One Dress a Day Challenge
Monochrome July
Lovers in Quarantine / Bebe Daniels as Diana
This costume is from a 1924 silent comedy based on a play written by one "F. Tennyson Jesse"--actually a great-niece of Alfred, Lord Tennyson! The high contrast really makes it pop onscreen. I love the details on her gloves, too.
I don't know much about this movie; the photo was on a list of great silent movie costumes, and I liked the dress!
22 notes
·
View notes
O delicado documentário de Natara Ney me encontrou num momento muito único de minha vida: estou a alguns meses trabalhando numa clínica estética. Tudo que falo, escrevo, filmo e edito agora gira em torno dos mitos da beleza - e a corrida inglória contra o relógio, as "técnicas" do corpo jovem, os "métodos" de rejuvenescimento, os "tratamentos" contra a velhice.
Eu, que mal me olhava no espelho, tenho passado a reparar em tudo - negativo - que compõe o meu corpo e, portanto, minha história. Minha testa tem uma linha horizontal muito fina, porém visível em repouso, porque gosto de levantar as sobrancelhas para me expressar. E há um vinco verticak que se aprofunda cada vez mais entre elas porque, ansiosa como sou, estou sempre preocupada. E há também um início de pés-de-galinha, e as olheiras profundas do sonambulismo, e as bochechas caídas por causa da obesidade...
Eu sei porque sou assim. Eu estava aqui, bem aqui, em todos os momentos que estas linhas e marcas e manchas se formaram - e as que já nasceram comigo. Eu sei.
Minha tarefa diária é tentar deixar todo o eufemismo e as "mentirinhas brancas" (?) lá no espaço de trabalho, dentro da gaveta mofada que lhe pertence, e voltar para a casa pensando em tudo que me vale, em que acredito.
Portanto ao ver na tela tantos rostos flácidos, marcados, cheios de sinais - de vida! - me emocionou muito. Pessoas velhas preenchendo todo o campo de visão. Suas manchinhas, rugas, orgulhosamente contando histórias. O ritmo desacelerado da fala, o brilho no olhar, a emoção fluindo enquanto liam as cartas de amor de Lúcia e Osvaldo. A nostalgia não é empoeirada e fedendo a naftalina, como (as revistas e a TV e o cinema e o mercado de trabalho e os produtos de beleza e) me disseram: saudade e nostalgia brilham, emocionam e fazem o peito vibrar. Dá vontade de viver.
Eu não quero mais ter medo de envelhecer. Eu não quero ter medo de ser uma mulher velha.
"Tudo termina no lixo, a verdade é essa", disse o vendedor da feira de antiguidades que entregou as 180 cartas para a diretora realizar este filme. Lixo é o que sobra, o que resta, o que não cabe no ciclo natural da vida neste planeta. E eu preciso me lembrar que deste meu corpo (e, caso alguém mais esteja lendo isso, do seu corpo também:) nada sobra, nada falta. Não há excesso e não há ausência que uma cânula esterelizada possa retirar ou colocar.
(e, se um belo dia eu resolver deitar naquela maca e ter o corpo retocado como uma máquina, que seja por um bom motivo. de consciência tranquila, sem medo, sem excesso e sem ausência).
Obrigada pelo toque, Ney e equipe. Belo trabalho. O cinema documentário tem estes caminhos imprevisíveis e, quando desembocam no espectador, causam efeitos mil. Daqui do meu lugar, só tenho a agradecer e louvar.
Curitiba, três de junho de dois mil e vinte e dois.
Espero que Esta te Encontre e que Estejas Bem
Dir.: Natara Ney
Brasil, 2022
- só para deixar registrado aqui: no video-ensaio que criei para outras redes sociais (@phantom_carriage no téc toq), não aparecem essas carinhas tão importantes. isso se dá porque eu geralmente uso somente as imagens disponibilizadas pela produtora em trailers e teasers, e edito conforme acho mais interessante, e nestes materiais não consegui compor um vídeo legal com o mesmo foco deste texto. mas fica aqui o compromisso para, num futuro breve, fazer um novo video-ensaio com essa parte tão humana do documentário.
12 notes
·
View notes