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bubblegumstupid · 4 years
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A espetacular trajetória de Miles Morales
Em 2011, o roteirista Brian Michael Bendis, responsável pelas aventuras de Peter Parker no universo Ultimate, o qual está fora da continuidade normal da Marvel e servia como uma oportunidade para roteiristas e artistas revisitarem as origens dos icônicos personagens da Marvel, decidiu matar Parker no arco conhecido como A Morte do Homem-Aranha. Mas, o universo Ultimate não ficaria sem o seu escalador de paredes por muito tempo, com Bendis e a artista Sara Pichelli introduzindo Miles Morales como o sucessor do legado.
Inicialmente, como é de esperar de uma boa parte da comunidade nerd, a recepção foi negativa, com muitos falando que não era o Homem-Aranha deles e que iriam boicotar a série. Já outros, viram como uma oportunidade interessante para novas histórias e decidiram dar uma chance ao jovem. No arco inicial, notamos de cara as diferenças entre Miles e Peter, além da própria história mostrar o receio do personagem em assumir o legado já estabelecido por Peter, mas continuando a tradição, pois com grandes poderes, vem grandes responsabilidades.
O jovem Homem-Aranha recebeu um lindo novo traje e histórias de qualidade, constatando que, não é ousar por ousar, é ousar e ter um plano para tal ousadia, com diversas histórias e personagens cativantes ao lado de Miles. Mesmo com o universo Ultimate estando longe da sua antiga glória, em virtude do catastrófico evento Ultimato, o jovem Morales era constantemente elogiado pelos leitores. Tanto que no evento Guerras Secretas (o de 2015), quando o universo do herói foi destruído, ele conseguiu ir para a continuidade normal da editora, indicando a sua popularidade e novas histórias, as quais continuam até os dias de hoje.
Peter e Miles já haviam se encontrado na história Homens-Aranha, na qual Parker deu ao seu sucessor a sua benção inclusive, mas, com a chegada do último para a Terra 616, a continuidade normal, eles dividiam o manto de Homem-Aranha, já que a presença de um não anula o outro.
Fora dos quadrinhos, o personagem conseguiu fazer aparições marcantes, reunindo ainda mais fãs para ele. Nos cinemas, ele é o protagonista da animação Homem-Aranha no Aranhaverso e, nos jogos, ele aparece no Spider-Man de PS4 e, juntamente com o lançamento do PlayStation 5, será lançado o jogo Spider-Man: Miles Morales, protagonizado pelo mesmo.
Ver Miles fazer sucesso é incrível! Quando comecei a me interessar mais por quadrinhos, lembro-me muito bem de ler algumas de suas primeiras aventuras e a popularidade deste é incrível. Ele é diferente de Peter, tanto na personalidade, como em alguns poderes, mas é essa diferença que o torna tão interessante. Não estou aqui para falar que ele é superior ao seu antecessor ou vice-versa, pois é uma comparação desnecessária, uma vez que ele provou e prova seu valor nas mais variadas mídias. Mal posso esperar para acompanhar e jogar com ele no jogo novo e conhecer de forma mais aprofundada essa versão do jovem Morales, até por ser uma parte bem interessante do jogo de PS4.
Se você leu até aqui, gostaria de pedir desculpas por ficar um bom tempo sem postar, irei me dedicar mais e tentar produzir conteúdos interessantes.
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bubblegumstupid · 4 years
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A minha experiência no DC FanDome
O DC FanDome foi no dia 22/08/2020 e dificilmente eu terei uma experiência parecida em toda minha vida. Mesmo no conforto da minha casa, eu gritei e muito. O objetivo desse texto é falar sobre os painéis referentes aos filmes e dos jogos.
Inicialmente, eu iria assistir em call com um grande amigo meu, mas, com o passar do tempo, eu decidi que iria apenas prestar atenção e o evento já começou espetacular, com o trailer de Mulher-Maravilha 1984. Eu amei o primeiro filme da heroína e estava ansioso para a sua sequência, com um segundo trailer espetacular sendo exibido e um surpreendente visual da Cheetah, surpreendente porque ficou bem feito, pelo menos no trailer, não parece algo como Cats. Isso ao lado do espetacular elenco, foi espetacular ver Patty Jenkins, Gal Gadot, Chris Pine, Kristen Wiig e Pedro Pascal.
Eu já estava empolgado e, achava eu, em minha plena burrice, que não ficaria tão empolgado por um tempo. Mas, veio a WB Games Montreal e, por mais que não fosse uma surpresa, eles exibiram o trailer de Gotham Knights, continuação dos eventos de Batman: Arkham Knight e contando não só com a participação da Corte das Corujas, como a jogabilidade da Batfamília: Asa Noturna, Batgirl, Capuz Vermelho e Robin. Eu genuinamente espero que eles incluam Tim Drake, o Robin Vermelho e meu favorito da equipe. Considerando a participação dele na série Arkham, acredito que ele deva aparecer.
O trailer foi sensacional. O jogo sairá em 2021 e, considerando sua jogabilidade e gráficos, deve sair para os consoles da próxima geração. Devo ser honesto, o PlayStation 5 está me chamando a atenção com esses títulos e mal posso esperar para jogar Gotham Knights que, até agora, foi o jogo que mais me empolgou da nova geração de consoles.
Após isso, teve o painel de Sandman. Por mais que o título seja fascinante pelo que ouvi, eu ainda não li. Mesmo assim, confesso que me diverti e quero ver o que vem aí.
Então, veio o painel de The Flash, com uma boa parte dos responsáveis pelo filme. Foi muito bom poder ver a visão de Andy Muschietti sobre o Velocista Escarlate. Ainda que o Ezra Miller tenha soado um pouco forçado para mim, foi um bom painel. Nisso, foi exibido o novo visual do personagem, achei uma boa atitude, já que poucos gostaram do visual presente em Liga da Justiça. Ainda foi possível ver o Batman de Michael Keaton em uma arte conceitual, me deixando bastante empolgado para o projeto, ainda que The Batman seja o que eu mais estou ansioso.
Após um painel crossover entre o Batman de 1966 e o Batman do Futuro, ocorreu o do energético Esquadrão Suicida de James Gunn, com o elenco e os seus personagens sendo divulgados. Eu amei a escolha de personagens mais desconhecidos e, como um fã de Doctor Who, ver Peter Capaldi como o Pensador foi espetacular. Além disso, tivemos uma prévia de por trás do filme, me deixando ainda mais curioso pra ver essa loucura no cinema. Eu amei o painel, até por Gunn ter feito alguns dos meus filmes de super-heróis favoritos.
Um tempo depois, teve o painel do aguardado SnyderCut, não só contando com a presença de Zack Snyder, mas também com a participação de Ben Affleck, Henry Cavill, Gal Gadot, Ray Fisher e Ezra Miller. Confesso que até me lembrei da minha primeira publicação nesse blog, que era justamente sobre a versão desse diretor. Após algumas perguntas, foi divulgado um trailer e eu gostei, apesar de ter uma expectativa maior, concorrendo os elogios apaixonados de diversos fãs. Só nos resta esperar.
Também teve o painel do filme do Adão Negro, contando com a presença do entusiasmado Dwayne Johnson e uma interessante prévia, com eles aparentemente tornando o personagem um vilão, ou considerando o que foi dito pelo ator, um anti-herói. Também fico curioso para ver o personagem encontrar a Família Shazam. Não só isso, como também foi divulgada a Sociedade da Justiça da América, contando com integrantes como o Esmaga-Átomo e o Gavião Negro.
O painel de Shazam foi mais discreto em suas novidades, divulgando o título apenas. Shazam: Fury of the Gods e apenas isso já foi o suficiente para me deixar ansioso, até por Shazam ser meu filme favorito do Worlds of DC.
Após uma partida de lobisomem do elenco de Mulher-Maravilha 1984, foi divulgado o trailer do Esquadrão Suicida da Rocksteady em um energético trailer, com uma data de lançamento divulgada para 2022 e contando com personagens como a Arlequina, o Capitão Bumerangue, Pistoleiro e Tubarão-Rei. Além disso, um intimidador Superman aparecia no final. No entanto, nenhuma gameplay foi exibida, apenas um trailer cinemático, mas foi o suficiente para me empolgar e empolgar meus amigos.
Por último, tivemos o aguardado painel de The Batman, filme dirigido por Matt Reeves e contando com Robert Pattinson no manto do icônico personagem. Por mais que o trailer tenha sido vazado, eu não vi o mesmo e foi inédito para mim. Devo dizer que foi incrível e eu estou ansioso para a visão de Reeves mais voltada para um Batman detetive.
Mesmo com meu computador desligando várias vezes no meio do evento, ter assistido o DC Fandome ao vivo foi uma experiência incrível. Eu gritei, me diverti e comentei com outros apaixonados do tema. Obrigado pela experiência, DC Comics.
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bubblegumstupid · 4 years
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T2 Trainspotting e a nostalgia.
Esse texto abordará o filme T2 Trainspotting (2017) e, consequentemente, Trainspotting (1996). Spoilers a seguir.
Eu já vou começar sendo polêmico. Eu vi Trainspotting, filme de Danny Boyle baseado no livro de Irvine Welsh no começo da quarentena e, apesar de reconhecer fatores positivos, não gostei do filme. No entanto, no dia 03 de julho, decidi ver a sequência e eu amei. Chega a ser estranho, pois a maioria das pessoas diz absolutamente o contrário. Nisso, decidi falar um pouco dos motivos que me fizeram amar tanto Trainspotting 2.
No geral, é necessário analisar os temas e ideias abordadas pelo filme, tornando evidente a temática principal, a nostalgia, elemento motivador para todos os acontecimentos. Mark Renton retorna para Edimburgo pelas suas fortes lembranças do local. No final do primeiro filme, ele parte e com grandes expectativas para o seu futuro, como o próprio diz, ele escolheu viver. No entanto, com o passar dos tempos, ele nota que o que ele planejava não aconteceu, algo perfeitamente normal, motivando-o a voltar para a cidade do primeiro filme e rever seus amigos Sick Boy, Spud e Begbie, fazendo velhos sentimentos, mágoas inclusive, voltarem a tona.
Ele volta, briga com Sick Boy, que era o melhor amigo, então ambos fazem as pazes e acabam se reconectando e relembrando os, para eles, bons e velhos tempos. Ainda assim, muita coisa mudou e é incrível ver todas essas mudanças, com a cena abordando a morte da mãe sendo bastante tocante e servindo como uma bela homenagem.
Apesar de existirem claras homenagens, como Begbie jogando a bebida e os rapazes viajando para o mesmo local do primeiro filme, não é aquele clichê de “antigamente era tudo melhor”, T2 Trainspotting é uma obra sobre reconhecer o passado, mas aproveitar o hoje sem se prender ao antes e eu amei. Especialmente hoje em dia, a onda de nostalgia é bem forte, tendo diversas obras se passando nos anos 80, a exemplo de Stranger Things, o primeiro IT de Andy Muschietti, Mulher-Maravilha 1984, Summer of 84 e Bumblebee. Algumas vezes, a decisão parece ser algo orgânico e que contribui para a trama. No entanto, outras parecem ser apenas algo para aproveitar dessa mania atual e capitalizar em cima dela.
O próprio final é repleto de nostalgia, criando toda uma catarse naqueles que são apegados ao primeiro filme. Da mesma forma que Lust for Life de Iggy Pop marca o dinâmico e energético de Trainspotting, é um remix de Lust for Life que marca o final de T2 Trainspotting, com Mark aceitando o seu futuro e de boa vontade, com a dança representando isso. Uma última lembrança do passado, mas não uma de ressentimento por ter acabado, e sim uma alegre despedida. É a conclusão perfeita para o arco de Renton, quando ele aceita abrir o seu antigo quarto e tocar a música, ele aceita perder a última lembrança física de seu passado de bom grado, sem medo, diferentemente da primeira vez, onde ele não consegue colocar a música. Mark Renton superou o passado e, por mais que não tenha se tornado quem ele queria ser, o que é comum considerando as expectativas excessivas impostas por nós mesmos, ele está feliz como está.
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bubblegumstupid · 4 years
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A incrível carreira de Rick Remender.
Rick Remender é um roteirista bastante conhecido, tanto por seus trabalhos autorais como Deadly Class (que ganhou uma série), Black Science, Tokyo Ghost, LOW, Fear Agent e The Last Days of American Crime (que ganhou um filme massacrado), como também pelo seu período na Marvel, onde assumiu a posição de roteirista em títulos como Venom (cujo período foi comentado em uma postagem anterior), Uncanny X-Force, Capitão América, Uncanny Avengers e a saga AXIS. O objetivo desse texto é comentar um pouco da carreira do autor, enfatizando os trabalhos que eu mais gosto.
Sua carreira na indústria dos quadrinhos começou com o título Captain Dingleberry, cujo intuito era algo mais cômico e voltado para o lado absurdo. No entanto, alguns de seus títulos mais populares e que trouxeram uma maior visibilidade para os seus trabalhos foram na Image Comics, editora que valoriza trabalhos autorais, garantindo liberdade criativa para os artistas e permitindo com que os direitos autorais das obras fiquem para os criadores, onde Remender criou obras como Fear Agent, que acabou indo para a Dark Horse Comics e Strange Girl, obra com todos os encadernados tendo como títulos músicas da banda The Smiths.
Após alguns trabalhos na Dark Horse e na Image, Rick Remender acabou envolvendo-se com a Marvel, trabalhando com Matt Fraction no título Punisher: War Jornal, o que acabou garantindo a ele o cargo de roteirista no título seguinte. Logo após, ao lado do ilustrador Jerome Opeña, Remender fez o título Uncanny X-Force (Fabulosa X-Force), envolvendo os personagens Wolverine, Psyloche, Deadpool, Arcanjo, Fantomex e E.V.A, com o autor afirmando que o motivo para a formação era o fato de que todos os integrantes da equipe já tiveram, no passado, suas almas corrompidas pelo mal e, eventualmente, já tiveram que matar. Esse é um título bastante elogiado do roteirista, abrindo oportunidades futuras para outros títulos de maior alcance. Além disso, exibiu mais uma colaboração dele com Opeña, com quem já havia trabalhado em Fear Agent, Strange Girl, Justiceiro e viria a trabalhar ainda em Seven to Eternity.
Graças ao sucesso com o título da equipe, Remender assumiu o título do Venom, desenvolvendo o personagem Flash Thompson, fazendo com que o personagem enfrentasse diversos de seus demônios interiores e alguns vilões menos conhecidos como Jack O´Lantern, o Mestre do Crime e a Mosca-Humana. Particularmente, esse é um dos trabalhos do roteirista que eu mais gosto e mostra bastante o potencial do mesmo em abordar o psicológico de personagens, balanceando aventuras super-heróicas e algo mais contido nos demônios interiores, no caso, de Flash Thompson.
Tornando-se cada vez mais renomado, a Marvel concedeu ao roteirista mais um título, dessa vez, um de equipe, gênero onde Rick já era experiente. Assim, ele assumiu os Vingadores Secretos, inclusive integrando o Agente Venom a equipe, já que, por um tempo, ele estava trabalhando simultaneamente no título dos Vingadores Secretos e no Venom.
Com a iniciativa Marvel Now, conhecida aqui no Brasil como Nova Marvel, cujo intuito era de relançar os títulos por meio de uma renumeração, atraindo leitores novos, Rick Remender assumiu dois títulos de grande alcance. O primeiro foi o do Capitão América, projeto ambicioso, já que ele estava sucedendo Ed Bruebaker, roteirista esse que teve uma das fases mais aclamadas com o personagem. Assim, ao lado do artista John Romita Jr, a dupla decidiu ir para uma abordagem diferente, enquanto que a fase de Bruebaker era voltada para a espionagem, Remender decidiu explorar algo mais voltado para o pulp (histórias mais voltadas para a fantasia e a ficção científica). Segundo o próprio roteirista, seu trabalho com o herói será como uma ficção científica no estilo dos trabalhos do aclamado Jack Kirby ao lado de aventuras no estilo dos filmes de Indiana Jones. Além disso, ele disse que suas histórias focariam no homem por trás do traje, explorando a personalidade e o psicológico de Steve Rogers e todos esses elementos são muito bem colocados no seu primeiro arco “Náufrago na Dimensão Z”. O outro título e de igual importância assumido pelo autor foi Uncanny Avengers, conhecido aqui no Brasil como Fabulosos Vingadores, que lidava com as conseqüências do evento Vingadores vs X-Men, criando uma formação que englobava membros de ambas as equipes, resultando em um interessante grupo composto por Capitão América, Thor, Feiticeira Escarlate, Destrutor, Wolverine e Vampira. Era um título ambicioso, uma das maiores apostas da Marvel após Vingadores vs X-Men e, portanto, artistas de peso foram envolvidos como John Cassaday e Daniel Acuña.
Suas contribuições para ambos os títulos foi de vital importância. No Capitão América, além de trazer uma nova abordagem para Steve Rogers, foi Rick Remender o responsável pela ideia de fazer Sam Wilson assumir o manto nos quadrinhos, chegando a escrever as primeiras aventuras do personagem, mas com Nick Spencer substituindo o mesmo. Inclusive, ao que tudo indica, esse conceito será desenvolvido adequadamente no Universo Cinematográfico da Marvel na série Falcão e Soldado Invernal. Já nos Fabulosos Vingadores, o resultado foi uma equipe com uma dinâmica única, apesar de um fraco primeiro arco.
Com um alcance cada vez maior, Remender apostou em um evento, o polêmico Axis, este que é considerado um dos trabalhos mais fracos do escritor. Na trama, os heróis e os vilões trocam de posições, com os antagonistas assumindo posições heróicas, resultando em cenas interessantes como o Amigão da Vizinhança Carnificina. Apesar de uma equipe criativa de peso, a saga não foi bem recebida, com a crítica afirmando que a trama era apressada e momentos irregulares, resultando em uma trama e arte inconsistente e que não alcançou todo o seu potencial.
Axis foi uma das últimas obras de Rick Remender na Marvel. Ele chegou a escrever um volume dois de Fabulosos Vingadores com Daniel Acuña, antigo colaborador do volume um. No entanto, o título foi cancelado, tendo apenas 5 edições.
Ainda na Marvel, o roteirista chegou a ter algumas obras publicadas na Image Comics, escrevendo simultaneamente com seus trabalhos na Marvel. Essas obras eram Deadly Class, uma de suas criações mais populares e que continua até hoje, Black Science e Low, que também continua até hoje. Nisso, Remender continua na Image desde então, valorizando a total liberdade criativa e a capacidade de poder contar as suas próprias histórias.
Deadly Class é provavelmente sua criação mais conhecida, chegando a ter uma série de TV que contou com o envolvimento dos irmãos Russo e do próprio roteirista. No entanto, a série foi cancelada por uma baixa audiência e altos custos de produção. De qualquer forma, Deadly Class conta de um adolescente órfão que acaba se envolvendo em uma escola para assassinos, contando com a contribuição de muita da cultura dos anos 80, em especial as músicas punk. Eu ainda não vi a série, mas a HQ tem um momento incrível envolvendo The Smiths, banda já referenciada pelo roteirista em Strange Girl. Ao lado do roteirista, está o desenhista Wesley Craig.
Low é uma ficção científica, inspirada nas próprias sessões de terapia do roteirista. A obra é aclamada pelo seu criativo e inventivo mundo, além das ilustrações de Greg Tocchini. É uma história que envolve otimismo e o seu desenvolvimento de personagens é bastante elogiado. Aparentemente, o fim dessa série está próximo.
Já fora da Marvel, outras criações surgiram, a exemplo de Tokyo Ghost e Seven to Eternity, com ambas obtendo uma certa popularidade. A primeira foi criada em parceria com o artista Sean Murphy, responsável por obras como Punk Rock Jesus e Batman: Cavaleiro Branco. Nisso, a dupla Remender e Murphy decidiu fazer uma ficção científica que aborda o vício em tecnologia e entretenimento, contando com cenas de ação frenéticas. Já Seven to Eternity é outra parceria com Jerome Opeña, com a dupla criando uma fantasia que pega emprestado elementos mais sombrios e de faroestes, criando uma interessante mistura.
Alguns dos trabalhos do roteirista acabaram recebendo adaptações. Deadly Class recebeu uma série, que não só teve o envolvimento dos irmãos Russo, como do próprio Remender. Outra obra adaptada foi The Last Days of American Crime, que recebeu um filme na Netflix, mas com desaprovação praticamente unânime. Além disso, Fear Agent terá uma série desenvolvida pela Amazon, contando com a colaboração de Seth Rogen, Evan Goldberg e David F. Sandberg, diretor de Shazam!
Ele não é um roteirista perfeito, tanto que algumas vezes, acho algumas de suas decisões criativas exageradas. No entanto, não se pode negar a criatividade e versatilidade do mesmo, criando diversas obras aclamadas.
Particularmente, gosto bastante do seu período no Capitão América, com o seu primeiro arco me divertindo bastante. Além disso, durante seu período na Marvel, as edições do Venom escritas por ele são provavelmente minha contribuição favorita dele, gerando até uma publicação somente sobre essas edições. Além disso, não se pode negar o quão inventivo Black Science é. Deadly Class também não pode passar despercebido, tendo uma atmosfera e personagens dignos de nota. De qualquer forma, agradeço a paciência de todos que leram a minha análise da carreira de Rick Remender nos quadrinhos.
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bubblegumstupid · 4 years
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Peaky Blinders é genial.
Esse texto abordará a série Peaky Blinders, mais especificamente a primeira temporada. Cuidado com spoilers.
Eu sou bem lento quando o assunto é séries. Assisto um episódio e já fico com preguiça de ver o próximo. Mesmo assim, no dia 30 de maio de 2020, graças a uma brincadeira com uns amigos meus que acabou envolvendo muito dessa série para um simbolismo, eu decidi assistir para entender mais das piadas, pela aclamação da série e pelo meme do “frio e calculista”. E, devo admitir, a obra realmente é muito boa, como o título dessa publicação mostra e meu objetivo é falar um pouco dos motivos que me fizeram gostar de Peaky Blinders.
Primeiro, quero falar um pouco de como a série é bem mais do que caras frios e calculistas fazendo coisas maneiras. Claro, tem um pouco disso e o meme é engraçado. Mas, a obra aborda um ciclo de violência (olha o que o lançamento de The Last of Us 2 faz), a ignorância da sociedade da época, estresse pós-traumático, o machismo, etc. Tudo isso ao lado de um elenco incrível, direção e fotografia espetaculares e uma trilha sonora marcante, usando muito heavy rock e heavy metal.
Começando a discutir sobre o estresse pós-traumático, uma vez que enxergo este como um dos elementos mais presentes e bem trabalhados na série. Diversos personagens, como Thomas Shelby e Danny, com o último sendo um grande exemplo, tendo ataques devido a suas memórias e sendo visto de forma extremamente negativa pela sociedade da época, que considerava a condição do mesmo como loucura e não tinha uma forma de fornecer  um suporte adequado ao mesmo. Já o protagonista e responsável pelo meme do frio e calculista, ao longo da temporada, acompanhamos os pesadelos dele, remetendo a lembranças do conflito. Além disso, a tia Polly comenta de como Tommy tinha uma personalidade antes de seu tempo como soldado, evidenciando o impacto da guerra para o personagem.
Comentando agora do ciclo de violência presente na série. Toda ação, não só dos Peaky Blinders, como também de outros personagens gera uma consequência. Um simples roubo se torna todo um elemento da temporada. Uma mentira acaba tendo diversas ramificações na trama, criando um baita jogo de gato e rato dos Peaky Blinders contra Billy Kimber e o principal antagonista, o inspetor Campbell. Eu amei todos os conflitos presentes nessa curta temporada, além da brecha que o final dá para possíveis possibilidades.
O machismo também é abordado por meio da tia Polly e de Ada Shelby, com uma conversa da dupla me comovendo. Que o machismo existe até hoje todo mundo sabe. Nisso, as personagens comentavam que, para tudo existia um nome caso o marido a deixasse, a mulher era uma vadia, o bebê era um bastardo, mas o pai não tinha nenhum apelido degenerativo. Foi uma conversa que ficou na minha cabeça e me surpreendeu bastante.
Para quem foi ver a série pelo meme, Peaky Blinders é uma grata surpresa e confesso que estou ansioso para assistir as próximas temporadas.
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bubblegumstupid · 4 years
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O Venom de Rick Remender: Como desenvolver um personagem.
Esse texto abordará o quadrinho Venom (2011), mais especificamente das edições 1 a 22.
Venom é um personagem estranho. Inicialmente, o conceito era apenas um visual feito por um fã que vendeu a ideia para a Marvel por alguns dólares e, na época, era apenas a roupa preta do Homem-Aranha. No entanto, essa ideia foi se desenvolvendo e acabou tornando-se uma figura marcante da galeria de vilões do teioso. Alguns fãs o amam, não se pode negar a popularidade deste, que gerou um filme e uma sequência está sendo desenvolvida. Outros acham o mesmo um personagem bobo e excessivamente edgy.
Geralmente, o hospedeiro do simbionte é Eddie Brock. No entanto, as coisas viriam a mudar em 2011, quando o roteirista Rick Remender, mais conhecido por seus trabalhos autorais na Image Comics, como Deadly Class, The Last Days of American Crime, Tokyo Ghost e Black Science, foi convidado a assumir o título do personagem e com Flash Thompson como hospedeiro. Assim, tivemos um interessante período do roteirista, que passou 22 trabalhando com o personagem.
Em Venom, começamos diretamente no meio da ação. Flash Thompson já deixou de ser o bully que conhecíamos, tanto que existem outras histórias em que vemos ele e Peter como amigos. Thompson é uma pessoa repleta de patriotismo e, para salvar seu comandante, ele acabou perdendo suas pernas. Entretanto, sua corajosa atitude fez com que este fosse escolhido pelos militares para utilizar o simbionte e agir como Agente Venom. Com algumas páginas, Remender já estabelece os perigos do simbionte. Por mais que o usuário recupere a capacidade de andar e ganhe as habilidades comuns do hospedeiro, o simbionte tenta constantemente ligar-se com o usuário e, caso este utilize a roupa por mais de 48 horas, esta pode acabar assumindo o controle, tornando o usuário mais violento, se assemelhando a forma mais conhecida do Venom.
A história começa como uma aventura semelhante a um filme de James Bond e vai tendo o seu desenvolvimento, mostrando as conseqüências das atividades heróicas de Flash. As ações tem conseqüências e, muitas vezes, vemos Flash abdicar de sua própria felicidade, para continuar suas atividades ou para não envolver as pessoas que ama na sua vida. Apesar disso ser interessante, a cereja do bolo é ver a relação entre o protagonista e seu pai ser explorada, que o roteiro de Remender executa com excelência, desenvolvendo perfeitamente um personagem pouco explorado. Vemos todos os problemas que Thompson tem com o seu pai e como esses afetaram sua infância e continuam a afetar a sua vida e personalidade. O personagem normalizava a violência e agia violentamente com os outros, refletindo em suas atitudes com Peter Parker na época de colégio, e tendo que enfrentar seus demônios interiores. A relação de pai e filho é perfeitamente executada nas edições e torna o protagonista extremamente interessante de se acompanhar.
Conforme as edições vão se passando, vemos a vida de Flash ficando cada vez mais difícil de se lidar e as atitudes do mesmo afetando as pessoas ao seu redor, muitas vezes negativamente, apesar de boas intenções. Cada vez, vemos as conseqüências e a relação de pai e filho tão explorada. Para muitos, esse título foi uma grata surpresa, mostrando que o Venom pode ser mais do que um vilão animalesco e exagerado, podendo servir como uma história mais pessoal.
No título, muitos vilões do Homem-Aranha considerados como menores, a exemplo de Jack O´Lantern, a Mosca-Humana, o Mestre do Crime e Megatak são explorados e, graças ao roteiro, conseguem, por incrível que pareça, servirem de ameaça para o Agente Venom, muitas vezes chantageando o mesmo. Jack O´Lantern rouba a cena, não só servindo como o primeiro antagonista enfrentado pelo personagem no título (logo na primeira edição), como também o arqui-inimigo auto-declarado de Flash e com estes tendo uma certa conexão, uma vez que ambos tiveram uma infância difícil e figuras paternas longe de positivas.
Vale ressaltar a contribuição dos ilustradores dessa série, como Tony Moore, responsável pelos designs e criou o traje novo do Agente Venom. Além disso, o título contou com a contribuição de Tom Fowler, Lan Medina, Kev Walker, etc. Todos esses foram responsáveis por ajudar a manter os roteiros na atmosfera desejada, sombrios quando necessários e também por todo o auxílio visual, criando cenas incríveis, tanto de ação, como também mais intimas dos personagens.
Não é um título perfeito e isso é fato. Alguns tie-ins (edições que se conectam a eventos que o personagem estava envolvido), apesar de apresentarem momentos de vital importância para o desenvolvimento do título, não são tão interessantes quanto as edições isoladas. Além disso, um evento presente no título é o Círculo de Quatro, que conta não só com a participação do Agente Venom, mas também do Hulk Vermelho, da X-23 e da Motoqueira Fantasma. Particularmente, considero esse evento algo mais exagerado comparado as outras histórias e que explora bem menos Flash Thompson. Apesar dessas pequenas falhas, a leitura do período de Rick Remender é incrível e mostra tanto o potencial de Flash Thompson, como também o potencial do Venom.
Infelizmente, Rick Remender abandonou o título, com o roteirista Cullen Bunn, que havia colaborado com o seu antecessor em seu arco final, assumindo a posição de roteirista e continuando as aventuras do Agente Venom. No entanto, o período de Bunn não é tão comentado e elogiado quanto. Apesar disso, o personagem tem estado em uma direção interessante e aclamada de 2018 em diante, com o roteirista Donny Cates assumindo e contando com as contribuições do artista Ryan Stegman.
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bubblegumstupid · 4 years
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O Resgate do Soldado Ryan e Dunkirk: Duas visões de um filme de guerra.
Esse texto abordará os filmes: O Resgate do Soldado Ryan (1998) e Dunkirk (2017)
Nesse período de quarentena que ainda está acontecendo, eu acabei assistindo dois filmes de guerra: O Resgate do Soldado Ryan de Steven Spielberg e Dunkirk de Christopher Nolan. Apesar de ambos pertencerem ao mesmo gênero, é incrível o quão diferentes são essas obras.
Filmes de guerra geralmente são históricos e, apesar de geralmente serem sobre a Primeira ou a Segunda Guerra Mundial, existem exceções a essa regra como Three Kings de David O.Russel que aborda a Guerra do Golfo. Além disso, histórias de bravura, companheirismo e patriotismo fazem presença neste gênero. Um exemplo recente é o filme 1917 de Sam Mendes, que contém todas essas características e adiciona seu próprio diferencial. Apesar disso, existe uma diferença vital que comentarei.
Começando por O Resgate do Soldado Ryan, já que esse é mais antigo (1998), além de ser, possivelmente, o filme favorito do meu avô, considerado uma das obras mais influentes do gênero, criando um interesse por mais filmes da temática e rendendo o segundo Oscar de melhor diretor para Spielberg. Aqui, vemos todas as características do mesmo. É uma história de bravura, onde um grupo de soldados parte em busca de um único homem, o soldado Ryan, passando por diversos perigos no meio do caminho. Aqui, Spielberg não só mostra os horrores do evento, como também faz com que a audiência crie toda uma empatia e se importe com todos, ou pelo menos a maioria dos personagens. Apesar do filme ter o seu enredo, ele foca bastante na relação entre os soldados e, consequentemente, qualquer situação perigosa deixa o espectador nos nervos, temendo pela vida de todos do grupo.
Com o parágrafo anterior, deu para notar que o filme é possui os seus momentos de romantismos. É uma afirmação correta. No entanto, não se pode negar o compromisso do filme em mostrar a guerra como ela. Logo na cena inicial, a audiência vê toda a carnificina do conflito, o que pode até mesmo distanciar alguns do filme, equilibrando momentos focados nos personagens com momentos de conflito.
Por outro lados, temos Dunkirk, filme de 2017 de Christopher Nolan. Nolan é um dos diretores mais aclamados atualmente e sua versatilidade é bastante admirada, tendo abordado gêneros como super-heróis, suspenses, ficção científica e um projeto de espionagem no caminho. Assim, muitos estavam curiosos para a visão artística do mesmo nesse gênero.
A proposta da obra é mostrar a guerra de três visões: céu, mar e terra, com personagens e linhas do tempo diferentes em cada uma. Assim, o diretor foca bem mais na atmosfera do conflito do que em seus personagens, livrando Dunkirk dos romantismos do gênero que alguns tanto odeiam (e outros tanto amam). Os personagens, e não são poucos, são como pequenas figuras em um grande tabuleiro. No entanto, apesar de aclamado, dos 7 filmes do diretor que eu assisti até agora (a trilogia do Batman, Memento, The Prestige e Inception), esse é o que menos gosto, por focar mais na atmosfera, mas pouco desenvolver os seus personagens. Alguns podem dizer que é uma abordagem refrescante e diferente e, de fato, é. Mas, o charme de muitas dessas obras é fazer com que nos importemos com pessoas que nunca vimos em nossas vidas e, sinceramente, se qualquer um morresse, não seria tão impactante como uma morte no outro filme citado.
Essa é a minha opinião e eu adoraria ver as opiniões de quem leu até aqui e assistiu os dois filmes citados. Como eu disse, são duas abordagens diferentes e ambas possuem seus atrativos, podendo agradar tipos diferentes de público e, dentre esses dois, a obra de Spielberg é a que mais me tocou.
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bubblegumstupid · 4 years
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O impacto do SnyderCut.
Esse texto abordará o filme Liga da Justiça (2017). 
No dia 15 de novembro de 2017, o filme da Liga da Justiça, ambicioso projeto do Worlds of DC, que prometia reunir os maiores heróis da editora. Alguns como o Batman, Superman e a Mulher-Maravilha tinham obtido um certo destaque no polêmico Batman v Superman, enquanto outros como o Flash, Aquaman e Cyborg tinham feito apenas pequenas aparições que serviam de gancho para esse obra em específico.
A produção de Liga da Justiça foi caótica. Inicialmente, o diretor envolvido era Zack Snyder, já muito criticado por seus trabalhos prévios em O Homem de Aço e, especialmente, Batman v Superman. No entanto, com a morte da filha de Snyder, o diretor acabou deixando o processo de pós-produção e, devido a críticas de seus filmes serem excessivamente sombrios, a Warner Bros colocou Joss Whedon, responsável pelos dois primeiros Vingadores e por séries como Firefly e Buffy: A Caça-Vampiros, no comando, para reescrever o roteiro e dirigir algumas cenas adicionais.
O resultado foi um filme extremamente conflitante em tom, remendado e que parecia dois trabalhos opostos que foram mesclados em um único. Assim, os fãs da visão que Snyder tinha para a obra ficaram extremamente revoltados, criando a #ReleaseTheSnyderCut, hashtag com o intuito de lançar a versão original do diretor, que segundo o próprio, estava pronta. De 2018 até 2020, foram anos de fãs fervorosos subindo e trazendo visibilidade a causa.
No dia 20 de maio, foi divulgado pelo diretor que a sua versão, o SnyderCut, seria lançado pelo HBO Max, serviço de streaming da HBO. O anúncio gerou diversos comentários. Alguns estavam animados pela oportunidade do diretor de finalmente ter a sua visão concretizada,já outros estavam mais céticos em relação da qualidade da mesma. Minha intenção não é comentar sobre isso, mas, como o título já disse, o impacto que o lançamento disso pode ter.
Apesar do diretor ser, em teoria, a principal visão criativa de um projeto, os estúdios tem sido, e já foram mais exigentes, impondo decisões a diretores. Exemplos disso são Josh Trank no seu filme do Quarteto Fantástico, Joss Whedon em Vingadores: A Era de Ultron, Ridley Scott em Blade Runner, David Fincher em Alien 3, entre outros.
Com o lançamento e repercussão do Snyder Cut, isso pode indicar que mais diretores terão suas versões lançadas. A nova batalha dos fãs da DC é o AyerCut, versão original do diretor David Ayer do massacrado Esquadrão Suicida, com Ayer garantindo que essa versão existe. Independente de opiniões, um diretor tendo total liberdade criativa em seus projetos é algo que eu enxergo como extremamente positivo e a versão de Snyder da Liga da Justiça gerou uma audiência que deseja justamente isso, visões de um criador. Agora, só nos resta esperar que o tão desejado SnyderCut seja bom, mas isso só pode ser confirmado em 2021, quando será lançado no HBO Max.
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