ódio em alguém. Nos vemos no próximo guia!
graphic credits @llillards
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cafecomcraseapoliis · 1 month
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É Você, um Sonho
Escrito em 17/03/24, às 23h:07min
Uma vez, lendo o livro de Ana Campagnolo, Feminismo, Perversão e Subversão, em seu prefácio, escrito por um amigo da autora, li: "Fra Angélico, Michael Pacher e Michelangelo jamais pintaram o Demônio com feições de mulher. Pelo contrário, sempre se inspiraram na rudez que é própria do homem, do barro. Seres angelicais e superiores, por sua vez, estão repletos de sugestões e gestos femininos, como se quisessem captar e descortinar a essência humana mais pura e elevada: a mulher.".
Então, contemplei, como em um sonho, vi seu sorriso e seu olhar, tão morosos e belos, ameigados; e em seu modo de vestir e se portar: vi a essência feminina em seu estado mais refinado, em seu apogeu de requinte mais esmerado e sutil, amável. Agora volto a escrever, esperançoso, mas, principalmente, inspirado, dobrado ao seu primor, exposto por sua pureza, mas, por amor, não se demore, sonho por seu calor.
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fuckamden · 22 days
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꒰ 📖 ꒱ ͏͏ ㅤㅤ⸺͏͏ ㅤㅤcamden s. doyle ,ㅤescritor e primo capuleto ( 32 years old )
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(callum turner, 32 anos, ele/dele) era uma vez… uma pessoa comum, de um lugar sem graça nenhuma! HÁ, sim, estou falando de você CAMDEN STEWART DOYLE. você veio de EDIMBURGO, ESCÓCIA e costumava ser ESCRITOR por lá antes de ser enviado para o mundo das histórias. se eu fosse você, teria vergonha de contar isso por aí, porque enquanto você estava TRICOTANDO UM BONECO DE ANIME, tem gente aqui que estava salvando princesas das garras malignas de uma bruxa má! tem gente aqui que estava montando em dragões. tá vendo só? você pode até ser DEDICADO, mas você não deixa de ser um baita de um IRREQUIETO… se, infelizmente, você tiver que ficar por aqui para estragar tudo, e acabar assumindo mesmo o papel de PRIMO CAPULETO na história ROMEU E TADEU… bom, eu desejo boa sorte. Porque você VAI precisar!
( headcanons )
Sendo filho de um dos herdeiros dos direitos de Arthur Conan Doyle, membro do Arthur Conan Doyle Estates, não é surpresa que tenha sido criado em meio aos livros! Sua hora favorita sempre era a da história, seu maior desejo era aprender a ler e, com o passar do tempo, começar também a escrever suas próprias histórias. Era apaixonado pelos livros escritos pelo infame membro da sua família, mesmo que, ao se falar sobre o tema de suas obras, não tivesse planos nenhum de seguir tal estilo — até por não querer crescer as sombras do homem apesar do sobrenome que abriria muitas portas a ele.
Apesar de ser nascido, criado e graduado em Londres escolheu mudar-se para a Escócia depois de um surto logo que terminou seus estudos usando a desculpa de que seguiria seus estudos no país, até mesmo chegando a se inscrever para um mestrado em uma faculdade de Stirling que nunca terminou de fato por ter focado demais em terminar uma de suas histórias ao ponto que esqueceu-se de seus prazos e aulas, até mesmo deixando os amigos preocupados depois de passar quase duas semanas trancado em casa trabalhando neste e vivendo de entregas de comidas.
Atualmente tem três livros publicados sendo o de maior sucesso exatamente o do tema que não planejava escrever: romances policiais. Todos foram publicados com um alias, preferindo assim do que viver da influência de seus parentes, apesar dos pedidos de sua publicadora para revelar sua identidade assim como, no momento, os mesmo insistem para que ele invista em mais romances policiais mesmo com seus protestos constantes. O que ninguém sabe, por outro lado, é que sua primeira publicação de fato está longe de ser glamourosa pois além dos livros tem um acervo de fanfics que postava em uma conta secreta que passavam pelos mais diversos estilos.
Gosta de vivenciar coisas para usar depois como inspirações em suas histórias sendo por isto que coleciona hobbies, desde manter quase uma biblioteca em casa cheia dos mais diversos livros até fazer velas aromatizadas e tricotar, passando também por jogar tênis, basquete, velejar, colecionar funkos pop de seus personagens favoritos, jogar palavras cruzadas todos os dias e, o seu mais recente que é yoga! Não que seja bom em todos, longe disso quando se trata de alguns, mas com tanto tempo em mãos, devido ao conforto que a fortuna da família trouxe, prefere se manter ocupado até que a inspiração venha e ele, novamente, acabe trancado em casa por semanas até terminar o seu mais novo livro.
Receber livros não era algo incomum para ele e comprando tantos livros assim não se surpreendia quando recebia um que não lembrava-se de ter comprado, sendo por isto que não pensou duas vezes antes de levar para dentro o pacote contendo um livro que encontrou em sua porta um dia. Apesar da curiosidade, o estado levemente embriagado depois de uma noite fora com os amigos impediu-o de abrir o livro até o dia seguinte porém abriu em um dos piores momentos, no meio de uma reunião com sua publicadora e logo o brilho forte o cegou sendo os gritos da mulher a última coisa que ouviu até abrir seus olhos no meio de uma praça que parecia, em muito, com uma praça italiana.
Seu pior pesadelo se confirmou quando, ao começar a lembrar-se de coisas que tinha certeza que não haviam acontecido, notou que estava dentro não apenas de um novo mundo mas era agora parte de uma das histórias que mais odiava: Romeu e Julieta, ou melhor Tadeu.
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beu-ytr · 6 months
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Resenha do livro "Mrs. Dalloway" de Virginia Woolf
*sem spoilers, um pouco de desabafo dramático que ngm pediu:)
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Mrs Dalloway ou Sra Dalloway, como gosto de chamar, é um romance escrito por Virginia Woolf, que narra um dia da protagonista Clarissa Dalloway, quando a mesma vai para a cidade para comprar flores para uma festa
Esse livro me tocou bastante, não só pelos intensos diálogos que ele tem, mas sim porque eu comecei a ler ele em um momento bem tristinho da minha vida e confesso que me identifiquei/emocionei com algumas partes do livro
Nunca tinha lido nada da Virginia Woolf antes, e quando um colega meu me indicou eu não sabia muito o que esperar, mas eu curti bastante e já quero ver mais sobre ela, me parece uma pessoa interessante
Sinto em mim que esse livro foi escrito de uma mulher para mulheres, não me entenda mal, é claro que homens podem "desfrutar" de sua sabedoria feminina intelectual literária/surtos psicóticos fundamentados em filosofias sem sentido que fazem sentido
Mas, mesmo assim, tem certos momentos nesse livro que eu tenho certeza que um homem não entenderia, porque são coisas que fazem parte do ciclo mental/emocional feminino, será que dá pra entender?
Não sei se isso é uma neura minha ou coisa assim, inclusive vi uma discussão no site Quora que falava exatamente disso, de certas obras que só mulheres entendem
Enfim, é um livro bom galera, facilmente o meu favorito desse ano, e confesso que me ajudou a pensar também. Depois dessa leitura eu vou dar um tempinho de livros (nunca pensei que fosse dizer isso), minha mente tá só o baguço do palhaço e eu preciso me ajeitar da cabeça pra poder aproveitar qualquer coisa no futuro, mas logo logo vou voltar a ler, não conseguiria parar nem se eu quisesse
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compostando · 7 months
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O Hóspede e Lá Compañía
Amparo Dávila Verónica Gerber
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Na terceira semana de aula, tivemos a presença da acadêmica de doutorado Juliana Monroy, a qual trouxe uma análise e explicações do conto O hóspede do escritor Amparo Dávila e relações com a obra La Compañía de Verónica Gerber.
Hóspede é um conto escrito pela autora mexicana Amparo Dávila e foi publicado pela primeira vez em 1953. A história é narrada em primeira pessoa por uma mulher que se encontra em sua casa de campo, isolada do mundo exterior. Durante o conto, a protagonista relata que sua rotina monótona é interrompida pela chegada de um hóspede inesperado. Esse hóspede é descrito como um homem misterioso e sombrio, com um olhar penetrante que deixa a protagonista desconfortável.
À medida que o conto se desenrola, a presença do hóspede começa a se tornar mais ameaçadora. Ele começa a se infiltrar na vida da protagonista, violando seu espaço pessoal e perturbando sua paz interior. A mulher passa a temer suas intenções e se sente cada vez mais ameaçada.
Amparo Dávila utiliza uma linguagem visual e evocativa para criar uma atmosfera de suspense e medo ao longo do conto. A narradora descreve a solidão e o isolamento da casa de campo, adicionando um elemento claustrofóbico à história. O conto aborda temas como o medo do desconhecido, a invasão da intimidade e a vulnerabilidade feminina.
 Essa análise foi dividida em quatro movimentos:
1° movimento: tem a chegada do hóspede que não possui nome, sendo trazido pelo marido de Guadalupe.
2° movimento: ele começa a seguir as mulheres da casa em todos os espaços, acontecendo um assédio.
3° movimento: o hóspede ataca o filho de Guadalupe.
4° movimento: acontece a vingança, quando o marido não está em casa, as mulheres trancam o hóspede em um quarto até não ouvirem mais nenhum barulho.
No desenrolar do enredo, o leitor é levado a refletir sobre as consequências da presença desse estranho em sua vida e como isso afeta sua sanidade. No entanto, o conto não apresenta uma conclusão definitiva, deixando espaço para diferentes interpretações e reflexões sobre o medo e a vulnerabilidade humana.
Ao compreender a análise desse conto que auxiliou no surgimento da obra La Compañía de Verónica Gerber Bicecci, uma autora mexicana, sendo um livro documental e ao mesmo tempo, de ficção. Retrata a história de uma mina que ficou ativa de 1940 até 1970, e que a partir dos fantasmas de uma família, mergulha nas ruínas da mineração.
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A Companhia é considerada dona dos corpos, causando medo em quem vive lá. Como la puerta de tu cuarto quedará siempre aberta, no te atreverás a acostarte, temendo que em cualquier momento la Compañía pueda entrar y atacarlos. A obra recebeu elogios sobre a crítica e foi aclamada por sua originalidade e estilo inovador. La Compañía é um livro que desafia as convenções narrativas tradicionais e convida o leitor a se envolver de maneira ativa na leitura, questionando e refletindo sobre as questões propostas por Verónica.
Uma pergunta que causou repercussão foi “O que pensam as imagens?” e pensando que precisamos escolher uma forma de ler, a escrita ou imagem...
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Com os pés descalços, os campos neles, sentirei o credor da terra nas solas dos pés descalços. Galeria de Projetos Monclova, Cidade do México, 2021.
O que pensa essa imagem?
Por: Maiara Schons e Monica Kalschne
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euemeuslivros · 8 months
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"Coragem é quando você sabe que está derrotado antes mesmo de começar, mas começa assim mesmo, e vai até o fim, apesar de tudo."
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Título: O Sol é Para Todos Autora: Harper Lee Classificação: +12 Avaliação: ★★★★★
Lançado em 1960 e escrito por Harper Lee, O Sol é Para Todos já se tornou um clássico da literatura sendo o ganhador do Prêmio Pulitzer no ano de 1961 e apesar da idade, temos aqui um livro que se mostra atemporal em vários sentidos sendo até hoje objeto de estudo da área do Direito. Pouco tempo após seu lançamento, a obra foi adaptada para o cinema e recebeu oito indicações ao Oscar, das quais ganhou três e recebeu cinco indicações para o Globo de Ouro, das quais também ganhou três. O sucesso da obra é inegável, foi traduzida para mais de 40 línguas e suas vendas já somam mais de 40 milhões de cópias vendidas no mundo todo. O livro também foi escolhido pelo Library Journal como o melhor romance do século XX e eleito pelos leitores da Modern Library um dos 100 melhores romances em língua inglesa desde 1900.
O Sol é Para Todos se passa em 1930 no município de Maycomb, Alabama. Uma região cercada pela violência e preconceito racial, toda a desigualdade e injustiça é narrada através da visão inocente da jovem Scout, que descreve sua rotina nessa cidade calma e pacata onde ela divide seu tempo entre a escola e a família e nos conta sobre os verões que passa com seu irmão Jem e com seu amigo Dill. Toda a narrativa é construída dentro de um lugar de tranquilidade que logo se transforma em caos quando vemos como a população de Maycomb reage quando o pai de Scout, Atticus Finch, um advogado honesto e justo, arrisca tudo para defender um homem negro que foi injustamente acusado pelo crime de estuprar uma mulher branca, sentimentos controversos passam a cercar a família Finch assim que Atticus se dispõe a aceitar o caso, vemos como o preconceito racial e social está enraizado nas pessoas daquela pequena cidade e como muitos se conformam diante das injustiças e nesse cenário vemos a jovem Scout aos poucos ir perdendo sua inocência infantil quando ela passa a perceber a hostilidade da sociedade em que está inserida. 
Desde a primeira página somos encantados pelos pensamentos astutos e curiosos de Scout, uma criança que não entende a complexidade do cenário social em que ela e sua família estão inseridos. A princípio vemos como a vida para Scout e seu irmão é reduzida a escola e a rua em que moram, até que as atitudes de seu pai os levam para fora do conforto daquilo que eles conheciam, ou melhor, daquilo que eles desconheciam. Logo no começo já conseguimos ver para onde a história vai se desenrolar quando o pai de Scout e Jem assume o caso e toda a família passa a ter que lidar com a desaprovação dos amigos e parentes, mas para ela é confuso entender como as pessoas estão os tratando mal quando seu pai está se esforçando para fazer o que é certo ao tentar provar que um homem inocente está sendo acusado injustamente e chegar a triste conclusão de que independente dos esforços de Atticus, seu cliente não será julgado com base em provas ou testemunhas, mas que ele será julgado única e exclusivamente pela cor de sua pele. É possível ver claramente como Scout e seu irmão passam a mudar e amadurecer conforme as circunstâncias se colocam diante deles, como mesmo sendo crianças eles conseguem analisar e reagir às situações apesar de muitas vezes sequer entenderem plenamente o que está de fato acontecendo.
Aqui temos várias tramas que se desenrolam ao mesmo tempo, temos a angústia e sofrimento da comunidade negra que tenta ajudar de todas as formas a esposa do homem que foi acusado pois acreditam na inocência dele, vemos a relação das crianças com os vizinhos e com a comunidade, a pureza de Scout, Jem e Dill que passam seus verões juntos e atazanando o pobre vizinho, Senhor Radley, o drama das crianças filhas de pais negros e brancos que não tem um lugar no mundo pois não são negros, mas também não são brancos, nos espantamos ao ver como a sociedade pode ser tão conivente com situações de injustiça, pobreza e maus tratos quando se dizem pessoas cristãs e de boa índole que devem ajudar os demais... tudo isso é claro, sem deixar de lado o foco principal que é a relação da família Finch. 
O livro não se apoia em reviravoltas mirabolantes, mas ainda assim consegue causar impacto apenas ao expor o óbvio, um dos momentos mais impressionantes e chocantes é o discurso de Atticus Finch no tribunal em defesa de seu cliente, as falas de Finch e as percepções que as crianças começam a ter da sociedade e das injustiças se mostram tão atuais para um livro escrito cerca de 60 anos atrás. Chega a ser incômodo, pois lemos sabendo que o período da segregação racial ficou para trás, mas o racismo ainda se faz presente de muitas formas. Um dos questionamentos que mais nos faz refletir é quando Scoult em toda sua inocência passa a se perguntar como as pessoas odeiam Hitler pelo que faz com os Judeus, quando fazem o mesmo para com os negros, os perseguindo, os matando e os desprezando. 
A autora tem uma escrita leve e consegue descrever bem todos os cenários e situações sem se prolongar muito, a leitura foi rápida e fluida, após dar início não foi possível parar até chegar à última página. Mesmo personagens e cenários que não parecem ter tanta importância acabam sendo bem aproveitados pela autora e acrescentam em muito para a percepção que o leitor vai ter do espaço e das situações. O grande ápice da história que é o momento do tão aguardado julgamento se mostra uma cena arrebatadora e a autora talvez por ter estudado Direito na universidade do Alabama soube descrever com maestria o julgamento de Tom Robinson que gera uma comoção sem igual no leitor. 
Sua fama o precede, com diversos prêmios e marcando presença em várias listas de mais vendidos O Sol é Para Todos faz jus a sua reputação, afinal, um clássico é um clássico por um motivo e lendo a obra é possível ver como ela consegue se manter única e inovadora superando o desgaste causado pelo tempo com um estilo de narrativa que não encontramos facilmente em outras obras, com temas que geram debates infinitos e reflexões que nos tocam e nos constrangem. Em uma sociedade estruturalmente racista como a nossa, esse livro se torna uma leitura obrigatória para todos aqueles que acreditam na igualdade e lutam contra o preconceito social e racial.
Resenha por: Martha Cristina IG: @eu.e.meus.livros
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A poesia nasceu para quebrar as amarras do preconceito,ela veio em meio a uma era autoritária que pregava o pudor,mas sempre foi a mais devassa da história, se pudessem escrever sobre que tudo que aconteceu por lá,a história de Sodoma e Gomorra seria um conto infantil,foi uma batalha intensa entre a ditadura e liberdade,pelo menos de expressão,agora em pleno século vinte um não se pode mais escrever tesão,quem nunca leu um livro dos escritores brasileiros com adultério e sedução e mesmo assim foram adaptados para televisão,sem tirar ou acrescentar um i,sexo é onde termina o amor,tem muitos passos antes,eu sei disso,mas o auge é na cama,entre homem e mulher,mulher e mulher, homem e homem, não citei animais,pois aí vira perversão,o maior de todos os poetas William Shakespeare,nunca pode ver mulheres interpretando seus personagens femininos em suas grandes obras,até que fossem quebradas as proibições, vivemos tendo nossos direitos restringidos pelos governantes,imagina ter nossos pensamentos e olhos vendados por qualquer tipo de censura,as grandes obras saem da liberdade de poder imaginar e passar para o papel tudo que se é possível fazer e depois escrever,um simples ato de pegar no quadril ,se encaixar e mandar ver,faz nossa imaginação acreditar que tudo é possível para dar prazer, Nelson Rodrigues ficaria chocado com tal abuso de poder,o poder matar a fome de pensar,escrever ou ler,em um país que poucos se deitam para ler e não dormir, infelizmente não se pode proibir qualquer tipo de conteúdo,estaremos matando quem ama leitura,um poeta ou poetisa de verdade,são sempre transgressores da humanidade, alguém que não se curva a qualquer imposição,as mais diversas mulheres Shakespearianas, Desdêmona, Cordélia, Julieta, Helena, Isabela, Adriana, Catarina, Beatriz, Viola,Rosalinda, Lucrécia,Percia, Jéssica,Nerissa, Helena outra vez, Gertrude,Imogenia, Hérnia e Ofélia, todas amaram e fizeram amor demais nos maiores livros já escritos,agora imagina se ninguém os pudesse ter lido,antes de proibir,leia Otelo.
Jonas R Cezar
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readsbymerilu · 8 months
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resenha #4 ︱até que eu te mate e nos separe
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"Ich liebe dich."
avaliação: ★★★★☆ ︱contém spoilers!
Lovely Loser, autora independente e best-seller da Amazon múltiplas vezes, lançou este ano o primeiro livro de sua mais nova trilogia de romance "Os Diamonds". A autora é mais conhecida por sua primeira trilogia, "Heartbreakers", que incluí os livros Bad For You, Die For You e Lie For You. Além de seus outros livros solos, Poeira Interestelar, Mine e Breathe.
Em "Antes que eu te mate e nos separe", acompanhamos Gina, uma garçonete que sonha em se tornar escritora, porém com um pai doente e um irmão mais novo para cuidar, as circunstâncias não estão exatamente ao seu favor. Já Bastian, um herdeiro bilionário mimado que afundou o barco dos pais na Califórnia, agora tem de trabalhar em uma cafeteria como punição.
"Eu te daria tudo. Eu te daria diamantes. Cavalos. Impérios. Tudo o que você quisesse. O sol e as estrelas, o meu coração..."
Começamos o livro com um casamento falso entre duas pessoas que se odeiam. Esse é o ponto do livro. Bastian e Gina acabam se casando em uma noite, inconscientes sob o efeito do álcool, após ela concordar com o seguinte plano: fingir ser a esposa falsa de Bastian para que seus pais não o casem com outra mulher e, em troca, ele fechará um contrato para ela com a maior editora do país.
Como ela recusaria uma oferta dessas, podendo finalmente ajudar a família?
A partir disso, a encenação começa. Jantares em família, viagens para conhecer parentes, repórteres, paparazzi e muitos gestos de amor falsos (ou nem tanto assim).
"Olá, esposa."
Por onde eu começo falando sobre esse livro? Não é exatamente o estilo de livro que eu busco trazer para cá, mas ao mesmo tempo tudo que eu quero é poder falar sobre os livros que eu amo, e esse é um deles. Li ele por inteiro em dois ou três dias, devorei cada página e chorei ao fim pensando que nunca, nem em outro mundo, eu vou ter a chance de viver o que o Bash e a Gina viveram nessa história.
Sei que as opiniões acerca do livro são bem diferenciadas; tem gente que amou, tem gente que amou a premissa, mas achou o enredo em si raso, e tem gente que odiou tudo sobre. Vou dizer que a minha própria opinião é um pouco complexa e, por mais que seja um desses romances conforto, teve sim seus defeitos e pontos que me desprenderam.
Mas vamos começar pelo bom, né?
Os personagens foram muito bem feitos. Como uma escritora de dramas que geralmente tem como foco principal os próprios personagens e suas vidas, adoro livros onde eles são detalhados: manias, coisas favoritas, descrição minuciosa de aparência, um passado que interfere na história etc. Dado a personalidade de criança privilegiada de Bastian, que sabe cinco idiomas, pratica sete esportes, toca seis instrumentos, pinta, cozinha e faz cinco artes marciais, podemos dizer que o livro entregou isso de um jeito bom.
Bash e Gina foram dois personagens que pude me conectar em um nível absurdo e me derreter todinha no papel a cada interação. A vida "imaculada" do Bastian e como ter sido essa criança e crescido nesse ambiente, na mira da imprensa, a fama, a riqueza, o título impactaram sua vida, principalmente por o impedir de fazer o que realmente ama, foi muito bem planejado. Gina também tem uma história de vida complicada. A mãe morreu anos atrás e o pai machucou a perna em campo. Desde então, ela tem se encarregado de evitar que tudo colapse na vida da família, cuidando do pai e do irmão mais novo mesmo que custe sua felicidade. Por conta disso, ela ter uma personalidade extremamente forte.
O Bastian é o homem perfeito para ela. Gente, ele fez tanta coisa por essa mulher nesse livro, ele literalmente comprou quinhentos exemplares do livro dela para a editora não quebrar o contrato e depois:
Leu ele quinze vezes em dois meses (grifando todas as cenas que ele gostou).
Fez uma área enorme na biblioteca de casa só para os exemplares dela.
Comprou a maior editora do país e publicou todos os livros que ela já tinha escrito porque eles achavam os livros dela "ruins".
Literalmente coisa de livro que nem dá pra imaginar acontecendo na vida real, ele é perfeito.
Mas uma coisa que eu não gostei, e foi provavelmente a única, é a quebra de tempo de alguns anos deles separados. Esse é o meu segundo livro da Lovely, e não é a primeira vez que ela coloca essas quebras de tempo enormes entre eles. Não foi mal executado, só é uma coisa que eu, particularmente, odeio em livros.
Mas, de qualquer forma, ainda foi uma leitura memorável. É absolutamente maravilhoso, queria poder tirar ele da minha cabeça e ler tudo de novo pela primeira vez. não vejo a hora de outubro chegar e poder ler o segundo livro em torno do Liam, irmão de Bastian.
"Meine perle."
informações do livro:
Editora: independente.
Páginas: 369
Gênero Literário: romance.
Autor(a): Lovely Loser.
Classificação indicativa: +16
Data de publicação: 20 de abril de 2023.
sinopse adicional:
"Bastian L. Diamond é um herdeiro bilionário mimado. Após afundar um dos navios de seus pais na California num dia fatídico de sua vida luxuosa, ele é obrigado a trabalhar em uma cafeteria em forma de punição.
Gina é uma das garçonetes e o oposto de Diamond. Criada num lar simples e tendo que batalhar por tudo, eles instantaneamente se detestam.
Em meio a alfinetadas e olhares de ódio, eles acabam em um acordo após uma noite bêbados em uma confraternização da cafeteria: um casamento falso com benefícios.
Ele precisa de uma noiva e a promete a realização de seu maior sonho.
Diante da oportunidade de alavancar sua carreira e ajudar sua família, Gina cede, mas logo é abatida pela realidade paralela.
Obrigada a conviver com Diamond e ser inserida em seu mundo esfuziante a deixa perplexa, mas o verdadeiro desafio é não sufocar o cara que ela considera o maior idiota mimado do planeta.
No entanto, o amor e o ódio sempre estiveram lado a lado."
links uteis:
compre o livro em:
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tortiefrancis · 1 year
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- por que votar no Jesus para Sexyman Brasil? (@gravedangerahead)
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[ Para Todos Verem: Foto de Jesus e Maria do Auto da Compadecida, ele homem magro, cabelo crespo, raspado e preto e barba preta, vestindo uma coroa de espinhos e vestimentas brancas, e ela uma mulher magra, velha e branca com o cabelo escondido por um grande véu azul escuro, usando uma coroa dourada. Ele beija a sua mão. /Fim de descrição ]
1) revolucionário. Até hoje há discussões sobre como representar Jesus Cristo, mas esse filme, e o livro também, foi além do seu tempo botando Jesus como negro, fazendo até um dos personagens principais questionar o seu racismo
2) respeita a sua mãe. Já vemos isso na foto acima, mas também sabe da sua autoridade e não a questiona no filme, nunca, nem quando Satanás pede pra ele falar com ele sobre salvar tantas almas do inferno
3) um doce, de verdade. Jesus sempre é posto como bondoso e carinhoso, oq não tá errado, mas esse Jesus? Um docinho, um chuchu
4) ator incrível. A gente tem q dar crédito pro Mauricio, se n fosse por ele, esse Jesus n teria sido tão icônico
5) estiloso. Sempre colocam Jesus vestindo roupas simples e sem muito esquema de cor, mesmo depois de ascender, mas esse Jesus? N, ele tem ESTILO! Estilo esse q lembra muito o teatro brasileiro, por sinal, outro detalhe interessante já q o livro é escrito como um roteiro de peça
6) pontos positivos pros religiosos e pros não religiosos. Pros cristãos religiosos, representa as tuas crenças, e pros não cristãos ou não religiosos, é basicamente heresia
7) mandar a real pra conservadores. Qual é. A gente já falou sobre isso
❤️‍🔥 Votem Jesus Cristo para Sexyman Brasil ❤️‍🔥
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crowsflame · 3 months
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(11/01/24 — 15/01/24)
📖: rainha do ar e da escuridão
"Às vezes ele era como um livro escrito num idioma indecifrável. Mas agora ele estava mais para um livro enclausurado sob dezenas de trancas pesadas." CAPÍTULO 5
"Sem inibição, Ty pegou a mão de Kit e pressionou a pedra em sua palma, e, surpreso, Kit sentiu uma onda quente pelo estômago. Nunca tinha sentido nada assim." CAPÍTULO 6
"Ela se lembrou do primeiro bilhete que Aline lhe escrevera. O mundo mudou, pois de marfim e ouro você se formou. As curvas de seus lábios reescrevem histórias." CAPÍTULO 6
"E o coração de Mark se agitou com as risadas dela; se agitou ao tocar Kieran; novamente ele estava entre ambos." CAPÍTULO 10
"Você é a única pessoa que já amei assim e sei que é a única pessoa que vou amar. E não sou eu mesmo sem você, Emma. Não tenho como tirar você de mim. Significaria tirar meu coração, e eu não gosto de mim sem meu coração." CAPÍTULO 20
"O rosto de Kit estava frio, ele percebeu que estava chorando. — Eu te amo, Ty. Eu te amo." CAPÍTULO 29
"E quando olharem pra trás e pensarem no que significou minha vida, não quero que digam "Alec Lightwood lutou na Guerra Maligna", nem mesmo "Alec foi Cônsul". Quero que pensem "Alec Lightwood amou tanto um homem que o mudou o mundo por ele" CAPÍTULO 34
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nanagoeswest · 8 months
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leituras de agosto
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“ensaio sobre a cegueira” por José Saramago
Eis o livro da book lottery para agosto. Tinha imensa vontade de reler Saramago. Tal como muito boa gente fiquei com trauma do autor depois do "Memorial do Convento", que fiz questão de ler na integra durante o secundário. Não consigo explicar a diferença que senti entre estes dois Saramagos. O livro que vos falo ganhou um Prémio Nóbel no ano do meu nascimento, apenas para compreenderem a grandiosidade da obra. A leitura não é vagarosa e enfadonha como a do "Memorial". É antes uma distopia epidémica onde toda a população é afetada por uma cegueira clara, sem razão aparente. Confesso que tive breves vislumbres das nossas epidemias e pandemias, coisa que revela a mente organizada e real do escritor. Quanto ao livro em si confesso que é um pouco fora da "minha praia". Contudo achei-o fascinante. Li-o num instante pela curiosidade desmedida de querer saber o desfecho. Eis que Saramago consegue levar-nos numa aventura imprevisível.
“an obsession with butterflies” por Sharman Apt Russell
Por fim acabei este livro. Comecei-o no mês anterior mas precisei de uma pausa. O livro é extremamente interessante e de nicho, pois aborda tudo o que é relacionado com borboletas. Por ser tão específico comecei a sentir um enjoo por falta de novidade. Aprendi muito embora, não saiba até que ponto o recomendaria. Dou-lhe as três estrelas pela escrita bonita.
“the descent of man" por Perry Grayson
Sou feminista e, por isso mesmo, vi interesse neste livro. Este foi escrito por um homem artista, explora a masculinidade na contemporaneidade e como consegue ser tóxica. Aborda os problemas sistémicos do patriarcado e de como (também) reprime os homens de uma vivência saudável. Penso que são livros como estes que nos dão a perspectiva do outro lado da moeda. Que nos faz ver que um objetivo em comum é possível e vantajoso para a generalidade. Considero "The Descent of Man" um livro leve e até cómico, cheio de tópicos necessários e bem refletidos. Recomendo-o sem pensar duas vezes.
“tóquio, diário 1946” por Franco Nogueira
Comprei este livro porque adoro o Japão e porque sou uma cusca, curiosa por diários. Este livro retrata a ida de um diplomata português para a Tóquio no pós Segunda Guerra Mundial. O autor, procura captar a essência deste país em ruínas, do estado de espirito dos locais e dos estrangeiros. Considero-o um retrato bastante descritivo e quase sociológico desta época. Foi uma leitura muito diferente do que costumo procurar. Ganha-se outra noção, temos um visualização em primeira pessoa destes acontecimentos históricos.
“birthday girl” por Haruki Murakami
Este livro é pequenino e lê-se em meia hora. Nunca antes tinha lindo o tão famoso Murakami e com este livro tive um vislumbre do seu estilo e escrita. O livro embora de rápida leitura, deixou-me a pensar. Deu-me depois aquele momento de realização de um "Ah! Não pode!". Confesso que fiquei bastante surpreendida.
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hermeneutas · 2 months
Note
olá eu apreciaria muito um posto sobre o deus dos sonhos, morfeu, epitetos, algo mais sobre ele. Desde já agradeço.
Khaire philos!
Agradeço a solicitação de conteúdo e sinto que é preciso falar aqui sobre os daimones-sonho como um todo, os chamados oneiroi (singular: oneiros, do grego antigo, sonho). Morfeu é uma figura da literatura e mitologia romana com relatos apenas presentes no livro Metamorfoses, de Ovídio, onde aparece descrito ao lado de Fântaso e Fobetor/Ícelo. Morfeu é descrito como um sonho que toma a forma de pessoas, Fântaso de objetos inanimados e Fobetor, de animais e feras. O valor religioso das obras de Ovídio é, no máximo, debatível, mas vemos a representação dos oneiroi desde os mais antigos escritos, como a Ilíada. Entretanto, nestes escritos, não há nenhum nome como Morfeu atribuído ao deus-sonho que preenche a mente do general Agamemnôn na Ilíada, mas quem o guia para a mente do homem é Hermes, o Deus-mensageiro. Além disso, é dito que os oneiroi podem vir do portão de marfim ou do portal de chifre, o primeiro dá vazão aos sonhos proféticos enviados pelos Deuses, enquanto o segundo dá a sonhos enganosos ou fantasiosos. Quando olhamos mais de perto do relato dos cultos de Hipno (temos um post sobre ele aqui), o Deus do sono e Asclépio, o Deus da cura, vemos um relato de Pausânias sobre a representação de Oneiros (O Deus-Sonho, no singular neste caso) junto a Hipnos Epidotes (Abundante, do grego antigo). Os sonhos, ou seja os oneiroi, eram particularmente importantes no culto de Asclépio, pois através deles os devotos e sacerdotes interpretavam as curas necessárias para seus males a serem tratados, um processo chamado de metanoia. Uma famosa por isso também é Selene, a Deusa-lua, que na antiguidade tinha um santuário com uma fonte de água sagrada que, caso o consulente bebesse e adormecesse no local, obteria respostas através dos sonhos sobre suas indagações. Estes daimones queridos nos entregam mensagens, apresentam nosso conteúdo interno e as mensagens dos divinos. Apreciemo-los juntos aqui! Espero que esta resposta tenha sido informativa, embora não tenhamos focado em Morfeu especificamente!
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